its Teens Joinville - 87

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Renata Bomfim Gerente de projetos especiais

O clima de férias já está aí: o primeiro semestre letivo está entregue e é hora de ajustar a rota e planejar os próximos (e últimos) meses do ano. Mas calma, um período por vez e revendo os pontos que precisam melhorar para dar conta do recado sem pressão. Por aqui, nós, da revista its Teens, queremos estar na sua companhia nessa pausa com conteúdos do jeitinho que você gosta. Que tal, então, surfar nas ondas desta edição?

Logo na capa, você acompanha um projeto diferenciado: na Escola Municipal Pauline Parucker, alunos sobem na prancha para conhecer melhor o surfe nas aulas de Educação Física e aprendem na prática dicas e benefícios do esporte. Aprofunde a leitura ao longo do mês e saiba mais sobre o Mickey e as evoluções do camundongo mais famoso do mundo ao longo de sua história. Além disso, veja como a tecnologia tem avançado e aprenda como funciona a onda de pagamento dos cartões por aproximação. Já percebeu, ao acompanhar os seus pais/responsáveis, que não precisa mais colocar senha e que até mesmo o dinheiro em espécie está cada vez mais em desuso?

E se você acha que a mudança no clima afeta só a sua imunidade ou a sensação térmica, fique sabendo que ela vai além disso: até os animais no processo migratório sofrem com as alterações. Isso e muito mais você consegue ler nesta edição de julho, recheada de conteúdo especial! Boa leitura!

/ EMBAIXADORES

MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI

IN MEMORIAM | FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC

MARCELLO CORRÊA PETRELLI

PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br

ALBERTINO ZAMARCO JR.

DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br

DERLY MASSAUD DE ANUNCIAÇÃO

DIRETOR DE PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA GILBERTO KLEINÜBING

DIRETOR DE MERCADO gilberto.k@ndtv.com.br

LUÍS MENEGHIM

DIRETOR DE CONTEÚDO meneghim@ndmais.com.br

ROBERTO BERTOLIN

DIRETOR REGIONAL FLORIANÓPOLIS bertolin@ndtv.com.br

SILVANO SILVA

DIRETOR REGIONAL JOINVILLE silvano@ndtv.com.br

CRISTIAN VIECELI

DIRETOR REGIONAL ITAJAÍ E BLUMENAU cristian@ndtv.com.br

GABRIEL COSTA HABEYCHE

DIRETOR REGIONAL CRICIÚMA gabriel.habeyche@ndtv.com.br

CRISTIANO MIELCZARSKI

DIRETOR REGIONAL OESTE cristiano.mielczarski@ndtv.com.br

RENATA BOMFIM

GERENTE DE PROJETOS ESPECIAIS renata.bomfim@portalits.com.br

ANA CAROLINE ARJONAS REPÓRTER ana.arjonas@portalits.com.br

LETÍCIA MARTENDAL

ASSISTENTE DE MÍDIA leticia.martendal@portalits.com.br

DAIARA CAMILO ESTAGIÁRIA contato@portalits.com.br

LEONARDO MESSIAS DE JESUS

DESIGNER GRÁFICO

CATIELLE PARIZOTTO GERENTE DE ASSINATURAS E OPERAÇÕES catielle.parizotto@ndmais.com.br

ANDRESSA DA ROSA LUZ GERENTE COMERCIAL FLORIANÓPOLIS andressa.luz@ndtv.com.br

CYBELLY REGINA DA SILVA MEIRA

GERENTE COMERCIAL BLUMENAU cybelly.meira@ndtv.com.br

FELIPE MUCHENSKI GERENTE COMERCIAL ITAJAÍ felipe.m@ndtv.com.br

JULIANA POMPEU BARELLA

GERENTE COMERCIAL OESTE juliana.barella@ndtv.com.br

LUIS FERNANDO LENZ

GERENTE COMERCIAL JOINVILLE luis.lenz@ndtv.com.br

SAMARA DA SILVA BRIGIDO SAZANA GERENTE COMERCIAL CRICIÚMA samara.sazana@ndtv.com.br

NORBERTO MORETTI JÚNIOR GERENTE DE PERFORMANCE norberto@ndtv.com.br

CAROLINE FERNANDES GERENTE DE MERCADO NACIONAL caroline.fernandes@ndtv.com.br

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte.

TIRAGEM: 3.235 EXEMPLARES

NÃO VACILA, FALA AÍ (47) 3419-8000

Pontos de distribuição: Escolas da Rede Municipal de Joinville

Davi Carvalho de Andrade
Igor Ludgero Cabral
Anna Júlia Mendes da Silva
EM Doutor Hans Dieter Schmidt
EAM Carlos
Heins Funke
EM Pastor Hans Müller

VERDADEIRO FALSO

A primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna aconteceu em 1890.

O futebol é o esporte com mais medalhas olímpicas conquistadas pelo Brasil. 2

Os Jogos Olímpicos de Paris já estão batendo à porta. Então, que tal testar seus conhecimentos sobre a competição neste quiz de verdadeiro ou falso?

Três edições dos Jogos já foram canceladas devido a guerras.

Os aros olímpicos interligados representam a união dos cinco continentes.

A China é o país com mais medalhas. 1 6 7 9 10 8 3 4 5 Confira as respostas na página 43.

As mulheres sempre participaram das Olimpíadas.

O cabo de guerra já fez parte dos Jogos Olímpicos.

A primeira vez que a prática de skate esteve presente nos Jogos Olímpicos foi em Tóquio, em 2021.

A ginasta russa Larissa Latynina é a atleta mais premiada nas Olimpíadas, entre homens e mulheres.

O Brasil ganhou as primeiras medalhas na Bélgica, em 1920.

Você sabia que as formigas liberam feromônios para se comunicar?

WI-FI

Tecnologia de aproximação: como funciona?

Como as mudanças climáticas afetam a migração dos animais? Como as pirâmides do Egito foram construídas?

CONHECIMENTOS GERAIS

Você sabe quais são as três

Leis de Newton?

SAÚDE

Prevenção em números

NOTÍCIAS

DAS ESCOLAS

SPOILER

Raul da ferrugem azul

VOCÊ SABIA?

Sol da Meia-Noite: 3 lugares onde o sol não se põe (é real)

MURAL DOS ESTUDANTES

GALERIAS

ASTRONOMIA

Futuros cientistas

Surfando no conhecimento

SAIDEIRA

O Brasil antes dos portugueses

DIVERSÃO

Verdadeiro ou falso

Um camundongo livre

As formigas são animais eussociais — esse é o grau mais alto de organização social dos bichos, e ela é feita baseada em castas. Em outras palavras, elas se formam com base numa colônia, onde há uma ou mais rainhas, operárias e soldados, cada uma com o seu papel dentro do formigueiro.

A principal tática de comunicação entre as formigas é a via química. Esse fator permite que elas se comuniquem entre si, desenvolvendo um trabalho em equipe com base na comunicação e organização efetivas. Isso porque elas possuem uma série de glândulas que liberam diferentes feromônios, substâncias que os insetos produzem a fim de se comunicarem.

A comunicação entre as formigas é bem complexa, pois elas não utilizam de um só feromônio para indicar algo e, sim, uma combinação de vários deles.

Quando elas liberam essas substâncias é para indicar a presença de alimentos, alertar sobre possíveis perigos ou sinalizar o caminho de volta para a colônia.

Um exemplo é quando encontram uma fonte de alimento: elas retornam à colônia deixando uma trilha, marcada pelos feromônios, pela qual outras formigas seguirão para se alimentarem.

Além dessa substância, as formigas conseguem se comunicar por meio do toque, usando as antenas para interagir

umas com as outras e transmitir informações sobre o ambiente, a presença de inimigos ou para pedir ajuda. Outra forma de comunicação entre elas é a do som, já que costumam ter uma alta frequência e podem ser detectados por outras formigas que estejam mais próximas.

Todos esses métodos de conversação desempenham papéis importantes para a colônia, como a busca por alimentos, a defesa contra predadores e a manutenção da própria estrutura. Essa comunicação é de extrema importância para um ambiente confortável para as formigas.

Você

sabia quêasformigaslibêramfêromonios para sê comunicar?

Quais animais sao êncontrados somêntê no Brasil?

