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RENATA BOMFIM

Coordenadora de projetos especiais

Depois de um breve período de descanso, hora de voltar para o segundo semestre letivo com a energia lá em cima. Ainda tem muito conteúdo legal para aprender, conhecimentos para adquirir, projetos para participar e o bom disso tudo: nossas edições para se atualizar.

Neste mês de agosto, preparamos uma revista com assuntos que podem contribuir para o seu conhecimento, como dicas de Língua Portuguesa, saber o papel de um historiador e ainda entender o que é hiperatividade.

Além disso, nesta edição você vai ter a oportunidade de conhecer quem são as estudantes premiadas na rede no concurso de redação na área de robótica; saber mais dos estudantes da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA) que ingressaram no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e sobre a entrega de abafadores que reduzem a sensibilidade ao ruído para estudantes com necessidade.

Aproveite mais esta edição que chega até a sua escola!

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Patrimônio Material

Ponte Hercílio Luz

Primeira ligação do Continente com a Ilha de Santa Catarina, a Ponte Hercílio Luz é uma das maiores pontes suspensas do mundo e pode ser atravessada de carro, ou a pé, para apreciar a vista. Chamada carinhosamente de “Velha Senhora”, este patrimônio catarinense completou 97 anos, e em quase um século de história continua com o título de maior cartão-postal da Capital.

Foto: iStock/Divulgação/ND

Como reconhecer e lidar com o TDAH

10-11/

O que faz uma historiadora?

12-13/ 14-15/

Estudantes da EJA são selecionados em curso Médio/Técnico do IFSC

16-17/

Crianças com hipersensibilidade recebem abafadores de ruídos

18-23/

No pódio da robótica

8-9/ 24/

Qual é seu nome?

Vai uma fatia de pizza?

Nova rede social: como usar o Threads e aprender com a nova ferramenta?

curiosidades

Conheça 11 movimentos artísticos importantes na história da arte

26-27/ 28-29/ 30-31/ 32/

Sofia, pé na estrada!

34-35/

Significados escondidos: saiba o que é ambiguidade

Patrimônio Arqueológico e Paisagístico

Ilha do Campeche

Com mar cor de esmeralda e areia branquinha que encantam todos, a Ilha do Campeche é considerada um pedaço do paraíso em Santa Catarina e atração indispensável para quem está de passagem por Florianópolis. Além da beleza, o local tem grande importância cultural e histórica, já que é possível encontrar diversas inscrições rupestres na região.

Foto: Heitor Pergher/ND

COMO RECONHECER E LIDAR COM O TDAH

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 3% da população mundial tem Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Por se tratar de um transtorno do neurodesenvolvimento, os sintomas começam a se apresentar durante a infância, mas acompanham a pessoa por toda a vida.

Algumas das características presentes em crianças e adultos com TDAH são: dificuldade de organização, de fixar atenção em tarefas e de acompanhar conversas longas, além de impulsividade, inquietação e fácil distração.

Na infância, isso pode aparecer na dificuldade de seguir instruções, de permanecer sentado, na frequência em que perdem as coisas (é comum que a criança tenha que renovar o material escolar durante o ano) e nos pés e mãos inquietos.

A verdade é que, ao contrário do que se acredita, a hiperatividade do TDAH não é necessariamente física. O cérebro da pessoa com este transtorno pensa mais que o cérebro “normal” (neurotípico) e isso acaba gerando alguns problemas.

Imagine que você está visitando um museu, onde tudo é novidade. Você vai caminhar pelos corredores, admirar as obras, prestar atenção no máximo de coisas possível. Ao final do passeio, você deve se sentir exausto. Para a pessoa com TDAH, a experiência é sempre essa, o cérebro filtra muito pouco e está sempre inundado de informações.

Este é um transtorno neurobiológico com uma combinação extensa de sintomas, o que torna o diagnóstico difícil. Nos últimos anos, o número de pessoas diagnosticadas cresceu, mas especialistas garantem que isso não tem relação com o aumento de casos, mas com os avanços médicos e sociais, que permitem um diagnóstico mais preciso.

POR MAI BILENKI

Tipos de TDAH

Dentre todas as características que envolvem o TDAH, algumas pessoas podem ser mais desatentas ou mais hiperativas. Cada pessoa é única, mas esse reconhecimento pode ajudar todo mundo a se conhecer melhor.

Predominantemente desatento

Dificuldade de prestar atenção aos detalhes; Comete erros por falta de cuidado; Manter o foco em tarefas ou atividades monótonas é um sacrifício; Facilmente esquece de coisas e compromissos; Desorganização e procrastinação; Distração fácil por estímulos externos ou pensamentos; Dificuldade de finalizar tarefas; Dificuldade de acompanhar conversas que não despertam seu interesse imediato.

Predominantemente hiperativo

Dificuldade de ficar parado ou necessidade constante de se mover;

Agitação nas mãos, nos pés e nas pernas; Correr ou escalar objetos; Dificuldade de permanecer quieto em situações escolares ou em reuniões; Fala excessiva;

Dificuldade de esperar a vez em uma atividade ou ficar em filas; Impulsividade.

Combinado

O TDAH combinado é o tipo mais comum e nele aparecem tanto os sintomas de desatenção quanto os de hiperatividade e de impulsividade. Vale lembrar que todos os sintomas podem variar em intensidade e se manifestar de maneiras diferentes em situações e fases distintas da vida.

Quando não recebe acompanhamento, a pessoa com TDAH pode ter dificuldades na vida pessoal, acadêmica e profissional. No geral, o tratamento pode envolver terapias e medicamentos. Quando o procedimento começa na infância, diminuem as chances de prejuízos na adolescência e vida adulta.

Importante! Todo mundo tem momentos de desatenção e inquietação, mas se você sente que isso atrapalha os seus estudos, pode ser hora de buscar por um profissional (psicólogo, psiquiatra ou neurologista) para pedir ajuda.

O QUE FAZ UMA

HISTORIADORA?

Você já olhou para algum monumento histórico, como as pirâmides do Egito, e se perguntou como foi feito? Ou reparou em algum costume na cultura brasileira e questionou de onde veio esse hábito? Para conseguirmos compreender o presente é necessário parar um pouco e olhar para trás. Responsáveis por estudar e analisar o passado humano, os historiadores pesquisam e interpretam eventos e personagens históricos. Ao fazerem isso, os profissionais buscam encontrar respostas sobre a evolução das sociedades ao longo do tempo e entender como decisões tomadas há muitos anos ainda impactam os dias atuais.

