its Teens Joinville - 46

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Revista Its Teens Joinville nยบ 46 2020 | R$ 13,50


CURTA AS NOSSAS

PÁGINAS. A Revista ITS reúne muito conteúdo, informação e fotos. E reúne também a galera de todos os colégios. Não fique de fora dessa.

TAMO JUNTO

na escola,

TAMO JUNTO

no mundo.



editorial

Grupo ND Fundador e Presidente Emérito Mário J. Gonzaga Petrelli Presidente Executivo Marcello Corrêa Petrelli | mpetrelli@ndtv.com.br Diretor Comercial Gilberto Kleinübing | gilberto.k@ndtv.com.br Diretor Administrativo e Financeiro Albertino Zamarco Jr. | albertino@ndtv.com.br Diretor de Planejamento e Estratégia Derly Massaud de Anunciação Diretor de Conteúdo Luís Meneghim | meneghim@ndmais.com.br Diretor Regional Florianópolis Roberto Ivan Bertolin | bertolin@ndtv.com.br Diretor Regional Joinville, Itajaí e Blumenau Silvano Silva | silvano@ndtv.com.br Diretor Regional Oeste Cristiano Mielczarski | cristiano.mielczarski@ndtv.com.br A Revista its é uma publicação da Editora Mais SC Editora Renata Bomfim | renata.bomfim@portalits.com.br Designer Gráfico Leonardo Messias de Jesus

O mês de março, comparado ao que já vivemos nos últimos tempos, acredito que tenha sido um dos mais sombrios, ou apenas o início dele. Lidar com a incerteza de um vírus que rodou o mundo e fechou escolas, comércios e pessoas de circulação das ruas nos tirou de uma zona de conforto, até então inimaginável para a nossa realidade. Nunca ficar distante dos que amamos foi um ato de carinho e zelo pelo próximo. Evitar o contato com as pessoas se tornou um cuidado não só individual, mas coletivo. Assino o editorial desta edição em caráter de home office. Nós, também, fomos afastados dos nossos locais de trabalho como forma de preservar a nossa saúde e a das pessoas que nos rodeiam. Apesar disso, ainda no período de apuração desta edição, o coronavírus ainda não havia nos afastado da nossa rotina, apesar de que já havia sido classificado como uma pandemia. Entramos nas escolas, que também estavam com as aulas regulares, e encontramos professores motivados com um ano que começou com mudanças na Base Nacional Comum Curricular. Alunos empolgados com novos espaços educativos inaugurados, como a inédita escola laboratório vivo, que vai atender alunos no contraturno. Ações de acolhimento a estrangeiros e inclusão em novo modelo educacional de ensino, assim como a alfabetização de crianças no mundo digital. Ações positivas que, no meio de tudo isso em que estamos passando, são oásis para nos fazer acreditar cada vez mais no valor e no papel de uma educação pública. Esta revista que chega até você foi feita com muito cuidado e respeito a quem participa do processo.

Com carinho, Renata Bomfim

Coordenador de Operações Rodrigo Oliveira | rodrigo@ndmais.com.br NÚCLEO COMERCIAL REDE Santa Catarina, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro Fabiano Aguiar | fabiano@ndtv.com.br Atendimento Regional Rio Grande do Sul e Paraná Diego Ibarreta | diego.ibarreta@ndtv.com.br Gerente Comercial Joinville Flavia Borba Vieira | flavia.vieira@ndtv.com.br

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#mandapau

Este espaço é seu: tem algum projeto bacana sendo produzido na escola ou que já foi feito, mas vale estar nas páginas da its teens? Manda a sua sugestão aqui, ó: renata.bomfim@portalits.com.br

Gerente Comercial Blumenau Jackeline Moecke | jackeline@ndtv.com.br Gerente Comercial Itajaí Ivonete Cristina de Castro | ivonete.castro@ndtv.com.br

Relembre as edições anteriores. Aponte a câmera do seu celular para este tas código de QR Code e tenha todas as revis is icipa mun as escol nas s uzida its teens prod e. toqu um as apen a ille Joinv de

EXECUTIVOS CONTAS SC - Sul Jéssica Falk | jessica.falk@ndtv.com.br Florianópolis Crystiano Parcianelli | crystiano.parcianelli@ndtv.com.br Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte. Tiragem: 3.235 exemplares NÃO VACILA, FALA AÍ (47) 3419-8000

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#osculpado

Pontos de distribuição: Escolas de Rede Municipal de Joinville

Anelise Muxfeldt Trentini

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Lucas Inácio

Neise Aparecida dos Santos

Sônia Fachini



conteúdo

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Artigo Cultura Pop No Divã Educação Financeira Wi-fi Notícias das Escolas Acolhimento Para superar a diferença cultural e incluir os estrangeiros no ensino, a empatia tem sido a aliada no acolhimento dos alunos de outros países na Escola M. Prof. Anna Maria Harger.

20 Aula Prática

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Em nova proposta pedagógica no currículo municipal de ensino, a construção do conhecimento dos alunos da rede municipal de ensino de Joinville se atenta em se alinhar com as dez competências da BNCC.

24 Capa 30 Escola Digital

O uso de ambientes tecnológicos têm contribuído para desenvolver a coordenação motora fina dos alunos desde a Educação Infantil em escolas da rede municipal de ensino de Joinville.

32 Galerias 42 Saideira 6

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artigo

Aprendizado

em todos os momentos Sônia Regina Victorino Fachini Secretária de Educação do Município de Joinville

A

s medidas de restrição, devido ao novo coronavírus, resultaram na suspensão das aulas por 30 dias. Isso causou mudanças no calendário letivo de 2020. Os primeiros 15 dias foram referentes ao recesso de julho. Os outros 15 dias foram referentes já ao período educacional.

