its Teens Florianópolis - 12

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Revista its Teens Florianópolis nº 12 2023 | R$ 14,85

MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI IN MEMORIAM | FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC

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NÃO VACILA, FALA AÍ (48) 3212-4026

Pontos de distribuição: Escolas da Rede Municipal de Florianópolis

RENATA BOMFIM

Coordenadora de projetos especiais

A edição de julho da revista its Teens está diferente: nas matérias apuradas na rede municipal, você vai conhecer a história de três mulheres que, em diferentes áreas e fases da vida, têm algo em comum: o comprometimento consigo mesmas.

Na reportagem de capa, com destaque para a estudante Marina Cordeiro, da Escola Básica Municipal (EBM) Tapera — Escola do Futuro, você vai conhecer a história da rapper que começou no gênero por influência familiar e hoje conquista seu espaço na cena em Florianópolis.

Na direção do Núcleo de Educação Infantil Municipal (NEIM) Caetana Marcelina Dias, a história da diretora da unidade, Patrícia da Cruz Abes, é outra: para ela, estar em movimento é um compromisso com a saúde – do corpo e da mente. A ex-atleta e jogadora faz o percurso diário de casa até a creche, trajeto entre o Campeche e o Ribeirão da Ilha, que, somado, dá 90 quilômetros por semana. E isso apenas de bicicleta.

Na Educação de Jovens e Adultos (EJA), Valdívia Ferreira, 78, retomou os estudos depois de ter frequentado a escola apenas até os dez anos de idade. A volta à sala de aula resgata em Diva, como é conhecida, o desejo de trazer vínculos sociais e estar envolvida com diferentes pessoas.

Além disso, ainda nesta edição, você também vai saber mais sobre curiosidades do rock, aprender sobre aplicativos de inteligência artificial e relembrar regras de Língua Portuguesa sobre regências. Vamos nessa?

Aproveite e compartilhe com a sua turma mais esta edição que chega a sua escola.

/ EXPEDIENTE
4 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JULHO 2023 / EDITORIAL
A REVISTA
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ITS TEENS

Museu Victor Meirelles

Dedicado a um dos maiores artistas catarinenses, o Museu Victor Meirelles, no Centro da Capital, foi montado na residência onde o pintor nasceu. O edifício é composto por espaços culturais e obras da coleção do artista e também recebe exposições de outros autores.

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 5 / SOU MANÉ
Foto: Cláudia Klock/Divulgação MVM

Primeiro passo na Lua: o que mudou em 54 anos?

10-11/

O que faz um escritor?

Para curtir o Dia Mundial do Rock

7 sites e aplicativos que usam inteligência artificial

Aos 78 anos, Valdívia é uma das alunas do novo polo da EJA em Florianópolis

Atleta, jogadora e diretora: conheça a rotina de Patrícia da Cruz Abes

12-13/ 14-15/ 16-17/ 18-23/

Dona das batalhas

8-9/ 24/

Caça-palavra: cuidando do meio ambiente

curiosidades

7 curiosidades sobre o futebol brasileiro que você precisa saber

26-27/ 28-29/ 30-31/ 32/

O caçador de ossos

34-35/

Você sabe o que é regência verbal e nominal?

/ CONTEÚDO diário escolar diversão eja
esporte capa
notícias das escolas
profissão do mês cultura pop wi-fi
donos da língua spoiler
galerias saideira
36-41/ 42/ 6 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JULHO 2023

Forte de Santana

Próximo à Ponte Hercílio Luz, o Forte de Santana, construído em 1761, é considerado Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Já serviu como base durante a Revolta da Armada e a Revolução Federalista e também já foi uma estação meteorológica. Atualmente pertence à Polícia Militar de Santa Catarina.

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Foto: Arquivo/Anderson Coelho/ND

PRIMEIRO PASSO NA LUA: O QUE MUDOU EM 54 ANOS?

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Em meio a uma corrida espacial entre duas potências mundiais, um novo marco na história foi atingido. Com a icônica frase “Um pequeno passo para o homem, um salto gigante para a humanidade”, há 54 anos Neil Armstrong deixava as primeiras pegadas em solo lunar.

A disputa entre os americanos e os soviéticos, durante a Guerra Fria, foi o palco de diversas conquistas e avanços envolvendo a exploração espacial. Cansado de estar sempre atrasado, o governo dos Estados Unidos tomou uma das decisões mais ousadas na trajetória do país: enviar um homem à Lua.

Após muitas tentativas, no dia 16 de julho de 1969, a nave Apollo 11 – projeto da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) – levantou voo e seguiu em direção ao espaço. Aproximadamente quatro dias depois, o Módulo Lunar pousou no satélite natural da Terra. Armstrong e o astronauta Buzz Aldrin exploraram o local por exatamente duas horas e 31 minutos, enquanto mais de 600 milhões de pessoas acompanharam a operação pela televisão.

Com o sucesso da expedição, foram realizadas cinco novas viagens e, em 1972, o último astronauta deixava suas pegadas no satélite. Apesar de já terem se passado mais de 50 anos desde o último humano chegar à Lua, muito se descobriu desde então. A partir das rochas coletadas no ambiente lunar, foi possível obter novas informações sobre elementos e composições químicas fora da Terra.

/ DIÁRIO ESCOLAR 8 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JULHO 2023

Tecnologias feitas a partir da viagem à Lua

Além das pesquisas com os materiais apanhados, outras tecnologias foram desenvolvidas após a viagem à Lua. Diversas áreas foram beneficiadas com as inovações, desde o setor da saúde – com as máscaras respiratórias para bombeiros – até indústrias de comunicação, com os aparelhos sem fio. Confira três exemplos: Satélites: com o avanço da tecnologia dos satélites, anualmente diversos dispositivos são enviados para o espaço com diferentes funções: cuidar das comunicações; observar a Terra; auxiliar GPS; e contribuir no desenvolvimento da ciência espacial.

Miniaturas: com o objetivo de facilitar o transporte e diminuir o gasto de energia, os engenheiros da Nasa criaram maneiras de diminuir o peso dos itens usados nas missões, principalmente na parte eletrônica dos equipamentos.

Purificador de água: foi necessário criar um sistema para purificar a água durante a expedição dos astronautas. Essa invenção, que não utiliza cloro, é usada até hoje em torres de resfriamento, condicionadores de ar e limpeza de piscinas.

Missão Artemis 2

A próxima viagem para a Lua já está marcada para o ano que vem. Três astronautas da Nasa e um da Agência Espacial Canadense (CSA) foram escolhidos para formar a tripulação que fará uma órbita em volta da Lua durante a missão Artemis 2. O maior objetivo é preparar novas jornadas que irão explorar o polo sul lunar, onde existem solos ricos em gelo.

