Revista Pack 156 - Agosto 2010

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carta ao leitor CARTA AO LEITOR

INOVAÇÕES QUE FAZEM A DIFERENÇA

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indústria brasileira de embalagem segue se aprimorando, desenvolvendo novas soluções e tecnologias para garantir a qualidade organoléptica e nutricional dos alimentos. Já que hoje o consumidor está cada vez mais exigente e preocupado com a qualidade do produto que ele compra. A segurança alimentar impõe novos desafios para o desenvolvimento de materiais barreira cada vez melhores, que permitam, por exemplo, ampliar a vida de prateleira e, ao mesmo tempo, mantenham o frescor do alimento. Na Alemanha, o Instituto Fraunhofer em parceria com duas companhias também alemãs – Vaccum Technology Dresden ISA e a Applied Materials – desenvolveu uma avançada tecnologia que reveste filmes de polímero com uma camada barreira transparente ultrafina para aumentar a vida de prateleira do produto. A inovação foi possível graças ao desenvolvimento de uma tecnologia de plasma que permite a criação de uma camada barreira transparente que é até 100 vezes mais fina do que camadas tradicionais, como o óxido de silicone e o PVdC. No Brasil, o setor de resinas plásticas também acompanha a evolução do mercado para atender essas exigências da indústria de alimentos. José Gil Alvarez, diretor comercial corporativo da Ebba, é o entrevistado da edição de agosto. O executivo conta como a empresa cresceu em um ano de atividades no mercado de sucos prontos para beber e de concentrados e os investimentos em novas embalagens. Para comemorar os 200 anos da lata de aço que são completados neste mês de agosto, a revista Pack desenvolveu um caderno especial para celebrar uma história de inovações. No Brasil, a primeira fábrica de latas de aço foi fundada em 1924. Trata-se da Companhia Metalgraphica Paulista (CMP), que hoje é comandada por José Villela de Andrade Neto e José Villela de Andrade, terceira e quarta

geração, respectivamente, à frente da gestão da empresa. A repórter Analice Fonseca Bonatto assina uma reportagem sobre as inovações da indústria brasileira de lata de aço, na década de 90, que promoveram grandes rupturas na experiência de consumo dos consumidores. Um bom exemplo disso é a tampa abre-fácil criada pela Rojek que aposentou os abridores de lata e o sistema de fechamento Plus, da Brasilata, que introduziu um novo conceito no segmento de tintas depois de quase um centenário, utilizando a mesma solução. O consumidor ganhou em praticidade e melhor usabilidade. A lata expandida é outra inovação que reposicionou a sua imagem no mercado. Modelada de dentro para fora, a embalagem faz sucesso no ponto de venda. Ela foi desenvolvida primeiro para a indústria alimentícia Oderich para o segmento de conservas vegetais e atomatados. Mas, em 2004, a expandida foi utilizada por uma das marcas mais tradicionais na categoria de laticínios. A Nestlé mudou o formato da embalagem do leite condensado Moça, que não era alterado desde a sua introdução no mercado brasileiro em 1921. A lata de aço perdeu mercado para a garrafa PET no segmento de óleo, mas apostou em novos mercados, como o de tintas, de bebidas e de promocionais. No segmento de bebidas, a Cia Metalic Nordeste, empresa da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) é a única fabricante das Américas de latas de aço de duas peças. A empresa começou a atuar no País em 1997 e o seu primeiro cliente foi a Refrigerantes Vedete. Hoje a sua capacidade de produção é de 70 milhões de latas de aço/ano, com foco, principalmente, no setor de refrigerantes. No campo do meio ambiente, mostramos como a evolução da reciclagem de latas de aço e o projeto educativo da Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço) contribuem para disseminar a sustentabilidade. Sustentabilidade é o assunto da edição especial de setembro. Aguardem. Até a próxima edição.

MARGARET HAYASAKI

EDITORA-CHEFE

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| margaret.hayasaki@banas.com.br

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ENTREVISTA “A cartonada responde por 97% do mercado de sucos prontos para beber”

Foto: Andreza Pinheiro | Agência: Foto Grafia

sumário

A N O • 1 2

MATÉRIAS

A G O S T O

2010

14 ENTREVISTA José Gil Alvarez, diretor comercial corporativo da Ebba, revela que a empresa vai introduzir a garrafa PET no mercado de sucos concentrados, com um conceito de design totalmente novo para a categoria

A tecnologia a vácuo e com atmosfera modificada, além da evolução das embalagens com barreira permite aumentar a vida de prateleira dos alimentos e garante a segurança alimentar

28 ESPECIAL BEBIDAS

Foto: iStockphoto

A necessidade de conveniência e saúde cresce, demandando embalagens menores para consumo imediato e justo

EMBALAGEM TECNOLOGIA DESIGN INOVAÇÃO

22 CAPA

33 CADERNO ESPECIAL 200 ANOS DA LATA DE AÇO

34 Uma história de inovações 38 Patrimônio mantido por gerações 42 Muito além do padrão 46 Um filão promissor

22

48 Um negócio borbulhante 49 Extraordinárias latas de aço 52 Protegendo o meio ambiente

CAPA Todas as propriedades de barreira desejadas para proteger o alimento

54 Artigo

SEÇÕES 6

AGENDA

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PACK ONLINE

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ATUALIDADES

12 POR DENTRO DAS LEIS

20 LANÇAMENTOS INTERNACIONAIS

Foto: iStockphoto

28

60 NOTAS TÉCNICAS 64 ARTIGO

Fotos: Divulgação

18 VANGUARDA

ESPECIAL BEBIDAS O mercado de embalagens de bebidas nos Estados Unidos

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agenda

60 anos

EM DESTAQUE

Lançada em 1989, a Labelexpo Americas é o palco dos convertedores de rótulos e etiquetas de toda a região. Os visitantes podem encontrar novas tecnologias, novos fornecedores e comprar novas máquinas. Na última edição, em 2008, o evento recebeu visitantes dos Estados Unidos, Canadá, México, Japão, Reino Unido e Brasil.

Foto: Divulgação

EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO

FEIRAS NO BRASIL DATA

FEIRA

LOCAL

ORGANIZAÇÃO

De 23 a 26 de agosto de 2010

Embala Nordeste – Feira Internacional de Embalagens e Processos

Centro de Convenções de Pernambuco, PE

Greenfield Business Promotion Tel.: (81) 3343-1101 www.greenfield-brm.com

De 23 a 27 de agosto de 2010

Interplast – Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico

Expoville, Joinville, SC

Messe Brasil Tel.: (47) 3451-3000 www.interplast.com.br

De 14 a 16 de setembro de 2010

Tecnobebida – Feira para Indústria de Bebidas na América Latina

Transamérica Expo Center, São Paulo, SP

NürnbergMesse Brasil Tel.: (11) 3205-5000 www.tecnobebida.com.br

Dias 22 e 23 de setembro de 2010

Congresso Brasileiro de Embalagem

Centro Fecomércio de Eventos, São Paulo, SP

Associação Brasileira de Embalagem (Abre) Tel.: (11) 3082-9722 www.abre.org.br

De 22 a 25 de setembro de 2010

Feitintas – Feira da Indústria de Tintas e Vernizes e Produtos Correlatos

Centro de Exposições Imigrantes, São Paulo, SP

Sitivesp Tel.: (11) 3262-4566 www.feitintas.com.br

Fundador: Geraldo Banas (1913 – 1999) Publisher: Cristina Banas Editora: Elizabetha Banas (1923 – 2007) Editora-chefe: Margaret Hayasaki – margaret.hayasaki@banas.com.br Jornalista web: Kleber Pinto – kleber.pinto@banas.com.br Assessora Técnica: Assunta Camilo (FuturePack) – assunta@futurepack.com.br Revisão: Nazaré Baracho Consultoria Técnica: Guilherme Sergio Maradine Secretária: Bruna Pires – redacao@banas.com.br Projeto gráfico: Editora Banas Produção: Luciano Tavares de Lima (gerente) – producao@banas.com.br Editora de Arte: Tami Arita – tami.arita@banas.com.br Designer: Ana Claudia Martins – ana.martins@banas.com.br Capa: Ana Claudia Martins – ana.martins@banas.com.br

CONSELHO EDITORIAL André Vilhena – Diretor CEMPRE – Compromisso Empresarial para Reciclagem; Assis Garcia – Diretor do Centro de Tecnologia de Embalagem – CETEA; Claudio Irie – Diretor de marcas controladas do Carrefour; Eduardo Yugue – Gerente de embalagens da Nestlé; Geraldo Cardoso Guitti – Presidente da Refrigerantes Convenção; Lincoln Seragini – Diretor–presidente da Seragini Farné; Luiz Belloli Neto – Presidente da Câmara setorial de máquinas para a indústria alimentícia, farmacêutica e refrigeração industrial da Abimaq – Luis Madi – Diretor - geral do ITAL - Instituto de tecnologia de Alimentos

DEPARTAMENTO DE VENDAS Diretor Comercial: Paulo Galante – paulo.galante@banas.com.br

Executivos de Negócios – São Paulo Cláudio Alves Freire | João Domingues Tel.: (11) 3500-1900 – publicidade@banas.com.br

Belo Horizonte M Lage Vendas e Representações. Contato: Marcio Lage Av. Raja Gabaglia, 4000 – sl. 207 – CEP 30494-310 – Belo Horizonte-MG Tel.: (31) 2127-3854 - (31) 9612-8028 – publimg@banas.com.br

Rio de Janeiro Art Comunicação S/C Ltda. Contato: Francisco Neves Rua Almeida Bastos, 90 – 101 – CEP 20755-270 – Rio de Janeiro-RJ Tels.: (21) 2269-7760 – (11) 9943-5530 – Fax: (21) 3899-1274 – banasrj@uol.com.br

Rio Grande do Sul Interface Comunicação e Propaganda Ltda. Contato: Vera Anjos Av. Taquara, 193 – Cj. 406 – CEP 90460-210 – Porto Alegre-RS Tel./Fax: (51) 3330–2878 – banassul@terra.com.br

FEIRAS NO EXTERIOR

Paraná e Santa Catarina

DATA

FEIRA

LOCAL

ORGANIZAÇÃO

De 14 a 16 de setembro de 2010

Labelexpo Americas

Donald E. Stephens Convention Center, Chicago, Estados Unidos

Tarsus Group plc Tel.: +1 (262) 754-6931 www.labelexpo-americas.com

De 5 a 8 de outubro de 2010

Tokyo Pack – Feira Internacional de Embalagem

Tokyo Big Sight, Tóquio, Japão

Japan Packaging Institute Tel.: .+81-3-3543-1189 www.tokyo-pack.jp/en/

De 27 de outubro a 3 de novembro de 2010

K – Feira Internacional de Plásticos e Borracha

Dusseldorf Fairgrounds, Dusseldorf, Alemanha

Messe Düsseldorf GmbH Tel.: +49 (0) 211456001 www.k-online.de

De 31 de outubro a 3 de novembro de 2010

Pack Expo International –Feira Internacional de Embalagem e Processos

McCormick Place Chicago, Estados Unidos

PMMI Tel.: (703) 243-8555 www.packexpo.com

Print Technology Representações Comerciais Ltda. Contato: Gilberto Kugnharski/Marilisa da Rocha Av. Luiz Xavier, 68 – 11ªand. – cj. 1118 – CEP 80020-020 – Curitiba-PR Tel. (41) 9942-2569 – gilberto@banas.com.br / marilisa@banas.com.br

São Paulo – Interior Aqueropita Intermediações de Negócios Ltda. Contato: Aparecida A. Stefani Tel.: (11) 3500-1910 – Fax: (11) 3748-1800 – aparecida.stefani@banas.com.br

REPRESENTANTE INTERNACIONAL Argentina 15 de Noviembre 2547 – C1261 AAO – Capital Federal – Republica Argentina Tel.: (54-11) 4943-8500 – Fax y Mensajes: (54-11) 4943-8540 www.edigarnet.com

ACORDO DE COOPERAÇÃO Phone: +1 312/2221010 – www.packworld.com

Rua Edward Josefh, 122 – 11º andar – Edifício Passarelli Jardim Suzana – São Paulo-SP – CEP 05709-020 CNPJ 60.432.796/0001-83 – I.E. 104.259.747.116, C.C.M. 1.249.632-4 NOVO TELEFONE (11) 3500-1900 Impressão: Gráfica Mundo

Erramos

Capa: Papelcartão Vitasolid 250/m2 Papirus Circulação nacional: Tiragem – 10 000 exemplares

AGOSTO 2010 PACK – EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO é uma publicação mensal da Editora Banas Ltda. A PACK é dirigida aos profissionais que ocupam cargos técnicos, de direção, gerência e supervisão em empresas fornecedoras, convertedoras e usuárias de embalagens, bem como prestadores de serviços relacionados à logística, design e todos os processos relacionados a indústrias de embalagem.

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Rua Edward Joseph, 122 – 11º andar – Edifício Passarelli São Paulo-SP – CEP 05709-020

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11 3500-1925 | FAX 11 3500-1900

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PARA SE CORRESPONDER COM A REDAÇÃO E-MAIL redacao@banas.com.br

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Filiada à

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Ao contrário do que foi publicado na edição 155, o palete de papelão ondulado não é mais comercializado pela Rigesa.

Periodicidade: mensal Assinatura: Anual (Brasil) = R$ 97,00 • Nº Avulso = R$ 15,00

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Diferente do que foi informado na matéria de capa Templos do Consumo, não foi o estilista de moda Alexandre Herchcovitch quem adotou a lata promocional, mas a Johnson & Johnson.

IV P R Ê M

Ao contrário do que foi publicado na edição de julho, nº 155, da revista Pack, na seção notas técnicas, a Bauch & Campos Indústria e Comércio Ltda, não representa comercialmente a Linx, fabricante da impressora jato de tinta contínua.

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V I S TA S E G M

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É permitida a divulgação das informações contidas na revista desde que citada a fonte. PACK reserva-se o direito de publicar somente informações que considerar relevantes e do interesse dos leitores da revista

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www.pack.com.br

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POR KLEBER PINTO kleber.pinto@banas.com.br

O SITE DA PACK TRAZ NOTICIÁRIO ATUALIZADO DIARIAMENTE, ARTIGOS EXCLUSIVOS E TUDO SOBRE O MERCADO DE EMBALAGEM. MAIS: VÍDEOS, FOTOS E A VERSÃO DIGITAL NA ÍNTEGRA DA EDIÇÃO DO MÊS, ALÉM DAS ANTERIORES! [CONEXÃO WEB ] as mais lidas no pack.com.br A negociação direta de 20 mil caixas Plaform® da Rigesa para o cliente uruguaio Univeg Forbel foi a notícia mais lida no site entre junho e julho*. Confira as mais lidas do período:

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Rigesa faz venda direto para o Uruguai

Caixas Plaform® foram exportadas para Univeg Forbel do Uruguai.

Cromex desenvolve cores e aditivos para bioplástico da Cargill Linha vai conferir ao bioplástico características como antibloqueio, barreira aos raios UVs, antiestática e antifog.

Braskem premia Solaris e renova contrato

[ENQUETE ]

RESULTADO JULHO/2010

Na sua opinião, a redução de peso da embalagem tem um limite? Sim. A contínua redução de peso pode comprometer o seu principal papel: proteger o produto na cadeia de distribuição

31 ,2

5%

68,75%

Não. Os avanços tecnológicos permitem a contínua redução de peso da embalagem

NESTE MÊS Interaja! Confira a enquete do mês e vote na home do site! Onde achar? http://www.pack.com.br

Solaris comemora Prêmio IP-Índice de Prevenção na categoria Prata.

Irani faz planejamento para seus 70 anos

Entre as ações, estão a revitalização e o desenvolvimento social de Campina da Alegria.

Empresa sobe preços para as linhas de produto papel cartão e revestidos.

Design Inverso cria rótulo do primeiro vinho da catarinense Kranz

Confira a lista das dez notícias mais acessadas no site e as leia na íntegra!

O rótulo foi produzido em BOPP (polipropileno bi orientado), com medalha em papel cuvê martele com impressão dourada e hotstamp na cor ouro e em relevo. A cápsula é em estanho, na cor preta, com símbolo dourado aplicado no topo.

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Fonte: Google Analytics* Período de 26/6/10 a 26/7/10 Onde achar? http://www.pack.com.br/maisartigos.aspx

[DESTAQUES] Os anúncios desta edição acompanhados dos ícones  têm informações extras no www.radarindustrial.com.br. Lá você encontra mais detalhes dos produtos, especificações técnicas e informações da empresa anunciante. Acesse! www.radarindustrial.com.br

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Nossos consultores esclarecem os mais diversos temas do setor. Envie sua pergunta e leia as respostas para nossos internautas no Blog da Pack. E-mail guru@pack.com.br PERGUNTE, ELE RESPONDE!

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Toda semana, a newsletter entrega no seu e-mail as notícias mais importantes da indústria de embalagens. Cadastre-se no site! Acesse! www.banas.com.br/banasinforma

Braga Adesivos conquista certificação FSC “Desde a tomada de decisão para conquista da certificação FSC, nós trabalhamos durante aproximadamente seis meses. O trabalho envolveu visita aos fornecedores para conhecer o sistema em funcionamento, escolha das empresas de consultoria e de certificação e auditoria do sistema, em novembro do ano passado. A emissão do certificado levou aproximadamente 60 dias e a conquista da certificação aconteceu em janeiro deste ano”, explicou Wagner Aparecido Rodrigues, analista de suporte técnico da empresa ao blog. Onde achar? http://www.pack.com.br/blog

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Foto: Kranz Merlot 2008 - Divulgação

Suzano Papel e Celulose anuncia aumento de preços

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Foto: Divulgação

atualidades

Elegância na Identidade Visual Maletinha Divertida Já pensou em transformar as embalagens de gelatinas numa divertida maletinha? Depois de assinar contrato de licenciamento com Walt Disney, a Dr. Oetker tornou isso possível. O Kit Gelatina da marca reúne seis gelatinas, nos sabores abacaxi, morango e uva, dentro de uma divertida caixa decorada com os personagens de “Toy Story 3” que pode ser usada para guardar brinquedos, lápis e canetinhas. A maletinha é produzida em papel cartão TP Premium 225, com impressão offset seis cores/verniz base água e autobrilho, pela Brasilgráfica. O design da embalagem é assinado pela Segmento Comunicação & Design.

Foto: Divulgação

A vinícola Kranz lançou, na Expovinis 2010, sua primeira safra de vinhos de altitude, produzidos em Treze Tílias/SC. É o Kranz Merlot 2008, voltado para públicos A e B. Uma das novidades do produto é o rótulo, desenvolvido pelo escritório Design Inverso, de Joinville/ Santa Catarina. O mote principal da identidade visual foi a elegância, expressa por meio da limpeza visual e da simplicidade. O rótulo foi produzido em BOPP (polipropileno bi orientado), com medalha em papel cuvê martele com impressão dourada e hot-stamping na cor ouro e em relevo. A cápsula é em estanho, na cor preta, com símbolo dourado aplicado no topo. A garrafa é Saint Gobain Borghese. Com a bebida, a Kranz inaugurou a nova marca do grupo, também elaborada pela Design Inverso.

Dr. Oetker, tel.: 0800-7770000.

Embalagens Recicladas As embalagens dos novos CD e DVD da cantora Sandy foram produzidas com papel cartão reciclado pela Rigesa. “O fato de as embalagens serem sustentáveis garante um alinhamento com a imagem positiva que a artista tem com o seu público. Além disso, garante um valor agregado importante ao produto”, afirma Célia Santos, gerente de desenvolvimento de produto da Rigesa. O projeto gráfico comunica visualmente o novo momento da trajetória musical de Sandy de modo simples e eficaz. “Com um ar mais clássico, a embalagem remete a uma introspecção, que também pode ser conferida na sonoridade do disco. Dessa forma, materializamos a proposta na embalagem”, explica Samuel Leite, diretor de criação da Digitale, agência responsável pelo desenvolvimento da arte do projeto.

O Sopão Maggi Integralles chega ao mercado nas versões ‘vegetais’ e ‘peito de frango; e o Lámen Pedaços de Vegetais, nas variedades ‘galinha caipira’, ‘carne’ e legumes com azeite. A B+G designers responde pela criação de naming, embalagens e materiais de comunicação do novo sopão, e assina também o layout da nova linha de lámens. Luis Bartolomei e Rodrigo Costabeber, responsáveis pela criação da B+G, explicam que o projeto gráfico busca retratar a saudabilidade aliada à praticidade e ao sabor dos produtos. “Nas embalagens de Sopão Maggi Integralles, criamos uma composição fresca e natural, explorando o branco e ramos de trigo como pano de fundo para a concha que mostra o macarrão feito com cereal em destaque”, pontua Costabeber. “O branco também invadiu as embalagens dos lámens para criar a percepção de um produto mais natural, e o sachê aberto esparrama o tempero, mostrando ‘em close’ os pedaços de vegetais. Além disso, criamos um splash de ‘Preparo Diferente’ para enfatizar que se trata de um produto diferenciado”, finaliza. B+G Designers, tel.: (11) 5090-1460.

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Saudabilidade e Praticidade

Foto: Divulgação

Design Inverso, tel.: (47) 3028-7767.

Rigesa, tel.: (19) 3707-4000.