POR REDAÇÃO ITS TEENS

RESPONSABILIDADES

No entanto, não basta somente investigar, é preciso ter um olhar crítico e seguir uma série de etapas para atingir os objetivos. Confira cinco passos importantes na profissão:

1. Definir o objeto de pesquisa: a primeira etapa é formular uma pergunta ou um tema a ser explorado.

2. Coletar e avaliar fontes: buscar fontes para as investigações, como documentos, cartas, fotografias ou registros governamentais. A partir disso, é preciso avaliar a autenticidade, o contexto e a credibilidade dos materiais.

3. Contextualizar: para compreender o episódio, é necessário entender o contexto em que ele ocorreu. Para isso é preciso analisar as condições culturais, políticas e econômicas da época.

4. Produzir o material: com a pesquisa pronta, é hora de comunicar suas descobertas e escrever relatórios, artigos, ensaios ou livros com o resultado das análises, utilizando argumentos e evidências válidas.

5. Revisar e publicar: antes do material ser divulgado, é preciso ser submetido a um processo de revisão por especialistas da área e, assim, receber um retorno sobre a pesquisa para obter a aprovação e publicar o conteúdo em livros, revistas acadêmicas e outras plataformas.

ÁREAS DE ATUAção

A graduação em História é fundamental para quem deseja ingressar na área. No entanto, existem duas modalidades: a licenciatura e o bacharelado. E qual escolher?

No mercado de trabalho há diversos ambientes em que um historiador pode atuar, desde a área da educação (ideal para quem se forma em licenciatura) até pesquisas (mais comum no bacharelado). Confira quatro exemplos de setores em que os profissionais estão:

1. Museus e órgãos culturais: os profissionais podem atuar em pesquisa, preservação e interpretação de objetos e artefatos históricos. Igualmente, é possível desenvolver exposições, escrever informativos e dar orientações para visitantes.

2. Bibliotecas e arquivos: nesta área, o historiador pode catalogar e digitalizar materiais, auxiliar outros pesquisadores, além de ter acesso a um vasto acervo de documentos históricos.

3. Instituições acadêmicas: seja lecionando aulas de história ou conduzindo pesquisas, os profissionais podem atuar em universidades e faculdades, onde também é possível ministrar palestras, publicar estudos e orientar estudantes.

4. Setor público: outra possibilidade é realizar pesquisas, organizar eventos comemorativos, documentar e preservar locais históricos em agências governamentais, como os departamentos de patrimônio histórico e cultural.

Além da dedicação à profissão, é necessário que o historiador tenha algumas habilidades que trazem um diferencial na carreira, como curiosidade, paciência, organização, interpretação crítica e gosto pela leitura e pesquisa.

EXPERIÊNCIA NA ÁREA

Apaixonada por pesquisas e análises, a historiadora Hellen Martins Rios faz parte do projeto Escola do Mar, da Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis, e diariamente desenvolve atividades relacionadas aos ensinos ambiental marinho e costeiro, e de patrimônio. “Desenvolvo pesquisa, organizo ideias e informações, aplico a pesquisa em roteiros de saídas de estudo, pratico a docência e avalio”, relata. Desde a graduação, a profissional lida de perto com as histórias catarinense e manezinha. Para a historiadora, o ponto inicial da profissão é a curiosidade. “Assim a gente começa a se perguntar sobre a construção da realidade, que é o que vai nos proporcionar repertório para elaborar as perguntas para o desenvolvimento do trabalho. Se não se questiona a realidade, não há profissão bem exercida.”

É a partir deste primeiro questionamento que Hellen encontra, em sua opinião, a melhor parte do trabalho: as descobertas. “Historiadores se dedicam a olhar com mais profundidade as coisas que, às vezes, são naturalizadas. Olhar o passado e o presente com responsabilidade, entendendo que os eventos são resultados de escolhas e da ação humana, é um dos ensinamentos mais importantes da profissão”, conclui.

Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

Estudantes da EJA são selecionados em curso médio/técnico do IFSC

Depois de concluir o Ensino Fundamental, agora o desafio é conciliar os componentes curriculares com o conhecimento em gastronomia

O que você vai encontrar por aqui: cinco estudantes são selecionados para cursar o Médio/Técnico no IFSC.

Tempo de leitura: 6 minutos

POR ANA CAROLINE ARJONAS

Concluir o Ensino Fundamental e trilhar os novos passos rumo ao conhecimento é uma etapa marcante para a maioria das pessoas, seja pelos novos desafios ou pelo reconhecimento do que foi conquistado. Para cinco estudantes da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA) de Florianópolis, o momento é de celebrar uma nova conquista: a vaga no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).

O processo seletivo contou com a etapa da inscrição e comprovação de escolaridade, com envio de documentos. Os selecionados são do Núcleo Sul I, e uma das incentivadoras foi a articuladora da unidade, Emiliana Aparecida Corrêa, responsável por oferecer o auxílio necessário.

A fase seguinte foi o sorteio realizado pelo próprio instituto para definir os selecionados. “Com o resultado do processo, os estudantes ficaram eufóricos com a vaga, alguns apresentaram preocupações por ser um ambiente novo, com novos professores. Todos ficaram empolgados. Alguns estudantes já relataram que conseguiram novas oportunidades de cargo em seus locais de trabalho por estarem com uma vaga no IFSC”, conta a coordenadora do núcleo, Elisangela Marina de Freitas e Silva.

Josilei Balduino Souza, 44, é prova disso. “Assim que recebi o e-mail confirmando a matrícula no IFSC, uma instituição tão importante, imediatamente fui indicada a outra vaga de trabalho em que o requisito exigido pela empresa é estar cursando ou ter concluído o Ensino Médio. Estou em processo de contratação”, conta a estudante.

Além da alegria, outros sentimentos também fizeram parte da descoberta. “No primeiro momento não acreditei, comecei a tremer de nervosa, corri pra mostrar para a gerente do meu trabalho, para quem eu trabalho particularmente também. Depois chorei, chorei muito. Fiquei tão feliz e ao mesmo tempo pensando: ‘Será que era verdade mesmo?’”, lembra a estudante.

A proximidade com a cozinha é fruto de trabalhos anteriores em restaurantes e lanchonetes, mas Josilei já tem um plano: estudar, trabalhar na área e tentar uma vaga em uma universidade pública. “Tomara que dê certo.”

E, para que a troca entre a EJA e o IFSC fosse possível, cada momento na unidade contou. “Desde a primeira recepção, que incentiva o estudante a seguir em frente, seja qual for a dificuldade que venha a enfrentar, até a entrada na instituição, sentindo que o ensino público precisa ser mais valorizado por proporcionar tantas oportunidades àqueles que precisam e conseguem alcançar seus objetivos”, finaliza Josilei.