Próxima parada: Marte

Nos últimos anos, muitos mistérios envolvendo corpos celestes na vastidão do universo foram descobertos. Estrelas, galáxias, buracos negros e, em cada exploração, o desejo de entender mais sobre o cosmo em que vivemos se expande. Mas há um planeta que desperta a curiosidade dos cientistas por séculos: Marte.

Os enigmas do planeta vermelho já inspiraram livros, filmes e são objeto de exploração desde 1960, já que é o segundo lugar mais acessível no nosso sistema solar, depois da Lua, e o mais parecido com a Terra. Desde então, diversas descobertas já foram feitas: pedras preciosas, metano, minerais raros e outros vestígios que podem indicar sinais de vida no passado.

O plano é não parar por aí: projetos de construção de casas, estradas e plataformas de pouso em Marte já foram iniciados. Ainda em 2023, a Nasa planeja iniciar testes em um foguete nuclear que diminuirá os riscos envolvidos nas missões e também reduzirá a duração da viagem entre a Terra e o planeta vermelho.

Outro programa já está em andamento. Com o “Life on Mars”, a agência espacial criou uma estrutura, instalada em um hangar da dependência, que simula as condições de Marte, incluindo dunas de areia, montanhas feitas de papelão e headsets de realidade virtual (VR). O projeto visa isolar três grupos de quatro pessoas durante um ano, a fim de ocasionar uma vivência fiel ao processo de viagem para povoar o planeta vermelho.

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 9

O QUE FAZ UM ESCRITOR?

No mês em que se comemora o Dia do Escritor, entenda a importância da profissão

Sabe aquele momento em que você está tão imerso na leitura que, por alguns instantes, esquece o mundo ao redor? Com suas habilidades, os escritores transformam o texto em algo mágico, ao transportar o leitor a um universo da imaginação, onde se criam personagens e cenas apenas com palavras e a criatividade.

Com os temas abordados, as obras impactam a sociedade e podem preservar a memória e a cultura de uma época, levantar debates, reflexões e auxiliar na formação dos leitores.

O que faz um escritor?

Há quem pense que um escritor é limitado apenas às produções literárias. No entanto, há outras áreas em que o profissional pode atuar. Além de estar em uma editora de livros, também pode realizar a revisão de conteúdos de outros autores, ingressar na assessoria de empresas (ou pessoas físicas), escrever textos para blogs ou redes sociais, colaborar na criação de roteiros de filmes e séries e elaborar acervos de materiais para organizações variadas.

Como é a rotina de um escritor?

O cotidiano dos escritores é muito variado, já que depende das peculiaridades e do modo de trabalho de cada indivíduo em seu momento de concentração para escrever. Alguns são mais metódicos e gostam de ter uma rotina semelhante todos os dias; já outros preferem ser mais livres na hora da criação.

No entanto, existem etapas essenciais para todos os escritores: definir o que deseja abordar na obra e o estilo que pretende seguir; buscar inspiração em autores renomados da área e entender as estratégias usadas por eles; praticar muito a escrita; ter contatos com outros autores; também ter um local para expor seus trabalhos e entender a opinião do público.

/ PROFISSÃO DO MÊS
POR REDAÇÃO ITS TEENS
10 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JULHO 2023

A trajetória de um escritor

Apesar de não existir uma graduação específica para formar um escritor, alguns cursos podem ajudar nesse processo, como é o caso de Letras e Comunicação Social. Formado em Jornalismo, o assessor Ricardo Medeiros já lançou 12 livros. A primeira obra foi “Dramas no rádio: a radionovela em Florianópolis nas décadas de 50 e 60”, publicada em 1998 e resultado de uma monografia.

Apesar de seu primeiro lançamento ter acontecido após a vida adulta, sua paixão pela escrita vem desde a infância, quando ainda criança escrevia redações e poemas, conquistando concursos durante o Ensino Fundamental e Médio. Foi ao unir seu interesse por livros com os conhecimentos de sua profissão que suas obras foram criadas. “O jornalista é um investigador, um pesquisador, alguém que faz checagem de dados, que faz comparações, que ouve e observa pessoas. O lado de escritor é latente em todo jornalista”, esclarece.

O processo de criação de Ricardo começa com a escolha do tema e o levantamento de informações sobre o assunto, seja em livros, revistas e até trabalhos acadêmicos. Também elabora questionários sobre diferentes aspectos do tópico e entrevista fontes necessárias para a produção. Com todos os materiais separados, o escritor organiza a divisão dos capítulos e em que parte cada item será explorado.

Com tudo isso feito é a hora de colocar a mão na massa e começar efetivamente a escrita do livro. Em seguida, Ricardo faz a nomeação de títulos e intertítulos para os capítulos, a legenda dos materiais e o envio do texto para a editora responsável pela edição.

Um dos temas trabalhados pelo escritor em seus livros é o rádio, área em que concluiu o mestrado e doutorado, e também a biografia de figuras da capital catarinense. Em sua obra mais recente, “Aldírio Simões – o manezinho-maior”, o autor conta a história do jornalista que, entre muitas funções, foi responsável pela criação do Troféu Manezinho da Ilha e coordenador do Carnaval de Florianópolis.

Aldírio Simões – o manezinho-maior. Ano: 2023. Dois por Quatro Editora, Florianópolis.

Uda Gonzaga – a primeira-dama do Morro da Caixa (coautora: Suyane de Lima). Ano: 2022. Dois por Quatro Editora, Florianópolis.

Diário de Luise: relatos de uma mulher além de seu tempo. Ano: 2022. Dois por Quatro Editora, Florianópolis.

Quatro mulheres. Ano: 2020. Dois por Quatro Editora, Florianópolis.

Reportagens inesquecíveis - o jornalismo atuante em Santa Catarina de 1970 a 2000. (coorganizador: Marcelo Passamai). Ano: 2014. Editora Insular, Florianópolis.

No tempo da sessão das moças. Ano: 2009. Editora Insular, Florianópolis.

O que é radioteatro. Ano: 2008. Editora Insular, Florianópolis.

CBN Diário: uma luz no apagão. (coautora: Carol Denardi) Ano: 2007. Editora Insular, Florianópolis.

Caros ouvintes – os 60 anos do rádio em Florianópolis. (coautor: Antunes Severo). Ano: 2005. Editora Insular, Florianópolis.

Zininho: uma canção para Florianópolis. (coautoras: Dieve Oehme e Cláudia Barbosa). Ano: 2000. Editora Insular, Florianópolis.

História do rádio em Santa Catarina. (coautora: Lúcia Helena Evangelista). Ano: 1999. Editora Insular, Florianópolis.

Dramas no rádio: a radionovela em Florianópolis nas décadas de 50 e 60. Ano: 1998. Editora Insular, Florianópolis.

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Livros de Ricardo Medeiros para você conhecer e ler
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Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

Aos 78 anos, Valdívia é uma das alunas do novo polo da

EJA em Florianópolis

Com a vontade de aprender, o foco é conhecer pessoas, desenvolver habilidades e aproveitar a vida

O que você vai encontrar por aqui: estudante da Educação de Jovens e Adultos (EJA) continua com o desejo de aprender a ler e escrever.