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As embalagens de vidro de 250ml e 500ml foram produzidas pela SaintGobain Embalagens e as tampas de rosca de alumínio pela Marcatto Fortinox. O rótulo autoadesivo foi impresso em flexografia pela Etima Etiquetas. Já o lacre de PVC termoretrátil é fornecido pela Contrátil Lacres Termoretráteis. Vale Fértil, tel.: (41) 2101-8000.

Apostando no crescimento do mercado de massa instantânea, a Panco acaba de lançar a linha de macarrão instantâneo Lamen Cremoso, nos sabores frango, picanha, brócolis com queijo e quatro queijos. As embalagens foram desenvolvidas pelo departamento de criação da empresa e trazem em destaque a palavra cremoso como um diferencial da nova linha. As tradicionais bolinhas azuis, vermelhas e amarelas, que fazem parte da identidade visual da marca, também foram inseridas nas embalagens, buscando facilitar a identificação dos produtos com a marca Panco. As embalagens foram produzidas em filme laminado em BOPP transparente Coex+PE leitoso, com impressão em rotogravura, pela Converplast (sabores frango e picanha) e Inapel (brócolis com queijo e quatro queijos). Panco, tel.: (11) 2957-0778.

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A linha de azeites extravirgem Vale Fértil Passione, com selo de autenticidade da Globo Marcas, tem relação com a atual novela das oito da Rede Globo, escrita por Silvio de Abreu. A concepção da embalagem partiu de um estudo sobre a região da Toscana, na Itália, onde é ambientada a novela Passione. O objetivo foi remeter o produto a uma Toscana clássica e aconchegante. Detalhes do casario, com suas formas e cores predominantes, bem como a área rural, com suas plantações de oliveiras, serviram de inspiração para a criação dos elementos utilizados na composição da embalagem e demais materiais de apoio. O design foi desenvolvido pela ZeroCinco Propaganda.

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Uma Referência a Toscana

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Cremosidade é o Diferencial

Mococa traz de Volta sua Manteiga em Lata A Mococa relança a manteiga em lata – nas versões 200 e 500 g. A manteiga foi o primeiro produto produzido pela empresa. O lançamento vem reforçar o novo posicionamento da marca, fundamentado nos atributos de qualidade, tradição, brasileira, caseira, original do campo, familiar e simples. A Brander Branding Expression assina o layout das novas latas. “O grande paradoxo deste projeto foi inovar caminhando para trás, ou seja, lançar um produto totalmente novo e, ao mesmo tempo, completamente retrô”, pontua Milton Cipis, diretor de criação da Brander. Para tanto, mantivemos o fundo amarelo original de Mococa e inserimos, sobreposta a ele, a imagem de uma fazenda, reforçando a ideia de produto do campo. Em contraponto aos conceitos de antigo e tradicional - que já vêm à tona na vaquinha Mococa de 1957 e no selo “desde 1919”, que compõem a marca, a agência inseriu relevos, sombras e uma tipografia atual, deixando a embalagem moderna e coerente com o cenário competitivo de hoje em dia. Brander, tel.: (11) 3067-5990.

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notícias

Demanda de máquinas de embalagem na China vai crescer 8,7% ao ano até 2014

a

projeção para o crescimento da demanda de máquinas de embalagem na China é de 8,7% ao ano, atingindo 59,7 bilhões de yuan, em 2014. os ganhos serão estimulados pelo crescimento da produção de produtos embalados, como alimentos e bebidas, farmacêuticos, e produtos de cuidados pessoais. além disso, o aumento do volume de embalagem por produto produzido na China também vai impulsionar as vendas de equipamentos de embalagem.

de maquinários. a demanda por equipamentos de rotulagem e codificação deve crescer 9,6% ao ano até 2014. Esse crescimento será impulsionado pelo aumento das exigências pela transparência e rastreabilidade em toda a cadeia de fornecimento, bem como a importância da garantia de segurança de alimentos, bebidas e produtos farmacêuticos. a indústria de embalagem de alimentos vai se manter como o maior mercado para máquinas de embalagem até 2014. Esse ganho de mercado vai beneficiar, muito além dos padrões de vida – conduzindo ao maior consumo de alimentos em geral – e ao crescimento da preferência por alimentos convenientes, ou seja, prontos. além disso, o crescimento da população urbana vai requerer alimentos mais bem embalados para reduzir danos durante o armazenamento e transporte de áreas rurais, garantindo oportunidades de vendas adicionais.

a maior exigência da legislação de segurança e saúde para muitos produtos embalados também irá contribuir para o crescimento da demanda por máquinas mais automatizadas e versáteis, suportando a expansão do mercado em termos de valor. o crescimento será um pouco contido sobre os esforços do governo para controlar a sobre-embalagem. Essas e outras tendências estão no estudo Máquinas de Embalagem na China desenvolvido pela Freedonia.

a demanda de máquinas usadas para embalagens de medicamentos e de cuidados pessoais deve expandir a uma taxa mais rápida até 2014, um resultado do crescente acesso da população aos produtos de cuidados pessoais e ao contínuo envelhecimento da população.

as máquinas de envase e de form/fill/ seal devem se manter como o maior segmento de mercado na China até 2014. os ganhos serão conduzidos pela expansão da indústria de alimentos e bebidas que requerem esses tipos

DEMANDA DE MÁQUINAS DE EMBALAGEM NA CHINA (MILHÕES DE YUAN)

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ENVASE E FORM/ FILL/SEAL

15% 8,7%

2004-2009

15,3% 9%

ROTULAGEM E CODIFICAÇÃO

15,2%

2009-2014

9,6%

WRAPPING, BUNDLING E PALETIZAÇÃO

14,3% 8,5%

OUTRAS MÁQUINAS

14,7% 8,7%

4.880

6.870

2014

2.365

8.905

9.875

3.080 6.250

11.600

39.200 DEMANDA DE MÁQUINAS DE EMBALAGEM

SINDICATO DA INDÚSTRIA GRÁFICA DE SÃO PAULO TEM NOVO PRESIDENTE

acaba de ser eleita nova diretoriaexecutiva e do Conselho Fiscal do sindicato das indústrias Gráficas no Estado de são Paulo (sindigraf-sP) para o triênio 2010/2013. a chapa eleita é encabeçada por Fabio arruda Mortara, que assume a presidência do sindigraf-sP. o executivo já foi presidente da associação Brasileira de tecnologia Gráfica (aBtG). atualmente é presidente a associação Brasileira da indústria Gráfica (abigraf) regional são Paulo; presidente da asociación Latinoamericana de artículos para Libreria y Papeleria (aLaLP); vicepresidente da Federation of office and school Products association; e diretoradministrativo da abigraf nacional. SIMPLÁS REELEGE DIRETORIA PARA O TRIÊNIO 2010/2013

o simplás - sindicato das indústrias de Material Plástico do nordeste Gaúcho realizou eleições gerais, em junho último, para a composição da nova diretoria, conselho fiscal, delegados representantes e seus respectivos suplentes. Com o registro de uma única chapa concorrente e a presença de boa parte dos associados, o atual presidente orlando Marin assume o sindicato pelo terceiro mandato consecutivo. integra a diretoria reeleita os senhores Victor Borkoski, como 1º vice, e Eugenio razzera, como 2º vice – presidente. os componentes efetivos da diretoria eleitos foram: david Pistorello; ivonir Bertollo; Lourenço stangherlin e remo J. Boff. os suplentes são: arnaldino Broliatto; david Furlanetto; Gelson de oliveira; Guiovane Maria da silva; Jaime Lorandi; Josemar Boeira e ricardo Polo.os efetivos do conselho fiscal são os senhores: ademar J. simoni; Moacir Bisi e renato d. Zucco. E os suplentes são: Jorge Vicenzi; Julio Mugnol Filho e Plínio r. Paganella. RINALDO LOPES ESTARÁ À FRENTE DA ABRALATAS PELOS PRÓXIMOS DOIS ANOS

PEÇAS

15,6% 7,1%

Fonte: Freedonia Group, Inc.

CRESCIMENTO ANUAL

0

17.850

10.000

5.695

20.000

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2004

19.500

30.000

16.000

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Vaivém do mercado

rinaldo Lopes, presidente da Crown Embalagens, é o novo presidente da abralatas (associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de alta reciclabilidade) para o próximo biênio 2010/2012. Ele substitui andré Balbi. Com 49 anos, dos quais 14 dedicados à Crown, Lopes é formado em direito e possui especialização em administração. ALFRED ZOPF É O NOVO CHEFE DE OPERAÇÕES DA SIDEL

alfred Zopf assume o cargo de chefe de operações da sidel. o executivo trabalhou por vários anos na multinacional sueca tetra Pak. Mais recentemente, Zopf atuou como vicepresidente e diretor-geral da tetra Pak para alemanha e suíça.

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entrevista

Ursula Sakamoto,

business development manager food for South America da Avery Dennison mais fina, eles aderem melhor aos diferentes substratos. Porém, ressaltamos sempre a importância das análises prévias em nossos laboratórios, não apenas para a adequação dos rótulos autoadesivos aos substratos, mas também para a simulação do seu envelhecimento em estufas.

A espessura menor do liner de PET vai permitir aumentar a produtividade. Em quantos %? Isso depende de cada caso. Algumas linhas, por exemplo, não necessitam de maior velocidade, porém a maior quantidade de rótulos por bobina se torna uma opção viável e bem interessante.

Essa nova geração vem atender à tendência do mercado por visualização do produto? Quais mercados estão demandando essa solução? Os rótulos transparentes garantem a diferenciação do produto na gôndola. Um quesito importante, especialmente, nos segmentos de alimentos e bebidas. Os produtos se tornam mais atrativos para o consumidor e com uma aparência “premium”. Também é super importante para o consumidor enxergar o produto (conteúdo interno), sua aparência e ter a certeza que não há fungos, bolor ou qualquer outro tipo de contaminação. Em todo o mundo, os fabricantes das grandes marcas que adotaram nossos materiais estão colhendo os benefícios dos rótulos ultratransparentes.

Por que não há riscos de pontas levantadas devido ao transporte e manuseio da embalagem? Como os frontais têm uma espessura

Como você vê o potencial de crescimento dessa nova geração de material ultratransparente no mercado brasileiro?

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Há quanto tempo a Avery Dennison vem desenvolvendo a nova geração de material ultratransparente para rótulos? Onde foi desenvolvido? Desde 2008, a Avery Dennison vem passando por várias mudanças internas. Não apenas na estruturação de segmentos de mercado, como também na área de comunicação estratégica. O departamento de Marcomm (como é chamado internamente) lançou, no ano passado, a campanha “Think Clear”, inicialmente, nos Estados Unidos. E o grande case de sucesso foi o da linha de molhos para saladas da Kraft Foods também nos Estados Unidos. Desde então, temos promovido a campanha, os produtos e temos divulgado os cases de sucesso em todo o mundo.

As grandes indústrias do setor já estão nos dando um feedback bastante positivo quanto à utilização desse material. Já estão solicitando o material para testes em embalagens atuais e em lançamentos. Não apenas no mercado brasileiro, mas também em toda a América do Sul. Essa nova geração de material ultratransparente vai abrir novas oportunidades de negócios para a Avery Dennison? Sem dúvida, especialmente, nos segmentos de alimentos e bebidas em que o bem-estar e a saúde do consumidor vêm em primeiro lugar. Há grandes empresas fazendo testes no Brasil. Essas empresas são de quais segmentos e quando a novidade deve chegar às gôndolas? Infelizmente ainda é confidencial.

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vereador tÚlio MaravilHa (pMdB) pede criaÇÃo de pólo de reciclaGeM eM GoiÂnia inMetro prepara certiFicaÇÃo coMpulSória de copoS plÁSticoS o instituto nacional de Metrologia, normalização e Qualidade industrial (inmetro) está preparando a certificação compulsória de copos plásticos descartáveis fabricados e comercializados no Brasil. o regulamento prevê os seguintes requisitos: o peso, a padronização da massa mínima, assim como da quantidade de material utilizado para a fabricação de cada copo; a resistência, que requer testes de compressão lateral para impedir que os copos rasguem ou desmontem com facilidade, evitando acidentes com o líquido; e a embalagem, que deve ser inviolável para evitar o contato dos copos com o ambiente externo antes da utilização. a previsão é de que o texto definitivo do regulamento seja publicado entre agosto e outubro desse ano. Fabricantes e comerciantes terão entre 18 e 36 meses, respectivamente, para se adequarem aos requisitos. a partir destes prazos, os produtos ficarão sujeitos à fiscalização e verificação da conformidade.

o vereador túlio Maravilha (PMdB) apresentou requerimento à prefeitura de Goiânia solicitando a implantação de um polo de reciclagem na cidade que vai agrupar indústria de reciclagem de papéis, plásticos, pneus, baterias, vidros, alumínios, metais e outros materiais. o objetivo, segundo ele, é criar políticas referenciais e infraestrutura para estimular a formação de um novo mercado nesta área, resultando em atividades economicamente amigáveis. “Em primeiro lugar, reduz a quantidade de resíduos finais, levando à economia de recursos necessários para o transporte e em segundo lugar, é fonte de renda, estimula a geração de emprego e a inclusão de trabalhadores informais na triagem e criação de cooperativas”, explica o vereador.

Foto: Sxc.hu

Foto: Divulgação

por dentro das leis

anviSa aMplia praZo para eMBalaGenS de aMoStra GrÁtiS a agência nacional de Vigilância sanitária (anvisa) prorrogou o prazo para que as indústrias façam a adequação das embalagens de amostra grátis de medicamentos produzidas no País. a resolução da diretoria Colegiada (rdC) de número 23/10 concede prazo até o próximo dia 30 de novembro para a adequação do setor produtivo às exigências estabelecidas para as embalagens de amostra grátis. a forma correta de apresentação das embalagens de amostra grátis de medicamentos são requisitos da rdC 60/09, norma que regulamenta a apresentação, distribuição e outros assuntos referentes dessa forma de promoção de medicamentos.

aMericana aprova proJeto Que prevÊ a SuBStituiÇÃo de SacolaS plÁSticaS os vereadores da Câmara Municipal de americana (sP) aprovaram o substitutivo ao projeto de lei nº 125/2009, de autoria do vereador odair dias (PV), que dispõe sobre a proibição do uso de sacolas plásticas à base de polietileno (PE) ou derivado de petróleo, substituindo-as por sacolas retornáveis, sacos e sacolas de papel ou caixas de papelão. a proibição se aplica a estabelecimentos comerciais, atacadistas e varejistas e empresas prestadoras de serviços, para o acondicionamento e transporte de seus produtos pela sua clientela, que terão até o dia 5 de junho de 2011 para se adequarem à lei. o projeto foi aprovado com diversas emendas, apresentadas por dias, após reuniões com representantes de estabelecimentos comerciais da cidade. Foi realizada também uma audiência pública na Câmara Municipal, que contou com representantes de indústrias, sindicatos, supermercados, ambientalistas e população, em que foram discutidas melhorias para o projeto. Uma emenda de autoria do vereador antonio Carlos sacilotto (PsdB) exclui da proibição os sacos fabricados exclusivamente para o acondicionamento do lixo. “É um item que temos que nos atentar, pois se não incluirmos esta exceção, a comercialização destes sacos também será proibida”, defendeu sacilotto. outra emenda, de autoria da Comissão de Justiça e redação, impõe multa no valor de r$ 5 mil ao estabelecimento que descumprir a lei. Em caso de reincidência, a multa terá o valor de r$ 10 mil e, em caso de terceira ocorrência, será cassado o alvará de funcionamento.

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Senado aprova Política Nacional de Resíduos Sólidos Após 21 anos, o Senado Federal aprovou, em julho último, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que agora será encaminhado à sanção do presidente da República. O projeto, segundo a Agência de Notícias do Senado, foi aprovado por quatro comissões: Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Assuntos Econômicos (CAE), Assuntos Sociais (CAS) e Meio Ambiente e Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). A ministra do meio ambiente, Izabella Teixeira esteve presente durante a votação. O projeto proíbe a criação de lixões, nos quais os resíduos são lançados a céu aberto. Todas as prefeituras deverão construir aterros sanitários adequados ambientalmente, onde só poderão ser depositados os resíduos sem qualquer possibilidade de reaproveitamento ou compostagem. Será proibido catar lixo, morar ou criar animais em aterros sanitários. O projeto proíbe a importação de qualquer lixo A Política Nacional de Resíduos Sólidos também obriga fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores a realizarem o recolhimento de embalagens usadas. Foram incluídos nesse sistema agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e eletroeletrônicos. Além disso, a legislação prevê a responsabilidade compartilhada, que envolve a sociedade, as empresas, as prefeituras e os governos estaduais e federal na gestão dos resíduos sólidos. A proposta estabelece que as pessoas terão de acondicionar de forma adequada seu lixo para a coleta, inclusive fazendo a separação onde houver coleta seletiva. As cooperativas de catadores de material reciclável foram incluídas na responsabilidade compartilhada, devendo ser incentivadas pelo poder público.

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Nós aplaudimos a cartonada, mas o consumidor tem que ter uma

nova opção de consumo A Ebba vai introduzir a garrafa PET no mercado de sucos concentrados, com um conceito de design totalmente novo para a categoria

A

Margaret Hayasaki

pesar de ter sido criada há pouco mais de um ano, a Empresa Brasileira de Bebidas e Alimentos (Ebba), com sede em Recife (PE), começou a escrever a sua história de prosperidade no mercado brasileiro de sucos há bastante tempo. A família Tavares de Melo retomou esse negócio, em maio de 2009, ao comprar da americana Kraft a marca Maguary – líder no segmento de sucos concentrados -, criada nos anos 50 e vendida para a Souza Cruz, em 1985. A compra da Maguary somou-se a Dafruta, empresa-espelho, criada em 1985, por um dos irmãos Tavares de Melo, tornando-se o segundo maior player do mercado de sucos prontos para beber. Com duas marcas bem posicionadas, hoje a Ebba é um sucesso. “A Maguary detém 57% de participação no segmento de sucos concentrados e a Dafruta 10% de share no de sucos prontos para beber”, afirma José Gil Alvarez, diretor-comercial corporativo da Ebba. Com sede de mercado, a empresa planeja mais novidades para a categoria. De setembro até dezembro, chegam às gôndolas 28 lançamentos, desde novos sabores até novas embalagens, que vêm complementar o portfolio de produtos. Em entrevista à revista Pack, Gil Alvarez conta como a Ebba cresceu tanto em pouco tempo de vida.

PACK: O que o senhor considera como fator chave de crescimento da Ebba no mercado brasileiro de sucos concentrados e prontos? ALVAREZ: A Ebba é a única empresa verticalizada, contemplando desde o plantio da fruta até a distribuição final. Contamos com um grupo de técnicos agrícolas, que visita os fornecedores de frutas espalhados em todo o Brasil, para ajudá-los a melhorar a capacidade produtiva de suas plantações e oferecer frutas de melhor qualidade e de maior rendimento. A melhor produção de cada uma dessas plantações é absorvida nos sucos Maguary e Dafruta. A outra vertente do nosso sucesso é o padrão fabril. A empresa opera com quatro unidades fabris – duas em Aracati, no Ceará, e duas em Araguari, em Minas Gerais – que estão estrategicamente localizadas próximas às maiores plantações de cada uma das frutas. Isso nos possibilita ter a fruta com a menor distância de transposição entre a colheita e o beneficiamento. O espaço territorial percorrido pelo nosso produto é de 400 a 600 km. E, por último, a distribuição dos sucos pelas marcas fortes Maguary e Dafruta. O padrão de qualidade inerente às marcas já está consolidado junto ao consumidor. Esse tripé alçou a Ebba à condição de maior fabricante de sucos.

