LiteraLivre Vl. 6 - nº 32 – mar./abr. de 2022
Ícaro Uriel Brito França Uberaba/MG
Frui vita Minha meta de vida é ... Não mais sentir dor no torpor dos dias moribundos, cuja cura torna-se apenas piada de má-fé servil. Ah, guerreiro forjado por sangue derramado em guerra transcendental que não mais está em pé. Hoje, abatido, acamado, com feições cadavéricas de mórbida palidez hostil. Sim, eis a vida tal qual ela é! Morrer, sim: hoje torna-se sua única esperança, Undívago, aguarda ansioso a chegada de Caronte, pois, com ele, a bonança não mais caminha. A morte já não o amedronta, ao contrário, Tal ideia traz-lhe certa temperança. Talvez, o desconhecido já não tem tanto pavor como tinha. Vida vazia, mente deveras cansada de um ser temerário. Morrer não é mais um problema, mas sim desenlace em pujança. Não haverá saudades, pois a ninguém as deixarás após tua despedida. Viverás em memórias esquecidas De quem viveu a vida, Pois, a tua própria existência tornar-se-á esquecida.
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