Tempo de leitura: 6 minutos

12 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JULHO 2023 / EJA
Valdívia Ferreira, 78, aluna da EJA em Florianópolis

O prazer de ler as palavras, pronunciar o tom de cada sílaba e interpretar o texto é um privilégio para muitos. Seja para ler um livro e as atualizações nas redes sociais ou verificar a localização na cidade, o ato de ler pode ser revolucionário, capaz de liberar a imaginação, o senso de pertencimento e o pensamento crítico.

E a vontade de entender o mundo ao redor é um dos desejos de Valdívia Ferreira, 78, estudante da Educação de Jovens e Adultos (EJA) de Florianópolis. Os estudos começaram nos últimos meses, mas a sede pelo conhecimento é antiga. “Na minha infância eu estudei até uns dez anos. Minha mãe era muito pobre, então a gente tinha muita dificuldade para os estudos. Tínhamos que ficar em casa para cuidar dos filhos ou ajudar a fazer alguma coisa”, conta Diva, como é conhecida.

Se por muitos anos o sonho foi trabalhar na área da saúde, como enfermeira, pela facilidade em cuidar do outro, agora o foco está em dividir os momentos entre a educação, as amizades e os novos conhecimentos. “Eu sei que não vou saber muita coisa importante que muitas pessoas sabem, porque não tenho mais capacidade, vou fazer 78 anos agora em agosto, então minha cabecinha já não é mais a que era antes, mas estou enfrentando a vida. Eu saio, vou para passeio, para grupo de idosos, estou participando das turmas com minhas amigas, gosto muito de me comunicar com as pessoas, de ajudar. E gosto da vida, gosto de viver e gosto de todo mundo”, conta a estudante da EJA.

Além do interesse pelo aprendizado, a persistência também é uma marca que ela faz questão de evidenciar. “Eu vou aprender muita coisa que eu não sabia, e agora que a gente tem a oportunidade, eu vou à luta, eu vou até o fim. Enquanto existir professor e aula para nós, eu vou até o fim”, explica Valdívia.

Se por um tempo o impeditivo estava nas condições ou nas imposições do marido, que não concordava com a saída para o estudo ou trabalho, hoje a motivação para mudar são as pessoas que estão ao redor. “Eu amo muito a vida e pretendo viver muito, se Deus quiser”, fala a idosa.

Sobre o conhecimento em sala de aula, a evolução fica evidente com cada nova palavra que surge, provando que ainda há um mundo para descobrir. “Eu sabia ler bem pouca coisa, escrever bem pouca coisa, mas eu já estou conseguindo. Se você sabe ler, você sabe tudo”, completa Diva.

Mais do que o português ou a matemática, para ela o objetivo é desfrutar o futuro, levando a mensagem de que nunca é tarde para inovar e buscar os desafios. “Assim eu vou continuar minha vida, e tô levando para o mundo inteiro essa lição.”

EJA em Florianópolis

Diva é uma das estudantes que escolheram o novo polo da Capital, localizado na Rodovia João Paulo. Com encontros de segunda a quinta-feira, das 18h às 22h, o espaço é destinado a quem busca a alfabetização, com vagas para aqueles que têm mais de 15 anos.

A inscrição na EJA pode ser feita em qualquer período do ano, independentemente do semestre — basta procurar um polo e demonstrar interesse em participar. Atualmente, existem 25 unidades espalhadas pela cidade, com mais de 1400 alunos. Escaneie o QR Code e confira mais informações da EJA em Florianópolis.

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Fotos: Arquivo SME/Divulgação

Medalha de ouro na OBMEP

Cinco adolescentes matriculados na rede municipal de ensino da Capital receberam medalhas de ouro durante a cerimônia de premiação da 16ª e 17ª edições da Olimpíada Brasileira de Matemática de Escolas Públicas (OBMEP).

São medalhistas, pelas unidades educativas da Prefeitura Municipal de Florianópolis, os irmãos Mundo Park e Roca Park, da Escola Básica Municipal (EBM) Acácio Garibaldi São Thiago, localizada na Barra da Lagoa. Também são “estudantes de ouro” Albert Vinicius de Jesus Baia, da EBM Beatriz de Souza Brito (Pantanal); Lucas Rodrigues Oliveira, da EBM Osvaldo Machado - Escola do Futuro (Ponta das Canas); e Manuela Lorena Rautter, da EBM Virgílio dos Reis Várzea (Canasvieiras).

Saúde bucal em dia

Os pequenos do NEIM Idalina Ochoa, entre três e seis anos anos, receberam a visita do dentista Márcio Gomes da Silva e sua assistente, Arabela Lunkes Theobald, do Centro de Saúde Carianos, para aprenderem sobre a importância da escovação dos dentes, tanto em casa quanto na unidade.

Após ouvirem as dicas sobre alimentação saudável e se divertirem brincando de limpar os dentes do urso de estimação, foi a vez deles deixarem seus sorrisos ainda mais bonitos e livres de futuras cáries.

/ NOTÍCIAS DAS ESCOLAS
14 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JULHO 2023

O importante é a criança brincar alegre com todo e qualquer brinquedo, sem medo nem preconceito. Essa é a principal mensagem do livro “Heitor e sua boneca bebê”, escrito pelo professor Leandro Antunes, da rede municipal de ensino de Florianópolis, com ilustração de Cláudio Duarte. A obra foi lançada no mês de maio, no Centro de Educação Continuada da Secretaria de Educação. O evento faz parte do Clube da Leitura, projeto da Divisão de Bibliotecas Escolas e Comunitárias que possibilita a aproximação de autores catarinenses com profissionais e estudantes.

O objetivo é integrar escola, família e comunidade, promovendo o bem-estar social, a educação no trânsito e a qualidade de vida por meio da prática do ciclismo. A atividade foi organizada pelo Projeto de Releitura Social, sob responsabilidade do professor Felipe Augusto Teixeira. A atividade contou com arrecadação de materiais de higiene, cestas básicas e um brechó, todos para fins solidários, além do sorteio de brindes. Houve também a exposição de parte do acervo de Marco Aurélio Alves, campeão catarinense em várias modalidades de ciclismo, como montanha, perseguição individual e contrarrelógio individual.

Arquivo SME/Divulgação

Fotos:

Professor lança livro sobre o brincar com alegria e sem preconceito
“2ª bicicletada” na EBM
NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 15
João Alfredo Rohr

Atleta, jogadora e diretora:

conheça a rotina de Patrícia da Cruz Abes

Seja na companhia da bicicleta ou no beach tennis, o movimento está na rotina da profissional da rede municipal de Florianópolis

O que você vai encontrar por aqui: Relação da diretora do Núcleo de Educação Infantil Municipal (NEIM) Caetana Marcelina Dias com a atividade física.

