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Além do Papai Noel: conheça origem das festividades de final de ano
As ruas iluminadas, as decorações, os presentes, as comidas. Para muitos, dezembro é a melhor época do ano. Com o clima de festa e fraternidade, é tempo de estar com a família ou amigos e relembrar os acontecimentos dos meses anteriores, além de planejar as metas para os próximos.
No Brasil, temos a nossa lista do que não pode faltar no Natal: a árvore decorada, o panetone, a ceia na noite do dia 24. Mas você sabe como essa celebração começou?
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Apesar de ser um evento cristão, marcando o de nascimento de Jesus Cristo, a data também é celebrada por pessoas de outras religiões e por aquelas que dão outro significado a ela.
Segundo os historiadores, a festividade tem origem pagã relacionada com o solstício de inverno durante o período do Império Romano. Eram realizados dias de festas com a ideia de renovação e em cultivo ao deus Sol, que eram chamadas de Dies Natalis Solis Invicti.
Mas como surgiu a data?
De acordo com o presidente de honra da Sociedade Espanhola de Ciência das Religiões, Ramón Teja, a data do Natal foi estabelecida em 25 de dezembro pelo imperador Constantino, que governou entre 306 e 337 e foi responsável por transformar o cristianismo na religião de Roma. Anos mais tarde, em 529, foi declarada feriado nacional pelo imperador Justiniano. Já o nome Natal veio de sua origem do latim “natalis”, que deriva do verbo nascer, nāscor.
O que os elementos do Natal significam ?
Árvore
As primeiras árvores decoradas para o Natal de que se tem registro são do século 16, na Alemanha, durante a época da Reforma Protestante. Martinho Lutero, líder da Reforma, incentivou o uso dessa peça nas casas das famílias. Já o pinheiro foi escolhido por ser a árvore mais resistente aos invernos rigorosos.
Papai Noel
Personagem que sempre está presente nas decorações, o Papai Noel foi inspirado em São Nicolau. O bispo turco costumava deixar moedas perto das chaminés das pessoas mais necessitadas. Com o passar dos anos, a imagem foi ficando popular e foi alterada até chegar à forma que conhecemos hoje.
Ceia
Um dos momentos mais esperados da noite de Natal é a ceia. Além de poder aproveitar todas as comidas típicas do evento, também é a hora de se reunir em família. Assim como a árvore, a ceia também tem sua origem na Europa. Lá as pessoas costumavam deixar as portas de suas casas abertas, prontas para receber viajantes.
Natal pelo mundo
O Natal brasileiro é bem diferente daqueles dos filmes americanos que passam na televisão. Os bonecos de neve viram bonecos feitos de areia, e o chocolate quente vira um suco bem gelado para se refrescar no verão. Mas será que é só no nosso país que o feriado é tão distinto assim? Conheça quatro tradições natalinas únicas.
Alemanha
Estrelas e bolinhas para decorar as árvores? Nada disso. O efeito curioso usado nas terras alemãs é o pepino! O fruto artificial é colocado entre os galhos da árvore durante a montagem e isso tem um propósito. A primeira criança a achar o pepino no dia de abrir os presentes ganhará uma recordação extra. Segundo as tradições, se um adulto achar o fruto antes significa que terá boa sorte.
Filipinas
Além das luzes dos pisca-piscas, há outra tradição que ilumina o país asiático. Na cidade de San Fernanda, todos os anos, no sábado antes da véspera de Natal, é realizado o Festival das Lanternas Gigantes. Nele, 11 vilarejos disputam para ver quem cria as lanternas mais bem produzidas.
E o Ano Novo? Como surgiu?
Rússia e Ucrânia
Diferente da tradição de muitos países, não é em dezembro que russos e ucranianos desejam um Feliz Natal. Por seguir o calendário juliano, há uma diferença de 13 dias do calendário gregoriano, o que usamos no Brasil. Assim, as comemorações acontecem no dia 7 de janeiro nos dois países.
Grécia
Os elfos são conhecidos como os ajudantes do Papai Noel, mas na Grécia eles possuem outra função. Nos 12 dias que antecedem o Natal, os personagens percorrem as cidades pregando travessuras nas pessoas. Para afastar os bagunceiros, os moradores penduram feixes de linho na porta da frente e deixam o fogo aceso na lareira durante esse período.
Assim como o Natal, a origem das celebrações do Ano Novo remete a homenagens a deuses, neste caso, Jano, deus das mudanças e transições, durante o Império Romano.
Mas nem sempre o dia primeiro de janeiro era a data que marcava o início de um novo ano. Determinada pelo imperador Júlio César, em 46 a.C., as comemorações eram realizadas segundo o calendário juliano e começavam no dia primeiro de março.
Foi apenas no final do século 16, com a adoção do calendário gregoriano, o que usamos aqui, que o Ano Novo se tornou como conhecemos hoje.
Mas o dia primeiro de janeiro não é regra no mundo todo. Em alguns países, essa transição acontece em outra época, como a China, por exemplo, devido ao fato da cultura seguir o zodíaco chinês.