Sabemos que as restrições impactam diretamente na rotina de todos nós. E a preocupação dos pais com o ensino dos filhos é natural diante desta situação atípica que todo o mundo está vivendo. Para amenizar essa situação, a Secretaria de Educação de Joinville montou uma estrutura para atender os alunos que estão em casa. O acesso é no site da Prefeitura - www.joinville.sc.gov.br. No período de quarentena, o ensino do conteúdo é de forma não presencial. A participação da família é fundamental neste novo modelo de aprendizado. Para isso, elaboramos alternativas para nossos alunos terem acesso às disciplinas. É momento de manter o ensino ativo para que a retomada não represente atrasos de compreensão e engajamento de todos para que a nossa Educação continue sendo uma referência nacional. Destacamos também que trabalhamos em sintonia com toda a rede de ensino, além do Conselho Municipal de Educação e entidades de classe envolvidas neste processo. É importante agradecermos os pais e os alunos que estão superando este momento difícil. Contamos com a participação e comprometimento de todos.

cer vai ven e l il v in . Jo avírus o coron

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cultura pop

FOMOS

impactados

Com os avanços e a proporção do coronavírus no mundo todo, não teve quem não sentiu os impactos da mudança. Eventos cancelados ou adiados; pessoas isoladas de quarentena e uma atenção redobrada com os cuidados de convivência. No meio disso, o universo da cultura pop também teve seu impacto causado pelo Covid-19: O Festival Coachella, que até falamos dele por aqui na edição anterior, foi transferido para outubro. O filme “007 sem tempo para morrer”, que estava com estreia marcada para este mês de abril, foi prorrogado para novembro. Inclusive, as filmagens de “Missão: impossível 7” que começariam na Itália, aonde o vírus se apresentou de forma alarmante, foram adiadas para preservar a saúde dos atores.

ESTREIA

adiada

Marcada para o mês de julho, a estreia do filme “Minions 2: a origem de Gru” tem estreia adiada. Isso porque a Illumination Animation, estúdio responsável pela produção do filme, precisou fechar as portas por conta da pandemia do coronavírus e, sem previsão de retorno, o material não deve ficar pronto dentro da data de lançamento.

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NEM O CASCÃO

FICOU DE FORA

Com a pandemia do coronavírus, um dos personagens mais conhecidos por evitar o contato com água e cuidados com a higiene, naõ ficou de fora. Até o Cascão ganhou uma ilustração lavando as mãos para alertar as pessoas sobre a necessidade dos cuidados básicos com a saúde. O desenho, assinado por Mauricio de Sousa, é um ato da Turma da Mônica com dicas de como evitar o Covid-19. As ações estão compartilhadas nas redes sociais da HQ.

COROUNA

VAAAAAIRUS

O assunto é sério e os cuidados necessários para evitar que o vírus ganhe força pelo nosso país já foram acionados no mês de março. Porém, no meio disso tudo, ficou meio impossível ler coronavírus sem vir a imagem de Cardi B gritando: corouna vaaaaairus. A forma foi tão espontânea que rodou o mundo tão rápido quanto o próprio vírus e até ganhou uma versão remixada por um DJ norte-americano. Apesar da descontração, é imprescindível tomar as medidas básicas para que, juntos, possamos cuidar da nossa saúde e das pessoas que nos rodeiam: mantenham as mãos higienizadas, abram portas e janelas para melhor circulação do ar e usem o antebraço como apoio para tossir ou espirrar.

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no divã

Este material é para você, educador (a)

Cuidado: um modo de ser com o mundo Anelise Muxfeldt Trentini Psicopedagoga

A

Questionamentos necessários a respeito de que higiene temos e de qual higiene precisamos? Como nos relacionamos hoje?

Como precisamos nos relacionar e viver em sociedade para que tenhamos um mundo melhor e mais igualitário?

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Foto: Divulgação/Freepik

saúde humana mundial está abalada pelo coronavírus. Estamos fragilizados com medo da doença que me afeta, afeta o outro, afeta a todos. Uma doença que mostra que somos todos iguais, mas que, ao mesmo tempo, dependemos um do outro. Estamos diante da necessidade de proteger a si mesmo e aos outros. Cuidado que, se exercido por todos, resultará num trabalho colaborativo revelando um modo de ser com o mundo. A escola, como grande espaço de pesquisa, discussão, produção de conhecimento e ricas vivências sobre o modo de ser com o mundo, neste momento da nossa história, reafirmará o seu compromisso social na medida que promover a cultura do cuidado como o modo de ser e estar no mundo. Reflexões a respeito de como cuidamos da nossa saúde física e mental e o impacto desse cuidado continuam e sempre continuarão sendo fundamentais à vida.

De que modo precisamos ser e estar no mundo para limitar a propagação de inúmeras doenças transmissíveis em nossa sociedade?

Em tempos em que as tecnologias digitais são consideradas as vilãs da proximidade humana, apresentando comportamentos que levam o humano a priorizar os relacionamentos virtuais e, assim, escancarar a fragilidade das habilidades socioemocionais na relação com o outro, a escola (e toda a sociedade) necessita fortalecer suas ações no mundo se apropriando das tecnologias digitais como uma nova forma de ser e de estar no mundo: conectada a cultura do cuidado.


educação financeira

Sugestão para planejamento de aula na disciplina de geografia

Você sabe diferenciar como é a renda e a moeda de capa país?

A nossa velha regra de três se aplica assim:

Neise do Nascimento

A

distância entre países não é apenas geográfica, mas também cultural e financeira. Cada um se diferencia do outro pela sua moeda, seus impostos e suas desigualdades sociais. Falamos tanto do mundo globalizado, mas muitas vezes não sabemos o conceito. Então, vamos lá: o que é a globalização? A população de cada país se especializa naquilo em que é boa, portanto, adquire-se, assim, uma vantagem em relação às outras naquele setor específico e começa a troca da moeda. Hoje, se entendermos que o Brasil é forte na produção de vinho e exportamos muito para outros países, precisamos entender que quando este produto entra em outro país, precisa da conversão da moeda de venda para a moeda de compra. Exemplo: o Brasil fabrica vinho e vende para o Japão, certo? A moeda brasileira é o real e a moeda japonesa é o iene. Para se ter $ 1 iene, é preciso apenas de R$ 0,46 centavos de real. Isto quer dizer que nosso dinheiro está muito bem valorizado perto do iene. Nesta exportação, nós, brasileiros, teríamos grandes negócios com o Japão. Então, sendo assim, se vendermos 100 garrafas de vinhos a R$ 30,00 cada uma, temos o saldo de R$ 3.000,00 e o Japão irá retirar dos seus cofres 6.521,74 ienes.

