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ANO•12 OUTUBRO
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EMBALAGEM
TECNOLOGIA
DESIGN
INOVAÇÃO
SUSTENTABILIDADE ENTREVISTA José Mauro de Moraes, diretor de meio ambiente da Coca-Cola Brasil, diz que ainda há muito que aprender e mudar na área de meio ambiente
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O conceito de sustentabilidade socioambiental econômica está tomando corpo entre as empresas do setor de embalagem. Conheça quem são elas e como esse novo modelo de negócio está contribuindo para um futuro mais verde
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carta ao leitor CARTA AO LEITOR
Compromisso com a sustentabilidade
P
reservar o meio ambiente é o assunto mais discutido em todo o mundo. O assunto não sai da mídia, seja ela qual for, é um bombardeio diário de informações. As empresas estão mudando os seus modelos de gestão para atender aos novos tempos, que exigem conjugar exaustivamente o verbo “preservar”. Mais do que zelar pelo futuro do planeta, que grita por socorro, há uma necessidade imperativa: a transparência nas práticas sustentáveis. Existe muito marketing “verde” em torno do tema, mas somente sobreviverão as empresas que realmente estão envolvidas nesse processo de mudança irreversível. Irreversível para todos, não só para as indústrias, mas para os consumidores, que hoje são tão responsáveis quanto, por zelar do meio ambiente. É preciso mudar a atitude! Afinal, o que será das futuras gerações ou da perenidade dos negócios? Cada um tem o seu papel nessa corrida pela sustentabilidade. Mas, o que de fato estamos fazendo? Essa é a pergunta que não quer calar. Na indústria de embalagem os desafios também são muitos. A reciclagem gera renda e emprego para milhares de pessoas carentes no Brasil. Evoluímos, mas ainda falta muito. Ainda há poucos municípios que realizam coleta seletiva no Brasil. Esse é o assunto da matéria da jornalista Gisele Cichinelli. E a política de resíduos sólidos, que tramita no congresso há 18 anos, ainda não foi aprovada. Existe a possibilidade de que venha acontecer ainda este ano. Essa questão tão urgente emperra na burocracia do poder público para a aprovação da legislação. Não sei o que é pior se é a burocracia ou a desinformação. O que dirá das propostas de leis que, por exemplo, querem banir as sacolas plásticas do mercado porque poluem o meio ambiente. Isso é ledo engano! Elas
são feitas de fontes não-renováveis. Verdade. Mas, em contraponto, elas são recicláveis e podem gerar energia elétrica para iluminar uma cidade, como acontece no Japão. Isso é sustentabilidade! Será que as legislações ambientais estão realmente indo a favor do planeta? Legislação ambiental é o tema da matéria do jornalista Kleber Pinto. A sustentabilidade é tão abrangente, que fica difícil contemplar todos os aspectos, mas nessa edição especial da revista Pack, a equipe transpirou muito para entregar informações que podem fazer a diferença no seu negócio. A sustentabilidade não afeta apenas o seu negócio, mas de todos os seus pares. Conheça as empresas do setor de embalagem que estão trabalhando para um mundo melhor em todas as faces da sustentabilidade socioeconômica ambiental. E quem enxerga o mundo dessa forma, além do seu muro, é a Coca-Cola Brasil. José Mauro de Moraes, diretor de meio ambiente da companhia, é o nosso entrevistado do mês. Ainda podemos esperar muitas mudanças sustentáveis. Para ele, a questão ambiental ainda é nova, já que crescemos em um mundo que não aprendeu a preservar. E, agora, isso é irreversível. Saiba como pensa o homem verde da Coca-Cola Brasil e os esforços ambientais. Enfim, essa edição não é tão somente especial pelo tema, mas pela comunicação visual. A dona das ideias, da harmonia das formas e dos textos, que garantem não só a bela plasticidade, mas também dinamismo é a designer Tami Arita. Meus agradecimentos. Encerramos uma edição especial. Em dezembro, vem a próxima edição especial Pack Destaque de Preferência. Quem são os fornecedores preferidos eleitos pelos nossos leitores, de norte a sul do Brasil? Aguardem! Até a próxima edição.
Margaret Hayasaki
editora-chefe
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| margaret.hayasaki@banas.com.br
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de preferência > MELHORES E MAIS QUALIFICADOS FORNECEDORES DO MERCADO DE EMBALAGEM EDIÇÃO ESPECIAL PACK NOVEMBRO/DEZEMBRO 2009 Prepare-se para conhecer os melhores e mais qualificados fornecedores das 53 categorias da cadeia produtiva. Na 4ª Edição, a Pesquisa Pack Destaque de Preferência, já é reconhecida pelos profissionais do setor como um guia eficiente das melhores empresas da indústria de embalagem. UMA ÓTIMA OPORTUNIDADE DE NOVOS NEGÓCIOS PARA SUA EMPRESA
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sumário
A N O • 1 2 OUTUBRO
MATÉRIAS
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2009
ESPECIAL SUSTENTABILIDADE
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ENTREVISTA
“A meta para redução de consumo de água é de 2% ao ano”
PRESERVAR PARA CRESCER A gestão de sustentabilidade exige um processo de aprimoramento contínuo. Nesse contexto, a indústria de embalagem também já adota novas práticas para o crescimento do seu negócio e para atender às exigências dos consumidores verdes
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POR UM FUTURO MAIS VERDE A multinacional alemã Henkel não somente traçou metas ambientais, como também envolve todos os seus funcionários nessa estratégia de negócio
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EM BUSCA DO MENOR IMPACTO A efetiva aplicação dos 4 R´s nas plantas de produção de embalagens de vidro da Owens-Illinois permite redução do consumo de energia, de matérias-primas e recursos naturais, e da quantidade de embalagens depositadas em aterros sanitários
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UM NEGÓCIO ECOEFICIENTE Dos projetos de florestamento de pinus até as ações sociais, a Ibema não só cuida do futuro do planeta, mas das pessoas
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TECNOLOGIA PRODUZ MAIS COM MENOS A Oystar Fabrima desenvolveu uma empacotadora de alta velocidade que utiliza menos material de embalagem
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DE VOLTA ÀS ORIGENS A lata de alumínio pode ser reciclada infinitas vezes sem perda de nenhuma de suas características. Nesse negócio, a Novelis pratica o desperdício zero e multiplica os ganhos ambientais
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FAZENDO A DIFERENÇA COM A LONGA VIDA Com investimentos em práticas sustentáveis que remontam a sua criação, a multinacional sueca Tetra Pak garante um futuro mais verde
EMBALAGEM TECNOLOGIA DESIGN INOVAÇÃO
Foto: Gilvan de Souza
SUSTENTABILIDADE > ECONOMIA VERDE
SUSTENTABILIDADE > ENTREVISTA
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Foto: Stockxpert
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SUSTENTABILIDADE > RECICLAGEM DE EMBALAGENS
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CAPA
A sustentabilidade afeta toda a cadeia produtiva
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SUSTENTABILIDADE > CONSUMO 74% dos consumidores acreditam que podem influenciar para que uma empresa atue de forma responsável
“SUSTENTABILIDADE É A PERPETUIDADE DOS RECURSOS NATURAIS” Para garantir o futuro do planeta, a Coca-Cola Brasil vê o mundo verde além dos seus muros, com ações que contemplam o seu negócio e de seus pares
MUITOS DESAFIOS PELA FRENTE As vantagens da reciclagem das embalagens são inúmeras. Apesar disso, o setor ainda caminha a passos lentos
SUSTENTABILIDADE > LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
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ENTRAVES DA LEI Indústria de embalagem se vê às voltas com Projetos de Lei, políticas e normas muitas vezes criadas de forma atropelada
SUSTENTABILIDADE > CONSUMO
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CONSUMIDOR CONSCIENTE PREFERE EMBALAGENS SUSTENTÁVEIS Levantamento mostra que os consumidores estão dispostos a premiar as empresas (comprando ou indicando-as para terceiros) que praticam o desenvolvimento sustentável no centro do seu negócio
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AGENDA
SUSTENTABILIDADE > EMPREENDEDORES
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CARTAS
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EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE Indústrias empreendedoras apostam nas embalagens verdes e revelam sua percepção de um mercado em expansão
SUSTENTABILIDADE > ARTIGOS
Foto: Stockxpert
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70
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SEÇÕES
ECODESIGN NÃO É DESIGN ECOLÓGICO! O ecodesign deve ser entendido como uma política de gestão ambiental nas empresas e um programa multidisciplinar que envolve várias áreas ECOLOGIA RIMA COM ECONOMIA Nestes novos tempos, o segredo do sucesso está no
12 ATUALIDADES 16 VANGUARDA 18 LANÇAMENTOS INTERNACIONAIS 20 ARTIGO 72 NOTAS TÉCNICAS
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agenda
60 anos
EM DESTAQUE
FEIRAS NO BRASIL
EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO
Foto: Divulgação
Especialistas em embalagens de luxo e empresas que estão trabalhando com avançadas tecnologias irão apresentar durante a 22ª edição da Luxe Pack Mônaco, que acontece de 21 a 23 de outubro, as suas melhores soluções em embalagem. O evento é considerado uma referência em embalagem de luxo.
Fundador: Geraldo Banas (1913 – 1999) Publisher: Cristina Banas Editora: Elizabetha Banas (1923 – 2007) Editora-chefe: Margaret Hayasaki – margaret.hayasaki@banas.com.br Jornalista web: Kleber Pinto – kleber.pinto@banas.com.br Assessora Técnica: Assunta Camilo (FuturePack) – assunta.camilo@banas.com.br Revisão: Rosa Amaral Consultoria Técnica: Guilherme Sergio Maradine Secretária: Silvana Teles Administrativo e Financeiro: Zenaide Crepaldi – zenaide.crepaldi@banas.com.br Projeto gráfico: Editora Banas Produção: Luciano Tavares de Lima (gerente) – producao@banas.com.br Editora de Arte: Tami Arita – tami.arita@banas.com.br Capa: Tami Arita – tami.arita@banas.com.br
CONSELHO EDITORIAL
DATA
FEIRA
LOCAL
ORGANIZAÇÃO
De 27 a 30 de outubro
Fispal Bahia – Feira Internacional de Produtos, Embalagens, Equipamentos, Acessórios e Serviços para Alimentação
Centro de Convenções da Bahia, Salvador, BA
Brazil Trade Shows Tel.: (11) 3234-7725 www.fispal.com
De 10 a 13 de novembro
Feira Tecnoplast
Centro de Exposições Fiergs, Porto Alegre, RS
Fcem Feiras e Congressos Tel.: (51) 3338-0800 www.fcem.com.br
De 12 a 14 de novembro
Seminário de Resíduos Recicle Cempre
Auditório Pavilhão Branco do Expo Center Norte, São Paulo, SP
Cempre – Compromisso Empresarial para Reciclagem Tel.: (11) 3889-7806 www.cempre.org.br
De 8 a 12 de março de 2010
Brasilpack – Feira Internacional de Embalagem
Pavilhão de Exposições do Anhembi, São Paulo, SP
Reed Exhbitions Alcantara Machado Tel.: (11) 3060-5000 www.brasilpack.com.br
De 8 a 12 de março de 2010
Fiepag – Feira Internacional de Papel e Indústria Gráfica
Pavilhão de Exposições do Anhembi, São Paulo, SP
Reed Exhbitions Alcantara Machado Tel.: (11) 3060-5000 www.fiepag.com.br
De 8 a 12 de março de 2010
Flexo Latino America – Feira Internacional de Flexografia
Pavilhão de Exposições do Anhembi, São Paulo, SP
Reed Exhbitions Alcantara Machado Tel.: (11) 3060-5000 www.flexolatinoamerica.com.br
André Vilhena – Diretor CEMPRE – Compromisso Empresarial para Reciclagem; Assis Garcia – Diretor do Centro de Tecnologia de Embalagem – CETEA; Claudio Irie – Diretor de marcas controladas do Carrefour; Eduardo Yugue – Gerente de embalagens da Nestlé; Geraldo Cardoso Guitti – Presidente da Refrigerantes Convenção; Lincoln Seragini – Diretor–presidente da Seragini Farné; Luiz Belloli Neto – Presidente da Câmara setorial de máquinas para a indústria alimentícia, farmacêutica e refrigeração industrial da Abimaq – Luis Madi – Diretor - geral do ITAL - Instituto de tecnologia de Alimentos
DEPARTAMENTO DE VENDAS Diretor Comercial: Paulo Galante – paulo.galante@banas.com.br
Executivos de Negócios – São Paulo: Cláudio Alves Freire, Daniel Teixeira Falcetta, João Domingues, Juan Masgrau e Márcia Gonçalves Tel.: (11) 3748-1900 – Fax: (11) 3748-1800
Belo Horizonte M Lage Vendas e Representações – Av. Raja Gabaglia, 4000 sl. 207 – Belo Horizonte – MG – CEP 30494-310 – Contato: Marcio Lage – Tel.: (31) 2127-3854 – (31) 9612-8028 – publimg@banas.com.br
Rio de Janeiro: Art Comunicação S/C Ltda. – Contato: Francisco Neves – Rua Almeida Bastos, 90 – 101 – CEP 20755-270 – Tels.: (21) 2269-7760 – (11) 9943-5530 – Fax: (21) 3899-1274 – Rio de Janeiro – RJ – banasrj@uol.com.br
Rio Grande do Sul: Interface Comunicação e Propaganda Ltda.: – Contato: Vera M. Silva – Av. Taquara, 193 – Cj. 406 – CEP 90460-210 – Tel./Fax: (51) 3330–2878 – Porto Alegre – RS – banassul@terra.com.br
São Paulo – Interior Aqueropita Intermediações de Negócios Ltda.: – Contato: Aparecida A. Stefani – Tel.: (11) 3748-1900 – Fax: (11) 3748-1800 – aparecida.stefani@banas.com.br
São Paulo – Campinas e região Vidofi Representações – Contato: Andréa Muniz – Tel.: (11) 8675-2157 – publisp1@banas.com.br
Pavilhão de Exposições do Anhembi, São Paulo, SP
Reed Exhbitions Alcantara Machado Tel.: (11) 3060-5000 www.salaoembala.com.br
DATA
FEIRA
LOCAL
ORGANIZAÇÃO
De 20 a 23 de outubro
Propak África – Feira de Embalagem, Equipamentos e Materiais
Johannesburg Expo Centre, África do Sul
Specialised Exhibitions Limited Tel.: +27118351565 www.specialised.com
De 21 a 23 de outubro
Luxe Pack Mônaco – Feira de Embalagem de Luxo
Grimaldi Forum, Mônaco, França
Idice S.A. Tel.: +330474734233 www.luxepack.com
De 22 a 24 de outubro
International Sweet & SnackTec China – Feira Internacional de Processos e Embalagem para a Indústria de Confeitaria, Padaria e Salgados
Shanghai Exhibition Center, Shangai, China
Koelnmesse GmbH Tel.: +492218210 www.sweetsnacktecchina.com
De 3 a 6 de novembro
Andina-Pack – Feira Internacional de Embalagem
Bogotá, Colômbia
De 4 a 6 de novembro
Expo Packaging & Food Processing – Feira de Soluções, Produtos e Serviços para Envase e Embalagem
Espacio Riesco, Santiago, Chile
ACORDO DE COOPERAÇÃO Phone: +1 312/222-1010 – www.packworld.com
Centro Empresarial de São Paulo – Av. Maria Coelho Aguiar, 215 Bloco B – 3º andar– SP – CEP: 05804-900 São Paulo-SP Tel.: (11) 3748-1900 – Fax: (11) 3748-1800 CNPJ 60.432.796/0001-83 – I.E. 104.259.747.116, C.C.M. 1.249.632-4 Impressão: IBEP Miolo certificado pelo FSC Circulação nacional: Tiragem – 10 000 exemplares Periodicidade: mensal Assinatura: Anual (Brasil) = R$ 97,00 • Nº Avulso = R$ 15,00
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2008
Filiada à
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Cânon Communications LLC Tel.: 310-445-4200 www.westpackshow.com
A PACK é dirigida aos profissionais que ocupam cargos técnicos, de direção, gerência e supervisão em empresas fornecedoras, convertedoras e usuárias de embalagens, bem como prestadores de serviços relacionados à logística, design e todos os processos relacionados a indústrias de embalagem.
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Expotrade Chile Tel.: (56-2) 4345380 www.expotrade.cl
OUTUBRO 2009 PACK – EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO é uma publicação mensal da Editora Banas Ltda.
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Anaheim Convention Center, Califórnia,Estados Unidos
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WestPack – Feira de Embalagem
Argentina 15 de Noviembre 2547 – C1261 AAO – Capital Federal – Republica Argentina Tel.: (54-11) 4943-8500 – Fax y Mensajes: (54-11) 4943-8540 www.edigarnet.com
FEIRAS NO EXTERIOR
De 9 a 11 de fevereiro de 2010
REPRESENTANTE INTERNACIONAL
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Salão Embala Inovação
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De 8 a 12 de março de 2010
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V I S TA S E G M
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É permitida a divulgação das informações contidas na revista desde que citada a fonte. PACK reserva-se o direito de publicar somente informações que considerar relevantes e do interesse dos leitores da revista
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Cartas&E-mails “AS CONSUMIDORAS QUEREM SER ESPECIAIS” A reportagem ficou excelente! Antonio Celso da Silva abordou a indústria de cosméticos em sua totalidade, mostrando para o mercado como uma empresa bem administrada consegue se manter como referência de mercado, se atualizando tecnicamente e comercialmente para atender aos anseios de seus consumidores. Fábio Yassuda Diretor-comercial – C-Pack | São Paulo-SP
Gordiano Felizardo Filho Diretor – Tectron Brasil São Paulo – SP
PARA SE CORRESPONDER COM A REDAÇÃO E-MAIL redacao@banas.com.br
TELEFONE
11 3748.1900 | FAX 11 3748.1800
END.
Excelente matéria!
O MERCADO INFANTIL NÃO ESTÁ PARA BRINCADEIRA Gostaria de elogiar a reportagem “O mercado infantil não está para brincadeira”, publicada na última edição da revista Pack. Ficamos muito satisfeitos pelo Mário Narita ter contribuído com o conteúdo da publicação Renato Prando Planejamento – Narita Design São Paulo-SP
Centro Empresarial de São Paulo Av. Maria Coelho Aguiar, 215 – Bloco B – 3o andar | CEP 05804-900 – São Paulo –SP
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POR KLEBER PINTO kleber.pinto@banas.com.br
O SITE DA PACK TRAZ NOTICIÁRIO ATUALIZADO DIARIAMENTE, ARTIGOS EXCLUSIVOS E TUDO SOBRE O MERCADO DE EMBALAGEM. MAIS: VÍDEOS, FOTOS E A VERSÃO DIGITAL NA ÍNTEGRA DA EDIÇÃO DO MÊS, ALÉM DAS ANTERIORES!
Design, criatividade e ousadia fizeram parte do 9º Prêmio Abre de Design & Embalagem, realizado no final de agosto. O assunto foi o mais acessado no site no período de agosto e setembro*. Confira as mais lidas no período.
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Caixas de papelão: termômetro para a indústria Vendas de papelão ondulado foram de 194 mil toneladas em julho de 2009 Linha de palmitos lança primeira tampa para varejo com abertura fácil GINI sai à frente com mais um diferencial e lança a primeira tampa “abre fácil - fecha fácil” Evonik apresenta novidade para assepsia de embalagens cartonadas Produto traz mais versatilidade para os processos assépticos de embalagens cartonadas da indústria alimentícia
Confira a lista das dez notícias mais acessadas no site e as leia na íntegra!
[DESTAQUES] Os anúncios desta edição acompanhados dos ícones têm informações extras no www.radarindustrial.com.br. Lá você encontra mais detalhes dos produtos, especificações técnicas e informações da empresa anunciante. Acesse! www.radarindustrial.com.br
Dúvidas sobre o mercado?
Nossos consultores esclarecem os mais diversos temas do setor. Envie sua pergunta e leia as respostas para nossos internautas no Blog da Pack. E-mail guru@pack.com.br PERGUNTE, ELE RESPONDE!
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Marco Assis, Gerente da Concepta Certificadora, fala sobre a certificação de embalagens de produtos perigosos Onde achar? http://www.pack.com.br/internaartigos.aspx?idart=176
[ENQUETE ]
RESULTADO
Sua empresa promove alguma ação sustentável?
SETEMBRO/2009
Sim, temos programas sustentáveis Não promovemos esse tipo de ação > 0,00% Estamos pensando em sustentabilidade
42,86% 57,14%
NESTE MÊS Qual a melhor maneira de se aumentar o market share de um produto? Vote na home do site! Onde achar? http://www.pack.com.br
Palestra eleva importância da embalagem e do papelão ondulado Matéria-prima foi tema de evento em setembro
Fonte: Google Analytics* Período de 22/08/09 a 22/09/09 Onde achar? http://www.pack.com.br/internaartigos.aspx?idart=175
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ARTIGO
O NEWSLETTER SEMANAL DA INDÚSTRIA
Toda semana, a newsletter entrega no seu e-mail as notícias mais importantes da indústria de embalagens. Cadastre-se no site! Acesse! www.banas.com.br/banasinforma
Inovação é essência das marcas que mais cresceram, aponta Best Global Brands 2009 A 9ª. edição do Estudo Interbrand das Melhores Marcas Globais – Best Global Brands 2009 – reflete o comportamento de diversas marcas neste último ano. Google, Amazon.com, Apple, Zara e Nestlé são as cinco mais valorizadas num ranking de 100.
Sem rótulo, mas com muito propósito Uma edição limitada da vodka Absolut chegou às prateleiras europeias sem rótulo, desafiando seus consumidores a repensarem seus pré-conceitos sobre o universo LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e trangêneros). A embalagem “pelada” está disponível em garrafas de 700 ml e deve aportar no Brasil em breve. Onde achar? http://www.pack.com.br/blog
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Conheça os vencedores do 9º Prêmio Abre de Design & Embalagem Premiados ganham destaque internacional e podem participar do WorldStar
[SAIBA MAIS]
[CONEXÃO WEB ] as mais lidas no pack.com.br
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Moderna e Prática Com Nova Roupagem O chocolate Língua de Gato, da Nugali, chega ao mercado com nova roupagem assinada pela FAZdesign. O chocolate, famoso por seu formato, agora vem numa nova embalagem alinhada ao posicionamento de mercado da Nugali. A embalagem ganhou uma frente maior, o que gera mais visibilidade na gôndola, além disso, ficou mais slim. O berço termoformado em polipropileno (PP) vem com tampa e sete espaços que acomoda três chocolates cada um. O projeto também contemplou o desenvolvimento de um sistema que garante o fechamento hermético do produto. “Tudo isso para dar mais percepção e deixá-lo mais elegante”, explica Jean Sanches, designer e sócio da FAZdesign. A embalagem de papel cartão tríplex 250g/m2 recebeu hot stamping no nome do produto pela Gráfica Mayer e o berço termoformado é fornecido pela Glopress Termoformagem de Plásticos.
No ano em que completa 30 anos no Brasil, Pilão, uma das marcas mais tradicionais de café, apresenta o relançamento de sua linha de solúveis com nova fórmula e roupagem assinada pela agência Benchmark Design Total. Pilão Solúvel está com uma embalagem mais moderna e prática, que vai se destacar ainda mais no ponto-de-venda. A marca trouxe outra novidade: o lançamento da versão stick, que traz 15 unidades de 1,5 g de Pilão Solúvel, oferecendo a possibilidade de ter toda a conveniência e o sabor do café na dose certa a qualquer momento. O stick é uma ótima opção para ser consumido em doses individuais no café da manhã, no trabalho e até em festas. O stick é produzido em PET, alumínio (AL) e polietileno (PE), com impressão em rotogravura e o pouch em PET e polietileno (PE), com impressão em flexografia. Já o pote de vidro é produzido pela OwensIllinois, com rótulo sleeve de PET, impresso em flexografia e offset, pela Baumgarten. E a tampa é produzida pela Sonoco. Pilar, tel.: 0800-7077442.
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atualidades
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FAZdesign, tel.: (47) 3027-2298.
Saúde para Toda Família As novas embalagens da linha de pães premium light, da Panco, é composta por 10 sabores: Integral e Fibras, Aveia, Glúten, 7 Grãos Multicereal, Centeio, Iogurte, Linho, Soja, Preto e Forma. As tradicionais bolinhas azuis, vermelhas e amarelas, que fazem parte da identidade visual da marca, foram inseridas nas embalagens, facilitando a identificação dos produtos com a marca Panco, transmitindo ao consumidor a segurança, a qualidade, o sabor e a tradição de mais de 50 anos. “Com a campanha promocional visamos a reforçar o conceito de que a linha premium light é um produto indicado para toda a família. Por isso, destacamos nas embalagens as suas vantagens nutricionais: fibras, grãos integrais, sem colesterol, sem adição de gorduras, entre outras. Acreditamos que essas informações facilitarão a escolha de quem busca um hábito alimentar mais saudável”, explica Alceli Ferreira, gerente de Produto da Panco. O design foi desenvolvido pela MaplesAGC e a embalagem monocamada em polietileno de baixa densidade (PEBD), 45 micras, com impressão em flexografia, pela Sol PP Print. Panco, tel.: (11) 2957-0778.
