its Teens Joinville - 79

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Revista its Teens Joinville nº 79 2023 | R$ 14,85

MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI IN MEMORIAM | FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC

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A REVISTA ITS É UMA PUBLICAÇÃO DA EDITORA NOTÍCIAS DO DIA

RENATA BOMFIM COORDENADORA DE PROJETOS ESPECIAIS renata.bomfim@portalits.com.br

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Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte.

TIRAGEM: 3.235 EXEMPLARES

NÃO VACILA, FALA AÍ (47) 3419-8000

Pontos de distribuição: Escolas da Rede Municipal de Joinville

RENATA BOMFIM

Coordenadora de projetos especiais

Fazer boas escolhas pode começar na alimentação, sabia? Trocas conscientes de embutidos por produtos naturais, ou até mesmo desembalar menos e descascar mais são mudanças de hábitos que podem refletir diretamente no desenvolvimento saudável. No destaque da reportagem de capa desta edição, você vai ver como a Escola Municipal Professor Virgínia Soares desenvolveu um projeto na área e ganhou prêmio nacional.

Ainda nesta edição, você pode viajar no mundo da sétima arte e conhecer vilões e mocinhos do cinema que vão além das aparências e romper estereótipos, como: será que o monstrinho sempre vai ser do mal? Para saber mais sobre esse assunto, você pode conferir a Cultura Pop deste mês.

E se você é do time dos jogadores e está sempre pronto para uma nova partida, confira no Wi-Fi as dicas de jogos do mês para compartilhar com a galera, desenvolvendo o raciocínio lógico e novas habilidades.

Além disso, você vai aprender na revista de outubro sobre o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e a importância de fazer a prova e representar a sua escola na avaliação. Tudo isso e muito mais você vai conferir na edição deste mês. Boa leitura!

Dos projetos que divulgamos nas edições da revista its Teens, em cada escola somos impactados pelo trabalho ativos dos professores, que a cada nova turma se reinventam, buscam novas formas de aprendizagem e de repassar aquilo que é necessário e importante para o desenvolvimento do aluno na Educação Básica. Neste mês especial, não podemos deixar de parabenizar aqueles que aprendem para ensinar, que fazem da sala de aula janelas para o mundo e contribuem para a formação dos cidadãos do futuro.

/ EDITORIAL / COMITÊ EDITORIAL
Amanda Albertina Sebastião CAIC Professor Mariano Costa Helena de Mira Licinio CAIC Professor Mariano Costa Luísa Mondardo Lemos EM Doutor Abdon Baptista Luana Costa Dias CAIC Professor Mariano Costa Ana Cecília Serpa EM Doutor Abdon Baptista Ian Vinicius Gamba CAIC Professor Mariano Costa Maria Eduarda Fuck EM Doutor Abdon Baptista Andressa Reinert EM Doutor Abdon Baptista Isabelli Caroline Penso Dias CAIC Professor Mariano Costa Mikaella Burigo Sassi CAIC Professor Mariano Costa Bruna Azevedo Laidens de Melo CAIC Professor Mariano Costa Letícia Carolina Fernandes EM Doutor Abdon Baptista
4 ITS TEENS - JOINVILLE / OUTUBRO 2023 / EXPEDIENTE
Vitor Vilas Boas Marcelino CAIC Professor Mariano Costa

Museu da Dança de Joinville

Com dez salas dedicadas para elementos da dança, o Museu da Dança fica no bairro América e conta com peças de todas as regiões do Brasil e do Exterior também. A exposição mostra peças de figurinos de apresentações importantes, representação de cenários e uma sala só para homenagear o Festival de Dança de Joinville.

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/ CONHEÇA A CIDADE
Foto: Instituto Festival de Dança/Divulgação

Conheça o Ideb, o indicador da qualidade do ensino básico no Brasil

8-9/ 24/

diário escolar diversão

10-11/

profissão do mês

O alicerce de toda profissão

Encontre a sombra dos fantasmas

26-27/

cultura pop

Inversão de papéis: o que acontece quando mocinhos e vilões se confundem na trama?

leitura

Você já fez uma colmeia literária?

12-13/ 14/ 15/

notícias das escolas educação que transforma

Secretaria de Educação lança programa de orientação profissional para alunos

16-17/

batalha de rima

No flow: como a música pode auxiliar no convívio social?

18-23/

capa

Premiação saudável

wi-fi

4 lugares para jogar com os amigos

28-29/ 30-31/

bloco de notas

Estou acabando o Ensino Fundamental. E agora?

32/

spoiler

Anne de Green Gables

donos da língua

Preposição: você sabe como usar de maneira correta?

galerias saideira

Desvelando os caminhos da profissão: ser professora

34-35/ / CONTEÚDO 6 ITS TEENS - JOINVILLE / OUTUBRO 2023

36-41/ 42/

Castelo dos Bugres

O Castelo dos Bugres é uma pedra, localizada na Serra da Dona Francisca, e está a 998 metros de altitude, fazendo com que a vista lá de cima seja incrível. Para chegar lá é preciso fazer uma trilha de cerca de duas horas, mas ela é bem sinalizada e não é considerada difícil.

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/ CONHEÇA A CIDADE
Foto: Arquivo/Luciano Moraes/ND

O INDICADOR DA QUALIDADE DO ENSINO BÁSICO NO BRASIL

POR MAI BILENKI

Você já se perguntou como são avaliados os erros e acertos na educação brasileira? Em um país de dimensões continentais, que conta com quase 50 milhões de estudantes e mais de 178 mil escolas de Educação Básica, como saber se toda escola ou instituição está se saindo bem?

É por isso que a cada dois anos uma grande operação nacional visa avaliar a qualidade da Educação Básica no Brasil. De Norte a Sul, todas as escolas públicas participam do Censo Escolar e dos exames do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), para gerar dados que levam ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

O Ideb foi criado em 2007 para sistematizar informações sobre dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações.

O fluxo escolar avalia a progressão dos alunos ao longo dos anos escolares. Ele mede, basicamente, a taxa de aprovação dos alunos matriculados nos níveis analisados. Um alto fluxo escolar indica que a maioria dos alunos está progredindo adequadamente, sem repetir ou atrasar seu percurso escolar.

Por vezes, escolas e redes de ensino são incentivadas a reduzir a repetência e a evasão escolar, visando melhorar o Ideb, mas não é só a permanência na escola que conta. O outro conceito que completa a nota do Ideb é o resultado da Prova Brasil, realizada a cada dois anos, por alunos do quinto e nono ano do Ensino Fundamental.

De forma geral, o Ideb ajuda a identificar quais regiões e escolas estão indo bem e quais precisam melhorar. Além disso, ele é usado como base para definir metas para a melhoria da educação e para direcionar investimentos e políticas públicas na área da educação.

/ DIÁRIO ESCOLAR 8 ITS TEENS - JOINVILLE / OUTUBRO 2023

Metas e cálculos do Ideb

O ano de 2021 deveria fechar um ciclo de trabalho da Educação Básica brasileira. No entanto, muito em função da pandemia de Covid-19, os números acabaram longe do esperado.

As metas são diferentes para cada rede e escola, mas uma meta nacional considerava para 2021 uma média 6 para o Ensino Fundamental 1; 5,5 para o Fundamental 2 e 5,2 para o Ensino Médio. Os números acabaram sendo de 5,8; 5,1 e 4,2 respectivamente.