PACK: O desenvolvimento do setor de sucos prontos estagnou o crescimento do mercado de sucos concentrados? ALVAREZ: O mercado de sucos é o que a gente chama de rito de passagem. Os consumidores das classes B, C, D e E iniciam o seu contato com o suco em pó, que é mais barato, mas também começam a ficar ávidos por melhor qualidade. É quando ele dá o próximo passo: experimenta o suco concentrado, que se torna um hábito de consumo. Para depois fazer mais um start up, passando a consumir o suco pronto para beber. O segmento de suco concentrado é extremamente importante porque é o rito de passagem para o suco pronto para beber. A nossa responsabilidade é muito grande. Se eu não tiver esse padrão de qualidade muito acertado, posso fazer com que esse consumidor saia do consumo de sucos e volte para o consumo de refrigerante ou para qualquer outra oportunidade de consumo. Quando o consumidor está preparado para ir para o consumo de suco pronto para beber, ele já foi treinado pela Ebba no mercado de concentrados. PACK: Quanto tem crescido o mercado de sucos prontos para beber? ALVAREZ: O mercado brasileiro de sucos prontos para beber tem crescido de 9 a 10% ao ano. O consumo de sucos prontos para beber light também está crescendo, respondendo por 23% de participação Editora Banas

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no volume de vendas. Outro fator que tem contribuído para o crescimento do consumo de sucos light é o fato de os seus sabores não apresentarem variações em relação às versões regulares.

suco pronto para beber, todos os produtos são disponibilizados com o mesmo preço, por isso o consumidor faz a escolha da bebida pelo sabor. No setor de sucos concentrados, não. Pois cada fruta tem um poder de concentração e de diluição. PACK: O verão é o principal período de Por exemplo, para cada parte do concenvendas de sucos? trado do caju, o consumidor adiciona ALVAREZ: O consumo de sucos no verão, nove partes de água. O poder de diluição que para gente começa em outubro e vai dele é três vezes maior que os outros até março, representa 60% dos negócios. sabores. Então, o custo-benefício para o Os outros seis meses respondem por consumidor é enorme. Isso vale também 40% das vendas. Isso reflete, inclusive, para o maracujá, por isso são os sabores na elaboração do plano de negócio da mais vendidos, respondendo por 85% das Ebba. Nós começamos a nos preparar vendas, dos quais o sabor caju, com 55% no inverno, período em que as vendas e o de maracujá, com 30%. Na categoria têm retração, formando mais estoque de suco pronto para beber, o sabor uva é o de matéria-prima para atender o volume favorito dos consumidores, respondendo de consumo do verão. No inverno, o por 18% das vendas, seguido de pêssego, consumo de sucos sofre uma queda, pois o consumidor substitui com 16%, e laranja, com a bebida fresca pela 15%. Esse último é o que quente. Essa queda vatem apresentado o maior Na categoria de ria ano a ano. Em 2009, crescimento, nos últimos suco pronto para por exemplo, quando anos, no consumo de subeber, o sabor uva cos prontos para beber. o inverno não foi tão rigoroso, o consumo Isso aconteceu porque as é o favorito dos caiu menos de 8%. Já indústrias conseguiram consumidores, em 2010, com o inverno chegar ao padrão de quamais rigoroso, além da respondendo por lidade que o consumidor realização da Copa do está acostumado no dia 18% das vendas Mundo, competimos a dia dele, ou seja, sabor também com o consudo suco de laranja muito mo de cervejas e bebidas energéticas. Isso próximo ao paladar da fruta que ele cocontribuiu para uma queda em torno de nhece muito bem. 15%. No entanto, no Nordeste, mesmo PACK: E o consumo de sucos no Brasil? no inverno, a temperatura continua alta, ALVAREZ: O consumo de sucos no Brapor isso não existe menor consumo de sil é insignificante em relação a outros sucos. Há o deslocamento da população países. O consumo per capita é de 2,3 do Sul e Sudeste, onde o inverno é frio, litros/ano. Enquanto na Argentina é de para passar períodos de veraneio no 14 litros/ano e na Europa é de 42 litros/ Nordeste, movimentando a economia ano. Isso se explica devido ao fato de local e o consumo da bebida. o mercado de suco pronto para beber PACK: Existem regiões onde o consumo de ser novo no País, já que até bem pouco suco é maior em detrimento a outras? tempo, o consumidor brasileiro só tinha ALVAREZ: Sim. Cada um dos mercados contato com suco em pó, refrigerante e de sucos tem suas características. No suco concentrado. A oportunidade de Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito consumo de suco pronto para beber se Santo, o consumo de suco concentrado iniciou na década de 90, contribuindo responde por 60% do consumo. Quando para a mudança dos hábitos dos brasifalamos de suco pronto para beber, os leiros, mas ainda assim, o consumo é Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e a baixo. Mas há outro aspecto que inibe região Sul do Brasil representam 40% do o aumento do consumo de suco pronto consumo da bebida. para beber. Nos mercados americanos e PACK: Os consumidores brasileiros têm europeus, o consumo de suco com mix sabores favoritos? de frutas é bem maior em comparação ALVAREZ: Na categoria de suco concenao Brasil, onde o consumidor aprecia trado, os sabores preferidos dos consuo consumo de sucos de sabor único. A midores são caju, maracujá e uva. Na linha divisória do mercado brasileiro para categoria de suco pronto para beber são o americano e europeu é que o brasileiro uva, pêssego e laranja. No segmento de toma suco para se refrescar enquanto

os americanos e os europeus para se alimentar. O grande pulo vai acontecer no mercado brasileiro quando o consumidor entender que suco é alimento. No entanto, essa conscientização já começa a existir. Prova disso é o suco à base de soja misturado com frutas que caiu no gosto do consumidor. A Ebba ainda não está participando desse mercado, mas é uma oportunidade que a gente vê com muito bons olhos para 2011. PACK: Como a Ebba pretende aumentar o consumo de sucos no mercado brasileiro? ALVAREZ: Nós iniciamos o processo de crescimento no mercado de sucos por algumas etapas. A primeira delas foi a consolidação do fornecimento de matéria-prima dos sucos. A segunda etapa envolveu a expansão da capacidade produtiva, que saiu de 150 milhões de litros/ano para 200 milhões de litros/ ano. A terceira etapa desse projeto foi a modificação das embalagens. A marca Dafruta foi revitalizada nos últimos três meses, além disso, as embalagens dos sucos concentrados Maguary e Dafruta vão ganhar nova cara. A garrafa de vidro dos sucos Dafruta e a antiga garrafa PET dos sucos Maguary serão substituídas por novas garrafas PET mais resistentes que conferem maior shelf life ao produto e com designs totalmente inovadores para o mercado brasileiro desenvolvidos nos centros de pesquisa da KHS, na Alema-

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nha. A embalagem PET foi escolhida por ser mais adequada em termos de custo, reciclagem e possibilidade de aumentar a capacidade produtiva. O PET nos permite fazer a embalagem in house e, por isso, a velocidade de envase é muito maior, ou seja, vamos ter um ganho de capacidade produtiva em torno de 42% em comparação ao vidro. Além disso, há um ganho ambiental e logístico, já que deixamos de transportar embalagem em uma rota, ou seja, economizamos combustível e reduzimos a emissão de CO2. Finalizamos em julho o processo de substituição de todas as nossas máquinas de envase asséptico, nas quatro fábricas da Ebba, por equipamentos extremamente modernos. Essa nova linha de envase de garrafas PET começa a operar em agosto, com capacidade de 85 mil garrafas/hora. Nesse mesmo mês, também vamos dobrar a capacidade de envase de cartonadas na linha de sucos prontos para beber. Hoje temos cinco máquinas de envase. Estamos indo para nove envasadoras para a introdução de cartonadas de 1 litro com tampa de rosca. A partir de setembro, os consumidores vão ter a oportunidade de comprar os produtos da marca Maguary e Dafruta em novas embalagens. PACK: Qual é a embalagem que tem maior penetração no consumo de sucos concentrados e prontos para beber? ALVAREZ: Existe uma situação muito ímpar. No mercado de concentrados, a embalagem mais adequada é a garrafa PET, por isso nós saímos do vidro. Já no caso dos sucos prontos para beber, a estrela da gôndola é a embalagem cartonada, que responde por 97% do mercado, porque ela garante o shelf life do produto e um padrão de homogeneização e envase extremamente adequados. Mas, isso é uma característica do Brasil. Enquanto nos mercados americano e europeu, no segmento de sucos prontos para beber, a participação da embalagem cartonada é de 50% e da garrafa PET também é 50%. A embalagem PET tem algumas variáveis extremamente positivas para o consumidor também na categoria de suco pronto para beber. Só que o Brasil não disponibilizava isso. A Ebba acabou de trazer. Então, a ideia é ofertar ao consumidor de suco pronto para beber outra embalagem que não só a cartonada. Existem outras empresas se preparando para isso porque é uma opção de comercialização que já existe no mercado mundial. Nós aplaudimos

a cartonada, mas o consumidor tem que ter uma nova opção de consumo. Além disso, o PET apresenta outra grande vantagem que é a velocidade de envase três vezes maior em relação ao cartonado. A Ebba, por exemplo, possui uma máquina de 80 bicos, que produz 26 mil embalagens/hora, o que nos permite atender o consumidor mais agilmente. PACK: Há ainda outras possibilidades de inovação em embalagem no segmento de sucos? ALVAREZ: Ainda há muitas oportunidades na área de embalagem. O PET é uma delas. Hoje já existem na Europa outros processos de envase de PET tão eficientes, como o do cartonado, utilizado no Brasil. Mas essa tecnologia não está disponível nem para todo mundo nem a contento para o mercado nacional nos próximos 2 a 3 anos. Também vejo grandes oportunidades para a embalagem cartonada on-the-go, ou seja, com tampa de rosca, que permite ao consumidor consumir a bebida diretamente, sem o uso de canudo ou copo. Além da garrafa PET com maior resistência contra os raios UV que interferem no shelf life do produto e até na apresentação. Já existem barreiras contra os raios UV, principalmente, no mercado americano, que ainda não estão disponíveis por aqui. Também apostamos muito no PET verde, ou seja, do etanol da canade-açúcar. Nossas fábricas já estão sendo adequadas para operar com o PET verde, assim que a resina seja comercializada em escala comercial. A garrafa de vidro é mais nobre e o consumidor percebe isso. No entanto, hoje o consumidor não está predisposto a ter essa diferença de custo dentro do seu orçamento. Mas se algum dia ele tiver predisposto para isso, a embalagem de vidro pode ter uma grande oportunidade. PACK: Qual é a expectativa de crescimento para 2010? ALVAREZ: No ano passado, a Ebba cresceu mais de 100% em comparação a 2008. Ela saiu de um faturamento de R$ 110 milhões para mais de R$ 260 milhões. No primeiro semestre de 2010, a empresa já experimenta um crescimento de 114% em relação ao mesmo período do ano passado. E a expectativa é encerrar 2009 com um faturamento superior a R$ 400 milhões. É um crescimento audacioso. Mas é uma audácia calcada em um planejamento que foi feito nos últimos 15 meses. Editora Banas

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Evolução contemporânea O design repaginado da garrafa do famoso licor francês Chambord também introduz um novo produto: Chambord Flavored Vodka

o DA REDAÇÃO

licor francês de framboesa preta Chambord anuncia um desenvolvimento revolucionário da marca e o novo produto, Chambord Flavored Vodka. Chambord, licor ícone conhecido por seu sabor natural de framboesa preta e inesquecível garrafa de 700ml, no formato redondo, se coloca como um sucesso nas gôndolas com um novo visual contemporâneo e, pela primeira vez, lança uma extensão de linha – Chambord Flavored Vodka – um balanço da qualidade premium da vodka francesa com a infusão do licor Chambord. “Como um ícone, o licor apresenta uma rica história com finos ingredientes e um processo manual”, afirma Josh Hayes, gerente da marca Chambord. “alguns dos mais populares coquetéis feitos com o licor Chambord são misturados com vodka, por isso estendemos a marca como um passo natural para uma inovação como essa,” acrescenta.

Foto: Divulgação

Hayes afirma: “a evolução da marca conduziu à criação de uma garrafa mais contemporânea para o licor e a introdução de novos métodos no desenvolvimento de Chambord Flavored Vodka, que representam uma moderna expansão.” a embalagem representa uma ruptura na categoria de vodka. Enquanto a maioria das vodkas é acondicionada em garrafas altas, a Chambord está bem distante desse padrão.” Como o licor Chambord, Chambord Flavored Vodka é apresentado em uma distinta garrafa no formato redondo, e produzida no estado da arte em instalações fabris da La sistiere, um castelo, localizado em Lorey Valley, na França. tanto o licor Chambord como o Chambord Flavored Vodka personificam a herança francesa, ingredientes naturais, sabores distintos e visual ícone.

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Com a inovação na mente, o licor Chambord realizou a modernização de sua embalagem pela primeira vez em três décadas, uma evolução que expressa o visual atual e melhorado, além da versatilidade de usabilidade. o design da garrafa emula a qualidade da bebida enquanto dá atenção para aprimorar todos os detalhes. “a força do design garante o apelo contemporâneo da garrafa junto aos consumidores do licor Chambord”, afirma Hayes. “as mudanças na embalagem refletem o perfil de quem consome a bebida – modernos, antenados na moda e carismáticos.”

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Como a bebida, a garrafa se mantém a mesma. As mudanças recentes da garrafa contam a rica história enquanto cria o luxo, mas uma experiência fácil para quem consome os coquetéis Chambord. A coroa é um indicativo da realeza da marca e detalhada nos adornos padrões do rótulo e da coroa. O nome da marca é ousadamente apresentado e instantaneamente fácil de ler e imediatamente identificado. A nova garrafa oferece fluxo simples e limpo da bebida, além disso, o gargalo e a tampa foram redesenhados para melhorar a usabilidade enquanto a embalagem de vidro mais leve mostra a profundidade da marca e a cor natural.

Um luxo de licor

A força do design garante o apelo contemporâneo da garrafa junto aos consumidores encantados quando Donald Edge concordou em recriar nossa famosa garrafa em diamantes como sua joalheria é de uma beleza impressionante. Chambord é o melhor exemplo de glamour e a garrafa Chambord by Donald Edge representa realmente o espírito de moda da marca.” Donald Edges comentou: “Há uma sinergia entre o que é o padrão da Chambord e o meu design étnico. A própria garrafa, a Royal Orb é um ícone do design e, por isso, ela era ideal para

o projeto. Há também um lado mais sério que é a habilidade de apresentar uma garrafa mais sofisticada e técnicas artesanais que estão desaparecendo porque as pessoas estão deixando o comércio e os jovens não estão aderindo a ela. Minhas peças têm grandiosa importância nesse tipo de detalhe e de qualidade que só podem sair de tal habilidade.”

INFORMAÇÕES Chambord www.chambordonline.com

No ano passado, a marca emprestou o design de sua embalagem para a moda. Se você é o tipo de mulher que gosta de joias multifuncionais, o renomado joalheiro Donald Edge desenvolveu algo inusitado: uma garrafa de Chambord decorada à mão com diamantes, ouro e pérolas. A marca uniu forças com Edge para criar a garrafa de licor mais cara do mundo. A customização feita pelo londrino resultou em uma garrafa que vale mais de US$ 2 milhões. A garrafa foi criada para celebrar a estreia da temporada da peça teatral Breakfast at Tiffany´s, estrelada pelos atores Anna Friel e Joseph Cross, no Teatro Royal Haymarket Company. A embalagem se caracteriza por mais de 60 quilates de diamantes, incluindo 1100 diamantes brilhantes, redondos, cortados, um diamante de corte impecável em formato de pera, um diamante quadrado com corte esmeralda, as mais finas pérolas e 18 quilates de ouro. Charlotte Ashburner, gerente da marca Chambord, disse, “nós ficamos

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Grande fabricante britânica de queijo, a Milk Link acaba de lançar a Grip Strip®, a mais intuitiva embalagem de alimentos, com sistema abre e fecha, que está disponível no mercado hoje. Exclusiva para a empresa utilizar no setor de laticínios, o novo formato de embalagem está disponível em lojas do Reino Unido e na maioria dos queijos Creamery, da Sainsbury e nas marcas regionais de queijo Cadog e Lockerbie. Trata-se de um novo padrão de embalagem de queijo que entrega frescor e facilidade de uso pelo consumidor.

Sofisticada e Elegante A Guerlain decidiu dar nova vida ao pó compacto Terracotta. A legendária embalagem foi reinventada pelo designer Ora Ito. Essa é a segunda criação dele para a Guerlain depois da fragrância Idylle. Os profissionais da Alcan Packaging Beauty foram convocados pela sua expertise para transformar o design sublime em linhas extremamente sofisticadas com elegância. A tampa compreende três partes. A primeira é a espessura da lente transparente de SAN que recebeu hot-stamping dourado entre o verniz âmbar que traz para o nome Guerlain um estilo de caligrafia e o verniz transparente UV. A segunda etapa da tampa é o marrom, com plataforma com acabamento metalizado e a letra G gravada duplamente em relevo na cor alaranjada. Finalmente, o anel-dobradiça é feito de policarbonato PB ABS com acabamento metalizado marrom. As três partes foram montadas e soldadas por ultrassom. Para proteger o pó, mas também facilitar o fluxo, um ímã foi colocado na tampa e na base.

Grip Strip® apresenta um formato único que representa o maior passo em comparação ao tradicional zíper e embalagens resseláveis disponíveis no mercado atualmente. Foi desenhada para uso diário e repetitivo durante longo tempo. O polietileno (PE) é um material selável a quente e com grau alimentício. O centro de inovação da Milk Link trabalhou em parceria com a Aplix, uma companhia especializada em tecnologia, para aplicação da inovadora tecnologia de selagem abre e fecha para embalagem de alimentos. Esse é o primeiro uso no mundo dessa tecnologia em embalagem de alimentos, demonstrando a excelente inovação na categoria de laticínios e a versatilidade do produto.

Alcan Packaging Beauty, tel.: +33 (0) 149686000.

Com Sistema de Dose Controlada

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Milk Link, tel.: +44 (0) 8702408341.

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Frescor e Praticidade

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lançamentos internacionais

Expert em jardinagem, a Westland Horticulture está usando um inovador sistema de embalagem desenvolvido pela RPC Design para a Eraza® Slug & Snail Killer, que garante segurança e dispersão controlada de peletes. A Eraza utiliza ténica de produção especializada para fazer pelete de metaldeído mais efetivos que os produtos tradicionais. Isso tem sido realizado pelo uso de pequenas partículas de metaldeído em grande escala, não-somente para o fácil consumo da lesma e do caracol, mas também garantem eficácia com menos ingredientes ativos. Trabalhando em parceria com a RPC Design, a empresa criou um formato único de embalagem que melhora o apelo visual da marca com decoração em rótulo sleeve. O sucesso da embalagem está no sistema de dose controlada incorporado a tampa resistente à criança. A tampa abre com uma meia volta para expor três fendas que permitem o fluxo restrito dos peletes. O gargalo da embalagem apresenta uma rosca grossa dupla e incorpora interrupções que previnem a abertura da tampa na meia volta inicial. Há uma característica no gargalo que combina com a tampa, garantindo o fechamento total e a restrição necessária para o fluxo, prevenindo a overdose. A embalagem foi soprada em polietileno de alta densidade (PEAD) pela RPC UKSC e a tampa injetada pela RPC Halstead em polipropileno amarelo brilhante. RPC, tel.: +44 (0) 1933414817.

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A Mizkan Americas, Mt.Prospect, Ill, líder na fabricação de condimentos, começou a usar embalagens PET Powerflex, da Amcor Rigid Plastics, para envase a quente do molho barbecue Buccaneer Blends. “Para garantir a qualidade do produto, nós decidimos mudar do envase em temperatura ambiente para envase a quente”, afirma Dave Rottuno, diretor de marketing da Mizkan. A garrafa PET long neck melhora o uso como opção de envase a quente nessa categoria de alimentos. O design estrutural patenteado elimina os painéis, além de proporcionar uma grande área de rotulagem livre de rugas. A Amcor usou uma técnica de design e produção para criar uma garrafa patenteada que absorve o vácuo por meio de uma base desenhada especialmente. Diferente de alternativas convencionais de envase a quente, a Powerflex é mais fácil de rotular desde que não tenha paredes laterais com painéis a vácuo. Além disso, a embalagem entrega significativa performance e vantagens de custo, incluindo portabilidade, peso leve, reciclabilidade, e redução de transporte de custos.

Casamento e Chocolate: União Perfeita O papel cartão Carta Solida, da M-real, foi escolhido para a confecção de uma exclusiva caixa de chocolates produzida pela sueca Cloetta para comemorar o casamento da princesa Victoria com Daniel Westling. A Cloetta é uma das 16 empresas suecas aprovadas pela Corte Real para o desenvolvimento de produtos e também lançou seis novos chocolates, incluindo caixas e barras. A excelente propriedade sensorial e printabilidade do papel cartão o tornaram ideal para a caixa de chocolate. O verso da tampa traz uma fotografia colorida da princesa Victoria e de Daniel Westling. O lado externo da caixa traz o selo Série Oficial de Casamento, uma fotografia do casal feliz, e um design luxuoso folheado em dourado baseado no padrão do Palácio Drottningholm. Parte da renda da venda da caixa de chocolate será doada para a Fundação Crown Princess Couple´s Wedding, que tem o objetivo de prevenir o isolamento s o c i a l e promover boa saúde das crianças e jovens na Suécia.

Foto: Divulgação

Pet para Envase a Quente de Molhos

M-real, tel.: +358104611.

Amcor, tel.: +41 (0) 443161717.

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saúde

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A tecnologia a vácuo e com atmosfera modificada, além da evolução das embalagens com barreira, permite aumentar a vida de prateleira dos alimentos e garante a segurança alimentar

MARGARET HAYASAKI

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imetizando a natureza, como por exemplo, a casca do ovo, que funciona como uma barreira protetora contra água e gases, inclusive, contra a penetração de microorganismos, a indústria de embalagem continua se atualizando no desenvolvimento de soluções e tecnologias que atendam às exigências da legislação sobre segurança alimentar. os consumidores também estão cada vez mais exigentes no que tange às propriedades organolépticas e nutricionais dos alimentos. inúmeras combinações de materiais – náilon, EVoH, EVoH/PE, PVdC, PEt/PVdC, BoPa, entre outras – coextrusadas ou laminadas podem ser utilizadas para alcançar as combinações de propriedades desejadas. Lá fora, os avanços seguem a passos largos. Prova disso é o que fez o instituto alemão Fraunhofer que, em parceria com duas companhias também alemãs – Vaccum technology dresden isa e a applied Materials – desenvolveu uma avançada tecnologia

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ALIMENTOS CONGELADOS

1,10%

ALIMENTOS FRESCOS

3,50%

ALIMENTOS RESFRIADOS

3,20% 10,20%

ALIMENTOS SECOS

7,80%

BEBIDAS

Fonte: Pira International

BEBIDAS QUENTES

que reveste filmes de polímero com uma camada barreira transparente ultrafina para aumentar a vida de prateleira do produto. a inovação foi possível graças ao desenvolvimento de uma tecnologia de plasma que permite a criação de uma camada barreira transparente que é até 100 vezes mais fina do que camadas tradicionais, como o óxido de silicone e o PVdC. a microcamada pode ser utilizada com uma ampla gama de materiais. a camada de óxido de alumínio de 10 nanômetros apresenta as mesmas propriedades de barreira dos filmes existentes e preserva a vida de prateleira.

