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Jober Rocha

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Roberto Schima

Roberto Schima

Jober Rocha Niterói/RJ

O que desejo para os meus leitores

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Todo início de ano é uma época boa para refletirmos. Refletirmos sobre tudo aquilo que fizemos de bom e de mau, no ano que passou; meditarmos sobre o que nos ocorreu e, principalmente, de planejarmos as nossas pequenas existências para fazer frente à imensidade de possibilidades e de oportunidades que o mundo sempre ofereceu e continua oferecendo, aos que planejam as suas vidas. Em agradecimento àqueles leitores fiéis, que têm me acompanhado desde o início, tentei resumir neste texto alguns ensinamentos que devem estar presentes, diariamente, na mente de todos nós, que possuímos como meta, nesta existência terrestre, algum dia chegar a alcançar a sabedoria. Em primeiro lugar, devem ter sempre em mente a frase “Conhece-te a ti mesmo", que está inscrita desde tempos imemoriais na entrada do templo de Delfos, na Grécia, construído em honra a Apolo, o deus do sol, da beleza e da harmonia. O conhecer-se a si mesmo é a pedra fundamental que, se bem assentada, dará início a edificação de um magnífico templo representado pelo ser humano, seu caráter, seus pensamentos, seu raciocínio, suas emoções; enfim, a sua própria alma. Em segundo lugar que, louvando-se nas experiências passadas, tenham aprendido com seus próprios erros e acertos, fazendo de suas metas para o novo ano sempre procurar evitar aqueles erros e repetir frequentemente estes acertos. Em terceiro, que iniciem os seus dias pensando nas palavras com que o Imperador Romano Marco Aurélio iniciava o dia dele: “Neste dia vou tratar com intrigantes, ingratos, insolentes, velhacos, invejosos e gente grosseira. Se eles possuem estes defeitos é porque não conhecem nem os verdadeiros bens nem os verdadeiros males. Eu, porém, que sei que o verdadeiro bem é tudo aquilo que é decente e o verdadeiro mal tudo aquilo que é vergonhoso, não posso considerarme nunca ofendido por eles, visto que eles jamais poderão despojar a minha alma da virtude que ela, eventualmente, já tenha”. Em quarto, ainda seguindo os exemplos de Marco Aurélio, que consigam perdoar sem demora aqueles que se arrependem; que

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cheguem a ser livres, firmes e não titubeantes; que possam ter em vista apenas a razão e que se mostrem os mesmos em todas as circunstâncias da vida; que saibam, mas que não ostentem sabedoria; que não se deixem abater com facilidade; que não sejam desdenhosos para com os demais, julgando-se melhores do que eles. Em quinto, ao contemplarem o cenário nacional em que vivem e ao perguntarem a si mesmos como isso tudo pôde ocorrer (e porque se encontram na triste situação em que estão) devem enxergar, em si mesmo, a causa primeira de todo este drama sociocultural, com repercussões políticas e econômicas, vivido pelos nossos irmãos brasileiros. Na verdade, o sujeito e o próprio objeto deste texto hoje escrito somos todos nós, caros amigos leitores, e as escolhas erradas que temos feito ao longo das nossas vidas. O Sistema de Dominação existente funciona muito bem quando, e enquanto, a maioria das pessoas aceita a dominação, acredita nas ‘verdades’ proclamadas pelo Sistema e as reproduz. Nossas escolhas erradas com respeito àqueles que conduzirão os nossos destinos, têm sido a principal causa do nosso atraso econômico e social e das crises pelas quais passamos. A nossa alienação quanto a questões geopolíticas e econômicas; bem como, a nossa inocência e pouca cultura quanto a questões de ordem ideológica, política, religiosa e filosófica, estão, sempre, por detrás de todos os males que nos afligem na atualidade, compondo um pano de fundo de nossas idiossincrasias. Eu faço votos para neste e no próximo ano, quando se realizarão eleições para a Presidência da República, que uma nova maneira de entender o país e o mundo em que vivemos (nova na medida em que difira da versão oficial) contribua para libertar-nos de falsas propagandas, falsos valores, falsas crenças, crendices e superstições, todos maquiavelicamente inoculados em nossas mentes com o único objetivo de esconder-nos a verdade e permitir que sejamos facilmente dominados, sem que dessa dominação tenhamos consciência e sem que a ela oponhamos resistência. Que vocês, meus caros leitores, passem a ser mais conscientes dos seus interesses e menos ingênuos com relação aquilo que lhes tentam incutir através da grande mídia, oficial e privada. Defendam os seus pontos de vista e valores, não se deixando influenciar e, dentro da lei, principalmente, façam apenas aquilo que as suas consciências ou o bom senso lhes indicar. Um feliz ano a todos vocês, de paz e harmonia em suas famílias.

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