O cálculo é realizado a partir do cruzamento da taxa de aprovação com o desempenho escolar dos estudantes. Por exemplo, em uma escola em que a taxa de aprovação é 0,9 e o desempenho escolar, 6, o Ideb será 5,4. Como calcular: 0,9 x 6 = 5,4.

Por isso, para se sair bem no Ideb, uma escola precisa de mais que uma gestão escolar eficiente: necessita de motivação e engajamento dos alunos. Em 2024, o índice deve trazer informações importantes sobre o impacto do período de pandemia na educação brasileira, mas os exames e o Censo serão realizados ainda esse ano. É hora de se preparar!

Por que é importante participar da prova?

Para que as escolas tenham um bom desempenho no Ideb, o engajamento dos estudantes é fundamental. Por isso, tanto professores quanto estudantes devem compreender a importância da avaliação e como isso pode afetar diretamente os recursos e as oportunidades educacionais da comunidade. E aí, você está preparado para a prova do Ideb 2023?

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Entenda as diferentes áreas de atuação de um professor e a sua importância na sociedade

POR REDAÇÃO ITS TEENS

“Não há quem não reconheça, à luz da civilização, o inestimável serviço do professor”. É assim que a catarinense Antonieta de Barros, primeira mulher negra a ser eleita deputada no país, destaca a importância dos educadores. Sempre ouvimos que os estudantes são o futuro, mas para isso é preciso que exista alguém que prepare esses jovens para a vida adulta. Os professores são a base de diversas profissões — em uma única sala de aula é possível enxergar futuros médicos, advogados, cozinheiros, físicos e diversos outros profissionais. Com o incentivo e a paixão pelo conhecimento, os educadores podem deixar marcas positivas na vida dos alunos e contribuir para que mais pessoas abram novas portas e desbravem diferentes mundos e possibilidades. O papel do docente é tão importante que ganharam uma data para chamar de deles. Vamos aprender mais sobre ela.

Dia do Professor

A história do Dia do Professor tem seu início ainda na época do Brasil Imperial, quando Dom Pedro I, em 15 de outubro de 1827, baixou o decreto que criou o Ensino Elementar no Brasil. Mas foi somente mais de um século mais tarde que a data se oficializou no país, com o incentivo do educador paulista Salomão Becker, personagem que iniciou a tradição de homenagear os professores no dia 15 de outubro, no ano de 1947. Passado um ano, em 1948, Antonieta de Barros, também jornalista e professora, durante seu segundo mandato, oficializou a data 15 de outubro como feriado estadual em Santa Catarina. No cenário nacional, a comemoração foi declarada como feriado em 14 de outubro de 1963, por meio do decreto federal nº 52.682, firmado pelo então presidente, João Goulart.

/ PROFISSÃO DO MÊS 10 ITS TEENS - JOINVILLE / OUTUBRO 2023

Atitude que faz a diferença

As origens das atividades dos educadores podem ser encontradas nos primórdios da história, presentes em distintos períodos e civilizações. Na Grécia Antiga, por exemplo, Sócrates e Platão foram alguns dos pioneiros na tradição de diálogos e debates que contribuíram para o pensamento crítico e a sede por conhecimento. Já no Egito e na Mesopotâmia, era possível encontrar instrutores que transmitiam os aprendizados envolvendo a Matemática, a escrita e a leitura.

Com o passar do tempo, a profissão foi se formalizando, e o acesso ao conhecimento, ficando cada vez mais democrático. Os profissionais estão presentes nas mais diferentes instituições de ensino, que vão desde dos ambientes tradicionais, como escolas e universidades, até em cursos livres e profissionalizantes, como os de música e idiomas. Mas, para isso, é preciso que o educador obtenha o conhecimento necessário para conseguir transmitir as informações de maneira clara e objetiva.

Como se tornar professor

Com diversas possibilidades de atuação, há diferentes maneiras de se profissionalizar na área. A forma mais tradicional é pela graduação em Pedagogia, em que os professores podem trabalhar desde o Ensino Infantil até o Ensino de Jovens e Adultos (EJA), e além da sala de aula — atuando na direção, na coordenação e na supervisão na gestão escolar.

Cursos de licenciatura também são opções nas áreas específicas de conhecimento, como História, Geografia, Física e Ciências Biológicas, por exemplo. Quem já possui uma graduação mas deseja se tornar professor, o caminho é pela Formação Pedagógica: cursos de curta duração que garantem a licença para lecionar.

Agora, para ensinar dentro de universidades, a exigência se torna maior. Nas instituições privadas, geralmente, parte do critério é possuir ao menos uma especialização, além da graduação na área. Já nas públicas, é pedido mestrado ou doutorado.

As faces da educação de Joinville

Nas unidades escolares de Joinville é possível encontrar diferentes perfis de profissionais envolvidos na educação do município. A Rede Municipal conta com professores da Educação Infantil, que atuam no desenvolvimento e na aprendizagem de crianças de zero a seis anos e os auxiliam nas turmas de creche. Além deles, com os estudantes do primeiro ao quinto ano, os professores pedagogos dos anos iniciais trabalham com a ministração e preparação de aulas do Ensino Fundamental, além dos professores de Arte, Educação Física e Inglês. Já nos anos finais, os professores de componentes assumem a função de ensinar áreas de conhecimento específico, como Língua Portuguesa. Ambos com a opção de também exercer a profissão no EJA e no Programa Aprender Mais — iniciativa que oferece atendimento nas unidades escolares e aulas de reforço aos estudantes com dificuldades de aprendizagem.

Contribuindo com a democratização do ensino, estão presentes também os professores bilíngues, que trabalham com os estudantes surdos com as

Libras, e também os de atendimento educacional especializado (AEE), com o objetivo de estimular a autonomia e independência dos estudantes com deficiências ao elaborar recursos pedagógicos que incluam a participação destes alunos e eliminem as barreiras no aprendizado. Os auxiliares da educação especial fazem parte de todas as etapas.

Em práticas fora da sala de aula tradicional, nos espaços makers, os professores integradores de mídias e metodologias (PIMM) trabalham a aprendizagem interdisciplinar enquanto despertam o protagonismo dos estudantes nos conteúdos envolvendo a tecnologia e a cultura maker — prática em que os envolvidos criam diferentes artefatos com o auxílio de objetos físicos e softwares.

Ainda no contraturno, há profissionais que participam de projetos envolvendo conteúdos culturais, com aulas de dança, música e ateliês de arte. Já nas escolas agrícolas, os professores técnicos na área contribuem com os ensinamentos das ciências agrícolas e o incentivo às práticas do campo.

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C LMEIA LITERÁRIA?

O que você vai encontrar por aqui:

professora cria projeto que estimula a leitura e a troca de informações com turmas do sexto ao nono ano do Ensino Fundamental.

Tempo de leitura: 7 minutos

POR ANA CAROLINE ARJONAS E RENATA BOMFIM

Ficar entretido com as aventuras de um personagem e se perder nas vivências dos colegas é apenas um dos benefícios da leitura. Conforme as páginas acabam, o desafio é conseguir manter a ansiedade ou o nervosismo antes de descobrir qual será o final da história, pensando se a escolha do autor será a mesma que você faria, caso estivesse no controle da narrativa. Mais do que a interpretação, o fim de cada capítulo também é uma oportunidade para imaginar os diversos cenários expostos no livro e a reação de cada indivíduo.