Iene

real

1,00 x

0,46 3.000,00 1 * 3000 3000 / 0,46 Total: 6.521,74

Mas precisamos entender que, com relação a desigualdade social, o Japão está bem abaixo do Brasil e é considerado um país desenvolvido, pois está bem industrializado, com recursos naturais totalmente utilizados e possui alta tecnologia. Já em comparação a nossa moeda com o dólar, o real está bem abaixo. Para conseguirmos $ 1 dólar precisamos de R$ 5,06 reais. Com relação ao euro, moeda dos países europeus, precisamos de mais reais ainda, para conseguir 1 euro precisamos de R$ 5,45 reais. Por isso que os produtos importados costumam ter um alto custo. Sabemos que muitos dos produtos eletroeletrônicos (computadores, celulares, TVs) são importados e como pagamos a diferença entre o dólar e o real, pagamos mais caro pelo produto sendo comprado aqui. Além do valor, ainda é preciso contar com os impostos que as empresas brasileiras pagam.

Todas essas diferenças não são apenas na compra de produtos, mas também no salário mínimo

Valor do salário mínimo por hora

Horas mês trabalhadas

País

Moeda

Quanto seria em euros

Valor do euro em R$

Em reais, no total

No Brasil

9,47 9,18 8,79 6,91

220 220 220 220

Austrália França Holanda Canadá

Euro Euro Euro Euro

2.083,40 2.019,60 1.933,80 1.520,20

5,45 5,45 5,45 5,45

11.354,53 11.006,82 10.539,21 8.285,09

1.045,00 1.045,00 1.045,00 1.045,00

Ao analisar esta planilha, verificamos que ainda temos o menor salário mínimo do mundo. E isso reflete na nossa economia, na vida financeira das pessoas do nosso país e na herança colonial que tivemos dos nossos colonizadores. Precisamos entender que, para tudo que compramos importado, temos que fazer a variação cambial que é a transformação da moeda do país de compra com a moeda do país de venda. E, também, procurar mais produtos brasileiros e menos importados, valorizando assim a moeda nacional. abril 2020 its

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wi-fi

Tecnologia

que salva

Entusiastas da tecnologia que somos, seria impossível deixar de exaltar o papel que ela está tendo na vida de todos em um momento tão difícil para a humanidade, como o da pandemia do novo coronavírus. A tecnologia é um ponto central na nossa sociedade atual, mas neste caso ficou evidente sua importância: seja para compartilhamento de informações científicas e desenvolvimento de soluções ou para amenizar as consequências do isolamento social e passar por essa de uma forma mais tranquila. Mesmo tendo críticas sobre como a tecnologia se sobrepõe sobre a humanidade – e há vários casos disso no cotidiano –, diversas empresas do ramo apareceram como essenciais no processo. Como aplicativos, podemos citar aqueles que passaram informações seguras e dos órgãos de saúde, além de apps de entrega, transporte e até os jogos. Como conteúdo online, várias plataformas de streaming disponibilizaram conteúdo, enquanto plataformas de ensino abriram cursos, tudo gratuitamente. Além de muitos trabalhos e serviços que se mantiveram ativos por causa do home office, impossível sem internet. Internet, aliás, que está sendo muito testada durante todo esse período, desde sua infraestrutura à sua capacidade, e tem apresentado êxito até então. É uma ferramenta e, como tal, pode ser usada para coisas não tão nobres – a exemplo das fake news –, mas até o mais puritano dos seres humanos vai admitir que estaria sendo bem mais difícil sem a tecnologia.

Calor

congelante

Quando começamos a estudar o sistema solar, a primeira coisa que aprendemos é a ordem dos planetas e, embora Urano e Netuno confundam às vezes, geral sabe que Mercúrio é o planeta mais perto do Sol. Curioso é que o menor planeta do nosso sistema, mesmo recebendo esse calor de 11 verões em sua superfície, aproximadamente 430 °C, tem muito gelo em regiões que chegam a -180 °C e eles são causados também pelas altas temperaturas. Por ter atmosfera quase nula, o calor não se distribui por todo o planeta e nas crateras dos polos, onde o sol não bate, o gelo se instala. Estima-se que 90% dela vêm de asteróides que se chocam contra Mercúrio, mas a resposta para os outros 10% vêm do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos EUA. Em uma pesquisa, eles demonstraram que é o calor extremo e os prótons liberados pelo Sol que desencadeiam minerais do grupo das hidroxilas (OH) e, dentre tantas reações, geram muito H2O. A maioria é eliminado, mas o “restinho” vai para as crateras. Boa dica para manter o sorvete gelado na praia.

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Lucas Inácio

O retorno de um

velho conhecido

Um velho conhecido estará de volta ao mercado brasileiro em 2020. Os celulares da Nokia, agora produzidos pela empresa finlandesa HMD, voltarão ao Brasil ainda neste ano, conforme anunciou o CEO da empresa, porém sem dar muitos detalhes. Nessa mesma transmissão ao vivo pela internet – em que surgiram os tradicionais comentários “come to Brazil” (“venha para o Brasil”, em inglês) –, o representante anunciou mais quatro novos modelos, incluindo o clássico Nokia 5310 de 2007, que possui teclas analógicas, tocador MP3 e rádio FM, na pegada retrô que faz qualquer brasileiro um pouco mais velho sentir saudades. Mais nostálgico que isso, só se tiver o jogo da cobrinha.

