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Ana Maria Fázio de Freitas
Ana Maria Fázio de Freitas Assis/SP
Amanheceu
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Abre a aurora a cortina aveludada que a noite encerra, escondendo a imensidão. E vão surgindo atrás da névoa esbranquiçada, vultos disformes, velhos prédios e construções.
O replicar dos relógios ouve-se ao longe, despertando lentamente os cidadãos. E no mosteiro, de joelhos, reza o monge, pedindo a Deus paz ao mundo, amor e proteção.
Pequenas luzes se acendem é madrugada e vão rompendo o silêncio, a escuridão. Passos apressados se escutam nas calçadas e o buzinar de automóveis, o uivar do velho cão.
No terminal é um entra e sai de passageiros, aguardando os transportes, as conduções. Vivem em pânico com o destino traiçoeiro e a incerteza a dominar os seus corações.
E, assim, a vida segue o seu curso, apressada, seres correndo sem encontrar a direção. Olhares atônitos, perdidos nas encruzilhadas, humanos solitários em meio à multidão.