its Teens Navegantes - 20

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No mês de retorno das férias escolares, nosso convite é para que você relembre (e aprenda) o que movimentou a rede no último mês, como a “Feira Interdisciplinar de Matemática”, destaque na capa. Além dos números, no Centro Educacional Professora Maria de Lourdes Couto Cabral - CAIC, os alunos mostraram que a integração da matemática com outros componentes curriculares facilita a compreensão dos conteúdos na prática. O evento completou 12 anos, e assuntos sobre o universo até as Olimpíadas estiveram nas apresentações.

Aproveite a edição do mês para ler sobre o trabalho desenvolvido pela professora Amanda Muraro Aparício, no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Professora Regina Marly da Costa, que envolveu o universo para crianças, aproveitando a curiosidade de um aluno com altas habilidades. As atividades incluíram pintura texturizada da Lua, criação de uma caixa sensorial com areia lunar e a construção de um telescópio.

Além disso, no Centro Educacional Municipal (CEM) Professora Badia de Faria, a professora Francielle Matos Bispo incentivou os alunos do terceiro ano a explorar a rima e a criação poética após lerem o livro “Arquipélago”, de Demétrio Panarotto. As crianças elaboraram poemas, melhoraram sua escrita e desenvolveram criatividade e interpretação.

Na revista de agosto, você vai encontrar assuntos de heróis do cinema, entender o que são os carros elétricos, aprender sobre resiliência das plantas e muito mais. Aproveite e compartilhe a leitura com a sua turma!

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JOGO DOS 8 ERROS

Analise as imagens e encontre as oito diferenças.

SPOILER

Vamos falar de ciências?

CULTURA POP

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ESCOLAR

Repensando o lixo: 5 dicas para diminuir o descarte de resíduos

CONHECIMENTOS

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Interpretando o texto: 7 dicas para aplicar na prática

UNIVERSO

Viagem ao espaço

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DAS ESCOLAS

AUTORES

Em busca da rima perfeita

CAPA

Agentes do conhecimento

As várias caras do protagonismo WI-FI

Carros elétricos são a solução?

NOSSO PLANETA

Plantas milenares: como algumas espécies sobrevivem a ambientes extremos?

COMO FUNCIONA?

Qual é o animal mais veloz do mundo?

VOCÊ SABIA?

Conheça a maior barreira de corais do mundo

GALERIAS

SAIDEIRA

Haicai - O princípio educativo do silêncio

DIVERSÃO

Jogo dos 8 erros

Vamos falar de CIÊNCIAS?

No livro “As aventuras de Newneu, o superneurônio”, escrito por Adriana Fóz, educadora, neuropsicóloga e psicopedagoga, e ilustrado por Silvia Rocha Campos, a autora nos apresenta uma história fantástica protagonizada por Newton Neuron, um neurônio que reside no cérebro de um garoto chamado Albert Spertoviski, um jovem aventureiro com uma inteligência excepcional.

Trata-se de uma obra de leitura acessível, repleta de questionamentos sutis e diálogos entre personagens que estimulam o pensamento crítico e reflexivo. Revela aspectos do surpreendente e veloz universo do cérebro.

A narrativa do livro tem como objetivo mostrar o funcionamento do cérebro e dos neurônios, além de destacar a importância dos cuidados com o corpo e a mente. Escrito de forma lúdica, o livro é voltado para crianças, adolescentes e público em geral. Ele serve como uma ferramenta para ensinar ciências, proporcionando aos leitores uma imersão no mundo cerebral e nos conteúdos científicos. Ao mesmo tempo, estimula o pensamento crítico, a curiosidade e a aprendizagem significativa.

Que tal continuar a leitura no mês e procurar por estes títulos?

Confira as indicações por Maiky Depine, professora no CEM Professora Leonora Schmitz.

O menino do dedo verde

Maurice Druon

Será que a Terra sente?

Marc Majewski

O que a terra está falando?

Ilan Brenman

A montanha da água lilás: fábula para todas as idades Pepetela, com ilustrações de Mauricio Negro

5 DICAS PARA DIMINUIR O DESCARTE DE RESÍDUOS REPENSANDO O LIXO:

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Uma das principais questões ambientais é a enorme quantidade de lixo produzido no planeta. Esse volume aumentou consideravelmente ao longo dos anos, intensificando-se ainda mais após a Revolução Industrial.

Nesse cenário, houve o crescimento do consumo de recursos naturais para a produção e geração de energia e alimentos, o que aumenta a quantidade de resíduos que vão para os aterros sanitários. Nestes locais, o solo é preparado para receber o lixo, com a base que drena o chorume e uma camada extra de solo que evita que haja vazamentos de líquidos. Porém, mesmo assim, os vazamentos podem ocorrer, contaminando os lençóis freáticos e aumentando risco de contaminação dos animais selvagens. Além desses pontos, ainda há o custo econômico para implantar e manter esses aterros, que é bem alto.

ENTENDA A IMPORTANÇIA DE DIMINUIR O DESÇARTE DE RESIDUOS

Imagine a seguinte cena: uma família com cinco pessoas em casa durante o fim de semana, consumindo comidas armazenadas em recipientes plásticos. Ao final do dia, a lixeira vai estar transbordando. É raro pararmos para pensar na quantidade de resíduos que produzimos por dia, mas, para o bem da natureza e das pessoas, torna-se urgente refletir sobre a pauta.

A estimativa de resíduos gerados por cada brasileiro, em média, é de um quilo por dia, o que leva a um resultado assustador de 379 quilos por ano, segundo um estudo realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

E, por isso, é mais sustentável para o meio ambiente que haja menos descarte de resíduos sólidos, pois, mesmo descartado de forma correta, a natureza é altamente afetada com esses lixos, agravando a crise climática.

MUDANÇA DE ATITUDE

É fundamental que todos nós comecemos a desenvolver a consciência sobre a importância da redução de resíduos no dia a dia. Para isso preparamos cinco dicas que podem ajudar nesse processo:

1. OS 5 R’S DA SUSTENTABILIDADE

O conceito dos cinco R’s da sustentabilidade surgiu de um movimento estimulado pela francesa Bea Johnson, que percebeu ser possível viver bem consumindo de maneira mais consciente.

4. ÇONSUMA ÇOM ÇONSÇIENÇIA

A ideia se baseia em cinco práticas sustentáveis: repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar. Sempre que possível, opte por reutilizar e reciclar os materiais. Reutilizar é sobre dar uma nova vida a algo que iria virar lixo. Já reciclar é baseado no processo que reaproveita os resíduos sólidos, a fim de transformá-los em matéria-prima ou até mesmo produto.

2. EVITE OBJETOS DESÇARTAVEIS

A atitude de substituir os objetos descartáveis por itens que sejam mais duráveis apresenta uma grande redução do impacto no meio ambiente, esses associados à sua produção, ao transporte e ao descarte. Com essa ação, o acúmulo de lixo e a exploração dos recursos naturais poderão ser evitados, além da diminuição na poluição dos ambientes aquáticos. Para ter uma ideia, o plástico é o resíduo que mais demora para se decompor: em média, 400 anos.