A adrenalina em cada frase e a vontade de conhecer o novo também

motivam as descobertas, pelo menos para os grupos da professora de português Sandra Musshauser, da Escola Municipal Vereador Arinor Vogelsanger. Por lá, as turmas do sexto ao nono ano em que leciona são incentivadas a participar do projeto “Leitura compartilhada”, que tem o objetivo de fortalecer a proximidade com os livros, além de expor para a classe aquilo que é possível aprender com cada publicação. O foco é proporcionar uma formação crítica e participativa, levando em consideração a melhora no rendimento escolar, a interação entre os colegas e o valor da imaginação.

Com o objetivo de compartilhar histórias e incentivar a leitura, estudantes criam favo com livros preferidos, compartilhando aventuras que extrapolam as páginas
/ LEITURA 12 ITS TEENS - JOINVILLE / OUTUBRO 2023 VOCÊ
JÁ FEZ UMA

O projeto já faz parte do ano letivo, compartilhando a cada trimestre aquilo que cada um aprende com as publicações que foram escolhidas, mas neste ano os alunos receberam um novo desafio: transformar a leitura em algo visual para aqueles que não escolheram a mesma obra, mas que desejam compreender a trajetória contada. Chamada de “Colmeia literária”, a inspiração veio daquilo que é produzido pelas abelhas, mas com um novo intuito: incluir em cada quadradinho palavras e frases capazes de instigar a curiosidade. “Eles tiveram que montar o favo de acordo com o livro que leram e que apresentaram para os colegas. No meio eu falei para eles desenharem a capa, colocar o nome do livro, autor e no restante do favo escolheram as frases que eles mais gostaram”, explica a educadora.

Com 335 colmeias expostas, o momento foi ideal para compartilhar experiências, ainda mais para aqueles que mantêm o hábito da leitura, como Ewelyn Silva Keller, que desenvolveu a habilidade quando pequena. “Meu pai vivia comprando gibi e, depois de um tempo, comecei a procurar livros mais grossos, daí fui me apaixonando, fiz o cadastro aqui na biblioteca. Quando vi já estava viciada em ler livros”, comenta a estudante.

A situação se repetiu com Ana Júlia Medeiros Cruz, que agora é fã de romances. “Comecei a ler livros pequenos e quando percebi não conseguia mais parar. Comecei aumentando a quantidade de livros que eu lia por mês, e quando percebi estava apaixonada por leitura”, completa a adolescente.

Para Arthur Alexandre Martins, a proximidade com os livros é uma forma de melhorar a compreensão daquilo que é visto em sala de aula. “Às vezes, na matemática, usamos a interpretação para algum problema, e nas outras matérias como quando vamos ler um texto. Quando estudamos, às vezes não lembramos a explicação, mas lendo aquilo e tendo uma boa compreensão, uma boa leitura, conseguimos lembrar de tudo e tirar uma boa nota nas provas”, diz o aluno, que compartilha com Ewelyn e Ana Júlia o hábito de ler, pelo menos, um livro por mês.

Mesmo que muitos acreditem no

A iniciativa é uma oportunidade para conferir, por meio das colmeias, os livros que foram escolhidos pelos alunos

poder da leitura apenas na Língua Portuguesa, é fato que a interação no ato de compreender e compartilhar com o outro oferece benefícios que vão além da sala de aula. “A leitura compartilhada trabalha a timidez deles. Eu, que trabalho do sexto ao nono ano, vejo quando eles iniciam, todos tímidos, morrendo de vergonha, porque eu dou opção deles apresentarem no fundo da sala. E vejo eles no oitavo, nono, a evolução é muito grande [...] Então é uma realização, trabalha toda a autoestima, a timidez deles, aquele medo de falar em público”, conclui Sandra.

Fotos: Renata Bom fi m NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 13

Quatro projetos da Rede Municipal de Joinville foram selecionados durante a 21ª Mostra Regional de Matemática, realizada na Escola de Educação Básica Professora Juracy Maria Brosig, em Joinville. Esses projetos serão finalistas na 38ª Mostra Catarinense de Matemática, que ocorrerá em novembro, em Criciúma. Os trabalhos foram divididos nas categorias: Educação Infantil, Educação Especial, Ensino Fundamental (anos iniciais e anos finais) e Educação de Jovens e Adultos. Confira os projetos da Rede Municipal selecionados:

- Educação Infantil

� Matemassauro - CEI Felícia Cardoso Vieira

- Ensino Fundamental - Anos iniciais

� Praticando a educação financeiraEM Karin Barkemeyer

� Matemática “Consciência”: alfabetização financeira e sustentabilidadeEM Professor Orestes Guimarães.

- Ensino Fundamental - Anos finais

� Financial Math World - EM Pastor Hans Müller

A Secretaria de Educação entregou a Ordem de Serviço para reforma e ampliação da Escola Municipal Dr. Abdon Baptista, localizada no bairro Petrópolis. O investimento do município é de R$ 9.990.913,31.

A unidade será ampliada em 1.279,86 metros quadrados, com a construção de novos espaços, como quatro salas de aula, laboratório de artes, cozinha, refeitório coberto, cantina, playground, bicicletário, jardim, depósitos de materiais de limpeza e de Educação Física, além de vestiários e banheiros.

Também haverá a reforma da estrutura atual, que tem área de 2.941,21 metros quadrados, com substituição de piso, janelas e portas.

O Sesi/Senai e a Secretaria de Educação iniciaram a parceria firmada por meio do programa Trilhas da Educação, que oferece atividades no contraturno escolar para 150 alunos da Rede Municipal de Ensino.

Ao todo, são 75 alunos do sexto e sétimo ano na Unidade Sul do Senai, e outros 75 estudantes do oitavo e nono anos na Unidade Norte I. As atividades ocorrem no período da tarde, de 13h45 às 17h05, com intervalo de 20 minutos.

São realizadas atividades envolvendo tecnologia, robótica, Matemática, Ciências, Inglês, empreendedorismo e outros temas.

Contraturnoemparceria com o Sesi/Senai

A Câmara de Vereadores realizou o sorteio para definir as escolas participantes da Câmara Mirim em 2024. Foram 16 unidades municipais selecionadas entre as 19 titulares, além de outras três suplentes (caso haja desistências).

Veja as escolas municipais selecionadas:

Titulares

� EM Amador Aguiar

� EM Dr. Sadalla Amin Ghanem

� EM João Costa

� EM João de Oliveira

� EM Paul Harris

� EM Pastor Hans Müller

� EM Pref. Baltasar Buschle

� EM Prof. Ada Sant’Anna da Silveira

� EM Prof. Anna Maria Harger

� EM Prof. Avelino Marcante

� EM Prof. Elizabeth Von Dreifuss

� EM Prof. Rosa Maria Berezoski Demarchi

� EM Prof. Thereza Mazzolli Hreisemnou

� EM Prof. Virgínia Soares

� EM Prof. Zulma do Rosário Miranda

� EM Senador Carlos Gomes de Oliveira

Suplentes

� EM Dr. Abdon Baptista

� EM Dr. Ruben Roberto Schmidlin

� EM Pref. Max Colin

/ NOTÍCIAS DAS ESCOLAS aeampliação na EMAbdonB ta Escolasselecionadas para aCâmaraMirim2024
Foto: Secom/Prefeitura Municipal de Joinville/Divulgação Foto: Secom/Prefeitura Municipal de Joinville/Divulgação
14 ITS TEENS - JOINVILLE / OUTUBRO 2023
Foto: Câmara Municipal de Joinville/Divulgação
Quatro projetos selecionados para Mostra Catarinense de Matemática

Secretaria de Educação

lança programa de orientação profissional para alunos

A Secretaria de Educação de Joinville lançou no mês passado o programa Conhecer-se para orientação profissional dos alunos da Rede Municipal de Ensino. O evento ocorreu na Faculdade Ielusc, com a presença de orientadores escolares e gestores das escolas municipais.