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o refresco em pó Clight, da Kraft Foods, chega ao mercado, em dois novos sabores: kiwi e uva moscatel. os elementos gráficos, que compõem a embalagem transmitem a sensação de equilíbrio e bem-estar, adequando-se ao perfil da mulher contemporânea, que está menos preocupada com a dieta e mais interessada em sentir-se bem e ter uma vida equilibrada. além disso, a arte da embalagem destaca a imagem da fruta, despertando o appetite appeal e realçando os diferentes sabores do produto. o conceito gráfico da embalagem dos novos sabores é assinado pela team Creatiff. a embalagem laminada de PEt, alumínio e polietileno (PE) recebeu impressão em rotogravura pela itap, de Londrina (Pr).
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Kraft Foods, tel.: 0800-7041940.
deSigN RemeTe ao CaFÉ QueNTiNHo a Campari do Brasil e a illycaffè lançam no Brasil o illyquore, um licor de café único, intenso e com o autêntico sabor do blend illy, composto exclusivamente de café 100% arábica. “Com a chegada do illyquore, o mercado de licor ganha um produto sofisticado, único e de qualidade inquestionável”, comenta Heitor Cavalheiro, diretor de marketing da Campari do Brasil. “Essa parceria mostra a força que o Gruppo Campari e a illycaffè, duas empresas italianas, possuem”, finaliza. o design da garrafa assinado pela agência robilan é ligeiramente quadrado visando a comunicar o sabor do café. ao mesmo tempo, o formato foi suavizado pela onda central, que representa a fumaça que sai do café quentinho, capaz de conquistar a todos com seu aroma único. a garrafa de vidro foi produzida pela Vetri speciali, decorada com rótulo de plástico autoadesivo, da Centro stampa, além de tampa fornecida pela Federfintec. todos os fornecedores são italianos.
TRadiÇÃo ReiNveNTada Aos 52 anos, a Marilan, uma das maiores fabricantes de biscoitos do país, realiza o maior projeto de revitalização já feito pela empresa, que até então havia apenas realizado pequenas alterações de modernização na logomarca. Quem assina o projeto é a 100% Design. Para gerar mais proximidade, calor, envolvimento e estabelecer um vínculo emocional mais efetivo e duradouro com a marca, a nova logomarca mantém o vermelho, envolvendo o nome Marilan. Lilian Chiofolo, diretora de criação da 100% Design, ressalta que a nova marca está integrada com toda a embalagem, rompendo de maneira ousada com o padrão, que permeia a categoria. “Seu grafismo pulsa e se desprende do coração, invadindo e envolvendo todos os elementos da embalagem (fundo, cores, sabor, atributos e benefícios dos produtos) como se a marca estivesse em movimento constante, realmente pulsando”, pontua. O novo projeto gráfico será inserido, gradualmente, em todos os produtos Marilan, tendo início pelas novas linhas de torradas e bolos, e também estendido para os materiais de ponto-de-venda. 100% Design, tel.: (11) 3032-5100.
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SeNSaÇÃo de eQuilíBRio e Bem-eSTaR
Campari, www.camparigroup.com.
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notícias
Nos Estados Unidos, a demanda de embalagens ativas e inteligentes vai crescer 8,3% ao ano
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projeção de crescimento para a demanda de embalagens inteligentes e ativas é bem positiva nos Estados Unidos. a previsão é que esse mercado vai crescer 8,3% anualmente, atingindo Us$ 1,9 bilhões em 2013, bem acima da indústria de embalagem em geral. o rápido avanço será alimentado pela disponibilidade de produtos com preços mais razoáveis e melhor performance. além disso, o aumento da preocupação com a segurança alimentar e a necessidade de minimizar perdas em perecíveis vai impulsionar os requerimentos para embalagens para que sejam mais sofisticados para estender a vida de prateleira ou aumentar a rastreabilidade de alimentos, bebidas, farmacêuticos e outros produtos embalados. É o que revela um estudo feito pela Freedonia.
alguns graus de conversão do vidro para o PEt em bebidas sensíveis ao oxigênio, como o vinho também é antecipado como parte dos esforços para fazer uma embalagem mais verde. a demanda por maior controle de umidade e corrosão da embalagem vai aumentar mais devagar por causa da presença de produtos e aplicações maduros. alimentos e bebidas representaram os dois maiores mercados para embalagem inteligente e ativa em 2008, respondendo por mais da metade da demanda total. os ganhos rápidos são antecipados pelo mercado farmacêutico, com crescimento de dois dígitos, também esperados nos segmentos de alimentos e de bebidas.
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DEMANDA DE EMBALAGEM ATIVA E INTELIGENTE
EMBALAGEM ATIVA
SEQUESTRADORES DE GASES
CONTROLE DE UMIDADE DA EMBALAGEM
7,7% 7,1%
10,3%
4,7% 4,7% 0,9% 1,6%
2003-2008
2008-2013
220 80
EMBALAGEM INTELIGENTE
30,7% 20,1% 16,3%
16,7% 8,5% 8,3%
OUTRAS
21
32 80
365
290
231
390
345
360
CONTROLE DE CORROSÃO DA EMBALAGEM
2013
170
2008
2003
22,4%
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CRESCIMENTO ANUAL
Fonte: Freedonia Group, Inc.
200
2013 735
2008 1.180
400
0
o avanço dos farmacêuticos será favorecido pelo envelhecimento da população, além da necessidade de melhorar as taxas de adesão e obediência. Já o crescimento do mercado de alimentos será impulsionado pelo aumento da demanda por alimentos frescos e preparados, além da necessidade de maior vida de prateleira e prevenção contra perdas de perecíveis.
(EM MILHÕES US$)
208
600
FABIEN CHARBONNIER É O NOVO GERENTE DE VENDAS DE MÁQUINAS DA SLEEVER INTERNATIONAL PARA A AMÉRICA DO NORTE Especializada em rótulos termoencolhíveis e equipamentos de rotulagem, a francesa sleever international, anuncia novo gerente de vendas de máquinas para a américa do norte, Fabien Charbonnier. o executivo, com base em toronto, no Canadá, vai trazer forte experiência técnica adquirida na sleever Machines, na Europa. Ele será o principal contato para todos os pedidos de máquinas de rótulos sleeve e vai comandar o departamento de atendimento aos clientes.
DEMANDA DE EMBALAGEM INTELIGENTE E ATIVA NOS ESTADOS UNIDOS
2008 450
800
2003 816
1000
2003 837
1200
2013 1.880
1600 1400
2008 1.260
1800
LUIZ CARLOS DUTRA CONTINUA NA PRESIDÊNCIA DA ABIPLA PARA UM MANDATO DE TRÊS ANOS Luiz Carlos dutra, vicepresidente corporativo da Unilever, continua na presidência da associação Brasileira das indústrias de Produtos de Limpeza e afins (abipla), para mais um mandato de três anos. Lisa Polloni, diretora de relações externas da P&G, também continua na presidência do sindicato nacional das indústrias de Produtos de Limpeza (sipla). ambas as entidades contam ainda com Maria Eugenia Proença saldanha na diretora-executiva desde 2003. os desafios da equipe para essa nova etapa se fixam em cinco pilares: desenvolvimento do setor, agenda tributária, combate à informalidade, assuntos regulatórios e meio ambiente. além disso, a sustentabilidade é mais uma agenda a ser cumprida, que motivou o lançamento do Programa Movimento Limpeza Consciente neste ano de 2009.
farmacêuticos. o crescimento sólido do mercado de garrafas, com sequestradores de oxigênio, elevou a demanda por sistemas sequestradores de oxigênio monocamada de baixo custo, que por sua vez, representam o principal drive no uso de garrafas individuais para chás e sucos envasados a quente.
o crescimento da embalagem inteligente será significativamente rápido e será propelido pelos robustos ganhos por meio de indicadores de temperatura e sistemas de embalagens inteligentes, oferecendo diferenciação, rastreabilidade ou várias características interativas a custos mais competitivos. a demanda de embalagem inteligente vai crescer 7,1% ao ano, atingindo Us$ 1, 7 bilhões em 2013, num ritmo rápido em função dos ganhos com o uso de sequestradores de gases, como sequestradores de oxigênio em embalagens de alimentos, bebidas e 2000
Vaivém do mercado
MAN FERROSTAAL TEM DOIS NOVOS COLABORADORES NO DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA a Man Ferrostaal acaba de incorporar dois novos colaboradores em seu departamento de assistência técnica. alberto ambran, que passa a responder pela gerência de assistência técnica, e Claudia Martinez, a nova gerente do departamento de peças, ambos profissionais com vasta experiência no mercado gráfico.
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entrevista
Carlos Alberto Possebom, Quais são as soluções desenvolvidas pela Schneider Electric que garantem produção rápida e confiável às máquinas para embalagem? A Schneider Electric desenvolve e fornece soluções com hardwares customizados e tecnologia digital por meio de redes de comunicação. Além disso, a empresa faz a integração de blocos de função específicos para máquinas de embalagem, controle de tensão e tração de filmes plásticos, controle de temperatura, correção e detecção automática de marcas (fotocélulas), sincronismo de eixos, eixos virtuais, funções utilizando “came” eletrônico e posicionamento angular. Utilizando hardwares e softwares Schneider Electric é possível reduzir o tempo de desenvolvimento com as funções préprogramadas e com as ferramentas de desenvolvimento e suporte fornecidas pela companhia aos seus clientes. Em que porcentagem essas soluções aumentam a velocidade de produção das máquinas para embalagem? Em máquinas de pequeno porte, a velocidade pode aumentar em até 25%. Já em máquinas de grande porte, esse número pode ser ainda maior devido ao desenvolvimento conjunto de dispositivos mecânicos e a utilização de conceitos de controle de movimentos por eixos mecatrônicos. Em que tipo de máquinas para embalagem essas soluções são aplicadas? Máquinas de empacotamento vertical e horizontal, termoformadoras, equipamentos de enchimento, envasadoras, tampadoras, paletizadoras, envolvedoras de filme plástico, túneis de encolhimento e rotuladoras. Quais são as funcionalidades robóticas que podem ser integradas e os benefícios para as máquinas de embalagem?
Foto: Divulgação
gerente de marketing de soluções para fabricantes de máquinas da Schneider Electric
Em máquinas de pequeno porte, a velocidade pode aumentar em até 25% As funções pick and place, de paletização e para agrupamento de produtos em alta velocidade podem ser integradas. Com isso, é possível obter maior velocidade, qualidade e segurança nos produtos embalados, principalmente, em máquinas de embalagem primária.
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Os sistemas de monitoramento garantem diagnósticos confiáveis. Quais? É possível obter diagnósticos da produção, como número de produtos fabricados, lotes, datas, causas de redução de produtividade, tempos de máquina parada e matéria-prima. Além disso, os sistemas permitem analisar as máquinas e todos os dispositivos de automação, localizando falhas rapidamente. Quando o cliente opta pela manutenção preventiva, a solução fornece orientações para o operador e para os técnicos de manutenção sobre os procedimentos a serem adotados, como datas a serem seguidas, necessidade de lubrificação, troca de dispositivos, vida útil de componentes mecânicos e revisões de ajustes. Editora Banas
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Estilo e juventude à mesa
A DA REDAÇÃO
s tendências de moda se refletem no segmento de embalagens. Não à toa, famosos estilistas do universo fashion estão emprestando o seu talento e a sua criatividade para desenhar as garrafas da água mineral premium Evian, marca da francesa Danone, que ganham passarelas não menos sofisticadas. O produto é distribuído nas lojas gourmet e nos restaurantes finos para um público privilegiado.
O sucesso dessas parcerias se reflete em mais uma nova investida da marca para comemorar as festas de fim de ano que estão chegando. Este ano, a Evian trabalhou com o estilista britânico Paul Smith, conhecido pelo seu senso de humor e otimismo. O estilo do design ícone e o espírito jovem de Evian se fundem na criação sazonal de uma edição limitada. A garrafa de vidro vivaz representa a energia e o estilo do jovem. Uma bem-vinda alternativa para os tons escuros do inverno.
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“A edição limitada 2010 da garrafa desenhada pelo estilista Paul Smith captura verdadeiramente a nova comunicação da marca Evian, Live Young™, que acredita que tudo é possível e os desafios são para hoje”, afirma Jerome Goure, vice-presidente de marketing da Danone Waters of America, Inc. “Esse é o terceiro ano que um estilista desenha a garrafa da Evian. É uma perfeita adição ao atual portfolio de produtos e nós vibramos com a inclusão dessa garrafa em nossa coleção.” Bem distante dos tradicionais temas das festas de fim de ano, o novo design da garrafa da água mineral Evian oferece a experiência da juventude em uma embalagem multicolorida, com cinco diferentes tampas colecionáveis. A coleção
Fotos: Divulgação
Paul Smith, famoso estilista britânico, empresta o seu talento para vestir a nova coleção de garrafas da água mineral francesa Evian
Adornada com cores vibrantes que prestam uma homenagem ao mais famoso estilista das listras, Smith, que capturou criativamente, a pureza da água mineral dos Alpes franceses, bem ao estilo fashion. “Juventude não é apenas uma questão de idade, mas também de atitude. Quando eu comecei a desenhar, eu queria utilizar cores encantadoras, brilhantes e divertidas numa referência à vida do jovem, que curte a sua juventude todos os dias”, diz o estilista. As listras desenhadas na parte superior da garrafa foram impressas com tinta orgânica.
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Paul Smith dá um toque elegante para a mesa festiva do Natal e do Ano Novo que se estenderá por todo o ano de 2010.
AS PRIMEIRAS GARRAFAS VESTIDAS PARA A FESTA As garrafas da água mineral Evian desenhadas por estilistas famosos já viraram uma tradição anual para a marca. A primeira versão fashion nasceu em 2007, com uma edição limitada, vestida pelo estilista francês Christian Lacroix. A coleção Christian Lacroix Prêt-à-Porter 2008 foi decorada com cristais nevados cintilantes, que charmosamente simbolizavam a pureza da água mineral. Além disso, um padrão de renda conferia à garrafa uma sensação clássica de frio e lembrança da flora que pode ser encontrada nos Alpes franceses. Rapidamente, a primeira coleção fashion das garrafas se popularizou e entrou para o Paul Smith, Guiness Book, estilista como a água mineral britânico mais cara do mundo. A segunda versão fashion da garrafa de água mineral Evian foi assinada pelo também estilista francês Jean Paul Gaultier. Ele produziu cinco únicas e exclusivas garrafas, decoradas com cristais enormes, revelando um vestido brilhante, com letras enormes generosamente, promovendo a transparência e ilusão óptica. Essa edição especial celebrou a simplicidade da beleza pura, exaltada pelo uso de uma única cor, a majestade do azul, lembrando sutilmente os marinheiros. Agora, é esperar, o que virá em 2011. Esse encontro da moda com a embalagem, do estilista e seus recursos de inspiração, prometem criações prontas para levar para casa e colecionar. INFORMAÇÕES EVIAN Tel.: 1-800-8638426 | www.evian.com
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lançamentos internacionais
A fabricante alemã de confeitos Rübezahl Schokoladen GmbH, acaba de adotar a embalagem Amcor E-Close®, para o seu chocolate Sun Rice, que é vendido exclusivamente na rede de supermercados Aldi, na Alemanha. A nova embalagem melhorou a apresentação do produto e atende a demanda dos consumidores, oferecendo maior facilidade de abertura e refechamento. “Amcor E-Close® nos ajuda a diferenciar a marca Sun Rice na gôndola. A conveniência combinada com a melhoria da estrutura laminada cria benefícios adicionais para nossos consumidores, além de nos possibilitar manter a alta qualidade dos produtos da fabricação até a residência”, explica Sandra Pejkovic, gerente de produto da Rübezahl Schokoladen GmbH. Incorporando alta tecnologia de resselagem do filme, a Amcor E-Close® minimiza o uso de materiais adicionais de embalagem, como zíperes e adesivos, que são comumente utilizados para refechamento de embalagem. Para refechar a embalagem basta uma simples pressão para baixo na aba. Pode ser adaptada em uma enorme variedade de produtos, como confeitos, salgadinhos, pães, assim como alimentos resfriados e frescos. O mecanismo de refechamento pode ser aplicado em vários tipos de filmes e estilos de embalagem.
Mais Barreira Inovação é o driver-chave no desenvolvimento de produto e no relacionamento com os clientes da alemã Superfos. Como parte desse processo de inovação, os testes de barreira das embalagens plásticas são realizados por um longo período. Um dos testes, por exemplo, foi feito com couve vermelha. Selada numa embalagem SuperFlex com rótulos-barreira, membrana e uma tampa-membrana, o vegetal manteve a cor e o frescor por 27 meses. Com uma embalagem plástica comum, a couve, usualmente, escurece depois de quatro meses, mas os testes mostraram a diferença de cores depois de mais de dois anos. O gerente de projeto, Lars Skjold Frederiksen, da Superfos, diz: “Esse é um passo enorme e prova que a embalagem plástica é capaz de aumentar o frescor e a durabilidade, com rótulosbarreira e membranas. E pode competir igualmente com embalagens de vidro para acondicionamento de alimentos”. Outros testes mostraram que produtos, que são usualmente embalados em potes de vidro, como geléia de frutas e picles, podem ser mantidos frescos numa embalagem plástica da Superfos por mais de 18 meses sem perder a cor e o sabor. “Antes o shelf life era o maior obstáculo para a migração do vidro para o plástico, mas agora novas opções surgem para nossos clientes”, conclui.
Amcor Flexibles, tel.: + 44 (0) 1452634100, www.amcor.com
Protegendo a Marca
Foto: Divulgação
Superfos, tel.: +4559111110, www.superfos.com
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Doce Conveniência
Uma das maiores especialistas em soluções de rótulos termoencolhíveis, a francesa Sleever International, desenvolveu a tecnologia Sleever® para proteger a marca contra falsificação. Além de decorar, combinando informações e funções promocionais, o Sleever® garante a autenticidade de produtos de alto valor agregado. Os conceitos do Seelcap® e do Holosleeve capacita a Sleever International a fornecer, especialmente, para indústrias de vinhos, alcoólicos, cosméticos, perfumaria e farmacêuticos com uma assinatura declarada de antifalsificação que oferece máxima segurança e fácil integração ao processo do usuário. Sleever International, tel.: 33 (0) 169747576, www.sleever.com
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Linhas Suaves Distintas A M&H Plastics acaba de anunciar uma nova embalagem de PET de 400 ml para aplicação em uma grande variedade de produtos. Com tampa flip top snap-on de 23 mm, a embalagem apresenta linhas suaves distintas e um visual premium para qualquer produto. Diferentes opções de cores e tampas podem criar infindáveis opções de escolhas. A empresa possui mais de mil embalagens, potes, tubos flexíveis e tampas, que podem atender as necessidades dos usuários finais. Também conta com um serviço de design customizado que pode criar uma embalagem personalizada.
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M&H Plastics, tel.: +44 (0) 1502715518, www.mhplastics.com
Portabilidade em Medicamentos Inovação no segmento de medicamentos. A MeadWestvaco Corp. desenvolveu a embalagem Med-Easy® que oferece conveniência, discrição e facilidade de uso. Ela foi desenhada para melhorar a experiência do consumidor e maximizar a eficiência da cadeia de fornecimento e otimizar o tempo dos varejistas. Além disso, a embalagem oferece portabilidade, já que pode ser carregada na bolsa ou no bolso.O seu manuseio é simples, podendo ser feito com apenas uma das mãos, o blister escorrega para facilitar o dispensing ou pode ser completamente retirado. MeadWestvaco Corp., tel.: +12128896401, www.mwv.com
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UMA METODOLOGIA DE
INOVAÇÃO EXCLUSIVA Foto: Divulgação
PARA EMBALAGENS!
Nunca se falou tanto em inovação como nos últimos tempos e a cada dia aumenta a certeza de que a inovação é a forma mais eficiente para uma marca comunicar diferencial e obter vantagem competitiva PAULO CARRAMENHA*
S
egundo o senso de inovação realizado pelo IPEA, as empresas que inovam de forma correta e consistente apresentam desempenho e resultados significativamente superiores aos concorrentes. Se isso realmente acontece, por que então as empresas não inovam mais? Porque para inovar de forma correta e consistente é preciso que a empresa possua metodologia e gestão especializada e que alguns pré-requisitos sejam seguidos: decisão e liderança empresarial; metodologia de inovação intensiva e focada; gestores especializados e dedicados; e investimentos predeterminados. Existem várias metodologias de inovação e as empresas devem escolher a que melhor se ajuste as características de seu negócio e a sua cultura empresarial. A maioria delas parte do pressuposto que é preciso ter pessoas inovadoras e criativas na liderança do processo e que a geração de um grande número de ideias deve ser o ponto de partida para a posterior avaliação das possibilidades geradas. Quase todas elas iniciam pelo processo de brainstorming, no qual todas as ideias propostas devem ser consideradas, não cabendo nenhum tipo de censura prévia. A metodologia mais utilizada nas empresas até hoje é a Stages and Gates, que aplica o chamado funil da inovação em que centenas e até milhares de ideias são geradas para chegar a um único produto consistente e plausível. Nos últimos três anos, pesquisamos e analisamos diversas metodologias de inovação, mas não encontramos nenhuma voltada exclusivamente para o desenvolvimento de embalagens. Por isso, o Núcleo de Estudos da Embalagem da ESPM desenvolveu uma metodologia de inovação exclusiva para embalagens baseada nas percepções de valores dos consumidores. Mas, por que precisamos de inovação em embalagem? Existem muitas razões que
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nos levam à certeza de que a inovação em embalagem é um fator decisivo para o sucesso das marcas. Basta examinar o contexto em que as marcas concorrem e os padrões de comportamento dos consumidores: √ Como se sabe, um supermercado pode ter até 45 mil produtos e um hipermercado até 130 mil produtos e aproximadamente 75% não têm qualquer apoio de comunicação. Nesse contexto, a embalagem é um elemento fundamental para a comunicação dos benefícios e valores das marcas e como fator influenciador da decisão dos consumidores. √ Além disso, sabemos que mais de 80% das decisões de marcas dos consumidores acontecem no ponto-de-venda, naqueles poucos segundos em que eles param na frente da gôndola e recebem os últimos estímulos que nortearão a sua decisão final. É preciso impactar o consumidor nesse momento e a embalagem é o último recurso da marca e, muitas vezes, o mais importante!
A nossa metodologia de inovação de embalagem baseada na percepção do consumidor considera que todo produto concorre em uma categoria que determina o tipo de competição que nela acontece. O consumidor escolhe o produto na categoria com base em diversos fatores e tendo a embalagem como principal mediadora desse processo. Por isso, a busca da inovação tem que ser objetiva e focada. E a oportunidade de negócio está em criar algo novo na categoria em que o produto concorre e não no universo como um todo. Entretanto, apenas apresentar uma novidade na categoria não garante o sucesso da marca. É preciso que a inovação traga também um benefício percebido e valorizado pelo consumidor. O consumidor tem que ser o centro da estratégia da inovação e aquilo que ele percebe como benefício no produto deve servir de base para a busca da inovação. Essa metodologia é muito simples e pode ser utiliza por qualquer empresa sem grandes investimentos nem o envolvimento de muitas pessoas. Ela consiste de cinco etapas:
1) Definição da categoria onde a metodologia será aplicada Considerando que a concorrência se dá na categoria é necessário estabelecer claramente qual a categoria onde o produto compete. 2) Estudo diagnóstico da categoria Essa é uma etapa de extrema importância para o sucesso da metodologia, pois dará uma visão clara da forma de atuação da concorrência e das dinâmicas e os padrões adotados pelos diferentes players do mercado. 3) Pesquisa para conhecer o valor atribuído pelo consumidor na categoria Nessa etapa, usamos uma adaptação do modelo de mind map para entender as percepções e os valores do consumidor e os benefícios esperados naquela categoria de produtos. 4) Proposição da inovação, combinada com um benefício percebido A proposição deve trazer uma inovação na categoria de produto aliado ao benefício percebido e valorizado pelo consumidor. 5) Identificação ou criação da embalagem que atende a essa proposição Muitas vezes, a embalagem não precisa ser criada. Basta apenas encontrá-la. Com frequência, ela se encontra em alguma outra categoria de produto, requerendo apenas alguma adaptação.