3. LEVE EÇOBAG PARA O MERÇADO

Imagine se cada família brasileira utilizasse uma sacola plástica por dia, numa média de um ano, seriam consumidas 19 bilhões de sacolas. Por isso, as sacolas ecológicas são ótimas opções para diminuir o uso das plásticas. Assim, sempre que possível, priorize as ecobags — é uma opção durável, resistente e feita de tecidos reciclados.

Vivemos em um mundo altamente consumista, o que intensifica a demanda por novos produtos e, consequentemente, a extração de matérias-primas da natureza. Diante disso, consumir com consciência é algo necessário, pois, mais do que gerar benefícios para o meio ambiente, a sociedade em geral é favorecida. Além disso, o consumo consciente também envolve priorizar produtos e empresas que adotam práticas sustentáveis.

5. TER UMA ALIMENTAÇAO SAUDAVEL

Para iniciar o processo de ter uma alimentação mais saudável, é necessário observar o quanto de comida é jogada fora na sua casa. Para não virar uma cena comum, é interessante preparar uma lista dos itens que precisam ser adquiridos na ida ao mercado, assim será evitado o excesso de comida e, como consequência, o desperdício.

Caso ainda restem sobras da refeição, elas podem ser congeladas e consumidas em outro momento. Estas duas estratégias podem parecer pequenas, mas fazem uma grande diferença na diminuição do lixo no meio ambiente.

INTERPRETANDO O TEXTO: 7 dicas para aplicar na prática

Sabe aquele momento em que lemos o enunciado e não conseguimos entender a explicação ou o problema que está sendo apresentado? A dúvida é comum e faz parte do cotidiano de muitos. Por mais que o processo seja habitual, é essencial estar atento para compreender os obstáculos e dificuldades que podem surgir por conta da interpretação de texto. Mais do que apenas ler, é primordial estar atento às palavras, construções das frases e sentidos que são apresentados em cada parágrafo, avaliando a ligação entre os fatos e a conexão com a ideia final. “Tudo melhora com a prática, e com a interpretação não é diferente. Penso que os alunos devem constantemente fazer exercícios de interpretação para que entendam como acontece o processo. A boa leitura também é imprescindível”, explica a professora de Língua Portuguesa Ariane Ferreira Pereira de Jesus, da Rede Municipal de Navegantes. Confira sete dicas que podem ajudar na hora de interpretar um texto.

POR ANA CAROLINE ARJONAS

1. LEIA MAIS

Se você deseja ter uma boa interpretação e escrita, o segredo para atingir o objetivo é ler. É por meio da leitura que conseguimos ter novas ideias e pensamentos, compreendendo termos e a ligação que é preciso manter entre um trecho e outro. Mais do que o conteúdo que é passado em sala de aula, vale descobrir aquilo que você tem curiosidade em conhecer, investindo o tempo em livros, revistas e até mesmo gibis — o importante é incluir o hábito no cotidiano.

2. CONSUMA CONTEÚDOS DE OUTROS GÊNEROS

Entre o romance, a fábula e a biografia, qual é o seu preferido? É fato que temos um tipo de texto favorito, mas é essencial conhecer as demais opções, levando em consideração aquilo que é apresentado em cada modalidade. Além de compreender o material, esse é o caminho para conhecer novos dialetos, entendendo as diversas formas de abordagem e como é possível compartilhar um pensamento de formas diferentes. Tudo depende da estrutura e das palavras escolhidas pelo autor.

3. COMPREENDA O CONTEXTO

Mais do que entender o significado de cada termo e a junção na frase, é necessário entender o sentido do conteúdo, a ideia que está sendo transmitida ao longo do material. Isso porque o escritor transmite um pensamento ao longo da mensagem e precisamos identificar o significado para interpretar da melhor forma possível.

Uma opção é aprender a ler de forma calma, levando em consideração as ideias que estão sendo apresentadas em cada parágrafo. Se possível, aproveite para separar as conjunções e grifar os fatos mais importantes. Esse é um mecanismo para assinalar o que há de mais significativo, facilitando o entendimento.

4. FIQUE ATENTO AO VOCABULÁRIO

Você é daqueles que observam as expressões e ficam encantados com a versatilidade da linguagem? Se durante a leitura o ato de observar faz parte do processo, você aprende por meio do vocabulário. Isso porque a escolha das palavras está relacionada com a mensagem que queremos transmitir. Portanto, conhecer outros dizeres é o caminho para evitar a repetição, trazendo uma nova compreensão. É possível criar a mesma frase de formas diferentes — o segredo é como você deseja comunicar.

5. FAÇA RESUMOS

Outra sugestão é incluir o resumo na prática da leitura. Após ler o capítulo ou trecho de determinada obra, comece a colocar no papel aquilo que você entendeu, quais foram as dúvidas e o que ficou marcado na história. Além de treinar a escrita e a síntese de informações, a prática pode ajudar na memorização e no aprendizado, afinal, muitos ainda usam o método para estudar em semanas de provas.

6. USE O DICIONÁRIO

Para identificar as conjunções principais e a ideia central, a orientação é estar sempre com um dicionário por perto ou com o site aberto. É por meio da pesquisa que compreendemos o significado correto de cada termo, captando a escolha das locuções e a intencionalidade. O mecanismo também é fundamental para quem deseja melhorar a escrita e o vocabulário, quesitos importantes na hora de escrever uma redação.

7. É PRECISO PERGUNTAR

Outra iniciativa que faz a diferença é incluir os questionamentos no processo. Se você está com dúvidas em determinado parágrafo ou não compreendeu o foco, aproveite para compartilhar as dúvidas com os amigos e o professor. Indagar também é uma forma de aprender, afinal, conseguimos trocar experiências e conhecimentos quando falamos e ouvimos a resposta do outro — passo para quem deseja melhorar a interpretação.

Para a professora, existem outras dicas que podem ser incluídas na rotina. “Há alguns exercícios que crianças e jovens podem fazer em casa para melhorar a interpretação, como: leitura em voz alta, pois isso pode ajudar na compreensão da leitura; criar perguntas e respostas após a leitura; recontar para alguém sobre a história que acabou de ler e certificarse de que a pessoa conseguiu entender, isso deixará claro que você está conseguindo externalizar o que aprende/absorve; jogo de palavras, atividades de escrita, escrever sobre o que leu e procurar sempre reler e, se houver tempo, ler no dia seguinte”, finaliza Ariane.

VIAGEM AO

ESPAÇ

Com uma média de 200 a 400 bilhões de estrelas e uma estrela conhecida por ser uma das maiores, a Via Láctea é um espaço fascinante, de constantes descobertas. Prova disso são as mudanças constantes, seja na troca de um planeta ou na identificação de mais uma constelação — detalhes que instigam ainda mais aqueles que são fascinados por tudo aquilo que está acima de nós.