Escavando

soluções

Se você é daqueles que gosta de jogos para encontrar soluções, fica a dica de um que você vai ter que cavar bastante para encontrá-las. O aplicativo Dig This é um viciante jogo em que você tem que achar formas de colocar uma – ou várias – bolas em sua base apenas cavando. Com o passar das fases, obstáculos vão aparecendo e novos elementos também surgem podendo ajudar ou atrapalhar. O único “porém” são as inúmeras propagandas, mas a solução para isso é: jogar offline. São cerca de 500 fases e você tem direito a três soluções entregues pelo jogo, então, use com muita calma.

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Fotos: Secom/Prefeitura Municipal de Joinville

notícias das escolas

Prefeitura de Joinville entrega novo

CEI Eliane Krüger

O Centro de Educação Infantil (CEI) Eliane Krüger, no bairro Boehmerwald, mais que dobrou de tamanho com o novo prédio e ampliação de vagas. O CEI passou de 410 m² para 1.100 m² de área construída. A entrega oficial foi realizada pela Prefeitura de Joinville, no dia 10 de março. O CEI atende a comunidade há 33 anos. “Este é um espaço provocativo e de desenvolvimento intelectual e emocional para as crianças. Estamos ampliamos também a qualidade do serviço prestado”, disse a diretora da unidade Rosana Aparecida Garcia Manarin. O investimento na obra foi de R$ 2.048.127,77. Além da nova estrutura, houve ampliação de 100 vagas na capacidade de atendimento e a unidade passa a oferecer 259 vagas de creche e pré-escola. “Esta manhã se reveste de um significado especial com este momento. É importante a instalação adequada, mas o melhor é a sinergia que os professores demonstram com seus alunos”, disse o prefeito, Udo Döhler. Ele elogiou a apresentação musical das turmas do primeiro período da pré-escola, que reforçou a mensagem do combate ao mosquito Aedes aegypti para evitar dengue. Pais, alunos, moradores, familiares de Eliane Krüger, lideranças do Boehmerwald, equipe da Secretaria de Educação e vereadores acompanharam a entrega, assim como representantes das prefeituras de Itapoá, São Francisco do Sul e de Garuva.

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A secretária de Educação, Sônia Victorino Fachini, destacou que a ação é uma evidência de que a educação é tratada como prioridade no município. As famílias atendidas no CEI Eliane Krüger são, principalmente, dos bairros Boehmerwald, Itinga e Petrópolis. A equipe é formada por 28 servidores, entre professores, auxiliares, cozinheiras, serventes e gestores. O prédio possui oito salas de aula, refeitório, cozinha, amplo pátio coberto, banheiros infantis adaptados, sala de acolhimento, sala de professores e solário. A unidade, totalmente climatizada, conta ainda com área de serviço, depósitos, lavanderia e amplo espaço externo com gramado, parque e estacionamento.


Vigilância Ambiental de Joinville realiza ações educativas sobre o

Aedes aegypt em escolas e CEIs Com o objetivo de promover a prevenção à dengue e o combate ao Aedes aegypt, a Vigilância Ambiental de Joinville realiza ações educativas em escolas e Centros de Educação Infantil (CEIs). As crianças do CEI Sol Nascente, no bairro Itaum, e os alunos e da Escola Municipal Professora Laura Andrade, no Jardim Iririú, participaram de palestras com os agentes de combate a endemias e demais ações audiovisuais. Foi um momento de saber a importância de impedir a proliferação do mosquito e como fazer isso na prática. Além das ações realizadas exclusivamente pela Vigilância Ambiental, também são feitos trabalhos em parceria com a Secretária de Educação (SED), por meio do Programa Saúde na Escola, quando também são realizadas ações pelos profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

Alunos e professores da rede municipal participam de desfile doS 169 anos de Joinville Alunos das escolas municipais e CEIs participaram do desfile comemorativo de aniversário de 169 anos de Joinville, em 9 de março, na avenida Beira Rio. Participaram as fanfarras das escolas Amador Aguiar, Prefeito Geraldo Wetzel, Professor Oswaldo Cabral e Paul Harris, além da banda da escola Professora Lacy Luiza da Cruz Flores que acompanhou o bloco do JEC. A educação municipal de Joinville mostrou as diversas atividades da Educação Infantil, programa Dança na Escola, Música na Escola, projeto Join.Maker, programa Reinventando o Espaço Escolar, programa Educação Plena e programa Saúde na Escola. Para fechar o desfile da rede municipal, desfilaram os gestores, professores e membros das APPs e conselhos escolares de escolas e CEIs e integrantes da Secretaria de Educação.

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acolhimento

Educação para todos Para superar a diferença cultural e incluir os estrangeiros no ensino, a empatia tem sido a aliada no acolhimento dos alunos de outros países na Escola Municipal Professora Anna Maria Harger Renata Bomfim

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Escola Municipal Professora Anna Maria Harger, na zonal Sul de Joinville, tem desenvolvido um projeto com os 12 haitianos, matriculados no Ensino Fundamental da unidade escolar, para contribuir com a adaptação dos estudantes no novo modelo de ensino em que estão inseridos. Chamado “O Haiti é aqui”, desenvolvido em parceria com as alunas do magistério da Escola de Educação Básica Doutor Jorge Lacerda, a iniciativa contempla atividades para desenvolver o aluno, sendo uma delas a familiarização com o idioma local, a língua portuguesa. Depois de um forte terremoto que devastou o país e afetou milhares de pessoas, além de graves problemas relacionados a economia, o ciclo migratório, iniciado em 2010, tem sido apontado como um dos principais motivos para a vinda destes imigrantes, de acordo com dados levantados pela pesquisadora

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Sirlei de Souza, que estuda a vinda dos haitianos para Joinville. Na escola, o projeto, de integração contínua, ainda não teve as atividades iniciadas neste ano, mas o acompanhamento em sala de aula tem sido integral. “A intenção é que eles se sintam acolhidos e percebam que a escola também pertence a eles”, destaca Vanessa da Rosa, supervisora educacional. Para isso, todo o ambiente educativo também tem se ressignificado e, para desenvolver o sentimento de pertencimento desses alunos e de suas famílias, algumas mudanças no ambiente escolar foram necessárias. “Na sala da direção, banheiro, biblioteca e cozinha, tudo está identificado em quatro línguas: português, francês, inglês e em crioulo. Isso para eles (alunos) e para os pais, que precisam encontrar as salas e conversar com a gente, envolve esse sentimento de pertencimento.”