Com uma rica variedade de ecossistemas e biomas, a biodiversidade do Brasil é uma das mais ricas do mundo. Contando com diversas espécies de plantas, belezas naturais e microrganismos com características únicas, os animais brasileiros também são destaque. Mas você sabia que alguns seres só são vistos por aqui? Quando animais são exclusivos de uma determinada área, eles são chamados de endêmicos, ou seja, são encontrados naturalmente (e não em zoológicos) em um local específico. No nosso país, esse é o caso de alguns bichinhos:

Mico-leão-dourado: encontrados na Mata Atlântica, também conhecidos como sagui-leãozinho, são vistos principalmente no Rio de Janeiro.

Guaruba: marcada por suas cores vibrantes de amarelo e verde, o pássaro se limita a voar pelas áreas do Oeste do Maranhão até o Sudeste do Amazonas.

Tatu-bola: o animalzinho pode ser encontrado nas áreas de caatinga e cerrado, normalmente no Nordeste, em Estados como Bahia, Ceará, Paraíba e Piauí.

Arara-azul-de-lear: ave criticamente ameaçada de extinção, o pássaro é um dos mais raros do mundo, vivendo em uma área restrita do sertão baiano, principalmente em reservas ambientais.

Caranguejo-amarelo: comum em habitats costeiros ao longo do Brasil, a presença destes caranguejos é prevalente em manguezais, estuários e regiões de lamaçal, como nas ilhas de Trindade e Fernando de Noronha.

Também há aqueles que são típicos do Brasil, mas estão presentes em outros países, como a jaguatirica, o boto-cor-de-rosa, a onça-pintada, o lobo-guará e as amadas capivaras. Vale lembrar que muitos desses animais estão em risco de extinção devido à caça ilegal, ao tráfico e ao desmatamento, portanto, é preciso apoiar ações que protegem as espécies ameaçadas.

FORAM CONSTRUÍDAS?

Quem nunca olhou fotos das pirâmides e pensou: “como alguém conseguiu fazer algo nessa dimensão?” Tanto pelo seu tamanho, quanto pelo material ou também pela época (em que não existia tanta tecnologia), elas nos deixam curiosos, querendo uma resposta para tal pergunta. E, por isso, hoje vamos juntos desvendar esse mistério.

Nessa perspectiva, as três pirâmides de Gizé, no Egito, são as maiores e mais importantes na história. Chamadas de Quéops, Quéfren e Miquerinos, foram feitas por volta de 2500 a.C. Dentro delas existem passagens subterrâneas, câmaras mortuárias, corredores estreitos e íngremes e galerias.

Inclusive, a pirâmide de Gizé está entre as sete maravilhas do mundo antigo — ela possui 146,5 metros, sendo considerada a construção mais alta do mundo até o século 14. Em dias atuais, ela permanece de pé e intacta.

Mas como elas foram construídas?

A mão de obra necessária para a construção foi de 30 a 100 mil homens, durante 14 a 20 anos. Construídas há mais de quatro mil anos, no tempo dos faraós. Todas elas foram levantadas por meio de bases retangulares, possuindo quatro faces triangulares.

O processo de construção se resumia a cinco partes:

Nesse primeiro momento, os trabalhadores que estavam ali cortavam grandes pedras das pedreiras. Para isso usavam ferramentas feitas de bronze para esculpi-las em blocos retangulares.

PEDRAS GRANDES: TRANSPORTE DAS PEDRAS: 1 2

Depois de cortadas eram transportadas até o local da construção. Isso era feito por meio de trenós de madeira - existe também a teoria da ajuda da água para mover as pedras pesadas pela areia.

Por que as pirâmides de Gizé foram construídas?

O Império Egípcio dava muita importância ao sepultamento e, por isso, as pirâmides eram construídas para abrigarem os túmulos dos faraós, os antigos governantes. Mas, para além disso, as pirâmides também tinham um significado simbólico. Isso porque a forma triangular era associada ao raio de sol que descia à terra e representava a conexão entre os faraós e os deuses. Além de que a grandeza delas era uma afirmação de poder e autoridade do faraó sobre o seu povo.

Em vista disso, as pirâmides de Gizé são mais do que estruturas funerárias, são monumentos que envolvem crenças religiosas, poder político e uma arquitetura misturada com arte.

As pirâmides de Gizé ainda existem e são um dos monumentos mais preservados do mundo antigo. Elas ficam localizadas perto do Cairo, no Egito, e hoje são uma das principais atrações turísticas do país.

CONSTRUÇÃO DA BASE:

A primeira etapa na hora da construção era a base — nivelando o terreno, colocavam as pedras uma em cima da outra, formando camadas. A base era o principal fator para que as pirâmides ficassem firmes e estáveis.

SUBINDO AS CAMADAS:

Conforme iam subindo as pedras até chegar no topo, os trabalhadores faziam camada por camada. Tinham que ter muito cuidado nesse momento para que elas se encaixassem perfeitamente. Cada nível era um pouco menor que a outra, criando a forma triangular que vemos por meio de imagens.

COBERTURA COM PEDRAS POLIDAS: 3 4 5

Quando a pirâmide estava quase pronta, os trabalhadores cobriam toda a superfície com pedras polidas, a fim de deixá-las brilhantes.

quais são as três

LEIS DE Você sabe

NEWTON?

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Do balanço de brinquedos em um parque infantil à órbita dos planetas, as Leis de Newton tornaram-se a base para o entendimento sobre o movimento. Transcendendo as barreiras do tempo, os princípios do matemático permitiram investigar o comportamento dos objetos e das forças aplicadas sobre eles, abrindo caminho para explorar a complexidade do universo.

A tentativa de compreender a ligação entre a força e o movimento não era novidade — grandes pensadores já estiveram em discussões sobre os assuntos, compartilhando seus conhecimentos. Na Grécia Antiga, Aristóteles acreditava que a força estava ligada à velocidade; no século 14, o francês Jean Buridan anunciou a ideia de ímpeto, enquanto Galileu falava sobre o atrito. Somente em 1687, quando Isaac Newton

publicou a obra “Princípios matemáticos da filosofia natural”, é que a relação entre esses dois conceitos físicos foi desvendada.

“Uma das ideias originadas era a de que a ocorrência de movimento sempre necessitava de uma força para sustentá-lo, sem ela o objeto pararia. Muito tempo depois, já no século 17, Newton revolucionou a compreensão dos movimentos, pois propôs justamente o contrário: o movimento se dá de maneira natural, mesmo na ausência de forças”, explicam os professores Maurício Girardi Schappo, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Marcelo Girardi Schappo, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC). Newton explica sobre os três princípios fundamentais da mecânica clássica, veja quais são:

LEI DA INÉRCIA

Enquanto nenhuma força atua sobre o corpo, a tendência é manter o estado de movimento retilíneo e uniforme. O exemplo deste conceito pode ser aplicado quando estamos andando de carro.

“Enquanto o veículo está em movimento, nós, que estamos dentro dele, compartilhamos a mesma velocidade e, portanto, o mesmo estado de movimento. Caso o carro faça uma parada brusca, parece que somos arremessados para frente. Mas, só parece. Na verdade, não estamos sendo arremessados, estamos apenas mantendo naturalmente nosso estado de movimento”, ilustram os professores.

LEI DA FORÇA RESULTANTE

A aceleração de um corpo é proporcional à força aplicada sobre ele, ou seja F (força resultante) = ma (massa do corpo e aceleração resultante, respectivamente). A brincadeira de cabo de guerra é uma ótima maneira de ilustrar esta lei.

“Se as duas equipes fazem forças totais de mesmo valor, para lados opostos, o efeito combinado sobre a corda é nula, e aí, consequentemente, a aceleração que ela sofre também é nula, fazendo com que ela fique no mesmo lugar de onde a brincadeira começou; por outro lado, quando uma das equipes junta forças mais intensas que as dos adversários, isso gera uma força resultante diferente de zero sobre a corda, fazendo com que ela ganhe uma aceleração para o lado vencedor”, esclarecem Maurício e Marcelo.

NEWTON?

Os impactos das Leis de Newton

Com os ensinamentos adquiridos pelas Leis de Newton, houve um grande desenvolvimento na física clássica, contribuído para avanços em diferentes áreas de conhecimento. “Esses três princípios básicos são a chave para projetar meios de transporte, prever suas trajetórias e tempos de deslocamento. São, também, a chave para projetar estruturas rígidas, capazes de suportar grandes cargas, e atingir grandes alturas como os arranha-céus”, afirmam os professores.