Mesmo com tantas peculiaridades e astros que só podem ser vistos pelo telescópio, a maioria de nós já se pegou observando a noite, admirando tudo aquilo que estava no céu. Mas e quando a brin-

Paraaprenderosmistérios do universo, turma recria objetos e vivencia experiêncianagaláxiasem sair da sala de aula

POR ANA CAROLINE ARJONAS

O QUE VOCÊ

VAI ENCONTRAR

POR AQUI:

alunos aprendem sobre galáxias, planetas e universo por meio de atividades e experimentos. Tempo de leitura: 5 minutos

cadeira de olhar para cima ganha espaço na sala de aula? No Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Professora Regina Marly da Costa, os estudantes tiveram o privilégio de sentir como se o universo estivesse um pouco mais próximo, pelo menos durante as aulas com a professora de Educação Infantil Amanda Muraro Aparício. Ela observou que uma das crianças, com altas habilidades e hiperfoco, tinha muita curiosidade sobre o tema e que esse poderia ser o ponto de partida para novas atividades.

“É importante aprender sobre a amplitude, a magnitude do universo, para eles

entenderem que nós não somos o centro do universo, nós somos só um grão de areia no espaço. Ensinei sobre o planeta Terra, que é o planeta que moramos, a Lua, que é o principal satélite natural, o Sol, a principal estrela do nosso sistema solar. Eles ficaram bem encantados”, conta a educadora.

Além de observar e aprender as caraterísticas do espaço, a turma também colocou a mão na massa, produzindo objetos que foram utilizados durante a aula para facilitar a compreensão de termos complicados ou daquilo que ainda não conheciam. “Fizemos uma pintura

A sala de aula foi transformada em universo, momento em que os alunos identificaram os astros

texturizada da Lua com creme de barbear e cola branca, e eles fizeram as crateras com a boquinha da garrafa pet”, explica Amanda, ressaltando que as crianças também criaram uma areia lunar, compondo uma caixa sensorial, atividade em que brincaram com areia, pedra (rocha) e gelo, elementos encontrados no satélite natural. “Fizemos com trigo e óleo de soja. Ficou uma areia que dá para moldar e desmanchar”, diz a professora.

Para quem acompanhou o desenvolvimento do projeto, o aprendizado deve permanecer por muito tempo, prova de que a teoria transformada em prática gera

A observação fez parte da atividade com as crianças

resultados. “É de suma importância que tenham esse conhecimento. É algo fantástico e, às vezes, eles não têm noção. Embora sejam crianças, tiveram esse contato, a noção de como funciona, o que acontece e para despertar a curiosidade”, enaltece a supervisora Andressa de Souza.

DONOS DO PRÓPRIO

TELESCÓPIO

Outra atividade desenvolvida pelo grupo foi a construção do próprio telescópio, item utilizado para enxergar aquilo que

não conseguimos ver a olho nu. Após a construção, o teste aconteceu na unidade, momento em que as crianças foram observar o céu. Outra atividade, feita com uma lanterna em uma sala escura, também despertou a atenção. “Colocamos tecido nas janelas para ficar bem escuro. Liguei a luminária e ficou cheio de estrelas e a galáxia em cima. Eles deitaram no chão para observar o espaço”, finaliza a professora, que também levou os pequenos para aproveitarem um dia no Space Adventure, espaço da Nasa em Balneário Camboriú.

Fotos:
CMEI
Professora Regina
Marly da Costa/Divulgação

Crianças da Educação Infantil plantam árvores na escola

Tornar-se um cidadão responsável pela preservação do meio ambiente pode ser um processo construído desde a infância, condição que as crianças do Centro Educacional Municipal (CEM) Professora Badia de Faria estão vivenciando de perto ao aprender sobre a importância de proteger a natureza.

As turmas do maternal e do jardim plantaram árvores no Bosque Pedagógico da unidade. O objetivo é que os pequenos, além de desenvolverem a consciência do cuidado com o planeta, possam acompanhar o crescimento das plantas e aprender sobre esse processo.

Dinossauros

viram tema de projeto escolar

Entender mais as peculiaridades de cada animal é algo que chama atenção de pessoas de todas as faixas etárias — e não foi diferente com as crianças do jardim B do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Professora Alciréia da Conceição Couto. Com os dinossauros em foco, tema pelo qual os pequenos já mostravam interesse, a turma conheceu as diferentes espécies, os modos de sobrevivência das criaturas e o processo de extinção.

E a aproximação com a temática ocorreu por meio da ludicidade, com a visita ao parque dos dinossauros, experiências com vulcão, teatros, elaboração de peças com sucatas, contações de história e confecção de biscoitos. Durante os dois meses de duração do projeto, os pequenos foram desafiados a imaginar como era a realidade dos dinossauros, oportunidade em que desenvolveram a observação e o raciocínio.

Culinária africana é destaque na “Gastronomia na escola”

O projeto “Gastronomia na escola” continua sendo sucesso em Navegantes. Na última edição, o foco foi a culinária africana. Antes de saborear os pratos, os alunos aprenderam mais sobre a cultura do continente ao fazerem pesquisas e apresentações sobre o tema.

Na Escola Municipal Professora Ilka Muller de Mello, por exemplo, o cardápio conquistou os estudantes com alimentos comuns no cotidiano brasileiro, como arroz, feijão, farofa e frutas tropicais.

Fotos:
Fotos: CMEI
Professora Alciréia da Conceição Couto/Divulgação
Foto: EM
Professora Ilka Muller de Mello/Divulgação
Unidade constrói um aquário sensorial para ensinar sobre o fundo do mar

Você sabia que é possível conhecer o fundo do mar utilizando materiais em sala de aula? O Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Bruce Kranston Kay tornou isso possível ao construir um aquário sensorial para ensinar as crianças sobre os animais marinhos e o fundo do mar.

Com o uso de materiais escolares foi recriado um ambiente marinho interativo, com áudios do fundo do mar e de baleias, onde os pequenos puderam manusear diversos objetos, como conchas, estrelas-do-mar e peixes.

No espaço, os alunos trabalharam a coordenação, imaginação, criatividade, cooperação e o desenvolvimento cognitivo e sensorial das crianças. O respeito ao meio ambiente e as curiosidades sobre o oceano também foram temas abordados, unindo aprendizado e diversão.

Estudantes visitam museus de forma virtual

Feira de Ciências escolar atrai 1.500 visitantes

Para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente, o Centro Educacional Municipal (CEM) Professora Rosa Maria Xavier de Araújo promoveu uma Feira de Ciências na unidade. Com 54 experimentos apresentados, o evento envolveu cerca de 200 estudantes no preparo dos projetos. Organizada pelas professoras de Ciências Vilma Bernardes de Souza, Zoraide Pereira de Andrade Ferreira e Tathiana Cristine Paredes, a feira contou com experimentos científicos e de outros componentes curriculares. Alguns dos temas abordados foram grandezas físicas — como no trabalho do aluno Jorge Henrique Vitorello, que conquistou o primeiro lugar —, leis de conservação de energia e apicultura.

O espaço foi aberto para a visitação da comunidade escolar e de outras escolas do município. No total, cerca de 1.500 pessoas passaram pela feira e conheceram de perto as apresentações dos estudantes.

Com espaços que contam histórias, preservam relíquias e expõem obras de artes marcantes, os museus são ambientes ricos de cultura espalhados por todo o mundo. Os acervos, antes disponíveis apenas para quem podia viajar até estes locais, agora estão ao alcance de todos com as visitas virtuais, experiência que os estudantes do Centro Educacional Municipal (CEM) Professora Badia de Faria puderam vivenciar.