“O Conhecer-se faz o movimento do aluno refletir sobre si mesmo, suas potencialidades e desejos, explorando também as opções de cursos técnicos e superiores, além do que há disponível no mercado. Nosso objetivo é dar apoio aos alunos para que acreditem que são capazes e tenham prosperidade pessoal e profissional”, explica o secretário de Educação, Diego Calegari.

A Rede Municipal de Ensino já tem iniciativas de escolas com atividades para orientação profissional dos estudantes. O Conhecer-se surge para oportunizar a todas as unidades um programa sistematizado, com sete encontros, para despertar nos alunos do

nono ano o autoconhecimento e a busca por informações profissionais.

O programa foi desenvolvido em atendimento à Lei 9.289, de 2022, de autoria do vereador Lucas Souza, que prevê a oferta de serviço de orientação profissional aos alunos a partir do último ano do Ensino Fundamental.

Carol Matias Kuronuma, de 14 anos, estuda na Escola Municipal Governador Pedro Ivo Campos, que recebeu o piloto do programa. “Foi muito legal participar porque fui descobrindo mais sobre minha personalidade e meus gostos durante os encontros”, conta.

Para desenvolver o programa, os orientadores escolares da Rede Municipal de Ensino receberam formação específica e estão capacitados para executar os encontros nas unidades escolares, em parceria com psicólogos e assistentes sociais.

/ EDUCAÇÃO QUE TRANSFORMA
Foto: Secom/Prefeitura Municipal de Joinville/Divulgação
NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 15

O que você vai encontrar por aqui:

NO FLOW:

COMO A MÚS CA

PODE AUXILIAR NO CONVÍVIO SOCIAL?

Para tornar o recreio mais divertido, alunos participam de batalha de rima; saiba como funciona essa ideia escolar

POR ANA CAROLINE ARJONAS E RENATA BOMFIM

turmas do sexto ao nono ano usam o recreio para dançar e rimar, em batalha que agita os estudantes.

Tempo de leitura: 6 minutos

Seja para relaxar, melhorar a concentração ou compartilhar um tempo com os amigos, a música pode ser o ponto de partida para descobrir novas habilidades ou melhorar o relacionamento com o grupo. Entre os estilos preferidos e aquelas músicas que todos conhecem, é possível aprender com a letra e com a batida de cada instrumento, criando e modificando opiniões sobre estilos e gostos musicais. Em um país tão diverso quando o assunto é a melodia, como seria se esse bate-papo fosse para dentro da escola?

A experiência é realidade na Escola

Municipal Prefeito Nilson Wilson Bender. Com o incentivo das orientadoras Patricia Maria de Oliveira Siqueira Morandim e Michele Veiga, o projeto “Recreio Musical — A Música nos Contagia” desafiou os estudantes com a primeira batalha de rima na unidade. O objetivo era transformar o momento de descanso em oportunidade para interação entre as turmas, fazendo do espaço o local ideal para movimentar o corpo e explorar a criatividade.

Foto: Renata Bom
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/ BATALHA DE RIMA 16 ITS TEENS - JOINVILLE / OUTUBRO 2023

Com 20 inscritos, os minutos antes da aula foram marcados pela primeira batalha de rimas — aqui o objetivo não era vencer o opositor, mas mostrar como as palavras podem indicar o tom correto e a batida de cada melodia, priorizando o respeito e a empatia com o outro. “Percebemos como eles curtiram esse momento da música. Eles têm noção que as músicas têm que ter um teor nas palavras, que não pode ser nada desrespeitoso”, diz Patricia, reforçando que a ideia do confronto partiu da própria turma.

O que antes era organizado pelos alunos ganhou a aprovação da direção, que contribuiu com regras e normas para a competição. O momento, antes focado na interação, se tornou o preferido de muitos. “Começou como algo tão pequeno, mas se tornou grande entre nós”, opina Michele. Para aqueles que participaram da disputa, a iniciativa abriu espaço para oportunidades. “O que eu gosto é que podemos trazer mais liberdade, para termos uma escolha, e também porque a escola é um lugar para estudar, para aprender, e isso faz você aprender”, conta Caleb de Oliveira, 12, do sexto ano.

No caso de Bryan Hilger, 14, do oitavo ano, esse é um momento de expressão. “Acho que é por causa da cultura, do nosso jeito livre, porque a escola não é só para estudar, podemos aplicar uma cultura com o nosso jeito de se divertir”, comenta o jovem. No caso das meninas, Juliana Fernandes da Silva, 12, do sexto ano, foi quem teve coragem de testar as habilidades. “Escolhi participar porque achei que ia ter mais meninas, mas eu fui a única e fiquei feliz por participar.”

Antes de aparecer para a turma, cada um tem o seu próprio jeito de treinar — enquanto alguns aproveitam o beat para rimar, outros aproveitam as palavras no aumentativo, terminadas em “ão”, para seguir o flow. Agora o próximo passo é planejar a competição seguinte, de dança, outro pedido da turma para os intervalos na Escola Municipal Prefeito Nilson Wilson Bender.

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Foto: Renata Bom Foto: EM Prefeito Nilson
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Wilson Bender/Divulgação A rima esteve presente no intervalo, colocando os estudantes como protagonistas no processo de produção Foto: EM Prefeito Nilson Wilson Bender/Divulgação
/ CAPA 18 ITS TEENS - JOINVILLE / OUTUBRO 2023

O que você vai encontrar por aqui:

estudantes do quinto ano participam de projeto focado na alimentação saudável e cuidado com o corpo.

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Tempo de leitura: 12 minutos

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 19
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Foto: Leve Fotogra

ensar na saúde e compreender que todas as escolhas impactam na qualidade de vida e no organismo são ações essenciais para quem deseja ter qualidade de vida.

Mais do que manter o corpo em movimento ou priorizar uma boa noite de sono, as escolhas que são feitas em cada refeição refletem ao longo do dia e até mesmo dos anos. Com diversas opções que podem ser consideradas mais fáceis ou rápidas, manter o gosto pelo saudável pode ser um desafio.

E os números evidenciam uma realidade preocupante no país, já que dados do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel 2023) indicam que mais de 17% dos jovens entre 18 e 24 anos convivem com sobrepeso. Quando a análise tem como foco os pequenos, os números também indicam uma situação preocupante: 340 mil crianças entre cinco e dez anos têm obesidade, de acordo com o Ministério da Saúde.

Entretanto, debater em sala de aula aquilo que está por trás do aumento de peso e pensar em soluções nutritivas é uma das maneiras de mudar os registros. Na Escola Municipal Professora Virgínia Soares, por exemplo, as turmas do quinto ano aprendem desde cedo a importância de pensar e escolher aquilo que faz parte de cada prato, priorizando os alimentos naturais e deixando de lado o que pode ser prejudicial. Com foco na saúde e na movimentação do corpo, a unidade recebeu o Prêmio Crianças Mais Saudáveis deste ano, iniciativa da Fundação Nestlé Brasil, sendo a única de Santa Catarina a receber o reconhecimento — a instituição premia duas escolas por região.