Tempo de leitura: 7 minutos

POR ANA CAROLINE ARJONAS

/ ESPORTE
16 ITS
- FLORIANÓPOLIS
JULHO 2023
TEENS
/
Mais dessa Campeã Patrícia iniciando o caminho de volta para casa

Fotos: Arquivo Pessoal/Divulgação

Você já pensou como seria percorrer o caminho de casa até a escola de bicicleta? E se esse trajeto fosse feito, em algumas partes, observando o mar? Além de desfrutar os benefícios da atividade física, a realidade faz parte do cotidiano da diretora do Núcleo de Educação Infantil Municipal (NEIM) Caetana Marcelina Dias, Patrícia da Cruz Abes. Adepta do esporte desde a adolescência, quando disputava competições de corrida, agora a paixão é compartilhada com a família.

Com o intuito de buscar qualidade de vida, a profissional, o marido e os filhos incluem o esporte no cotidiano, seja pedalando, correndo ou fazendo aquilo que costuma unir a família: uma partida de beach tennis. Por ser casada com um profissional de educação física, Laurent Abes, as práticas esportivas sempre existiram, mas o cuidado ficou ainda maior depois do falecimento de um familiar. “A gente sempre teve o esporte como algo da rotina da nossa família, mas nos últimos quatro anos é algo diário, a gente não passa um dia sem”, conta a diretora.

Mas se engana quem pensa que o dia a dia na unidade de educação, com 12 salas e 300 crianças, é uma justificativa para manter o corpo parado. No caminho entre o Campeche e o Ribeirão da Ilha são quase 90 quilômetros por semana — número superior a uma maratona. “A atividade física me proporciona bem-estar. Eu não sinto dores, consigo brincar no parque com as crianças sempre que é possível. Consigo ficar sentada por duas, três, quatro, cinco horas se for preciso, porque como o meu corpo é condicionado a essa atividade física de manhã, final de tarde a gente está sempre em movimento”, explica a profissional.

E se os benefícios podem ser sentidos na disposição e energia, existe outro ganho que traz vantagens para o corpo e para a mente: dividir momentos com aqueles que amamos! Como o beach tennis é o preferido da família, é na quadra que eles competem e se divertem, seja entre os quatro, com amigos ou familiares. “A relação do esporte com a família é algo muito positivo, nos aproxima, estreita as relações. Conversamos muito, participamos de eventos juntos, conhecemos pessoas e acho que isso é o melhor pra nós.”

E o fruto de incentivar o movimento desde cedo começa a ser colhido por eles, já que a filha mais velha, Sophie, deseja competir no esporte. “É maravilhoso ver que os nossos exemplos estão passando para os filhos, independente se eles fizerem isso para profissão ou não, se isso for só um hobby, como é o nosso. O importante, o mais prazeroso de ver, é que eles fazem isso naturalmente”, finaliza a mãe, que também conta com a participação do Gael na areia. Se a bicicleta e a raquete não assustam, ainda existe um esporte que instiga a curiosidade: a natação. Experiente na quadra e na corrida, isso é o que falta para disputar, quem sabe, um triathlon. “Um dos esportes que eu ainda tenho dificuldade e que eu ainda gostaria de aprender é a natação”, diz a diretora. Com 46 anos, o foco está em manter uma boa saúde para desfrutar o futuro.

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Mais uma conquista comemorada em família, dessa vez na escola do ex-atleta Guga Kuerten feminina em dupla no beach tennis
/ CAPA 18 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JULHO 2023
POR ANA CAROLINE ARJONAS Tempo de leitura: 12 minutos

O que você vai encontrar por aqui:

Com influência na família, estudante compõe poesia e participa de batalhas de rap em Florianópolis.

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Existem estilos musicais que são característicos e podem ser reconhecidos nos detalhes. Seja pela batida do grave, do toque ou no estilo das roupas, o rap é um desses gêneros, fácil de ser identificado. Com forte influência em comunidades, grande parte dos artistas e rappers têm algo em comum: o desejo de fazer das insatisfações o combustível para transformar as palavras em rima.

Se os dilemas retratados em “O mensageiro”, do RZO e “A vida é desafio”, dos Racionais MC’s, conversaram com tantos, o que prevalece é a afinidade para debater, em muitos casos, assuntos difíceis, expondo aquilo que faz parte da rotina — seja na própria trajetória ou daqueles que fazem parte do convívio diário.

O desejo de compreender os sentimentos e fases da vida também foi motivação para Marina Cordeiro, 14, estudante da Escola Básica Municipal (EBM) Tapera — Escola do Futuro. A preferência pelo estilo musical começou ainda na infância. Acompanhando as influências familiares e com vontade de estreitar os laços com o irmão, que vivia em outro Estado, foi na música que a adolescente encontrou uma oportunidade para desenvolver afinidades. “Minha forma de demonstrar carinho por ele era conhecer o que ele gostava”, conta a estudante.

Foi em 2021 que o primeiro desafio surgiu: a participação em

Centro, palco do primeiro confronto, foi marcado pelo nervosismo. Porém, a participação foi a confirmação de um desejo que seria intensificado nos anos seguintes: a vontade de viver do rap.

Desde então, a presença da jovem é garantida em alguns confrontos na ilha, como na Batalha da Alfândega (Centro) e Mangrove (Tapera) — nesta última, ela é uma das incentivadoras do movimento que fixou o rap no bairro. Mais do que o conhecimento dos termos, é preciso compreender o mundo para produzir as rimas, afinal, muitas são criadas na hora da disputa.

Para treinar a habilidade com a música e melhorar a fala e o fluxo, os encontros com os amigos acabam sendo a oportunidade de conversar sobre a realidade, as insatisfações e aquilo que, em muitas situações, é o incentivo para continuar rimando: vivências, frustrações e problemas sociais.

“Eu sinto que quando eu falo sobre revolta ou qualquer outra coisa, eu estou demonstrando coisas que as pessoas não podem falar, mas sentem, sabe? E também eu estou dando oportunidade para outras pessoas quererem falar, mas, se elas não quiserem, elas sabem que o que eu faço já vai estar mudando a vida

/ CAPA 20 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JULHO 2023

Se no início a proximidade com o rap foi uma alternativa para se conectar com outras pessoas, como o irmão, hoje é com o lápis – ou com o microfone – que Marina consegue conectar-se consigo mesma, dando espaço para novas sensações. “Eu nunca tinha falado sobre amor, e não é nem sobre relacionamento, eu nunca tinha falado sobre nenhum sentimento além de ódio e frustração. E eu falei: ‘eu posso juntar isso com amor’. Comecei a escrever recentemente e está sendo bastante sobre amor, e entendendo que talvez nem tudo seja ruim na vida”, explica Marina.

Dando voz a aflições e angústias, aquilo que começou como poesia e ganhou notoriedade no rap foi uma forma de descobrir sentimentos e insatisfações que são compartilhadas. “Eu já fiz gente chorar. Quando eu fiz alguém chorar com a minha poesia foi uma das experiências mais marcantes pra mim”, explica a rapper.