Partindo de uma simulação do percurso da viagem até chegar no Estado paulista, a turma do terceiro ano conheceu o Museu Casa Portinari e o Museu de Arte de São Paulo (MASP). As visitas foram motivadas pelos estudos prévios sobre a obra “Retirantes”, do artista Cândido Portinari.

Foto: CEM
Professora Rosa Maria Xavier de Araújo/Divulgação

RIMA PERFEITA EM BUSCA DA

Com palavras terminadas com o mesmo som, estudantes criam rimas e aprendem o papel da sonorização

POR ANA CAROLINE ARJONAS

A turma aproveitou para compartilhar as rimas e o processo de produção

O QUE VOCÊ

VAI ENCONTRAR

POR AQUI:

alunos aprendem sobre rima e escrevem poemas para produção de livro.

Tempo de leitura: 5 minutos

Fotos: CEM Professora Badia de Faria/Divulgação

Perceber a sonoridade das palavras é primordial para quem trabalha com rima. Seja na escrita de um poema ou durante uma batalha, por exemplo, a atenção precisa estar direcionada para o significado de cada palavra e para a forma como é possível combi nar o som final das letras em cada estrofe.

No Centro Educacional Municipal (CEM) Professora Badia de Faria, o desafio de pen sar no vocabulário fez parte da rotina da turma do terceiro ano, incentivada pela pro fessora Francielle Matos Bispo. Tudo começou com a leitura do livro “Arquipélago”, de Demétrio Panarotto, e a observação de que as palavras terminavam com “ilha”.

Foi então que surgiu a ideia de produzir os poemas com as crianças. “Fizemos uma lista, um banco de palavras com o que eles pesquisaram. A partir disso teve a leitura do livro e exploramos as imagens. Gostam muito das rimas, então sempre que falamos algo rimado é uma euforia”, comenta a educadora.

A primeira tarefa foi a procura das palavras, que resultou numa lista com 15 termos. O passo seguinte foi a criação de cada verso, processo que ocorreu em sala de aula e contou com a orientação da professora na escolha das ex pressões que combinavam com o sentido da frase, etapa em que a turma celebrava sempre que uma estrofe era formada. “Acredito que quando trabalhamos uma produção literária, trabalhamos várias questões, principalmente criatividade, imaginação, senso crítico, vocabulário, interpretação. Acho que a interpretação foi algo bem visto nesse tipo de atividade”, opina a educadora.

Além da melhora na escrita, existe outra vantagem na ati vidade: a maneira como os pequenos estão entendendo aquilo que é lido. “Deram importância para o que estava sendo lido, e hoje isso é muito importante, porque as informações estão muito rápidas. O processo de leitura mais lento, realmente ler e entender o que está sendo dito, analisar o que está por trás daquela escrita, o que está por trás da escolha da imagem, é algo que não vem sendo estimulado”, opina Francielle, que também fala da melhora na criatividade, imaginação, senso crítico, vocabulário e interpretação.

AUTORES DA PRÓPRIA HISTÓRIA

A produção das primeiras rimas é o início de um processo que deve continuar durante o restante do ano, já que a professora sabe o que fazer com o material que está sendo produzido pelos alunos. “A ideia é eles construírem um livro até o final do ano, um livro de rimas, de poemas, de versos rimados. Vamos fazer uma noite de autógrafo”, explica Francielle, que também convidou o autor Demétrio Panarotto para uma roda de conver sa, momento em que os estudantes tiveram a oportunidade de compreender como é o processo criativo de um profissional.

A interação também é uma chance de apresentar e incentivar outras possibilidades, como a aproximação com a escrita. “Vão se colocando no lugar de autores, e eu acho que esse tipo de inspiração é im portante para acreditarem que podem fa zer coisas belíssimas. Na hora que fizeram, ficaram muito orgulhosos, queriam levar para casa no mesmo dia”, pontua a educadora, que sabe que agora o olhar para os livros será diferente.

O QUE VOCÊ

VAI ENCONTRAR

POR AQUI:

alunos participam da 12ª edição da Feira interdisciplinar de Matemática.

Tempo de leitura: 10 minutos

POR ANA CAROLINE ARJONAS

Fotos: Bruno Golembiewski

Se no início a matemática era utilizada para facilitar o sistema de produção ou para basear a comunicação na época das cavernas, com o tempo os métodos e utilidades foram sendo aprimoradas, mostrando que os números podem auxiliar e marcar presença em diversas ações da rotina. E a importância dos cálculos fica mais evidente quando precisamos desse conhecimento para compreender outros componentes curriculares, como a Física ou até mesmo a Química.

E se fosse possível identificar a mesma relevância em outros temas, como Arte ou Língua Portuguesa? O desafio faz parte da rotina dos estudantes e professores do Centro Educacional Municipal Professora Maria de Lourdes Couto Cabral - CAIC. Isso porque as turmas são incentivadas a produzir atividades que evidenciam a matemática, usando os demais componentes curriculares como coadjuvantes.

Nomeada como “Feira interdisciplinar de Matemática”, a ideia de criar o evento surgiu em 2009, após a observação de outros encontros que eram realizados na região. “Em uma brincadeira decidimos que em 2009 seria feita a primeira feira. Sentamos em três professores, decidimos que íamos fazer e deu certo”, explica a professora de Matemática Simone Leffer da Silva, uma das idealizadoras.

Por meio de jogos, a turma trabalhou Matemática e a história do Antigo Egito

Descobrindo a Matemática na Geografia

Nas primeiras edições, as apresentações eram centradas apenas nos cálculos e números, mas o foco foi sendo alterado com o tempo, compreendendo que outros educadores poderiam encontrar uma vertente para explorar com as turmas — tese comprovada pela diversidade de trabalhos expostos em 2024. “Esse ano teve a questão da Olimpíada, que é algo bem atual, teve também sobre a história do Moleque Bom de Bola, a própria história da escola, que é uma unidade que participa bastante de jogos, tem uma representação grande no esporte e na cultura”, comenta o diretor da unidade, Junior Chagas.

Apesar de esta ter sido a 12ª edição, há algo que não mudou: o comprometimento das equipes com aquilo que é exposto para colegas e visitantes. “Vemos o quanto eles se dedicam para essa apresentação, quanto eles sabem mesmo o conteúdo, quanto se apropriam desse conhecimento para poder passar para os demais”, completa o diretor, reforçando que os jovens possuem uma linguagem própria para ensinar e aprender, processo que pode facilitar a memorização em muitos casos.

Para quem acompanhou o processo de produção pela primeira vez, caso da supervisora Michelle Porto, a entrega dos profissionais e de cada estudante fez a diferença no aprendizado. “Acho que mudou o envolvimento, tanto dos professores como dos alunos. Eles se envolveram mais, estão até mais maduros, pelo tempo já que a feira acontece”, explica a profissional.

Um diferencial do encontro foi que os professores receberam, no início do ano, as instruções para a criação dos trabalhos e uma ficha que foi entregue para que os estudantes pudessem produzir um relatório sobre o que foi apresentado, atividade direcionada para aqueles que não apresentaram. Pensando na escolha dos trabalhos, cada turma apresentou um projeto para a escola. A definição do componente curricular que seria trabalhado também foi feita no início do ano. Ao todo foram 22 turmas participantes, com premiação no final do evento.