Juntamente com o cálculo (conjunto de ferramentas matemáticas desenvolvidas de forma independente por Newton e pelo matemático alemão Gottfried Leibniz), diversas formas de movimentos puderam ser descritos, desde as massas de ar, passando pela circulação do sangue no corpo até a

LEI DA AÇÃO E REAÇÃO

Já a terceira lei explica que para cada ação de um corpo há uma reação de igual valor, mas em sentido oposto, como quando estamos enchendo um balão e o objeto sai voando sem dar nó. “O ar lá dentro é empurrado para fora rapidamente (o balão exercendo força de ação sobre o ar); consequentemente, o ar também passa a exercer uma força sobre o balão (a reação), empurrando-o para frente e impulsionando seu movimento”, clarificam.

dinâmica dos planetas. A astronomia, aliás, foi um dos setores mais influenciados, com uma base teórica para entender as translações e interações dos astros, essencial para a previsão de fenômenos. “Um dos grandes feitos das três Leis de Newton, junto com a lei universal de gravitação, foi explicar de maneira unificada tanto o movimento dos objetos na superfície da Terra, quanto os movimentos dos corpos celestes. Pela primeira vez, deixou de haver uma distinção entre como explicar os fenômenos naturais que ocorrem na superfície da Terra e os que ocorrem nos astros, até então tidos como inalcançáveis”, relata o doutor em Física André da Silva Schneider.

EM NÚMEROS PREVENÇÃO

Com atividades e contas, alunos aprendem sobre doenças e comorbidades, reforçando o papel do cuidado com a saúde

POR ANA CAROLINE ARJONAS

O QUE VOCÊ

VAI ENCONTRAR POR AQUI:

em aulas de Matemática, estudantes aprendem sobre Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Tempo de leitura: 6 minutos

Estar atento às mudanças do corpo é essencial quando falamos em saúde. Além do cuidado com o tempo de sono e com a prática de atividade física, por exemplo, é importante compreender a resposta do organismo em cada ação do cotidiano, identificando possíveis problemas e aquilo que podemos mudar para manter o bem-estar — e acredite, cada detalhe faz a diferença quando o assunto é a qualidade de vida.

Na Escola Municipal Enfermeira Hilda Anna Krisch, as turmas do nono ano estão aprendendo na prática a relevância de construir uma boa relação com o corpo e com os números. Uma iniciativa da professora de Matemática Tathiane Gonçalves Rodrigues Souza está apresentando aos jovens a ligação das contas com o Acidente Vascular Cerebral (AVC).

O tema já faz parte da rotina da profissional desde 2021, com o intuito de apresentar aos jovens os sintomas e as causas por trás da doença — a proximidade com o assunto está relacionada com casos familiares e situações

que marcaram a trajetória de Tathiane. “A meta, até o final da minha vida, é continuar com esse tema para que o que aconteceu na minha família não se repita com ninguém”, comenta a educadora.

Mais que aprender sobre o componente curricular, colocando em prática aquilo que está no livro, essa é uma forma de compartilhar a prevenção. “Cada mês vamos trabalhando os fatores de risco modificáveis, porque 80% dos AVCs podem ser prevenidos”, diz a professora.

Com atividades que envolveram estatística e análise de dados, a experiência mostrou aos adolescentes o papel de destaque quando o assunto é a atenção às comorbidades que podem impactar a qualidade de vida, como hipertensão, diabetes, colesterol alto, tabagismo, obesidade e sedentarismo. “O próximo é a alimentação saudável, porque justamente um dos motivos é a questão da alimentação. Antigamente se descascava mais, hoje tiramos mais da embalagem”, explica Tathiane.

86 bilhões de neurônios

Além de assistir a vídeos e conferir conteúdos da Associação Brasil AVC, os grupos participaram de rodas de conversa e atividades que colocaram diante dos participantes algumas dificuldades pelas quais passam aqueles que convivem com as sequelas. “Fizemos uma atividade que metade da turma corria livre, e a outra cronometrava e registrava o tempo. Depois simulamos um fumante, com máscara (descartável) e mochila, porque realmente acaba um pouco com o preparo físico. Eles correram novamente para ver se alterava ou não o tempo de corrida”, relata a educadora, que planejou a atividade em parceria com a professora de Educação Física Jaqueline da Silva. Outra tarefa que despertou a atenção da turma foi uma em que a resposta precisa estar na ponta da língua — cada minuto era determinante para a sobrevivência. “O cérebro tem 86 bilhões de neurônios, e em um minuto de AVC perde-se 1.900.000 neurônios. Então os alunos tinham que fazer um cálculo de área, dava o capacete para eles e tinham que calcular conforme o tempo que determinava”, comenta Tathiane, que encontrou um novo jeito de dar significado à Matemática.

Para Lara dos Santos, 14, do nono ano, a oportunidade foi uma chance para memorizar a temática por meio das contas, além da possibilidade de se apresentar para a escola. “A informação que compartilhei com meus amigos e familiares foi sobre os danos que o AVC causa, que futuramente alguém da minha família talvez possa vir a ter pelos cálculos que montamos em sala. Compartilhei também sobre quantos neurônios perdemos a cada hora ou minuto”, salienta a jovem. No caso de Julia Gabriela Nunes, 14, do nono ano, o mais importante foi compartilhar os ensinamentos. “Quando a professora comentou, no começo do ano, amei a ideia. Além de aprendermos sobre AVC, sedentarismo e tabagismo, repassamos o nosso aprendizado para outras pessoas, para as outras turmas e, sem dúvida, isso foi o mais legal de tudo”, finaliza a adolescente.

A atividade mobilizou a turma, responsável por compreender os sintomas e sinais do AVC

Conhecimento e estatística

Além das atividades em quadra, a turma aproveitou o tema para fazer um levantamento dos alunos diabéticos e fumantes passivos (quem convive com pessoas que fazem uso do cigarro). Os participantes também foram inseridos em jogos que abordavam a temática, além da participação em uma feira que foi realizada para o restante da escola. “Foram às salas, fizeram um pré-teste, depois acompanharam a turma, levavam para a sala e faziam um novo teste para ver se os alunos haviam aprendido sobre sinais e sintomas do AVC. Depois fizemos a estatística, para ver se valeu a pena, justamente para ver se funcionou”, finaliza a educadora.

O capacete foi utilizado para incentivar o raciocínio lógico, já que era preciso ter em mente a resposta correta sobre os neurônios

Para compartilhar aquilo que é feito na unidade, a participação dos estudantes e ações realizadas dentro e fora da escola, o projeto conta com um página no Instagram. Escaneie o QR Code e acesse os conteúdos.

Estudantes criam

mala de relíquias em projeto de literatura

Com o objetivo de despertar o interesse por livros e incentivar o senso crítico dos estudantes, a professora Eliane Lemes da Rosa, da Escola Municipal Prefeito Max Colin, desenvolveu o projeto “Desvendando os segredos da leitura: uma jornada através do conhecimento e da imaginação”.

As turmas do sétimo ano realizaram uma série de tarefas, iniciando com a leitura da obra “A mala de Hana”, de Karen Levine, seguidas por discussões em grupos sobre o conteúdo da história. Após isso, a criatividade entrou em cena na criação de produções textuais e artísticas, como uma mala personalizada pelos estudantes, preenchida por “relíquias” escolhidas pelos alunos — objetos com significados especiais para cada um deles.

Professoras desenvolvem proposta para diminuir o número de faltas dos estudantes

Notando o número de faltas na unidade, as professoras da Escola Municipal Amador Aguiar, juntamente com as turmas do quarto ano, desenvolveram um projeto pensado para aumentar a frequência dos estudantes: o bingo da presença. No início de cada mês, os alunos ganham uma cartela com os dias letivos, carimbada pela professora diariamente. Ao término deste período, cada criança que não possuir nenhuma falta ganhará um certificado de 100% de frequência e, além disso, será presenteada com um botton e um mimo. Outro sorteio é realizado entre estes estudantes, agora concorrendo a um brinde.

A iniciativa é uma maneira atrativa e lúdica de estimular a presença dos pequenos na escola. E os resultados já podem ser vistos: o número de faltas já diminuiu e, agora, a maioria das ausências é justificada por atestado.