Para a escola é aprendizado, para o aluno é pertencimento.” Lucélia Izabel Fraga Krelling Para torná-los cada vez mais pertencentes ao ambiente escolar, na Semana da Consciência Negra, realizada em novembro do ano passado, alunas haitianas ofereceram oficinas de trança na escola. “Eles vêm para cá e têm que assimilar tudo o que é nosso. Só que eles têm muita coisa a nos ensinar. Então, porque a gente não aprende com eles também?”, questiona Lucélia. “Para a escola é aprendizado, para o aluno é pertencimento.” Dessa forma, Rosalinas Metellus, 14, nascida na República Dominicana, mas criada no país vizinho, Haiti, hoje está 8º ano na escola e acompanha o ensino da rede municipal de Joinville desde o 3º, passar por toda essa experiência foi diferente. “A gente queria mostrar um pouco da nossa cultura. Não é todo mundo que quer saber da cultura do outro e a gente tentou trazer essa experiência para verem como é legal”, comentou. De estudantes até os pais, toda a escola participou da iniciativa e tornou o ambiente ainda mais empático, acolhedor e inclusivo. “A gente sentiu que eles estão sendo acolhidos e representados na escola. E a escola tem que fazer esse papel de acolhimento”, acredita Raquel.

Fotos: Renata Bomfim

Com alunos em diferentes anos do Ensino Fundamental, um dos desafios da equipe pedagógica, de início, foi de entender o nível escolar cada criança, já que a documentação entregue não deixava isso muito claro. “O primeiro desafio foi colocar todos em uma sala, separamos por idade e, dentro da nossa grade curricular, entender qual o ano em que eles estavam estudando, e a gente foi fazendo a partir da idade”, explica Raquel de Queiroz, supervisora na unidade escolar. “Hoje, a grande maioria, está na mesma sala até para ter referência da língua e, a partir daí, trabalhar de forma pedagógica.” Atualmente, a escola recebeu três novos alunos haitianos que não compreendem a língua portuguesa. Por questão de idade, eles estão na turma de quarto ano e inseridos pedagogicamente no grupo. “O professor precisa olhar essa criança, que tem potencialidade, e que, às vezes, a questão do histórico, é a gente quem faz a equivalência do estudo. Porque no seu país de origem, pode ser que até esteja em uma turma mais avançada. Por isso a importância de acelerar esse processo de aprendizagem da nossa língua”, compreende a diretora da unidade escolar, Lucélia Izabel Fraga Krelling.

Alunas compartilham da cultura haitiana ao fazer tranças em colegas da escola

Nos principais pontos, a escola passou a identificar os nomes das salas em quatro línguas diferentes

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aula prática

Mudança no currículo nacional torna o aluno pesquisador no ensino Em nova proposta pedagógica no currículo municipal de ensino, a construção do conhecimento dos alunos da rede municipal de educação de Joinville se atenta em se alinhar com as dez competências da BNCC Renata Bomfim

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virada de década em 2020 trouxe para a educação do Brasil um recomeço, também. Agora, com a reformulação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que entrou em vigor em território nacional este ano, a proposta pedagógica nas escolas municipais também passou por revisão. Em Joinville, o planejamento de aula de cada professor também mudou. Na Escola Municipal Nelson de Miranda Coutinho, as aulas de ciências dos alunos dos quartos anos da professora Claudina Antunes têm conteúdos adiantados dos anos finais e, agora, estão muito mais atrelados com a prática.

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nivelar a pesquisa e dar maior embasamento para uma próxima etapa do Ensino Fundamental, a partir do sexto ano. “Com a reformulação da BNCC, ela dá a ideia de que o aluno seja pesquisador e os conteúdos se transformaram, porque, hoje, eles seguem uma linha Brasil”, explica a supervisora da unidade escolar, Maria Ivonete May Werner. “Joinville, a partir da BNCC, constituiu o seu currículo e aí as mudanças: conteúdos que estavam para o quinto ou sexto ano, veio para o quarto, para que o aluno, ao chegar no sexto ano, tenha um nível de pesquisa para avançar.”

Fotos: Renata Bomfim

Com 25 anos de sala de aula, Claudina se diz mais motivada com a nova proposta de ensino. “A criança aprende bem melhor na prática, torna o trabalho bem mais atraente e mais prazeroso”, acredita. Isso porque com a mudança no planejamento, os novos materiais didáticos também sugerem aulas práticas e até abordam sugestões de como trabalhar determinados temas, como o estado físico da matéria, por exemplo. Acostumados a estudar em ciências apenas assuntos relacionadas a plantas e animais, trazer conteúdo mais teórico para o quarto é uma forma de

Professora ensina conteúdo de ciências com leitura de receita de bolo

A criança aprende bem melhor na prática, torna o trabalho bem mais atraente e mais prazeroso.” Claudina Antunes

Dessa forma, o laboratório de ciências da unidade, inaugurado no final do ano passado, ganhou novas experiências. Para ensinar na prática sobre a transformação da matéria, a professora Claudina resolveu adaptar uma sugestão do próprio livro didático e abordou o conteúdo de uma forma, digamos, apetitosa: para entender melhor o estado físico da matéria, assar um bolo de cenoura foi forte aliado do ensino. “Enquanto eu lia a receita, eles anotavam no caderno os ingredientes e classificavam o estado físico com uma ilustração”, relembra Claudina. Dentro de uma única atividade prática, o conteúdo envolveu outras disciplinas, como língua portuguesa para entendimento do gênero trabalhado e dos termos usados; e a matemática para entender sobre medidas, fração e divisão. Além disso, ainda foi possível trabalhar a educação financeira, já que, para comprar os ingredientes, foi necessário uma ajuda de custo dos alunos de R$ 1. “Eles entenderam que, juntando dinheiro, eles notaram o quanto de material conseguiriam comprar e o quanto isso rendeu”, comenta a supervisora. Ao todo, foi possível desenvolver a atividade com todas as turmas de quartos anos da unidade escolar. abril 2020 its

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aula prática

Inspire-se!