No caso de Isabelly Luvison de Oliveira, 15, nono ano, que apresentou a história das Olimpíadas, essa foi uma oportunidade de descobrir quantos atletas brasileiros vão representar o país na França. “É bem interessante porque adquirimos muito do conteúdo que apresentamos, aprendemos bastante coisa”, pontua a estudante, que participa todos os anos. Além de falar sobre as modalidades e curiosidades da competição, o grupo também criou um quiz, que premiou os vencedores com uma medalha de papel.

Ciencias de um jeito diferente

Para uma das turmas do nono ano, a missão proposta pelo professor de Ciência Rafael Almeida de Araújo foi observar a proporção das ondas, compreendendo como o cálculo é capaz de mudar o processo. “Apresentaram trabalhos envolvendo ondas sonoras, que estão presentes nas luzes, a luz visível, raio laser. Isso mexe muito com Matemática, o comprimento de onda vai variar e vai trazer situações diferentes. Vamos ver isso no dia a dia, em casa, na escola”, pontua o educador, que fez uma solução parecida com o luminol utilizando água oxigenada, pulseiras de festa ou marca-texto, gerando uma reação capaz de recriar o processo que é feito quando investigadores estão analisando a cena de um crime.

A turma também apresentou outro trabalho, agora tendo como objeto de estudo um alimento comum: o arroz e a reação do grão após a oscilação das ondas sonoras. “O comportamento nessa placa vai gerar uma reação no arroz, porque a onda passa pela placa, passa pelo arroz e, de acordo com a frequência, o comprimento de onda causa uma reação diferente”, salienta Rafael.

Explorando a Matemática e Educação Física nas Olimpíadas de Paris

O protagonismo da Matematica

A turma da professora de Matemática Simone Leffer da Silva e da professora de Artes Leila Pivatto descobriu a ligação dos números com a arte, por meio da openart. “Trouxemos a parte de geometria. Toda a parte de geometria trata de ângulos, retas, curvas, e é essa parte da matemática, parte da pintura que dá a profundidade, que estamos trabalhando com a ideia da ilusão de ótica. Neste trabalho, de ilusão de ótica por meio do desenho e da pintura, conseguimos dar as dimensões em 3D numa folha plana”, explica a educadora.

Para Evillyn Daryane Gonzales Reis, 14, oitavo ano, que acompanhou de perto as orientações da professora, o conhecimento vai ficar na memória. “É minha primeira vez participando. Está sendo uma experiência boa e eu acho que vai ser de grande uso na minha vida futura”, comenta a aluna.

Responsável por selecionar o desenho que seria produzido e por explicar para os visitantes a ligação entre a matemática e a arte, a criação só foi possível graças ao apoio de Simone. “É um estilo de desenho com cubos empilhados, com uma sombra e uma escada”, finaliza a jovem.

A arte óptica explicada pela Matemática
A turma do sexto ano trabalhou com o grafismo indígena

CONHEÇA DIFERENTES TIPOS DE HERÓIS E SAIBA COMO ELES

PODEM MUDAR COM O TEMPO E EXIBIR DIFERENTES FACETAS

POR GUSTAVO BRUNING

Por mais que nos deparemos com filmes ambientados em mundos fantásticos e repletos de aventuras extraordinárias, um elemento, acima de tudo, é essencial para que a história nos carregue: o protagonista. Nenhuma trama vai muito longe sem a presença de um herói ou heroína interessante, seja ele tradicional ou um tanto exótico.

A maioria das histórias tem muitos elementos em comum, como o início de um desafio, os problemas que surgem pelo caminho, a resolução e o aprendizado final. Ainda assim, mesmo que os personagens principais, em essência, percorram trajetos parecidos, eles mudam com o tempo e podem ser apresentados com roupagens variadas. Vamos conhecer alguns deles!

JORNADAS INESPERADAS

Enquanto alguns vão atrás de aventura, outros são pegos de surpresa por acontecimentos grandiosos e, quando menos esperam, estão imersos em tramas complexas e duradouras. É o caso do filho de Poseidon e da maior fã da Capitã Marvel.

PERCY JACKSON

O garoto de 12 anos, protagonista da série “Percy Jackson e os Olimpianos”, vivia a vida normalmente, morando com a mãe e indo à escola, quando foi colocado no centro de uma confusão entre deuses no mundo moderno.

Levado para o Acampamento Meio-Sangue, precisou treinar as técnicas de combate e aprender a controlar seus talentos como semideus, uma preparação para as batalhas que estavam por vir. É lá que ele recebe a missão de recuperar e devolver o raio-mestre roubado de Zeus, o que o leva a uma jornada pelos Estados Unidos. Além de fortalecê-lo como herói e torná-lo uma referência, a aventura traz respostas para dúvidas de seu passado.

KAMALA KHAN

A revelação das habilidades mais poderosas dos heróis pode acontecer de inúmeras formas. Muitas vezes, ela chega no momento mais inesperado ou quando a situação exige — aquele momento em que o perigo atinge novas proporções e não há escapatória.

É bem assim com Kamala Khan, protagonista da série “Ms. Marvel”. Após colocar um bracelete mágico, enviado pela avó, a adolescente muçulmana passa a dominar seus superpoderes, descobre quem são os misteriosos djinn e, eventualmente, batalha ao lado de sua heroína, a Capitã Marvel, em uma aventura intergaláctica.

MUDANDO A PERSPECTIVA

Como bem diz Sirius Black em “Harry Potter e a ordem da fênix”, todos temos luz e trevas dentro de nós. Quando esses dois lados se misturam, temos um tipo de herói incomum, que nos faz ressignificar o que é maldade e perceber que entre o preto e o branco há várias tonalidades de cinza.

GRU

Logo no início de “Meu malvado favorito”, quando vemos o Gru dando um balão para uma criança triste apenas para ter o prazer de estourá-lo, sacamos que ele não é um protagonista convencional. O supervilão, como se autodefine, tem planos monumentais para roubar a Lua e elabora engenhocas para invadir a mansão do seu inimigo, mas isso não o faz necessariamente maligno. O filme nos mostra o seu ponto de vista e nos faz simpatizar com o atrapalhado chefe dos Minions.

Com o passar do tempo e dos filmes, conhecemos mais sobre o passado de Gru e o que o levou a ser uma pessoa solitária. Ele se torna mais amistoso e, após adotar Agnes, Edith e Margo, vira um pai responsável. Mesmo mantendo trejeitos excêntricos, revela como é possível que um grande malvadão vire um herói.

MALÉVOLA

Por trás do olhar sombrio e das asas e chifres intimidadores, Malévola é uma verdadeira protetora do reino mágico conhecido como Moors. Quem conhece a personagem apenas a partir do desenho “A bela adormecida”, de 1959, a verá apenas como uma vilã monstruosa. O live action de 2014, no entanto, trouxe uma perspectiva diferente.

Criada em uma floresta encantada e sem os pais, Malévola cresceu como uma fada bastante integrada ao ambiente que a cercava e com uma forte ligação com a natureza. Após ser traída por uma pessoa de confiança e perder as asas, desenvolve um trauma que dura anos.