Se a consciência na hora de optar pela merenda da escola está presente na rotina dos estudantes, a ação de aproximar a turma dos alimentos saudáveis começou no início do ano, pensando em uma abordagem multidisciplinar. “Pensamos junto com as crianças um tema em evidência, porque depois da pandemia ainda ficou aquela questão de ter que comer direitinho. Eles não estavam habituados com essa questão de pensar numa alimentação saudável para o corpo, para a mente, e a atividade física também. Quando pensamos no Índice de Massa Corpórea (IMC) para a Feira de Matemática, trouxemos isso e já complementamos com as habilidades trabalhadas no quinto ano”, explica a professora Ieda Maria Vargas dos Santos.

Mais que incluir o tema em sala de aula, uma alternativa para os profissionais foi aplicar os conhecimentos ao longo do dia, extrapolando o que estava no livro ou na lousa. “Nós trouxemos Ciências na alimentação, e na atividade física trabalhamos a questão do brincar. Fomos para a quadra, mostramos a questão das calorias e da perda calórica, levamos os reloginhos para medir as calorias que eram perdidas”, complementa a educadora. Por mais que a unidade já tenha o costume de participar de feiras, premiações e concursos, existem ganhos que vão além do reconhecimento — nesse caso, foi acompanhar a mudança no comportamento dos estudantes. “Eles começaram a perceber quais eram os alimentos nutritivos, perceberam que o que se alimenta precisa gastar essa caloria, porque senão fica como gordura acumulada.

/ CAPA
20 ITS TEENS - JOINVILLE / OUTUBRO 2023

Aprenderam a calcular o IMC, então eles medindo com a balança na sala, pesando, fazendo o cálculo. Eles iam colocando os valores, trazendo os resultados. Se alimentando bem, fazendo atividade física, eles tinham uma dieta mais cognitiva, e isso, consequentemente, gerava saúde. Depois ampliou-se para a escola através dos cartazes, através da exposição do trabalho na feira”, pontua a diretora Susana Cercal de Nascimento.

Embora a Rede Municipal de Joinville tenha um projeto de alimentação saudável nas escolas, o trabalho com a turma foi essencial para criar a proximidade com as escolhas e com as respostas do próprio organismo.

“Antes de sair para o recreio falamos sobre a merenda, o que tem no cardápio, falamos sobre as nutricionistas, que elas fazem tanto por eles. Eu tenho visto o dia a dia, a quantidade maior indo pegar a merenda, gostando, saboreando, porque a gente também faz esse trabalho do experimentar. Eles precisam, porque muitos não conhecem, não conhecem uma fruta diferente ou uma verdura, porque eles não têm o hábito de experimentar”, elenca Ieda.

No trabalho entre Matemática, Ciências e Educação Física, houve quem identificou a atividade preferida. “Quando estávamos apresentando o trabalho, tinha uma cartela sobre os exercícios físicos. A corrida perde 600 calorias, e eu percebi que é bem legal fazer corrida, mesmo que seja muito cansativo, mas é legal que a gente perde bastante (caloria)”, comenta a estudante Mariana Farias, 11, aluna do quinto ano. Para Matheus Vargas Segundo Fernandes, 11, uma lição foi memorizada. “Aprendi que temos que diminuir, comer menos alimentos gordurosos e comer mais alimentos saudáveis.”

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Fotos: Leve Fotogra
Professores e equipe de gestão escolar
/ CAPA 22 ITS TEENS - JOINVILLE / OUTUBRO 2023

Prêmio CriançasMaisSaudáveis

O projeto que foi pensado para a Feira Municipal de Matemática acabou não sendo selecionado para a fase seguinte, mas uma nova oportunidade surgiu com a premiação da Fundação Nestlé Brasil. A decisão de concorrer com projetos de todo o país foi apresentada pela diretora Susana Cercal de Nascimento, pela supervisora Andreia Heiderscheidt Fuck e pelas professoras Sheila Poerner Farias e Ieda Maria Vargas dos Santos. Elas tiveram a missão de gravar um vídeo para explicar o que foi feito na escola e como a alimentação saudável foi trabalhada ao longo do ano, de acordo com as cinco missões elencadas pela própria instituição: “os caminhos da água”, “os caminhos da terra”, “os caminhos do alimento”, “os caminhos do brincar” e “os caminhos da comunidade”. Para ser contemplada, a iniciativa precisa ser enquadrada em dois quesitos.

E o resultado foi surpreendente até mesmo para aquelas que estavam à frente da iniciativa. “Choramos muito, porque na realidade nada é por acaso, mas juntamos as apaixonadas pela escola, então é um caso de amor que temos, trouxemos nossos filhos para estudar aqui”, conta Ieda. Além do reconhecimento, a unidade será contemplada com R$ 38 mil, investimento que será destinado à horta pedagógica, ao refeitório e a uma nova quadra de esportes, pensando na movimentação das turmas. “Precisamos de uma área para que possam praticar o esporte coletivo, o esporte de contato, que gasta mais energia, que tira eles dessa rotina digital, muito parada. Vai ter que haver um maior investimento nessa área, então o recurso está muito direcionado para isso”, diz Susana.

Com a premiação divulgada, as escolas vencedoras participam de encontros de mentoria com a equipe da Nestlé. O objetivo é planejar o que será feito com o dinheiro, além da entrega dos orçamentos e o planejamento para manter a iniciativa em funcionamento na unidade.

O prêmio surgiu em 2018, com o objetivo de entender as necessidades do Brasil. Disponível para escolas municipais e estaduais, com turmas no Ensino Fundamental, o concurso conta com a pré-seleção, semifinal e final, dando destaque para 10 instituições em todo o país. “A parceria pública/institucional precisa acontecer como forma de potencializar o que de melhor podemos fazer: trazer bem-estar para as crianças. Incentivar hábitos mais saudáveis por metodologias como o Prêmio Crianças Mais Saudáveis é um imenso orgulho, pois sabemos o quanto a alimentação na infância exerce papel fundamental na formação de adultos que serão mais saudáveis, contribuindo assim por um futuro cada vez melhor”, fala a gerente sênior de nutrição, saúde e bem-estar da Nestlé, Gisele Pavin.

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Fotos: Leve Fotogra
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O clima de Halloween já bateu por aqui e, para celebrar a data, que tal ligar cada fantasma a sua sombra?

/ DIVERSÃO 24 ITS TEENS - JOINVILLE / OUTUBRO 2023

Para continuar a leitura...

Vire a revista para a carinha ficar feliz.

A descendente de rainhas guerreiras

“Ruby Marinho: Monstro Adolescente” (2023, Livre)

O deus da trapaça

“Loki” (2021, 14 anos)

O ogro mais doce de todos

“Shrek” (2001, Livre)

Em um mundo apaixonado por sereias, descobrir que você é descendente de criaturas monstruosas e, eventualmente, mudará de forma, deve ser uma notícia chocante. É assim para Ruby, que vive uma jornada para descobrir como usar as super-habilidades, que soam maquiavélicas e perigosas, mas podem servir para defender o que considera certo. Aqui as encantadoras sereias não são as protagonistas — pelo contrário, elas são malvadas — e dão lugar às guerreiras kraken, provando que todos têm perspectivas diferentes.

O irreverente vilão de “Thor”, e tantas outras aventuras da Marvel, é a prova de que todos podem deixar o mal para trás e abraçar o lado correto da força. Após causar problemas gigantescos, perder batalhas e ficar um tempo recluso, Loki se uniu ao irmão e até mesmo ajudou os Vingadores, do jeito que pôde, a enfrentar Thanos. O carisma do personagem foi tão contagiante que ele ganhou uma série própria, na qual tem outras nuances de herói exploradas e se torna um exemplo de redenção.