Fotos: EM Prefeito Max Colin/Divulgação

Crianças aprendem sobre

alimentação e sustentabilidade em projeto descolar

Os pequenos do Centro de Educação Infantil (CEI) Felícia Cardoso Vieira trocaram a sala de aula para conhecer de perto o processo do plantio e aprender mais sobre alimentação saudável e educação ambiental. No projeto “Horta Pedagógica”, as turmas do segundo período B vivenciaram momentos de experimentação ao ar livre. Em contato com a natureza, as crianças descobriram técnicas de preservação dos alimentos e a importância de se alimentar de forma saudável e equilibrada. Na apresentação da história do texto “A menina que não gostava de frutas”, de Cidália Fernandes, as crianças foram incentivadas a consumir alimentos naturais, como frutas e hortaliças. Depois foi a vez de aprender sobre legumes e verduras com o auxílio de um tablet. O colorido dos alimentos foi essencial para chamar atenção dos pequenos para a diversidade das opções nutritivas.

A iniciativa também contou com uma visita à horta comunitária do bairro, aprendizagens sobre o descarte correto do lixo e o preparo de um suco verde — os pequenos colocaram a mão na massa e foram responsáveis por espremer as frutas. As professoras já puderam observar a meta sendo atingida: o consumo de legumes e verduras aumentou gradativamente, algo que se estendeu também para a casa dos pequenos, como as famílias relataram.

Professora Laura Andrade/Divulgação

Fotos: EM

Alunos conhecem autora de livro em iniciativa literária

Oportunizar a troca de conhecimentos entre os estudantes, enquanto evidencia os escritores joinvilenses, é um dos objetivos do projeto “De frente com o autor”, que movimentou a Escola Municipal Professora Laura Andrade. A iniciativa foi desenvolvida pelas regentes dos quintos anos, Ilda Jung Hoenicke e Elenita Conceição Nunes Vieira, em parceria com a mediadora de leitura Pâmela Tayse de Andrade. O primeiro contato das turmas com o projeto foi com a leitura da obra “Eu sou uma pessoa”, da joinvilense Marlete Cardoso. Com o livro em mão, cada estudante recebeu uma cópia para ilustrar e preencher com suas características pessoais e adjetivos — incentivando a autoestima, tema abordado na obra. Após a conclusão da atividade, a autora visitou a unidade, momento em que pôde conhecer os trabalhos dos alunos e ter uma conversa sobre suas vivências como escritora.

Fotos: CEI
Professora
Felícia Cardoso
Vieira/Divulgação

CIENTISTAS FUTUROS

Por meio de experiências caseiras, estudantes aprendem sobre os segredos do universo e meio ambiente

POR ANA CAROLINE ARJONAS

O QUE VOCÊ

VAI ENCONTRAR

POR AQUI:

alunos do nono ano participam de projeto de astronomia da Universidade de São Paulo (USP).

Tempo de leitura: 5 minutos

Decifrar o surgimento do universo e os mistérios sobre as galáxias é uma missão árdua e capaz de instigar o interesse de estudiosos e curiosos. Com diversos filmes e séries sobre o assunto, cada descoberta é um passo para compreender tudo aquilo que há além da Terra — seja para perceber a ordem das estrelas ou quais são os requisitos para considerar aquilo que pode ser um planeta.

E uma turma da Escola Municipal Padre Valente Simioni vivenciou uma experiência além dos livros. Com certificado de “Cientista aprendiz”, 30 estudantes do nono ano contaram com a orientação de alunos da Universidade de São Paulo (USP) para desenvolver atividades no contraturno, levando em consideração os temas: Sistema Solar, ciclo das estrelas, geomagnetismo, bússola caseira, placas tectônicas

e sismologia, efeitos estufa, meio ambiente, formação de nuvens, previsão do tempo, cosmologia e importância da ciência.

A ação faz parte do “Projeto Cecília” e a inscrição foi uma iniciativa do professor de Ciências Daniel Hupalo. Nos 20 encontros que mapearam a produção dos estudantes, a supervisora Loren Martinelli acompanhou o desenvolvimento dos projetos que contaram com maquetes, desenhos, vídeos e apresentações — embora a ação tenha sido feita com os mais velhos, todas as turmas da unidade aprenderam em uma exposição comandada pelo nono ano. “Tivemos alunos que se destacaram na parte da oralidade, que até então não conseguimos ver tão nítido. Para eles foi uma experiência muito gratificante”, comenta Loren.

Para quem teve a iniciativa e acompa-

Parceria com a USP

O programa é uma iniciativa que atende escolas de todo o país à distância. Comandado pelos departamentos do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), a Escola Municipal Padre Valente Simioni foi a única instituição catarinense a ser escolhida pela universidade — foram quatro inscrições de Santa Catarina.

Além das vivências e daquilo que foi exposto na mostra, outro ponto chamou a atenção: a possibilidade de usar o tempo livre para conseguir um certificado, algo que nem todos têm. “Milhares (alunos) saem do nono ano, mas nem todos têm um bom currículo para tentar uma bolsa, ou um certificado da USP, que tem peso em termos de atividades extras”, finaliza o professor, que enfatizou a alternativa para o grupo.

nhou a evolução da turma, a sensação de dever cumprido fica evidente. “Uma das formas de aprender que dá mais resultado é ensinando. No dia da apresentação dá aquela ansiedade, tremedeira, mas depois vem a desenvoltura e no final queriam fazer de novo, adquirindo confiança. Isso é bem positivo”, opina o professor Daniel, que ressalta o desejo de outros profissionais de desenvolver ações similares, expondo mais trabalhos na escola.

Quem colocou a mão na massa enxergou na oportunidade uma saída para descobrir experimentos e a curiosidade por outros temas. “As atividades e experimentos que nós realizamos eram bem simples e caseiros, qualquer um poderia fazer, e nos estimularam a sempre procurar mais. Valeu a pena cada segundo”, comenta Eduardo Henrique Pedrozo, 14, nono ano. No caso de Ana Carolina Alexandre, 14, nono ano, a atividade também contribuiu com a ampliação do vocabulário. “Foi uma oportunidade de aprender um pouco mais sobre astronomia, ciências atmosféricas e geofísica. Gostei ainda mais pois é um projeto bem interativo, com experimentos e apostilas amplas e explicativas com novas palavras”, salienta a jovem.

A turma desenvolveu diversos experimentos com objetivos simples, como caixas e plásticos

Fotos:
EM
Padre
Valente
Simioni/Divulgação
Além de participar das atividades, o grupo apresentou os temas para as demais turmas da unidade

Com instrumentos adaptados, alunos estão vivenciando experiência parecida com aqueles que se arriscam no mar; veja como o esporte está sendo praticado

com bola de pilates, prancha de madeira, slackline e skate, turmas dos anos finais aprendem a surfar. Tempo de leitura: 10 minutos
Foto: Leve
Fotogra

POR ANA CAROLINE ARJONAS

Uma grande onda, uma prancha e a adrenalina de executar o movimento correto no instante decisivo. Essa é a rotina daqueles que escolhem estar próximos do mar, aproveitando a maré para testar novas manobras e alcançar recordes — como aqueles que foram registrados em Nazaré, uma vila em Portugal conhecida pelas grandes ondas, algumas com 24 metros de altura, suficiente para ultrapassar o tamanho de prédios e edifícios. Com presença garantida nos Jogos Olímpicos de 2024, os primeiros registros da prática são de dois a três mil anos atrás, na época dos navegadores.

E por mais que as primeiras tentativas tenham sido feitas há décadas e em locais distantes, como o Havaí, a mesma vontade de ficar em cima da prancha está sendo compartilhada pelas turmas dos oitavos e nonos anos da Escola Municipal Pauline Parucker. Com incentivo do professor Júlio Cezar Ansel Braga, praticante do esporte, as aulas de Educação Física foram a oportunidade para apresentar o “Surfe na escola”, projeto que começou em 2023. As ações são divididas em três momentos: o conhecimento sobre os instrumentos que fazem parte do esporte; filmes e reportagens que retratam a vida dos atletas; e o momento na prática — hora de testar as habilidades

na prancha. “Aprenderam como sair de uma situação difícil no mar, por exemplo, e trouxe diversos materiais para eles estarem manuseando: leash, uma quilha, parafina, que eles não conheciam, para despertar a curiosidade”, conta o profissional, que divide o amor com o filho mais velho, de 26 anos, e que aguarda o crescimento do mais novo para apresentar a modalidade.

Além da proximidade com a prática esportiva, há outro ganho: a perspectiva de novas oportunidades. “Quis dar uma nova possibilidade para eles, mostrar uma outra situação. Acho que por meio do esporte podemos mudar o mundo. O surfe é um esporte em que há contato com a natureza e você trabalha numa situação bem saudável. O foco foi o social, mostrar para eles uma nova realidade, uma coisa que eles não conheciam”, diz o professor, comentando que esse novo olhar é o ponto principal da ação.