Essa metodologia vem sendo desenvolvida desde 2006 e sua eficiência foi testada e validada em vários cases. Está disponível para as empresas que quiserem tirar proveito da embalagem como um dos principais elementos de comunicação e diferencial das marcas. Paulo Carramenha é diretor-geral da GfK Brasil e Professor do Núcleo de Estudos da Embalagem da ESPM
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especial sustentabilidade
Preservar para crescer Foto: Stockxpert
A gestão de sustentabilidade exige um processo de aprimoramento contínuo. Nesse contexto, a indústria de embalagem também já adota novas práticas para o crescimento do seu negócio e para atender às exigências dos consumidores verdes
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MARGARET HAYASAKI
No entanto, os fabricantes continuam protegendo os seus produtos durante todo o ciclo de vida, enquanto realizam ajustes de credibilidade dos benefícios da embalagem.
sustentabilidade veio para ficar. Ela obrigou o universo corporativo a adotar um novo modelo de negócio. As indústrias de todos os setores, inclusive de embalagem, passaram a atuar com o propósito de não só gerar valor, mas realizar práticas sustentáveis para preservar o meio ambiente e desenvolver a sociedade. Mas, a gestão da sustentabilidade exige um processo constante de aperfeiçoamento para garantir que todos os indicadores ambientais – energia, água, gás carbônico, resíduo sólido – sejam monitorados e as metas cumpridas. Mas, a responsabilidade das companhias vai além, ela não termina no desenvolvimento do produto ou no momento em que elas colocam o produto no ponto-de-venda. A sustentabilidade do negócio afeta toda a cadeia produtiva e dela depende o futuro verde. Dentro desse novo cenário, na outra ponta, está o consumidor, cada vez mais consciente, com relação às questões ambientais. Especialmente, no caso da embalagem sustentável, uma nova pesquisa realizada pela Datamonitor identificou que ela é uma demanda crescente do consumidor, no entanto, ainda não é o motivador primário das compras. Mas, é um dos assuntos mais discutidos pelos aspectos éticos, econômicos e ambientais. “Os aspectos econômicos são imperativos, assim como a maior regulação. Isso significa que mais marcas precisam considerar a adaptação de sua abordagem atual para atender aos requisitos de uma embalagem sustentável”, afirma Matthew Adams, analista da Datamonitor e autor da pesquisa. Embora, a recessão econômica mundial tenha provocado impactos negativos em muitos países, para alguns consumidores, esse cenário mudou o seu estilo de vida para melhor, segundo o estudo. Eles estão comprando menos nas lojas de varejo, um comportamento, que pode ser benéfico para o meio ambiente. A recessão transformou eficientemente o comportamento de todos os consumidores, assim como a redução de compras significa menor desperdício. O aumento dos custos de combustível também fez a indústria de produtos de consumo questionar as práticas atuais e buscar otimizar os seus custos por meio da redução de embalagem, com menor peso, e mais embalagens transportadas da fábrica até a o ponto-de-venda.
Dos 15 países onde a pesquisa foi feita, o Reino Unido obteve a maior proporção de respondentes com alto nível de preocupação sobre as embalagens dos produtos de consumo. Isso não significa necessariamente que os consumidores do país são os mais ecológicos, mas pode significar que os produtos de consumo são embalados com menos eficiência em comparação a outros países ou a influência da mídia conduz essa preocupação. Independente se isso é uma ameaça para fabricantes de produtos de consumo irresponsáveis, os consumidores devem continuar reagindo às embalagens excessivas com suas atitudes pró-ativas ou preventivas. Uma das atitudes mais óbvias dos consumidores é o boicote aos produtos que não atendem às suas expectativas (leia mais na matéria sustentabilidade consumo na página 60). Com isso em mente, a Datamonitor realizou a pesquisa com consumidores em todo o mundo para verificar como as suas necessidades têm mudado o seu comportamento de compra devido à sua preocupação com as embalagens superdimensionadas. Em 2008, 48% dos respondentes do Reino Unido afirmaram que eles buscam produtos alternativos se acreditam que a primeira escolha era excessivamente embalada. Essa proporção é ligeiramente maior nos Estados Unidos, mas fica atrás de outros países da Europa, como França, Espanha e Suécia. Na Holanda, os consumidores boicotam menos os produtos do que no Reino Unido. Toda a indústria de produtos de consumo deve continuar avaliando o desenvolvimento da embalagem alinhada às tendências de consumo. A embalagem sustentável não representa somente um benefício para o meio ambiente, mas também para fabricantes e consumidores. Embalagens modernizadas podem também ser a melhor solução para otimizar custos em vez de utilizar embalagens shrink ou portion shrink para embalar uma pequena quantidade de produtos, que é vendida pelo mesmo preço. O meio ambiente está na agenda mundial. E, no Brasil, não é diferente. Nessa edição, a revista Pack traz um especial sobre sustentabilidade, com reportagens, que dão uma pequena amostra das práticas sustentáveis realizadas pela indústria de embalagem, desde o processo de produção até a concepção do produto.
PREOCUPAÇÃO DOS CONSUMIDORES COM RELAÇÃO ÀS EMBALAGENS SUPERDIMENSIONADAS EM 15 PAÍSES – 2008
POUCO PREOCUPADOS
70%
EXTREMAMENTE PREOCUPADOS
60%
TOTAL
50% 40%
20%
TOTAL
REINO UNIDO
CHINA
ÍNDIA
AUSTRÁLIA
ESPANHA
SUÉCIA
FRANÇA
HOLANDA
JAPÃO
COREIA DO SUL
ITÁLIA
EUA
ALEMANHA
RÚSSIA
0%
BRASIL
10%
Fonte: Datamonitor
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especial sustentabilidade
economia verde
Por um futuro mais verde A multinacional alemã Henkel não somente traçou metas ambientais, como também envolve todos os seus funcionários nessa estratégia de negócio
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sustentabilidade entrou definitivamente na pauta Funcionários das indústrias. Atuar de forma responsável em toda participam a cadeia de valor, gerando valor econômico, sem do Programa prejudicar o que está ao seu redor, é a essência da Aprendendo com Segurança estratégia de gestão da multinacional alemã Henkel, que produz adesivos para embalagens, em sua unidade de Jundiaí, em São Paulo. É seguindo esse caminho verde que a companhia De lá para cá, a melhoria dos inExistem olha para o futuro e para a perenidade de seus negócios no dicadores ambientais é contínua, metas para Brasil e no mundo. Sérgio Crude, gerente de engenharia e principalmente, devido à implantasustentabilidade da Henkel, diz que o conceito de sustencada unidade ção de sistemas de gestão ambientabilidade que orienta a empresa se estende também aos tal ISO 14000, em 1998, e de saúde produtiva seus clientes, com melhorias no processo produtivo e maior e segurança ocupacional OHSAS estabelecidas 18000. Para atingir as metas, conta eficiência ambiental.
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desde o Para avaliar o desempenho ambiental e determinar a eficiência e a efetividade da Henkel na utilização dos recursos disponíveis, do ano a empresa utiliza indicadores ambientais, com foco em quatro áreas: energia elétrica, água, resíduos e acidentes ocupacionais. Até 2012, a meta mundial, tendo como ano base 2007, segundo Crude, é reduzir em 15% o consumo de energia elétrica, 10% o consumo de água, 10% o volume de resíduos gerados e 20% os acidentes ocupacionais. No Brasil, a fábrica de adesivos para embalagens, em Jundiaí (SP), reduziu o consumo de energia em 8%, o consumo de água em 7% e o volume de resíduos gerados em 2%. Esses dados são válidos para o período de janeiro a agosto de 2009 em comparação ao ano passado. “Nessa planta, a medição dos indicadores ambientais ainda é recente, pois ela pertencia a National Startch, que foi incorporada pela empresa, no ano passado. Mas, a fábrica de adesivos para embalagens, localizada em Jacareí (SP), que foi transferida para Jundiaí, já utilizava os indicadores ambientais desde 1992”, revela Crude.
início
o executivo, a Henkel formou, por exemplo, um comitê de redução de energia elétrica, que se reúne uma vez por mês, para discutir as ações que serão realizadas para otimizar o uso desse recurso, como o uso de motores que oferecem maior capacidade e menor consumo. “Em relação ao consumo de água, existem metas para cada unidade produtiva estabelecidas, desde o início do ano, por representantes da empresa e pelos funcionários. E o desempenho é monitorado mensalmente. Essas metas fazem parte do programa de participação de resultados (PPR), por isso cada funcionário acaba monitorando efetivamente a otimi-
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permitindo uma economia anual de até três toneladas de material”, acentua. a resina de breu ainda é aplicada somente para os adesivos hot melt, já que ainda não existem formulações que permitam atingir as especificações exigidas pelo usuário do produto. “Mas as pesquisas continuam para o desenvolvimento de novos produtos que utilizem menos recursos ou sejam de fontes renováveis”, diz. a preocupação com o meio ambiente já vem de longa data, há 15 anos, a Henkel apresentou ao mercado uma linha de adesivos sem solventes para embalagens flexíveis.
LOGÍSTICA OTIMIZADA
zação do uso da água”, afirma. “as metas são sempre atingidas. E, isso, é uma forma de institucionalizar as metas ambientais existentes”. os avanços na área ambiental não param. na alemanha, a Henkel lançou o projeto-piloto Pegada de Carbono de Produto, que por enquanto, está sendo utilizado apenas para as áreas de cosméticos e de detergentes. Para o negócio de adesivos, está previsto também um projeto-piloto, em 2010. “no Brasil, ainda não há uma data para a implementação desse projeto. Mas, estamos acompanhando de perto”.
INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE: PRODUTOS SUSTENTÁVEIS inovação e sustentabilidade são dois pilares indissociáveis no desenvolvimento de novos produtos na
Contribuindo para reduzir a emissão de Co², a Henkel está otimizando a logística na distribuição de seus produtos até os clientes. Para isso, no ano passado, a Henkel deu início a um projeto METAS “VERDES” de otimização de suas MUNDIAIS ATÉ 2012 fábricas, incorporando a redução do consumo unidade de adesivos para de energia elétrica embalagens de Jacareí redução do consumo de água na unidade de Jundiaí. redução do volume de “nessa consolidação de Henkel. É dessa alresíduos gerados processos produtivos, nós quimia que nasceu, redução de acidentes decidimos terceirizar o por exemplo, uma ocupacionais operador logístico, que nova matéria-prima vai atender todas as fábride fonte renovável, cas. Em vez de ter vários caminhões que veio substituir as resinas à base de para cada unidade fabril transporpetróleo utilizadas nos adesivos hot tando carga para o mesmo cliente”, melt para embalagens. “trata-se das acentua. “Esse operador logístico fica resinas de breu extraídas do pinho. Essa novidade é o resultado de dois anos de próximo ao rodoanel, com o objetivo pesquisas feitas pela matriz, na alemanha, que foi introduzida no mercado de um ano para cá”, conta Crude. “Utilizando a resina de breu, o impacto ambiental é bastante positivo,
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Resina de breu extraída do pinho é utilizada em adesivos hot melt
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de facilitar as saídas pelas principais rodovias de são Paulo e de outros estados do Brasil. Esse trabalho otimiza todo o transporte de carga de produtos acabados”.
RESPONSABILIDADE SOCIAL: NO CORAÇÃO DA EMPRESA
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elege e adota anualmente os que recebem a contribuição financeira da empresa. dessa forma, o programa incentiva o voluntariado e o envolvimento pessoal dos funcionários e aposentados. Eles passam a ser um elo entre a empresa e a comunidade com seu trabalho voluntário, além de assegurar a aplicação dos recursos de forma transparente e eficiente. “Em 2008, a Henkel disponibilizou 5 milhões de euros para projetos sociais em todo o mundo. desse total, o Brasil recebeu 150 mil euros”, revela Crude. “até agosto de 2009, a empresa recebeu 80 solicitações. Cerca de 15 já foram aprovadas”.
Cada vez mais importante no comportamento das organizações corporativas, a responsabilidade social avança como prática sustentável. Mas, mais do que isso é preciso que ela seja a filosofia que move a empresa. É o que faz a Henkel em todo o mundo, inclusive, no Brasil. desde 1998, a empresa realiza o programa Mit (Make an na Henkel, responsabilidade social impact on tomorrow), que significa não é só cuidar da sociedade, mas Faça um impacto no amanhã, em que cuidar da saúde de quem faz a sua funcionários e aposentados realizam empresa: os funcionários. no munatividades voluntárias em benefício do, a companhia reduziu em 86% os da sociedade. no ano passado, o Mit acidentes ocupacionais entre 1998 completou dez anos e já patrocinou e 2007. E o Brasil é um exemplo, mais de 7 mil projetos, em mais de 110 orgulha-se Crude. “a fábrica de países, com a contribuição de cerca de adesivos para embalagens, de Jacareí, 13.3 milhões de euros. permaneceu mais de Com o envolvimento 3500 dias sem regisPROGRAMA MIT MAKE AN IMPACT ON TOMORROW – de mais de 5 mil funtrar acidentes com FAÇA UM IMPACTO NO AMANHÃ cionários ativos e apoafastamento. a uniPrograma que funcionários e sentados, promoveu o dade de Jundiaí, que aposentados realizam atividades voluntárias completou 10 anos existe desde 2004, atendimento de cerca patrocinando: também não teve de 65 mil crianças. + de 7 mil projetos acidentes até hoje”. os projetos sociais a + de 110 países segundo o executivo, serem implementados € 13.3 milhões esse excelente desemsão inscritos pelos vo+ 65.000 crianças atendidas penho é resultado de luntários e a Henkel um trabalho incansável e incessante. E, também da realização do programa aprendendo com segurança, implementado há oito anos no Brasil, que promove várias atividades dentro das unidades fabris da Henkel visando a prevenção de acidentes. “temos palestras de Desde 2004, a unidade de Jundiaí (SP) não registra acidentes 26
Fotos: Divulgação
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Sérgio Crude, gerente de engenharia e sustentabilidade da Henkel
conscientiEm 2008, zação, além a Henkel do diálogo de disponibilizou 5 sHE (segurança, saúde milhões de euros e meio ampara projetos biente) feito sociais em todo diariamente pelos supero mundo visores com os seus funcionários”, revela. Essa prática, segundo Crude, pode ser comparada a uma catequese. “É uma das formas mais eficientes para manter esse nível de conscientização constante e os excelentes resultados”. na área de prevenção de acidentes ocupacionais, a Henkel Brasil é a mais avançada em relação ao resto das unidades onde a empresa está presente no mundo. “num único país, com quatro fábricas, sem nenhum acidente, somente o Brasil conseguiu esse desempenho”, orgulha-se. (M.H.) INFORMAÇÕES HENKEL Tel.: (11) 3205-8955 | www.henkel.com.br
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Em busca do menor impacto
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uatro R’s – reduzir, reutilizar, retornar e reciclar – dão a medida da sustentabilidade da embalagem de vidro. Esse é o conceito que conduz as práticas ambientais da multinacional norte-americana Owens-Illinois que busca, cada vez mais, reduzir o impacto ambiental. Do seu processo de produção até a reciclagem das embalagens de vidro, a gestão dos negócios da companhia visa a reduzir o uso dos recursos minerais, diminuir a emissão de CO², otimizar o uso de energia e reutilizar a água. Como isso é feito? Uma das ações verdes é o uso de cacos de vidro na produção de novas garrafas, que propicia ganho energético, economia de matéria-prima e redução da emissão de gases de efeito estufa. Hoje, a contribuição da empresa para o bem do meio ambiente tem um percentual expressivo nesse quesito: 53% do volume de produção de embalagens de vidro, que é de 440 mil toneladas de garrafas, utiliza cacos de vidro. Os números revelam ainda, que para cada 10% de caco de vidro adicionado à composição da nova garrafa é possível reduzir em 5% o consumo de energia. “O percentual de utilização de cacos de vidro vem aumentando lentamente, nos últimos anos, com flutuações para cima ou para baixo”, revela Rildo Lima, diretor de marketing e vendas da Owens-Illinois. Esse desempenho tem explicação em vários fatores peculiares à embalagem de vidro. Ele explica: “O sistema de coleta de vidro é bastante efetivo, sendo difícil encontrar o material nas ruas. Além disso, uma boa parcela, cerca de 20% da produção de embalagens de vidro, no Brasil, é retornável. E, 80% das famílias brasileiras reutilizam as embalagens de vidro, como utensílios domésticos, que viram copos para servir bebidas ou potes para guardar condimentos, doces em conservas, entre outros produtos, e até mesmo, objetos de decoração pintados à mão”. Sem contar que há um mercado ilegal que reutiliza garrafas proprietárias, ou seja, é muito comum encontrar cachaça envasada em garrafas de sodas alcoólicas.
A efetiva aplicação dos 4 R’s nas plantas de produção de embalagens de vidro da Owens-Illinois permite redução do consumo de energia, de matérias-primas e recursos naturais, e da quantidade de embalagens depositadas em aterros sanitários
“Cerca de 15% das embalagens de vidro são utilizadas nesse mercado, deixando de ser recicladas. Isso é um empecilho para aumentar os índices de reciclagem. Um dia essas garrafas voltam para a vidraria, mas podem demorar anos”, argumenta o executivo.
REDUÇÃO DE PESO DAS GARRAFAS: MENOS É MAIS Há mais de duas décadas, a Owens-Illinois já vem trabalhando na redução do peso das embalagens de vidro, ou seja, na economia dos recursos naturais, sem comprometer a sua resistência. Um dos destaques dessa prática sustentável, destaca Lima, é o desenvolvimento da garrafa long neck, no Brasil, em 1990,
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53% do volume da produção de embalagens de vidro da Owens-Illinois utilizam cacos de vidro
Isso é resultado do investimento pesado na tecnologia narrow neck press and blow (NNPB), que consegue deixar a espessura da parede da garrafa homogênea em todo o seu contorno. Ela veio substituir a tecnologia blow and blow. “Trata-se de um processo mais avançado. Na medida em que reduzimos a quantidade de vidro aumentamos a velocidade. E isso permite a redução do peso”, explica. Do ano 2000 para cá, a Owens-Illinois tem investido pesado na melhoria das
máquinas e na tecnologia dos moldes. Os investimentos totais chegam a US$ 45 milhões. Além disso, a empresa conta com um centro global de tecnologia, nos Estados Unidos, que se debruça no desenvolvimento de soluções que permitam reduzir o peso da garrafa. “Agora a América Latina ganhou esse centro, que foi recém-instalado no Peru, para atender os países da região. E, no Brasil nós temos praticamente uma organização completa da Owens-Illinois, com um centro de desenvolvimento de produtos e moldes”, revela. A redução de peso da embalagem de vidro representa menor impacto no aquecimento global. Para se ter uma ideia, Lima cita o exemplo da garrafa
Fotos: Ricardo Maizza
quando ela pesava 310 gramas. “Hoje, a mesma garrafa pesa 180 gramas, mas pode chegar a 170 gramas”. Em alguns lugares do mundo, a companhia já produz uma garrafa de cerveja de 355 ml extremamente leve, pesando apenas 150 gramas.
Rildo Lima, diretor de marketing e vendas da Owens Illinois
de vinho de 750 ml, que começa a ser produzida pela empresa no Brasil, que teve o seu peso reduzido de 420 gramas para 300 gramas. “Isso vai gerar uma redução de 20% no consumo de energia e menos 11,1 mil toneladas de CO² emitidas anualmente para a atmosfera, o equivalente a 4 120 carros a menos nas estradas. Além de queda de 12% no consumo de água por embalagem, ou seja, uma economia total equivalente a seis piscinas olímpicas e 6,25% mais garrafas transportadas no caminhão”,
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acentua. no caso da garrafa da cerveja sol shot, a redução do peso permitiu que 15% mais garrafas fossem transportadas no caminhão. “reduzimos a necessidade de utilização de mais transporte, ou seja, menos emissão de gás efeito estufa”. Esse empenho na busca pelo menor impacto ambiental continua. a garrafa retornável de cerveja, que já pesou 480 gramas e hoje pesa 420 gramas, vai chegar ao mercado no início de 2010 ainda mais leve. “Vamos produzir essa embalagem com 390 gramas. Ela é uma garrafa muito pesada. Essa redução vai ter um efeito muito significativo dentro de todo o contexto da sustentabilidade”.
PROGRAMAS DE RECICLAGEM
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neiro, que hoje a população de outros municípios do estado, como Macaé e nova iguaçu, também participam, levando as embalagens de vidro pósconsumo para trocar por cestas básicas. “nós queríamos atender a comunidade, mas agora estamos atendendo quase todo o estado”, comemora Lúcia o sucesso da iniciativa.
Lucia Moreira, coordenadora dos programas de reciclagem da Owens Illinois, no projeto vidro é cidadania garantida e meio ambiente preservado
a escolha da comunidade da verde e rosa se deu pela proximidade com a planta fabril da owens-illinois e pela consolidação do programa social da Mangueira que existe desde 1987, realizando ações sociais nas áreas de educação, esporte, saúde, lazer e cidadania. “de 2003 para cá, os números da coleta seletiva vêm se mantendo bastante estáveis. a diferença é que hoje mais pessoas entram em contato com a empresa, não somente para participar do projeto, mas para entender, conhecer e visitá-lo”, explica.
facilitar e aumentar a coleta seletiva do vidro na região e também de outros materiais. além disso, a cooperativa recebe três cestas básicas a cada uma tonelada de vidro recolhida”, diz Lúcia.
Com o objetivo de promover o exercício da cidadania pela prática da coleta seletiva do vidro nasceu, em 2000, o projeto vidro é cidadania garantida e meio amno ano passado, o sucesso do projeto biente preservado, realizado no rio de carioca veio para são Paulo, batizado Janeiro. a iniciativa é uma parceria da com o nome de vidro solidário, em owens-illinois com o programa social da parceria com a CdHU (Companhia Mangueira, que tem o apoio do governo de desenvolvimento Habitacional e estadual e municipal do rio de Janeiro. Urbano) do Estado, para a sua imo projeto da companhia funciona no plantação na comunidade do Jardim complexo esportivo Pantanal, na região da Vila olímpica, dentro PEQUENAS AÇÕES QUE Zona Leste, também do espaço do programa CONTRIBUEM PARA O próxima a planta faMEIO AMBIENTE social da Mangueira, bril da owens-illinois. que ocupa uma área de Quem toca o projeto 30% da área de 320 mil m², da mais de 30 mil m². Para é a cooperativa nossa planta fabril da Owens-Illinois, em cada 90 kg de vidro São Paulo, são ocupadas com planEsperança, que recetação de eucaliptos que contribui transparente ou 120 kg be as embalagens de para a diminuição de gás carbônico de vidro misto, os movidro pós-consumo. na atmosfera. radores da comunidade no mesmo formaReuso de 100% da água utilizada nas trocam embalagens into do projeto do rio plantas fabris do Rio de Janeiro e São teiras ou quebradas por de Janeiro, em são Paulo. Atualmente, o consumo de cestas básicas. “MenPaulo, os moradores água é de 0,3 a 0,5 m³ por tonelada salmente, arrecadamos fundida de vidro. trocam 150 kg de 200 toneladas de vidro vidro por cestas báDois precipitadores eletrostáticos que beneficiam cersicas. atualmente, instalados nas duas fábricas garantem a captação de partículas ca de 1 900 famílias o projeto arrecada poluentes que poderiam ser emitidas com cestas básicas”, apenas 5 toneladas de para atmosfera. Com isso, a empresa informa Lúcia Moreira, vidro/mês, mas a ideia reduziu em 99,5% o risco de emissão coordenadora dos proé que esse volume para o meio ambiente. gramas de reciclagem seja expandido. “acaUso do gás natural no processo de da owens-illinois. o bamos de doar uma produção das embalagens de vidro projeto está tão conperua Kombi para a asseguram a redução de emissão de CO². solidado no rio de Jacooperativa, visando 30
o próximo passo é a inauguração de um terceiro projeto de reciclagem de vidro, ainda este ano, no município de descalvado, no interior de são Paulo, em parceria com a prefeitura da cidade, onde a owens-illinois tem uma planta de mineração. “a intenção é despertar as pessoas para a importância da reciclagem do vidro. nós vamos fazer o link mineração, extração de areia e reciclagem de vidro, mostrando para a população, que futuramente, dependendo da consciência ambiental de todos, 100% das embalagens podem ser produzidas com cacos de vidro”, ressalta Lúcia. “temos um longo caminho a percorrer, mas precisamos começar”, acrescenta. a coleta seletiva do vidro na cidade de descalvado será feita pelas associações de bairro. a expectativa de coleta é de 15 toneladas/mês. “o vidro coletado será levado para um local de transbordo cedido pela prefeitura até perfazer o volume esperado, já que não é ambientalmente correto transportar a carga de material a cada tonelada para são Paulo por causa da emissão de gás carbônico”. a owensillinois tem planos de expandir o projeto de reciclagem de vidro para outras cidades do Brasil, mas sempre avaliando a sua sustentabilidade. “o nosso maior desafio é despertar a consciência do cidadão. Mesmo que ele não consiga transformar o mundo, a sua atitude já é uma grande contribuição para o meio ambiente”, conclui Lúcia. (M.H.) INFORMAÇÕES OWENS-ILLINOIS Tel.: (11) 2542-8000 | www.oidobrasil.com.br
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Um negócio ecoeficiente Dos projetos de florestamento de pinus até as ações sociais, a Ibema não só cuida do futuro do planeta, mas das pessoas também
Floresta de pinus taeda: 4 500 hectares
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T
udo o que os seus olhos podem alcançar no horizonte é verde. A natureza é recortada por montanhas, cachoeiras e rios. O cenário perfeito para erguer a planta fabril da Ibema, em Turvo, interior do Paraná, na década de 50, quando a empresa ainda atuava no setor de madeiras. Desde o início de suas atividades, o DNA verde já estava lá incorporado na sua gestão, que foi pioneira na região, ao iniciar, na década de 60, os projetos de florestamento de araucária. Paulo Roberto Ivanski, diretor-industrial da Ibema, explica que a matéria-prima da fábrica era originária de ponteiras e resíduos da araucária destinados para serrarias. “Esse foi o primeiro passo para a empresa se tornar autossuficiente em araucária e, principalmente, garantir a repetibilidade do produto para atender a demanda dos clientes”, diz. O florestamento de araucária garantiu o manejo florestal sustentável, ou seja, a preservação da mata nativa. Foi nessa época, que a Ibema começou a planejar o início da produção de papel cartão para embalagens, que se deu efetivamente, na década de 70. “Esperamos as florestas maturarem para ter matérias-primas adequadas lá na frente. Nesse período, a empresa também foi atrás de matériasprimas alternativas, de crescimento mais rápido, pensando justamente na expansão dos seus negócios e na ampliação da atividade industrial”, revela o executivo. Daí a Ibema iniciou o plantio da floresta de pinus. “Ela permitiu incrementos mais rápidos e, consequentemente, menor área florestal para ter a matéria-prima necessária para a fabricação de pasta mecânica”, explica Ivanski. Hoje, a área plantada de florestas da Ibema é de aproximadamente 8 200 hectares, dos quais 4 500 hectares de pinus taeda. O restante da área é reserva legal de preservação permanente. “O foco é ter o mínimo de área plantada, mas sempre olhando para futuras expansões. Atualmente, temos mais florestas do que conseguimos consumir para produzir pasta mecânica. Isso significa que se a Ibema precisar aumentar a capacidade de produção de pasta mecânica para suprir a fábrica de papel cartão para embalagens, nós
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Paulo Roberto Ivanski, diretor-industrial da Ibema
teríamos autossuficiência”, garante o diretor-industrial. O consumo médio de pasta mecânica é de 100 toneladas/ dia para produção de papel cartão para embalagens. Mas, a empresa produz somente 50 toneladas/dia, o restante do volume é comprado no mercado, principalmente, de pasteiras regionais localizadas num raio de 50 km de Turvo e de algumas situadas fora do Estado do Paraná. “Esse é um formato de negócio que a Ibema busca para manter o perfil da atividade florestal e a geração de empregos para a comunidade”, revela.
de 300 g/m2, mas hoje ela já chegou a 260 g/m2. “O pinus garante maior rigidez e possibilita produzir, com menos tonelagem, um papel cartão de gramaturas menores com as mesmas propriedades de um material com gramaturas superiores”. Isso foi possível ainda graças ao projeto de expansão da fábrica, que ganhou a máquina 3, em 2003, possibilitando a distribuição de fibras, muito adequada para garantir as propriedades físicas e mecânicas do papel cartão. “É possível reduzir mais a gramatura do papel cartão, investindo em novas tecnologias e no tratamento de fibras e madeiras. Além disso, o desenvolvimento genético possibilita que as fibras sejam cada vez mais apropriadas ao produto final”, acredita Ivanski.