1,00% 9,00%

DOCES LATICÍNIOS

2,60%

38,00%

NÃO-ALIMENTÍCIOS PRODUTOS ASSADOS

USUÁRIOS FINAIS: PARTICIPAÇÃO DOS MERCADOS DE ADITIVOS FUNCIONAIS E CAMADAS BARREIRA PARA EMBALAGEM PLÁSTICA (2009)

8,10%

SALGADINHOS

10,50%

a camada barreira pode sentes, cada vez mais, A nanotecnologia em nosso dia a dia”, ser utilizada em qualquer embalagem de contribui para o afirma. “a nanotecnoalimentos, mas especontribui para o desenvolvimento logia cialmente em produtos desenvolvimento de de materiais em que a textura de materiais mais eficacrocância é importante, zes. além da combinamais eficazes como cereais ou batata ção de filmes-barreira frita. segundo o insticom atmosfera modituto, a chave da tecnologia é que ela ficada e equipamentos e processos permite o processo a vácuo (roll to roll) que permitam a utilização de paredes que pode revestir quase 29 mil m² de cada vez mais finas com as adequadas folhas/h. o sistema pode ser aplicado barreiras”, acrescenta. em filmes com largura de até 4 m para Para david Baltuile, gerente-comercial materiais, como PEt, PP, BoPP e PLa da deltaplam, o mercado de embala(ácido poliláctico). a nova tecnologia gens barreira tem evoluído bastante. também elimina o cloro, uma substân“novas tecnologias têm sido desencia química tradicionalmente usada volvidas de forma a introduzir resinas na produção de polímeros barreira. a mais resistentes e com alto controle viabilidade comercial da tecnologia, de permeabilidade aos gases, numa segundo o instituto Fraunhofer, foi mesma espessura ou, às vezes, mais comprovada depois da Biofilm ter pifina. são máquinas mais precisas de lotado o sistema, em sua planta fabril, alta produção e com excelente controno México. le de gramatura”, revela. Ele destaca no Brasil, a indústria de embalagem também se beneficia dos progressos feitos pelo segmento de resinas plásticas. É o que acredita Cesar saber, diretor e proprietário da saberpack. “os fabricantes de polímeros têm dado grande impulso ao desenvolvimento de materiais que permitam menores espessuras de filmes. as resinas biodegradáveis também estarão pre-

a nova tecnologia de substituição do PVdC em embalagens termoencolhíveis. “Elas apresentam nove camadas. Podem ter contato com alimentos e não precisam de irradiação em seu processo de fabricação, além de possibilitarem a reciclagem. Com o advento das nove camadas, podemos fazer uma combinação de resinas e trabalhar cada camada para atender especificaEditora Banas

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mente cada produto alimentício de cada cliente”, ressalta o executivo. “o próximo passo no desenvolvimento das embalagens com barreira são os novos processos de extrusão e uma nova geração de resinas plásticas.”

flexível barreira que, depois de grande sucesso em alguns países da américa Latina, começa a ganhar mercado graças ao seu menor custo em relação à embalagem cartonada e ao apelo da reciclagem.

ADITIVOS FUNCIONAIS E CAMADAS BARREIRAS PARA EMBALAGENS PLÁSTICAS

(VALOR DE MERCADO GLOBAL EM 2007-2009 E PREVISÃO PARA 2014 – US$ MILHÕES) 800 700

Fonte: Pira International

os avanços dos filmes-barreira per600 mitiram também atender novos ainda existem potenciais seg500 segmentos do mercado de alimentos. mentos de alimentos que po400 Um bom exemplo disso é o retortable dem ser atendidos pelos filmes 300 pouch. “os materiais flexíveis de alta barreira. “Uma grande gama 200 barreira e de espessura fina possibilide produtos, que hoje são tam a esterilização já com o produto manipulados e porcionados 100 envasado e conservação do alimento no varejo, poderia e deveria 0 2007 2008 2009 2014 em temperatura ambiente por vários já chegar aos supermercados ADITIVOS FUNCIONAIS C BARREIRA meses”, explica saber, da saberpack. em embalagens com barrei“os produtos esterira, garantindo lizados são extremamelhor qualiA penetração da mente seguros, práde 4,3% dos segmentos de aditivos dade e segurança aos embalagem com ticos e dispensam o funcionais e camadas barreira é maior consumidores. Carnes, barreira está uso de conservantes. peixes, saladas, pratos que o crescimento previsto para o o mercado, depois prontos, frios fatiamercado de embalagem. os setores ocorrendo e é de um início tímido, dos, frutas e saladas de de mercado com melhores expecirreversível. Não só frutas, entre outros”, começa a apresentar tativas de crescimento são epoxy, mais opções. Porém, siox, carbono e PVoH e aditivos no Brasil como no adiciona saber. o consumidor braantimicrobianos e antifog. Para Baltuile, a embamundo sileiro, por falta de lagem com barreira é a o estudo da Pira identificou também conhecimento, ainda opção número um para alimentos conalguns fatores que devem conduzir tem certa resistência aos alimentos siderados sensíveis, ou seja, que preo crescimento dos mercados de adique dispensam refrigeração por julcisam de propriedades físico-químicas tivos funcionais e camadas barreira. gar erroneamente que nele usou-se específicas, como molho de tomate, Uma delas é a recessão global que conservante químico.” Por aqui, o impactou na demanda do usuário pescados, carnes etc. que são sensíveis destaque para essa aplicação, segundo final. as vendas de produtos básicos, à luz, acidez e permeabilidade a gases, o empresário, é o leite UHt em filme como alimentos e bebidas, se manticomo no caso de queijos. “a penetraveram inalteradas, mas o número de ção da embalagem com barreira está produtos que requerem embalagens ocorrendo e é irreversível. não só no mais sofisticadas, como cosméticos, Brasil como no mundo”, acredita. os salgadinhos, doces e pratos prontos, números de um estudo sobre aditivos sofreram queda nas vendas. isso teve funcionais e camadas barreira para um impacto negativo na demanda embalagens plásticas da Pira internade camadas barreira e de aditivos tional comprovam o que o executivo funcionais. diz. o mercado mundial vai crescer até 4,3% até 2014, movimentando Us$ outro fator é a demanda crescente por 752 milhões ante Us$ 609 milhões, camadas barreira para garrafas PEt, em 2009. os maiores usuários de adiimpulsionada pela indústria de certivos funcionais e camadas barreira são veja. além das atividades das grandes os mercados de eletrônicos, elétricos redes de varejo em mercados em dee salgadinhos. senvolvimento que devem estimular as vendas de alimentos embalados. somente o segmento de camadas

David baltuile, gerente-comercial da Deltaplam

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barreira deve crescer 4,6% ao ano até 2014, enquanto os aditivos funcionais 3,9%. o resultado da taxa de crescimento anual composta (CaGr)

o uso de camadas barreira deve se expandir também em função da sua facilidade de reciclagem em comparação a antigas tecnologias, como

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O principal avanço tecnológico na selagem a vácuo com aplicação de ATM se deu visando a atender o mercado de FLV garrafas multicamada. E a mudança do estilo de vida dos consumidores, que cada vez mais, têm menos tempo e trabalham mais horas, associada ao aumento do número de pessoas sozinhas vai ampliar a demanda por embalagens menores, pratos prontos e alimentos congelados. E, por consequência, o uso de camadas barreira e aditivos funcionais.

TECNOLOGIA A VÁCUO COM ATMOSFERA MODIFICADA A combinação da tecnologia a vácuo com aplicação de atmosfera modificada é outro recurso utilizado pela indústria de alimentos para garantir a segurança alimentar e aumentar a vida de prateleira dos produtos. Mas, para essa moderna tecnologia funcionar, o usuário final precisa escolher muito bem os três itens que vão compor essa solução: equipamento, a escolha certa da mistura de gases e a embalagem de alta barreira adequada para o alimento que será conservado. Marcelo Gil T. Neves, gerente de vendas de embalagens a vácuo, da Sunnyvale, acredita que o principal

avanço tecnológico alcançado na selagem a vácuo com aplicação de atmosfera modificada se deu principalmente visando a atender o mercado de FLV (folhas, verduras e legumes), que são produtos frágeis e perecíveis. “Essa apliMarcelo Gil T. Neves, gerente de vendas cação é hoje reconhecida como de embaladoras a vácuo da Sunnyvale fator de aumento da vida útil e do frescor por mais tempo desses tecnológicos conquistados na termoalimentos, evitando perdas e constantes formagem com aplicação de atmosfera reposições de gôndolas nos supermermodificada. José Segovia, diretorcados”, explica. “A aplicação de vácuo comercial da Ulma Packaging, diz que mais atmosfera modificada para FLV a tecnologia evolui, principalmente, exige um equipamento versátil, com no que se refere ao desenvolvimento controle digital e preciso, o que permie à implementação de critérios de te ajustes finos do nível de vácuo e da higiene nos projetos dos equipamenquantidade injetada do gás, uma vez tos, facilitando a limpeza e evitando a que cada um dos produtos frescos tem contaminação do produto no processo ajustes distintos. Além de ganho de 2 de envase. Quem também compartiou 3 dias a mais na vida de prateleira, lha dessa opinião sobre as seladoras a representando 30% a 40% de tempo vácuo é Willy Borst, diretor-comercial total de prateleira, ou seja, ganho para da Selovac. “Ocorreram várias modio produtor, para o supermercado e para ficações voltadas para a durabilidade o consumidor”, destaca. e assepsia dos equipamentos, como Aumento de vida útil do produto, segurança alimentar e traceabilidade são apontados como os principais avanços

o desenvolvimento de fornecedores qualificados, a introdução de modelos fabricados em aço inoxidável,

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milhão) de oxigênio residual. Esse recurso já é empregado no mercado de próteses ortopédicas, onde qualquer mínima contaminação pode causar problemas de infecção no corpo da pessoa que acabou de passar por uma cirurgia.”

facilidade de higienização, redução do nível de ruído, entre outros. Além das embalagens que passam por processos contínuos de evolução quanto ao nível de barreira aos gases e resistência física”, afirma. Borst continua: “O vácuo exerce um papel fundamental para evitar as ações de microorganimos, principais causadores de contaminação de alimentos e toxi-infecções alimentares. Para isso, a tecnologia permite garantir maior durabilidade para o produto no ponto de venda.” O próximo passo na evolução no desenvolvimento das seladoras a vácuo, acredita Borst, é a disponibilidade de equipamentos que atendam as mais diversas formas produtivas, portanto, o constante desenvolvimento de máquinas que atendam diferentes expectativas de higiene e produção torna-se essencial. Já Neves, da Sunnyvale, diz que as seladoras a vácuo que permitem recursos multiciclo, ou seja, lavar o produto com sucessivas injeções de atmosfera modificada e vácuo, antes de selar a embalagem, representam a mais recente evolução da tecnologia para aplicação na indústria de alimentos. “Com isso, se obtém na ordem de PPM (partes por 26

O segredo da versatilidade da aplicação da tecnologia a vácuo e/ou com atmosfera modificada, de acordo com Neves, da Sunnyvale, está em aplicar o vácuo correto e depois manipular essas proporções visando o melhor tempo de prateleira do alimento, sem o uso do frio intenso ou congelamento.

Segovia, da Ulma Packaging, apresenta a sua visão no campo das embalagens de alimentos. “Envases inteligentes ou ativos, ou seja, envases que absorvem o oxigênio e vão incorporando princípios ativos para o controle do desenvolvimento microbiológico. Envases permeáveis para permitir a saída de odores indesejados de dentro das embalagens. E enva-

“Para aplicação da tecnologia de atmosfera modificada em diferentes tipos de alimentos é preciso analisar quais são os principais processos

Para aplicação da tecnologia de ATM em diferentes tipos de alimentos é preciso analisar os principais processos que provocam a deterioração do produto ses que auto-ajustam a atmosfera interior, de acordo com as mudanças internas ocorridas em função da variação das características do produto com o tempo.”

que provocam a deterioração do produto”, ensina Segovia, da Ulma Packaging. “A composição do gás (N2, CO2 e O2) e os diferentes comportamentos do alimento em função das porcentagens de gases utilizados permitem o controle dos fatores de deterioração. Com isso, a adaptação da mescla do gás ao produto”, explica o diretor-comercial.

Os progressos da tecnologia a vácuo e da atmosfera modificada também alcançam um dos gargalos da indústria brasileira – o transporte dos alimentos. Neves, da Sunnyvale, conta que as tecnologias empregadas nos equipamentos permitem garantir nível de oxigênio residual dentro da embalagem inferior a 0,1%. “Se acontecer uma variação na temperatura durante o transporte, não haverá quantidade suficiente de oxigênio para iniciar um crescimento microbiológico aeróbico, inibindo a perecibilidade precoce do alimento”, diz. Borst, da Selovac, defende que o processo a vácuo garante maior tempo de conservação do produto, além de permitir melhor acondicionamento e estocagem. Para Segovia, da Ulma Packagng, a atmosfera modificada é uma excelente tecnologia,

INFORMAÇÕES Deltaplam Tel.: (11) 4127-7137 | www.deltaplam.com.br Saberpack Tel.: (11)2836-3161 | www.saberpack.com.br

Foto: Istockphoto

José Segovia, diretor-comercial da Ulma Packaging

mas para manter sua eficácia, no caso de produtos frescos, é necessário controlar a temperatura na logística de transporte e distribuição.

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Selovac Tel.: (11)5643-5599 | www.selovac.com.br Sunnyvale Tel.: (11)3048-0147 | www.sunnyvale.com.br Ulma Packaging Tel.: (11) 4063-1143 | www.ulmapackaging.com

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As novas embalagens

ASSUNTA NAPOLITANO CAMILO*

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emos observado a confirmação das tendências de consumo anunciadas, desde 2000, pelo laboratório de tendências the Faith Pop Corn, do qual orgulhosamente participamos. Conveniência, estilo, saúde, segurança e sustentabilidade são pilares importantes do atual estilo de vida dos consumidores. Elas fazem parte das nossas principais preocupações. não importa se estamos nos Estados Unidos, na China ou no Brasil.

os Estados Unidos estão emergindo da sua maior crise. Essa crise foi, sobretudo, de valores. Ela colocou em xeque o “american Way of Life”(modo de vida americano). É visível a mudança. as placas de “vende-se” em tantas casas, o número de garage sales (liquidações de garagem feitas pelas famílias americanas para vender objetos e roupas usadas para arrecadar fundos). as pessoas passaram a entender que o consumo deve ser comedido e deve caber no orçamento atual de cada um. as compras agora são mais planejadas. obviamente a crise atingiu as grandes compras, como casas, carros e eletrodomésticos ou bens duráveis, porém muitos perderam empregos. assim as compras de bens de consumo também foram afetadas. daí a necessidade de adequação rápida das embalagens para atender os consumidores dentro desse novo cenário.

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o consumo exagerado das famílias ainda persiste. isso pode ser notado pela presença de embalagens de 2 litros ou mais para águas, sucos, chás, leite ou refrigerantes. E nem sempre são doses para famílias. Mas, essa regra já está mudando. a necessidade de conveniência e saúde cresce, demandando embalagens menores para consumo imediato e justo. dessa forma, cresce a presença das embalagens multipacks para latinhas. Para isso, predomina a utilização de chapa flexível de base polipropileno (PP), que é resistente e econômica, para unitização de quatro ou seis embalagens. a questão da sustentabilidade também aflora em quase todas as embalagens, com identificação clara dos símbolos para facilitar a reciclagem. no caso das garrafas PEt, muitas vezes, elas são retornáveis, além de ter reembolso na sua devolução, valor que aparece em destaque quando existe. Em várias categorias,

os ícones de saudabilidade são ressaltados: menos calorias, zero calorias, menos sódio, mais vitaminas. E assim por diante. Vamos apresentar apenas as mudanças mais significativas por categoria para facilitar a nossa “conversa”. Começando pela “água”. a maior parte da água mineral é apresentada em garrafões pequenos de 3,6 litros para facilitar o transporte e, na sua maioria, são produzidos de polietileno de alta densidade (PEad). as garrafas PEt são utilizadas para consumo on the way (consumo em trânsito) ou mais elitizado, portanto, elas têm maior valor. a garrafa de água mineral da marca smart Water® ousou com um novo conceito de rótulo autoadesivo. Em apenas um rótulo com impressão em serigrafia duas cores, ainda assim, usou o verso para brincar. nele, há um peixinho dourado nadando. de forma geral, as embalagens das águas apresentam tampas esportivas, na maioria, cobertas para garantir segurança e higiene aos consumidores. E são decoradas com rótulo roll label em BoPP transpaNovo conceito rente, que conde rótulo fere a aparência autoadesivo Editora Banas

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de bebidas confirmam tendências

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Esse artigo faz parte de uma pesquisa realizada, nos Estados Unidos, em 2010, intitulada “The American Way of Packaging�

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Caixinhas de leite de 236ml com abertura funcional

Tampa de duas peças tipo twist com maior área de contato com os lábios

Rótulo explora cores transparentes, porém mais fortes

Rótulo com visor aponta para as vitaminas do produto

Água vitaminada faz parte da categoria que mais cresce: as bebidas funcionais

Chás embalados em stick packs para fazer um copo

Transparência e cores leves

de um rótulo autoadesivo no label look. o setor aposta na leveza traduzida pela transparência e nas cores leves, por exemplo, a água Pure american®.

Gargalo de boca larga: maior conforto para o consumo direto na garrafa

outra novidade que chamou a atenção nos supermercados foi o sistema de venda de água do tipo “sirva-se você mesmo”. nesse sistema, o consumidor traz seu garrafão vazio e o enche numa “máquina”, na verdade, um medidor de vazão acoplado a um tanque maior de água mineral. Shape diferenciado transmite ao consumidor a sensação de que a fruta acabou de ser espremida

Tampa com selo transmite mais segurança ao consumidor

O consumo exagerado

a marca sobe® aposna categoria de leites, a das famílias ainda ta nas águas vitapopulação norte-americana prefere os produpersiste. Isso pode ser minadas Lifewater® comercializada em tos pasteurizados. Mais notado pela presença vários sabores. Cada do que o leite “longa uma para atender de embalagens de vida” (UHt). Em sua uma função. Elas famaioria, os pasteuriza2 litros ou mais zem parte da categodos vêm em garrafões ria que mais cresce: simples de polietileno as bebidas funcionais. de alta densidade (PEad), mas existem opções em cartonados e garrafas menores. a linha de águas, sucos e isotônicos da Para o leite longa vida, garrafas e pouches marca snapple® aposta em embalagens multicamadas e as embalagens cartonadas de vidro, com relevo, que transmite assépticas. Há também pequenas “caiximais sofisticação, numa marca já renhas” de 236ml, com abertura funcional, nomada. que servem adequadamente um copo. Em contraponto, a marca Fuze® é Perfeitas! apresentada em garrafas PEt de maior o Gatorade®, referência quando se fala em isotônicos, apresenta agora uma tampa bastante diferenciada. Com duas peças, duas cores, tipo twist e com maior área de contato com os lábios, a

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tampa proporciona maior conforto no consumo. o rótulo termoencolhível do tipo half explora a transparência das cores. a garrafa tem novo shape (formato), mais alto e com textura grip, para não escorregar das mãos dos consumidores. Entre outros isotônicos que merecem destaque, estão o G2®, também da Gatorade®, que mantém o antigo frasco, com cores transparentes, porém mais fortes.

peso para transmitir valor e rótulo termoencolhível inteiro, que ilustra imagens de frutas e cores, além de visor que aponta também para as vitaminas do produto.

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O chá é a segunda bebida (excluindo água e leite) mais consumida, em volume nos EUA, depois dos refrigerantes, e antes dos isotônicos e sucos. A categoria segue praticamente os mesmos códigos dos isotônicos. Alguns de consumo mais popular, como o Iced Tea, da Swiss, utiliza embalagens PET, com rótulo e design muito simples. Os clássicos da Pepsico® e da Coca-Cola Company®, ainda têm a opção das latinhas de alumínio, como a marca Arizon®, que apresenta também a lata de 680ml. Haja sede! Opção mais saudável e natural, os sucos ganham, cada vez mais espaço, nas gôndolas dos supermercados. Essa categoria cresce em volume e com marcas novas. A Tropicana®, um dos ícones do setor, dá ao consumidor a opção de embalagens assépticas. E as bebidas pasteurizadas que se identificam mais com as propostas de saudabilidade e produtos mais naturais são apresentadas em garrafas PET decoradas com rótulo termoencolhível inteiro para ampliar a proteção à luz. O gargalo de boca larga garante maior conforto para o consumo direto na garrafa. A Minute Maid®, outra referência do setor de sucos, lançou uma linha com novos sabores com mais vitaminas e antioxidantes. A nova bebida é apresentada em uma nova garrafa, com shape diferenciado, que transmite ao consumidor a sensação de que a fruta acabou de ser espremida. Na mesma linha de frasco, a Simply Lemonade® apostou numa tampa vistosa, com selo para transmitir mais segurança ao consumidor. Todas as marcas de bebidas e produtos de consumo oferecem aos consumidores opções cada vez mais saudáveis. A Minute Maid® da Coca Cola Company®, atende a rede Mc Donalds®, para o qual desenvolveu um produto especial, utilizando o personagem da marca. O Ronald® “vende” a saúde que a maçã oferece ao associá-la com a prática de esporte. Cada vez mais populares, tanto lá como aqui, as bebidas orgânicas evoluíram bastante. A Naked®, com seu Editora Banas

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rótulo verde cítrico, e muitas frutas, já é uma referência. a embalagem de formato simples, praticamente standart, corrobora a proposta de simplicidade. a marca lançou a maior novidade em relação à tecnologia de materiais: o uso da primeira garrafa 100% produzida de PEt reciclado.