E o retorno extrapola os confrontos, já que a turma na escola apoia e incentiva o talento da adolescente, seja acompanhando as novas composições ou a participação nas batalhas do bairro. “Eu acho que quem realmente fez minha trajetória junto comigo é quem está do meu lado”, pontua a estudante. Mas o retorno dos mais próximos também fica evidente, como é o caso do irmão. “Ele parou de rimar, ele não vive mais do rap, só que ele se orgulha muito de mim.”

Se por um tempo o rap foi uma forma de procurar um refúgio para os sentimentos, hoje é o guia para os próximos anos. Com o desejo de seguir pelo caminho da música, o que desperta a vontade não são os bens ou status, mas a vontade de fazer aquilo que vem acompanhado de significado. “Não sei se vou ter a melhor vida, não sei se vou ter dinheiro para comprar a roupa que eu quiser, fazer o que eu quiser. Só que eu sei que o dinheiro da comida e da passagem eu vou ter, e eu vou conseguir voltar da batalha”, finaliza a estudante.

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 21
Fotos: JoséSomensi
Aquilo que começa no papel também ganha vida nas redes sociais, no perfil da @vennusmc

LÁPIS E MICROFONE: ASSIM NASCE A “VENNUS”

Além do nome Marina Cordeiro, no rap a artista também é conhecida como “Vennus” (nome artístico). A escolha, no início, foi pelo planeta Vênus, mas o conceito foi ressignificado com a deusa da mitologia romana, fonte do amor e da beleza.

O que começa no papel, com a criação das poesias, quase sempre acaba conquistando aqueles que escutam ou leem — a garota coleciona uma lista extensa de participações nas batalhas, quase sempre chegando até a final. No rap local, as influências são Sofia Mc, Travis, Dre, XNK, Lunelli, Manjami e P3X. No cenário nacional, Racionais MC’s, Sabotage, Pecaos, Baco Exu do Blues, Djonga e Mc Luanna são os exemplos.

Entre as memórias está a declamação de poesias na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, com um poema sobre Antonieta de Barros, no aniversário de morte da professora e jornalista — momento dividido com o Slam Cruz e Sousa. Além de organizar o “Movimento Mangrove”, com foco em levar a cultura de rua para a Tapera, com rap, hip-hop, samba, funk, outra iniciativa é o “Cores de Aidê”, bloco formado por mulheres e que evidencia a importância feminina na cultura.

O “ROLÊ” TAMBÉM É DELAS

Assim como em outros segmentos, aquelas que fazem parte do rap, como Marina, sentem que o ambiente ainda não é tão receptivo para as mulheres. Por mais que a presença feminina esteja nas batalhas, cenário diferente de quando o estilo chegou ao Brasil, ainda é preciso entender que o feminino é importante para o desenvolvimento da arte, da música e da própria cultura.

“Uma ‘mina’ começando eles têm certeza do fracasso. Em qualquer lugar pode ter certeza que vão ter certeza do seu fracasso”, explica a rapper. Mais do que superar a visão que outros podem ter daquelas que estão nas batalhas, é preciso que as mulheres entendam que a rua é de todos, independentemente dos sonhos, do estilo ou da personalidade.

/ CAPA
22 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JULHO 2023

BATALHA DE DUPLA, CONHECIMENTO OU KICK BACK?

Se engana quem pensa que existe apenas um tipo de batalha. Com o foco em produzir as melhores rimas sobre assuntos do cotidiano, cada criação é moldada de acordo com o modelo e com a organização dos encontros. Confira alguns dos modelos existentes:

Batalha do conhecimento: o público escolhe um tema e o MC tem alguns segundos para rimar;

Batalha de sangue: aqui os artistas fazem o famoso “ataque”, momento em que um retruca o outro;

Batalha kick back: funciona no modelo pergunta e resposta;

Batalha de dupla: o confronto pode acontecer de forma cruzada — um começa, alguém da dupla responde, a primeira dupla retruca e a última tem o direito de responder.

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 23
Fotos: JoséSomensi

CAÇA-PALAVRA: CUIDANDO DO MEIO AMBIENTE

Para ser um cidadão que faz a diferença é preciso ter atitudes que mudam o mundo. Parte disso é a adoção de ações sustentáveis que ajudam na preservação do meio ambiente e protegem o planeta. Você é capaz de identificar as palavras relacionadas ao tema no caça-palavra?

Palavras: reciclar; orgânico; preservação; ecologia; sustentabilidade; natureza; renovável; energia.

/ DIVERSÃO
24 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JULHO 2023

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NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 25
PARA CONTINUAR A LEITURA...

DIA MUNDIAL DO ROCK PARA CURTIR O

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conquista gerações

O que vem à sua cabeça quando você pensa em rock and roll? Os solos de guitarra de Kurt Cobain? As letras criativas de Rita Lee? Os visuais icônicos da banda Kiss? A presença surreal de Joan Jett? As coreografias de Elvis Presley? Os hits atemporais do Led Zeppelin? Os vocais de Tina Turner? As melodias inesquecíveis dos Beatles? São tantas formas de associar o rock a figuras marcantes, sem contar as influências do blues, country e jazz. E isso se expande para além dos subgêneros, como o grunge e o heavy metal, e dos gêneros de fusão, como o tropicalismo e o pop rock. Celebre o Dia Mundial do Rock, em 13 de julho, conhecendo cinco filmes que têm o rock and roll como elemento de sua história ou pegaram emprestado influências desse gênero, que conquista gerações há pelo menos 70 anos.

Unidos pela música

“Escola de rock” (2003, Livre)

Se há algo que o rock faz muito bem é juntar multidões. E, às vezes, basta juntar um pequeno grupo de pessoas para provar que o poder da música transcende idades. É o caso do filme “Escola de Rock”, que mostra o que acontece quando uma turma desenvolve seus talentos em harmonia. Quem disse que o rock precisa ser sombrio? No fim das contas, seja na bateria, guitarra, vocais ou bastidores, ele pode unir indivíduos com uma paixão em comum. A comédia, estrelada por Jack Black, chegou a virar série e até mesmo um musical da Broadway.

Aventura inesperada

“Scooby-Doo e Kiss: o mistério do rock and roll” (2015, 10 anos)

A banda Kiss fez uma turnê de despedida este ano e passou até por Santa Catarina. São incontáveis conquistas acumuladas pelo quarteto de heavy rock ao longo de cinco décadas, mas talvez uma das mais inusitadas seja a colaboração com a Mistério S.A. Os integrantes do grupo se juntaram à turma do Scooby-Doo na jornada por outra dimensão para resolver um mistério em um parque de diversões. Além de emprestarem suas vozes para versões animadas de si mesmos, estrelam sequências musicais de I Was Made for Lovin’ You e outros clássicos da banda.