O coroamento dessa gestão verde veio, recentemente, com a conquista, em julho último, da certificação do selo FSC (Forest Stewardship Council). “O trabalho de preparação do FSC, entre planejamento e implantação, começou há dois anos. Mas a busca pelo selo é anterior”, explica Ivanski. Essa conquista já era almejada, quando a empresa decidiu, em 1997, fazer a certificação ISO 9000, um sistema de garantia da qualidade do processo de toda a fábrica. “A complexidade da fábrica e as inúmeras entradas de materiais de fornecedores diferentes tornam o processo de controle complexo. O esforço para a manutenção da certificação e o fornecimento adequado é muito mais árduo”, afirma.
Fotos: Paulo Bau
De 2004 para 2009, conseguimos reduzir em 90% a emissão de gás carbono no processo de fabricação do papel cartão para embalagens
As práticas sustentáveis contemplam ainda o uso de aparas de papelão reciclado na produção do papel cartão Ibemapack Plus. “Do total de fibras utilizadas pela empresa, 15% são recicladas”, comenta.
O plantio do pinus de fibra longa também permitiu desenvolver um papel cartão para embalagem mais sustentável. Até 2002, a gramatura média ponderada do papel cartão era
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AUTOSSUFICIENTE NA GERAÇÃO DE ENERGIA
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A natureza ajudou a Ibema ser autosuficiente na geração de energia elétrica. Cortada pelos rios Marrecas e Cachoeira, a fábrica ganhou a sua primeira pequena central hidrelétrica (PCH), batizada de Boa Vista, na década de 60, visando a geração de energia para sua linha de produção. Hoje ela não gera mais energia, mas é utilizada para produção de pasta mecânica. A segunda central hidrelétrica Cachoeira entrou em operação, em 1984, e a terceira central hidrelétrica Boa Vista 2, em 2003, justamente para permitir a expansão da fábrica. Essa última, segundo Ivanski, é a usina pesada, que gera 8 megawatts/hora e ainda pode ter sua capacidade dobrada. A potência total das duas PCHS que operam a fio d’água é de 10,8 megawatts/hora, mas o consumo de energia elétrica, na unidade fabril, é de 7 megawatts/hora. “No ano passado, fizemos a interligação com o sistema elétrico nacional por meio da Copel Companhia Paranaense de Energia para que a empresa não ficasse exposta a problemas mais sérios e não conseguisse realizar o atendimento ao cliente. Mas, principalmente, para ter a possibilidade de despachar excedentes de energia limpa para o sistema, melhorando a rentabilidade da companhia”, explica. “O excedente pode ser fornecido, inclusive, para a nossa outra unidade, localizada em Ibema (PR)”.
PAPEL SOCIAL: QUALIDADE DE VIDA E CAPACITAÇÃO
Servir o outro é um comportamento altruístico que gera o círculo virtuoso da reciprocidade. A Ibema sabe bem disso. A empresa é o que se pode chamar de uma grande família. Desde a sua fundação, na década de 50, os funcionários que por lá passaram, deixaram seus herdeiros para dar continuidade ao trabalho. Hoje, a terceira geração de colaboradores é a força de trabalho da companhia, que emprega 615 funcionários, na unidade de Turvo (PR). Ivankski ensina o segredo. “Aqui dentro existe uma comunidade e tudo que ela precisa para ter um futuro melhor. Afinal, além do compromisso ambiental, as ações da Ibema também se caracterizam pelas atitudes socialmente responsáveis”, acentua. Com a realização de projetos sociais, a Fundação Ibema e o centro comunitário, a companhia contribui para garantir a qualidade de vida e o desenvolvimento de seus colaboradores e familiares. A começar pela moradia. LocaCasa de força da Usina de Boa Vista 2 que gera 8 megawatts/hora
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Aqui dentro existe uma comunidade e tudo que ela precisa para ter um futuro melhor
lizadas dentro da área da fábrica, as vilas residenciais construídas pela Ibema possuem uma completa infraestrutura, que inclui energia elétrica, água e um sistema completo de coleta e tratamento de esgoto. Tudo isso disponibilizado aos colaboradores sem nenhum custo, em regime de comodato, para cerca de 700 pessoas.
O conhecimento é o pilar do futuro, por isso os filhos dos funcionários frequentam escola do Ensino Fundamental e Médio, praticamente, sem sair de casa. Bastam poucos passos para chegar até a escola, que é mantida pela Prefeitura de Turvo, dentro da unidade da Ibema, com aulas nos três períodos: manhã, tarde e noite. Além da escola, a empresa em parceria com o Senai de Guarapuava (PR) realiza cursos pré-profissionalizantes gratuitos com duração de um ano, para formação de auxiliares administrativos e técnicos em produção industrial. Isso faz parte do programa Aprendiz dedicado aos jovens de 14 a 24 anos. Atualmente, a turma é formada por 16 aprendizes. “Duas salas são cedidas pela Ibema para a realização dos cursos que acontecem de segunda a sábado, no período da manhã. Os filhos dos funcionários têm oportunidade de trabalhar na
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Menores aprendizes, filhos dos funcionários da Ibema, recebem qualificação profissional em salas cedidas pela empresa
fábrica. Abrimos vagas internas e privilegiamos quem tem talento e quer crescer profissionalmente. Oferecemos treinamento para seguir trabalhando aqui por muito tempo”, diz Ivanski. Este ano, a novidade é o Programa de Inclusão Digital onde a empresa cede o espaço e toda a infraestrutura para as aulas de informática. O Senai entra com os notebooks e os professores. “Outros cursos podem ser feitos no Senai Guarapuava. Um ônibus cedido pela empresa leva os alunos para a cidade vizinha”.
Não muito longe dali fica o centro comunitário, um projeto criado, em 2005, pela assistente social Marta Le Fosse, que oferece oficinas de culinária, pintura em tecido, crochê, costura e bordado para os dependentes dos funcionários, como esposas, filhas e mães. O objetivo, segundo ela, é promover a integração social entre as mulheres da comunidade e trabalhar o melhor do ser humano. “Nós ensinamos a pescar, não damos o peixe”, garante. Lá também funciona, de segunda a sábado, uma pequena biblioteca e o serviço social para atender a comunidade. Na área de saúde, a Fundação Ibema, oferece aos funcionários e dependentes atendimento médico, odontológico e de enfermagem, mantendo ainda convênios com farmácias, clínicas e laboratórios, além de hospitais da região para atendimento ambulatorial em diversas
especialidades. Para pacientes que necessitam de tratamento em Turvo ou Guarapuava está disponível um serviço de transporte diário. A Fundação mantém também um ambulatório médico 24 horas com enfermeiras, auxiliares e médicos de diversas especialidades. E, na área de lazer, a Ibema criou a Associação Recreativa da Ibema que conta com campo de futebol suíço, quadra de areia, quadra de esportes, academia equipada, vestiário, sala de jogos, parque, praça, lagoa e restaurante. “Um professor de educação física realiza as aulas e os funcionários participam de competições em Turvo e Guarapuava. É uma comunidade atuante”, revela Ivanski. “Esse conjunto de ações da Ibema assegura uma vida digna para eles”, conclui. (M.H.) INFORMAÇÕES Ibema Tel.: (42) 3642-8000 | www.ibema.com.br
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Tecnologia produz mais com menos Foto: Divulgação
Novas tecnologias visam a redução do consumo de material de embalagem
“N
a natureza nada se cria. Nada se perde. Tudo se transforma”. É parafraseando essa conhecida frase da Lei de Lavoisier que os fabricantes de máquinas de embalagem também estão conduzindo o desenvolvimento de tecnologias verdes que revertem custo em benefício. O que antes era tratado como um problema agora é uma vantagem, com ganhos de produtividade, competitividade e ambientais. Um bom exemplo disso é o que está fazendo a Oystar Fabrima, uma das maiores fabricantes de máquinas de embalagem da América Latina.
Muito antes de se falar de sustentabilidade, como o assunto é tratado hoje no Brasil, a companhia já atuava alinhada com essa preocupação. Segundo Michael Teschner, gerente-geral da Oystar Fabrima, desde 2000, a empresa já estava repensando o processo de embalagem de suas máquinas, que é aprimorado a cada ano. “Cada vez mais os equipamentos incorporam mais tecnologia e inteligência, não só para atender esse requisito verde, mas para a sustentabilidade do negócio”. A companhia investe anualmente de 3% a 4% do seu faturamento (R$ 45 milhões em 2008) em melhorias e novos equipamentos. “A construção das novas máquinas contempla o uso de soluções baseadas na tecnologia de controle, como sensores, controladores e funções, que garantem o funcionamento perfeito do processo de embalagem”. Ou seja, ela coloca um fim no desperdício e na geração de custos.
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A Oystar Fabrima desenvolveu uma empacotadora de alta velocidade que utiliza menos material de embalagem Agora, é possível realizar o diagnóstico de qualquer tipo de falha como, por exemplo, produtos defeituosos ou mal-acabados, que exigem reprocessamento e geram o desperdício de material de embalagem. O conceito de redução do índice de desperdício de material de embalagem nas máquinas de empacotamento foi trazido pela Oystar Fabrima da Europa. “A produtividade e a redução da perda de material de embalagem sempre foram atributos importantes na concepção de nossas máquinas”, afirma Teschner. “As atuais empacotadoras trabalham com índice máximo de desperdício de material de embalagem de 1% a 2%, enquanto as tecnologias concorrentes operam com uma taxa de 5%”, compara. “Em volume de embalagem não é possível mensurar,
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Desenvolvemos um novo sistema de compactação do produto em pó para operação em alta velocidade de 105 a 110 pacotes de 250 gramas/minuto, com mínimo de head space
Michael Teschner, gerente-geral da Oystar Fabrima
pois isso depende de vários fatores, como velocidade das máquinas, quantos turnos elas operam, etc.”.
MAIS PRODUTIVIDADE COM MENOR HEAD SPACE Um bom exemplo dessa inovação sustentável é uma máquina de empacotamento, que proporciona maior produtividade e menor uso de material de embalagem. Ela foi feita sob encomenda para uma grande torrefadora de café. Teschner explica o segredo dessa tecnologia. “Antes para empacotar o café em alta velocidade, normalmente, era necessário aumentar o head space (espaço livre entre o produto e o fechamento da embalagem). Desenvolvemos um novo sistema de compactação do produto em pó para operação em alta velocidade de 105 a 110 pacotes de 250 gramas/minuto, com mínimo de head space”, destaca Teschner. Nesse processo, a redução de material obtida foi de 15 mm por embalagem. “Considerando que hoje um pacote mede 300 mm, a redução é considerável”, diz. O maior desafio no desenvolvimento dessa nova tecnologia de empacotamento, segundo o executivo, residiu no comportamento do café em pó. “Nesse caso, o segredo estava no ma38
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nuseio, ou seja, conseguir alimentar o produto em alta velocidade, sem gerar pó, pois isso prejudica o processo de empacotamento”. Mas o grande driver da sustentabilidade é a economia para o cliente. “É difícil alguém investir em iniciativas que visam somente o meio ambiente. É preciso combinar os dois objetivos”. É o que aconteceu com a grande torrefadora ao escolher a Oystar Fabrima para realizar o desenvolvimento da nova máquina de empacotamento. “Essa tecnologia, além de reduzir o uso de material de embalagem, substituiu uma máquina mais lenta, que operava a uma velocidade de 80 embalagens/minuto. A empresa conseguiu aumentar em 20% a sua produtividade, sem ampliar o espaço físico da fábrica e melhorar a qualidade da linha de empacotamento”, revela. A novidade pode ser utilizada para outras aplicações em pó, já que a forma de dosagem é similar.
REDUÇÃO DE ENERGIA: A PRÓXIMA ONDA Na Alemanha, a eficiência energética está na agenda de uma discussão intensa. Há uma busca por motores que usam energia elétrica com mais eficiência. “Nós já utilizamos os mais modernos motores disponibilizados no Brasil em nossas máquinas automáticas e semiautomáticas de embalagem. Estamos contribuindo com o meio ambiente”. “No entanto, ainda não existe um projeto claro e definido para reduzir o consumo de energia”, informa Teschner. Mas ele acredita que isso vai começar a ser uma prioridade no Brasil, principalmente, para máquinas de grande potência. Esse não é o caso das máquinas de embalagem que utilizam poucos controles e baixa potência. “Há equipamentos em que esse aspecto é muito mais importante porque o consumo de energia é
muito maior, como as sopradoras e as injetoras”, acredita. Além da redução do consumo de energia, o próximo desafio no desenvolvimento de máquinas de embalagem deve ser o uso de filmes biodegradáveis. “Nenhum cliente solicitou para a empresa esse tipo de desenvolvimento. Não sabemos se vai ter impacto ou não na máquina de empacotamento, mas certamente, estamos prontos para atender essa demanda”, comenta Teschner. Diferente do que acontece nas encartuchadoras, que já operam com cartuchos reciclados, sem necessidade de adaptações. “Em um ou outro caso, tivemos que realizar pequenos ajustes mecânicos para trabalhar de maneira eficiente com o cartucho reciclado que era muito fino”.
DESTINO CORRETO PARA OS RESÍDUOS INDUSTRIAIS Todos os resíduos industriais gerados no processo de produção da fábrica e no centro de usinagem da OystarFabrima têm um destino certo e correto. Eles são enviados para cerca de quatro empresas especializadas que têm licença ambiental da Sabesp para realizar esse trabalho. Todo o material, como aço, aço inoxidável, alumínio, bronze e latão, além de óleos são reciclados. Tudo que dá para voltar para o processo de fabricação volta. Quando não é possível são descartados de maneira responsável. “Temos plena consciência para onde vão os nossos resíduos”, afirma Teschner. “Isso já é feito há bastante tempo pela companhia, mas há três anos, melhoramos a gestão de tratamento de resíduos ao trabalhar com empresas ainda mais capacitadas”. (M.H.) INFORMAÇÕES OYSTAR FABRIMA Tel.: (11) 2465-2500 | www.oystar.fabrima.com
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De volta às origens
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m dos principais atributos do alumínio, a reciclabilidade reforça a vocação do material para a sustentabilidade econômica, social e ambiental. o metal pode ser reciclado infinitas vezes sem perder suas características no processo de reaproveitamento. o Brasil aproveita bem essas características. tanto que, pelo sétimo ano consecutivo, o país é o maior reciclador de latas de alumínio do mundo, reciclando 160 mil toneladas ao ano, com um índice de 96,5%.
E a reciclagem também é fundamental no modelo de negócio da multinacional norte-americana novelis, fabricante de chapas de alumínio, especialmente, elaboradas para a produção de latas, além de chapas para a tampa e anel. Em seu Centro de reciclagem, em Pindamonhangaba (sP), a empresa reciclou, em 2008, 8,8 bilhões de latas de alumínio ou 81 mil toneladas. a alta reciclabilidade da lata de alumínio estimula a redução da extraRECICLAGEM DE O BRASIL O MAIOR ÍNDICE DE ção de bauxita das jazidas e a economia de RECICLADOR DE LATAS energia elétrica. Para cada tonelada de metal DE ALUMÍNIO DO MUNDO TONELADAS AO ANO reciclado, a novelis poupa cinco toneladas de bauxita. “no final do ano, isso significa uma economia de 800 mil toneladas de recursos naturais que A lata de alumínio pode não foram retiradas das jazidas”, acentua osmar Marchioni, ser reciclada infinitas vezes gerente-comercial de reciclagem da novelis. a reciclagem das latinhas também permite poupar energia. o índice sem perder nenhuma de chega a 95%. “a economia no ano é de aproximadamente suas características. Nesse 0,5% do total consumido no país, ou seja, 2 500 gigawatts negócio, a Novelis pratica o hora/ano. isso dá para abastecer uma cidade de 1 milhão de habitantes”, compara. desperdício zero e multiplica
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segundo o executivo, a empresa recicla o máximo possível de alumínio, mas também utiliza alumínio primário. “Quando se fala de reciclagem de alumínio, logo vem à
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mente a lata, que tem um ciclo de de testes de umidade. depois dessa vida muito curto, de apenas 30 dias. etapa, essa carga vai para a área fria Mas, há também um volume de da reciclagem, passando pelos desucatas do processo, que igualmente senfardadores, peneiras vibratórias é reciclado. Por exemplo, a empresa e equipamentos pneumáticos que fornece a bobina de alumínio para removem todos os metais ferrosos e o fabricante de lata, na medida em pesados, garantindo a pureza do aluque ele produz a lata, mínio que será reutilisobra material, que zado. “todo o resíduo NÚMEROS volta para o sistema”, gerado no processo de SUSTENTÁVEIS revela. “são materiais produção do Centro de ECONOMIA DE 95% NO que nós chamamos de reciclagem da novelis CONSUMO DE ENERGIA estamparia, chaparia, é separado em caixas offset, entre outros, que são pesadas e de8,8 BILHÕES DE LATAS que são reciclados e pois reciclado”, revela DE ALUMÍNIO. ESSE É destinados para outros Marchioni. Esse proVOLUME RECICLADO mercados”. a grandeza cesso é feito por meio EM 2008 PELA NOVELIS desse negócio é medida de um sistema online pelo volume de mateque afere os resíduos 800 MIL TONELADAS rial reciclado utilizado gerados em cada etapa DE BAUXITA NÃO no processo de produdo processo de reciclaFORAM EXTRAÍDAS ção da novelis. “Hoje, gem da sucata de latas DAS JAZIDAS o índice supera 50% do de alumínio. “depois volume vendido, que é de 180 mil toneladas ao ano”, diz Marchioni. a tendência é que esse índice seja superado. a capacidade de processamento de sucata da empresa cresce a cada ano e a intenção é seguir expandindo. “no final de 2008, nós instalamos novos equipamentos na área fria, como moinhos e esteiras vibratórias, necessários para remover os contaminantes, além de mais um forno de reciclagem que gera metal líquido”, comenta o executivo. o investimento não envolveu somente o negócio de reciclagem, mas também o centro de laminação com aporte de Us$ 21 milhões.
Osmar Marchioni, gerente-comercial de reciclagem da Novelis
desse processo o material picado segue para um forno rotativo que opera a 300ºC para remoção de tintas e vernizes. o alumínio sai pré-aquecido e pronto para virar metal líquido”, explica. a unidade produtiva conta ainda com filtros para filtrar todo tipo
PRODUÇÃO LIMPA o conceito de sustentabilidade inexiste, se não houver um processo de produção limpa, ou seja, que igualmente minimiza o impacto ambiental. os esforços ambientais da novelis nesse campo também estão em dia. E começa no recebimento da sucata de latas de alumínio. a empresa retira amostras de cada carga recebida das empresas processadoras de sucata, hoje são cerca de 20, para realização Editora Banas
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Programa de educação ambiental A Sociedade do Amanhã: educando os consumidores do futuro
A relação do consumidor com a sustentabilidade mudou, sem dúvida, principalmente, na população de classe média de emissão durante o processo de reciclagem. “Todo particulado é armazenado e destinado para reciclagem. O processo inteiro é controlado pela empresa, item por item, carga por carga. Para se ter uma ideia, conta ele, as empresas processadoras de sucata de latas de alumínio sabem exatamente qual é o volume de resíduos contidos no material que foi enviado para a Novelis, tais como: umidade, sujeira, terra, magnéticos, pesados, etc. “Esse relatório é enviado regularmente”, diz. Isso dá uma amostra do trabalho da Novelis no monitoramento dos impactos ambientais, além dos muros de sua fábrica, em Pindamonhangaba, que é certificada pela ISO 14001, desde 2002. Ela acompanha de perto as práticas sustentáveis de seus fornecedores.
PELO CONSUMO CONSCIENTE Contribuir para a preservação do meio ambiente e melhorar a qualidade de vida de todos. Essa é a proposta de vários programas desenvolvidos 42
pela Novelis. Mas, Marchioni, destaca o programa A Sociedade do Amanhã, lançado em 1996 pela Novelis e implantado, em 1998, em Pindamonhangaba (SP). A iniciativa é resultado de uma parceria com as secretarias estaduais de educação e com as prefeituras municipais, nas cidades, onde estão instaladas as plantas industriais da empresa: Pindamonhangaba (SP), Candeias (BA) e Ouro Preto (MG). A metodologia utilizada reúne conteúdo teórico e prático, além de atividades lúdicas todas relacionadas à educação ambiental. O trabalho é realizado de forma multidisciplinar e utiliza temas transversais como ética e cidadania. A empresa oferece material didático aos alunos, treinamento aos professores, além de material pedagógico para que a atividade seja desenvolvida nas escolas de Ensino Fundamental. “Esse é um trabalho abrangente que acaba se multiplicando, pois as crianças levam o conhecimento para dentro de suas
casas, ensinando os pais e irmãos”, acentua Marchioni sobre esse amplo despertar de consciência ambiental. Nesses 10 anos, mais de 19 mil alunos concluíram o projeto e cerca de 100 mil livros foram distribuídos. No ano passado, o projeto contemplou a capacitação de mais 420 professores de 47 escolas da rede pública e privada que transmitiram informações e conceitos sobre a conservação do meio ambiente para 10 mil alunos. “A relação do consumidor com a sustentabilidade mudou, sem dúvida, principalmente, na população de classe média. Especialmente, para a Novelis, isso é bastante claro, pelo nível de conscientização do coletor, volume de reciclagem e evolução da coleta seletiva de latas de alumínio”, afirma o executivo. Ainda há um espaço enorme para crescer. “O Brasil tem 5 563 municípios, dos quais apenas 405,7% realizam coleta seletiva. E não estamos falando somente de lata de alumínio, mas de outros tipos de embalagens também”, conclui. Que assim seja! Hoje, 180 mil pessoas se beneficiam da reciclagem de lata de alumínio. “Ela tem esse valor intrínseco ao gerar renda e emprego”. (M.H.)
