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Ícaro Uriel Brito França
Ícaro Uriel Brito França Uberaba/MG
Frui vita
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Minha meta de vida é ...
Não mais sentir dor no torpor dos dias moribundos, cuja cura torna-se apenas piada de má-fé servil. Ah, guerreiro forjado por sangue derramado em guerra transcendental que não mais está em pé. Hoje, abatido, acamado, com feições cadavéricas de mórbida palidez hostil. Sim, eis a vida tal qual ela é!
Morrer, sim: hoje torna-se sua única esperança, Undívago, aguarda ansioso a chegada de Caronte, pois, com ele, a bonança não mais caminha. A morte já não o amedronta, ao contrário, Tal ideia traz-lhe certa temperança. Talvez, o desconhecido já não tem tanto pavor como tinha. Vida vazia, mente deveras cansada de um ser temerário. Morrer não é mais um problema, mas sim desenlace em pujança.
Não haverá saudades, pois a ninguém as deixarás após tua despedida. Viverás em memórias esquecidas De quem viveu a vida, Pois, a tua própria existência tornar-se-á esquecida.
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Morrer seria teu locus amoenus! Um último pilar de um destino tragicômico, num tórrido rendez-vous Num interior poente, a ortotanásia torna teu animus. Assim, quando o sinistro desabrochar na forma de bela flor de lótus, Não te preocupa em reanimar o extraneus. Eis então o conselho de um corifeu: apenas viva, pois ter o poder de existir é como ser um semideus. E, ao fim do último ato da peça intitula vida tem a similitude de um habeas corpus. Sedare dolorem opus divinum: Rebus sic stantibus!
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