Energéticos investem nas cores fortes

PET com revestimento interno de óxido de silício Garrafa de alumínio para ações promocionais

o destaque do setor é o chá steaz® em lata de alumínio, com design diferenciado. as frutas e as folhas coloridas e a imagem em preto e branco, conferem um contraste de cores nas gôndolas. outra novidade é a proposta da marca Crystal light. os chás são embalados em stick packs para fazer um copo. a embalagem secundária – um pote com tampa de polipropileno (PP) injetado decorado com rótulo manga – é perfeita para ter em casa ou no escritório. os energéticos investem cada vez mais forte nas cores, nos nomes e nas embalagens. É o caso da Venom®, ou da versão one shot (concentrado), da Monster®.

Rótulo utiliza tintas especiais e baterias que piscam ao som da música

A embalagem é praticamente um utensílio doméstico

apesar de ter a fatia de mercado cada vez menor, os refrigerantes seguem líderes. a Coca-Cola reage ao investir em embalagens promocionais de natal e outras datas comemorativas, além de embalagens menores para tickets cada vez menores, como a latinha de 222ml, que custa apenas 90 centavos de dólar ou a garrafinha tradicional PEt (355ml) por 99 centavos de dólar. aqui ainda tem a motivação de embalagens menores para garantir a bebida gelada do início ao fim. outra categoria que cresce é a de bebidas lácteas, sobretudo, os produtos com adição de chocolate, pasteurizados, ou em embalagens cartonadas assépticas. Há cada vez mais marcas. a nestlé ® segue como referência. o nesquik®,

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por exemplo, é apresentado em garrafinhas PEt de 236ml para atender os pequenos. a marca Chug oferece várias versões de milk shakes. Mas a opção mais interessante é o shake, da MolliCoolz, que traz o frasco/copo apenas com o pó para que o leite seja adicionado. Para consumir, basta o consumidor agitar e fazer o seu próprio shake. detalhe: a embalagem tem uma janela que mostra a marca de leite para um shake mais cremoso. as bebidas à base de café, normalmente, são consumidas frias. impressiona o número de adereços para essas bebidas, como os cremes e outras delícias. a embalagem da Coffee House® é praticamente um utensílio doméstico. o rótulo termoencolhivel prateado e a tampa preta emprestam à embalagem uma sofisticação ímpar. a tampa com sobretampa oferece praticidade indiscutível. Um luxo para os momentos de deleite de um bom café! a categoria de cervejas segue sem muitas novidades nas latinhas de alumínio e garrafas de vidro. Exceto para algumas ações promocionais que lançam mão do uso de garrafas de alumínio, como a da Budweiser®. Mesmo lá, essa opção ainda não tem escala e, portanto, é muito mais cara. no segmento de vinhos, a maior novidade são as garrafas PEt com revestimento interno de óxido de silício, conhecido por “Plasma”. o pioneiro da nova tecnologia foi o sutter Home®. Com uma prática tampa de rosca, a garrafa serve uma taça de vinho. É absolutamente conveniente e charmosa! os destilados também não apresentaram novidades que mereçam destaque. Contudo, vale destacar as embalagens promocionais dessas bebidas, que vêm sempre vestidas para a festa, algo já esperado pelos consumidores. Porém, as embalagens estão cada vez mais surpreendentes, como o rótulo de Balantines® que utiliza tintas especiais e baterias, que piscam ao som da música, como um equalizador. Um show à parte! *Assunta Camilo é diretora do Instituto de Embalagens e da consultoria FuturePack

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ABERTURA

Uma história de inovações

a

história da lata de aço está intimamente relacionada às guerras. Em 1795, o governo francês ofereceu um prêmio de 12 mil francos para quem inventasse um método de preservação do alimento. as tropas de napoleão foram dizimadas muito mais pela fome e por escorbuto, doença provocada pela falta de consumo de frutas e verduras que contêm vitamina C do que pelo combate. a proeza dos militares e a expansão da colônia requeriam uma nova solução de conservação dos alimentos que suportasse longas distâncias.

o francês nicholas appert teve uma ideia. Uma senhora descoberta para todos os negócios, appert usou sua experiência como confeiteiro, profissional que compra e vende vinhos, chefe de gastronomia, cervejeiro e produtor de picles para criar a sua perfeita técnica de preservação de alimentos. depois de 15 anos de experiência, ele conseguiu preservar os nutrientes do alimento por meio de cozimento parcial em garrafas com rolha e tampa que depois eram imersas em água fervente. amostras dos alimentos embalados em embalagens de vidro foram enviadas para as tropas de napoleão que permaneceram em alto-mar por mais de quatro meses. Vegetais e molhos de carne, entre outros, 18 diferentes itens foram envasados em embalagens de vidro. Em 1810, appert ganhou um prêmio do imperador napoleão, como um herói nacional pela sua invenção. Ele escreveu o livro the Book of all Households: or the art of Preserving animal and Vegetable substances for Many Years. Em português, algo como o livro de todas as residências ou a arte de preservar alimentos de origem animal e vegetais por muitos anos. nessa publicação, appert descreveu em detalhes o processo de enlatar mais de 50 alimentos. no mesmo ano, o inglês Peter durand obteve a patente do rei George iii para produzir alimentos em latas de ferro revestidas com folha de flandres para prevenir corrosão. dois outros ingleses, Bryan donkin e John Hall usaram a patente de durand. depois de mais de um ano de experimentações, eles iniciaram a produção da primeira fábrica de latas de aço, em escala comercial, em Bermondsey, na inglaterra, em 1812. Em 1813, as suas latas de alimentos em conserva foram fornecidas para o exército e a marinha britânica. a marinha real utilizou 24 mil latas grandes ao ano até 1818. Em 1861, teve início uma guerra, e uma importante descoberta que ajudou os fabricantes de latas de aço a aumentar a sua capacidade de produção. Eles aprenderam a adicionar cloreto de sódio na água em que as latas eram fervidas para aumentar a temperatura e expandir a

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Há 200 anos, a lata de aço revolucionou o acondicionamento de alimentos numa época em que não existia uma embalagem que conseguisse proteger o produto. Ela evoluiu e, hoje, com novas soluções, proporciona novas experiências de consumo

batalha com um abridor de latas pendurado no pescoço. Essa ferramenta foi vital para a sua sobrevivência. o governo destinou o metal escasso para a produção de latas, pois quase dois terços do fornecimento de alimentos era nesse tipo de embalagem. Por exemplo, o departamento americano de Guerra comprou 75% dos salmões enlatados disponíveis e 40% dos tomates em conserva durante o período de batalha. a confiança na integridade da lata de aço era tanta que os soldados, depois do fim da guerra, voltavam para casa com os enlatados.

velocidade do processo de envase. depois, o abridor de latas foi inventado, em 1865, tornando os produtos entalados mais convenientes. a produção de alimentos enlatados aumentou de 5 milhões para 30 milhões até o final da Guerra Civil. o número de plantas também cresceu. saltou de menos de 100, em 1870, para aproximadamente 180 até a virada do século.

Hoje, os Estados Unidos são um dos maiores fabricantes de latas de aço do mundo, com uma produção anual de 130 bilhões de embalagens. o setor, no País, é composto de 200 plantas fabris instaladas em 33 Estados, incluindo Porto rico e na ilha de american samoa, e emprega 22 mil funcionários. Esses dados são da CMi (instituto de Fabricantes de Latas) dos Estados Unidos.

os produtos enlatados ganharam a preferência das donas de casa por décadas (os alimentos enlatados para bebês, por exemplo, surgiram na década de 1920), mas nunca antes elas haviam sido tão cortejadas pelos fabricantes de produtos de consumo. além disso, a conveniência e a familiaridade dos produtos enlatados revolucionaram a forma como as mulheres faziam suas compras, culminando com a prevalência da cadeia de lojas de varejo.

desde a sua criação em 1810, a lata de aço catalisou eventos históricos determinantes, permitindo ampliar a sua utilização para além dos produtos perecíveis. o legado da embalagem as latas de aço também são parte integral da vida do norte-americano. inicialmente, metálica entrega nutrientes, frescor os exércitos franceses e ingleses se beneficiaram da conveniência e portabilidade e sabor confiável de alimentos e bedos alimentos enlatados, as tropas americanas de combate na Europa e na Ásia bidas em todo o mundo. no Brasil, dependiam ainda mais dessas embalagens. os soldados americanos entraram em esse papel primordial da lata de aço de preservar o alimento se faz duranEVOLUÇÃO DE FATURAMENTO E PRODUÇÃO POR SEGMENTAÇÃO SETOR DE ALIMENTOS, QUÍMICOS, BEBIDAS, PROMOCIONAIS E COSMÉTICOS NO BRASIL te as grandes catástrofes da natureza. Quem FATURAMENTO PRODUÇÃO 827.893 conta é adriano Mar(MIL US$) (MIL UNIDADES) 102.390 1998 2008 1998 2008 son, gerente de vendas e 93.674 83.389 marketing da Com558.082 67.957 panhia Metalgraphica 453.827 Paulista (CMP), a mais 389.997 44.127 44.391 antiga fábrica de latas de aço, instalada no País, 113.863 em 1924, que iniciou as 76.003 2.206 3.281 4.784 7.114 suas operações com foco SEGMENTO LEITE TINTA A ÓLEO BEBIDAS SEGMENTO LEITE TINTA A ÓLEO BEBIDAS no segmento alimentício CORNED BEEF CONDENSADO (GALÃO) CORNED BEEF CONDENSADO (GALÃO) (veja a história completa Fonte: Abeaço

Com uma capacidade de transformação de folhas de flandres de 550 mil toneladas/ ano ou 150 milhões de latas de aço, o reino Unido é hoje o maior produtor de latas de aço da Europa, região que produz 70 bilhões de latas de aço/ano, segundo a European Metal Packaging (Empac).

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da empresa na página 38). “o mundo mudou. tudo fica mais moderno. Mas quando ocorre uma tragédia, como o terremoto no Chile, ou as enchentes recentes nos Estados de alagoas e Pernambuco, a ordem é enviar leite em pó e outros mantimentos em lata de aço”, afirma. “isso se repete através dos tempos. na década de 80, Blumenau (sC) sofreu uma enchente que devastou praticamente toda a cidade. nessa ocasião, os mantimentos enlatados tinham a preferência para abastecer os desabrigados”, acrescenta o executivo.

A LATA DE AÇO NO BRASIL o início da história da lata de aço no Brasil também está intimamente ligado à indústria de alimentos que sempre respondeu por aproximadamente 70% do volume de folha de flandres para embalagens produzidos no País. Quem conta é Elio Cepollina, vice-presidente da associação Brasileira de Embalagem (abeaço). Personagem muito importante na história da lata de aço no País, ele se dedicou por 70 anos e meio ao setor, atuando na Metalúrgica Prada. E, sabe como ninguém, contar a evolução dessa embalagem. imigrante italiano, Cepollina chegou ao Brasil com 17 anos, em 1939, para trabalhar na Companhia refinadora de Óleo Prada, que importava azeite de oliva da Europa e produzia as próprias O MERCADO DE LATA DE latas de aço. naqueAÇO NA EUROPA la época, segundo + 200 FÁBRICAS ele, existiam poucas + 50 MIL FUNCIONÁRIOS fábricas de latas de + 20 MIL CLIENTES 70 BILHÕES DE LATAS aço, como a MetaDE AÇO/ANO lúrgica Matarazzo, PRODUZ 17% DO TOTAL DE EMBALAGEM Metalgráfica rico Fonte: Empac e a CMP. os princiO MERCADO DE LATA DE pais mercados que AÇO NOS ESTADOS UNIDOS utilizavam a lata de 200 PLANTAS FABRIS EM 33 ESTADOS aço eram o de óleo 22 MIL FUNCIONÁRIOS de algodão, óleo de 133 BILHÕES DE LATAS amendoim, manDE AÇO/ANO teiga, gordura de Fonte: CMI porco, cera e tintas. O MERCADO DA LATA DE AÇO NO BRASIL 70 EMPRESAS 25 MIL EMPREGOS DIRETOS + SERVIÇOS TERCEIRIZADOS 950 MIL TONELADAS DE FOLHA DE FLANDRES / ANO

Fonte: Abeaço / CNS

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Cepollina conta que a folha de flandres para embalagens era importada da alemanha e da itália. “Mas quando

estourou a segunda Guerra Mundial em 1939, o Brasil não conseguiu mais importar a matéria-prima desses países. o País teve que recorrer aos Estados Unidos para ter o material para produção de latas de aço. isso ocorreu durante todo o período da guerra que só terminou em 1945.” a Companhia siderúrgica nacional (Csn) foi criada em 1941, em Volta redonda (rJ), durante o Estado novo, por decreto do presidente Getúlio Vargas, após um acordo diplomático, denominado acordos de Washington, feito com o presidente roosevelt, dos Elio Cepollina, vice-presidente da Abeaço Estados Unidos. Esse acordo, conta Cepollina, previa a instalação de bases aeronavais ao longo da costa brasileira tituição à lata agraMesmo depois do do norte e nordeste fada (união das duas que foram utilizadas início das operações partes do corpo por pelo exército norteencaixe); frisos horida CSN, o Brasil americano durante zontais para garantir ainda importou a segunda Guerra maior resistência à Mundial e a consdurante muito tempo lata de aço, como trução de uma usina empilhamento e rea folha de flandres siderúrgica no Brasil. sistência a quedas e “Mesmo depois do choques, mesmo com início das operações em 1948, o Brasil aço mais fino; as películas internas e ainda importou durante muito tempo externas protetoras das latas passaram a folha de flandres, já que não tinha a ser elásticas, sem comprometer a condições de atender a demanda inqualidade dos produtos mesmo quanterna,” revela. do as latas são amassadas. as outras inovações pós anos 90 estão detalhano início, o processo de produção da das nas próximas páginas do caderno lata de aço era totalmente manual. especial 200 anos da lata de aço. Logo depois, a indústria brasileira de latas de aço acompanhou a evolução do Hoje, segundo a abeaço, a indústria mercado internacional, especialmente, brasileira de latas de aço é composta dos Estados Unidos, os maiores fabripor 70 empresas presentes em todo cantes de latas de aço e consumidores o Brasil, empregando 25 mil pessoas de folhas de flandres. “nós adotamos mais serviços terceirizados. o mercamáquinas automáticas velozes e que do de lata de aço representa 3,5% do ofereciam menor custo. o mercado é total de embalagens. norteado pela redução de custo para Cepollina acredita que o futuro da conseguir competir com outros matelata de aço é promissor. “o aumento riais”, afirma Cepollina. “Para atender do poder aquisitivo, a contínua proas necessidades do mercado, o setor se dução de alimentos e a existência de adequou às exigências qualitativas e poucas embalagens de alimentos que quantitativas, com o aprimoramento podem ser submetidas à autoclave das tintas e vernizes e o emprego de devem continuar impulsionando o máquinas litográficas com maior núcrescimento desse negócio no Brasil”, mero de cores.” acentua. (M.H.) antes da década de 90, foram feitas várias inovações, às vezes, imperceptíveis aos olhos dos consumidores. Entre elas estão: o desenvolvimento da lata soldada que conferiu melhor hermeticidade e segurança em subs-

Foto: Paulo Bau

caderno especial

ABERTURA

INFORMAÇÕES ABEAÇO Tel.: (11) 3842-9512 | www.abeaco.org.br CAN MANUFACTURERS INSTITUTE Tel.: 202-232-4677 | www.cancentral.com

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1ª FÁBRICA DE EMBALAGEM DE AÇO

Patrimônio mantido por gerações

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Os herdeiros da Companhia Metalgraphica Paulista (CMP), fundada em 1924, construíram uma história empreendedora no mercado de latas de aço

ma empresa quase centenária. Aos 85 anos, a paulistana Companhia Metalgraphica Paulista (CMP) é a fabricante de latas de aço mais antiga do Brasil, que opera com capacidade de transformar 2 mil toneladas de folhas de flandres/mês. Essa herança empreendedora foi passada de geração para geração. Hoje a gestão da empresa é comandada por José Villela de Andrade Neto (pai), que começou a trabalhar na CMP em 1970, e José Villela de Andrade (filho), em 2001. Mas, tudo começou em 1924, com o avô de José Villela Andrade Neto. Depois foi a vez de seu pai, José Villela de Andrade Junior, que teve uma atuação importante no desenvolvimento da indústria brasileira, como presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Sindicato da Indústria da Estamparia de Metais do Estado de São Paulo (Siniem). É com esse legado irretocável que a terceira e a quarta geração dessa família lutam para aumentar a participação da lata de aço. Em entrevista à revista Pack, José Villela de Andrade Neto e José Villela de Andrade contaram como nasceu a empresa e os seus principais desafios para prosperar por quase um centenário. Leia os principais trechos desse bate-papo.

tício. O produto se chamava azeite de amendoim Rubi, que era envasado em uma lata de formato retangular. Na época, era a única lata que podia utilizar o nome azeite. O restante usava óleo. Esse azeite de amendoim foi muito vendido para a churrascaria Rodeio, na década de 60. A Indústrias de Óleo Rubi encerrou as atividades há mais de 30 anos.

1924 - PRIMEIRA UNIDADE FABRIL EM ANDRELÂNDIA (MG)

A automatização da linha de produção de latas de aço começou, em 1977, primeiro nas linhas de embalagens agrafadas, utilizando tecnologia body maker. Nessa época, a empresa produzia 40 latas/minuto com 40 funcionários. Hoje a fábrica, que emprega eletrosoldadora, produz 400 latas/ minuto com quatro funcionários. Antigamente a produção era totalmente manual. José Villela Andrade Neto lembra o que seu pai, já falecido, contava sobre o seu trabalho. Ele dizia que, às vezes, chegava à fábrica e o volume de produção não era tão

O bisavô de José Villela de Andrade fundou a primeira planta fabril da Companhia Metalgraphica Paulista (CMP), em Andrelândia (MG), para produção de latões de aço para atender as fazendas de leite da região. No ano seguinte, a empresa mudou para São Paulo, capital, erguendo a sua fábrica, no bairro da Mooca, focalizando o seu negócio para a produção de latas de aço de manteiga para a indústria de laticínios da família que, aliás, foi a primeira do setor no Brasil. A empresa se chamava Alves Azevedo S.A e a manteiga Viaducto. Todo mundo pensa que a manteiga Aviação foi a primeira, mas ela foi criada por um ex-funcionário da Alves Azevedo.

1940 - INÍCIO DA PRODUÇÃO DE LATAS DE ÓLEO COMESTÍVEL José Villela de Andrade Junior, pai de José Villela de Andrade Neto, fundou a Indústrias de Óleo Rubi, em 1940, no bairro do Ipiranga, em São Paulo, e a Companhia Metalgraphica Paulista fornecia as latas de aço para acondicionar o produto alimen-

1977 - AUTOMATIZAÇÃO DA LINHA DE PRODUÇÃO DE LATAS DE AÇO

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José Villela de Andrade: quarta geração no comando da CMP

bom naquele dia porque o funcionário estava com dor de cabeça e não conseguia formar a lata como deveria.

1981 – UNIDADE DE AGUDO (SP)

ranhuras para óleo comestível que foi introduzida quase em esfera mundial. Todo mundo acreditava que era difícil realizar o friso na lata agrafada, pois MORRO poderia estragar a lata e provocar vazamento. O primeiro Mas nós conseguimos investimento foi realizar o friso na lata agrafada, que depois feito na linha de foi feita na lata eletrolatas de 18 litros soldada. Hoje a emprenão produz mais a que foi adequada sa lata agrafada.

Fundada na cidade de Morro Agudo (SP), a unidade fabril foi erguida para acompanhar o processo de interiorização das indústrias de óleo comestível, que saíram de São Paulo em direção ao para atender APOSTA NO interior do Estado, que o segmento SETOR DE se transformou no polo PRODUTOS químico da soja. Com o passar do QUÍMICOS tempo, essas fábricas enCom o boom da garrafa cerraram as suas atividaPET no segmento de óleo comestível, des. Foi quando essa unidade fabril, que a CMP assistiu a queda no faturamennão tem linha de montagem, passou a to e o início do desaparecimento desse dar suporte para a planta industrial de mercado. Por isso, ela decidiu mudar o Anápolis (GO), prestando serviços de foco de sua atuação, no final dos anos litografia e de estamparia. 90, com a realização de investimentos 1995 – PRINCIPAL INOVAÇÃO em novas tecnologias para entrar na área de químicos. A empresa só proUma das principais inovações da duzia a linha de 900ml e 18 litros para CMP foi a lata de aço agrafada com

latas de óleo e de 9 litros para linhas específicas de produtos alimentícios. O primeiro investimento foi feito na linha de latas de 18 litros que foi adequada para atender o segmento químico. O formato é o mesmo. O que muda são o revestimento interno, a tampa e a espessura da chapa. Na sequência veio o investimento na linha de galão e ¼ de galão. Além da linha de 5 litros quadradas e retangulares, que também já era utilizada no segmento alimentício, que começou a ser fornecida para o mercado de tintas para a marca Suvinil. E a lata de óleo comestível de 900ml de formato cilíndrico também foi adaptada para o setor químico para envasar tinner, aguarrás e querosene. Ela ganhou um novo revestimento e o bico.