Com a inspiração nas histórias daqueles que já conquistaram o pódio, a turma aprende que se manter diante das manobras é uma técnica que requer equilíbrio, força e persistência, quesitos que estão sendo trabalhados durante a aula, mesmo que de forma lúdica. “Mostrar que qualquer um pode, independente de ser no surfe ou em qualquer setor da vida, desde que você tenha boa vontade e persistência.”

Fotos: Leve
Fotogra
Com uma bola de pilates, prancha de madeira e slackline, os alunos aprimoram o equilíbrio

Conduzidos pelo apito

Na intenção de demonstrar aos estudantes um pouco da adrenalina que é estar no mar, sensação conhecida por Júlio Cezar, as turmas praticam os movimentos em duas opções: uma com bola de pilates, prancha de madeira e slackline, por segurança, e outra com o slackline e o skate, já em movimento. Ambas servem para testar a flexibilidade dos alunos, que precisam movimentar o corpo de acordo com a prancha ou skate. “Na Educação Física, o maior mecanismo de aprendizagem é a ludicidade, tudo aquilo que você se diverte acaba fixando melhor as informações”, pontua o professor.

Outro treino conhecido é feito no banco, na quadra, momento em que a turma fica atenta aos apitos do professor. O primeiro movimento é remar, depois levantar e, por último, manter a pose, como se estivesse nas ondas — e eles entendem que o som do apito é como se fosse o do mar, direcionando o momento certo de entrar em cada onda. “Vi alguns alunos que levam jeito. Fiz materiais para iniciantes, já que eles têm curiosidade, e alguns me relataram que já conversaram com as famílias, conseguiram ir à praia e

estão iniciando”, diz o educador. No caso de quem está vivenciando o primeiro contato com o esporte, essa é uma oportunidade para se aproximar do exercício físico. “Está sendo bem legal porque ele (professor) está ensinando o nome de cada coisa, está explicando. Quando vamos lá na quadra, é aula prática, aprendemos a fazer, como é a postura na prática”, fala o estudante José Manuel Cedeño Rojas, 14, do nono ano. Por mais que o desejo de superação tenha marcado a rotina na escola, foi preciso vencer o nervosismo para subir na prancha, como conta Elioandrys Alexandra Pérez Cardenas, 15, também do nono ano. “A primeira vez deu nervoso. Fiquei com medo de cair e me machucar”, pontua a estudante.

Com as habilidades motoras desenvolvidas durante a prática, há um ganho que deve prevalecer — e Júlio Cezar acredita que esse será mantido ao longo dos anos. “Quero que eles saiam daqui justamente com esse gosto pela atividade física, não importa se é o surfe, se é uma outra atividade, mas que sejam adultos que tenham o hábito de praticar e sejam saudáveis”, finaliza o profissional.

É nos bancos da quadra que os estudantes aprendem a remar e a se posicionar na prancha

Um esporte olímpico

Diferentemente dos demais esportes que serão disputados em Paris, sede das Olimpíadas 2024, neste ano os surfistas terão que enfrentar as ondas da praia de Teahupo’o, na Polinésia Francesa, a quase 16 mil quilômetros da França, para conquistar o pódio.

Com vagas no feminino e no masculino, a continuação do surfe na competição é uma forma de dar visibilidade ao esporte, ressaltando nomes brasileiros e aqueles que possuem uma trajetória na modalidade, como Gabriel Medina, Filipe Toledo, João Chianca, Tatiana Weston-Webb, Luana Silva e Tainá Hinckel. Os confrontos acontecerão entre julho e agosto.

Nas ondas e nas telas

Para quem deseja acompanhar as produções que foram compartilhadas em sala de aula, aproveite para assistir a filmes inspiradores que contam histórias daqueles que se aventuram nas ondas — seja nas mais leves ou nas alturas mais históricas, como em Nazaré. Confira a lista:

“Brasil surf” (documentário)

“Soul surfer - Coragem de viver” (filme)

“Além da visão” (documentário)

Entenda o que acontece agora que o personagem Mickey Mouse e seu curta de estreia, lançado há 95 anos, se tornaram parte do domínio público

Das camisetas estampadas por todo lado às orelhas com uma silhueta facilmente reconhecível, Mickey Mouse é um dos personagens mais carismáticos do mundo. O representante oficial do estúdio de animação que encanta gerações foi criado por Walt Disney e Ub Iwerks em 1928 e passou por muitas transformações ao longo das décadas. Mickey passou a falar, ganhou cores e teve o visual repaginado, sempre mantendo a simpatia. Porém, no começo de 2024, veio a maior das mudanças: o camundongo entrou em domínio público. Mas o que isso realmente quer dizer e quais os impactos no futuro desse ícone quase centenário?

ESTREIA TRIUNFANTE

O curta de sete minutos “O vapor Willie” marcou a estreia oficial de Mickey Mouse, em 1928. Exibido em Nova York, antes do filme independente “Rivais no crime”, foi o primeiro desenho animado com som sincronizado. No entanto, o personagem já havia feito parte do curta “O avião do Mickey”, até então inédito para o grande público.

A REGRA NOS EUA

Nos Estados Unidos, onde Mickey Mouse foi criado, a lei estabelece que o direito autoral de obras intelectuais, como personagens, livros, músicas e filmes, expira 95 anos após sua primeira publicação. Essa é a garantia, antes desse prazo, de que as criações não sejam exploradas sem a autorização do seu autor ou proprietário. Agora, nos EUA, é possível copiar, adaptar e reproduzir aquela primeira versão do personagem, em preto e branco, em suas criações. Cenas do curta original, por sua vez, podem ser incorporadas a outros projetos e a história pode ser adaptada por quem estiver a fim. Mas nem tudo é tão simples assim..

As regras envolvendo os direitos autorais das obras variam entre países, mas, em sua maioria, estão alinhadas à Convenção de Berna. Trata-se de um acordo feito entre diversas nações, em 1886, para proteger obras literárias e artísticas internacionalmente. Atualmente há 181 países signatários, incluindo o Brasil e os Estados Unidos. Este tratado prevê que as obras entrem em domínio público 50 anos após o primeiro dia do ano seguinte à morte do seu autor. Entretanto, cada país tem liberdade para ampliar as regras. No Brasil, as obras audiovisuais passam a ter uso livre 70 anos depois da sua divulgação. Isso quer dizer que o curta “O vapor Willie” já estava em domínio público por aqui desde 1999. Já o personagem Mickey Mouse ainda não está livre para ser explorado em terras brasileiras. Isso porque, por aqui, os chamados direitos patrimoniais do autor só expiram 70 anos após a morte de seus criadores. Walt Disney e Ub Iwerks morreram em 1966 e 1971, respectivamente, fazendo com que a liberação do camundongo no Brasil só ocorra em 2042. Enquanto isso, a permissão de uso é só de imagens do Mickey derivadas do curta original.

MAS ATENÇÃO!

Sabe o Mickey de calção vermelho e sapatos amarelos? Ele segue sob o poder da Disney. Com o passar dos anos, o camundongo ganhou orelhas maiores, olhos diferentes e alterações no visual, portanto, a empresa deve manter o direito sobre estes outros Mickeys por mais tempo. Há outra ressalva: como a marca registrada do personagem é associada à companhia, ela está de olho em como ele será explorado por aí. Usar o nome da Disney sem autorização ou dar a entender que se trata de um produto licenciado, por exemplo, pode ser uma violação.

NÃO É SÓ O CAMUNDONGO

A DISNEY ATÉ QUE TENTOU…

Personagens como Drácula, Frankenstein, Sherlock Holmes, Peter Pan, Gato de Botas e, mais recentemente, Ursinho Pooh estão todos em domínio público. As histórias originais de “Alice no país das maravilhas” e “O mágico de Oz”, que já foram para o cinema, também podem ser adaptadas.

A questão é não reproduzir elementos associados às outras adaptações que não estão em domínio público. O seu Peter Pan, por exemplo, não pode ser parecido com o que a Disney criou em 1953. O Gato de Botas precisa se distanciar daquele que integra os filmes do Shrek. As aventuras de Dorothy não devem parecer que estão no mesmo universo do clássico da Warner Bros., de 1939. É aí que estúdios usam a criatividade! Um filme de terror com personagens infantis? Parece uma boa! Um jogo assustador com o Mickey em preto e branco? Manda ver! As possibilidades de reinterpretação são inúmeras.