Fotos: Renata Bomfim

Para servir de inspiração como plano de aula na sua unidade escolar, veja como a professora Claudina Antunes conduziu a aula com a turma de quarto ano, sobre a transformação da matéria. Basta apontar a câmera do seu celular para o QR Code.

TEORIA + PRÁTICA = EFICÁCIA NO APRENDIZADO Por ser um assunto mais extenso, o estudo da matéria vai se estender ao longo de todo o trimestre e, por isso, pensar em uma atividade prática que contribua para entendimento do ensino faz toda a diferença. O resultado? Melhor aprendizagem e boas notas nas avaliações que já foram realizadas. Para Lucas Alexandre Decol, 9, a atividade feita com o estudo de receita de bolo ajudou e muito para entendimento do assunto. “A gente pegou na mão, sentiu o que estava sendo usado, se era sólido, líquido”, relembra. E isso, também para o Gustavo Girardi Floriano, 8, fez toda a diferença na hora da prova que, para ele, o nível estava fácil. “Porque nós fizemos os experimentos para saber o que ia cair.”

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Lucas Alexandre Decol e Gustavo Girardi Floriano, alunos do quarto ano


Uma TV corajosa. Igual a vocĂŞ.


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Foto: Emily Milioli


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Foto: Emily Milioli

epois de sete anos com as portas fechadas por conta do encerramento das atividades escolares na Escola Municipal Padre Carlos, na zona rural do Vila Nova, 2020 chegou com uma proposta diferente: com o projeto de torná-la um espaço de educação sustentável, a unidade escolar foi reaberta e é o primeiro laboratório vivo da rede municipal de ensino de Joinville que vai atender crianças da comunidade no contraturno escolar, como parte do programa de Educação Plena, implementado na rede há pouco mais de dois anos, no formato atual. Ao todo, são cerca de 200 crianças, do segundo ao quinto ano do Ensino Fundamental, de oito escolas da região que vão se apropriar do novo espaço pedagógico. Com atividades alinhadas com o novo currículo da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os alunos vão trabalhar com conteúdos que exploram a pesquisa científica, a linguagem, experiências matemáticas e a tecnologia. Este último item, aliás, vai promover a integração entre os clubes de robóticas de outras escolas para experimentos na unidade escolar.

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“Cada dia vem uma escola vizinha. Eles vêm no contraturno, com ônibus disponibilizado pela prefeitura, e participam de atividades que estão sendo desenvolvidas aqui”, descreve a diretora, Salete Caetano. “No primeiro momento, eu mostro o espaço para que possam saber o que vai ter e o que a gente pretende fazer, mas que, há qualquer momento, pode ser mudado, se eles trouxerem alguma ideia.” Ainda em fase inicial, todo o canteiro da escola está em movimento. Isso porque, alinhados com o Programa Reinventando o Espaço Escolar, é preciso olhar cada espaço da unidade como uma possibilidade de ensino e aprendizagem. Por isso, como organismo vivo, toda a parte externa da escola está sendo preparada para receber e ser, na prática, um espaço de educação sustentável. “Nós vamos construir o orquidário, vamos ter a abelha sem ferrão. Nós vamos fazer galinheiro, a horta pedagógica”, descreve Salete sobre os projetos que vão ser feitos juntos com os alunos, em uma educação participativa. Diante desse movimento, a escola ainda sai à frente com a iniciativa de fazer com que todo o conhecimento produzido possa ser compartilhado para além dos muros da unidade. Com o aplicativo LabVivo, desenvolvido com os integradores do Centro XV, a escola passa a documentar todos os processos educativos desenvolvidos. O intuito é que, com uma linguagem simples e acessível, os próprios alunos sejam os cientistas e abasteçam o aplicativo com registros de todas as atividades. “A ideia é que a gente tenha pequenos cientistas: porque eles vão experimentar, documentar, refutar ou aceitar hipótese. Então, você tem pequenos cientistas desenvolvendo toda uma experiência e documentando isso”, explica Daniela Pereira, professora de tecnologia educacional. Para desenvolver as atividades, os alunos vão contar com o apoio dos tablets e notebooks disponibilizados pela Secretaria Municipal de Educação.

QR CODE LABVIVO

Alunos da EM Maestro Francisco da Silva visitam a nova unidade escolar do bairro

É uma forma de aplicar a tecnologia junto com a ideia de colocar processos novos de aprendizagem para eles.” Jeferson Mendonça Alves abril 2020 its

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capa

De acordo com o Jeferson Mendonça Alves, também professor de tecnologia educacional, a iniciativa promove um aprendizado contextualizado. “É uma forma de aplicar a tecnologia junto com a ideia de colocar processos novos de aprendizagem para eles”, acredita. Dividido em duas partes, além de documentar todo o processo de desenvolvimento das atividades, o aplicativo também vai contar com a parte de documentação das plantas e dos animais que vão estar na escola. Com leitores de QR Codes colocados em tótens, os alunos e visitantes vão conseguir acompanhar com seus próprios celulares ou tablets todas as informações daquele local em que estão inseridos: basta abrir o ícone da câmera no aparelho, fazer a leitura do código e, pronto, conhecimento compartilhado. Dessa forma, o novo projeto da Secretaria de Educação busca alinhar o contato com a natureza, sem esquecer da importância da tecnologia na aprendizagem dos estudantes desta geração. “Com a tecnologia, a gente consegue motivar muito a criança e é uma forma diferente de aprender”, comenta Jeferson. “Para nós, também é de descoberta, porque se tem uma visão mais ampla, já que não é só robótica. Trazer a criança para fazer a horta, ela já aprende sobre lógica.” Lívia Caroline de Oliveira, 8, está animada. Aluna da Escola Municipal Professora Senhorinha Soares, participa no período matutino das atividades na Escola Municipal Padre Carlos. Estudante do terceiro ano e já com os dedos rápidos na tela do tablet, diz que sabe mexer no aparelho, porque costuma usar na escola para fazer atividades. Para ela, que não tira o olho do dispositivo, só consegue dizer uma coisa: “A tecnologia é muito legal”.