/ CULTURA POP
POR GUSTAVO BRUNING
26 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JULHO 2023

Quando a pressão domina “Whiplash – em busca da perfeição” (2014, 12 anos)

Uma das maiores influências do gênero rock é o jazz. E é esse estilo musical que permeia o filme “Whiplash – em busca da perfeição”. O intenso drama protagonizado por Miles Teller e J.K. Simmons revela como a força de vontade de um baterista pode ajudá-lo a aperfeiçoar seus talentos –tudo isso diante de um instrutor bastante problemático. A determinação do protagonista é o que há de mais inspirador no longa, que nos coloca em ambientes meticulosamente claustrofóbicos e tomados pela pressão.

Tomando forma “High School Band” (2009, Livre)

Quando até David Bowie aceita participar de um filme, quer dizer que algo de divertido está por vir. Mas não se deixe enganar pelo título em português: originalmente intitulada “Bandslam”, essa comédia musical não tem relação com qualquer franquia da Disney, mesmo sendo estrelada por Vanessa Hudgens. O pano de fundo é uma competição nacional de bandas, que une alguns colegas decididos a montar o próprio grupo de rock. É uma história sobre enfrentar seus medos, seja no amor ou no palco. E a trilha sonora é de arrasar: de Rebel Rebel, do Bowie, a uma versão de Everything I Own, da banda Bread, cantada pela protagonista.

Brilhando no palco

“Jonas Brothers: o show” (2009, Livre)

Muito antes da vida adulta dar vida a trabalhos mais maduros, como o recém-lançado “The Album”, os Jonas Brothers estou raram com o pop rock adolescente. Um dos resultados foi um filme que captura a grandiosidade da banda no fim da década de 2000, mostrando desde momentos intimistas até performances em uma arena lotada. Entre os grupos que influencia ram os irmãos em seus anos iniciais estão Green Day e Ramo nes. Destaque para as canções BB Good, S.O.S. e Burnin’ Up.

Uma trilha de peso

Uma trilha sonora que brilha tanto quanto o filme em questão é a do primeiro “Guardiões da Galáxia”, da Marvel Studios. O álbum, lançado em 2014, traz uma ótima seleção de faixas, incluindo hits de soft rock que fizeram sucesso nos anos 1960 e 1970 e seguem encantando até hoje. Além de músicas como Moonage Daydream, de David Bowie, e Escape (The Piña Colada Song), de Rupert Holmes, há o poderoso hit Cherry Bomb, da banda The Runaways, cantado por Joan Jett.

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7 SITES E APLICATIVOS QUE USAM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Uma revolução está a caminho, quer dizer, uma revolução já está acontecendo. A evolução da inteligência artificial está transformando o mundo – e não é aos poucos. O estouro do ChatGPT escancarou essa realidade na nossa cara, mas ainda é só a ponta de um iceberg desconhecido para muita gente. Aliás, nem tão desconhecido assim, pois, se pararmos para pensar, o assistente de voz do Google (aquele que você aciona no celular por um simples “Ok, Google”) ou a Alexa são inteligências artificiais. Porém, vamos além das populares e mostrar outras menos conhecidas e úteis. Vistas por muito tempo como vilãs, as IAs se mostram muito menos nocivas na realidade do que em filmes como Matrix e Exterminador do Futuro, por exemplo. Mas, sim, é preciso ter cuidados, afinal de contas, nossos rostos, vozes e informações estão expostos para programas e criadores. Além disso, algumas permitem fazer tantas coisas que podem passar de diversão para algo que machuca alguém. Lembrem-se: as inteligências artificiais são ferramentas, mas a responsabilidade do uso fica por conta de cada um de nós.

1. Aprenda a desenhar com IA

Para quem sempre quis aprender a desenhar, mas nunca achou que levou jeito, ou para quem já desenha bem e quer aprimorar seus traços, esse aplicativo pode ajudar muito. Coloque uma folha em branco na mesa e use o SketchAR para projetar na tela um esboço de um desenho selecionado. O aplicativo é capaz de mostrar o passo a passo de como fazer o desenho, desde as primeiras formas e linhas auxiliares até os traços mais expressivos que vão fazer toda diferença na sua arte. Depois de um tempo, você pode tomar as rédeas e assumir a criatividade para finalizar, mas no início do caminho tem ajuda.

/ WI-FI
28 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JULHO 2023
POR LUCAS INÁCIO

2. Seja a arte com IA

Recentemente, as redes sociais também tiveram um boom de artes com rostos dos nossos conhecidos, alguns deles em cenários passados, outros em futuros distópicos ou até mesmo em lugares que lembram um filme de época. Parece até que nossas amigas ou nossos primos aprenderam a fazer autorretratos do nada, porém, é só inteligência artificial mesmo. Dos vários aplicativos que fazem essa função, nossa dica é o Prisma, que tem mais de 500 filtros e pode transformar aquela foto que você gosta, mas que já está batida, em milhares de artes diferentes. Troque cenário, rosto e tipo de traço ou crie personagens com seu rosto, tudo isso com poucos toques na tela. São mais de 120 milhões de usuários no mundo e pode ser usado também no seu computador.

3. Vire outra pessoa

Lembram de quando todo mundo começou a postar fotos de sua versão velha na internet? E das versões bebê?

Bom, isso também foi fruto de inteligência artificial e o Faceapp virou uma febre.

Junto com ele apareceram diversos outros, como Facelab e o Facetune, cada um com funções semelhantes e algumas diferenças. O sucesso foi tanto que diversos recursos passaram a ser cobrados, mas ainda é possível se divertir com a versão gratuita desses aplicativos.

4. Música sem compositores

Todo mundo gosta de utilizar músicas em vídeos, especialmente se forem aquelas de artistas famosos ou que gostamos. Saiba que com as IAs, você pode criar a sua própria composição com o Soundful Claro que tem sua versão paga (inclusive para comprar os direitos da música), mas a versão gratuita também é interessante. São diversos estilos disponíveis, do rap ao pop, ou você pode filtrar também por sentimentos. A partir daí, pode escolher o tom da música, a velocidade e outras opções para trabalhar sua criatividade.

5. Imitação robótica

O site VoiceAI tem vozes de muita gente famosa e é simplesmente fantástico (e assustador). Você pode fazer vozes da Taylor Swift ou do Kendrick Lamar, do Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) ou da Viúva Negra (Scarlett Johansson). As possibilidades são várias e é muito divertido brincar com vozes, porém, vale lembrar para tomar cuidado com as brincadeiras, certo?

6. Fotos que cantam

Esse é simples, rápido, prático e engraçado. Imagine pegar uma foto e dar movimento a ela – se você pensou nas fotos de Harry Potter, é essa ideia mesmo. Porém, melhor que isso, você pode fazer a pessoa cantar. Ainda pode, por exemplo, pegar uma foto da sua mãe criança, subir para o My Good Trust e fazê-la cantar uma das músicas disponíveis na plataforma. É muito simples, basta escolher a foto, a canção e esperar a inteligência artificial fazer seu trabalho.

