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REGIÃO LESTE CONTEMPLADASERÁ COM MAIS

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DA ROBÓTICA AO

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A ordem de serviço foi assinada pelo prefeito Topázio Neto e pelo secretário de Educação, Maurício Fernandes Pereira. Será a terceira unidade educativa municipal de Ensino Fundamental do bairro do Leste da Ilha. A região já possui as EBMs Antônio Paschoal Apóstolo e Maria Conceição Nunes.

A nova escola estará localizada na Avenida Red Park e será construída em dez meses. Haverá dez salas de aula com capacidade média para atender 600 estudantes. O estabelecimento de ensino terá ainda sala informatizada, laboratório de ciências, sala multimeios, sala de apoio pedagógico, biblioteca, sala de leitura e sala de artes. O investimento do governo municipal na obra será de 13, 9 milhões de reais.

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Tempo de leitura: 6 minutos

Mais do que educar, existem profissionais que aproveitam o contraturno para desenvolver hobbies ou descobrir a verdadeira vocação

Por mais que a rotina escolar seja desafiadora, com tarefas e planejamentos, existem educadoras que desafiam o tempo, dedicando algumas horas do dia para seguir uma segunda profissão ou desenvolver as habilidades e o talento em uma nova área. Além dos ganhos pessoais, a conciliação acaba interferindo diretamente em sala de aula, melhorando o convívio com a turma e facilitando a aprendizagem.

Michele de Castro e Cristine Maria de Moura Sieben são exemplos de pessoas que conseguem unir as tarefas profissionais com outras atividades do cotidiano, trazendo para dentro dos muros da escola uma contribuição que vai além do ler e escrever.

Entre a cozinha e a sala de aula

Você já imaginou como deve ser dividir as 24 horas do dia entre a alimentação e a educação?

Entre o preparo das refeições e o acompanhamento da turma, Michele de Castro vivencia uma realidade inimaginável — e nada disso estava nos planos de anos atrás.

Acostumada com a agitação dos pequenos durante o lanche da manhã e no almoço, a cozinheira, que agora também é professora, não esperava que um dia estaria à frente de uma classe. Funcionária do Núcleo de Educação Infantil (Neim) Almirante Lucas Alexandre Boiteux desde 2008, a correria começa cedo.

Com tudo pronto para o café, o dia na cozinha segue com os preparativos para o almoço, recebimento dos alimentos e a escala de faxina, de acordo com a organização da equipe. Saindo de lá, o local de trabalho passa a ser a Escola Básica Municipal (EBM) Donícia Maria da Costa, dividindo a tarde com o primeiro ano do Ensino Fundamental.

O cotidiano foi alterado em maio de 2022, quando decidiu fazer a inscrição para a rede municipal. “Era uma vaga de 20 dias, que era atestado de saúde da professora, e foi ampliando. Vou encerrar o ano com a turma”, conta a profissional, que teve a primeira experiência como responsável pelos estudantes, enfrentando os desafios da alfabetização.

Entretanto, atuar como educadora nunca foi o desejo. Depois de completar os estudos pela Educação de Jovens e Adultos (EJA), o principal objetivo era continuar estudando — enfermagem era o sonho, pelo desejo de cuidar das pessoas. Porém, o cenário começou a mudar quando a ex-diretora Ana Cristina Santos mencionou que Michele levava jeito com os pequenos. “O magistério, quando eu iniciei, eu falei ‘nossa, é maravilhoso’. A gente acha que vai

O poder da música

Se o primeiro caso foi pautado no amor pelos alimentos e o ensino, a professora Cristine Maria de Moura Sieben, do Neim Lausimar Maria Laus, utiliza o canto para incluir na prática pedagógica aquilo que está na teoria. A proximidade com as canções é algo antigo, marca desde a infância, época em que a mãe tocava acordeon. Na adolescência, tinha um trio formado junto com a irmã e uma amiga, sendo presença garantida nas apresentações escolares e reuniões de família.

à sala de aula aprender aula, mas não, é tudo diferente, você aprende a como lidar com a criança”, explica a professora. Por mais que os planos do futuro sejam longe das panelas, definitivamente como professora, formada em pedagogia, a primeira oportunidade sempre será lembrada. “A cozinha, para mim, foi uma porta, porque foi através desse trabalho como cozinheira que eu pude conhecer pessoas que me incentivaram e que me apoiaram”, declara Michele, que vai em busca de uma vaga fixa, rumo ao sonho de educar.

“Comecei a compor quando senti a necessidade de cantar os temas que normalmente trago para sala de aula: a relação com a natureza, as brincadeiras, valores, entre outros do interesse infantil, pois a música é uma importante ferramenta no ensino e aprendizagem”, explica a profissional. Tudo começa a partir de um assunto ou melodia, e a maioria das letras são escritas à noite, antes de dormir. Atualmente, a rotina é focada nos alunos. As produções são apresentadas na unidade escolar, mas o desejo é manter a dedicação após a aposentadoria. “A música faz parte da minha prática educacional diária. Na minha vida, a música e a sala de aula caminham juntas e com desejo de me dedicar mais, compondo e ensaiando quando tiver mais tempo disponível para ampliar para outras escolas”, anuncia a professora. Mais do que o ditado que diz “quem canta seus males espanta”, aqui a voz é capaz de ensinar. “A música fala direto ao coração, faz parte da vida, principalmente na Educação Infantil, as crianças param tudo o que estão fazendo quando ouvem a música, pois acalma, alegra, descontrai, emociona, tem o poder de transmitir uma mensagem, além de encorajar algumas crianças a comporem suas próprias canções”, finaliza a profissional. Escaneie o QR Code e confira as produções:

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