Apesar de jogar uma maldição na pequena Aurora, lá no fundo ela ainda é uma pessoa do bem. Os ferimentos que a deixaram amargurada e impossibilitada de se relacionar com humanos só começam a se curar quando Malévola desenvolve uma ligação com a princesa, que a trata como sua fada madrinha. É a prova de que são as nossas escolhas que definem quem realmente somos.

AMADURECIMENTO REAL

Nem todos os personagens têm a chance de crescer pra valer. Essa evolução, que os distancia das versões apresentadas inicialmente, fica mais perceptível quando temos a chance de acompanhá-los por anos, ao longo de diversos filmes.

GABRIELLA MONTEZ

Quando subiu ao palco para uma sessão de karaokê com Troy Bolton, pela primeira vez, uma das protagonistas de “High School Musical” quase não terminou a música. A timidez tomou conta de Gabriella Montez, que havia sido obrigada pela mãe a ir ao encontro dos jovens. A experiência valeu a pena porque foi o pontapé inicial para que a garota adquirisse mais autoconfiança.

A personagem é um exemplo de heroína que evoluiu expressivamente a cada filme. Gabriella, ao fim do primeiro longa, teve coragem para subir ao palco da Escola East High e se apresentar para centenas de pessoas. No terceiro filme, o medo de estar diante do público já estava longe e ela se sentia apta para apresentar um musical inteiro.

TONY STARK

A primeira vez que nos deparamos com o personagem mais prestigiado do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) já nos mostrou que se tratava de um protagonista diferenciado. Em “Homem de Ferro”, de 2008, Tony Stark era um verdadeiro bad boy, sem amarras amorosas e desconectado do mundo real.

Com participação fundamental em nove filmes desse universo, o personagem terminou a Saga do Infinito, em 2019, completamente diferente. Tony não apenas abraçou a responsabilidade de ser o Homem de Ferro, mas soube evoluir para uma pessoa altruísta e emocionalmente ativa.

A relação com Pepper Potts e a filha do casal, Morgan, ajudaram a torná-lo um verdadeiro exemplo. É a prova de que nunca é tarde para mudar.

CARROS ELETRICOS ´ SAO A SOLUCAO?

POR LUCAS INÁCIO

Um sonho antigo da humanidade está, aos poucos, tornando-se realidade: a popularização dos carros elétricos. Muita gente não sabe, mas, apesar de parecer algo supermoderno e atual, existem modelos deste veículo desde o século 19. Porém, o que atrapalhou o desenvolvimento de toda esta tecnologia até poucas décadas foi a concorrência com os veículos de motores a combustão. Bom, parece que agora esta é uma possibilidade cada vez mais concreta. Preços competitivos, infraestrutura adequada, tecnologia confiável e comprovada, mercado em expansão com empresas competindo entre si, opções de estilos e modelos, status, sustentabilidade. São muitos os fatores que fazem com que os caminhos estejam abertos aos carros elétricos, inclusive em Santa Catarina. Mas qual é o cenário real?

Histórico e tecnologia

Os primeiros registros de estudos sobre eletricidade vêm do século 6 a.C. Porém, a popularização de todo esse trabalho vem de uma leva de grandes marcos desde a história de Benjamin Franklin e a pipa (1752), passando pela invenção da primeira pilha/bateria por Alessandro Volta (1799), o dínamo de Michael Faraday (1831), os estudos de Nikola Tesla, a lâmpada de Thomas Edison (1879) e o primeiro equipamento de produção de eletricidade em massa: a usina a vapor de Pearl Street Station, em Nova York (1882) — grandes nomes estudados nas aulas de Física.

Foi justamente ao longo dos anos 1800 que ideias e estudos com veículos elétricos foram desenvolvidos. O carro moderno com motor foi inventado em 1886 e, logo nos primeiros anos, o carro elétrico viveu seu auge. Em 1900, Nova York tinha uma frota de táxi de 60 carros elétricos com bateria recarregável.

Cenário atual no mundo

Com todo esse histórico, temos o surgimento do Toyota Prius em 1997, modelo da gigante japonesa híbrido de gasolina e eletricidade conhecido até hoje. Em 2003, entra o nome mais famoso do mercado, a Tesla Motors (do excêntrico Elon Musk), que trabalha exclusivamente os elétricos e se populariza a passos largos fazendo as grandes montadoras criarem seus modelos.

Nessa época, quem também investe forte é a China, incentivada pelo governo local, que busca a independência do petróleo. É este mercado que lidera atualmente as vendas de carros elétricos, com a empresa BYD sendo a maior fabricante do mundo, superando a Tesla.

Cenário brasileiro é catarinense

Curiosamente, na década de 1970, a fabricante brasileira Gurgel, também movida pela crise do petróleo da época, criou o Itaipu, primeiro modelo de carro elétrico da América Latina, que não chegou ao mercado por falta de infraestrutura. Um modelo bem estranho de dois lugares, com 60km/h de velocidade máxima e quase nada de espaço

Porém, a realidade mesmo é das marcas internacionais. O primeiro modelo elétrico a chegar ao Brasil nessa nova era foi o JAC iEV 40, em 2019, da chinesa JAC Motors. Hoje são mais de 61 mil carros elétricos vendidos no país apenas de janeiro a maio de 2024.

Santa Catarina é uma referência no país com o quarto maior mercado de elétricos. Só nos primeiros cinco meses deste ao, foram mais de 4,1 mil novos emplacamentos no Estado (no mesmo período de 2023 foram 1,8 mil). O crescimento é evidente e uma forte rede de eletropostos tem se instalado para garantir a infraestrutura, com grande investimento das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc).

Quais os impactos ambientais e sociais?

Mundialmente os debates são vários. É inegável que os carros elétricos chegaram para ficar e podem, sim, ser uma solução aos combustíveis fósseis. A emissão de carbono gerada por um carro elétrico em sua vida útil é 68% menor que a de um carro tradicional. Além disso, utiliza apenas um quinto dos componentes de um carro tradicional (três mil dos elétricos a 15 mil dos carros a combustão).

Porém, há questões que têm de ser respondidas ainda, como a cadeia produtiva das baterias. A extração de lítio, coltan, cobalto e outros minerais pode gerar tanto impacto ambiental quanto o petróleo se não for debatida de forma séria. O descarte das baterias e componentes eletrônicos também é uma questão. O tempo de vida útil destes é de dez anos, ou seja, o que fazer quando tiver que trocar? Reutilizar em outros lugares é uma solução paliativa, mas ainda não definitiva. No Brasil, também devemos ficar de olho em dois fatores: a fiscalização de respeito às leis trabalhistas e também a preservação ambiental. O país é rico em minérios, mas o que adianta explorá-los se nossas florestas forem dizimadas no caminho?

O futuro dos carros elétricos pode ser brilhante e nos ajudar a encontrar soluções para o planeta. Porém, os processos devem ser feitos com cautela para que não vire um dilema daqui a alguns anos.

Como algumas especies sobrevivem a ambientes extremos? ´
POR REDAÇÃO ITS TEENS

Imagine que você tenha adotado uma suculenta e uma begônia. O processo de cultivo é igual: são colocadas no mesmo local na sala de estar, captando a luz solar e regadas regularmente. No final do mês, é possível perceber que uma está com a aparência saudável e florescendo, enquanto a outra parece sem vida. Mas se o método de cuidado é igual, como isso acontece?

