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Carlos Jorge Azevedo
Carlos Jorge Azevedo Santa Marinha do Zêzere – Baião – Portugal Solidão
Não me arrastem para onde não quero Ou ponham na minha boca palavras Que só de soletrá-las desespero, Teu sonho é sertão que só tu lavras!
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Quero ficar longe, entre loucuras, Como arbusto esquecido e derrubado, Fazer dessa toada as partituras, Não me interessa ser o derrotado.
E quando me tocar a escuridão Serei como a urze simples florinha A que ninguém tira a imensidão.
Então balbuciarei uma oração E minha alma há de restar sozinha A penar no amargo da solidão.