Originalmente, o Mickey entraria em domínio público em 1984, mas a Disney mexeu os pauzinhos, em 1976, para influenciar o governo norte-americano e estender o prazo. O resultado deu certo e a lei foi alterada. Em 1998, a poderosa empresa, junto com outras companhias de entretenimento, fez as regras mudarem novamente. Foi aí que entrou em vigor a legislação atual no país.

EVOLUÇÃO AO LONGO DOS ANOS

É de se esperar que um personagem com quase 100 anos tenha sido animado incontáveis vezes. Ainda assim, algumas versões do Mickey são simplesmente históricas.

Tente colocar estas oito versões do camundongo na ordem correta com base nas dicas! As respostas estão na parte inferior da página.

DICAS

1. Ainda sem um dos seus principais acessórios, o primeiro design do personagem foi criado para o curta “O avião do Mickey”.

2. O segundo design agora é de domínio público e estampa a vinheta da Walt Disney Animation Studios.

3. Foi esta versão que apresentou o esquema de cores vermelho e amarelo, até hoje associado a Mickey, em 1935.

4. Estabeleceu a versão mais clássica do camundongo, em 1939, com os tons de pele atuais e olhos com pupila.

5. Um dos visuais mais icônicos surgiu no filme “Fantasia”, de 1940, e é considerado símbolo da magia da Disney.

6. Mickey se modernizou nos anos 2000, ganhando mais expressões em um design para os desenhos para a TV.

7. Com a pegada de herói, o personagem foi adaptado para os jogos de videogame e manteve detalhes de seus primórdios.

8. Inspirada no look clássico, esta versão de 2013 resgata cores originais em um design mais cômico.

Quer conhecer o passado do ícone da Disney a fundo? O documentário “Mickey: a história de um camundongo”, disponível no Disney+, detalha a criação e as transformações do personagem. Se a ideia é ver o primeiro curta do Mickey, escaneie o QR Code para assisti-lo no YouTube!

TECNOLOGIA APROXIMAÇÃO:DE COMO FUNCIONA?

Sensores de movimento não são algo tão novo assim dentro da engenharia, apesar de ainda ser uma tecnologia que assusta um pouco. Quem já entrou em um lugar escuro e viu a luz acender automaticamente sabe o susto que dá. Porém, mais do que iluminar lugares ou ativar alarmes, as tecnologias de movimento e aproximação podem deixar as coisas muito mais práticas no nosso dia a dia.

Um exemplo disso são os cartões de ônibus, algo tão comum que já está bem inserido no nosso imaginário. Porém, uma coisa que não é tão fácil assim de assimilar e que ainda dá algum medo são os cartões de banco por aproximação. O medo, nesse caso, não é do susto, mas de levar um golpe. Como garantir a segurança de um equipamento tão prático? Eis a questão.

Como funcionam os cartões

Cartões de banco, sejam de crédito ou débito, geralmente vêm com três formas de uso. A primeira e mais antiga delas são as tarjas magnéticas, aquelas que passam de cima para baixo de um jeito bem rápido e que costumavam dar problemas. Cada vez mais em desuso, essas tarjas possuem pequenos imãs que parecem um código de barras, deixando seu cartão com uma “impressão digital”. Aí, a cada compra, esse código é quem faz a comunicação com o banco.

O outro jeito são os chips, esses mais comuns para nós. Inserir o cartão na máquina, colocar a senha e tudo certo. É o jeito mais utilizado pelo delivery, por exemplo, já que elas funcionam pela internet e até com máquinas que parecem celulares.

O terceiro jeito é o de aproximação, uma forma rápida e que foi muito importante na época da pandemia, por questão do contato. A tecnologia não é restrita aos cartões e pode ser utilizada nas tags de portões (usa-se muito nos prédios) ou até mesmo em dispositivos dentro de casa. O mais prático dessa forma é que dá para usar no celular, tanto para pagar (com cartões digitais) quanto para cobrar, na tecnologia chamada NFC (Near Field Communication, ou “comunicação de campo próximo”, em português).

Aproximar e agir

Como a mágica é feita, é questão de física: duas bobinas (fios enrolados) podem se comunicar sem encostar, o que é chamado de wireless (“sem fio” em tradução literal) e isso faz o chamado contato entre máquina e cartão. A informação em forma de energia da maquininha vai para o cartão, que a devolve com a informação de “identidade” e, assim, é feita a comunicação com o banco e, depois, o pagamento. Tudo isso em questão de segundos.

Vale destacar que essa tecnologia não é a mesma do sensor de movimentos que citamos no começo do texto. Aquele vai por infravermelho ou sensor de calor. Já esse é por eletromagnetismo mesmo, tanto que o seu celular pode ser um cartão se ele vier com a tecnologia NFC, utilizando a carteira digital do aparelho telefônico.

Essa tecnologia também permite conectar dispositivos dentro de casa. Basta comprar algumas tags e programá-las para funcionar com a aproximação do seu telefone. A partir daí, é possível usar seu celular como chave.

Como usar isso com segurança

É difícil afirmar que ninguém vai tentar aproximar alguma máquina de cobrança e roubar o nosso suado dinheiro, certo? Diversos golpes como esse são noticiados, especialmente em lugares com aglomeração (como Carnaval ou transporte público), já que o cartão funciona a até cinco centímetros de distância.

Porém, há formas de se prevenir ou diminuir os riscos — e isso utilizando a física, com a famosa gaiola de Faraday. Algo envolvido por metal, mesmo sendo uma gaiola, pode impedir a entrada de ondas eletromagnéticas, impedindo a comunicação entre o que está dentro e o que está fora.

Assim, há algumas formas de se prevenir dos golpes:

Coloque um limite de compras no valor no seu cartão, pois, caso seja roubado, o prejuízo é mínimo;

Bloquear a função de aproximação diretamente com o banco ou no aplicativo;

Colocar senha, mesmo com o uso de aproximação;

Ativar serviço por SMS ou aplicativo para receber a notificação a cada uso do seu cartão. Caso seja visto isso, é possível questionar o banco;

Use uma capa específica para cartões desse tipo, que impede a comunicação;

Coloque dois pedaços de papel alumínio na carteira, de modo que o cartão fique no meio;

Ou, em último caso, envolva seu cartão com papel alumínio antes de guardar na carteira.

COMO AS

MUDANÇAS CLIMÁTICAS

AFETAM A MIGRAÇÃO DOS ANIMAIS?

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Estamos vivenciando alterações na atmosfera e na temperatura devido às mudanças climáticas intensas. Tais modificações acabam impactando não só a vida dos seres humanos, mas também a dos animais.

Um exemplo é a migração dos animais, fortemente afetada: muitos tentam acompanhar o ritmo dessas mudanças, mas acabam não conseguindo e, por isso, deixam de deslocar-se de um lugar para outro, o que pode acarretar em problemas como a ausência de predadores e na redistribuição dos nutrientes, afetando no ciclo de vida dos bichos e do ecossistema.

Antes de entendermos como as mudanças climáticas dificultam a vida dos animais no processo natural de migração, é preciso conhecer o conceito e a importância desse processo.

O que é e como funciona a migração dos animais?

A migração de um animal refere-se à viagem que eles fazem de um hábitat para outro, seja por busca de alimentos, melhores condições de vida ou até mesmo para se reproduzirem.

Segundo a bióloga Hugh Dingle, citada pela revista National Geographic, as migrações variam de espécie para espécie. Entretanto, existem quatro características comuns entre todos eles nesse período:

O processo de migração é longo e afasta os animais dos seus hábitats.

Geralmente, essa movimentação costuma ser em linha reta.

Os grupos se preparam e costumam comer mais do que o normal enquanto isso.

Os animais não se distraem durante o caminho, sempre mantendo o foco no destino final.

Qual é a importância da migração dos animais?

A migração dos animais é fundamental em diversos ecossistemas para a sobrevivência e saúde de muitos deles. Isso porque muitas espécies dependem deste processo para completar o seu ciclo de vida e de reprodução.

“É a migração que permite que animais prosperem evolutivamente.

Acho lindo o exemplo das baleias, que vivem parte de sua vida entre ambientes antárticos e o litoral brasileiro, sendo viajantes que mostram que nossos ecossistemas estão interconectados e são interdependentes.