MUDANÇA COMPLEXA E A CONQUISTA DO MERCADO DE QUÍMICOS A mudança de foco dos negócios foi complexa. Na época, houve muitos problemas, pois as linhas de produção eram novas. Foi necessário fazer ajusEDITORA BANAS

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tes, mas também teve muita devolução de material. A partir de 2001, a CMP já dominava plenamente a linha de produção de latas de aço para produtos químicos. Nessa última década, a empresa conquistou mercados e clientes em todo o Brasil, se tornando uma das líderes do setor, como a terceira maior fornecedora de latas de aço. Hoje a indústria química, que contempla tinta, solvente e adesivo, responde por 90% do nosso negócio.

PEQUENA PARTICIPAÇÃO NO SEGMENTO DE ÓLEO COMESTÍVEL

latas de aço para o segmento de produtos químicos.

REDUÇÃO DE ESPESSURA DE FOLHA DE FLANDRES

A espessura da folha de flandres, matéria-prima da lata, sofreu uma diminuição muito grande. Na década de 70, a lata quadrada de óleo comestível era feita com folhas de flandres de 0,25 mm. Depois que mudou para a lata redonda, com espessura de 0,21 mm, que depois saiu para 0,19 mm. Com o emprego de ranhuras para garantir reforço na lata, a espessura chegou aos atuais 0,14 mm. Mas, hoje, já é possível fazer latas com espessuras de 0,12 mm e 0,10 mm.

O mercado de latas de óleo comestível, que já respondeu por 90% do faturamento da CMP, EXPORTAÇÃO nas décadas de 70 INDIRETA Hoje o maior e 80, hoje é um niA gente não exporta desafio do cho bem específico, diretamente. Por exemmas a empresa ainda segmento de lata plo, a Aladim, fabricanfornece para esse de aço é justamente te de doces da cidade segmento. A lata de de Mirassol, interior defendê-la nos aço para óleo code São Paulo, adaptou mestível ainda pode uma lata de aço, que é mercados em ser encontrada nas utilizada para tintas e que atua vernizes, para exportar regiões Norte e Norpirulitos para a África e deste, por causa da Europa. Inclusive essa embalagem está robustez e da não incidência de luz. No concorrendo ao prêmio internacional interior de Minas Gerais, onde ainda realizado pela revista The Canmaker. prevalece o uso do fogão a lenha, também a lata de óleo está na preferência das consumidoras. Diferente do que acontece no mercado de foodservice, que demanda grandes volumes. Nesse setor, a lata de aço de 18 litros é imperativa. Em São Paulo, a empresa é líder no fornecimento de latas de 18 litros de óleo comestível para o mercado foodservice.

2000 – UNIDADE DE ANÁPOLIS (GO) A unidade fabril de Anápolis (GO) foi fundada, em 2000, depois do encerramento das atividades da fábrica de Campo Grande (MS), que também foi criada para atender os fabricantes de óleo comestível da região, como a Granol. Essa unidade produzia latas de aço de 900ml e de 18 litros para óleo comestível. As máquinas da fábrica de Campo Grande foram transferidas para Anápolis. Hoje, nessa unidade, são produzidas somente 40

DEMANDA DE LATA DE AÇO

A demanda de lata de aço no segmento químico tem crescido, acompanhando o crescimento de 5% ao ano do mercado de tintas, que é superior ao PIB brasileiro. Em 2010, a CMP espera um crescimento superior a 5%. Hoje o consumidor vê a pintura da casa como um elemento de decoração. Não mais como um produto para revestir uma parede. Também a diversificação de produtos em acabamentos, texturas e tintas aquece o segmento de latas de aço.

2011 - NOVA PLANTA FABRIL, EM CAJAMAR (SP) A previsão é iniciar a mudança para a nova planta fabril, em Cajamar (SP), em 2011. Ocupando uma área de 18 mil m2, a fábrica vai ter a sua capacidade de transformação dobrada nas linhas já existentes – que hoje é de 2 mil toneladas de folhas de flandres/

José Villela de Andrade Neto, diretor-presidente da CMP

mês – com a aquisição de cinco novas máquinas importadas da Europa. O investimento nesse novo projeto da CMP é de mais de R$ 10 milhões. Também estão previstas novas contratações. A mudança de casa, depois de 85 anos no mesmo local, se deve a não possibilidade de expansão e a transformação da Mooca, que hoje é bairro mais residencial e não mais industrial. Além disso, no bairro, por ser residencial, não é possível trabalhar no turno noturno.

Foto: Estelle Gautier

caderno especial

1ª FÁBRICA DE EMBALAGEM DE AÇO

DESAFIOS

Há muitos desafios pela frente. Hoje o maior desafio do segmento de lata de aço é justamente defendê-la nos mercados em que atua. Ou seja, consolidar a presença da lata de aço na indústria, na qual ela já tem um diferencial de qualidade, preço e produtividade. A lata de aço domina o setor de produtos químicos, com 95% de participação, mas já existem incursões do balde plástico, que vem sendo utilizado no mercado nordestino, onde os consumidores já compram o produto pensando em sua reutilização para lavar roupa, por exemplo. Em alguns nichos do segmento químico, a opção pela lata de aço é obrigatória, pois os produtos inflamáveis não podem ser envasados em embalagens plásticas para garantir a segurança dos usuários e atender a legislação. (M.H.) INFORMAÇÕES CIA METALGRAPHICA PAULISTA Tel.: (11) 2799-7900 | www.cmp.ind.br

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L ATA E X PA N D I D A

Muito além do padrão Lançada em 2001, a lata expandida mexeu com o mercado brasileiro de embalagem de aço ANALICE FONSECA BONATTO

O

desenvolvimento da lata expandida no Brasil ajudou a reposicionar a imagem dessa embalagem e a conquistar novos segmentos de mercado. Graças à criação de novas tecnologias, que permitem a fabricação de latas nos formatos mais variados, a lata alcançou o status de embalagem diferenciada, deixando para trás a imagem de ultrapassada. A demonstração da força dessa embalagem se dá nas gôndolas onde o consumidor se encanta e consome produtos em latas de aço cada vez mais sofisticadas.

Fotos: Divulgação

Dessa forma, para acompanhar as exigências do mercado é preciso avançar no desenvolvimento, fazer melhoramentos. “Por meio da lata expandida mostramos ao mercado que a embalagem de aço evoluiu em todos os anos de sua história”, diz Thaís Fagury, gerente-executiva da Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço)). Além do desenvolvimento nos vernizes e nas tintas de impressão que possibilitou a expansão, a gerente ressalta a evolução no aço e também na segurança da solda que permitiu a expansão sem o rompimento do ponto de solda da lata. “O projeto foi um sucesso e o volume chegou a ser incrementado em 7%.”

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Com isso, a capacidade de produção inicial de aproximadamente 20 milhões de latas expandidas por ano passou a ser hoje de cerca de dois bilhões por ano. Ela representa 10% no volume de latas de aço do segmento de alimentos. “A lata expandida conquistou públicos inimagináveis. Um exemplo foi quando lançamos o leite Moça na lata expandida e recebemos diversas ligações de deficientes visuais elogiando a iniciativa, já que agora conseguiriam ter certeza do produto que estavam comprando”, afirma Thaís. Atenta às mudanças do consumidor brasileiro, o principal objetivo da Nestlé, ao lançar a nova lata expandida de Leite Moça em 2004, era aumentar a iden-

tidade entre a marca e o cliente. Por isso, a empresa adequou o produto às tendências e tratou de modernizar a marca fazendo com que a sinuosidade da lata estabelecesse associações com valores como qualidade, tradição e intimidade com o consumidor. Isso comprova que a lata expandida, com suas ondulações e novos formatos, tem agradado os consumidores. Hoje, de acordo com a empresa, são comercializadas no Brasil, cerca de sete latas de Leite Moça por segundo.

VISÃO INOVADORA A primeira lata expandida no país foi produzida pela empresa gaúcha Bertol, no final de 2001, para a Oderich para o segmento de conservas vegetais e atomatados. Thaís conta que o volume era pequeno e o mercado

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Fonte: Abeaço

Fonte: Abeaço

embalagens que ganham estilo prónão acreditava em seu sucesso. “Daí prio e, por isso, atraem consumidores surgiu a grande oportunidade, deque se identificam com elas. senvolver a primeira lata expandida para um mercado grande, o leite A primeira máquina expansora condensado Moça”, afirma. Para nacional foi da CBL, atual Rimet, tanto, a empresa superou desafios, desenvolvida com o auxílio da Comcomo a aprovação pela Nestlé Suíça, panhia Siderúrgica Nacional (CSN). o desenvolvimento do shape para que A primeira lata exnão comprometesse pandida lançada pela o transporte e envase empresa foi desenvolCRESCIMENTO DO VOLUME DE PRODUÇÃO e a litografia, porque a vida para a caipirinha imagem ficava distorVeritas da Agri-vale, 2 BILHÕES DE LATAS cida após a expansão. em janeiro de 2004, EXPANDIDAS/ANO “Depois a lata expanpara o mercado de dida passou a figurar exportação. “Após a em diversos mercados primeira tiragem da como café solúvel, caipirinha Veritas, a empresa partiu para achocolatado, leite em o mercado com um pó, óleo comestível, novo apelo de negócio, entre outros.” mas observou que não Hoje, a lata expandida se aplicaria a produtos 20 MILHÕES da Bertol é usada em DE LATAS de baixo valor agregaEXPANDIDAS/ANO diversos segmentos de do”, explica Francisco produtos, por exemplo, 2001 2010 de Assis Coura, gerenna linha de lácteos, com te comercial da RiOS PRINCIPAIS o leite condensado à FABRICANTES DE LATAS met. O maior desafio base de soja da marca EXPANDIDAS NO BRASIL desse mercado hoje, Soymilke, da Olvebra. > BERTOL observa o gerente, é Também nas compotas > NESTLÉ a diversificação do (PARA CONSUMO PRÓPRIO) de figo, abacaxi e pêsseshape ao custo de uma > PRADA go, da marca Schramm, embalagem comum. > RIMET (EX-CBL) “A lata expandida chama muita atenção, mas é ainda para um Lata expandida mercado de produtos é um sucesso mais sofisticados e, na gôndola: portanto, de maior hoje a Nestlé valor agregado.” vende sete latas de Leite Moça/ segundo

com o objetivo de atingir o segmento “single” por meio de embalagens com quantidades menores. De acordo com Claudenir Edson Occhi, gerente industrial da Bertol, a lata expandida para alguns clientes abre caminho para um novo mercado porque são

Para Thaís, a principal vantagem da lata expandida é o diferencial na gôndola, com a criação de identidade própria ao produto por causa da patente da embalagem. Nesse contexto, as empresas buscam desenvolver e sustentar vantagens em relação às suas concorrentes, oferecendo um produto diferenciado

Thaís Fagury, gerente-executiva da Abeaço

do ponto de vista da segurança, da estética, da armazenagem e durabilidade. No entanto, a grande limitação desta embalagem é a porcentagem que é possível expandir a partir Caipirinha do canu- Veritas: lata expandida, do inicial. produzida, em 2004, “Mas mespela mo assim CBL com ainda há primeiro maquinário possibilinacional dade infinita”, afirma ela. De acordo com a gerente, hoje, já há tecnologia nacional para a fabricação de latas expandidas, inclusive para pequenos volumes.

INFORMAÇÕES ABEAÇO Tel: (11) 3842-9512 | www.abeaco.org.br BERTOL Tel.: (54) 2103-1722 | www.bertol.com.br RIMET Tel.: (11) 2877-5000 | www.rimet.com.br

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Um filão promissor TATIANA KARPOVAS

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Com o desenvolvimento do segmento de latas de aço promocionais, o que era apenas embalagem virou artigo de decoração e até presente

Foto: iStockphotos

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NOVOS MERCADOS [ PROMOCIONAIS ]

á tempos os fabricantes de latas de aço identificaram no segmento de promocionais um filão pra lá de promissor. E a indústria de produtos de consumo dos mais diferentes setores também descobriu nessa embalagem uma importante ferramenta de marketing para agregar valor à sua marca e ao produto.

A é embalagem diferenciada, para o qual o fator estético tem fundamental importância

Esse sucesso da reutilização da lata de aço promocional é reconhecido pela indústria usuária que, cada vez mais, tem utilizado esse recurso mercadológico. não são mais ações sazonais, já que as empresas descobriram que a reutilização da lata de aço também é uma excelente ferramenta de fixação de marca, ou seja, as marcas permanecem na casa dos consumidores por muitos anos. Grandes empresas multinacionais, como Kraft Foods, nestlé, Johnson & Johnson, lançam mão da lata promocional para promover os seus produtos e a sua marca. A indústria de panetones foi uma das primeiras a fazer ações promocionais com latas de aço. Mas elas também são utilizadas pelos fabricantes de doces em geral, chocolates, biscoitos, bebidas, vestuários, brinquedos, Cds, dVds, cosméticos, relógios, acessórios, higiene pessoal, entre outros. ”Praticamente tudo o que pode ser embalado e tem tamanho reduzido, de até 200 x 200 mm, pode ser colocado em latas de aço”, explica Luiz Carlos Covelo, diretor comercial da Aro. Guilherme Mendonça Meister, gerente comercial e de marketing da Meister, garante que há potencial de crescimento das latas especiais em todos os segmentos. Porém, segundo ele, é importante analisar e controlar toda a cadeia de fornecimento dentro do cliente final, pois amassamentos, ferrugem precoce, problemas com 46

O desenvolvimento do setor de latas de aço promocionais sacudiu o mercado de embalagens, trazendo inovações inclusive dos fabricantes de máquinas para a produção das latas que, por sua vez, precisaram adaptar o maquinário para novos formatos e tamanhos exigidos pelos usuários. E as exigências não param por aí. Como as

EVOLUÇÃO DO FATURAMENTO E DA PRODUÇÃO DO MERCADO DE PROMOCIONAIS – PANETONE

PRODUÇÃO

(MIL UNIDADES)

FATURAMENTO (MIL US$)

5.292

514

533 1998

5.141

2008

1998

2008

Fonte: Abeaço

Além de dar maior visibilidade à lata de aço propriamente dita, o produto cria a cultura da reutilização, importantíssima em tempos de preocupação com a preservação do meio ambiente. Hoje, as latas de aço são utilizadas inclusive como objetos de decoração em diferentes segmentos de consumo. A possibilidade de ter uma impressão de maior qualidade, com mais brilho, chama a atenção do consumidor, que logo imagina aquela lata com outro produto depois que o original acabar. do ponto de vista de quem utiliza a lata promocional para promover sua marca, a maior vantagem é agregar valor ao produto embalado, transformando-o num presente.

fechamento, entre outros, podem criar um efeito contrário, que é o da rejeição do consumidor e destruição de valor da marca. “As embalagens promocionais trazem uma granresponsabilidade ao mercado, maior exigência de afinal, ninguém vai comprar uma lata amassada, enferrujada ou por uma desbotada”, acredita.

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latas promocionais funcionam como ferramenta de marca (branding), a embalagem leva consigo todas as exigências da marca que carrega. “Os clientes pedem atributos como resistência, durabilidade e fidelização de cores e estampas porque uma embalagem equivocada pode prejudicar toda a imagem de uma marca”, destaca Meister. “A maior exigência é por uma embalagem diferenciada, para a qual o fator estético tem fundamental importância”, comenta Covelo, da Aro.

NOVOS MERCADOS A Aro fabrica embalagens de aço desde 1943 e trabalha há três anos com latas promocionais, que representam 5% de seu faturamento. Covelo conta que a empresa tem uma estrutura litográfica dimensionada para novos negócios e verificou que existia espaço para um grande “player”, acostumado a atender grandes marcas nacionais e internacionais, com qualidade diferenciada e preços competitivos, por isso optou por investir no mercado de promocionais.

A Meister trabalha com embalagens metálicas promocionais há 72 anos. O primeiro produto desenvolvido para esse negócio foi uma latinha portátil para cosméticos. Assim como hoje, os consumidores da época já desejavam uma embalagem prática, reutilizável e de aparência diferenciada dos demais produtos. Atualmente, as embalagens de aço promocionais representam cerca de 80% do faturamento da empresa.

Foto: Divulgação

Com 25% de seu negócio dedicado às latas promocionais, a Metalgráfica Palmira começou a produção em 2001, conquistando os mercados de roupas, papel higiênico, absorventes, balas, sapatos, cerveja, brinquedos, perfumes, panetones, chá e brindes em geral. “A tendência de crescimento do mercado de latas promocionais nos levou a ingressar nele”, conta Pedro Carlos Lopes Ladeira, diretorpresidente da empresa.

INFORMAÇÕES ARO Tel.: (11) 2412-7207 | www.aro.com.br MEISTER Tel.: (47) 3433-3133 | www.meister.com.br PALMIRA Tel.: (32) 3251-3571 | www.palmira.com.br

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Um negócio borbulhante Produzida pela Cia Metalic Nordeste, única fabricante nas Américas, a lata de aço para bebidas conquistou o mercado de refrigerantes nas regiões Norte e Nordeste

A

pesar do lento crescimento, o refrigerante se mantém como o rei do setor de bebidas carbonatadas, respondendo por aproximadamente 4 de cada 10 litros consumidos em todo o mundo, segundo um estudo realizado pela Canadean. O consumo per capita mundial da bebida é de 31 litros, contemplando desde 11 litros na África e 157 litros na América do Norte. A América do Norte se mantém, sem dúvida, como líder no consumo per capita de refrigerante, mas em termos de volume, em 2008, a região com mais de um quarto do volume mundial de vendas foi destronada como líder do mercado. A América Latina agora é dona da coroa, com uma expansão de 9%, o equivalente a cerca de 5 bilhões de litros, em 2008. O consumo de refrigerantes no Brasil também segue de vento em popa. Em 2009, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (Abir), o país consumiu 14,3 bilhões de litros. É inserido nesse negócio borbulhante que a Cia Metalic Nordeste, empresa da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e única fabricante de latas de aço de duas peças para bebidas nas Américas, desbravou as regiões Norte e Nordeste. Hoje, a companhia que tem planta fabril em Maracanaú (CE) produz 70 milhões de latas/mês para atender, principalmente, o mercado de refrigerantes, que responde por 80% dos negócios. Os outros 20% da produção são destinados para o segmento de cervejas. Nas regiões Norte e Nordeste, a empresa detém 34% de participação no mercado de latas metálicas para bebidas e 5% no mercado nacional. Desde o início de suas operações, em 1997, a Metalic construiu o seu negócio de olho no segmento de refrigerantes, produzindo latas de aço de 350ml. O primeiro cliente atendido pela empresa foi a Refrigerantes Vedete. Somente a partir de 2001, quando a empresa realizou a primeira expansão na sua linha de produção, ela passou a atender os grandes players do setor. Em 2007, a segunda expansão que permitiu ampliar a produção para 70 milhões de latas/mês, além disso a empresa realizou melhorias na tecnologia de controle de processo, na aplicação de vernizes e na utilização de aços mais finos. É o que conta Fábio Aquino Araújo, gerente comercial da Cia Metalic Nordeste. “A demanda de lata de aço

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Lata de aço de duas peças para bebidas começou a ser produzida no Brasil em 1997

CAPACIDADE MENSAL DE PRODUÇÃO DE LATAS DE AÇO 70 MILHÕES

para bebidas tem crescido 10% ao ano. Os envasadores têm investido bastante nessa embalagem em função de sua excelente apresentação no ponto de venda e também oferece melhor experiência de consumo ao consumidor”, afirma. As oportunidades de crescimento para a lata de aço, segundo Araújo, são grandes. “Estamos preparados para envasar sucos, chás, vinhos e aguardentes. Mas hoje a nossa capacidade de produção está no limite”, revela. “Por isso, estamos estudando a possibilidade de uma nova expansão nos próximos dois anos”, acrescenta.

48 MILHÕES

1997

2010

SEGMENTOS DE MERCADO 20%

80%

REFRIGERANTES CERVEJAS

Em 2008, a Cia Metalic do Nordeste investiu na introdução de uma lata de aço de 250ml para o segmento de refrigerantes. Para isso, a empresa investiu na adaptação da linha de produção, com novos equipamentos, como tecnologias para formação do corpo da lata e transportadores, para viabilizar a nova embalagem. “Hoje, a lata de 250ml representa 7% das vendas totais da empresa”, diz Araújo.

Foto: Divulgação

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NOVOS MERCADOS [ BEBIDAS ]

Outra frente de negócio da empresa é a produção de tampas de aço. Com um volume de produção de 1,6 bilhões de tampas/ano, a Metalic exporta para fabricantes de latas de bebidas da América do Sul, América Central e Europa. “As exportações de tampas representam 15% do nosso faturamento”, afirma o gerente comercial. Sobre o futuro do mercado de latas de aço para bebidas, Araújo é otimista. Ele acredita que se trata de um segmento extremamente promissor dada as características da matériaprima. “A lata de aço pode percorrer longas distâncias sem prejuízos ao produto”, exemplifica. “Há uma viabilidade muito grande para a lata de aço no Nordeste, já que ela é reconhecida como uma embalagem que atende INFORMAÇÕES às expectativas dos con- CIA METALIC NORDESTE Tel.: (85) 3299-7300 | www.metalic.com.br sumidores.” (M.H.)