Assim como todos os seres vivos, cada planta possui suas características e peculiaridades. Neste caso, as suculentas podem ficar encharcadas caso estejam em contato com muita água, enquanto as begônias preferem solos mais úmidos. Outros fatores podem influenciar no crescimento, como a temperatura, os nutrientes do solo e a luminosidade — as samambaias, por exemplo, precisam estar em um ambiente com a luz mais baixa, já os girassóis necessitam de maior iluminação.

SOBREVIVENCIA CRIATIVA NA NATUREZA

Essas singularidades podem surgir por fatores genéticos, com informações hereditárias passadas de uma geração para outra, ou pela necessidade de transformação, desenvolvendo mecanismos de proteção. “As plantas extremófilas desenvolvem-se e crescem em ambientes adversos, como extremos de frio, calor, seca, dessecação ou salinidade, que resultaram em adaptações selecionadas a partir de milhares de anos de exposição a diferentes pressões seletivas”, explica o professor Paulo Horta, do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Os cactos são grandes exemplos: com caules suculentos e impermeáveis, podem sobreviver em desertos com longos períodos sem chuva. Já as dioneias, para superar o desafio de obter nutrientes em ambientes de solo pobre, desenvolvem folhas em formas de “armadilhas”, com as quais capturam insetos para se alimentar.

ESTRATEGIAS DAS PLANTAS EXTREMOFILAS

Para que possam continuar florescendo mesmo em ambientes adversos, as plantas desenvolvem estratégias de sobrevivência. Conheça cinco delas:

1. Resistência à desidratação: em ambientes áridos, algumas espécies procuram saídas para minimizar a perda de água criando folhas modificadas, como as transformando em espinhos, para reduzir a transpiração.

2. Armazenamento de água: para ter um reservatório de água durante os períodos de seca, algumas plantas têm tecidos especializados, como caules espessos, tubérculos e raízes engrossadas.

3. Raízes especializadas: na necessidade de acessar água em camadas mais fundas do solo, as raízes profundas são desenvolvidas. No caso de capturar a umidade da superfície, as superficiais se expandem.

4. Tolerância a variações térmicas: para tolerar temperaturas extremas e evitar danos causados pelo frio ou calor, são elaborados mecanismos de proteção, como a produção de compostos químicos.

5. Hibernação e dormência: para conservar energia em condições adversas, algumas plantas podem entrar em períodos de dormência ou hibernação.

O estudo destas espécies pode levar a contribuições importantes para a ciência, como a introdução destes genes em plantas agrícolas ou a utilização das substâncias químicas em produtos farmacêuticos. “Compreender esses mecanismos de sobrevivência pode nos ajudar a desenvolver soluções baseadas na natureza para o enfrentamento das mudanças climáticas que permitam conservar os remanescentes de formações naturais que ainda existem como grandes bibliotecas vivas para a humanidade”, esclarece o professor.

O POLVO DO DESERTO: COMO A WELWITSCHIA PODE CHEGAR AOS MIL ANOS?

Uma planta que se destaca entre as extremófilas é a Welwitschia mirabilis. Localizada em desertos do sudoeste africano, a espécie pode viver por centenas de anos, podendo até mesmo atingir uma idade superior aos mil anos, ainda que viva em ambientes áridos e secos.

“Sua capacidade de sobrevivência nos desertos da Namíbia e Angola são resultado de milhões de anos de pressões seletivas, que levaram a adaptações genéticas que garantem longevidade para suas folhas e a manutenção de uma região de crescimento basal, distante da superfície”, detalha Paulo.

Com raízes longas que buscam água subterrânea para sobreviver, a Welwitschia possui duas folhas principais — devido a sua aparência larga, semelhantes a tentáculos, é popularmente chamada de “polvo do deserto”. Estas folhas continuam se expandindo ao longo da vida, deixando uma aparência de desgastes nas extremidades enquanto novos tecidos são adicionados à base.

POR REDAÇÃO ITS TEENS

É comum vermos carros percorrendo as rodovias de 80 a 100 quilômetros por hora diariamente, mas você sabia que existe um animal que consegue ser ainda mais veloz? O guepardo, felino nativo da África, pode alcançar até 110 quilômetros por hora, habilidade que o fez conquistar o título de animal terrestre mais rápido do mundo.

Algumas características do próprio corpo deste animal são o que possibilita esse feito — a estrutura corporal do guepardo conta com uma espinha flexível, garras semiretráteis, pernas e caudas longas que permitem passos de até sete metros de comprimento.

Além de que o felino possui músculos bem fortes e especializados que facilitam que os membros tenham um balanço maior, aumentando sua velocidade. Mas além desses fatores, outras especificidades favorecem a corrida dos guepardos: as patas.

Por possuírem patas com almofadas mais duras e menos arredondadas do que os outros grandes felinos, as curvas desses animais são mais rápidas. Toda essa velocidade proporciona uma melhor perseguição na hora de agarrar as presas em ambientes abertos. Diferente de outros felinos, os guepardos não têm força física para derrubar presas maiores que eles e, por isso, dependem da velocidade e agilidade.

POR QUE OS CANGURUS LEVAM OS FILHOTES NA BOLSA?

Assim como os humanos, muitos animais passam por um processo de gestação no qual os filhotes se desenvolvem completamente no útero materno. No entanto, os cangurus apresentam um método singular: após um nascimento prematuro, os bebês se transferem para um espaço diferente para continuar o crescimento. Integrantes do grupo dos marsupiais — juntamente com gambás, cuícas, coalas e demônios-da-tasmânia —, as fêmeas de canguru possuem uma bolsa de pele chamada marsúpio, um espaço preparado para, temporariamente, abrigar os filhotes. Com uma gestação de aproximadamente 40 dias, os bebês precoces medem cerca de dois a cinco centímetros de comprimento. Ainda sem muitas habilidades, o desenvolvimento dos membros anteriores e dos músculos faciais permite a eles se prenderem firmemente no interior de sua nova casa.

O marsúpio proporciona um ambiente protegido, permitindo aos filhotes continuarem a se desenvolver, recebendo nutrição, calor e cuidados diretamente de dentro da bolsa de sua mãe. A genitora prepara o corpo para este estágio de crescimento, um processo que pode levar de dez meses a um ano. Durante esse período, a composição do leite muda de acordo com as necessidades do pequeno canguru.

Já nos primeiros seis meses, o filhote é capaz de, aos poucos, começar a explorar o mundo exterior; no entanto, eles ainda voltam para a bolsa. Somente centenas de dias depois, após ganhar uma maior independência, chega a hora de deixar o marsúpio.

CONHECA A MAIOR ~ BARREIRA DE

CORAIS DO MUNDO

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Você sabe o que a Grande Muralha da China, o deserto do Saara e a Grande Barreira de Corais da Austrália têm em comum? Apesar de possuírem características únicas, existe um fator que os une: todas essas estruturas naturais podem ser vistas do espaço devido ao seu tamanho. Com uma extensão de dois mil quilômetros, ao longo de todo o Estado de Queensland, as colônias no fundo do oceano Índico dão vida ao maior recife de corais do mundo.