INFORMAÇÕES Novelis Tel .: (12) 3641-9100 | www.novelis.com.br
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Fazendo a diferença com a longa vida Com investimentos em práticas sustentáveis que remontam a sua criação, a multinacional sueca Tetra Pak garante um futuro mais verde
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unca antes se discutiu tanto sobre sustentabilidade como nos dias atuais em todos os cantos do planeta. Mas muito antes desse tema ganhar tal amplitude, a multinacional sueca tetra Pak, uma das maiores fabricantes de embalagens longa vida do mundo, adotou práticas sustentáveis em seu modelo de negócio. na definição de Fernando von Zuben, diretor de meio ambiente da tetra Pak, a melhor síntese para a visão da empresa sobre o assunto: “desde sua criação, há mais de 50 anos, a companhia possui o dna de sustentabilidade. Entretanto a palavra sustentabilidade nem existia naquela época. o que sempre conduziu essa gestão verde foi o conhecimento empírico”. Mas a partir da década de 90, a tetra Pak lançou uma política ambiental mundial que rege todas as suas fábricas. “Ela prevê o atendimento à legislação ambiental de cada país. além de realização da análise do ciclo de vida (aCV) das embalagens e dos equipamentos, redução do consumo de mateMETAS AMBIENTAIS riais, energia, combustível Redução de 10% na e água e a busca constante emissão de CO2 até 2010 de fontes renováveis de em comparação a 2005 matéria-prima”, afirma. Redução de 10% no
desde a implantação da poconsumo de energia até 2010 em comparação lítica ambiental, os ganhos a 2003 já são muitos. não só para Aumento de 40% no o meio ambiente, mas índice de reciclagem de também econôembalagem longa vida micos. Um bom até 2012 exemplo disso, conta Zuben, é a redução significativa do peso das embalagens longa vida de 1 litro (representa 70% do volume produzido pela empresa no Brasil) feita nos últimos 25 anos. “Hoje ela pesa 28 gramas. Conseguimos reduzir 20%, principalmente, com o uso de
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Fernando von Zuben, diretor de meio ambiente da Tetra Pak
O consumo de água caiu de 17,7 m3, em 2003, para 15,4 m3 por milhão de embalagem em 2007 mil embalagens de 1 litro”, compara Zuben. Em termos de energia, a economia também foi bem significativa. “Em 1973, o consumo de energia nas máquinas era de 9 quilowatts. Hoje, os novos equipamentos utilizam 0,5 quilowatts”. Essas práticas sustentáveis visando a redução do consumo de água e energia se estende para suas duas plantas fabris, em Monte Mor (SP) e Ponta
Grossa (PR). O monitoramento do consumo de energia começou em 1997. Desde então, a Tetra Pak conseguiu reduzir 15% por milhão de embalagem. Para atingir esse resultado, a companhia substituiu motores antigos por motores de corrente contínua, instalou um gerenciador de energia elétrica e aprimorou o sistema de refrigeração (leia-se substituição de compressores, medidores
e ventiladores) dentro das fábricas. “Já o consumo de água, por exemplo, caiu de 17,7 m3 por milhão de embalagem, em 2003, para 15,4 m3 em 2007. Esse desempenho foi alcançado basicamente com melhorias na torre de refrigeração e campanhas de conscientização dos nossos colaboradores realizadas anualmente durante o Dia Mundial da Água e o Dia Mundial do Meio Ambiente”, revela Zuben. A Tetra Pak também reutiliza 25% da água consumida e tratada nos vasos sanitários e para limpeza de áreas das plantas fabris.
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alumínio e papel cartão de menores gramaturas”. Isso foi possível graças à análise de ciclo de vida de embalagens (ACV) feita pela Tetra Pak, desde 1992, que permite diminuir o impacto ambiental. “Toda embalagem ou máquina nova tem que ter um impacto menor do que àquelas que elas vão substituir. Além disso, é possível obter redução de custos dos materiais e das máquinas”, diz o diretor. Outra bem-sucedida solução verde fruto do uso dessa importante ferramenta é a máquina de envase, que em 1975, utilizava 200 litros de água/mil embalagens longa vida de 1 litro. “Atualmente, a mais nova versão já opera com apenas 10 litros de água/
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GESTÃO DE RESÍDUOS
Hoje 99,22% dos resíduos gerados são vendidos para empresas recicladoras
todo material gerado nas planta fabris de Monte Mor (sP) e Ponta Grossa (Pr) da tetra Pak vai para uma unidade chamada área de resíduos sólidos. tudo é separado antes de ser triturado e enfardado para depois ser vendido para diversas empresas recicladoras dos estados de são Paulo e Paraná. “Hoje 99,22% dos resíduos gerados são vendidos para empresas recicladoras”, revela Zuben. Entre os resíduos sólidos estão materiais, como papel virgem, papelão, papel branco de escritório, papel virgem impresso, sobras de polietileno e de material laminado, além de aço, ferro, caixa de madeira e paletes. Esses últimos estão entre os menores volumes. “as recicladoras utilizam esse tipo de material como matéria-prima”, diz o executivo.
AUMENTO DA RECICLAGEM
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a reciclagem de embalagem longa vida ganhou um aliado de peso para o seu crescimento no Brasil. Com o desenvolvimento da tecnologia de plasma que separa o alumínio do polietileno Telhas feitas de (PE), iniciado alumínio e polietileno em 1997, e o das embalagens longa vida: esse lançamento da mercado contribuiu primeira fábripara movimentar a reciclagem ca, em 2005, em
Piracicaba (sP), a embalagem longa vida ganhou vida longa. Que o diga os números da evolução da sua reciclagem. no ano passado, o índice de reciclagem foi de 26,6%, correspondendo a 53 mil toneladas de embalagem longa vida. E a meta para 2012 é atingir o índice de 40%. E as ações para isso já começaram. Em agosto, um segundo reator começou a operar, na planta fabril, em Piracicaba (sP), que gerou aumento no consumo de alumínio e polietileno. Essa maior demanda, segundo Zuben, resultou também na alta do preço de materiais pós-consumo para as cooperativas de reciclagem. Bom para a cadeia. Mas a expansão do índice de reciclagem também se deu pelo crescimento do mercado de telhas produzidas com polietileno (PE) e alumínio das embalagens longa vida. “Em 2008, 8 mil toneladas de placas geraram 650 mil telhas no mercado brasileiro”, revela. além desse trabalho, a tetra Pak realiza ações sustentáveis com empresas recicladoras e cerca de 600 cooperativas de reciclagem de todo o Brasil. “doamos big bags para as cooperativas
Em parceria com o Compromisso Empresarial para reciclagem (Cempre), a tetra Pak iniciou, no ano passado, um projeto que leva conhecimento
AÇÕES SUSTENTÁVEIS Processo de impressão 100% com solvente a Base Água, não só no Brasil, mas no mundo. Projeto de utilização de biodiesel na frota de caminhões utilizada para transporte das embalagens no Brasil. Esse projeto foi iniciado em 2006 e atualmente abrange o uso de biodiesel em 10% da frota de caminhões da empresa. A Tetra Pak foi a primeira empresa de embalagens a receber a certificação ambiental ISO 14001 no Brasil. A fábrica de Monte Mor foi certificada em julho de 1997 e a de Ponta Grossa (inaugurada em 1999), foi certificada em 2001.
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de reciclagem organizarem melhor o seu trabalho de separação de materiais, além de prensas. Mas o mais importante é que nós conectamos as empresas recicladoras com as cooperativas para que elas possam vender o material diretamente sem a figura do atravessador”, explica Zuben.
As fábricas brasileiras são certificadas pelo FSC – Forest Stewardship Council que atesta que 100% do papel utilizado provêm de florestas plantadas e é de fonte renovável. Hoje já são 1 bilhão de embalagens com o selo FSC. Inovador no conceito, na forma e no conteúdo, o projeto Rota da Reciclagem traz a coleta seletiva para o mundo da Internet. E o cidadão para o mundo da coleta seletiva e reciclagem. Em uma iniciativa inédita para a Internet brasileira, a Tetra Pak disponibiliza o primeiro buscador específico de pontos de coleta seletiva e reciclagem (embalagens longa vida e outros materiais recicláveis).
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cal, melhorando o seu fluxo de processo, com a instalação de uma nova mesa de separação e a doação de EPI’s para garantir a segurança dos trabalhadores”, afirma.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA CRIANÇAS Inserir a educação ambiental às atividades escolares rotineiras das crianças do Ensino Fundamental é o objetivo do programa de educação ambiental Cultura Ambiental em Escolas, criado há 11 anos, que aborda toda a Resíduos sólidos vendidos problemática do lixo urbano para empresas recicladoras e suas soluções. Esse projeto é feito em todo o Brasil e, nesse período, já atendeu para as cooperativas de reciclagem. cinco milhões de crianças. “Nós Internamente, conta o executivo, enviamos kits com cadernos para os isso já é feito há vários anos, com a alunos que apresentam o tema de realização de palestras e aulas pela forma lúdica, além de dois cadernos equipe de profissionais da área de para os professores que mostram meio ambiente e também por oucomo abordar a questão ambiental tros multiplicadores da empresa. e o resíduo sólido urbano em vá“Recentemente, os colaboradores rias disciplinas, como português, da fábrica de Ponta Grossa (PR) matemática, ciências, geografia”, realizaram um Kit distribuído informa Zuben. Para saber como as trabalho muito pela Tetra Pak para escolas estão aplicando o programa escolas de Ensino bom com uma Fundamental de de educação ambiental, a Tetra Pak cooperativa lotodo o Brasil realiza pesquisas, que agora poderão ser respondidas pelo sistema online, bastando apenas fazer o cadastro. “Mas, as escolas também dão o seu feedback voluntário, enviando para empresa o resultado desse trabalho, como peças de teatro e filmes, que foram realizados em suas atividades escolares”, acrescenta. Zuben destaca: “A consciência ambiental está aumentando bastante. E nós acreditamos que a Tetra Pak está colaborando para isso”. (M.H) INFORMAÇÕES TETRA PAK Tel.: (11) 5501-3200 | www.tetrapak.com.br
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entrevista
Sustentabilidade é a perpetuidade
dos recursos naturais MARGARET HAYASAKI
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uidar do meio ambiente nem sempre foi sua vocação. Pelo contrário, sua carreira começou na área de laticínios, onde trabalhou por muitos anos, no Instituto de Laticínios Cândido Tostes, de Juiz de Fora (MG), como professor e pesquisador. Já na Coca-Cola Brasil, desde 1986, José Mauro de Moraes, que atuava na área regulatória, recebeu, em 2003, a missão de ser também o responsável pela área de meio ambiente. Aceitou o desafio, mas foi atrás de conhecimento. “Fiz MBA em meio ambiente na Fundação Getúlio Vargas (FGV). “Ali entendi que eu precisava abrir a minha mente, pois se continuasse com os meus conceitos antigos, não ia trazer nenhuma evolução para o sistema Coca-Cola Brasil”, afirma Moraes. “Eu ia ser um profissional resistente e não um profissional do futuro. Por isso, ouvi bastante os ambientalistas e aprendi muito com eles”. Mas, o executivo, hoje diretor de meio ambiente da companhia, não se intimidou por ser o mais velho da turma, também aprendeu com os mais jovens. “Isso me ajudou a fazer uma rede de contatos que até hoje eu utilizo de forma positiva”, diz. Segundo Moraes, ele ainda tem muito que aprender e mudar. “A área de meio ambiente é muito nova. Nós crescemos num mundo que não se preocupava com o planeta, mas hoje esse assunto é primordial”. Em entrevista a revista Pack, Moraes falou sobre a importância da sustentabilidade socioeconômica ambiental para o futuro da Coca-Cola Brasil e do meio ambiente.
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Para garantir o futuro do planeta, a Coca-Cola Brasil vê o mundo verde além dos seus muros, com ações que contemplam o seu negócio e de seus pares
PACK: Como a Coca-Cola Brasil define sustentabilidade? E de que maneira a empresa trabalha isso no processo de fabricação dos produtos? MORAES: Sustentabilidade para a Coca-Cola Brasil significa a perpetuidade da utilização dos recursos naturais. De que forma isso é trabalhado com os fabricantes? Os índices ambientais são monitorados mensalmente pela companhia. Sabemos exatamente quanto cada um deles está consumindo de energia e de água, além do volume de resíduos industriais gerados. As metas são estabelecidas anualmente pela Coca-Cola Brasil. Em 2008, o índice de consumo de água foi de 2,09 litros para cada litro de bebida produzida. Esse índice caiu 20% em comparação ao ano de 2001, quando o consumo de água para cada litro de bebida produzida era de 2,6 litros. A meta para redução de consumo de água é de 2% ao ano. Mas, sabemos que hoje está cada vez mais difícil, pois já chegamos num grau de eficiência bem alto.
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Eu diria que o índice de consumo de água das fábricas brasileiras é um dos melhores do mundo e bem similares às plantas do México. As plantas da Europa e dos Estados Unidos também trabalham com bons índices de consumo de água, que são bem próximos ao número do Brasil. E a cada ano, nós estamos em busca de melhores índices de redução de consumo de água. Mesmo nas fábricas onde são utilizadas garrafas retornáveis, que precisam ser lavadas, conseguimos reduzir o consumo de água, atingindo índices bem similares a esses. PACK: O que foi feito para alcançar esse nível de redução de consumo de água? MORAES: Há diversos fatores. Um deles é a conscientização dos funcionários, pois no final, quem vai fechar a torneira são eles. Se eles entendem que a administração da fábrica está comprometida com as metas ambientais, realizando treinamentos intensivos, essa conscientização vem. Os funcionários, automaticamente, passam a incluir em sua rotina de trabalho, a redução do consumo de água. Em contrapartida, outro fator extremamente importante é a utilização de tecnologia de reaproveitamento de água. Um bom exemplo é o que acontece hoje com as latas de alumínio e de aço e as embalagens PET descartáveis de 1 litro, 1,5 litro e 2 litros que recebem uma pequena rinsagem de água em seu interior. Esse
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é bem tratado, a empresa pode ganhar dinheiro também. PACK: E os índices de redução de consumo de energia? MORAES: A economia de energia demanda investimentos, principalmente, em máquinas com motores mais eficientes. Isso é uma ação constante nas fábricas. Esse indicador começou a ser monitorado há pouco mais de quatro anos e, ainda, estamos aprimorando. Em 2008, o consumo de energia foi de 0,43 MJ para cada litro de bebida produzida. E a meta para 2020 é atingir 0,34 MJ, ou seja, uma redução de 20%. Na face exposta ao público-consumidor, a CocaCola Brasil também encontrou uma nova solução para economizar energia. São as geladeiras inteligentes que refrigeram mais ou menos, gastam mais ou menos energia, de acordo com o movimento do ponto-de-venda. Elas têm sensores que percebem o número de pessoas, que estão circulando na área onde estão instaladas. Então, por exemplo, se há baixo movimento de consumidores na loja, as geladeiras param de gelar, mas mantêm temperatura constante, já que as portas não são abertas. Essas novas geladeiras proporcionam redução de 50% no consumo de energia em comparação aos equipamentos anteriores. Essa iniciativa é o resultado de nossa visão de negócio. Nós enxergamos o mundo de uma maneira
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Cada tonelada de PET não utilizada representa uma redução de 7,5 toneladas de dióxido de carbono
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jato de água, que antes era jogado fora, agora é tratado e reaproveitado no processo produtivo de bebidas. Outra medida importante na redução do consumo de água é a tecnologia de retrolavagem de filtros. Os filtros têm que ser lavados para recuperar a capacidade de filtrar. E a água utilizada, que antes era descartada, agora volta para o tanque de água bruta para ser tratada e recuperada. Atualmente, o índice de reutilização de água, nas plantas fabris, é de 10%. É bom lembrar que a redução do consumo de água gera benefícios econômicos. O primeiro: quando há menor consumo de água, menos água é tratada, portanto, baixo custo. O segundo: redução da compra de água, maior economia. O terceiro: o menor volume de água permite ter estações de tratamento de efluentes menores, ou seja, menores custos para tratar esse recurso natural. E o que isso significa? Se o meio ambiente
bem global. Temos nossas fábricas, mas sabemos que existe mundo lá fora. PACK: A Coca-Cola Brasil monitora os índices de emissão de carbono? MORAES: O monitoramento dos índices de emissão de carbono ainda é um assunto novo na companhia. Não temos resultados como acontece com os índices de consumo de água, energia e resíduos sólidos. Mas, a preocupação é cada vez maior. O que nós realizamos são ações visando a redução da emissão de carbono. É o caso do programa Águas das Florestas Tropicais Brasileiras, desenvolvido pelo Instituto Coca-Cola Brasil, que foi lançado, em 2007, na Bacia do Rio Piraí, na Serra do Japi, em São Paulo, com o objetivo de melhorar a quantidade e a qualidade de água em microbacias. Ele prevê a recomposição florestal de áreas próximas a rios e lagos, com o plantio de cerca de 3 milhões de espécies nativas, em uma área
de 3 mil hectares. Com isso, o programa contribui, ainda, para reduzir a emissão de gás carbônico na atmosfera. PACK: Mas a redução do peso das embalagens também contribui para a menor emissão de carbono.... MORAES: Certamente. A redução de peso da embalagem, além de poupar os recursos naturais, permite carregar mais volumes em um mesmo caminhão. Todo o mix de embalagens da Coca-Cola Brasil, da garrafa PET até a embalagem cartonada, sofreu redução de peso. No caso da garrafa PET, por exemplo, a redução de peso permite menor utilização de resina derivada do petróleo, que é gerador de dióxido de carbono. Nos últimos seis anos, o peso dessa embalagem caiu de 52 gramas para 48 gramas, mantendo a sua integridade. Cada tonelada de PET não utilizada representa uma redução de 7,5 toneladas de dióxido de carbono.
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Mas, antes disso, a garrafa PET, já havia passado por uma redução maior, com a descontinuidade do uso do base cup de polietileno, que era utilizado para dar sustentação à embalagem arredondada. Sem contar que havia a dificuldade de reciclagem em função do uso de dois materiais. Diferente de hoje, que a garrafa PET tem fundo petalóide (achatado). PACK: E como é o processo de desenvolvimento de uma embalagem, considerando, a sua reciclabilidade? MORAES: Nesse aspecto, consideramos muito importante, a consciência interna da companhia para a reciclagem. Por isso, ao desenvolver uma embalagem, pensamos o que podemos fazer para evitar que um produto colocado no mercado seja um problema para o reciclador. Ou seja, como a cadeia da reciclagem pode ser afetada? Por exemplo, há alguns anos, a Coca-Cola Brasil lançou embalagens coloridas (verdes, douradas e opacas) no mercado. E os recicladores nos alertaram dizendo que elas dificultavam a reciclagem. Ainda que separadas essas embalagens não formavam massa crítica, ou seja, os recicladores não conseguiam ter utilização plena para elas. E não era possível misturar uma garrafa dourada com uma embalagem transparente, pois contamina. O que nós fizemos? Conversamos internamente na companhia e os profissionais se convenceram de que as embalagens coloridas, apesar do excelente apelo visual para os consumidores, não deveriam ir mais para o mercado. Por mais que elas fossem um sucesso, nós sabíamos que elas dariam problema na reciclagem. Fizemos uma regra interna, que previa investimentos para a reciclagem das embalagens coloridas. Com isso, elas se tornaram desvantajosas e, consequentemente, deixaram de ser utilizadas, há dois anos. Foi uma solução um pouco drástica, mas necessária. PACK: No ano passado, a Anvisa aprovou o sistema bottle-to-bottle. Como essa tecnologia vai ajudar a expandir a reciclagem de embalagens PET? MORAES: A tecnologia bottle-to-bottle vai permitir produzir uma embalagem com 25% de material reciclado e 75% de
material virgem. A novidaHá muito valor sas cooperativas de catadores. Mas também é muito imporde deve chegar ao mercado econômico nas tante que os consumidores brasileiro em 2010. Ainda embalagens. separem as embalagens em estamos desenvolvendo os suas residências. E, desde que, fornecedores, pois a Anvisa E nós exista um sistema logístico já aprovou a utilização, mas queremos de captação, vamos conseguir ela exige tecnologia aproreciclar números imensos. Há utilizar a priada e limpeza perfeita muito valor econômico nas da resina pós-consumo para favor da embalagens. E nós queremos garantir a segurança dos reciclagem utilizar esse valor econômico a consumidores. Os invesfavor da reciclagem. Para se ter timentos para implantar uma ideia, uma tonelada de garrafa PET uma fábrica bottle-to-bottle são altos, prensada vale R$ 1 000,00. Isso significa da ordem de US$ 10 a US$ 20 milhões. que cada embalagem vale R$ 0,5 centavos. Lá na Europa, nos Estados Unidos e no Esse dinheiro pode perfeitamente ser desMéxico, a companhia já opera com essa tinado para as cooperativas, que normaltecnologia. Os impactos ambientais serão mente, é composta de pessoas carentes. positivos. Nos próximos dois a três anos, Precisamos dar emprego para essa massa o índice de reciclagem de garrafa PET, no enorme da população. Esse é um trabalho Brasil, vai crescer 8%, saltando de 53,5% extremamente interessante do ponto de para 61%. Dentro da Coca-Cola Brasil, o vista socioeconômico ambiental. Isso é o uso de resina PET pós-consumo comeque queremos. E é assim que enxergamos çará aos poucos, com taxas de 5% a 10%, o futuro. chegando ao percentual de 25% em 2014. Aí vamos nos equiparar aos países, que PACK: As embalagens retornáveis tamhoje já utilizam resina reciclada de PET. bém representam uma vantagem ambiental.. PACK: A Prefeitura de São Paulo multou MORAES: Sem dúvida, elas oferecem grandes companhias, como a Coca-Cola, por descumprirem a lei que obriga as vantagem ambiental, já que poupam empresas a recolher 50% das embalarecursos naturais. No final da década de gens PET que usam em seus produtos. 80, nós lançamos a campanha Emoção Como o senhor vê essa questão? que Vai e Volta para promover o uso da MORAES: Essa legislação não foi bem disembalagem de PET de 2 litros retornável. cutida e nem tampouco é clara. Ela não Na época, ela foi um sucesso, porque era coloca a cooperativa de catadores como muito leve, fácil de transportar e lavar. elo importante nesse processo. Além disso, Mas, também utilizamos garrafa de vidro a distribuição de embalagens é um negóretornável, que é a principal embalagem cio tão capilar, que fica muito difícil para a da Coca-Cola Brasil. Hoje 14% do voluindústria exercer esse trabalho e o custo de me de refrigerantes (9 bilhões de litros coleta por meio de pequenos postos, como ao ano) estão em embalagem retornável prevê a legislação, poderá ser tão caro, que de PET e de vidro. inviabilizaria a própria indústria, tamanho PACK: Como o senhor vê o papel dos o volume de investimento necessário. materiais alternativos de embalagem Sem contar que as embalagens estão nas nos esforços sustentáveis da Coca-Cola mãos dos consumidores, o que dificulta Brasil? a sua devolução para a companhia. Um MORAES: Hoje a companhia já se preocudos principais pontos que devem resolver pa com o uso de materiais alternativos de essa questão é a Política Nacional de Reembalagem. O monoetilenoglicol (MEG) síduos Sólidos, que está tramitando no utilizado na produção da garrafa PET Congresso. Enquanto, ela não é aprovada, agora é produzido por meio de material a solução é estimular a indústria, inclusibiológico, ou seja, do etanol. Há uma ve, todos os fabricantes de embalagem e fábrica na Índia que está produzindo esse não somente de PET, a trabalhar com as material, que depois é enviado para uma cooperativas de catadores. Dessa maneira, planta na Indonésia, que produz a garrafa podemos investir no setor de cooperativas PET com 30% desse monoetilenoglicol de de catadores, viabilizando o seu crescietanol com o PTA que vem do petróleo. mento e ajudando-as a se organizar para Por enquanto, ela está disponível, somenque sejam responsáveis pelo processo de te, nos Estados Unidos. Mas, estamos coleta de embalagem e, com isso, ganhem avaliando a possibilidade de utilizar a rentabilidade. É claro, é preciso começar. tecnologia no Brasil. Creio que essa vai Esse início exige que a sociedade e as ser a próxima onda por aqui. indústrias dêem as mãos para apoiar esEditora Banas
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reciclagem de embalagens
Muitos desafios pela frente As vantagens da reciclagem das embalagens são inúmeras. Apesar disso, o setor ainda caminha a passos lentos
o GISELE C.CICHINELLI
s benefícios ambientais e sociais da gestão correta e da revalorização das embalagens são mais do que comprovados. Principal componente da fração seca do lixo produzido nas residências, a reciclagem permite que ela seja reintroduzida no ciclo produtivo antes de virar lixo urbano, problema crônico das grandes cidades mundo afora. isso sem contar na redução dos impactos ao meio ambiente proporcionada pela reutilização dos materiais que a compõem. Graças a ela, milhares de embalagens cartonadas estão virando telhas, só para citar um entre os mais variados destinos desses insumos reciclados.