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I N O VA Ç Õ E S D A E M B A L A G E M D E A Ç O

Extraordinárias latas de aço

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A

s inovações dos produtos e processos dos fabricantes de latas de aço, em diversos segmentos em que são utilizadas, além de possibilitarem uma grande melhoria de desempenho, também promovem rupturas nos hábitos dos consumidores. A penetração dessas novidades sobre os hábitos dos consumidores pode ser percebida na sua forma de comprar.

No setor de alimentos, por exemplo, o consumidor passou a adquirir produtos prontos e semipreparados, vendidos em latas de aço mais práticas e seguras, com tampas diferenciadas e inovadoras. Segundo a Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço), houve no Brasil um aumento de 10% no consumo de conservas enlatadas no primeiro semestre de 2010 em comparação ao mesmo período de 2009. Este resultado reproduz o grande investimento em pesquisa desses fabricantes. No ano passado, de acordo com a Abeaço, houve cerca de 90 lançamentos de embalagens de aço no Brasil e mais de 4.200 em todo o mundo.

Nesta área, a Metalgráfica Rojek fez história. Inovação, produtivi1995: Tampa dade e tecnologia abre-fácil inovou na categoria permitiram à emde conservas presa promover uma alimentícias grande mudança nos hábitos dos consumidores ao lançar uma tampa cuja abertura é feita simplesmente retirando-se o lacre externo, quando se desfaz o vácuo, a tampa se solta nas mãos. O sistema inédito dispensa o uso de abridores EDITORA BANAS

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Latas de aço inovadoras conquistam espaços nos pontos de venda e introduzem mudanças na experiência de consumo do consumidor

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I N O VA Ç Õ E S D A E M B A L A G E M D E A Ç O

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de latas e, por isso, atrai a atenção dos consumidores interessados em segurança, funcionalidade e conforto. Disponibilizada comercialmente em 1990, a tampa foi usada inicialmente para o fechamento de embalagens de vidros do setor de lácteos, mas logo vários outros segmentos se interessaram pelo sistema. E, em 1995, também passa a ser usada no fechamento das novas latas de conservas alimentícias. Segundo Luiz Antonio Cypriano, gerente de processos da empresa, o desenvolvimento do sistema demorou cerca de 18 meses. “O tempo entre a realização de ferramentais, amostras e adaptação de todo o processo para o fechamento da tampa somente com a formação de alto vácuo”, explica o gerente.

Fotos: Divulgação

No segmento de tintas, a inovação da Brasilata foi radical ao desenvolver uma lata de aço com um sistema de fechamento Plus totalFechamento mente diferente do Plus mudou fechamento por traum conceito utilizado vamento mecânico desde 1905 utilizado por quase um centenário. “O fechamento convencional de latas de aço por atrito foi criado em 1905 e nunca foi mudado, porque é uma solução sensacional. Muitas tentativas foram feitas para modificá-lo, mas nunca conseguiram uma solução melhor’, diz Antonio Carlos Teixeira Álvares, CEO da Brasilata.

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Quando a empresa recebeu, em 1995, a solicitação de um de seus clientes, a Sayerlack, para a produção de uma lata redonda para tintas mais barata, a empresa que já havia desenvolvido uma solução para lata grande para atender outro aspecto, chegou ao fechamento Plus. “O sistema é mais fácil de abrir e de fechar, ao mesmo tempo em que dificulta a violação,

Luiz Antonio Cypriano, gerente de processos da Rojek

Rogério Byczyk, gerente de marketing da Predilecta Alimentos

além disso, gasO desenvolvimento do sistema abre-fácil ta 20% menos demorou cerca de 18 meses de aço na tampa e no anel. uma lata com tampa abre-fácil, pois é Foi uma solução radical. De 1997 atraído pela praticidade e a segurança para cá, a Brasilata que tinha 15% do de um produto assim inovador”, resmercado de latas de 3,6 litros hoje tem salta Byczyk, da Predilecta Alimentos, 50%’, explica o executivo. uma das primeiras indústrias a utilizar DESTAQUE NA GÔNDOLA a tampa abre-fácil em seus produtos na década de 90. Os maiores impactos da revolução feita por latas singulares e inovadoras podem ser percebidos na gôndola. Em tempos de disputa cada vez mais acirrada por um espaço de destaque nelas, a embalagem com novos recursos é preferida pelos clientes. Portanto, a indústria se volta cada vez mais para entender a informação que atrai o consumidor diante das gôndolas e, em geral, se decide em segundos pela compra. De acordo com Rogério Byczyk, gerente de marketing da Predilecta Alimentos, o produto que apresenta algum aspecto novo consegue atingir um novo nicho de consumidores que se identificam com aquele recurso. “O consumidor tem uma percepção diferente do produto, quando está diante, por exemplo, de

Umas das primeiras a utilizar a tampa abre-fácil

Embalagens protegidas contra falsificações também têm destaque entre os consumidores que buscam produtos de qualidade. Segundo Nicolae Budu, diretor de operações da AkzoNobel Tintas Decorativas para América Latina, os produtos que saem prontos da fábrica possuem tampas com fechamento Plus. Aqueles que são tingidos nas lojas recebem tampas com fechamento BiPlus, desenvolvidos pela Brasilata. “Tais inovações protegem os usuários finais de falsificações e outras ações danosas, além de preservar a imagem e reputação da empresa no mercado”, afirma ele.

NOVIDADES À VISTA De olho em novos segmentos de mercado, este ano a Metalgráfica Rojek disponibiliza novas latas com a consagrada tampa abre-fácil para alimentos cozidos no vapor

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forno micro-ondas. Segundo Fabio Braga, gerente de embalagens da CSN, o principal desafio no desenvolvimento do produto, que na Europa e na América do Norte já é bastante difundida, foi a escolha do verniz especial que reveste a em-

O segmento “single” tem atraído a atenção de muitas indústrias de alimentos que investem cada vez mais em inovadoras embalagens com porções menores semiprontas ou prontas. Estas soluções também atraem famílias que não têm con-

Antonio Carlos Teixeira Álvares, CEO da Brasilata

dições de fazer as refeições juntas e optam por pratos individuais. Com a produção dessa lata, a empresa enxerga nesse perfil de consumidor o potencial de penetração do produto. “O crescimento da demanda por embalagens para proporções menores e mais práticas tornou-se uma grande oportunidade para a lata de micro-ondas desenvolvida pela Prada. Agora, o tempo de preparo de uma refeição leva alguns segundos, na qualidade de uma comida caseira”, diz Braga. (A.B.)

Fotos: Divulgação

balagem tanto internamente como que dispensa o uso de conservantes. O processamento chamado de externamente, suportando o calor solid pack nasceu da parceria com a gerado pelas ondas do micro-ondas. Universidade Estadual de Campinas Mas inovação e tecnologia requerem (Unicamp)) e com o apoio da Fundainvestimento e muita pesquisa, porção de Amparo à Pesquisa do Estado tanto, para desenvolver este produto, de São Paulo (FAPESP). “Após 30 que demorou cerca de cinco anos, a meses de pesquisa, alimentos como área de desenvolvimentos da Prada milho, ervilha, grão-de-bico, feijão com a CSN realizou inúmeros testes branco, seleta de legumes e soja são para garantir uma embalagem prátiprocessados apenas com um pequeno ca e segura. residual de salmoura o que é popuA embalagem, que também pode larmente denominado de cozido no ser levada ao forno convencional, vapor”, explica o gerente de pronão precisa de refrigeração e pode cessos, Luiz Antonio ser 100% reciclável. Cypriano. De acordo Segundo o gerente, De 1997 para com ele, o processo sua forma cilíndrica de esterilização por cá, a Brasilata permite um melhor cozimento no vapor que tinha 15% do desempenho no fortambém pode ocorrer mercado de latas no micro-ondas, pois somente com água, proporciona o aqueeliminando assim de 3,6 litros hoje cimento uniforme do todo o sódio e o açútem 50% alimento. car e beneficiando os O investimento inicial consumidores que buscam produtos naturais. para lançá-la foi de aproximadamente R$ 3 milhões, porém para produOutra novidade no mercado é da ções em alta escala é necessário um Companhia Metalúrgica Prada, investimento maior que dependerá empresa da Companhia Siderúrgica do projeto e da necessidade de cada Nacional (CSN), que lançou uma cliente. lata de aço que pode ser levada ao

INFORMAÇÕES ABEAÇO Tel.: (11) 3842-9512 | www.abeaco.org.br AKZONOBEL www.akzonobel.com/br BRASILATA Tel.: (11) 3619-4020 | www.brasilata.com.br CSN Tel.: (11) 3049-7100 | www.csn.com.br METALGRÁFICA ROJEK Tel.: (11) 4447-7900 | www.rojek.com.br PRADA Tel.: (11) 5682-1000 | www.prada.com.br

2010: lata de aço desenvolvida pela Prada vai ao micro-ondas para atender ao apelo de praticidade

PREDILECTA ALIMENTOS Tel.: (16) 3383-4100 | www.predilecta.com.br

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caderno especial

MEIO AMBIENTE

Protegendo o meio

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m harmonia com o planeta, a reciclagem da lata de aço permite reduzir o uso de matéria-prima, o impacto dos aterros, reduzir a emissão de gás carbônico, reduzir o consumo de energia. no Brasil, segundo a associação Brasileira de Embalagem de aço (abeaço), a reciclagem da lata de aço começou na década de 70, mas se firmou nos anos 80. os dados do período de 2005 a 2009 mostram o crescimento da reciclagem de latas no País. o índice de reciclagem de latas de aço saltou de 18% para 47%. apesar disso, esse percentual ainda é baixo se considerado à Europa, por exemplo, onde o índice de reciclagem de latas de aço é de 70%, segundo a associação Europeia de Fabricantes de Latas de aço (apeal). Já a reciclagem de latas de aço para bebidas segue de ven49% 49% 47% 81,5% to em popa desde a criação do programa 27% reciclaço, criado 18% 27% em 2001, pela Cia Metalic nordeste, empresa da Com2005 2006 2007 2008 2009 2000 2009 panhia siderúrgica nacional (Csn). trata-se de um programa sem fins lucrativos que visa a recuperar as latas de aço de duas peças para bebidas pósconsumo. Fábio aquino araújo, gerente-comercial da Metalic, conta que para desenvolver a logística reversa das latas de aço, a empresa buscou o apoio da Collect-a-Can, uma empresa que nasceu da joint-venture entre a arcelorMittal south africa e a nampak, que promove a recuperação e a reciclagem de latas de bebidas pós-consumo e outras latas de aço na África do sul, desde 1993. “adotamos os mesmos processos de logística reversa da Collect-a-Can”, revela. Fonte: Abeaço

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Fonte: CSN

ÍNDICE DE RECICLAGEM DE LATAS DE AÇO PARA BEBIDAS NO BRASIL

ÍNDICE DE RECICLAGEM DE LATA DE AÇO NO BRASIL

o programa mantém uma rede credenciada de 70 sucateiros masters que recebe as latas de aço de bebida pósconsumo e é responsável pela entrega da sucata nas usinas siderúrgicas da Gerdau onde se dá o reaproveitamento do aço como vergalhão na construção civil, chapas para indústria automotiva etc. “os sucateiros masters recebem r$ 0,30/kg de latas de aço de bebida pós-consumo. o dinheiro é repassado para os catadores e as cooperativas de reciclagem”, explica araújo. no ano passado, o reciclaço recolheu 24 mil toneladas de latas de aço de bebida pós-consumo e o índice de reciclagem alcançou a taxa de 81,5%. Para se ter uma ideia da dimensão do crescimento, no ano 2000, antes do início do reciclaço, o índice de reciclagem de latas de aço para bebidas era de 27%. Esse índice de reciclagem, segundo o gerente comercial, é auditado pela empresa ErM Brasil – Environmental resources Management – especializada em logística reversa e resíduos sólidos. no período de 2000 a 2009, o programa já coletou mais de 135 mil toneladas de latas de aço para bebidas pós-consumo. “o reciclaço foi criado com base em dois pilares: educacional e econômico. ou seja, o objetivo é aumentar a consciência ecológica por meio de distribuição de cartilhas nas escolas fundamentais das regiões norte e nordeste (mais de 20 mil já foram distribuídas para os alunos) e promover a inclusão social de catadores e cooperativas de reciclagem”, explica. Hoje o programa mobiliza 15 mil famílias de catadores do norte e nordeste.

Foto: iStockphotos

A reciclagem da lata de aço começou na década de 70 no Brasil. Hoje o índice de reciclagem já é de 47%. Já a reciclagem de lata de aço para bebidas é de 81,5%

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vestindo mais financeiramente, além da maior credibilidade do Aprendendo com o Lataço junto às escolas e professores.”

eio ambiente Em outra frente, o programa também atua diretamente em eventos populares do Norte e Nordeste, como Carnaval, micaretas, Festa de São João, Vaquejadas, entre outros, em parceria com os sucateiros credenciados e os catadores para a coleta das latas de aço de bebidas pós-consumo. “É uma iniciativa que começou em 2002 e vem se aprimorando a cada ano. Estamos mais próximos das cooperativas de reciclagem e os catadores estão mais experientes. Hoje é uma atuação mais unida e a lata de aço tem valor importante”. “No Carnaval de 2010, em Recife (PE), por exemplo, foram coletadas 158 toneladas de latas de aço de bebida”, revela Glenio Vasconcelos, coordenador do Programa Reciclaço.

Foto: Divulgação

O desafio, segundo Araújo, é aumentar a base de sucateiros credenciados no programa Reciclaço, já que muitos ainda não têm estrutura para fazer a logística reversa, ou seja, galpão e transporte para fazer a entrega na Gerdau, além de ampliar a proximidade com os catadores e as cooperativas de reciclagem. Além da reciclagem de latas de aço para bebidas pós-consumo, a Metalic também trabalhou na redução de peso da embalagem. Araújo conta que a lata de aço de 350ml saiu de 32 g, em 2007 para 27 g,

em 2010, uma redução de 16%. “A redução do peso só foi possível graças ao Centro de Pesquisa da CSN, fabricante da folha de flandres para latas, que conseguiu diminuir a espessura do material, preservando as características inerentes à embalagem”, acentua Araújo.

Projeto dissemina a sustentabilidade

Com oficinas de sucata e maquetes sobre a cadeia produtiva da lata de aço, o projeto educativo Aprendendo com o Lataço, criado em agosto de 2007, pela Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço), quer disseminar a sustentabilidade. Já atendeu gratuitamente mais de 28 mil jovens entre 6 e 12 anos, alunos de colégios públicos e privados da capital paulista e Grande São Paulo. Desde o seu início, o projeto já atendeu 103 escolas públicas, 48 particulares e 26 instituições na grande São Paulo. O projeto presencial acontece durante quatro meses divididos em semanas dos meses letivos do ano. Em 2007, no início do projeto, foram realizados 4391 atendimentos. No ano passado, foram 12871 atendimentos. Thais conta como a entidade conseguiu ampliar esse número. “Por meio dos esforços da Abeaço e seus parceiros e associados, principalmente, maximizando os resultados e inProjeto educativo já atendeu mais de 28 mil jovens

O número de atendimentos de 2009 também foi expressivo em relação a 2008. “O crescimento de quase 20% em relação ao ano passado é a resposta às empresas parceiras do programa que contribuem para que as oficinas do Lataço cheguem aos colégios e outros locais, como feiras e eventos, de diversas regiões da cidade”, afirma Thaís Fagury, gerente executiva da Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço). “O projeto é 100% verba da associação, que acredita firmemente na disseminação do conceito de sustentabilidade por meio da educação.” A eficiência do projeto, segundo Thaís, é medida. “As escolas visitadas recebem um questionário de monitoramento dos alunos atendidos, os quais são preenchidos por professores, coordenadores e diretores das instituições de ensino. O questionário final se transforma em um relatório balizador para a associação. Desde o início, só obtivemos resultados positivos, o que nos mostrou que estávamos no caminho certo. Recebemos frequentemente ligações de pais e irmãos dos alunos sensibilizados elogiando o programa. As crianças são as nossas sementes”, destaca. Há muitos planos para a expansão do projeto para outras cidades e/ou outros Estados, mas de acordo com a gerente executiva da Abeaço, a verba é restrita. “Estamos fazendo a multiplicação do conteúdo por meio do portal de atividades do programa www.lataco.com. br – ensino a distância. No site, temos uma série de atividades para serem aplicadas nas salas de aula, incluindo os planos de aula para os professores e orientadores. Temos ainda as atividades lúdicas do site Zip Zap Zup desenvolvidas por profissional especializado. O programa presencial busca hoje colaboradores para a expansão. Mas, ainda no segundo semestre, teremos novidades”, adianta. (M.H.) INFORMAÇÕES Abeaço Tel.: (11) 3842-9512 | www.abeaco.org.br Cia Metalic Nordeste Tel.: (85) 3299-7300 | www.metalic.com.br

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ARTIGO

Lata de aço comemora dois séculos sem poluir a natureza Foto: Divulgação

Embalagem garante segurança alimentar mesmo em situações de calamidade pública, além de ser 100% reciclável ANTONIO CARLOS TEIXEIRA ÁLVARES*

E

m 25 de abril de 1810, Pierre Durand, um francês emigrado para o Reino Unido, obteve a patente de número 3372 do rei George ii para produzir latas de aço estanhado para conservas alimentícias. Por outro lado, a descoberta do processo de conservação dos alimentos surgiu em 1795, quando outro francês, o confeiteiro Nicolas Appert desenvolveu um sistema que consistia em colocar o alimento em recipiente hermeticamente fechado e esterilizá-lo a 100ºC. Appert passou a explorar a sua descoberta, utilizando garrafas de vidro seladas com cortiça e arame. O grande mérito foi ter substituído o vidro, que era considerado pesado e ao mesmo tempo frágil, pela lata de aço, que por sua resistência suportava o transporte a longas distâncias, geralmente feito, na época, em condições precárias. INOVAÇÃO RADICAL NO INÍCIO DO SÉCULO XIX A lata de aço foi realmente uma inovação radical para a época. Há 200 anos, não existia refrigeração. Defumar ou secar as proteínas animais e vegetais eram as únicas alternativas para a conservação dos alimentos. Nos seus primórdios, a lata de aço era extremamente resistente e, para ser aberta, exigia o uso de martelo e punção. O abridor de latas só viria a ser inventado em 1858, pelo americano Ezra Warner, que patenteou o utensílio naquele ano. Ao longo de dois séculos, a lata de aço passou por várias modificações até chegar aos formatos atuais, produzidos com diferentes espessuras de folha de aço, em formas expandidas e diferenciadas. 100% RECICLÁVEL, A LATA SE TORNA NOVAMENTE AÇO E REDUZ A “PEGADA” DE CARBONO A lata de aço é 100% reciclável e, ao ser reciclada, retorna à condição de matériaprima inicial, ou seja, o aço. Esse é um aspecto fundamental, uma vez que as latas de aço representam menos de 1,5% do total de aço produzido no mundo, ou seja, o mercado de sucata de latas vazias depois de utilizadas é, muitas vezes, superior à sua geração. Por outro lado, a propriedade dos metais de não sofrerem nenhuma degradação no processo de reciclagem permite que a sucata metálica ofereça alta demanda e com isso atinja preços que tornam econômica a sua utilização. Portanto, a reciclagem dos metais (tanto aço quanto alumínio) é economicamente vantajosa. O índice atual de reciclagem da lata de aço no Brasil é 49%, porém atinge a média de 70% na União Europeia e é superior a 93% na Bélgica. Para apagar a pegada de carbono (carbon footprint) das latas metálicas (de aço ou de alumínio) basta implantar políticas eficazes de coleta dessas embalagens após o uso. No caso extremo em que as latas de aço não sejam coletadas por consumidores e enviadas para o lixo, a sua separação dos outros materiais pode ser feita com relativa facilidade, com o uso de eletroímãs. Por último, mesmo na ocorrência da indesejável hipótese da lata de aço ser abandonada na natureza, a sua degradação ocorreria 54

em média em cinco anos ao fim dos quais retornaria ao solo na forma de óxido de ferro não poluente. Sem dúvida, os fatos reais demonstram que a lata de aço é uma embalagem fortemente sustentável o que, apesar dos seus 200 anos de história, a torna extremamente atual. Talvez até por causa disso, o setor parece ter se descuidado de promovê-la não só no Brasil, mas também em muitos outros lugares do mundo. Afirmo isso com a visão global de vice-presidente da international Packaging Assotiation (iPA) (www.ipacan.com), que congrega atualmente 16 fabricantes independentes de latas de aço nos cinco continentes. A LATA DE AÇO É POUCO PROMOVIDA Além de não promover a lata de aço, a cadeia produtiva das latas de aço não tem nem mesmo se defendido adequadamente de grandes inverdades. Um exemplo é a afirmação que consta em muitas publicações de que a lata de aço demora 100 anos para se degradar enquanto a literatura especializada demonstra que, após abandonada na natureza, o prazo médio de degradação é de cinco anos. Ao afastar a hipótese de má-fé, cabe indagar a razão de um equívoco tão absurdo (100 anos) aparecer com frequência em vários países diferentes do planeta. Analisando melhor o fato, chego à conclusão de que é bem provável que a alta durabilidade da lata de aço, quando cheia e armazenada em condições apropriadas, teria induzido