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7 CURIOSIDADES SOBRE O FUTEBOL BRASILEIRO QUE VOCÊ PRECISA SABER

Para comemorar o Dia Nacional do Futebol, neste mês de julho, conheça fatos sobre o esporte mais amado da nação

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Muito mais que apenas um esporte, o futebol se tornou parte da cultura brasileira, conquistando torcedores fervorosos de todas as idades do Sul ao Norte do país. Afinal, quem já não se emocionou com uma partida da seleção na Copa do Mundo ou em um jogo do seu time do coração? Apesar do futebol estar presente no Brasil há mais de 100 anos e enraizado nos costumes de diferentes gerações, a prática, na verdade, veio da Europa. Mas não é à toa que somos referência na área, afinal, foi das terras tupiniquins que saíram alguns dos melhores jogadores de todos os tempos: Pelé, Ronaldo Fenômeno, Zico, Ronaldinho Gaúcho, Neymar e tantos outros. Mas você sabe como o esporte se tornou popular no país? Ou qual foi o primeiro time a ser formado? Confira essas e outras curiosidades sobre o futebol brasileiro!

/ CURIOSIDADES 30 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JULHO 2023

1. Chegada ao Brasil

A história do futebol no país tem suas origens em 1874, quando Charles Miller, paulista filho de ingleses, após uma temporada de estudos na Inglaterra, trouxe consigo duas bolas, uniformes e um livro de regras do esporte.

No início, a prática só era realizada pelas camadas mais ricas da sociedade. No entanto, após a popularização, o futebol caiu nas graças dos brasileiros de todas as classes sociais, devido à simplicidade e diversão.

Entretanto, havia outro esporte mais praticado na época: o remo. Diversos times renomados hoje em dia, como Flamengo, Vasco da Gama e Botafogo, na verdade, eram equipes de remo que, posteriormente, adentraram no futebol. A profissionalização do esporte se intensificou ainda mais a partir da fundação da Confederação Brasileira de Desportos, em 1914.

2. Primeiros times

Formado por colonos ingleses, o primeiro time brasileiro de futebol foi o São Paulo Athletic Club, também conhecido como “British Club”, fundado em maio de 1888. No entanto, o clube não continua ativo no futebol, dando espaço para o Sport Club Rio Grande, do Rio Grande do Sul, ser a equipe mais antiga no Brasil, com sua fundação em julho de 1900.

Outros quatro clubes brasileiros mais duradouros são a Ponte Preta, de São Paulo (agosto de 1900); Fluminense, do Rio de Janeiro (julho de 1902); Vitória, da Bahia (setembro de 1902); e Grêmio, do Rio Grande do Sul (setembro de 1903).

3. Brasileirão

Um dos torneios mais disputados do mundo, o Campeonato Brasileiro (conhecido como Brasileirão) teve sua primeira competição em 1959, com a participação de apenas 16 times de todo o país. No entanto, passou a ter esse nome apenas em 1989, já que também foi disputado como Taça Brasil e Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Taça de Prata.

São Paulo é o Estado com mais títulos no Brasileirão, contabilizando 33 vitórias ao todo, repartidas entre os times do Palmeiras, Santos, Corinthians, São Paulo e Guarani. O Rio de Janeiro leva a segunda posição, com 18 conquistas.

4. Os recordes em jogos

Uma expulsão em um jogo é sempre uma situação tensa, imagine, então, 22 vezes em apenas uma única partida. Apesar de parecer absurdo, isso aconteceu em um jogo entre Botafogo e Portuguesa, em 1954, pelo torneio Rio-São Paulo, devido a uma briga entre os times.

Já a partida com a maior goleada registrada no Brasil aconteceu em 1909, entre dois times cariocas, Botafogo e Mangueira, com o total de 24 gols da equipe botafoguense contra zero da adversária.

É sempre uma animação assistir ao seu time favorito diretamente no estádio. O maior público já registrado em estádios brasileiros foi de uma partida entre o Brasil e Uruguai, em 1950, no Maracanã, com o total de 199.854 pessoas, contando 173.850 pagantes.

5. O Brasil na Copa do Mundo

Enquanto o hexa não vem, vale relembrar as conquistas do Brasil na Copa do Mundo. A seleção brasileira é a única que disputou todas as competições e a que tem mais títulos. O primeiro troféu veio na Suécia (1958), seguido por Chile (1962), México (1970), Estados Unidos (1994) e Coréia do Sul e Japão (2002).

Aliás, três entre os cinco jogadores mais jovens a vencer o campeonato são brasileiros. Pelé, o rei do futebol, levantou sua primeira taça quando tinha apenas 17 anos e oito meses, em 1958, sendo considerado o artilheiro da edição, com seis gols. Ronaldo Fenômeno, com 17 anos e dez meses, em 1994; e Kaká, com 20 anos e dois meses, em 2002, também fazem parte da lista.

6. Os destaques mundo afora

É fato que o Brasil exporta diversos talentos do futebol anualmente, e sete deles já foram considerados pela Federação Internacional de Futebol (FIFA) como os melhores do mundo. Claro que o ícone Pelé não estaria de fora: com votos de integrantes da federação, jornalistas e treinadores, o rei levou o título de Melhor Jogador do Século.

Outros jogadores são Romário, em 1994; Ronaldo Fenômeno, em 1996, 1997 e 2002; Rivaldo, em 1999; Ronaldinho Gaúcho, em 2004 e 2005; e Kaká, em 2007. E como temos o rei do futebol, a rainha também merece destaque. Com o total de seis títulos, Marta foi considerada a melhor pela FIFA de 2006 a 2010, consecutivamente, e também em 2018.

7. Campeonato Catarinense

Não poderíamos deixar de falar da competição do nosso Estado. O Campeonato Catarinense é considerado um dos mais recentes no Brasil, já que começou em 1924.

Com 98 edições, o Avaí levou o primeiro título do torneio e hoje conta o total de 18 vitórias. Empatado com o Leão da Ilha como o grande vencedor está seu rival Figueirense. Em seguida vem Joinville, com 12 títulos, Criciúma, com 11, e Chapecoense, com sete.

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O CAÇADOR DE OSSOS

“O caçador de ossos” é um livro escrito pelo autor Carlos Santos, que nasceu em Maputo, capital de Moçambique. Este livro, publicado no Brasil pela Editora Kapulana, apresenta o conto moçambicano originalmente conhecido como “O caçador e os cães”.

O livro apresenta ilustrações do escultor Emanuel Lipanga, com imagens representativas da arte maconde e, ao final, encontram-se descritos detalhes sobre esta forma de expressão artística em Moçambique, seguidas de informações sobre o escultor. O livro também possui um glossário para que os leitores possam compreender algumas palavras do vocabulário cotidiano do povo moçambicano.