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no âmbito das políticas adotadas pelos municípios, são Paulo destaca-se como um exemplo clássico do descaso do poder público com a reciclagem. a maior cidade do país recicla apenas 1% do chamado lixo reciclável. “Em são Paulo, a quantidade de cooperativas é baixa perto do volume de lixo gerado. Para aumentar esse índice, é importante que a Prefeitura faça uma revisão do orçamento do lixo e amplie o número de
FRANÇA – 25% REINO UNIDO – 15% BRASIL – 11% TAILÂNDIA – 10% GRÉCIA – 10% PORTUGAL – 5% POLÔNIA – 4% MÉXICO – 5% ARGENTINA – 3%
Fonte: Cempre
Fotos: Sxc
Mas apesar das vantagens evidenciadas pelo processo, os números dessa atividade ainda crescem lenta e gradativamente no Brasil. segundo dados do Compromisso Empresarial para a reciclagem (Cempre), 6,4 milhões de toneladas de lixo foram reciclados BRASIL NO CENÁRIO em 2007 ante os cinco milhões reciclados em 2003. MUNDIAL DE apenas 22% do lixo seco são reciclados no país, um RECICLAGEM número relativamente baixo perto do potencial de reSUÉCIA – 40% aproveitamento dos materiais usados nas embalagens, EUA – 25% como plásticos, papelão, vidro, metais e borracha. ESPANHA – 25%
cooperativas envolvidas na coleta seletiva”, enfatiza andré Vilhena, diretor-executivo do Cempre. de fato, a coleta seletiva é o ponto nodal dessa cadeia. É nessa fase que o lixo se transforma em matéria-prima e, consequentemente, em um novo insumo para a indústria que irá reintroduzi-la no ciclo produtivo. nas iniciativas bem-sucedidas de criação de consórcios espalhados pelo Brasil, esse trabalho é realizado pelas cooperativas, vistas como parceiras fundamentais no combate ao problema do lixo urbano. no entanto, depois de serem fortemente afetadas pela crise financeira deflagrada em setembro de 2008, as cooperativas lutam agora para se manterem ativas. de acordo
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desde que a crise chegou ao setor). teve também sua cidadania restituída. na atividade há 14 anos, o catador é um entre tantos outros, autônomos ou cooperados, que dão cara e visibilidade ao setor de reciclagem. segundo o Movimento nacional dos Catadores de Materiais reciclados (MnCr) de são Paulo, Em São Paulo, a reciclagem gera 20 mil “sentimos a queda brusa quantidade postos de trabalho em ca dos valores dos mateespalhadas riais. nossos associados de cooperativas cooperativas pelo país. o ganho médio tiveram de triplicar suas é baixa perto do catador varia de 1,5 sajornadas, trabalhar de sol a sol e, até mesmo, do volume de lários mínimos nas regiões sudeste e sul e em um de sol a chuva para podelixo gerado salário mínimo nas demais rem se manter”, relata a regiões, segundo dados do bióloga ana Lúcia Gatto, Cempre. “a renda do cooperado pode monitora de projetos socioser menor do que a de um autônomo. ambientais da associação dos Mas, por outro lado, há outros ganhos, Catadores de Papel (acap) de como o aumento da qualidade de vida Jaú, interior paulista. e a recuperação da autoestima do caao que tudo indica, as cooperatador”, observa rocha. tivas foram as primeiras a sentir o setor empresarial parece já ter os impactos da crise e deverão ser as reconhecido a importância desses últimas a sair dela. “o mercado está trabalhadores na cadeia da reciclagem. caminhando como uma tartaruga, mais Já o poder público ainda avança grajá há um sinal positivo de melhora. dativamente nesse sentido. dos 5 563 Com certeza, com a chegada do final municípios do Brasil, apenas 405, 7% do ano, o setor esquentará novamente”, deles, realizam a coleta seletiva de lixo. acredita alzira Fátima Voltolin, coordea Lei do saneamento (Lei 11.445, de nadora e voluntária da aCaP. 5 de janeiro de 2007) deu um incen-
IMPACTOS SOCIAIS
André Vilhena, diretor-executivo do Cempre
tivo às cooperativas ao admitirem a possibilidade de elas serem contratadas pelas prefeituras para executar serviços de coleta seletiva de materiais recicláveis nas cidades brasileiras. Mas o maior desafio que o segmento tem pela frente, segundo cooperativas e cooperados, é a implantação da Política nacional de resíduos sólidos (leia mais na matéria sobre legislação ambiental na página 56). a expectativa é que, após aprovada, as cooperativas possam ser contratadas pelas prefeituras sem licitação, ampliando a participação dos catadores como prestadores de serviço
ÍNDICES DE RECICLAGEM DE EMBALAGENS BRASIL (1997-2007) 100%
80%
60%
40%
LATA DE ALUMÍNIO AÇO PET VIDRO LONGA VIDA
20%
0%
1997 1998
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
2007
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Fonte: Abralatas, Abal, Abeaço, Abividro, Abipet e Tetra Pak
de “homem do saco” a cooperado. a trajetória de Wilson secario, 60, confunde-se com a de milhares de catadores que saíram das ruas e foram acolhidos pelos galpões de triagem. na Cooperativa de reciclagem Unidos pelo Meio ambiente (Cruma), localizada em Poá, município da Grande são Paulo, Kula, como é conhecido, encontrou mais do que uma fonte de renda regular para ele e sua família (seu ganho mensal varia de 700 reais a 400 reais, rendimento médio
Foto: Ricardo Maizza
com roberto rocha, vice-presidente do Movimento nacional dos Catadores de Materiais recicláveis (MnCr) pelo Estado de são Paulo, o setor sentiu fortemente os impactos, sobretudo, pela redução no preço pago ao papelão (de 40 centavos a 20 centavos o quilo) e ainda se recupera do baque.
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público. “A profissão de catador não é regulamentada. Com a PNRS, todos os estados brasileiros serão obrigados a regulamentar a atividade e deixaremos de depender de ações localizadas”, espera Wilson Santos, consultor do projeto Vira Lata. Outro ponto crucial para incrementar a participação das cooperativas no processo de reciclagem é a adoção da
reciclagem de embalagens
prática da logística reversa por parte das empresas. “A ampliação dessa prática permitirá que as cooperativas ganhem mais força”, lembra Vilhena. A indústria de consumo ainda se mostra resistente a incluí-la nos seus ciclos de produção. No entanto, uma boa forma de incentivá-la seria a concessão de crédito de IPI para aquelas que utilizam o material reciclado.
Rotulagem ambiental avança gradativamente
M
obilizar os consumidores a aderirem a novos hábitos de descarte do lixo é outra tarefa do setor de embalagens. Só para citar os plásticos, eles se deparam diariamente com materiais variados como PET, PEAD, PVC, PEBD, PP e PS. Todos esses insumos podem ser reciclados e a adoção de simbologias que os identifique corretamente ajuda em muito a coleta e triagem adequadas das embalagens descartadas. Mas, enquanto, a adoção desses símbolos já está consolidada – quem ainda nunca viu o famoso “AL”, símbolo do alumínio reciclável? – outras ferramentas de comunicação ainda são pouco ou mal-utilizadas pelo setor produtivo brasileiro. É o caso da rotulagem ambiental. Ela permite, entre outras coisas, que as empresas tragam informações adicionais sobre o histórico, ganhos ambientais e os processos envolvidos na produção da embalagem já reciclada e ainda promovem a educação ambiental entre os consumidores. O que seria uma excelente oportunidade para comunicar tais ações, no entanto, tem sido alvo de ações pouco esclarecedoras ou até mesmo distorcidas. “Há dois anos, percebemos um aumento do interesse das empresas
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pela rotulagem ambiental, mas ainda falta conhecimento profundo da matéria. De um modo geral, as empresas não estão conseguindo comunicar os ganhos ambientais das embalagens já recicladas aos seus consumidores”, constata Luciana Pellegrino, diretoraexecutiva da Associação Brasileira de Embalagem (Abre). Um dos grandes desafios que elas terão pela frente é o desenvolvimento de uma comunicação adequada e capaz de orientar com clareza seus consumidores. “O que inclui a apresentação de dados concretos e a criação de um vínculo de comunicação com eles”, lembra a diretora. No que tange à normalização, os maiores avanços foram as revisões das normas NBR ISO 14040, de 2001, e da NBR ISO 14041, de 2004. Elas se fundiram e viraram a NBR ISO 14040 – Gestão Ambiental, Avaliação do Ciclo de Vida e Princípios e Estrutura, publicada este ano. “Temos observado um significativo crescimento na demanda por algum tipo de rótulo ecológico, incluindo aí a reciclagem”, observa Guy Ladvocat, gerente de certificação de sistemas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Nesse sentido, o Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre) vem realizando um trabalho de conscientização junto aos seus associados no intuito de incentivar a adoção da rotulagem
Foto: Divulgação
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Luciana Pellegrino, diretora-executiva da Abre
ambiental, disponibilizando uma cartilha sobre o assunto em seu site. No quesito simbologia, a Associação Brasileira de Embalagens (Abre) acaba de criar uma cartilha específica para identificar o descarte seletivo. O objetivo é chamar a atenção do consumidor sobre o descarte adequado da embalagem adquirida para que essa possa ser encaminhada adequadamente para a reciclagem. Segundo a sua assessoria de imprensa, o símbolo foi apresentado à International Standards Organization (em português, Organização Internacional para Padronização), a ISO, em sua plenária realizada, no Cairo, no Egito, em julho de 2009 e foi incluído como um anexo à norma ISO 14021 de Autodeclaração Ambiental. Para saber mais acesse: http://www.cempre.org.br/download/RotulagemAmbiental2008.pdf
INFORMAÇÕES Abre Tel.: (11) 3082-9722 | www.abre.org.br ABNT Tel.: (11) 3017-3600 | www.abnt.org.br Acap Tel.: (14) 3622-5522 | acapjau@jau.flash.tv.br Cempre Tel.: (11) 3889-7806 | www.cempre.org.br Cruma Tel.: (11) 4639-4028 crumacoletaseletiva@ig.com.br MNCR Tel.: (11) 3399-3475 www.movimentodoscatadores.org.br
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legislação ambiental
Entraves
da lei Fotos: Stockxpert
Indústria de embalagem se vê às voltas com Projetos e Leis, políticas e normas muitas vezes criadas de forma atropelada
A Kleber Pinto
indústria de embalagem segue leis como qualquer outra nos quesitos trabalhistas e tributários, por exemplo. Quando o assunto é legislação ambiental, o setor se depara com normas e algumas leis formuladas de maneira confusa por legisladores não muito esclarecidos com a realidade da indústria e do mercado.
Em 30 de setembro deste ano, entrou em vigor a norma ABNT NBR 15755 – Papel e cartão reciclados – Conteúdo de fibras recicladas – Especificação. Ela procura definir o que é papel reciclado por seu conteúdo de fibras recuperadas. Segundo Valdir Premero, coordenador da Comissão de Estudo de Papéis Reciclados do Comitê Brasileiro de Celulose e Papel (CB29), da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a norma esclarece que os aspectos visuais, como: cor, textura ou qualquer outro atributo, não são parâmetros adequados para definir o que é papel reciclado. “Quando falamos de papel reciclado, estamos falando de todos os produtos que utilizam fibras celulósicas, tais como: papel para impressão, cartão, papelão ondulado... Essa norma é um ponto de partida importante para muitas discussões necessárias para a consolidação da reciclagem como alternativa para integração social, produção, mercado, etc.”, defende o coordenador. A ABNT NBR 15755 define que para ser chamado de reciclado, o papel deve conter pelo menos 50% de material de fibras celulósicas recuperadas (pós-consumo e/ou pré-consumo). Mas, obrigatoriamente, no mínimo 25% da composição total do produto reciclado devem ser de material pós-consumo. A norma foi aprovada no dia 14 e publicada em 31 de agosto deste ano. “As normas têm objetivos específicos e são produzidas mediante demandas existentes no Brasil, aliando com as experiências internacionais”, explica Premero. Por terem caráter voluntário, as normas propostas dependem do interesse da indústria em se alinhar com a ABNT. “O papel reciclado
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Política Nacional de Resíduos Sólidos próxima de sair do papel
Foto: Divulgação
“As normas não são de aplicação obrigatória, mas são determinantes no momento de dirimir dúvidas, pois O artigo 32 diz que novela da Política Nacional de Resíduos Sólirefletem uma de“as embalagens dedos deve ter final feliz ainda em 2009. Assim vem ser fabricadas, espera o deputado estadual Arnaldo Jardim cisão de diferentes quando houver via(PPS), autor da versão estadual da política em São setores da sociedabilidade técnica e Paulo e coordenador do Grupo de Trabalho na Câmade. A ABNT não econômica, com ra dos Deputados. "Estou muito otimista que ainda pune os que não Arnaldo Jardim, materiais que propieste ano vamos aprovar essa Lei", comenta Jardim. deputado estadual seguem as normas, ciem a reutilização pelo PPS A política tramita no Congresso há 18 anos. Segune sim facilita as reou a reciclagem”. do o deputado, o problema está no conflito entre Já o artigo 33 fala sobre a logística reversa. “Estão lações comerciais, os diversos setores envolvidos. "Até formarmos os obrigados a estruturar e implementar sistemas de observando os reGrupos de Trabalho, não havia equilíbrio na Câmalogística reversa, mediante retorno dos produtos quisitos quanto ra. Mas estamos chegando lá. Nossa expectativa é após o uso pelo consumidor, de forma independenque em 2010 a política já esteja em vigor". ao meio ambiente do serviço público de limpeza urbana e manejo te, segurança, etc. O Projeto de Lei 203, de 1991, “dispõe sobre o dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, acondicionamento, a coleta, o tratamento, o distribuidores e comerciantes de: agrotóxicos, Em alguns casos, transporte e a destinação final dos resíduos seus resíduos e embalagens, assim como outros as normas podem sólidos”. Dos 58 artigos do PL, dois se referem produtos cuja embalagem, após o uso, constitua ser adotadas ou resíduo perigoso...”. especificamente às embalagens. mencionadas em Leis, Portarias, etc., tornando-se compulsórias. Nesse caso, não pode ser identificado por meio de parte está sendo desenvolvido pela a responsabilidade de verificação e puAssociação Brasileira Técnica de análise em laboratório. Nesse contexnição será dos órgãos emissores”. Celulose e Papel (ABTCP) junto à to, a ABNT NBR 15755 prevê tanto a ABNT, e será apresentado em breve”, autodeclaração como a auditoria de Catequizar e detalha o coordenador. terceira parte. Em ambos os casos, conscientizar as constatações devem ser realizadas Premero acredita que a conscientização legisladores por meio de documentos fiscais (noda sociedade e da própria indústria tas fiscais) que confirmem o uso de Assim como a ABNT, que acredita na de embalagem é o ponto de partida material recuperado na fabricação. conscientização para posterior adesão para que processos sustentáveis amO programa de auditoria de terceira da indústria às normas sobre o papel bientalmente sejam mais constantes.
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legislação ambiental
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reciclado, a Plastivida – Instituto SócioAmbiental dos Plásticos, espera que as esferas estadual e federal parem de criar leis contra as sacolas. “O problema é que a população está má informada quanto às sacolas plásticas. Estamos lançando uma campanha para que políticos e legisladores saibam quais são os problemas e quais são as soluções”, explica Francisco de Assis Esmeraldo, presidente do instituto. Esmeraldo e seus assessores tentam catequizar as esferas políticas de que a Plastivida é uma fonte de referência em relação aos estudos sobre os plásticos. “Mostramos as verdades dos fatos com números, enfatizando a indispensabilidade dos plásticos na vida das pessoas”. Esse trabalho não é fácil. Se por um lado o instituto lança campanhas sobre a importância do plástico e seu descarte adequado – a mais recente foi lançada no início de setembro deste ano, em rede nacional –, do outro há políticos criando Projetos de Lei sem conhecimento de causa. “Há muitos deles por aí. O Brasil tem 5564 municípios. Cada um tem uma Câmara de Vereadores com ideias e propostas diferentes. Atingir essas esferas é im-
Francisco de Assis Esmeraldo, presidente da Plastivida
Valdir Premero, coordenador da CB29 da ABNT
drahita Rolim alerta para a confusão que se faz quanto ao uso do aditivo químico que acelera a decomposição em contato com a terra, a luz ou a água. O prazo de degradação é até 100 vezes menor. “No entanto, a degradação de sacolas com esse aditivo as transformam em pó, sem Há muitas frentes de trabalho na Plasfunção na natureza e de grande prejuízo tivida. Uma delas se refere às sacolas para o meio ambiente. Diferentemente oxibiodegradáveis, ainda sem reguladas biodegradáveis, que se decompõem mentação no País. Assessora técnica 100%”. Como nenhuma providência foi da entidade, a engenheira Silvia Pietomada em relação as oxibiodegradáveis, empresas dos setores de alimentos e de vestuário usam desses produtos por apresentarem resistência e forte apelo e distribuidoras de bebidas de qualquer m setembro deste ano, a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente visual. natureza, óleos combustíveis, lubrificantes e possível, por isso nossa campanha foi pensada em nível nacional”, explica o presidente da Plastivida. De qualquer maneira, a entidade já encaminhou correspondências para todos os presidentes das assembleias legislativas.
Lei da reciclagem gera atritos
E
de São Paulo (SVMA) multou a CocaCola, a AmBev, a Petrobras e a Shell por descumprirem a Lei 13.316/2002, de reciclagem de embalagens pós-consumo. As empresas foram notificadas em agosto e penalizadas em R$ 250 mil cada. Avon e Colgate também foram fiscalizadas. No entanto, entraram com pedido solicitando mais prazo para atender à intimação. A SVMA concedeu mais 30 dias a essas duas companhias. A lei paulistana, criada em 2002 e regulamentada só em 2008, afeta “empresas produtoras
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similares, cosméticos e produtos de higiene e limpeza”. Ela estabelece um cronograma progressivo de recolhimento: 50% da produção de 12 meses no primeiro ano de validade da lei, 75% no ano seguinte e 90% no terceiro. As empresas multadas recorrerão por meio de associações representativas. Coca-Cola e Ambev farão uso da Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e Bebidas não Alcoólicas (Abir). As associações empresariais ajuizaram medidas cautelares contra a Prefeitura Municipal no Tribunal de Justiça de São Paulo.
Pelo Brasil O prefeito de Teresina, no Piauí, Sílvio Mendes (PSDB), sancionou em junho deste ano a Lei 3.874 que obriga os estabelecimentos comerciais da cidade a usarem sacolas biodegradáveis ou oxibiodegradáveis para o acondicionamento de produtos e mercadorias transportadas pelos clientes. Já em São
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Paulo, o vereador Cláudio Fonseca (PPS) propôs o Projeto de Lei 038/09, que obriga o uso de embalagens biodegradáveis ou reutilizáveis. “Estamos em contato para esclarecê-los e sensibilizá-los para essas questões. Não somos contra os biodegradáveis, se assim realmente o forem, ou seja, aqueles que desaparecem em seis meses”, pontua Esmeraldo. “Se me apresentarem um laudo dizendo que os oxibiodegradáveis são confiáveis, eu assino embaixo”. Ainda em São Paulo, tramita na Câmara um projeto do deputado estadual Baleia Rossi (PMDB) que prevê a proibição da fabricação e comercialização de sacolas plásticas para embalagens. “É mais um caso de desinformação. Já estivemos com o deputado e achamos um absurdo sua proposta porque isso é inconstitucional. O produto não causa danos! Estamos trabalhando com o político para o devido esclarecimento”, conta o presidente da Plastivida. Por fim, em Goiás, a Assembleia Legislativa havia aprovado e o governador sancionado a Lei nº 16.268, de 29 de maio de 2008, obrigando a substituição das sacolinhas no prazo de um ano. As novas sacolas deveriam degradar ou desintegrar por oxidação em um período de 18 meses, com advertência aos estabelecimentos que descumprissem a legislação e
Mostramos as verdades dos fatos com números, enfatizando a indispensabilidade dos plásticos na vida das pessoas multa de R$ 7 mil, em caso de reincidência. Graças a uma bem-sucedida intermediação da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de Goiás (Simplago) e do INP, a Plastivida conseguiu a realização de uma Audiência Pública e fez uma apresentação sobre os riscos ambientais que aquela legislação desencadearia. Ato contínuo, a Assembleia Legislativa aprovou a Lei 16.527, estendendo o prazo previsto pela Lei 16.268 de um para cinco anos. Portanto, a substituição das sacolas, prevista para maio deste ano, agora ficou para maio de 2013. “Esse tempo permitirá esclarecer para todos os envolvidos e para a indústria o que realmente representa o oxibiodegradável no meio ambiente”. Informações ABNT – aSSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS Tel.: (11) 3017-3600 | www.abnt.org.br PLASTIVIDA – INSTITUTO SÓCIO-AMBIENTAL DOS PLÁSTICOS Tel.: (11) 3816-2080 | www.plastivida.org.br
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consumo
Consumidor consciente p embalagens sustentáveis
Levantamento mostra que os consumidores estão dispostos a premiar as empresas (comprando ou indicando-as para terceiros), que praticam o desenvolvimento sustentável no centro do seu negócio
A
Analice Fonseca Bonatto
o olhar para o seu carrinho de supermercado cheio, Regina Vieira, turismóloga, de 37 anos, afirma que sabe exatamente o que fará com as embalagens vazias, após consumir os produtos comprados. Na sua casa, o lixo reciclável é todo separado: papel, vidro, alumínio e plástico. Mas admite que, na prática, é difícil fazer escolhas que não sejam controversas. “Sei que poderia fazer ainda mais, mas não deixo de comer o que gosto, por exemplo, porque a embalagem não é sustentável”.
Fotos: Stockxpert
O engajamento de Regina é um retrato da disposição de uma parcela dos consumidores brasileiros em contribuir no processo de construção de um futuro melhor. Por outro lado, denota que, na hora da escolha, as ações nesse sentido nem sempre são incisivas. De um modo geral, “contribuir quando for possível” ainda é um hábito de consumo bastante identificado entre eles. Pelo menos é isso o que mostra a pesquisa Monitor de Responsabilidade Social 2009, da Market Analysis, que revela que 64% dos consumidores brasileiros “sempre que possível” compram produtos de empresas que são social e ambientalmente responsáveis.
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Por outro lado, o aspecto positivo é que 74% deles acreditam que podem influenciar para que uma empresa atue de forma responsável quanto a essas questões. E essa espécie de ativismo se pulveriza em três tipos de consumidores: o consumidor de recompensa (aquele que premia as empresas por seu trabalho); o de retaliação (que boicota as empresas que agem de maneira irresponsável) e o ético (que tanto pune quanto recompensa as empresas pelos esforços na área de sustentabilidade). Nesse sentido, a conclusão do estudo é otimista: um em cada três brasileiros já pratica o consumo responsável. Ao que tudo indica, a preocupação com o consumo consciente das embalagens deverá ser cada vez maior. Apesar dos enormes benefícios trazidos
Muitas empresas dizem que estão preocupadas, mas vejo isso como uma mera questão de marketing
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e prefere
s
por elas, como a sua praticidade, para citar um – esse setor é apontado por alguns especialistas como um dos maiores responsáveis pelo crescimento do volume do lixo urbano. segundo o Ministério do Meio ambiente, um terço do lixo doméstico é composto por embalagens, 80% delas são descartadas após um uso apenas. no Brasil, elas representam um quinto de todo o lixo brasileiro, somando 25 toneladas diárias nos lixões.
ENXURRADA DE INFORMAÇÕES
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apesar de mais consciente de suas escolhas, o consumidor ainda se perde no meio de tantos conceitos. Para especialistas, essa enxurrada de novas informações divulgadas na mídia tem causado muita confusão, originando grandes equívocos que, infelizmente, são tomados como verdades absolutas. É o que atesta o professor Bruno Pereira, do núcleo de Estudos da Embalagem CONSUMIDORES da EsPM (Escola superior BRASILEIROS de Propaganda e Marketing) “SEMPRE QUE POSSÍVEL” COMPRAM de são Paulo, que lembra PRODUTOS DE que apesar de o consumidor EMPRESAS QUE SÃO SOCIAL E estar sensibilizado para o AMBIENTALMENTE tema, o Brasil ainda engatiRESPONSÁVEIS nha nos seus fundamentos. a sustentabilidade, reconhecidamente um tema polêmico, também entre os pesquisadores, confunde os consumidores que acabam, muitas vezes, pautados por ‘achismos’. Esses jargões da sustentabilidade, segundo ele, não apresentam embasamento científico. “o conceito de sustentabilidade não é difícil. Mas, sim, complexo”, observa Pereira. “se Editora Banas
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uma marca da confiança do consumidor passa a dizer que o seu produto agora é verde, ele a premia com maior participação no ‘market share’ (fatia de mercado). No entanto, das marcas que têm tomado essa decisão, poucas têm entendimento sobre o conceito”, avalia o professor. Se ainda essa questão é nebulosa, resta ao consumidor exigente a tarefa de correr atrás de mais informações sobre o assunto. É exatamente isso que tem feito o executivo Marcelo Costa, de 40 anos. Ele conta que faz uma busca em sites de ONGs e blogs sobre quais Paulo Al-Assal, empresas buscam alternativas do ponto diretor-geral da Voltage de vista ambiental. No entanto, critica o fato de que muitas somente usam uma ‘maquiagem verde’: “Produtos que foram “A maioria não está nem Sustentabilidade produzidos de maneira aí para a sustentabilidaresponsável costumam de. E a razão disso, creio, significa fazer isso ao coné que a população não mais com menos ‘reportar’ sumidor”, avalia. Essa está nem aí também. recursos é a atitude de Adriana Muitas empresas dizem dos Santos, de 35 anos, que estão preocupadas, que diz que observa a própria embamas vejo isso como uma mera questão lagem e também presta atenção no de marketing”. boca a boca e na mídia. No entanto, De fato, a web está se tornando cada a professora de inglês reconhece que vez mais um dos principais aliados busca nos rótulos das embalagens dos consumidores que querem saber informações relacionadas aos valores mais sobre os trabalhos desenvolvinutricionais do produto. “Mas, claro, dos pelas empresas. Seja nas redes também analiso a embalagem para sociais ou em suas próprias comunisaber do que é feita. Muitas vezes dades, os consumidores trocam inhá sinais evidentes de que foi feita formações e experiências e, segundo de material reciclável. Isso é um inespecialistas, mesmo que eles não centivo para comprá-la. Pode ser até comprem pela internet, essa mídia mais barata”, completa. tem papel decisivo na compra. O De acordo com Pereira, cabe à emprepsicólogo Fabrício Lopes, de 28 anos, sa mostrar ao consumidor porque a sempre que possível se informa por sua embalagem é mais sustentável. E, esses locais. “Fóruns de discussão são evidentemente, uma das formas para os melhores meios, além dos sites de fundamentar isto é disponibilizar entidades e blogs de ONGs”. um site bem estruturado que traga Segundo Paulo Al-Assal, diretormensagens para os vários públicos de geral da Voltage, agência de pesquisa um produto. “Se ela tomou a decisão qualitativa que trabalha com perfis por uma embalagem sustentável, de comportamento do consumidor, tem de ter um estudo científico por a leitura atenta da embalagem é trás. E ele deve ser disponibilizado um dos cuidados que o consumidor digitalmente”. pode ter para evitar cair nas armadilhas do consumo “pseudocorreto”. 62
Parece estranho pensar que a co-
Bruno Pereira, professor do Núcleo de Estudos da Embalagem da ESPM
municação com a embalagem pode ser feita melhor na web do que nos pontos-de-venda, por exemplo. Mas até estudiosos que entendem das variáveis do conceito de sustentabilidade, quando estão diante de uma prateleira, ficam em dúvida sobre se a embalagem é ou não sustentável. E isso não implica apenas saber se os materiais usados são recicláveis ou não, mas também se os processos envolvidos atendem a dinâmica da sustentabilidade.