Agora o novo passo dos aprovados pode servir de incentivo. “Acredito que é de fundamental importância estudantes que passaram pela EJA ingressarem e prosseguirem seus estudos em qualquer etapa do processo educacional, especialmente no IFSC, referência em educação, principalmente quando se trata de Ensino Médio e Técnico. Ocupar esses espaços é um direito e deve ser incentivado por todos”, opina Elisangela.

Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA)

Com 11 núcleos espalhados pela cidade, a inscrição na EJA pode ser feita em qualquer período do ano. Basta ir até uma das unidades e apresentar os documentos necessários. Escaneie o QR Code e confira os endereços.

Foto: Emiliana Aparecida Corrêa

Estudantes da EJA selecionados no IFSC

Secretaria Municipal de Educação marca presença no Summit 2023

A Secretaria Municipal Educação de Florianópolis (SME) participou do Summit Cidades 2023, apresentando ações e programas desenvolvidos na rede de ensino da prefeitura.

Entre os principais assuntos abordados pela SME esteve o “Ambiente de Inteligência da Educação”, que foi explanado pela secretária de Educação, Fabrícia Luiz Souza, e pelo subsecretário de Gestão e Operações Educacionais, Eduardo Savaris Gutierres. Assim como outros temas evidenciados pelos profissionais da educação, como o “Programa de educação complementar”, “Escola do Futuro – múltiplas linguagens” e a “construção da escola Darcy Ribeiro, em 42 dias”.

Programa Conexxão Jovem é lançado

A Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis, em parceria com o Instituto Nexxera, deu início ao “Conexxão Jovem” na Escola Básica Municipal (EBM) José Amaro Cordeiro, localizada no bairro Morro das Pedras. O programa visa desenvolver a educação empreendedora com foco no empoderamento de crianças e adolescentes do sexto ao nono ano do Ensino Fundamental.

A iniciativa ocorrerá até outubro. Após os meses de preparação e elaboração de projetos, os grupos defenderão suas propostas e, posteriormente, responderão aos questionamentos levantados pela banca avaliadora, que será composta por membros do Grupo Nexxera e profissionais da Secretaria Municipal de Educação e da unidade educativa. Como prêmio, o vencedor ganhará até R$ 10 mil para colocar em prática seu projeto.

Prefeitura de Florianópolis abre inscrições para o primeiro Festival Escolar da Canção: Poeta Zininho

A Prefeitura Municipal de Florianópolis, por intermédio da Secretaria Municipal de Educação (SME), abriu as inscrições para a primeira edição do Festival da Canção Escolar: Poeta Zininho, até 20 de agosto.

A iniciativa é voltada para os estudantes do município que frequentam os núcleos de Educação Infantil, escolas básicas, sedes do Programa Bairro Educador e da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA), além das 36 instituições conveniadas com a SME.

Divididos em três categorias, que poderão ter até 20 integrantes cada, os participantes irão se apresentar nas etapas regionais de acordo com a localização da unidade em que estão matriculados. As categorias são:

Pimpolho – para aqueles entre cinco e nove anos;

Juvenil – entre 10 e 14 anos;

Veterano – para quem tem 15 anos ou mais.

Durante esse período, os candidatos selecionados para a última fase serão escolhidos por uma comissão julgadora diferente a cada etapa, que poderá ser composta por três a sete membros indicados pela SME.

O Festival, que será sediado no Centro de Eventos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), termina no dia 29 de outubro, quando serão escolhidos os três primeiros colocados de cada categoria. Estes receberão um troféu e equipamentos musicais como prêmios, mas todos os participantes ganharão medalhas.

Os destaques vão ser determinados com base na pontuação que a comissão julgadora atribuirá, levando em consideração os seguintes critérios: afinação e técnica vocal, presença, postura e carisma, interpretação e criatividade.

Fotos: Prefeitura Municipal de Florianópolis/Divulgação

Crianças com hipersensibilidade recebem abafadores de ruídos

Entrega foi feita em 37 unidades, contemplando 100 estudantes; saiba mais sobre o novo objeto

O que você vai encontrar por aqui: rede municipal de Florianópolis inclui abafadores na rotina escolar de crianças e adolescentes.

Tempo de leitura: 5 minutos

POR ANA CAROLINE ARJONAS

Pensar em uma educação acessível para todos é um plano que vai além dos conteúdos e componentes curriculares. No dia a dia em sala de aula e na convivência na escola, diversos quesitos devem estar de acordo com a preferência ou a necessidade dos estudantes. Nas unidades da rede municipal, agora será possível incluir os abafadores de ruídos nas atividades escolares.

Os objetos foram distribuídos no último mês e o foco são aqueles que possuem dificuldades ou restrições aos barulhos, incluindo autistas. A inclusão do item no cotidiano das 100 crianças e 37 escolas nasceu por meio de estudos. “A ideia dos abafadores surgiu por meio de pesquisas de recursos de acessibilidade para pessoas com hipersensibilidade auditiva”, comenta a gerente de Educação Especial, Ana Paula Felipe.

A entrega acompanha a avaliação dos professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE). “Observando e interagindo, as crianças demonstravam de alguma forma o incômodo de certos barulhos em determinados locais”, avalia a gerente de Educação Especial.

Embora o uso seja na escola, os ganhos podem ultrapassar aquilo que é ensinado em sala de aula, pelo menos para Ana. “O recurso de acessibilidade, como os abafadores, pode contribuir com o bem-estar das crianças e estudantes nos espaços coletivos, podendo interagir com seus grupos e colegas.”

Para quem está na outra ponta, o uso é pautado pelo desejo e vontade de conhecer o novo. “Cada criança tem a sua especificidade. Deixamos ela à vontade para julgar o momento de colocar e tirar o abafador. Ela precisa se sentir bem, o importante é ter acesso às propostas e espaços. Acreditamos que o recurso veio para ser um aliado”, opina a professora Tatiane Ramos da Silva, do NEIM do Futuro Sérgio Grando.

A rede conta com 130 professores da Educação Especial, atuando nas 69 salas multimeios, distribuídos em escolas, creches e núcleos da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA).

Você sabe para que serve um abafador?

Conhecido por ser um item indispensável para quem costuma trabalhar em áreas com muito barulho, o abafador é imprescindível para a saúde e qualidade de vida. O objeto é semelhante a um fone de ouvido, mas a diferença está na resistência — são duas conchas que protegem e inibem o som, unidas por um arco ajustável.

Existem diversos modelos e funcionalidades, e a escolha deve estar alinhada com o uso. No caso das escolas, onde o foco é inibir os barulhos externos, as conchas também são acolchoadas, diferente dos modelos que são produzidos para quem trabalha com capacete ou aqueles que são inseridos diretamente no ouvido.

Foto: Sayonara Erdmann

Foto: NEIM do Futuro Sérgio Grando/Divulgação

O que você vai encontrar por aqui:

estudantes ganham prêmio no Concurso de Redação do programa de robótica educacional.