Em “O caçador de ossos”, Carlos Santos narra a trajetória de Sinaportar, um jovem reconhecido e venerado em sua aldeia por ser o melhor caçador em fartura e qualidade de caça. A admiração que todos nutriam por ele era fortalecida pela forma misteriosa de Sinaportar caçar sozinho. Porém, o seu grande segredo era a matilha herdada do pai, que fora um caçador lendário e soube treinar e cuidar com sabedoria dos cães.

A história muda de trajetória quando ocorre a rebelião dos animais, que, cansados com a falta de cuidados e exploração de seu atual dono, decidem dar uma lição às vésperas de uma grande festa. Sinaportar perde o controle da situação e resolve contar seu segredo ao curandeiro da aldeia, que, com sua sabedoria e experiência, o ajuda a resolver a situação, mas, principalmente, a aprender uma grande lição de vida.

Em “O caçador de ossos” o paratexto “Conto na sua forma original” complementa a leitura, possibilitando o comparativo das narrativas. Que tal conhecermos um pouco mais sobre a cultura de Moçambique por meio da leitura deste livro?

��Que tal continuar a leitura do mês e procurar por estes títulos?

Triolé, triolé - poemas de Cruz e Sousa Organização de Eliane Debus e ilustração de Anelise Zimmermann

Os sete novelos, um conto de Kwanzaa

Angela Shelf Medearis

Contos africanos para crianças brasileiras

Rogério Andrade de Barbosa

Obax André Neves

Chefe da Divisão de Bibliotecas Escolares e Comunitárias (DIBEC)
/ SPOILER
WALESKA REGINA BECKER COELHO DE FRANCESCHI
32 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JULHO 2023

Largo da Alfândega

Localizado entre o Mercado Público e a Praça XV, o Largo da Alfândega é um dos grandes pontos de encontro e lazer no Centro da cidade. Além de abrigar as feiras de produtos coloniais, o local também recebe eventos culturais e possui exposições de artesanato no prédio da Casa da Alfândega.

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/ SOU MANÉ
Foto: Arquivo/Flavio Tin/ND

Você sabe o que é regência verbal e nominal?

Você já imaginou uma escola formada apenas pelos estudantes? Imagina a hora de explicar o assunto e o professor não está, ou bateu o sinal para o intervalo e a cozinheira (tia da cantina) não apareceu na cozinha. Seria um caos, certo? Assim como cada instituição precisa de toda a comunidade escolar atuando harmoniosamente, a construção de uma frase precisa que cada palavra esteja inserida no local certo e de maneira correta para que sua mensagem fique clara.

Para construir o sentido de uma oração é preciso que os termos estejam relacionados entre si, já que as palavras são interdependentes, ou seja, as unidades complementam umas às outras. Esse processo, chamado de regência, é dividido em duas categorias: a verbal e a nominal. Vamos a elas!

POR REDAÇÃO
/ DONOS DO LÍNGUA
ITS TEENS
34 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JULHO 2023

O que é regência verbal?

Nesta classe, a relação é formada por termos regentes (o verbo) e os termos regidos (o complemento), podendo vir acompanhados ou não de uma preposição. Só com os termos a teoria pode parecer complicada, mas veja nos exemplos como as frases são formadas:

Verbo + complemento (Objeto direto):

Eu quero uma mochila nova. As crianças tinham boas vivências. Isso implica a mudança do horário da aula.

Os objetos diretos não exigem o uso da preposição para responder às principais perguntas, como “o que” e “quem”.

Verbo + preposição + complemento (Objeto indireto):

Ela opinou sobre a atividade. Ela se esforçou para conseguir 10 na prova. João não se lembrou dos deveres de casa.

Nestes exemplos, os verbos dependem do uso da preposição (sobre, para, dos), para ser ligado ao complemento e dar sentido às frases.

Também há o caso de palavras que possuem mais de um significado e necessitam das preposições para indicar qual sentido está sendo empregado. Os casos mais frequentes são:

Assistir

A auxiliar assistiu a professora durante a aula. (Sem preposição – ajudar/auxiliar)

A turma já assistiu a esse filme várias vezes. (Com preposição – ver/presenciar)

Custar

Aquele estojo custou muito caro. (Sem proposição - valor)

Custou ao estudante abrir mão de seu videogame. (Com preposição – ser custoso a alguém)

Implicar

O cancelamento do contrato implicará em multa. (Sem preposição – ter consequência)

Os meninos da turma “A” viviam implicando com os da turma “B”. (Com preposição - irritar/provocar)

Querer

Eu quero o livro. (Sem preposição - desejar algo) Quero bem aos meus colegas. (Com preposiçãoestimar/ter afeto)

Já nas nominais, a maior diferença é que nesta categoria os termos regentes são os nomes (substantivos, adjetivos ou advérbios) e a ligação com o complemento é feita por meio do uso da preposição. Veja nos exemplos:

Estou pronto para a prova.

Este celular é compatível com o meu.

Os estudantes desta turma têm muito interesse em história.

Visar

O professor visou a prova. (Sem preposiçãoolhar/avistar/assinar)

A estudante visava a nota mais alta da turma. (Com preposição - pretender/ter por objetivo)

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 35
O que é regência nominal?
Verbos com mais de uma regência

NEIM DORALICE MARIA DIAS

VARGEM DO BOM JESUS

Conheça parte da estrutura de seis Neims do Futuro da rede municipal de Florianópolis.

/ GALERIAS
36 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JULHO 2023

NEIM JOSÉ RODRIGUES WILLAMIL

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 37
TAPERA

NEIM MORRO DO HORÁCIO AGRONÔMICA

/ GALERIAS 38 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JULHO 2023

NEIM ORLANDINA CORDEIRO

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 39
SACO GRANDE

NEIM PROFESSOR SÉRGIO GRANDO

/ GALERIAS 40 ITS TEENS - FLORIANÓPOLISS / JULHO 2023
CENTRO

NEIM PROFESSORA OTÍLIA CRUZ

COLONINHA

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 41

O BAOBÁ

O Baobá é uma grande árvore

O Baobá mora na África

Tem galho grande e coração bom

Sombra fresquinha

Flores brancas

Frutas gostosas

Ele ama as crianças

Gosta dos animais

O Baobá não mata o grupo

Eu amo o Baobá

Com muito amor

Obrigado, Baobá

POEMA FEITO PELAS CRIANÇAS DO NEIM MORRO DO HORÁCIO
/ SAIDEIRA 42 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JULHO 2023

Lagoa da Conceição

Dona da maior laguna de Florianópolis, a Lagoa da Conceição é um dos pontos turísticos mais famosos da Capital. Com sua beleza natural e estruturas históricas, o bairro é palco de diversas atividades, que vão desde a gastronomia até esportes radicais.

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 43
/ SOU MANÉ
Foto: Leonardo Sousa/Prefeitura Municipal de Florianópolis/Divulgação

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