VAI PAGAR QUANTO? Mas, afinal, existe embalagem 100% sustentável? A julgar pela opinião de especialistas a resposta é não. Apesar dessa constatação, é inegável que há cada vez mais pressão popular para o descarte correto depois que ela cumprir sua função. “A embalagem é a parte visível do produto. Ao consumir algo, começa aí sua relação com ela. Ao final, o consumidor terá um ‘abacaxi’ nas mãos”, comenta Pereira. O fato é, na prática, o consumidor está sendo exposto a um sem-número de informações sobre tudo o que acontece depois do seu descarte. Mas ainda, há pouca informação sobre o seu ciclo de produção, sua logística de transporte, para citar alguns itens
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que deveriam estar no checklist da sustentabilidade. Uma esperança levantada por especialistas é a rotulagem ambiental que permitirá futuramente, por exemplo, a inserção de um número que ajudará a rastrear as empresas que causam menos impactos ambientais. Enquanto isso não acontece, consumidores e especialistas voltam suas miras para outra questão: quanto custa uma embalagem sustentável? Para especialistas, uma embalagem “amiga do meio ambiente” não deve ser, necessariamente, mais cara do que as demais. Se o incremento no custo ocorrer em função disso, observa o professor da ESPM, algo pode estar errado. “Sustentabilidade significa fazer mais com menos recursos”, diz. “As pessoas devem começar, por exemplo, a observar os desperdícios,
principalmente, o de alimentos, e a entender quais são os custos ocultos envolvidos na cadeia. É claro que não em 100% dos casos, mas, no geral, a solução dita sustentável tem de ser mais barata”, argumenta. No entanto, muitos se mostram dispostos a pagar mais como forma de incentivar as empresas que investem nesse tipo de produto. Fabrício Lopes é um deles. “Se queremos que essas empresas se tornem referência, é preciso que vendam”. O engenheiro aposentado Francisco Frassá, de 78 anos, concorda: “É uma forma de apoiar as empresas que tomaram a dianteira”. O consumidor Marcelo Costa acrescenta que a questão ambiental chegou a um ponto em que não poderá mais ser ignorada. Ele lembra que, ao falar do custo maior por uma embala-
gem sustentável, deve-se pensar no custo-benefício que essa embalagem proporciona. Já a professora de inglês Adriana acha a questão controversa. “Todos estamos envolvidos nisso. Então, acredito que as empresas têm de buscar a redução dos seus custos e também arcar com os custos de fazer embalagens ecologicamente corretas. Mais do que cobrar a mais por produtos acondicionados em embalagens sustentáveis, elas deveriam oferecer opções de recolhimento dessas e de sua reciclagem”.
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consciente indústrias empreendedoras apostam nas embalagens verdes e revelam sua percepção de um mercado em expansão
o KLEBER PINTO
uso de embalagens biodegradáveis ou de matériaprima renovável já é uma realidade no Brasil. E feliz é a indústria que enxergou essa oportunidade e introduziu produtos com menor impacto ambiental em suas linhas. sortudas, também, são as empresas de filmes e embalagens que empreenderam nos Devemos negócios verdes.
três empresas ouvidas pela Pack contam porque apostam nessas embalagens, como reduzem a emissão de gases de efeito estufa e o consumo de energia, e ainda revelam sua percepção desse mercado ecoeficiente. “a questão ambiental nunca foi tão debatida pela sociedade. imaginamos ser essa alternativa a mais eficaz. E os biopolímeros podem diluir parcialmente o impacto causado pelos polímeros usuais no meio ambiente”, argumenta sylvio ortega, diretor-executivo da PHB industrial.
os avanços na produção dos biopolímeros levaram um grupo de engenheiros de materiais, químicos e de produção a formar em 2004 a Biomater Eco-Materiais, empresa com sede em são Carlos (sP) de base tecnológica que, em parceria com a Universidade de são Paulo (UsP), UnEsP-Botucatu e rodenburg Biopolymers BV, da Holanda, se dedica à pesquisa e ao desenvolvimento de novas aplicações de uma nova classe de materiais plásticos a base de matérias-primas provenientes de recursos renováveis, como mandioca, batata, milho e celulose, por exemplo.
apostar em tudo que é sustentável se quisermos que nossos netos, bisnetos, etc. tenham uma vida decente
Para João Carlos de Godoy Moreira, diretor de tecnologia e inovação da Biomater EcoMateriais, “o mais importante é verificar que novas oportunidades estão surgindo, assim como alternativas de produção mais limpas e com menor consumo de energia, minimizando impactos ambientais, principalmente nos descartáveis em geral.” E para quem achava que a palavra sustentabilidade estava fora do vocabulário desses empreendedores, Veruska rigolin, da innovia Films, rebate. “devemos apostar em tudo que é sustentável se quisermos que nossos netos, bisnetos, etc tenham uma vida decente. se continuarmos nesse ritmo, somente degradando nosso ambiente, nossos futuros familiares não terão nenhuma chance de viver. isso é fato!” 64
SoluÇÃo EcoEFiciEnTE
“Embalagens produzidas em bioplásticos podem promover a mudança sociocultural para a sustentabilidade dessa indústria”, acredita João Carlos de Godoy Moreira, diretor de tecnologia e inovação da Biomater. E é por conta desse modo de pensar que a empresa empreendeu no segmento.
Moreira conta que os biopolímeros e os bioplásticos aparecem como indústria emergente em todo mundo. Por que? “Eles prometem ser uma das saídas para o tratamento de resíduos pós-consumo, principalmente em embalagens contaminadas com restos de alimentos. nesse tipo de compostagem não é gerado metano. Portanto, a coleta seletiva de lixo urbano aplicada aos resíduos compostáveis, suportados pela utilização de bioplásticos, serão definitivamente ecoeficientes, evitando as indesejáveis emissões de metano.” a Biomater Eco-Materiais aposta que o Brasil seguirá a tendência internacional, onde o maior mercado é o de sacos e sacolas para coleta de material compostável. “o
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Ele pontua ainda que, “em termos de custo, as bioresinas que dão origem a diversas embalagens custam de duas a cinco vezes mais que as resinas convencionais de petróleo. no entanto, os processos de transformação possuem custos equivalentes ou até inferiores por consumirem menos energia elétrica no processamento.” sobre a demanda por embalagens verdes, o representante é otimista. “o uso dos bioplásticos em embalagens tem se expandido em diversos setores da economia, não se restringindo somente aos produtos destinados a aplicações de ciclo de vida curto – leia-se bandejas e recipientes para embalagens de alimentos orgânicos, garrafas, tampas, frascos para cosméticos e fármacos -, mas também a outros produtos finais de maior durabilidade, principalmente por apresentarem excelente estabilidade ao meio ambiente externo e por serem obtidos de recursos renováveis”.
continuará oferecendo soluções para a indústria de embalagens e para o meio ambiente. “somos uma empresa dedicada à produção de bioplásticos e ao desenvolvimento de aplicações. Vamos intensificar o suporte técnico, o ecodesign, a análise do ciclo de vida e a certificação.”
Foto: Paulo Bau
mercado de filmes para embalagens começou um desenvolvimento mundial mais agressivo a partir de 2005, inicialmente para embalagens de alimentos orgânicos por causa do equilíbrio promovido em defesa do meio ambiente. Em seguida, foi ganhando novos mercados, período esse que coincidiu com a expansão das plantas de produção”, explica o diretor de tecnologia e inovação da Biomater.
EmiSSÃo ZEro dE co2 Foi acompanhando o mercado internacional que a innovia Films trouxe ao Brasil a tecnologia de filmes biodegradáveis e compostáveis. desde 2003 vende seu biopolímero feito da celulose da madeira de reflorestamento. semelhante ao polipropileno, o natureflex se decompõe até em ambientes aquosos. o produto é certificado pelas normas europeias e norte-americanas. Com fábricas no reino Unido, Estados Unidos, Bélgica e austrália, a empresa tem posição de destaque nos mercados
veruska rigolin, executiva de vendas da Innovia Films
a empresa acredita que o mercado brasileiro ainda é bastante reduzido para as embalagens verdes. Mas essa realidade deve mudar nos próximos anos, quando transformadores e consumidores com grande interesse por tecnologias limpas forçarão a indústria a investir em alternativas sustentáveis. “nossos esforços em P&d possibilitaram o desenvolvimento de diversos produtos baseados em biopolímeros para suprir as necessidades do mercado de embalagens fabricadas por extrusão, injeção, sopro e termoformagem.” Para 2010, a Biomater Eco-Materiais Editora Banas
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“Novos materiais compostáveis para embalagem são lançados a cada ano, e aqueles que já estão no mercado melhoram em funcionalidade e propriedades. Apesar de não haver uma solução biodegradável para cada necessidade de acondicionamento, muitos produtos e aplicações hoje se adaptam melhor a uma embalagem biodegradável que a uma embalagem convencional”, argumenta Veruska Rigolin, executiva de vendas da Innovia Films.
exigidas para aplicações de solo, compostagem doméstica e águas residuais a temperaturas ambientais, além de compostagem industrial.” Entre 2007 e 2008, a empresa quantificou o impacto
Sylvio Ortega, diretor-executivo da PHB Industrial
À direita João Carlos de Godoy Moreira, diretor de tecnologia e inovação da Biomater Eco-Materiais
Foto: European Bioplastics
Embalagens produzidas em bioplásticos podem promover a mudança sociocultural para a sustentabilidade dessa indústria
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Segundo ela, o que motiva o interesse nas embalagens biodegradáveis é o fato de a maioria dos biopolímeros ser baseado em recursos renováveis e sustentáveis. “Embora existam também diversos biopolímeros sintéticos, eles são frequentemente usados para aumentar a funcionalidade dos materiais renováveis e, portanto, seu uso é incentivado em uma gama de aplicações práticas.”
ambiental de sua linha de filmes e fez uma revisão nas emissões de gás carbônico. O resultado? “Todo processo de manufatura produz, inevitavelmente, um impacto ambiental e nosso envolvimento nessas iniciativas nos permite compensar o efeito global da produção do NatureFlex e garantir aos consumidores que nosso produto é CarbonZero no momento em que deixa as instalações da Innovia.”
Os filmes NatureFlex têm uma composição típica de cerca de 95% de material renovável, como medido segundo a ASTM D6866. Outro fator que coloca a Innovia no posto de empresa empreendedora é a parceria com a co2balance, empresa da área de serviços de gás carbônico. A fabricante de filmes já plantou 3 mil árvores em Sand Martin Wood, em Faugh, na região de Cumbria, Inglaterra. “A plantação desse novo bosque com uma mistura de árvores de folhas largas da Grã-Bretanha a menos de 30 km das suas instalações em Wigton foi selecionada porque o NatureFlex é produzido em Cumbria. O bosque pertence à co2balance, que também o admiLinha Quality Street da Nestlé nistra. Isso garantirá que o local utiliza filme receberá manutenção apropriada NatureFlex da no futuro.” Innovia Films
Mas não é só. Veruska se gaba do fato da Innovia Films ter atingido o status CarbonZero em toda sua linha de filmes NatureFlex por meio de programas de redução de emissões de gás carbônico. “O NatureFlex atende às especificações
Na África, a Innovia ainda contribuirá com um programa para distribuição de ‘fornos solares’ para comunidades carentes. “Isso ajuda a diminuir a devastação de florestas, reduz as emissões de CO2 das queimas dos fogões a lenha, reduz os custos de energia e proporciona saúde e segurança aos usuários”, contabiliza a executiva.
Fotos: Divulgação
de etiquetas, filmes topcoating para a industria de embalagens flexíveis de alto desempenho e sobreembalagem.
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Em contrapartida, os investimentos em fontes renováveis da Innovia Films se revertem nas vendas. “A produção do filme Natureflex veio contribuir com o faturamento da empresa. Ela não deixou de produzir nenhuma linha para fabricar esse filme. Por isso, os negócios estão sim aumentando. Acreditamos fechar esse ano com 20% a mais em vendas de Natureflex em relação a 2008”, adianta Veruska. “A demanda está aumentando mês a mês. Empresas de produtos orgânicos, naturais, light e diet estão cada vez mais buscando alternativas sustentáveis para suas embalagens. Para eles, produtos naturais também devem ter embalagens naturais. Mas não só. Praticamente todas as empresas sentem necessidade de ter uma linha sustentável para contribuir com nosso meio ambiente.” Sobre o mercado brasileiro, Veruska é otimista. “Temos um potencial muito grande. As empresas estão começando a buscar alternativas sustentáveis para poderem contribuir com o planeta. Na verdade, o potencial vai crescendo à medida que nós, consumidores, co-
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meçamos a exigir das empresas produtoras de bens de consumo alternativas para impactar menos o meio ambiente.”
O crescimento tem se dado em percentual em torno de 30% ao ano
E para atender a demanda em curso, a Innovia segue investindo. “A empresa está constantemente analisando e estudando novas oportunidades de negócio sustentável. Temos um laboratório na planta da Inglaterra completamente focado nesse tema.”
Enxergando um ciclo de vida Quando o conceito de sustentabilidade está atrelado aos negócios, enxergar oportunidades é questão de tempo. E foi o que aconteceu com os grupos sucroalcooleiros Pedra Agroindustrial e Balbo. Juntos, fundaram a PHB Industrial, fabricante de polímeros verde feito do bagaço da cana-de-açúcar. “A aposta desses grupos se deu pela busca de novos produtos que agregassem valor à cadeia da cana-de-açúcar e mantivessem o conceito de sustentabilidade das empresas”, conta Sylvio Ortega, diretor-executivo da PHB Industrial.
te a possibilidade de se misturar os biopolímeros com cargas naturais, o que tende a baratear o preço final do produto e tornar o produto verde até mais barato que as embalagens usuais. De uma maneira geral, existe um acréscimo em torno de 30% a 40% do preço das embalagens convencionais.”
Mesmo mais caros, os biopolímeros têm demanda e estão satisfazendo a aposta da PHB Industrial. “O crescimento da demanda tem se apresentado em larga expansão nos últimos anos, com projeções ainda melhores para os próximos períodos, principalmente nos mercados europeu, asiático e americano. Os crescimentos têm se dado em percentuais em torno de 30% ao ano, segundo a European Bioplastics, a qual somos filiados.”
A empresa de Serrana (SP) acredita que o mercado interno já está aderindo aos biopolímeros devido à consciência ambiental do consumidor final. “Mudanças conceituais quanto à educação ambiental e leis que regulamentem e incentivem o uso desses materiais chamados verdes ainda devem ser implementadas”, vislumbra Ortega. Enquanto isso, a PHB Industrial segue seu ciclo. “Abriremos uma planta industrial de produção de PHB/PHB-HV entre 2011 e 2012. Nesse meio tempo, continuaremos desenvolvendo nossos produtos e ampliando o leque de aplicações dos biopolímeros.” Informações Biomater Eco-Materiais Tel.: (16) 3361-1675 | www.biomater.com.br Innovia Films Tel.: (11) 5053-9948 | www.innoviafilms.com PHB Industrial Tel.: (16) 3897-9000 | www.biocycle.com.br
Ortega explica que o processo de produção desse biopolímero, o polihidroxibutirato, reduz a emissão de gases de efeito estufa e o consumo de energia na produção de embalagens verdes. “O PHB/PHB-HV – comercialmente conhecido como biocycle – é um biopolímero produzido a partir do açúcar da cana-de-açúcar. O ciclo de vida da produção dessa biomassa possibilita um grande resgate de CO2 do meio ambiente. Dessa maneira, a produção de uma tonelada de PHB/ PHB-HV resgata cerca de 4,4 ton de CO 2. Consequentemente, as embalagens produzidas a partir desses biopolímeros terão impacto positivo no meio ambiente.” Em relação aos polímeros convencionais utilizados pelos transformadores, o diretor pontua que os valores podem variar muito, “uma vez que exis-
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Ecodesign
não é design ecológico! o ecodesign deve ser entendido como uma política de gestão ambiental nas empresas e um programa multidisciplinar que envolve várias áreas GLÁUCIA BONER DE OLIVEIRA*
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uma breve pesquisa na inindústrias de eletroeletrônicos passaternet sobre “ecodesign” ram a se preocupar em desenvolver encontramos mais de 79 produtos menos agressivos ao meio mil citações só nas págiambiente, mas que também gerassem nas em português. temos todo tipo economia durante seu processo. dessas de uso para o termo e, infelizmente, experiências nasceram as primeiras profissionais de diversas áreas se diretrizes de projetos e, desde então, apropriam dessa palavra sem um cotem crescido o interesse por programas nhecimento mais aprofundado de seu de gestão ambiental. conceito e significado. a partir daí ecodesign a Wikipédia apresentafoi definido como um o como um termo vago: Nós designers conjunto de práticas de uma tendência nas árenão podemos projeto que contempla os as da arquitetura, enaspectos de sustentabiligenharia e design com desconsiderar dade em todos os estágios o objetivo de reduzir vida de produtos, proo impacto de de o uso de recursos nãocessos e serviços, reduzinrenováveis e minimizar nosso trabalho do o impacto ambiental o impacto ambiental, e respeitando objetivos nos mais qual uma nova onda ou ambientais, de saúde e uma moda passageira. diferentes segurança. Ele vai muito além do simples uso de Vale ressaltar que, projetos materiais recicláveis ou reparte do entendimento ciclados. Envolve a gestão equivocado desse conda energia e dos resíduos gerados no ceito deve-se, provavelmente, à falta de conhecimento mais aprofundado processo, a redução do uso de matesobre o uso do próprio termo “deriais tóxicos, a reutilização de peças sign”, que em sua origem, significa e embalagens, a desmontagem e a o ato de projetar, conceber (com redução do número de componentes planejamento, método) e não apenas e materiais diferentes em um mesmo desenhar ou criar um estilo, como produto. E muitos outros aspectos. ordinariamente se imagina. Ele deve ser entendido como uma política de gestão ambiental nas emprena verdade, o conceito de ecodesign surgiu no início dos anos 90, sas e um programa multidisciplinar nos Estados Unidos quando algumas que envolva várias áreas. Contrário
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aos argumentos dos altos custos que representariam para as empresas, Joseph Fiksel, criador do conceito de ecoeficiência, sugere uma importante ligação entre eficiência dos recursos, com produtividade, lucro e responsabilidade ambiental, ou seja, a ecoeficiência implica em melhoria econômica para as empresas, pois recursos usados de forma coerente podem reduzir custos tornando-as mais competitivas e atraentes. as práticas associadas a um projeto de ecoeficiência que podem ser aplicadas às embalagens e seu processo de fabricação mais comum são: – a substituição de materiais com enfoque no uso dos reciclados e recicláveis; – a diminuição de tamanho das embalagens; – a redução do peso e da espessura dos materiais empregados; – atenção na escolha de vernizes, tintas e colas; – redução de diferentes tipos de plásticos numa mesma embalagem; – extensão da vida útil do produto; – redução do uso de substâncias tóxicas; – atenção à montagem e desmontagem das embalagens visando à separação dos materiais; – atenção para reciclagem; – busca da reutilização da embalagem.
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Nós designers não podemos desconsiderar o impacto de nosso trabalho nos mais diferentes projetos, de produtos a embalagens, mas também não podemos ignorar a dimensão desse tema tão relevante, tratando-o de forma superficial. É necessário buscar informação nos órgãos competentes e estreitar o relacionamento com empresas e fornecedores para troca de experiências e desenvolvimento de projetos que sejam bem-sucedidos.
Diretrizes para a prática do ecodesign 1. Design voltado para a recuperação e reutilização de materiais e componentes – recuperação de materiais para terem valor econômico positivo. Apresentar o mais próximo possível do seu estado de alimentação na fabricação, ou seja, estado de homogeneidade, pureza e reprocessabilidade. – recuperação de componentes para aumentar o valor do seu fim de vida, projetando-os para que sejam reutilizáveis; facilitando a remoção nãodestrutiva e projetando-os de uma forma que acelere seu diagnóstico e restauração. 2. DFD (Design for Disassembly) ou design para desmontagem
Visa a facilitar o acesso aos componentes de modo a simplificar ao máximo
o processo de desmontagem dos componentes do produto. – Facilita o acesso aos componentes para que o produto seja desmontado com o mínimo de custo e de esforço. – Minimiza produtos que contenham materiais diversos em grande número, de difícil identificação ou ainda não-recicláveis. – Simplifica as interfaces entre os componentes, evitando o uso de parafusos, adesivos, colas, dando preferência à utilização de encaixes, clipes, etc. – Projeta com simplicidade visando menores custos de fabricação, menor volume de material, maior durabilidade e desmontagem mais fácil para manutenção ou recuperação. Além de reduzir a complexidade de fechamento e montagem do produto e utilizar partes iguais em projetos diferentes, modelos diferentes numa família de produtos ou em gerações sucessivas de produtos. 3. Design para minimização de resíduos
Buscar reduzir a geração de resíduos na fonte. – redução de peso e volume do produto; – facilita a separação dos resíduos; – viabiliza a recuperação de resíduos para sua reutilização ou sua incineração. 4. Design para conservação de energia
Busca a redução do uso de energia no processo de produção. – desenvolve equipamentos que reduzam o consumo de energia; – bem como a diminuição do uso de energia usada na cadeia do produto e o uso de fontes renováveis de energia (solar, por exemplo). 5. Design para conservação de materiais Desenvolve produtos com múltiplas funções de uso e visa a dar mais longevidade ao produto. – especifica que materiais são reciclados e/ou renováveis, utilizando-se componentes remanufaturados; – busca a recuperação de embalagens, assim como a adoção de recipientes/ depósitos reutilizáveis. 6. Design para a redução de riscos
Busca reduzir o desperdício pelos processos de produção mais limpos. – evita o uso de substâncias com toxicidade elevada e de químicos redutores da quantidade de ozônio (CFCs); – adota tecnologias baseadas no uso de solventes aquosos com produtos biodegradáveis, quando sua reciclabilidade não for possível; – assegura a disposição de resíduos que não possam ser economicamente recuperados e reprocessados. *Gláucia Boner de Oliveira é professora de design do Instituto de Embalagens
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rima com economia nesses novos tempos, o segredo do sucesso está no equilíbrio que as organizações dão à questão da sustentabilidade ASSUNTA NAPOLITANO CAMILO*
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os finais dos anos 80, as empresas brasileiras começaram a descobrir o assunto qualidade. Conheceram os vários sistemas e aí veio a febre das certificações. Em pouco tempo, elas entenderam que produzir com qualidade era muito melhor, pois aumentava os lucros e fortalecia a imagem dos produtos e da empresa. dez anos se passaram e a qualidade ganhou um novo status: não era mais custo, mas um bom investimento. E o seu conceito então se incorporou à produção. assim aconteceu também com os programas de segurança dos trabalhadores. E de novo os empresários compreenderam que o que parecia um desafio ou um problema era outro bom negócio para eles. Bem-estar na empresa promovia até aumento da confiança dos colaboradores. Que bom! desde o início deste século, a sustentabilidade chegou para revermos os modelos de negócios. a questão saiu dos fóruns acadêmicos e das salas das diretorias para ganhar as ruas: escolas, comunidades, onG’s, crianças. Enfim, muitos grupos se mobilizando. recentemente, chegou ao Brasil, o livro “a Empresa Verde”, da consultora francesa para assuntos ambientais, Élisabeth Laville. Ela foi entrevistada das páginas amarelas da revista Veja de 16 de setembro de 2009. Ela discorre sobre a mudança de atitude entre empresários, nas onG’s, nos governos, todos entendem que sem equilíbrio, sem a busca pelo melhor, nenhum dos lados sobreviverá. Ela explica que atitudes sustentáveis deixam de ser escolha para se tornar pilar de sobrevivência. desfaz-se o mito que isso inviabiliza os lucros. Muito pelo contrário: pode ser um bom negócio! 70
todos estão mais informados e buscam informações sobre os produtos que consomem. os consumidores querem saber quem são as empresas que os produzem. Cada vez mais, o posicionamento da companhia pode definir a escolha de seus produtos por um número cada vez maior de consumidores. a embalagem dos produtos de empresas responsáveis deve trazer informações sobre o produto, a empresa e sobre ela. Essa é uma grande oportunidade para a embalagem melhorar sua própria imagem perante a opinião pública. além do benefício de imagem, a “empresa verde” pode obter lucros em toda a sua estrutura de negócios, desde a concepção do produto; nas etapas de suprimentos, planejamento, processos, produção, logística, venda até o descarte e quem sabe no seu retorno. Exemplificando alguns pontos. desde a concepção do projeto é preciso prever os melhores materiais, ou seja, que economizem recursos e energia no seu processo. Que sejam facilmente reciclados ou parcialmente feitos de materiais reciclados. Em suprimentos deve-se avaliar se as empresas fornecedoras são responsáveis, pois isso pode economizar muitos prejuízos futuros. além disso, comprar em lotes maiores para reduzir o custo de fabricação sem aumentar os custos de estoque. Leve em conta que o bom material é aquele que confere uma boa performance e rendimento em máquina. É fundamental. aqui vale a boa prática de conversar de forma franca com os parceiros e entender aonde podem ganhar juntos. Fornecedor tem que ser respeitado como elemento importante da empresa, assim como o cliente ou consumidor.