Isso porque passam o verão na Antártica, se alimentando de abundantes, gigantescos, cardumes de pequenos peixes e pequenos crustáceos, como o peixe krill. E, durante o

inverno, migram para águas mais quentes para se reproduzirem, darem à luz e amamentarem seus filhotes, presenteando Santa Catarina com sua visita majestosa e inspiradora’’, conta o professor de ecologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Paulo Horta.

Além do processo de reprodução, o deslocamento promove a mistura de populações, o que contribui para uma diversidade genética, sendo de extrema importância para a adaptação de mudanças climáticas e resistência de doenças, o que impacta na migração dos animais.

“Os extremos de temperatura podem reduzir a disponibilidade de alimento, de água e abrigo, forçando animais a buscarem refúgio em outras áreas. Durante essas travessias, muitos encontram a morte, seja por não encontrarem mais os ambientes para se alimentarem e saciarem sua sede, seja por conta da contaminação dos nossos territórios’’, esclarece Paulo.

Quando o tempo muda, o que influencia na migração?

Mudanças nos padrões de temperatura

O aumento crescente da temperatura afeta os hábitos de migração que os animais já possuem, levando-os a ajustar esses ciclos. Por isso, muitos animais acabam migrando ou muito cedo ou muito tarde, sendo esse um fator prejudicial para eles, já que a maioria migra por necessidade de alimento ou reprodução.

Riscos durante a migração

Com as mudanças climáticas presentes, os riscos durante o processo de migração dos animais são maiores, porque a chegada das mudanças repentinas traz consigo tempestades e secas e torna o processo mais desafiador e perigoso.

Alteração nos ecossistemas

As mudanças climáticas também geram alterações nos ecossistemas, como o derretimento de geleiras e a elevação do nível do mar, o que acaba afetando essas áreas, que são lugares de reprodução e hibernação para muitas espécies, como ursos polares.

Disponibilidade de recursos

Outro fator é sobre a distribuição e a disponibilidade de alimentos ao longo das rotas de migração que esses animais percorrem. Se num lugar tinha o recurso necessário para tal espécie e agora não tem mais, ela é obrigada a mudar o percurso, o que gera um maior risco na procura de alimento em um hábitat que não é conhecido.

Nesse cenário é importante destacarmos que temos o papel como cidadãos do planeta de cuidarmos do local que habitamos, pois, como vimos, a vida dos animais também depende disso.

Segundo Paulo, não é possível implementar soluções para a poluição sem colocar em prática a redução, reutilização e a reciclagem. “Esses três ‘Rs’ podem nos ajudar a rever nosso modelo de produção e consumo. Precisamos entender que tanto o planeta quanto nossos territórios têm limites e precisamos conhecer e respeitar suas capacidades de suporte’’, finaliza o ecologista.

- E gente enferruja?

POR Sabrina Evelin de Oliveira

de leitura da EM Prefeito Joaquim Félix Moreira

Logo na primeira frase do livro temos uma incógnita. “Raul da ferrugem azul”, da autora Ana Maria Machado, é um livro cativante, que convida o leitor a conhecer um pouco mais sobre a vida do menino Raul, um garoto tímido que reprime medos, raivas e emoções. Raul não consegue reagir às violências ou situações inesperadas de seu cotidiano. Até que, em um certo dia, começam a aparecer diversas manchas azuis que se espalham por todo o seu corpo e Raul pensa estar enferrujado. Mas o que seria o ato de enferrujar?

Será que todo mundo enferruja?

O menino embarca em uma grande aventura para descobrir o motivo de suas ferrugens e como desenferrujar. Nessa busca por respostas para o mistério de suas manchas azuis, Raul encontra Estela da ferrugem amarela e outros personagens memoráveis, que, com seus ensinamentos, o ajudam a decifrar o mistério.

Quando o pequeno Raul aprende a defender o que acredita, a encarar os medos e a externalizar os sentimentos e emoções, o seu processo de desenferrujar começa. E o pequeno Raul já não é mais tão pequeno assim, porque aprendeu a se expressar e a lidar com seus sentimentos para diminuir o peso de seu coração, que estava carregado com tantas palavras não ditas.

Da renomada autora Ana Maria Machado, “Raul da ferrugem azul” é um livro sensível e inspirador, que cativa o leitor do início ao fim, mas também o deixa com uma sensação de inquietação. O livro traz um grande ensinamento de que precisamos aprender a nos defender sozinhos e a lutar pelo que acreditamos. E a autora, com suas sábias palavras e uma linguagem acessível, torna esse processo de desenferrujamento possível.

Que tal continuar a leitura no mês e procurar por estes títulos?

A menina furacão e o menino esponja

Ilan Brenman, com ilustrações de Lucía Serrano

O tatuador de Auschwitz

Heather Morris

O homem que amava caixas

Stephen Michael King

A velhinha que dava nome às coisas

Cynthia Rylant, com ilustrações de Kathryn Brown

SOL DA MEIA-NOITE:

3LUGARESONDEO SOL NÃOSEPÕE(ÉREAL)

Você sabia que existem lugares onde o sol não se põe? Ou seja, por tais regiões, é como se o dia não tivesse fim. Tal fenômeno é denominado Sol da Meia-Noite, que acontece quando o astro fica visível 24 horas por dia. No entanto, esse evento não perdura o ano todo, ocorrendo por apenas alguns meses. Se, por um lado, o fenômeno proporciona mais tempo para praticar atividades ao ar livre e estar com as pessoas que ama, por outro pode ser difícil conseguir uma boa noite de sono com a presença de raios solares constantes.

Saiba mais sobre o Sol da Meia-Noite

A Terra se inclina em um eixo e, enquanto o nosso planeta realiza a sua volta anual ao redor do Sol, essa inclinação de 23 graus causa o que chamamos de estações do ano — outono, inverno, primavera e verão. As regiões perto do Equador vivenciam o clima quente e a divisão do dia e da noite. Porém, nas áreas mais próximas aos polos, os dias são mais longos no verão e muito curtos no inverno. Saiba onde esse fenômeno acontece:

Canadá: Nas províncias do Norte do Canadá, o fenômeno Sol da Meia-Noite fica presente em 50 dias seguidos do ano, de maio a julho. Neste período, os canadenses aproveitam para praticar esportes até as 23h.

Noruega: Navegar à meia-noite ou até mesmo jogar golfe nos campos nas 24 horas do dia são cenas comuns pela Noruega, graças ao fenômeno que está presente no país de maio a julho. Para quem gosta de aventuras, Svalbard é uma ótima opção. Na presença do Sol da Meia-Noite é possível observar a vida selvagem no deserto, o lar de ursos polares, raposas do Ártico e baleias.

Alasca: Esse é o único estado dos Estados Unidos em que é possível ver o sol ainda no céu à meia-noite. O principal destino dos viajantes é Barrow: por lá, o sol se põe em novembro, e não nasce novamente por 65 dias.

Construa o seu próprio relógio caseiro

É fato que as novas tecnologias substituíram as técnicas antigas de saber a hora precisa — e até mesmo os relógios de pulsos têm caído em desuso devido ao uso de celulares. No entanto, é possível criar seu próprio aparelho com poucos itens e acompanhar os minutos enquanto o Sol se move. Conheça alguns passos a passos:

Coloque uma vareta de cerca de 60 cm de comprimento em alguma área externa da sua casa, empurrando a extremidade do objeto no chão inclinada um pouco ao Sul, já que estamos no Hemisfério Sul. Caso você não consiga encaixar a vareta no chão, é possível fazer com um balde com areia ou cascalho, e inserir no centro.

Caso você pense em finalizar o relógio em um dia, é necessário começar pela manhã, depois do nascer do Sol. Com o seu relógio marcando 7 horas, coloque uma pedra para marcar o local da sombra no chão.

Volte após uma hora para marcar a sombra da vareta no chão, fazendo o mesmo processo até não haver mais luz do Sol. Outra dica para garantir a precisão é usar um giz para marcar os horários nas pedras.

Unindo a história da Mesopotâmia com o estudo bilíngue (Libras/Português), os estudantes da Escola Municipal Professora Anna Maria Harger praticaram uma atividade diferenciada: a produção de um pão tradicional da região, receita de mais de três mil anos. Durante a atividade, os alunos também fizeram piquenique, momento em que puderam degustar diferentes frutas, como figo, tâmara e romã.