As reações de Shrek ao lidar com os humanos deixam visíveis as mágoas que o ogro sente em relação às pessoas. Isso porque, mesmo tendo uma doçura imensa dentro de si, ele sempre foi bastante temido e julgado pela sua aparência. Isso fez com que esse morador do pântano se isolasse e desenvolvesse resistência para fazer amizades. O lado amedrontador só começa a ficar de lado quando ele faz amizade com o Burro e conhece a princesa Fiona. A partir daí, aflora um novo Shrek.

/ CULTURA POP 26 ITS TEENS - JOINVILLE / OUTUBRO 2023

Sabe aquele modelo de conto de fadas em que o destemido príncipe padrão salva a donzela em perigo de uma fera maligna? E aquela história em que a criatura diferentona e esquisita é a representação do perigo, que deve ser derrotado a todo custo? Há muito tempo já não temos apenas essas estruturas convencionais de personagens mocinhos e vilões no cinema.

Filmes como “Shrek” ajudaram a quebrar estereótipos de heróis, permitindo que histórias como a de “Malévola” trouxessem um recorte sobre o que até então era considerado simplesmente bom ou mau. O sombrio não deve ser necessariamente associado ao antagonismo, assim como nossas referências do bem podem, ocasionalmente, cometer atos não tão adequados.

Foi assim que a recém-lançada animação “Ruby Marinho: Monstro Adolescente” pôde colocar de escanteio uma popular sereia e dar o protagonismo a uma personagem descendente de monstros do mar. No fim das contas, essa inversão de papéis é a chance de promover um olhar para além das aparências e focado no que realmente importa.

A dona do mal

“Malévola”

O simbionte em ação

“Venom” (2018, 14 anos)

O supervilão amoroso

Ela foi retratada pela primeira vez nas telonas no desenho “A Bela Adormecida”, de 1959, e passou mais de 50 anos sendo conhecida apenas como vilã. Foi com a sua versão live-action, interpretada por Angelina Jolie, que Malévola foi presenteada com uma reinterpretação, virando a protagonista da própria história. Mesmo toda cercada de aspectos sombrios, aqui ela é retratada como uma personagem com dores próprias, que atua como uma distante protetora de Aurora.

Quem achou que um dos inimigos clássicos do HomemAranha terminaria como só mais um vilão derrotado, em “Homem-Aranha 3”, estava muito enganado. Venom ganhou um longametragem para chamar de seu, em que mostra como Eddie Brock teve contato com o simbionte alienígena responsável por transformálo em uma monstruosa criatura. Como já sabemos, as aparências enganam e o personagem é muito mais do que um ser visceral: Venom pode ter atitudes moralmente duvidosas, mas também sabe agir contra as verdadeiras forças do mal.

O silêncio do heroico Perry, o Ornitorrinco, complementa perfeitamente o seu arquiinimigo, o tagarela Dr. Doofenshmirtz. A dinâmica dessa rivalidade é um dos charmes do seriado “Phineas e Ferb”, que em cada episódio traz uma nova disputa entre os dois. Às vezes ela é extravagante, enquanto em outros momentos é mais conceitual. Apesar de sempre criar invenções malignas e repetir que pretende dominar a Área dos Três Estados, Doofenshmirtz é muito mais profundo que seus planos. O seu estímulo, como já revelou, é constantemente reencontrar Perry e ter a chance de detalhar suas ideias. Esse vilão atípico também se mostrou ser um pai exemplar, fazendo de tudo por sua filha.

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(2014, 10 anos) POR GUSTAVO BRUNING “Phineas e Ferb” (2007, Livre)

JOGAR 4 LUGARES PARA COM OS AMIGOS

Existem jogos de todas as formas e todos os tipos possíveis atualmente. Hoje temos uma oferta muito grande de jogos e serviços de baixo ou nenhum custo, e com a quantidade de jogos disponíveis, se sobressaem aqueles em que a experiência é em grupo. Não dá pra negar que a experiência de jogar em grupo é muito mais divertida.

Se antigamente era preciso juntar o pessoal todo na casa de alguém, em uma locadora ou em uma lan house, hoje já não precisamos mais nos juntar pessoalmente para isso, basta escolher o game ou o serviço certo para aproveitar com as amigas e os amigos. Por isso, vamos dar algumas dicas de games e plataformas para jogar em grupo.

/ WI-FI
POR LUCAS INÁCIO
28 ITS TEENS - JOINVILLE / OUTUBRO 2023

Roblox

Minecraft

Sim, sabemos que falar de Minecraft é chover no molhado. O game está aí há mais de uma década fazendo sucesso com gerações em seu design quadradão, mas que ditou um ritmo para a indústria. Primeiro que esse jeito permitiu às pessoas não apenas serem jogadoras, mas criarem seus próprios mundos. É aí que mora o sucesso do Minecraft: a interação por meio da criatividade. No celular, por exemplo, é possível jogar em até oito pessoas, basta criar um mundo e convidar amigas e amigos pelo nome de usuário. No computador e no videogame, é só criar um servidor próprio e jogar com quem você quiser. Mas cuidado com quem vai convidar para não atrapalhar o jogo da galera.

Rocket League

A ideia de juntar futebol e carros é simples e genial. Não à toa, esse é um dos maiores sucessos dos últimos anos e traz cada vez mais atualizações com carros famosos e grandes marcas. E, claro, como todo jogo de futebol e de corrida, é muito mais legal jogar online contra a galera do que contra o computador. Para isso, basta criar um modo de jogar com o pessoal. Há algumas limitações para plataformas diferentes, não é possível criar um grupo permanente nesse caso, mas é possível criar um jogo e convidar pessoas de outras plataformas. Por exemplo: um jogador de PS4 com um de PC ou com um de XboxOne. Assim a diversão está completa.

Criado em 2004, mas com sucesso mais recente que os últimos citados, o Roblox é uma plataforma que permite criar mundos virtuais, tal qual o Minecraft. Há diversos servidores com objetivos e dinâmicas diferentes, dá para jogar tentando completar uma missão, ou apenas curtir a vida — é como uma loja cheia de jogos, mas a loja também é um jogo. O design lembra lego e é tão criativo quanto, sendo fácil criar seu próprio mundo para dividir com a galera depois. Como restrição, o Roblox não está disponível para Nintendo Switch, porém uma grande novidade chega agora para outubro: o jogo vai entrar para Playstation. Além disso, ele funciona tranquilamente no Xbox e em todos os tipos de celulares e computadores. Sempre é bom lembrar que, para esse tipo de jogo de mundo aberto, é importante escolher o servidor adequado para sua idade.

Plataformas para se reunir

Além do suporte e das ferramentas de interação que os próprios jogos oferecem, há dois lugares muito legais para se reunir com a galera — o Discord e o Guilded. O primeiro é a plataforma de comunidades mais conhecida da internet. É utilizado não apenas para games, mas ganhou popularidade por isso. É um local em que você se reúne em salas de acordo com a organização delas (pode ser privada ou pública) e vai encontrar um grupo parecido com você para conversar, trocar ideias e jogar. É possível fazer chamadas de voz e vídeo em grupos, além do chat escrito com vários tipos de interação. Permite também a criação e o uso de bots para funções específicas que deixam o ambiente ainda mais único, tipo música de fundo, criação de memes, entre outros.

Seja Discord ou Guilded, é importante manter o cuidado com as interações com desconhecidos e comportamentos de amigos e colegas. Qualquer atividade suspeita ou desagradável de alguém da comunidade pode (e deve) ser retratada aos moderadores e, em alguns casos, aos adultos. Vamos lembrar que é uma ferramenta de interação, logo, o respeito é fundamental.