POR ANA CAROLINE ARJONAS

Tempo de leitura: 11 minutos

Foto: David Welter

Quem fica impressionado ou entusiasmado com um robô e as criações da robótica, na maioria dos casos não conhece o passo a passo necessário até alcançar o resultado desejado. Com diversos programas, soluções e novidades constantes, existem etapas primordiais para que a inovação ganhe vida e movimento. Mais do que compreender os comandos ou uso de cada peça, é importante pensar no funcionamento e na conexão.

E se o processo já conta com desafios e obstáculos, como seria produzir uma redação falando sobre o assunto? Será que você seria capaz de transformar os ensinamentos em conteúdo?

Esse foi o desafio dos estudantes da rede municipal durante a participação no Concurso de Redação do programa de robótica educacional, promovido em parceria entre a Prefeitura Municipal de Florianópolis e a SIMROBÓTICA®. Com o tema “Minha cidade e a robótica educacional”, coube a cada um pensar na melhor forma de expor aquilo que é compartilhado em sala de aula.

E essa escolha, de expor o que é criado em aula, foi algo em comum entre Isabely Raissa dos Santos Gonzalez, 11, da Escola Básica Municipal (EBM) Dilma Lúcia dos Santos, e Ana Luisa Tobias, 13, da Escola do Futuro - Tapera, ganhadoras do concurso.

Embora a disputa tenha sido feita no fim do ano passado, a premiação aconteceu em 2023 — as meninas receberam medalha, troféu e um tablet. Entretanto, além dos prêmios, a vivência ficou marcada na memória. “Foi uma experiência nova, eu não imaginava que iria ganhar, e foi uma experiência bem diferente”, comenta Isabely, sentimento que também foi compartilhado por Ana.

Por mais que a proximidade com a robótica seja diferente entre elas — enquanto Ana faz parte do clube de robótica, Isabely tem aulas regulares com o kit Wido —, existe sempre um projeto marcante, aquele que fica gravado. “Eu lembro de um (projeto) que fiz bem no comecinho, que foi um ledzinho. Você acionava e ele ficava piscando. Eu lembro porque me marcou, fiquei bem feliz que consegui montar pela primeira vez”, explica a ganhadora dos anos finais.

O foco é naquilo que vem agregado com os kits, com peças, tablets e atividades, mas os estudantes têm uma tarefa a mais durante as aulas: revezar entre o papel de líder, administrador e programador, em grupos compostos por quatro indivíduos. É na aproximação com a tecnologia que eles também aprendem sobre criatividade, comunicação e organização. “A robótica exige muito isso, essa parte de trabalhar com a tecnologia, e o contato social, que você faz muitas coisas com outras pessoas”, completa Ana.

Mesmo que essa geração seja marcada pela era dos smartphones, computadores e inteligência artificial, ainda há muito o que aprender e mudar, agregando os novos processos às experiências do futuro. “Eu acho que isso é uma coisa muito boa porque a tecnologia está cada dia mais presente na nossa vida, e aprender a lidar com ela vai ser bom, porque no futuro isso vai ser muito mais presente. Então já é uma experiência, um primeiro contato que ajuda a nos preparar para o que está vindo”, expõe Ana.

O desejo de mostrar novas funcionalidades com aquilo que, muitas vezes, está na palma das mãos também é algo que motiva quem está à frente da turma, pelo menos para o professor de tecnologia da Escola do Futuro - Tapera, Renato dos Santos Dias. “A importância de incluir tecnologia desde cedo é aproveitar a curiosidade das crianças desta geração, que já estão conectadas com smartphone, tablets, televisão, e explorar de uma forma positiva de ensino essas tecnologias educacionais.”

Para quem acompanha o desenvolvimento dos professores e aquilo que está sendo criado nas escolas, como a Chefe do Departamento de Tecnologias Educacionais, Maria Rosangela Bez, o diferencial para alcançar prêmios é a forma como a robótica é aplicada. “Não está sendo trabalhado na rede apenas uma tecnologia pela tecnologia, é dentro de uma metodologia, e isso faz toda diferença, porque eles têm que trabalhar em equipes, onde cada um tem a sua função e tem que se organizar para isso, para que, no final, funcione o protótipo deles, e é o objetivo, eles ficam ansiosos”, esclarece a profissional.

Fotos: David Welter

CULTIVANDO ORGULHO

Aqueles que estiveram ao lado das meninas, acompanhando a descoberta de cada etapa, o uso dos kits e o prêmio, celebram a conquista, compreendendo que a medalha e o troféu são formas de incentivar a aproximação com o novo. “Eu digo que é uma emoção muito grande para a escola, é uma felicidade. Ela está tomando protagonismo para a escola, trazendo essa propaganda que é muito importante, então minha felicidade é grande”, comenta o diretor da EBM Dilma Lúcia dos Santos, Mario Sérgio Antunes Figueredo. Além de pensar em soluções com os kits Wido e Spike, distribuídos para os anos iniciais e finais, respectivamente, os estudantes já sabem que os últimos 15 minutos de aula são destinados às apresentações de cada projeto — aqui é responsabilidade do líder expor as conclusões.

Estudantes, professores, diretores e familiares celebram a conquista das adolescentes

TECNOLOGIA + HABILIDADES

Se a proximidade com a robótica está rendendo reconhecimento, existem outros ganhos que serão sentidos nos próximos anos, seja na relação com o outro ou no desenvolvimento profissional. Para o professor Renato, os ganhos vão além. “Permite que o estudante se desenvolva em vários aspectos, como criatividade, raciocínio lógico, trabalho em equipe, noção de liderança e programação. Esse aprendizado baseia-se na técnica aprender fazendo.”

E os ganhos vão depender da forma como cada professor será capaz de abordar o assunto, trazendo a tecnologia para dentro da sala de aula e com desafios relacionados ao cotidiano, como a provocação proposta na redação, debatendo o papel da tecnologia no desenvolvimento do município.

Quer conferir o que está sendo feito pelo departamento de tecnologias educacionais de Florianópolis? Escaneie o QR Code e acesse o perfil no Instagram!

Fotos: David Welter

QUAL É SEU NOME?

Fique atento às dicas e descubra o nome de seis crianças

DICAS:

1. Fábio e Luísa não possuem cabelo preto.

2. Yasmin, Alex, Fábio e Felipe estão vestidos de azul.

3. Luísa e Angélica vestem camisas estampadas.

4. Yasmin, Felipe e Luísa não possuem cabelo liso.

5. Alex, Angélica e Felipe estão de sapato branco.

6. Yasmin e Angélica estão de olhos fechados.

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VAI UMA FATIA DE PIZZA?