Por lá existe um ecossistema composto por mais de duas mil espécies, incluindo corais de diversas cores, tartarugas, peixes, raias e uma infinidade de criaturas marinhas. Inclusive, os corais são conhecidos por possuírem uma importante função ecológica, além da sua atividade filtradora. A prova disso é que eles abrigam 25% de toda a vida marinha.

O LAR DAS ESPECIES MARINHAS

O recife de corais tem uma importância gigantesca para a Austrália. Isso porque ele abriga e protege um grande número de espécies marinhas. Segundo cientistas, muitos deles ainda nem foram encontrados e estudados pelos seres humanos.

Além de coloridas, as colônias se alimentam de outros pequenos seres vivos, como os peixes, e das matérias orgânicas do oceano. Por ali existem cerca de 900 ilhas, entre as quais podemos destacar a Fraser, a maior ilha de areia do mundo e que se estende por 120 quilômetros.

COMO ESTA A PRESERVACAO DA GRANDE BARREIRA DE CORAIS?

Considerada um Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a Grande Barreira de Corais, infelizmente, segue sob ameaça devido às condições climáticas. A principal causa da destruição é o aquecimento dos oceanos, pois, com o calor excessivo, as algas se desprendem dos corais, minando os seus nutrientes.

Nessa perspectiva, boa parte da vida marinha fica comprometida, com espécies entrando em extinção, e toda a vida econômica da região também é implicada, pois dependem diretamente desse ecossistema para sobreviver.

No entanto, o governo australiano e a Unesco não têm medido esforços para frear esse processo. Por meio de investimentos, eles estão conseguindo diminuir as áreas de pesca e o despejo de poluentes ao longo da barreira.

ANTÁRTICA, TESTEMUNHA DO TEMPO

EM PROFESSORA MARIA IVONE MÜLLER DOS SANTOS

Durante as aulas de Ciências, os estudantes utilizaram a simulação 3D “Antártica, testemunha do tempo”, que mostra a linha do tempo dos períodos geológicos/geográficos do continente antártico, enfatizando as mudanças climáticas e ações antropogênicas ocorridas na história da Terra.

32ª SEMANA POLAR INTERNACIONAL ��EM PROFESSORA MARIA IVONE MÜLLER DOS SANTOS

Por meio de palestras, a 32ª Semana Polar Internacional mobiliza pesquisadores e professores de todo o mundo para desenvolver atividades relacionadas à ciência polar nas escolas — evento do qual estudantes de Navegantes tiveram a oportunidade de fazer parte. Na unidade, os alunos aprenderam sobre a biodiversidade na Antártica com a doutoranda Letícia Cazarin Baldoni, da Universidade Federal do Rio Grande (FURG).

OLYMPIC BLUE SCHOOLS ��EM PROFESSORA MARIA IVONE MÜLLER DOS SANTOS

Os estudantes visitaram uma praia próxima à unidade para realizar uma série de exercícios, como coletar e separar resíduos sólidos, registrar espécies de animais observados no ambiente e escavar areia. A proposta faz parte da iniciativa “Olympic Blue Schools”, uma ação mundial para a prática de atividades nas praias, que visa conectar os valores olímpicos ao respeito ao meio ambiente.

WORLD OCEAN DAY FOR SCHOOLS ��EM PROFESSORA MARIA IVONE MÜLLER DOS SANTOS

Como parte das ações propostas pelo “World Ocean Day for Schools”, plataforma online que disponibiliza aos educadores recursos didáticos e atividades para envolver os estudantes em debates sobre o oceano, os alunos da unidade foram convidados a refletir sobre o espaço azul mais próximo à escola. As turmas do sétimo ano escolheram a Praia de Navegantes e o Rio Itajaí-Açu. Após completar todos os estágios das atividades, os estudantes ganharão o selo de “Guardians of Our Blue”, que significa “Guardiões do Nosso Azul”, em português.

HAICAI O PRINCÍPIO EDUCATIVO DO SILÊNCIO

POR HENRIQUE PITT

Diretor do CEM Rosa Maria Xavier de Araújo

Em meados do século 19, entre as décadas de 1850 e 1860, ruía no Japão o período que ficou conhecido como Edo, ou Xogunato Tokugawa, para iniciar o período chamado de Restauração Meiji. A partir de então, a Terra do Sol Nascente abriu-se para o mundo ocidental e, com isso, oportunizou ao ocidente conhecer uma das culturas mais herméticas ainda preservadas após as colonizações europeias ao redor do globo.

convergem na conclusão de que foi o período de maior ebulição e fomento das artes e da educação, conhecido também como “Idade da Paz Ininterrupta”.

Uma expressão artística que chamou a atenção dos que lá chegaram foi a poesia, ou a “ausência” dela. Há cartas enviadas pelos primeiros intelectuais que tiveram contato com a poesia nipônica contando aos colegas da Europa que havia ali poemas interessantes em estilo chinês, mas que era popular um tipo de escrita curtíssima, que não significava nada e, obviamente, não era poesia.

A poesia em questão é o haicai (forma mais abrasileirada de se referir ao poemeto japonês que no mundo todo, inclusive no Japão, é chamado de haiku). Para entendermos o que tudo isso tem a ver com educação, preciso retornar ao início do Período Edo e discorrer sobre um personagem central para a cultura haicaísta, Matsuo Bashô.

O Japão vivia séculos seguidos de guerras internas ou com vizinhos, Coreia e China, ou ambas situações ao mesmo tempo. Até que em 1603, após a batalha de Sekigahara, o xogum Tokugawa emergiu como poder central, unificou o país e mudou a capital para Edo (atual Tóquio), dando início ao período de 265 anos do xogunato restrito ao clã da mesma família. O país isolouse, em quatro décadas não havia mais sequer um acordo comercial com outras nações, e quaisquer movimentos reformistas internos eram facilmente dissipados.

Por tudo isso, alguns historiadores se referem ao período como ditadura (militar) Tokugawa — um momento contraditório, pois todas as correntes históricas

Em 1644, nasce Matsuo Kinsaku. Filho de samurai, necessariamente também pertenceria a essa casta por toda a vida, mas aos 22 anos decide abandonar a espada katana, pegar em lápis e pincéis e se aventurar na vida poética. Aos 37 anos, já sendo o mestre de centenas de discípulos, adota o nome de Bashô — que viria a ser, nos séculos seguintes, o maior poeta japonês.

O que estudava, escrevia e ensinava este poeta? Haicai, a menor forma poética, a estética da observação e do silêncio. O haicai mais lido, traduzido e estudado a partir do século 20 é dele, e versa sobre o pulo de uma rã em um laguinho, nada mais.

o velho tanqueuma rã salta o ruído da água

Foi um período de muitas alterações o que viveu Bashô, e diga-se, ele não foi o único a deixar de lado a espada e apanhar tinteiros. No Edo, o governo estimulou as terakoya, escolas improvisadas que visavam a universalização da educação no país, para que a população, as classes mais empobrecidas, inclusive, soubessem ao menos álgebra e fossem alfabetizadas.

Dois séculos depois, o Japão abriu-se ao mundo, e aí já possuía uma base social e cultural densa o bastante para saber o que e como vivenciar essa nova experiência sem ser subjugado, e isso reverbera até os dias atuais.

RESPOSTA

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