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ESTOU ACABANDO O ENSINO FUNDAMENTAL. EAGORA?

Chegar ao final do Ensino Fundamental é um marco na jornada educacional de qualquer estudante. É o momento de tomar decisões importantes sobre o futuro, especialmente em relação ao Ensino Médio. E você, já sabe quais são as suas opções para os próximos anos?

Mudanças significativas acontecem na rotina do estudante nessa fase: são novos componentes curriculares, mais tempo na escola e as inquietações em relação ao universo do trabalho que surgem nesse período.

Em Santa Catarina, assim como em todo o Brasil, existem diversas alternativas a serem consideradas para essa transição crucial, especialmente quando o assunto é curso técnico integrado ao Ensino Médio.

/ BLOCO DE NOTAS 30 ITS TEENS - JOINVILLE / OUTUBRO 2023
POR MAI BILENKI

Como ingressar no Ensino Médio e Técnico?

Com o desenvolvimento do Novo Ensino Médio no Brasil, a aprendizagem passa a ser por áreas de conhecimento. Isso permite que os jovens escolham uma formação técnica e profissionalizante.

Para fazer parte dessa modalidade de ensino, os alunos precisam estar cursando o Ensino Médio, na mesma instituição ou em outra. Na prática, o aluno fica com duas matrículas: uma do Ensino Médio e outra do Ensino Técnico.

Para conhecer as opções disponíveis, o Ministério da Educação (MEC) desenvolveu o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, que pode ser acessado no endereço cnct.mec.gov.br.

No banco de dados existem 215 cursos, separados em 13 eixos técnicos, como: ambiente e saúde; controle de processos industriais; desenvolvimento educacional e social; gestão de negócios; informação e comunicação; entre outros.

Cada escola ou instituição de ensino tem liberdade para escolher os eixos temáticos e cursos técnicos que vai trabalhar em cada período, geralmente selecionados a partir do interesse dos alunos e da comunidade escolar, assim como definir os próprios processos de ingresso.

Por isso, para saber informações detalhadas sobre a inscrição e os requisitos para cursar cada curso técnico, é necessário entrar em contato diretamente com cada escola.

Você já conhece o IFSC?

Os institutos federais são reconhecidos por serem centros de excelência na formação de jovens e adultos. Em uma instituição federal há um grande foco em programas de extensão, divulgação científica e tecnológica, além do estímulo à pesquisa aplicada, à produção cultural, ao empreendedorismo e ao cooperativismo.

Ingressando no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), o aluno tem as disciplinas do currículo do Ensino Médio e as específicas do curso técnico escolhido. A duração é de três ou quatro anos, dependendo de cada curso e campus escolhido. Para fazer um curso técnico integrado no IFSC, é preciso ter o Ensino Fundamental completo.

Em Santa Catarina existem 22 câmpus do Instituto Federal e cada um deles oferece diferentes cursos. Em Joinville, os cursos ofertados são Eletroeletrônica e Mecânica. O ingresso é feito a partir de exame de classificação, com prova de Língua Portuguesa e Matemática.

Corre que as inscrições já estão abertas

PARA INGRESSAR NO ENSINO MÉDIO E TÉCNICO DO IFSC EM 2024, AS INSCRIÇÕES FICAM ABERTAS DE 25 DE SETEMBRO A 23 DE OUTUBRO DE 2023, TANTO PARA CURSOS COM SELEÇÃO POR PROVA QUANTO POR SORTEIO. ENTRE 2 E 16 DE FEVEREIRO DE 2024 TAMBÉM ABREM AS INSCRIÇÕES PARA VAGAS REMANESCENTES, COM SELEÇÃO POR ORDEM DE INSCRIÇÃO.

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 31

O livro “Anne de Green Gables”, de Lucy Maud Montgomery, narra a história de Anne Shirley, uma menina órfã de 11 anos com longos cabelos ruivos e sardas no rosto cuja personalidade e imaginação são extraordinárias.

A história se inicia quando Anne é adotada por “engano” por um casal de irmãos, Matthew e Marilla Cuthbert, e vai morar na fazenda Green Gables, em Avonlea. Sua chegada inesperada não é recebida de forma amigável por Marilla e a vizinhança, o que não abala a personalidade otimista da garota, que decide olhar somente o lado positivo dessa jornada.

A chegada de Anne em Avonlea não foi fácil, mas a garota já está acostumada às adversidades. Sua vida antes de ir morar em Green Gables foi dura e sofrida, e ela se apegou aos livros e ao mundo da fantasia para sobreviver a todos os momentos ruins que são narrados no livro.

É impossível não se encantar com Anne Shirley, suas aventuras imaginativas e seu olhar inocente diante as adversidades. Por fim, a leitura deste livro é um convite para se olhar a vida com olhos otimistas e de encantamento.

Bruna Luana Costa Miqueta
/ SPOILER 32 ITS TEENS - JOINVILLE / OUTUBRO 2023
Mediadora de leitura da EM Prefeito Luiz Gomes Anne de Avonlea Lucy Maud Montgomery Anne da Ilha Lucy Maud Montgomery Anne de Windy Poplars Lucy Maud Montgomery

Galeria Municipal de Arte Victor Kursancew

A Galeria Municipal de Arte Victor Kursancew oferece muito mais do que apenas um espaço para os artistas exporem seu trabalho. Lá também há atividades voltadas para a comunidade, como palestras e oficinas. Ela fica em Saguaçu, na Casa de Cultura Fausto Rocha Junior.

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/ CONHEÇA A CIDADE
Foto: Secom/Prefeitura Municipal de Joinville/Divulgação

PREPOSIÇÃO:

VOCÊ SABE COMO USAR DE MANEIRA CORRETA?

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Imagine que você está conversando com alguém e deseja saber se essa pessoa nasceu no Mato Grosso, por exemplo. Será que o correto é perguntar: “você é de Mato Grosso?”, ou “você é do Mato Grosso?”. Essa é uma questão que ainda confunde muita gente. Então, afinal, qual a regra?

“De” é uma preposição, enquanto “do” e “da” são contrações da preposição + artigo. Sendo assim, para saber qual palavra usar, devo saber se o Estado, país ou cidade a que eu quero me referir pede o uso do artigo. Apesar de não existirem regras definidas para usar como base, já que na maioria dos casos, cada lugar tem sua especificidade, há alguns macetes que podem ajudar nessas horas. Vamos a eles?

CIDADES

Na maioria dos casos, nomes de cidades e ilhas não pedem o uso de artigo, como por exemplo:

• Ela voltou de Brasília ontem à noite.

• As ruas de Buenos Aires são belíssimas.

• Pedro é apaixonado pela cultura de Florianópolis.

• Fiz uma compra online ontem; o pedido está vindo de São Paulo.

Isso não significa que não existam nomes de cidades em que é preciso usar o artigo. É o caso do Rio de Janeiro e do Cairo, por exemplo:

• O carnaval do Rio de Janeiro é um dos maiores do país.

• As paisagens do Cairo são extraordinárias.

• Ana vai fazer uma viagem saindo da Groenlândia e indo até os Estados Unidos.

• Eu voltei da Sicília na semana retrasada; passei minhas férias lá.