Quase40anosapósaestreianosquadrinhos,asTartarugasNinja seguemfirmesefortes,prontasparaumfilmeinéditonoscinemas

POR GUSTAVO BRUNING

Elas foram uma febre em décadas passadas, estampando de mochilas a brinquedos e estrelando séries e jogos de videogame. Direto dos esgotos de Nova York, onde treinam a arte marcial milenar ninjutsu, as Tartarugas Ninja estão de volta para mais uma aventura. Prestes a completar 40 anos desde a estreia nos quadrinhos, em 1984, os heróis obcecados por pizza fazem o retorno triunfal às telonas em “As Tartarugas Ninja: Caos Mutante”, que chega aos cinemas em 31 de agosto. Ficam de lado as adaptações em live action sombrias, produzidas por Michael Bay (diretor de Transformers), e os desenhos feitos para a TV nos anos 1980. O novo filme pega emprestado o estilo de animação de “Homem-Aranha no Aranhaverso” e parece trazer o quarteto de tartarugas mutantes direto dos quadrinhos, onde teve sua origem. É um visual inédito para os personagens, combinando a animação feita em computador com traços que remetem ao desenho feito à mão. Se você não está familiarizado com Donatello, Leonardo, Michelangelo e Raphael, não se preocupe. A nova trama não requer conhecimento prévio e foca na adolescência dos personagens, explorando o amadurecimento e as sensações de solidão e estranheza comuns na jornada de autodescobrimento. Tudo isso com o toque de humor tradicional das Tartarugas Ninja, cujas personalidades sempre foram o fator-chave dessas histórias.

Conheça o quarteto

Os nomes dos quatro protagonistas, criados por Kevin Eastman e Peter Laird, remetem a artistas italianos do Renascimento – isso porque a dupla é muito fã de história da arte. Mas não são só as bandanas coloridas que diferenciam os heróis. Cada um tem perfil e habilidades distintas, aperfeiçoadas pela mentoria do Mestre Splinter. E ainda que cada filme ou série traga variações, essas costumam ser as principais características do quarteto:

Donatello

É definido pela sabedoria. A inteligência é o que destaca esse guerreiro, que contribui inventando apetrechos e é o cérebro do grupo.

Leonardo

É definido pela honra. Extremamente focado, é o lutador mais habilidoso e o mais disciplinado, geralmente atuando como líder.

Michelangelo

É definido pelo sentimento. Mesmo não sendo tão focado, tem um potencial tremendo e chama a atenção pela agilidade.

Raphael

É definido pela coragem. Apesar de ser o mais forte fisicamente, costuma ser o mais imprudente.

Linha do tempo no cinema

1990

“As Tartarugas Ninja” (12 anos)

A estreia foi um grande sucesso de bilheteria e se tornou o filme independente mais bem sucedido da época.

1991

“As Tartarugas Ninja 2: O Segredo do Ooze” (Livre)

Na continuação, menos violenta que o filme anterior, as Tartarugas tentam impedir a criação de um exército de mutantes.

1993

“As Tartarugas Ninja 3” (Livre)

O grupo volta no tempo para resgatar uma amiga e acaba no Japão do século 17, na época dos samurais.

2007

“As Tartarugas Ninja: O Retorno” (Livre) É o primeiro filme de animação dos personagens, com nomes como Chris Evans, Patrick Stewart e Sarah Michelle Gellar dublando a versão em inglês.

2014

“As Tartarugas Ninja” (12 anos)

Nesse reboot live action estrelado por Megan Fox, as Tartarugas são interpretadas por atores com roupas de captura de movimento e, mais tarde, criadas por computação gráfica.

2016

“As Tartarugas Ninja: Fora das Sombras” (10 anos) Essa sequência do filme de 2014 também segue a fórmula do produtor Michael Bay: é repleta de ação, lutas e destruição.

2023

“As Tartarugas Ninja: Caos Mutante” (10 anos)

No novo filme, totalmente em animação, é a primeira vez que temos os quatro heróis dublados por adolescentes.

7 curiosidades sobre a franquia

A franquia teve o seu pontapé inicial no mundo dos quadrinhos. A revista teria uma única edição, em 1984, com tiragem de três mil cópias. Um exemplar valia, em 2015, cerca de US$ 20 mil (o equivalente hoje a R$ 96 mil).

As Tartarugas Ninja tiveram uma única série com atores em carne e osso. Em “Tartarugas Ninja: A Próxima Mutação”, de 1997, os heróis foram interpretados por pessoas vestindo roupas de tartaruga.

Nos quadrinhos originais, os quatro protagonistas usavam bandanas vermelhas, o que só mudou na estreia na TV. Cada tartaruga ganhou uma cor para que o espectador conseguisse identificá-la.

Você sabia que o grupo contou com uma quinta integrante? A guerreira Vênus de Milo, a quinta Tartaruga Ninja, deu as caras no seriado de 1997.

As Tartarugas Ninja lutaram ao lado dos Power Rangers no fim dos anos 1990, na série “Power Rangers no Espaço”. Em 2019, outro crossover uniu as equipes nos quadrinhos. Uma sequência da aventura, lançada pela Boom! Studios, estreou em 2022.

É comum encontrar as letras TMNT representando os personagens. Trata-se da abreviatura do nome do grupo em inglês, “Teenage Mutant Ninja Turtles”, que em português significa “Tartarugas Ninja Mutantes Adolescentes”.

Em um filme de animação de 2019, as Tartarugas Ninja se juntaram ao Batman para salvar a cidade de Gotham. A trama foi baseada em uma minissérie publicada entre 2015 e 2016.

NOVA REDE SOCIAL: COMO USAR O THREADS E APRENDER COM A NOVA FERRAMENTA?

Nas últimas semanas, uma rede social tomou conta dos assuntos sobre tecnologia na mídia e em outras redes sociais. Recentemente, se você ouviu uma palavra curta, mas complicada de repetir, é bem possível que tenha sido: Threads. Quem já teve aula de inglês sabe como é difícil pronunciar esse “th” (uma mistura da letra “T” com a letra “F”), e ter que colocar aquele “R” da língua enrolada deixa a missão mais complicada ainda.

A nova rede social da empresa Meta (o antigo Facebook) conquistou mais de 100 milhões de usuários em cinco dias, batendo um recorde para o ramo. Isso se explica porque a Meta é dona do Instagram (do Facebook e do WhatsApp também), que é o grande responsável por esse número. Com mais de um bilhão de usuários pelo mundo, o Instagram é vinculado ao Threads e, uma vez que você criou uma conta na nova rede, os contatos do “Insta” são diretamente importados.