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As crianças da turma do segundo período do Centro de Educação Infantil (CEI) Maria Laura Cardoso Eleotério estão aprendendo sobre alimentação de uma maneira diferente e divertida: além de identificarem quais fotos eram de comidas doces e salgadas, os pequenos participaram de uma degustação para distinguir os alimentos. A iniciativa foi pensada como uma oportunidade para trabalhar a seletividade alimentar com os menores.

Fotos: CEI Maria Laura Cardoso Eleotério/ Divulgação
Fotos: EM Professora Anna Maria Harger/Divulgação

Os estudantes do Atendimento Educacional Especializado (AEE) da Escola Municipal Dom Jaime de Barros Câmara participaram de atividades de robótica, aprendendo a matemática e a tecnologia de forma prática. Os encontros têm sido uma oportunidade de desenvolver o crescimento pessoal, trabalhando a questão do respeito e das múltiplas inteligências.

Mostrando que as aulas de Língua Portuguesa podem ir além da sala de aula, as turmas dos quartos anos da Escola Municipal Prefeito Wittich Freitag colocaram a mão na massa para preparar um bolo de caneca no laboratório. O objetivo da atividade foi aprender sobre o gênero receita e compreender as características deste estilo do texto.

Fotos: EM Dom Jaime de Barros Câmara/Divulgação
Fotos: EM Prefeito Wittich Freitag/Divulgação

Para testar os conhecimentos em Ciências, Matemática, Física

EM Plácido Xavier Vieira Santa Catarina e Astronomia, os estudantes do sexto ao nono ano lançaram 85 foguetes durante a Mostra Brasileira de Foguetes A participação é uma oportunidade para estimular os conhecimentos sobre o universo e contou com a organização dos professores Yuri Bertolo Macedo, Keilla Oliveira Dias e Terezinha Chaves Reinert A ação faz parte da Olimpíada Brasileira de Astronáutica e Astronomia (OBA)

EAM Carlos Heins Funke Dona Francisca

EM Governador Pedro Ivo Campos Costa e Silva

As turmas de sexto, oitavo e nono ano da Escola Municipal os lançamentos feitos por alunos ultrapassaram os 90 metros

Governador Pedro Ivo Campos participaram da atividade de lançamento de foguetes da Olimpíada Brasileira de Astronáutica e Astronomia (OBA), confeccionando os projéteis com materiais recicláveis Já na Escola Agrícola Municipal Carlos Heins Funke

Em uma parceria entre as aulas de Matemática, Ciências e Língua

EM Doutor Sadalla Amin Ghanem Parque Guarani Portuguesa, os estudantes puderam aprender na prática as questões físicas em relação ao lançamento de foguetes

No projeto “Katherine Johnson - da sala de aula para o universo”, os alunos assistiram ao filme “Estrelas além do tempo”, conheceram a história da matemática que dá nome à iniciativa, revisaram as três Leis de Newton e participaram da construção de foguetes utilizando garrafas PET

O BRASIL ANTES DOS PORTUGUESES

POR Eloá Rafaela Bertoli - Estudante do sétimo da EM Professora Virgínia Soares

Estamos estudando sobre a chegada dos portugueses ao Brasil. Ao longo das aulas, aprendemos sobre a cultura indígena e como os europeus escreveram sua história por meio do sofrimento dos povos originários.

Utilizamos o livro “Crônicas indígenas para rir e refletir na escola”, de Daniel Munduruku, para estudar sobre o assunto. Você já leu? Se não, eu recomendo. Um dos capítulos do conto fala sobre uma perspectiva errada que muitas pessoas têm sobre os indígenas, que é achá-los preguiçosos. Você concorda com isso? Se sim, tenho que dizer que é porque você não conhece a cultura desses povos.

Eles foram rotulados dessa forma por pessoas que não sabiam sobre seus costumes. A verdade é que os nativos não estão acostumados a “acumular”, pois só produzem para o próprio consumo, e não um excedente, como é o costume da nossa sociedade nos dias de hoje. Essa é uma prática que conserva e restaura florestas e recursos naturais. Eles adaptaram seus estilos de vida para se adequar e respeitar seus ambientes, veem-se ligados à natureza e como parte do mesmo sistema que o ambiente em que vivem. Você concorda com essa prática?

O filme “Pocahontas”, a que assistimos em sala, também fala sobre essa imposição. Um dos personagens

diz à princesa: “Vamos mostrar ao seu povo como usar a terra apropriadamente, vamos tirar o máximo dela”. O que você acha que ele quis dizer? O personagem fala, de uma certa forma, que o seu modo de vida é superior ao dela. Você concorda com esse pensamento?

Mas será que o modo de vida que temos hoje é mesmo melhor? Porque não é isso que a Terra está nos dizendo. Podemos até ser mais “atualizados” e “avançados”, mas de que adianta se o nosso mundo está pedindo socorro? O mundo está em aquecimento global, em ebulição. Este ano já percebemos as altas temperaturas, as florestas não param de ser desmatadas; os animais, de serem extintos; e os recursos naturais, usados de forma indevida, estão se esgotando.

O que quero dizer é que devemos olhar para os nossos próprios erros antes de julgar os outros. Existem outras formas de pensar que não as nossas e, do mesmo modo que é nosso direito ser respeitados, é nosso dever respeitar.

Os indígenas não mereciam ter sido tratados daquela forma. Os europeus não tinham o direito de chegar lá e mostrar “o jeito certo” de viver. A vida de um escravo não era fácil, era dura e marcada pela violência. E o que estamos colhendo hoje é fruto do que plantamos tempos atrás.

Sobre o projeto

Na Escola Municipal Virgínia Soares, os estudantes participaram de um projeto sobre protagonismo indígena.

Após a leitura do livro “Crônicas para ler e rir na escola”, de Daniel Munduruku, os alunos escreveram resenhas críticas e cartas abordando o tema para trocar com colegas de outra escola. A iniciativa também contou com a visita do cacique Cassiano, da aldeia Guarani Mbya, e o envolvimento na arte indígena, incluindo música e grafismo.

RESPOSTAS

Após 1503 anos do fim das Olimpíadas antigas, a primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna foi realizada em 6 de abril de 1896, em Atenas, na Grécia.

Apesar do futebol ser um dos esportes mais amados pelos brasileiros, as modalidades com mais medalhas conquistadas pelos nossos atletas são o judô e o voleibol (de quadra e de praia), somando 24 vitórias cada.

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Foi em 1900, em Paris, que as mulheres puderam fazer as primeiras aparições nos Jogos Olímpicos, competindo em apenas duas das 13 modalidades daquele ano: golfe e tênis. Anos mais tarde, em 1928, as atletas femininas foram autorizadas a participar em provas de atletismo.

Devido aos conflitos e destruições na Europa causados pela Primeira Guerra Mundial, a edição de 1916, em Berlim, foi cancelada. Anos mais tarde, agora por conta da Segunda Guerra Mundial, os Jogos Olímpicos de 1940 e 1944, que aconteceriam em Helsinque e Londres, respectivamente, também foram suspensos.

Brincadeira recorrente nas aulas de Educação Física, o cabo de guerra já foi um esporte olímpico entre 1900 e 1920.

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VERDADEIRO

O símbolo olímpico mais marcante, os cinco aros interligados, representam os cinco continentes. Nas cores azul, amarelo, preto, verde e vermelho, o emblema foi idealizado em 1914 pelo barão Pierre de Coubertin, responsável pela criação do Movimento Olímpico.

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Apesar da China estar sempre nos destaques nos Jogos Olímpicos, o país com mais conquistas são os Estados Unidos da América, somando o total de 2.523 medalhas.

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Com muitos fãs ao redor do mundo, foi apenas na edição de Tóquio, em 2021, que o skate passou a fazer parte do quadro de esportes da competição, estando confirmado também para os Jogos Olímpicos deste ano, em Paris.

VERDADEIRO

Maior nome da ginástica artística da história dos Jogos Olímpicos, Larissa Latynina conquistou o total de 18 medalhas. No entanto, o atleta com mais vitórias é o nadador americano Michael Phelps, com 28 medalhas.

As primeiras medalhas conquistadas pelos brasileiros nos Jogos Olímpicos foram nos Jogos de Antuérpia, na Bélgica, em 1920. Neste ano, a equipe da prova de pistola 50 metros faturou o bronze; Afrânio da Costa, nos 50 metros de pistola livre 60 tiros, garantiu a prata; e o ouro veio com o atleta Guilherme Paraense, no tiro esportivo.

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