Com a tecnologia, a gente consegue motivar muito a criança e é uma forma diferente de aprender.” Jeferson Mendonça Alves 28

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Fotos: Emily Milioli

Espaços automatizados Dentro do projeto, o Centro XV espaço pedagógico que também conta com ambiente maker e oferece formações para a comunidade escolar -, junto com os clubes de robóticas das escolas, vão ser parceiros fundamentais para o desenvolvimento de, pelo menos, três espaços automatizados na Escola Municipal Padre Carlos: irrigação da horta, alimentação das galinhas e dos peixes. Além desses, a iniciativa ainda pretende aplicar no espaço projetos pilotos na área de geração de energia. “A ideia é que eles aprendam fazendo”, comenta Daniela Pereira.

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escola digital

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Com o uso dos notebook, alunos desenvolvem a coordenação motora e estudam por meio de jogos

Tecnologia como aliada do ensino O uso de ambientes tecnológicos têm contribuído para desenvolver a coordenação motora fina dos alunos desde a Educação Infantil em escolas da rede municipal de ensino de Joinville Renata Bomfim

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s ferramentas digitais, já na Educação Infantil, são aliadas do ensino na hora de desenvolver a coordenação motora de uma geração que nasceu conectada, mas que apenas faz o uso dos movimentos de dedos, como dedão e indicador, para deslizar na tela de celular ou tablet. Equipadas com novos notebooks e tablets atualizados, as unidades escolares de Joinville já desenvolvem nos alunos as habilidades no coletivo e aliam o uso da tecnologia com os conteúdos programados em sala de aula. Na Escola Municipal Deputado Lauro Carneiro de Loyola, por exemplo, o espaço maker não fica um dia sem receber turma. Com aulas de duração de 45 minutos, professoras usam o local como extensão da sala de aula e encontram uma forte aliada no ensino. “É mais fácil de retomar o assunto e fazer outras atividades que a gente lembra o que passou por aqui. Nós agora estamos na tabuada de dois e três, eu tenho alunos que foram rápidos que, em uma aula, já pegaram por conta do jogo”, comenta a professora do terceiro ano Marcia Borba. Esse é o caso do estudante Vander Luiz Hoffmann, 8. Se for buscar na memória, ele nem lembra quando foi seu primeiro contato com a tecnologia, mas sabe de que forma ela tem ajudado no seu aprendizado. “Com o uso do computador, eu já aprendi até a tabuada do cinco”, comenta o aluno que afirma ter mais facilidade para aprender com o apoio dos jogos digitais.


Fotos: Renata Bomfim

Em toda atividade no ambiente, Michele Cristiane da Cruz, professora integradora de novas tecnologias, disponibiliza um planejamento para que as professoras possam compartilhar sobre o objetivo, atividade proposta e avaliação. “São atividades pedagógicas e educativas, em que as professoras trazem os alunos para ser uma extensão da sala de aula. Elas vêm fazer aqui no computador o que elas fariam no caderno com lápis e borracha”, destaca. Além disso, a cada nova aula no espaço, Michele conta com o apoio da lousa digital para explicar a atividade proposta. Como forma de inserir os alunos da escola no meio digital, desde as turmas do segundo período, ainda na Educação Infantil, educadores usam o ambiente para despertar nas crianças a coordenação motora fina. “Eu pego o mouse que não está instalado para eles movimentarem e saberem quais são os dedos que vão mais utilizar, em como deixar a mão mole”, comenta Michele. “É um trabalho minucioso, individual, depois vou nas cadeiras e ajudo a fazer.” Para além do suporte com equipamentos digitais, a Secretaria Municipal de Educação oferece aos integradores de mídias participações em grupos de estudo e formações para discussões do uso da ferramenta em diferentes níveis de aprendizagem. “Nos computadores dos espaços makers são disponibilizados aplicativos, como o Gcompris, mas mediante a pesquisa e seleção dos professores integradores, eles podem ter acesso e instalar diferentes materiais que auxiliam nessa aprendizagem”, comenta Aurea Vieira, técnica pedagógica. Com a parceria, os integradores de mídias compartilham no grande grupo as atividades que apresentaram bons resultados para que, dessa forma, toda a rede tenha acesso e possa ter como sugestão de aplicação. “Como instrumento de compartilhamento de materiais, eles possuem um repositório de aplicativos, um drive no Google compartilhado e um grupo de troca de informações no Whatsapp”, pontua Aurea.

São atividades pedagógicas e educativas, em que as professoras trazem os alunos para ser uma extensão da sala de aula.” Michele Cristiane da Cruz

Você sabe o que trabalha a coordenação motora fina? Ao estar em movimento, a coordenação motora de todo ser humano já está sendo usada: no andar, correr, apertar ou mesmo em habilidades que necessitem o apoio dos dedos, escrita e recorte, por exemplo. Dividida em duas frentes, a coordenação fina desperta as habilidades de músculos das mãos e dos pés. Ao fazer esses pequenos movimentos, a criança desenvolve habilidades básicas e necessárias para o seu desenvolvimento. Por isso, no papel do uso da tecnologia, além de despertar o coletivo e ser mais uma forma de auxílio no plano de aula, as ferramentas disponíveis, como uso de mouse e teclado, exploram os movimentos dos dedos com exercícios praticados de forma gradual e interativa.