Ou seja, se olharmos um pouco mais a fundo, o número não é tão significativo quanto parece, mas assusta os donos do Twitter, pois chega para rivalizar com o potencial que nenhuma outra iniciativa do nicho teve, como Mastodon, Bluesky e Koo, entre outros.

Afinal, o que é o Threads?

A nova rede social chega para concorrer diretamente com o Twitter. Sua funcionalidade é a mesma, a aparência é idêntica e o objetivo também: ser um microblog com escrita de caracteres limitados e interação constante.

O próprio termo Threads foi popularizado no Twitter. Na tradução literal, a palavra significa “fio”, “linha”, mas pode ser entendida como “tópicos interligados”. Na rede do passarinho azul, o fio é uma sequência de tweets sobre determinado assunto e foi uma forma de aprofundar conteúdos dentro de um espaço que limita cada post a 280 caracteres.

O conceito da ligação é muito bem utilizado no logotipo do Threads, que usa de uma mesma linha para desenhar um arroba. O símbolo foi popularizado pelos e-mails, mas ressignificado nas redes sociais dentro do próprio Twitter, com esse esquema de citar usuários e marcar pessoas. A grande questão é que o logotipo é uma das poucas coisas que funcionam na nova rede do grupo Meta por enquanto.

Primeiros passos do aplicativo

Apesar do sucesso de seguidores, é difícil imaginar a permanência na nova rede nesse primeiro momento. O Threads claramente não está pronto e falha no básico: a linha do tempo mostra poucos conteúdos de quem você segue, mas mostra conteúdos aleatórios. Se você segue um colega ou uma amiga e quer ver o que postam, vai ter que ir no perfil dessa pessoa, pois a timeline é uma enxurrada de assuntos aleatórios e privilegia os famosos do Instagram e só importou contatos.

O pior é que muitas destas pessoas que são boas no Instagram não sabem o que fazer na nova rede, que parece uma grande bagunça. Outra dificuldade é encontrar assuntos pelos quais você tem interesse, pois o campo de buscas só apresenta perfis e não temas ou os tão citados trending topics (“assuntos mais falados”).

Há coisas legais no Threads, que tem suporte para mídias como vídeos de até cinco minutos, fotos pesadas, assim como 500 caracteres por comentário, links e outras coisas. Dá também a possibilidade de criar uma comunidade mais segura que o Twitter, já que a conta do Threads é vinculada diretamente ao Instagram – e os trolls e bots usam contas fakes, em geral.

Os microblogs na educação

O Twitter é a rede de contato entre figuras públicas e seus seguidores. De artistas a atletas, passando por políticos e cientistas, o Twitter possui muita troca e é possível que o Threads se torne isso também. Há muita informação de gente confiável nessas redes e com a contribuição de uma comunidade bacana. Então a dica, seja para o Twitter, seja para o Threads, é seguir pessoas que tenham essa credibilidade e trabalhem com divulgação científica.

No Twitter, o formato está mais definido e você consegue ter mais acesso aos conteúdos que quer ver. No Threads, por enquanto, vale a pena visitar os perfis que já têm essa cara didática no Instagram e, de vez em quando, ler o que determinado perfil compartilhou.

Interaja com os posts deste tipo: dê like, compartilhe, comente e mande perguntas que o algoritmo vai entender que você quer receber esse tipo de conteúdo. Assim, a própria timeline sugere conteúdos dos quais você gosta. Independentemente da rede social, a regra vale: você tem controle de boa parte do que quer ver, basta ir atrás.

CONHEÇA 11 MOVIMENTOS ARTÍSTICOS IMPORTANTES NA HISTÓRIA DA ARTE

Os movimentos artísticos são tendências que surgem de tempos em tempos no universo da arte e se desenvolvem em produções de todo tipo: literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura, cinema e até mesmo arquitetura.

Para ser um movimento artístico, é necessário envolver um grupo de artistas, com manifestos e produções que compartilham de uma mesma linha filosófica, estética e conceitual. Geralmente, as obras dialogam com tensionamentos sociais do momento, por isso acabam causando grande impacto e influência.

Esses movimentos podem ter diferentes propósitos e objetivos: romper com as convenções estabelecidas, desafiar as normas ou retornar com estilos e técnicas do passado. Além disso, podem estar associados a movimentos sociais e políticos.

POR MAI BILENKI

1. Renascimento

Leonardo da Vinci e Michelangelo são clássicos da história da arte porque são os nomes mais divulgados do Renascimento. Esse é um movimento artístico, cultural e científico que ocorreu na Europa nos séculos 15 e 16. O Renascimento marca a ruptura com o teocentrismo (visão de Deus como centro do universo) e começa a retratar a vida humana nas artes. A grande contribuição da arte renascentista foi a descoberta da perspectiva e da profundidade.

2. Barroco

No final do Renascimento na Europa, já se manifestava um novo estilo que permanece atual até o século 18: o Barroco. Por meio de luxo, dualismo e riqueza de detalhes, o Barroco conquistou a elite da sociedade europeia, que enriqueceu com a colonização.

No Brasil, no entanto, artistas desenvolveram um estilo próprio, com destaque para a arte sacra. Gregório de Matos (poeta), Aleijadinho e Mestre Valentim (escultores) são os principais nomes desse período.

Movimentos de vanguarda europeia

No início do século 20, na Europa, eclodiram muitos movimentos artísticos que são estudados até hoje. Num momento em que já existiam automóveis, telefones e aviões, os artistas europeus buscavam mostrar a insatisfação com as tradições.

Os movimentos de vanguarda compartilhavam o objetivo de renovação estética nas artes europeias. Por isso foram marcadas por um espírito libertário, rebelde e contestador.

3. Cubismo

Pablo Picasso é o principal nome da pintura cubista. Na obra “La Guernica”, retrata o bombardeio à cidade de Guernica durante a Guerra Civil Espanhola. No Cubismo, a realidade é representada por meio de figuras geométricas, rompendo com os conceitos de harmonia, proporção, beleza e perspectiva.

4. Futurismo

O Futurismo é uma corrente que busca “destruir” o passado. Com um culto à guerra e à velocidade, esse movimento – que possui até um Manifesto, escrito pelo poeta Filippo Tommaso Marinetti – inspirou brasileiros mais tarde. “O despertar da cidade”, de Umberto Boccioni, é um exemplo da arte que visa representar coragem, ousadia e revolução.

5. Expressionismo

“O Grito”, de Edvard Munch, é a principal obra do Expressionismo no mundo. Algumas características desse movimento são: expressão do inconsciente, pessimismo, cores intensas, deformação da realidade e crítica social.

6. Dadaísmo

A obra que representa o Dadaísmo chama-se “A Fonte”. Consiste em um mictório de porcelana branca com a assinatura do autor: Marcel Duchamp. Você já deve imaginar que o Dadá é irreverente, certo? O objetivo dessa corrente é fazer arte espontânea, irracional, irônica, livre, absurda e pessimista.