o planejamento pode ter papel importante na economia de energia e água, considerando os setups de máquinas nas suas planilhas. Com certeza, o equilíbrio entre estoque menor, prazo de atendimento dos clientes e lotes ótimos é uma ferramenta que pode fazer enorme diferença. a equipe de processos e de produção deve estar atenta para as pequenas e grandes oportunidades de melhorias, economia de recursos ou fazer mais com o mesmo, além de aproveitar os refugos ou perdas de processos em outros produtos ou na própria produção. É preciso apoiar a equipe de manutenção para ter máquinas reguladas e econômicas. a operação fabril é o ponto mais crucial da empresa. sem contar, o adequado cuidado com o destino dos dejetos, efluentes e subprodutos. aqui procure a ajuda de universidades ou órgãos públicos que podem tornar um problema (um dejeto ou subproduto) uma fonte de renda! o pessoal de marketing e vendas pode identificar oportunidades de entregas e distribuição em conjunto com algum terceiro. o mais relevante é que da decisão da empresa de ser melhor e mais sustentável se define um planejamento dessas ações, estabelecendo indicadores e convocando todos que influenciam nesse resultado: diretores, acionistas, colaboradores, fornecedores, terceiros, clientes, comunidade, consumidores. ser sustentável impõe ser verdadeiro desde a tomada de decisão. É preciso ter persistência, perseverança e transparência. E é bom começar já! sucesso sustentável para todos! *Assunta Napolitano Camilo é diretora da consultoria de Embalagem FuturePack e do Instituto de Embalagens
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notas técnicas CODIFICADORA POR TRANSFERÊNCIA TÉRMICA A impressora por transferência térmica 8018, da Markem. Imaje, proporciona impressão de alta qualidade em embalagens flexíveis, laminados e etiquetas. Pode imprimir logotipos, códigos de barras fixos, entre outras imagens bitmap, em uma área de 32 x 40 mm. Possui interface de usuário LCD portátil com suporte de encaixe e conexão USB para download de imagens. Opera a uma velocidade de 100, 150, 200 e 225 mm/seg (intermitente) e 20 a 450 mm/seg (contínua). MARKEM.IMAJE Identificação de Produtos Ltda. Tel.: (11) 3305-9455, www.markem-imaje.com.br
ENXAGUADORA, ENCHEDORA E TAMPADORA EMPACOTADORA A empacotadora, modelos TKG 600/900, da Taimak, oferece controle automático da temperatura e agrupamento de 6, 12 e 24 unidades, sem troca de kit. Trabalha com todos os tipos de frascos, de 250 ml até 8000 ml, nos modos automático e semiautomático, por meio de uma chave reversora. Opera com capacidade de produção de 600 pacotes/h (TKG 600) e 900 pacotes/h (TKG 900). TAIMAK Empacotadoras. Tel.: (55) 3332-9171 www.taimak.com.br
A enxaguadora, enchedora e tampadora Triboloco DPG-20-24-06, comercializada pela Depall, é um equipamento para enxaguar, envasar e fechar frascos ou recipientes. Opera com enchimento por gravidade para produtos de baixa e média viscosidade e com válvula de alta vazão com sistema de troca rápida e total abertura para CIP. Permite determinar o volume por nível e regular a altura de diferentes formatos de frascos automaticamente. DEPALL Máquinas Engarrafadoras Ltda. Tel.: (54) 3453-7119, www.depall.com.br
GARRAFÃO DE VINHO Uma das mais tradicionais embalagens de bebidas do Brasil, o garrafão de vinho, da Saint-Gobain Embalagens, ganha uma nova versão, com capacidade de 4 litros. Possui design moderno e curvas mais suaves, alça plástica de alta resistência para facilitar o transporte e manuseio, além de grande área de rotulagem. Está disponível nas versões de gargalos rosca ou rolha. SAINT-GOBAIN EMBALAGENS. Tel.: (11) 2246-7214, www.sgembalagens.com.br
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DOSADOR DE ROSCA O dosador de rosca DR 26, da Golpack, possui rosca sem fim servocontrolada para dosar produtos em pó. Comandado por IHM touch screen, o CLP controla os pulsos enviados ao servodrive, determinando o número de voltas necessárias para a dosagem em tempo hábil. O equipamento pode ser acoplado em máquinas automáticas de empacotamento ou em sistemas de dosagem semiautomática em sacos, potes, etc. Admite volume de dosagem mínimo de 4-20 cm3 a 226-6820 cm3. GOLPACK Indústria e Comércio de Máquinas Ltda. Tel.: (11) 4125-4022 www.golpack.com.br
ENVASADORA ROTATIVA A PISTÃO Ideal para envase de líquidos com baixa viscosidade, a envasadora rotativa a pistão, modelo SaurP02, opera com sistema de envase com dois pistões em aço inox AISI 304, dois bicos de enchimento em aço inox e sensor de presença de frasco. Possui estrutura robusta confeccionada em aço-carbono SAE 1020 revestido com aço inox AISI 304, posicionador de tampas em aço inox AISI 304 e painel elétrico com PLC para controle da máquina. Oferece setup rápido e baixo consumo de energia. SAUMEC Indústria de Máquinas e Equipamentos Ltda. Tel.: (31) 3621-3044 www.saumec.com.br
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notas técnicas PLÁSTICO BIODEGRADÁVEL A Krest está lançando a linha de resinas e plásticos 100% naturais e biodegradáveis Mr.Green. Os produtos são feitos a partir do amido de milho. Podem ser aplicados em embalagens, suportes, alças, entre outros, para os setores alimentício, automotivo, químico, cosmético, hospitalar, informática e utensílios, principalmente, descartáveis. A resina apresenta grau de contração de 0,5% e densidade de –30 até 60ºC. KREST International Ltda. Tel.: (21) 2493-1915, contato@krest.com.br
BIG BAG Específico para produtos alimentícios, o big bag MF5, da Engebag, possui corpo em tecido tubular, sem costuras laterais e pontos de retenção. As costuras e dobras externas eliminam os focos de contaminação e os acabamentos com bainha evitam o esgarçamento do tecido e liberação de fibras no alimento. Incorpora ainda válvulas em tecido reforçado resistente a várias reutilizações e alças fixadas externamente, sem contato com o alimento. Permite impressão de alta fixação e liner interno opcional, 100% virgem e atóxico, colocado com equipamento específico, sem contato manual. ENGEBAG Indústria de Embalagens. Tel.: (19) 3456-2110, comercial@engebag.com.br
EMBALAGEM DE PET EBM A Mega Plast lança embalagem produzida com resina PET EBM. Desenvolvido no Brasil em parceria com a CPR, o material é indicado para extrusão e sopro convencional na fabricação de embalagens rígidas, de alto brilho e transparência, simulando vidro e valorizando o produto. Oferece boa resistência química, inclusive ao álcool, e possibilidade de uso de eventuais moldes existentes de PVC. MEGA PLAST S/A Indústria de Plásticos. Tel.: (11) 3623-2323 www.megaplast.com.br
UNIDADE DE RECICLAGEM A unidade de reciclagem para sobras de embalagens de polietileno expandido (EPE), da NZ Philpolymer, é uma máquina com alto nível de automação. Oferece baixo consumo de energia e fácil operação. Está disponível nos modelos LDF-SJP-120, LDF-SJP-140 e LDF-SJP-180, com capacidade de produção de 130-150, 180-200 e 220-240 kg/h, respectivamente. NZ PHILPOLYMER Divisão Máquinas e Embalagens. Tel.: (11) 4716-2131 www.nzphil.com.br 74
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ENCAIXOTADORA GRAVITACIONAL Indicada para frascos cilíndricos, ovais e retangulares, a encaixotadora gravitacional EVG, da Packform, recebe as embalagens em fila única, agrupa, separa e encaixota em caixas de papelão ondulado pré-armadas. Possui sistema de amortecimento para contato suave entre frascos e caixa, além de portas monitoradas e proteções em policarbonato. Oferece change-over fácil e rápido e painel de comando giratório para acesso de ambos os lados. PACKFORM Sistemas de Embalagem. Tel.: (41) 3013-3603, www.packform.com.br
EMBALAGEM DESMONTÁVEL Utilizada no transporte de produtos de vários tipos e formas, desde um pequeno microchip a uma máquina, a embalagem desmontável Nefab ExPak combina em sua estrutura chapas de madeira compensada com aço galvanizado. Pode ser rapidamente montada e fechada graças a um exclusivo sistema de travamento por meio de linquetas e fendas nos perfis. Oferece menor peso, já que as chapas de madeira compensada têm espessuras de 6,7 e 8,7 mm, e menor volume devido à sua modularidade, que permite o seu armazenamento em pequenas áreas. NEFAB Embalagens Ltda. Tel.: (11) 4785-5050, embalagens@nefab.com.br
TAMPA LINERLESS Ideal para produtos não-gasosos, de consumo imediato, a tampa Extra Lok 38 mm Linerless, da Closure Systems International, foi produzida com tecnologia de moldagem por compressão. O indicador externo na lateral da tampa permite um acompanhamento fácil e rápido da aplicação da tampa na embalagem. O sistema de vedação não contém vedantes, eliminando completamente o risco de contaminação por sabor ou odor, preservando as características originais do produto. Mesmo após aberta a primeira vez, a tampa mantém o seu poder de selagem. CLOSURE SYSTEMS International. Tel.: (11) 4134-2500, www.csiclosures.com
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notas técnicas CONTENTORES Totalmente revestidos internamente com chapas de polipropileno (PP), os contentores, modelo CPCD, da Rentank, possuem base inferior em aço-carbono galvanizado a fogo, tampa superior removível e estrutura lateral com galvanização eletrolítica. Além de meia abertura frontal que permite fácil acesso ao liner bag (PEBD), fundo inclinado para escoamento, e entradas para empilhadeira e paleteira, possibilitando maior eficiência no carregamento e descarregamento. Admitem capacidade de carga de 1300 kg e capacidade volumétrica de 1040 litros. RENTANK Equipamentos Industriais Ltda. Tel.: (11) 4138-9266, www.rentank.com.br
AGRUPADORA ELETRÔNICA Altíssima produtividade e versatilidade para agrupamento de pacotes de diferentes tamanhos, bem como a formação de fardos de diferentes configurações estão entre os principais diferenciais da agrupadora Futurastock, comercializada pela Selgron. Projetada para trabalho em regime contínuo de 24 horas, a máquina pode ser utilizada para arroz, feijão, cereais em geral, açúcar, café torrado, farináceos e outros produtos. O peso máximo que poder enfardado é de 5 kg. SELGRON Industrial Ltda. Tel.: (47) 2111-7777 selgron@selgron.com.br
ROTULADORA SEMIAUTOMÁTICA A rotuladora semiautomática, modelo SPC, da Tudela, é indicada para frascos planos e semiplanos. A alimentação do equipamento é manual, basta que o operador coloque o frasco sobre o berço e acione o pedal. Com os rótulos dispostos alternadamente, frente e verso, sobre a bobina, o usuário aplica o rótulo frente, gira o frasco sobre o berço, e aplica o rótulo verso. A capacidade de produção depende do tipo de frasco e do rótulo, mas em média, ela gira em torno de 600 embalagens/h frente e verso. Opera com velocidade de rotulagem de 5 a 15 m/min e precisão de colocação de ± 2 mm. TUDELA Indústria e Comércio de Máquinas e Ferramentas Ltda. Tel.: (11) 2941-6930, tudela@tudela.com.br
DISCO DE VEDAÇÃO Indicado para vedar produtos alimentícios, farmacêuticos, higiênicos e cosméticos, o disco de vedação em polexafil (polietileno expandido), da Geraldiscos, proporciona ajuste perfeito entre tampa e frasco e evita vazamento, evaporação, ressecamento e contaminação do produto. É impermeável, não mancha e não deforma, além de garantir fechamento hermético. Permite selagem por indução em frascos de PP, PE, PEAD, PVC, PET e vidro (cola fria). GERALDISCOS Comércio Indústria e Representação de Cort. Ltda. Tel.: (11) 4133-2299, geraldiscos@geraldiscos.com.br
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INJETORA PARA TERMOPLÁSTICOS A injetora para termoplásticos SYA1300 DT Sinitron, comercializada pela Megga Tecnologia, opera com força de fechamento de 1300 kn. Possui rosca de plastificação com relações L/D entre 23,7 e 20, dois cilindros para encosto do bico com fixações articuladas e acionamento direto da rosca com motor hidráulico e pistões radiais. Conta ainda com regulagem de altura de molde com motor hidráulico e coroa dentada guiada e extrator hidráulico central com mesa guiada na frente. MEGGA Tecnologia e Comércio de Máquinas Ltda. Tel.: (11) 4529-4850 vendas@meggaplastico.com.br
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ENSACADEIRA ROTATIVA A ensacadeira rotativa Haver Roto-Packer é indicada para sacos valvulados. Dependendo do modelo, é possível ensacar e pesar quantidades a granel pelo sistema de turbina ou pneumático, em máquinas rotativas de 3 a 12 bicos. Proporciona alta capacidade de enchimento, superior a 4 mil sacos/h, em sacos de tamanho reduzido e pesos otimizados devido ao sistema eletrônico de pesagem e válvula dosadora, que regulam o fluxo grosso e fino. Possui construção compacta e modular que simplifica a montagem e manutenção e processo limpo de ensacamento devido ao sistema de captação de pó. HAVER & BOCKER Latinoamericana. Tel.: (19) 3879-9100, haberhbl@haverbrasil.com.br
IMPRESSORA INK JET Indicada para impressão em superfícies porosas, a impressora ink jet Marsh é capaz de imprimir uma linha de informação, com altura de caracteres de 10 mm (opcionalmente com 15 mm e 20 mm), e capacidade de até 40 caracteres de comprimento. Pode armazenar até 50 mensagens, contendo dentro da memória, data, hora, contagem sequencial, turno, etc. Opera com velocidade de 6 a 67 m/min e tensão de trabalho de 80 a 240 V. PROMAPACK Comércio de Codificadores Ltda. Tel.: (11) 6468-1404, www.promapack.com.br
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notas técnicas
SOPRADORA Com novo design e mais cavidades por molde, a sopradora BMT 5.6 S/H, da Pavan Zanetti, é indicada para frascos de até 5 litros. Opera com velocidade de fechamento controlada por válvula proporcional para soldagem perfeita, uma estação de sopro, saída lateral de produtos soprados, com possibilidade de rebarbação automática (opcional). Permite fácil acesso para troca de molde, cabeçotes e pinos de sopro, reduzindo substancialmente o tempo de parada da máquina. Admite força de fechamento de 10 t. PAVAN ZANETTI Indústria Metalúrgica Ltda. Tel.: (19) 3475-8500, www.pavanzanetti.com.br
EMBALADORA VERTICAL Capaz de produzir vários tipos de pacotes, como almofada, sanfonado, fundo-chato, quatro soldas e aplicação de zíper, a embaladora vertical intermitente SVI, da Robert Bosch Tecnologia de Embalagem, oferece as opções de solda termossoldável e termosselável, com temperaturas de ajustes, de acordo com as especificações do produto. Devido à sua baixa altura e, conseqüente, menor distância de queda do produto, a máquina é ideal para produtos frágeis. A unidade de quatro soldas pode ser facilmente integrada, pois a altura da máquina não precisa ser alterada. Além disso, a embaladora permite a fácil instalação dos acessórios para pacote estilo doy, girando a mesa de solda 90º. Opera com capacidade de produção de 10 a 120 bolsas/min. ROBERT BOSCH Tecnologia de Embalagem Ltda. Tel.: (11) 2117-6800, www.boschpackaging.com.br
IMPRESSORA Com movimentos exclusivamente mecânicos, a Screener MCA 170 é uma máquina automática para impressão de frascos e potes rígidos e semirrígidos ovais. Apresenta espátula pneumática com dispositivo não frasco e não impressão, carga por esteira de alimentação preparada para receber alimentador. Pode ser equipada com dispositivo para decorar frente e verso simultaneamente. Opera com raio máximo de impressão de 170 mm e produção máxima de 5000 embalagens/h. SCREENER. Tel.: (11) 4783-1022 www.screener.com.br
ENCARTUCHADEIRA VERTICAL A encartuchadeira vertical intermitente, modelo EVI-04, da Promaler, possui painel de comando com CLP, acionamento por motorredutor e controle de velocidade por conversor de frequência. Oferece a possibilidade de alimentação automática para diversos produtos e codificação em baixo relevo na aba dos cartuchos, ink jet ou hot stamping opcional. Além de troca rápida de formatos com mínimo de regulagens, fácil limpeza e longa durabilidade com baixíssima manutenção. Opera com capacidade produtiva de até 75 embalagens/ min. PROMALER Ind. e Com. de Máquinas Ltda. Tel.: (11) 3924-0410 www.promaler.com.br
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DATADOR PNEUMÁTICO DE BANCADA Indicado para marcação de frascos cilíndricos ou retangulares, cartuchos fechados ou abertos, ou bobinas, mediante execução de dispositivo adequado, o datador pneumático de bancada, da Dois Irmãos, opera com área de impressão de 35 mmx35mm. É acionado por pedal pneumático ou sensores automáticos, além de permitir regulagem de altura variável, conforme a necessidade do usuário. DOIS IRMÃOS Com. Ltda. Tel.: (11) 5565-9109, www. m2irmaos.com.br
EIXO PNEUMÁTICO Apropriado para trabalhar com bobinas inteiras e multicortes de médio peso, o eixo pneumático EPP5R, da Pronatec, apresenta corpo com perfil em alumínio extrudado e garras com lâminas em alumínio e borracha. Possui válvula de acionamento rápido 1/8” BSP, cinco câmaras de alta durabilidade e fácil manutenção. Opera com pressão de trabalho de 5 a 7 bar e diâmetro máximo de expansão de 83 mm. PRONATEC Equipamentos Indústria e Comércio Ltda. Tel.: (11) 3942-1881, vendas@pronatec.com.br
ENCHEDORA A enchedora Triblock é composta por rinser, enchedora, rosqueadora, posicionador de frascos, alimentador de tampas e painel de comando. Possui ainda sistema de sustentação dos frascos pelo gargalo, facilitando o processo e otimizando os ajustes de setup e regulagem automática da altura do frasco. Opera com capacidade de produção de 5 mil até 25 mil frascos/h. NARITA Indústria e Comércio Ltda. Tel.: (11) 4352-3855 www.narita.com.br
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notas técnicas internacionais
ZÍPER DIAGONAL A Newpack Korea desenvolveu uma embalagem flexível com um novo conceito funcional de abertura: o zíper diagonal. Essa tecnologia garante que o produto fique livre de umidade e previne contra o desperdício, basta apenas pressionar o zíper para fechar novamente a embalagem. Agora os consumidores não precisam mais utilizar elásticos ou prendedores para fechar as embalagens, e o produto é melhor conservado no caso de possíveis substâncias estranhas. NEWPACK Korea Inc. Tel.: +82314569001, www.newpackkorea.co.kr
PAINÉIS PLÁSTICOS Os painéis plásticos Triplex são produzidos em três camadas de polipropileno (PP), oferecendo resistência sobre tensão e estresse de compressão em todas as direções, incluindo cantos e lados. Entre suas características estão: excelente resistência a químicos; fácil de processar; compatível com a maioria dos processos de impressão; pode ser facilmente laminado; 100% reciclável; etc. Podem ser aplicados em vários tipos de caixas, contêineres, sistemas de embalagem reutilizáveis, entre outros. Estão disponíveis em larguras de 2100 mm e em qualquer comprimento desejado. TRIPLEX® Kunststoffe GmbH. Tel.: +49 0745693990, www.triplex-gmbh.de
BICOS PARA POUCHES A IPN produz uma linha completa de bicos para pouches indicada para as seguintes aplicações: envase a quente, asséptico e retort. Os bicos oferecem inviolabilidade, confiabilidade, facilidade de abertura, e baixo custo. Podem ser fornecidos com diâmetros internos de 8,5; 10,6; 18,0; 21,4; 21,8; 33,4 e 29,7 mm e produzidos em polietileno (PE) e polipropileno (PP)/ polietileno (PE). Estão disponíveis em quatro modelos diferentes: XL-seal contour; XLR-seal contour; M-seal contour; e QT-seal contour. INP USA Corp. Tel.: 7706312626, www.ipnusa.com
RESINAS SELANTES Os jantares feitos no forno micro-ondas serão ainda mais convenientes com as novas resinas selantes DuPont™ Appeel™ e DuPont™ Appeel® AF. Com agente ativo antinévoa que melhora as propriedades de transparência, elas podem ser aplicadas em uma ampla gama de filmes de selagem para produtos frescos e refrigerados. As resinas promovem selagem controlada (abertura fácil) para embalagens de vários substratos e podem ser combinadas com uma diversidade de outros filmes e resinas para criar uma estrutura que é resistente à selagem a quente e às condições de refrigeração. DUPONT. Tel.: +13027741000, www.dupont.com
MÁQUINAS STRETCHHOOD As máquinas stretchhood Rainbow da Bag Treatment Holland B.V. são indicadas para o envolvimento de paletes. Oferecem redução de custo devido ao menor consumo de energia, alta capacidade e estiramento constante, tanto na horizontal quanto na vertical. Podem operar com paletes de 800x600 mm até 1 200x2 500 e com cargas com alturas de 500 até 3000 mm. Admitem capacidade de produção de 800 até 1 000 paletes envolvidos/ bobinas. BAG Treatment Holland B.V. Tel.: +310497514988, www.bth-bv.com
IMPRESSORA FLEXOGRÁFICA Tiragens curtas, maior qualidade, redução de descartes e tempos de ajustes reduzidos são as prioridades da indústria de embalagem. A impressora flexográfica Diamond HP 808/809, da Uteco, é a resposta ideal para os convertedores que necessitam de maior flexibilidade e racionalização dos trabalhos em um só equipamento. A máquina opera com velocidade máxima de impressão de 600 m/minuto e largura de impressão de 1000/1700mm. UTECO Converting SpA. Tel.: +390456174555, www.uteco.com
BANDEJAS DE APET Utilizando a pressão de selagem ALX®, a bandeja de APET pode ser selada rapidamente com filme transparente, que protege contra a entrada de ar. Os produtos ficam protegidos durante o transporte e a embalagem pode ser facilmente aberta pelos consumidores. Ela pode ser aquecida até 60ºC e resfriada até –40ºC, além de permitir a reciclagem. A selagem da bandeja com atmosfera modificada (ATM) preserva as vitaminas, os minerais e o aroma dos alimentos, além de aumentar o shelf life. O sistema ALX® é perfeitamente adaptado para vendas take-out de saladas frescas e sobremesas. ALX® Metall. Tel.: +49 (0) 6643411, www.alx.de
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painel de negócios
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blog da pack > INTERATIVIDADE COM O MERCADO DE EMBALAGEM O Blog da Pack é o seu espaço para trocar informações, compartilhar experiências e encontrar soluções para os seus negócios. O blog acompanha o mercado de embalagens no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades e curiosidades que envolvem toda a cadeia produtiva do setor.
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17...................INDEMETAL............................................... www.indemetal.com.br
3ª Capa..........ABRE.................................................................... www.abre.org.br
61...................INNOVIA FILMS.......................................... www.innoviafilms.com
81...................ABIPACK........................................................www.abipack.com.br
81...................INTERTEC.............................................www.intertecequip.com.br
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73...................INSTITUTO DE .......................EMBALAGENS..................... www.institutodeembalagens.com.br
57 e 79..........ARV........................................................................www.arv.com.br
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09...................AVERY DENNISON............................................ www.avery.com.br
19...................KRONES..........................................................www.krones.com.br
75...................BAUCH CAMPOS................................ www.bauchcampos.com.br
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