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galerias

Letícia e Eduarda Tainá, Raissa e Evelyn

Giovana, Estefani, Luísa e Raissa

Ulysses Guimarães Escola Municipal Amador Aguiar

Ágata e Erik

Mateus, Arthur e Manuela Érika e Vandriely

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Gabrieli e Tainá

Vandriélli, Erica e Giovana

Heloísa e Raissa Letícia e Larissa

Weslley

Fotos: Foco Eventos

Erik e Guilherme

André, Ariel, Rhuam e Weslei Ágata e Patricia

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galerias

Luana, Izadora e Samara

Henrique e Felipe

Eliton, Kaua e Ryan Andrey, Kaue e João

Samara

Yasmin e Estefani

Vinicius, Paulo, Lucas, Luís e Luis Gustavo Heloise, Beatriz e Isabel

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Maria, Nicolli, Amanda e Sintia

Thaiz, Marye e Mariana

JĂşlia, Beatriz e Maria

Fotos: Foco Eventos

Maria e Camilly

Adhemar Garcia Escola M. CAIC Professor Mariano Costa

Isabel, FlĂĄvia, Mariana, Fernanda e Bruna Vinicius e Matheus

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galerias

Kauany, Kamila e Eduarda

Gabrielle, Thayna, Maria, Taynara e Gabriela

Fabiano, Juliana, Eduarda, Kauany e Pablo

Emilly, Maria e Raissa

Adhemar Garcia ESCOLA MUNICIPAL JOÃO DE OLIVEIRA

Amanda, Luana e Luiza

Matheus, Nyvolas, Cauã e Alek Rebeca, Raissa, Caroline, Alice e Estefany

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Jessica, Gabriela e Taynara

Kamily, Thabita, Caroline e Kamila

Felipe, Gabriel, Jose, Lukas e Jadsson

Phellipe, Vinicius e Andrei

Fotos: Foco Eventos

Matheus, Ian e Isaac

Maria, Paola e Geovanna Pedro, Pablo, Agnaldo, Eleonai, Paulo e Henrique

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galerias

Helousa, Eloisa e Larissa

Thiago e Profยบ Julita

Luiz, Lara e Eduardo

Evelyn, Libine e Halindra

Karine e Jociely

Kauรฃ e Daniel Karolayne e Profยบ Julita

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Larissa, Luiz e Eduardo

Adhemar Garcia Escola Municipal Prefeito Luiz Gomes

Lara, Jucelem, Eloisa, Leticia, MarĂ­li e Joelma

Suelen, Kelli e Jucelem

Larissa e Ohrana

Fotos: Foco Eventos

Lara, Halindra e Ohrana

Halindra MarĂ­li, Thiago e Joelma

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galerias

Maik, Kauã e Igor Amanda, Mariana, Maria e Nikolly

Bryan

Fátima Escola M. Prof. Edgar Monteiro Castanheira

Talita, Kauane, Amanda e Heloísa

Kauany

Stéfanny, Giovanna, Helouise e Manoela Joana e Joicelene

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Daiane e Kauany

Letícia, Isabel, Gabrieli e Júlia

Leonardo, Renan e Thiago Rayssa, Prica e Renata

Fotos: Foco Eventos

Rodrigo, Bryan, Daiane e Kauany

William, Esperadson, Gabriel e João Daiane

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Foto: Divulgação/Freepik

saideira

É

um momento de bastante reflexão e tempo a gente tem para refletir em tudo, mas a primeira coisa que me vem à cabeça nesse momento é o nosso tamanho em relação ao todo, tão grande que nem mesmo conseguimos enxergá-lo por completo. Sim, estou falando do Universo, um lugar com, no mínimo, dez sextilhões de estrelas (o número dez seguido por 21 zeros). Se usarmos o Sol como parâmetro, cada estrela dessa tem 1,3 milhões o volume da Terra. Esses números ajudam a dar uma noção do quão pequeno somos. No dia a dia, a gente não pensa nisso. São tantas coisas para fazer, aulas, tarefas escolares, esporte, dança, tarefas domésticas e várias outras coi-

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Lucas Inácio

sas que a nossa vida vira o centro das nossas atenções e nem percebemos o quão frágil somos, até aparecer um vírus – que nem célula tem – e colocar a gente em perigo. Doido, né?! Porém, nós temos a solidariedade para nos tornarmos mais fortes. No cotidiano, a gente convive com diferenças do tipo “Avaí ou Figueira”, “Marvel ou DC”, “rock ou funk”, “novela ou filme”, entre outras divergências, quando vem um problema deste em que estamos passando, a tendência é a união e nós, seres humanos – pequenos mamíferos da ordem dos primatas de um planeta rochoso em um sistema solar de uma estrela média –, tornamos-nos gigantes.

Esqueçam quem aproveitou as medidas preventivas para ir à praia ou quem estocou itens sem pensar na população, como somos seres em constante aprendizado, vamos focar nos bons exemplos e não foram poucos: pessoas se oferecendo para fazer compras no lugar dos idosos; entidades se mobilizando para ajudar a população mais pobre; gente criando conteúdos na internet para entreter as crianças; a preocupação em passar informações corretas e também a quem não tem acesso; pessoas que fazem questão de comprar de pequenos comerciantes e ajudando os trabalhadores autônomos ou informais. São tantas ações legais que, até os mais pessimistas, criam esperança. Outro grande ponto é a mobilização da comunidade científica que tem trabalhado para achar soluções conjuntas, debater problemas e, principalmente, compartilhar informações sem pensar nos possíveis lucros que pode se tirar disso. Nesse momento, as ações das bolsas e a economia ficam em segundo plano e volta a atenção para algo que deveríamos cuidar sempre: os seres humanos. E a história já mostrou diversas vezes que isso a gente sabe fazer isso muito bem. abril 2020 its

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