7. Surrealismo

No Surrealismo, o artista deixa-se levar pelo impulso, registrando o que lhe vem à mente, sem se preocupar com a lógica. Esse movimento propõe a valorização da fantasia e da loucura. Salvador Dalí é o principal nome do Surrealismo.

8. Modernismo

O Modernismo foi o movimento que chacoalhou o Brasil. Até hoje comemora-se o aniversário da Semana de Arte Moderna de 1922, em que se encontravam Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Mário de Andrade e Oswald de Andrade, os principais nomes do movimento modernista no Brasil.

Algumas características desse movimento são: valorização do Brasil, renovação da arte e da linguagem e métrica livre, com predominância do humor, da ironia e da irreverência.

9. Concretismo

Os artistas concretistas buscavam a interação direta entre a obra de arte e o espectador, explorando formas geométricas e cores puras, valorizando a objetividade, a racionalidade e a abstração na arte. No Brasil, o Neoconcretismo (uma reação ao movimento anterior) enfatizava a subjetividade e a participação do espectador. Destacam-se, nos anos 1950 e 1960, os nomes de Hélio Oiticica e Lygia Clark.

10. Pop Art

A Pop Art foi um movimento artístico que surgiu na década de 1950 e se popularizou primeiro nos Estados Unidos e no Reino Unido, reproduzindo signos relacionados ao consumo e publicidade, o “estilo de vida americano”. No Brasil, a Pop Art chegou na década de 1960, coincidindo com o período da ditadura militar. Por isso, essa estética acabou ficando atrelada a uma crítica ao regime de opressão e censura.

11. Arte Contemporânea

A Arte Contemporânea é definida como “conceitual”. Ela abrange uma ampla gama de estilos, técnicas e abordagens, mas prioriza a ideia, o conceito e a atitude acima do objeto artístico final. O objetivo é produzir arte e, ao mesmo tempo, refletir sobre ela. Algumas características importantes da Arte Contemporânea são: uso de tecnologias e novas mídias, liberdade artística, abandono dos suportes tradicionais e efemeridade da arte.

SOFIA, PÉ NA ESTRADA!

O livro “Sofia, pé na estrada”, escrito em 2018 pelo filósofo catarinense Cleber Duarte Coelho e sua filha Sofia Goulart Duarte Coelho, faz parte de uma série de livros contendo a mesma personagem como protagonista.

Este livro ilustrado por Sofia Goulart Duarte Coelho, Milena Ramos da Rosa Crippa e Jason de Lima e Silva apresenta imagens compostas com cores vibrantes e contrastantes, em diferentes técnicas, destacando a produção artística distinta destes três artistas.

“Sofia, pé na estrada” relata as viagens da personagem principal durante os diferentes períodos de férias escolares. A menina Sofia, que gosta de filosofia, passeia com seu pai por várias cidades, e as viagens abrangem o Uruguai, o Rio Grande do Sul e também municípios de Santa Catarina, como Atalanta, Ituporanga e Jaraguá do Sul, até que Sofia descobre algo em uma livraria e sua curiosidade é fortalecida. Aos leitores fica o questionamento: “Pé na

��Que tal continuar a leitura do mês e procurar por estes títulos?

O Caco Não Lava o Pé

Márcio Cabral, com ilustrações de Rê Nascimento

História de Santa Catarina em Quadrinhos Valmir Muraro, com ilustrações de Eduardo Oliveira

Pomar de Brinquedo

Eloí Bocheco, com ilustrações de Taline Schubach

Abecedário da Natureza Brasileira Cristina Santos, com ilustrações de Freekje Veld

WALESKA REGINA BECKER COELHO DE FRANCESCHI

Patrimônio Histórico e Artístico

Fortaleza de Santo Antônio de Ratones

Para chegar até a Fortaleza de Santo Antônio de Ratones é necessário ir até a Ilha de Ratones, na baía Norte da Ilha de Santa Catarina. Mas, para quem gosta de arquitetura e história, vale a pena! Tombada como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1938, a Fortaleza é gerenciada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Além disso, a Ilha apresenta uma paisagem deslumbrante, oferecendo, também, uma trilha dedicada ao turismo ecológico.

Foto: Isabella Rocha/Iphan/SC/Divulgação/ND

Significados escondidos:

saiba o que é ambiguidade

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Você já leu alguma frase e ficou na dúvida sobre o que ela significava?

Ou escreveu algo e, na hora de outra pessoa ler, ela entendeu errado?

Às vezes, o problema não está na interpretação do leitor, mas na maneira que a sentença está escrita, fazendo com que ela tenha mais de um significado. O nome disso é ambiguidade – também conhecida como anfibologia –, situação que pode dificultar o entendimento de algo, causando problemas de comunicação, principalmente quando ela ocorre de forma escrita, na qual não há o tom de voz para indicar o sentido.

Ambiguidade é considerada um vício de linguagem, ou seja, é um desvio da norma padrão da Língua Portuguesa, e, por isso, deve ser evitada ao máximo na hora de escrever um texto formal, como um artigo jornalístico ou trabalho escolar. No entanto, alguns autores utilizam esse estilo de propósito, utilizando do estilo para dar um diferencial na obra.

Existem duas formas de ambiguidade, a lexical e a estrutural, vamos falar um pouco sobre cada uma delas.

Ambiguidade lexical

Esse tipo de ambiguidade acontece por causa do uso de uma palavra que apresenta mais de um sentido, como neste exemplo:

Mariana estava me esperando próximo ao banco. Nessa frase é impossível saber se Mariana está perto de um banco para sentar ou uma instituição bancária, onde se lida com dinheiro. Existem duas formas de solucionar isso: trocando a palavra que está causando confusão ou adicionando informação extra, que vai ajudar a construir o contexto. Veja:

Mariana estava me esperando próximo ao banco de madeira que fica no centro da praça.

Ambiguidade estrutural

Nesse caso, a ambiguidade acontece porque a frase não foi bem estruturada. Existem algumas situações em que isso ocorre com mais frequência. Vamos aprender quais são e como evitar:

Uso do pronome relativo e da conjunção integrante

O termo “que” pode ser usado de diversas formas na Língua Portuguesa. Duas delas são: como conjunção integrante, que introduz uma oração substantiva, e como pronome relativo, quando se refere a um termo citado anteriormente.