ESTADOS

O Brasil tem 26 Estados, mais o Distrito Federal. Dessa lista, 15 pedem o uso do artigo. Para facilitar, vale a pena aprender focando no grupo menor, ou seja, aqueles que não fazem uso do artigo, como Alagoas, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

/ DONOS DA LÍNGUA
34 ITS TEENS - JOINVILLE / OUTUBRO 2023

Para facilitar sua vida, o professor de Língua Portuguesa Germano Aleixo Filho criou uma pequena frase mnemônica. Veja:

MATOS, ROGO A SANTA PERMISSÃO DO SER.

Matos - Mato Grosso e Mato Grosso do Sul

Rogo - Roraima, Rondônia e Goiás

A - Alagoas

Santa - Santa Catarina

Permissão - Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo

Ser - Sergipe

Observe os exemplos:

• Sou de Mato Grosso, mas cresci no Sul do país.

• Juliana chegou hoje pela manhã. Ela veio lá de Santa Catarina.

• A comida típica de Sergipe é minha favorita.

• O pão de queijo de Minas Gerais é único, não tem igual!

Todos os outros Estados (Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Tocantins, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal) pedem o uso do artigo.

• Mariana me contou que sente saudade do Paraná.

• O número de telefone da minha irmã é do Maranhão.

• A viagem da Bahia ao Rio de Janeiro foi cansativa.

• Do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, o Brasil é um belo país.

PAÍSES

Assim como os Estados e as cidades, não há regra fixa para saber quando empregar o artigo. O jeito mesmo é decorar, mas vamos dar uma olhada em alguns dos países mais conhecidos.

• Pessoas do Brasil são chamadas de brasileiras.

• Quando minha mãe voltou dos Estados Unidos, fui logo enchendo-a de perguntas.

• A pizza legítima da Itália é melhor do que qualquer uma que já comi na vida.

• A seleção da Argentina ganhou a última Copa do Mundo.

Já Cuba, Angola, Cabo Verde, Portugal e Madagascar são países que não usam o artigo. Veja:

• Meus amigos e eu vamos assistir àquele filme sobre os pinguins de Madagascar.

• Sou metade portuguesa, minha mãe é de Portugal.

• Ir embora de Cabo Verde foi o momento mais triste das minhas férias.

• Perdi o voo que ia de Cuba até Angola, agora tenho que esperar o de amanhã.

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36 ITS TEENS - JOINVILLE / OUTUBRO 2023
João revestindo o esqueleto Vinícius, professor Charlin, Enzo, Julia, Eduarda, Nicole, João e Gustavo Emily Mendes Início da pintura Izabel, Victoria e Isabella
/ GALERIAS
Maria Clara

EM JOÃO COSTA

JOÃO COSTA

Durante as aulas de Ciências da Natureza, os estudantes do sétimo ano realizaram atividades sobre os biomas brasileiros. O professor Charlin Manoel Raimundo enfatizou a problemática relativa à destruição dos biomas e, consequentemente, o risco de extinção das espécies. Na sequência, os alunos escolheram um animal e construíram uma maquete dele utilizando materiais alternativos, como arame, papel reciclado, cola e tinta guache.

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Pablo, Emilly e Pedro
Sétimo ano A
Otávio, Allyson e Makauly do esqueleto da onça com arame
Construção Ana Clara Pintura da onça finalizada Pintura das manchas
/ GALERIAS 38 ITS TEENS - JOINVILLE / OUTUBRO 2023

EM PROFESSOR DESEMBARGADOR FRANCISCO JOSÉ RODRIGUES DE OLIVEIRA

COMASA

Na atividade de Artes, realizada com as turmas do terceiro ao nono ano do Ensino Fundamental e liderada pelo professor Fábio Eberhard, foi trabalhada a experimentação de materiais de desenho aplicados em diversos tipos de papéis com gramaturas diferentes. As obras em exposição foram inspiradas em imagens do artista nordestino Eduardo Lima, e para deixar as pinturas com um aspecto tridimensional, os estudantes apresentaram as flores com colagem.

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/ GALERIAS
Natan, Yago, Davi, Isadora, Yasmin, Ashley e Fernanda Moisés, Benjamin, Higor e Emilly Beatriz, Emilly, Benjamin, Davi, Moisés, Higor e Lucas Manuela, Gabrielly, Isabela, Isabella, Kayque e Luan Evillym e Ryan Moisés e Higor Brayn, Ryan, Raphaela, Sarah, Evillym e Agatha
40 ITS TEENS - JOINVILLE / OUTUBRO 2023
Yasmin, Ashley e Yago

EM AMADOR AGUIAR

ULYSSES GUIMARÃES

Durante as aulas no “Lab@ Maker” sobre medidas de tempo, dentro do componente curricular Matemática, os estudantes do quarto ano puderem produzir relógios utilizando o kit ATTO da robótica, com o auxílio da professora integradora de mídias e metodologias (PIMM) Vanessa Cristina Back Ribeiro. A atividade resultou em diversos relógios criativos e aprendizagem positiva sobre o conteúdo.

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Ashley e Yago Quarto ano B Eduarda, Miguel, Daniel, Amanda, Ana e professora Marcele Professora integradora de mídias e metodologias Vanessa Agatha e Sarah Ryan, Agatha, Sarah, Evillym e Raphaela Emilly

Desvelando os caminhos da profissão: ser professora

POR ANDRÉIA HEIDERSCHEIDT FUCK

Para falar da minha trajetória profissional, eu escolhi como meu símbolo o caminho. Ao recordar minha trajetória, veio-me a imagem de minhas conquistas, desafios, sonhos. Analisar minha história significou retornar aos caminhos já percorridos, observar as marcas do meu caminhar e, ao mesmo tempo, perceber que, conforme andava, desenhava novos contornos, encontrava-me diante de novos caminhos, desconhecidos, com diferentes formas, gostos, sabores, mas que só poderiam ser trilhados na íntegra praticando o ato de caminhar.

Viver é caminhar: o caminho não é sempre o mesmo, alguns parecem nos carregar como ondas que nos puxam para o mar; outros fazem parte da nossa história como se fossem destinos traçados. Os contornos se modificam, uns lineares, outros como subidas íngremes, vez ou outra nos deparamos com desvios, buracos, entulhos. Mas assim é a vida, um eterno caminhar.

Ao percorrer os caminhos já trilhados, mais uma vez, desvela-se diante dos meus olhos um caminho que exige coragem e determinação de quem nele decide caminhar, o caminho da profissão: ser professora. Caminho que exige audácia, determinação, mas acima de tudo conhecimento — construído com embasamento teórico, aperfeiçoamento da prática, culminando na “práxis”, na ação reflexiva e consciente.

Refletir meu caminho profissional implica refletir o meu fazer pedagógico, a minha concepção de ser humano e sociedade, conhecer a própria história, apropriar-se do histórico educacional, conhecendo-se na totalidade. Porque ser professora é desvelar o nosso caminho, para que outros caminhos possam ser desvelados cotidianamente.

/ SAIDEIRA
Escola Municipal Professora Virgínia Soares
42 ITS TEENS - JOINVILLE / OUTUBRO 2023
Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

Parque Zoobotânico

Um ponto verde bem no Centro de Joinville: esse é o parque Zoobotânico. Cheio de árvores nativas da Mata Atlântica, um belo lago e cerca de 160 animais, o local é perfeito para passear à tarde ou até mesmo fazer um piquenique. Eles ainda contam com academia e playground infantil.

/ CONHEÇA A CIDADE
NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 43
Foto: Rogerio da Silva/Prefeitura Municipal de Joinville/Divulgação
Revista its Teens Joinville nº 79 2023 | R$ 14,85

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