Ambiguidade

como recurso estilístico

A ambiguidade deve ser evitada ao máximo na hora de escrever textos formais, porém, quando se trata de outros gêneros textuais, como literatura, piadas e até mesmo publicidade, existe algo chamado linguagem conotativa. Significa que os termos estão sendo empregados no modo figurado, ganhando um novo sentido nos contextos em que são usados. Veja:

Deve ser difícil ser professor de natação: você ensina, ensina, ensina, e o estudante nada. A palavra “nada” tem dois significados: a atividade de nadar na água e o ato de não estar fazendo nada – e isso deixa o texto engraçado, o que é totalmente permitido! O importante é cuidar para não deixar seu texto ambíguo acidentalmente, principalmente na hora de fazer um trabalho escolar. Mas, em outros casos, sinta-se livre para usar a criatividade e explorar o duplo sentido das palavras e expressões!

Ana falou com a amiga que estava cansada. Nessa frase não dá para saber se a pessoa cansada é a Ana ou a amiga dela. Para solucionar, basta reorganizar as palavras. Cansada, Ana falou com a amiga.

Uso do pronome possessivo

Às vezes, quando uma frase tem mais de um sujeito e um pronome possessivo, não fica claro a qual deles está sendo relacionada a posse.

No fim do dia, João levou Lívia para sua casa. Aqui, o leitor fica sem saber se a casa era de João ou de Lívia. Para evitar o duplo sentido é possível trocar o pronome possessivo por “dele” ou “dela”.

No fim do dia, João levou Lívia para a casa dela.

Colocação de palavras

Nesse caso, a ordem das palavras na frase é o que vai prejudicar o entendimento.

O adolescente sozinho foi ao cinema. O adolescente é uma pessoa sozinha, ou foi ao cinema sozinho, sem a companhia de ninguém? A posição da palavra “sozinho” pode definir isso.

Sozinho, o adolescente foi ao cinema.

Uso de formas nominais

A ambiguidade também pode acontecer por causa do uso das formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio). Assim como no uso de pronome possessivo, a confusão acontece porque não dá para saber a quem o termo está se referindo.

Marta encontrou sua irmã correndo na praia. Com a frase estruturada dessa maneira, não dá para saber se quem estava correndo era Marta ou sua irmã. Mudar a ordem das ações pode resolver isso.

Correndo, Marta encontrou sua irmã na praia.

Turma 91

Yasmin, Maria Clara e Gabrielly

Maria Eduarda, Cristal Furtado e Nicolas, turma 71

Joaquim e professora Marina, turma 21

Turma 11 e apoio pedagógico em apresentação no teatro

Turma 41 e professora Katia em visita ao Rancho Saragaço

EBM ACÁCIO GARIBALDI SÃO THIAGO

BARRA DA LAGOA

Isabella, Cristal, Sabrina, Leandro e Felipe, turma 81

Professora Suziane e professora Júlia com os estudantes Pedro, Sophia, Mia e Lucas

Turma 41, visita ao Rancho Saragaço

Turma 31 e 41 do apoio pedagógico visita projeto Tamar

Renato e Donatella, turma 11

Professora Daniella em interação com os Jogos Mind Lab

2º ano, com a professora Fernanda, em saída de estudos para conhecer o bairro

Ashley e Sofia

Davi, Hugo e Vinicius em atividade de escavação

Ágata, Ashley, Sophia Torquato, Sofia Valgas e Livia

7° ano em saída de estudos com as professoras Gigi, Patricia e Delza

Professora Gigi, Carlos Eduardo e Guilherme

Estudantes do 7º ano em saída de estudos no Museu de Florianópolis

EBM BEATRIZ DE SOUZA BRITO PANTANAL

Melina em estudos no laboratório de Ciências

a

Estudantes do 4º ano

Joaquim

Laura e Júlia

Taila, Bernardo, Alice e Helena convidando

diretora Camila para mostra de atividades em sala

Homenagem e despedida da Rafa

Enzo Gabriel, da turma 22, na aula de Ciências

Turma Maker e Robótica dos anos iniciais Vespertino com o professor Paulo

do 1º semestre

Mágica da Alegria na turma 32

Palestra com o professor Daniel Barbosa Conceição para os anos finais sobre Racismo no Esporte

EBM VIRGÍLIO DOS REIS VÁRZEA

CANASVIEIRAS

Arthur, Felipe, Júlio e Ana Júlia durante a oficina de edição de imagens e vídeos

Turma 12 se encanta com visita às tartarugas do Projeto Tamar

Sophia, Larissa, Gustavo, Matheus e Leorry Reportter (Professor Leo)

Nickolas, professora Júlia, João Pedro e Joaquim no Clube de Educação Ambiental

Ana Luiza, Ketlyn, Ciro e Gustavo, com professora Samanta, no Clube de Leitura

Turma 32 caprichando nos canteiros e composteira

QUERO SABER

LETRA E CANÇÃO POR PROFESSORAS KÁTIA LIVRAMENTO DA ROSA E JULIANA FRANZONI

Quero saber

Quero saber

O que está acontecendo com o Planeta

Passa o dia

Passa a noite

E o relógio só fazendo pirueta tic tac tic tac

Os meus amigos eu quero ver Mas por enquanto tenho que me proteger

Lavo as mãos

Com água e sabão

Cumprimento só usando o dedão

Põem a máscara

Tampa o nariz

Mas quase não entendo o que tu diz

Tenho certeza que vai passar e lá na creche a gente vai poder brincar Tenho certeza que vai passar e lá na creche a gente vai se encontrar

Quero saber

Quero saber

O que está acontecendo com o Planeta Passa o dia Passa a noite

E o relógio só fazendo pirueta tic tac tic tac

Os meus amigos eu quero ver Mas por enquanto tenho que me proteger

Lavo as mãos

Com água e sabão

Cumprimento só usando o dedão

Põem a máscara

Tampa o nariz

Mas quase não entendo o que tu diz Tenho certeza que vai passar e lá na creche a gente vai poder brincar Tenho certeza que vai passar e lá na creche a gente vai se encontrar

Uma música feita por professores de Educação Infantil, num momento de distanciamento, num passado recente que deixou lembranças na trajetória de nossos pequenos. Certamente, assim como nós, nossas crianças levarão lembranças deste tempo de quarentena sem precedentes em nossa história.

Patrimônio Natural

Parque Municipal Lagoa do Peri

Ao visitar um dos principais ecossistemas em estágio de preservação e regeneração da Mata Atlântica original, você é capaz de relaxar ouvindo os pássaros cantando e, se tiver sorte, até ver um jacaré-de-papo-amarelo ou uma gralha-azul, que é uma ave ameaçada de extinção. O parque também conta com trilhas incríveis que levam a cachoeiras e a antigos engenhos coloniais.

Foto: Prefeitura Municipal de Florianópolis/Divulgação/ND

CONHEÇA 11 MOVIMENTOS ARTÍSTICOS IMPORTANTES NA HISTÓRIA DA ARTE