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algumas pessoas a imaginar que o mesmo fenômeno deveria acontecer com a lata vazia abandonada na natureza. De fato, existem registros históricos da longa durabilidade das latas de aço cheias e bem armazenadas. Em um desses casos a durabilidade comprovada da lata e do alimento envasado superou a marca de 100 anos. É o caso de uma das primeiras latas fabricadas: uma lata de quatro libras de vitela assada, produzida pela empresa inglesa Donkin and Gamble. Essa lata participou da terceira viagem do capitão W.E. Parry na expedição voltada ao descobrimento da Passagem Noroeste (nome da ligação marítima entre o sul da Groenlândia e o Alasca) em 1824. A lata não foi usada e, sem ser aberta, foi enviada com os pertences da expedição para um museu até 1938, quando então foi aberta para análise química. Os pesquisadores relataram que, decorridos 114 anos, a carne estava em condição praticamente perfeita e mantinha aparência similar a uma vitela cozida com coloração rosada e uma camada branca gordurosa. A carne foi servida a ratos por 10 dias que a comeram avidamente sem prejuízos à saúde. Evidente que não passa pela cabeça de ninguém sugerir o consumo de um alimento após 114 anos de fabricação, porém o registro histórico comprova o que todos sabemos: a lata de aço dá excelente vida de prateleira aos alimentos industrializados. Ela protege os alimentos da oxidação causada pela luz e pelo oxigênio, preservando as características originais dos produtos. Também é indicada para enfrentar situações de calamidade pública como enchentes e terremotos. Entretanto, histórias, como essa, podem ter gerado equívocos como o de afirmar que “a lata demora 100 anos para se degradar”. O que é um erro grosseiro. A lata de aço se degrada no prazo médio de cinco anos. Essa conclusão está demonstrada no livro “Os Bilhões Perdidos no Lixo”, da Editora Humanitas, de autoria do professor Sabetai Calderoni, consultor da ONU e pesquisador na área de resíduos sólidos. Recente estudo do Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea) também comprovou a corrosão completa de latas de aço no prazo de quatro anos. Cabe a toda cadeia produtiva promover a lata de aço. Rebater firmemente as inverdades contra ela e esclarecer o poder público sobre as reais propriedades da lata de aço e de sua facilidade de coleta, separação e reciclagem. Ao comemorar 200 anos como embalagem segura e não poluente, a lata de aço continua a contribuir para a preservação da natureza e, justamente por essa razão, continua, nos dias de hoje, atualíssima. *Antonio Carlos Teixeira Álvares é CEO da Brasilata Embalagens Metálicas, presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Estamparia de Metais – SINIEM, professor da FGV/EAESP e vice-presidente da International Packaging Association (IPA)

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guia de máquinas e equipamentos

ROTULADORAS > ROTULADORA DE AUTOADESIVOS PETIT Ideal para baixos volumes, a rotuladora de autoadesivos Petit, comercializada pela Narita, oferece set-up rápido e sem uso de ferramenta e versatilidade em diâmetros. Opera com frascos com diâmetro máximo de 250 mm e mínimo de 20 mm, altura máxima do rótulo de 160 mm e mínima de 23 mm. Admite capacidade de produção de até 1000 frascos/h. NARITA Indústria e Comércio Ltda. Tel.: (11) 4352-3855 | www.narita.com.br

ROTULADORA AUTOMÁTICA LINEAR ESSENCIAL A rotuladora automática autoadesiva linear Essencial, da P.E. Latina, é indicada para aplicação de rótulos e contra-rótulos em frascos de superfície plana e/ou abauladas e aplicação de rótulos parciais ou envolventes em frascos cilíndricos. Apresenta estrutura modular, robusta, além de cabeçotes acionados por motor de passo, sistema easy set-up (fácil e com precisão garantida pelos indicadores de posição) e manípulos de regulagem mecânica destacados na cor vermelha. Possui ainda controle de velocidade variável e IHM, facilitando operação nas regulagens eletrônicas. Opera com velocidade de até 18 mil embalagens/h. P.E. Latina Máquinas de Rotulagem Ltda. Tel.: (11) 3744-1430 | comercial@pelatina.com

ROTULADORA AUTOMÁTICA TRONICS INTERNATIONAL A rotuladora automática Tronics International foi desenvolvida para aplicação de rótulos autoadesivos em frascos cilíndricos, retangulares, ovais, além de bombonas, baldes, tambores, frascos ampolas, seringas, caixas, entre outros. Possui acionamento microprocessado totalmente intertravado, com movimentos acionados por motores de passo, sensores fotoelétricos que detectam os frascos em todas as fases de rotulagem e sensores intertravados ao sistema microprocessado de comando que detectam cada rótulo individualmente, garantindo absoluta precisão na rotulagem. Além de sensores para inspeção de rótulos e grande versatilidade e reduzido tempo de set-up, praticamente, sem troca de peças. Proporciona precisão de aplicação, com desvios menores de 1 mm, dependendo dos frascos. Opera com velocidade ajustável de aplicação de até 200 frascos/min. LABEL FIX Comércio e Serviços Ltda. Tel.: (11) 3744-2669 | lfix@labelfix.com.br

ROTULADORA SEMIAUTOMÁTICA SR A rotuladora semiautomática, modelo SR, da Tudela, é indicada para frascos cilíndricos. A alimentação é manual, bastando que o operador coloque a embalagem sobre o berço. A descarga do frasco rotulado é automática. Pode rotular frascos de tamanhos variados, trocando o berço rotativo, inclusive na frente e no verso simultaneamente. Estão disponíveis acessórios, como datador hot-stamping e o conjunto para aviso de fim de bobina. Opera com capacidade de produção de até 2500 frascos/h, dependendo do tamanho do rótulo e precisão de colocação de 1,5mm. TUDELA Ind. Com. Máquinas Ferramenta Ltda. Tel.: (11) 2295-7235 | tudela@tudela.com.br

ROTULADORA DE COLA QUENTE CONTIROLL HS A linha de rotuladoras Contiroll HS, de alta velocidade, da Krones, é voltada para o mercado de refrigerantes em PET. A máquina trabalha com uma pequena quantidade de cola e, apesar de a cola ser mais cara, o custo operacional é menor. O rótulo adquire resistência à umidade e não se desprende facilmente. Os novos conceitos de acionamento para porta-bobinas, sobre o qual estão fixadas as bobinas de etiquetas, um servomotor permite uma partida imediata da máquina. A unidade de corte também é acionada pelo servomotor. Graças à mudança rápida de cilindro de transferência por vácuo, desprovido de pinças de agarre, pode-se usar uma única Contiroll HS para a rotulagem de diferentes tamanhos de garrafas, com as mais variadas velocidades. Podem-se obter, com a mesma rotação, mas com diferentes passos do cilindro de vácuo, velocidades de 22.500 garrafas/h até 67.500 garrafas/h, com rótulos de comprimentos de 240 até 600 mm. A mudança de um tipo de garrafa para outro não requer mais do que 10 minutos. KRONES do Brasil Ltda. Tel.: (11) 4075-9500 | marketing@krones.com.br

ROTULADORA AUTOMÁTICA MANGA RMP-MG 2 L Indicada para frascos cilíndricos e retangulares de polietileno (PE) de até 2 litros, a rotuladora automática manga RMP-MG 2 L, da Metapack, opera com capacidade de produção de até 50 frascos/min. Os rótulos vêm em bobinas e são desfragmentados por meio das pinças móveis. O desbobinador possui prato com freio ajustável para evitar trabalho desnecessário do equipamento. A alimentação da rotuladora é controlada por sensor, com parada de esteira. Já a alimentação do rolo é feita por motorredutor e controlado por CLP, com grande capacidade de armazenamento em sua memória de tamanhos diferentes de frascos e rótulos. Possui ainda sensor de falta de frascos e sensor de linha cheia. METAPACK Máquinas Embalagens Ltda. Tel.: (54) 3454-9215 | www.metapack.ind.br

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guia de máquinas e equipamentos

SELADORAS > SELADORA CONTÍNUA ROADPRESS A JHM Máquinas produz seladora contínua Roadpress para altas produções. Possui CLP para ajuste de velocidade e temperatura, além de vários desenhos na selagem, dependendo do tipo de embalagem e escorregador ou esteira, dependendo do peso do produto. Permite impressão em relevo, val/fab/lote ou outra informação na selagem. Opera com capacidade de 20 mil selagens/dia. JHM Máquinas Ltda.

Tel.: (11) 4723-3744 | jhm@jhm.com.br

SELADORA INDUSTRIAL JETFIX Indicada para produtos secos, resfriados ou congelados (até – 40ºC negativos), a seladora industrial Jetfix, da Tecmaes, aplica uma fita adesiva na embalagem, lacrando o produto. Permite que os produtos sejam controlados por detectores de metal. Trabalha com capacidade de 800 até 1000 embalagens/h. TECMAES Tecnol. Máq. Especiais Ltda. Tel.: (14) 3302-2222 | www.tecmaes.com.br

SELADORA SEMIAUTOMÁTICA EPET SLI 1622 A A seladora semiautomática EPET SLI 1622 A apresenta barra de selagem revestida de PTFE antiaderente, garantindo uma selagem limpa e firme, sem fumaça de poluição. A função superaquecer protege e estende o tempo de vida. A mão de aperto protege o dispositivo, evitando que o produto seja danificado por equívoco, e o operador. O ímã duplo aumenta a força de vedação, garantindo uma vedação firme. Oferece fácil ajustamento da selagem e tempo da esteira, além de rápido carregamento de filme, design e PIN dispositivo de perfuração avançado. EPET Br. C. Imp. Exp. Maq. Equip. Ltda. Tel.: (11) 2076-0021 | www.epet.ind.br

SELADORA A VÁCUO DE CÂMARA BAIÃO

Com estrutura robusta construída em aço inox 304, a seladora a vácuo de câmara, da R. Baião, possui visor lateral do nível de óleo e ventilador de painel para resfriamento do compartimento. Seu painel oferece prático manuseio e a tampa de acrílico permite acompanhar o processo do vácuo que é todo automático. A solda é dupla paralela, com a opção de cortar e selar a embalagem. A barra de solda inox e a resistência são de fácil remoção para a manutenção e limpeza da máquina. Estão disponíveis opcionais, como barra de solda dupla, modelos de mesa e de gabinete, em vários tamanhos, e adaptação para atmosfera modificada. R. BAIÃO Indústria Comércio Ltda. Tel.: (32) 3539-3293 | vendas@rbaiao.com.br

SELADORA WS-AR

Com design diferenciado e estrutura metálica prática, a seladora WS-AR, da Waig, é indicada para sacos plásticos de 200 g a 60 kg. Possui esteira alimentadora com 2,5 m de comprimento por 12” de largura, dois motorredutores trifásicos 1/3 HP blindados com graxa permanente, dispositivo alimentador por meio de duas correntes sincronizadoras com tensiores e controle de temperatura digital microprocessada. Além de duas resistências de 800 watts, guias laterais para proteção da embalagem e pintura eletrostática. Opera com velocidade de solda de 15 m/min. Está disponível em 220 ou 380 v. WAIG Industrial Ltda. Tel.: (19) 3446-6400 | www.waig.com.br

SELADORA AUTOMÁTICA SEAL LINE 2 Desenvolvida para trabalhar na horizontal e na vertical, a seladora automática Seal Line 2, da Lucchitronic, sela, recrava com data (validade, vencimento), lote, logotipos e telefone. Possui mordentes em latão, resistência tubular interna em aço inox, controlador de temperatura e ajuste de velocidade. A seladora foi projetada para melhor visualização e segurança por meio da proteção de vidro temperado. Pode ser fornecida com pedal eletrônico. Sela até 3500 embalagens/h. LUCCHITRONIC Com. Máq. Seladoras Ltda. Tel.: (11) 2916-9738 | vendas@lucchitronic.com.br

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notas técnicas TERMOFORMADORA A Margon comercializa uma termoformadora indicada para embalar produtos alimentícios líquidos e pastosos em bandejas de 6, 4 ou 2 potes. Essa máquina forma as bandejas, dosa o produto, data e sela a tampa de alumínio + poliéster. Entre os benefícios do equipamento, estão o custo da embalagem, que é 50% menor em comparação às embalagens pré-formadas, e as perdas de matériaprima de embalagem menores, que é 1%. MARGON Representações Ltda. Tel.: (11) 3831-0585 | margonpm@terra.com.br

PAPEL CARTÃO A Forest Paper comercializa o papel cartão Klabin, com curtíssimo prazo de entrega, em bobinas, resmas ou skids em dimensões de no mínimo 15 cm e máximo 2 m, de acordo com a necessidade do cliente. O papel cartão tem uma camada superior composta por celulose branqueada revestida em couché e outra camada mista de fibra longa e curta. É ideal para embalagens que necessitam de resistência e qualidade de impressão. FOREST PAPER Ind. Com. de Papel Ltda. Tel.: (11) 3849-5300 | www.forestpaper.com.br

SISTEMA DE TRANSPORTE POR CORRENTES O sistema de transporte por correntes Varioflow, da Bosch Rexroth, é indicado para o transporte de vários tipos de produtos para as mais diversas aplicações industriais. O sistema alcança forças de tração de até 1250N, transportando produtos de diversos tamanhos sem provocar enroscamento. Baseado em sistemas modulares padronizados e grande variedade de acessórios, sua montagem é rápida e simples. Disponível em alumínio ou em aço inoxidável, o transportador pode ser utilizado em diferentes condições de trabalho, podendo chegar até a temperatura de 60ºC. BOSCH REXROTH Ltda. Tel.: (11) 4414-5600 boschrexroth@boschrexroth.com.br

CONTROLADOR DE TEMPERATURA MULTIZONA O controlador de temperatura da Serie M, comercializado pela Incoe, pode ser montado para abranger até 128 zonas de aquecimento em moldes, possibilitando o controle individual de buchas e manifolds em sistemas de câmara quente de múltiplas cavidades. Possui software para controle PID contínuo e armazena na memória interna os dados de set up de até 16 moldes. A rampa de aquecimento de todas as zonas pode ser sincronizada, fazendo com que todas as zonas atinjam temperatura programada ao mesmo tempo, evitando superaquecimento. As placas de saída são individuais e do tipo plug in (5a ou 16a), facilitando a manutenção e o soft start pode ser ajustado de três maneiras: por tempo, percentual ou em graus por minuto. INCOE International Brasil Ltda. Tel.: (11) 4538-2445 | www.incoe.com

APLICADOR DE ADESIVO PULVERIZADO O aplicador de adesivo pulverizado Spray Jet, comercializado pela Multimaq, possui acionamento manual ou automático e componentes resistentes a produtos corrosivos. Oferece fácil regulagem e excelente precisão de vazão, além de fácil manutenção e limpeza. Trabalha com adesivos à de base água ou solvente. MULTIMAQ Pistolas Equipamentos para Pintura Ltda. Tel.: (51) 3364-5757 | vendas@multimaq.com.br

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notas técnicas MOINHO TRITURADOR O moinho triturador LDF, da NZ Philpolymer, possui rotor de facas confeccionado em aço de alta qualidade, facas de aço ajustáveis e de longa vida útil, facas estruturadas no rotor de forma a obter materiais moídos uniformes durante o processo, além de moinho de alta rotação. Oferece fácil manuseio, limpeza e montagem do equipamento, além de micro swith de segurança quando o equipamento encontra-se aberto a fim de evitar acidentes e caixa acústica emborrachada, evitando altos ruídos. NZ PHILPOLYMER Termoplásticos de Engenharia Ltda. Tel.: (11) 4716-3141 | www.gruponz.com.br

INJETORA ENVASADORA, SELADORA E DATADORA Construída em aço inoxidável e acabamento sanitário, a envasadora, seladora e datadora DMS 2000, da Dmom Máquinas, é indicada para o envase de produtos, como iogurtes, iogurtes + geleias, água mineral, sucos, requeijão, doce de leite, sorvetes, manteigas etc. Possui painel CLP, alimentação automática de copos ou potes, dosador volumétrico, alimentação automática do selo, selagem automática, datador automático tipo carimbo, entre outros. Opera com capacidade de produção de até 2000 potes/h. DMOM Máquinas Ltda. Tel.: (16) 3852-2001 www.dmom.com.br

Indicada para produção de peças de alta precisão e injeção de peças para embalagens alimentícias e médicas, entre outras, a injetora Romi El 150 pode produzir tampas para garrafas não-carbonatadas, em ciclos de 5,5 segundos, molde de 32 cavidades, com capacidade de produção estimada de 21 mil peças/h. Pode economizar até 80% de energia em relação a equipamento similar hidráulico, dependendo do ciclo, do material etc. Também economiza água em até 75%, tem nível de ruído dB. Permite total simultaneidade de movimentos, podendo obter uma redução de ciclo de até 25%. O painel de comando e-One apresenta novo comando eletrônico, além de ser equipado com monitor de 15” e interface touch screen.

Indústrias ROMI S/A. Tel.: (11) 3873-3388, injetora@romi.com.br

MICROSERRILHADORA A microserrilhadora de mesa, linha OS-350, da Mecanográfica, executa as funções de microserrilha, serrilha, vinco, meio corte, jato e corte, em toda a extensão da folha no sentido portrait e landscape; para papéis, etiquetas autoadesivas, vinil, PVC. Possui sistema automático para alimentar uma folha de cada vez. Possui bandeja com guias laterais, com capacidade de reabastecimento sem interrupção e sistema de serrilhamento e corte totalmente ajustáveis. Opera com largura útil máxima de 490 mm, dependendo do modelo. MECANOGRÁFICA & laser Ltda. Tel.: (11) 4413-2577 | www.mecanografica.com.br

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IMPRESSORA FLEXOGRÁFICA

Voltada para produção de rótulos e etiquetas, a impressora flexográfica modular Superflex Elite, da Etirama, opera com largura máxima de impressão de 250 ou 330 mm e comprimento de impressão de 500 mm. A unidade alimentadora apresenta elevador de bobinas com diâmetro máximo de 1000 mm, mandril expansivo pneumático com 3” de diâmetro, sistema de controle de tensão eletrônico; mesa de emenda rápida de material; alinhador de bordas eletrônico; e sensor de parada quando acaba a bobina. A unidade impressora é equipada com anilox cerâmicos (com lineatura a ser definida pelo cliente), lâmina raspadora, engrenagem do cilindro padrão com tratamento térmico de dureza e regulagem lateral e logitudinal do registro com a máquina em movimento. O sistema de secagem possui estufas com ventilação e exaustão de ar quente/frio, com sistema de pré-aquecimento central e controle individual de caloria entre cores. A unidade de corte e rebobinamento apresenta estágio de corte para uso simultâneo de até três facas rotativas (estágio triplo) e sistema de corte longitudinal. ETIRAMA Indústria de Máquinas Ltda. Tel.: (15) 3223-3332 | etirama@etirama.com.br

INSPEÇÃO E AUDITORIA A Roll-Tec tem uma equipe capacitada para auditoria em cilindros gravados a laser. Os cilindros são inspecionados segundo os mesmos critérios de inspeção dimensional da fabricação original, além disso, são verificados quanto à existência de defeitos, danos, mau uso e entupimento. A retícula é aferida, bem como o volume real. As informações são analisadas e compiladas em um relatório que traz identificação do cilindro, retícula l/cm aferida, micrografia ampliada, volume (bcp/pol2), desgaste e variações, dimensional: excentricidade total, diâmetro, paralelo, cilindricidade, danos na superfície e estado de entupimento das células.

ROLL-TEC Soc. Bras. Cilindros Rot. Ltda. Tel.: (11) 2462-9192 | ww.roll-tec.com.br

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POR UM PROGRAMA BÁSICO DE ENSINO DA EMBALAGEM

O

setor de embalagem tem enorme importância para o desenvolvimento industrial e econômico de um país. A embalagem é o resultado da ação de uma cadeia de produção complexa e multidisciplinar cuja participação viabiliza a distribuição dos produtos da indústria, garantindo que eles cheguem em perfeitas condições de consumo aos locais mais distantes. Uma atividade tão importante e estratégica para o país, sem dúvida, merece maior atenção para a formação de competências necessárias ao aperfeiçoamento do setor. Esse é um tema que tem sido objeto de discussões no Núcleo de Estudos de Embalagem da ESPM e também em outros fóruns, como o Comitê de Educação da Associação Brasileira de Embalagem (Abre), que reúne profissionais que também atuam como professores dessa disciplina. Por ser uma entidade voltada para o ensino da propaganda e do marketing, é natural que a ESPM se preocupe mais com a utilização da embalagem como ferramenta de marketing, já que essa função ganhou importância crescente com a ampliação das chamadas arenas de comunicação com o mercado. Hoje esse é o tema central na escola. Para o Núcleo, o marketing do produto deve levar em consideração as várias arenas onde a comunicação com o consumidor acontece. E, por suas características estruturais, a embalagem se tornou fator decisivo nesse novo cenário, uma vez que ela faz parte da maioria das atividades de marketing da empresa moderna. Sabemos que a embalagem, muitas vezes, é a única ferramenta que a maioria das empresas dispõe para competir. Daí a necessidade de utilizá-la da melhor forma possível. 64

Portanto, o ensino da embalagem precisa ser considerado dentro desse contexto. Precisamos gerar competências nas empresas para que elas utilizem todo o potencial das embalagens para o desempenho do produto no ponto de venda, a construção da marca e maior integração do produto com o consumidor com a propaganda e até mesmo com a presença da empresa na internet. Pouca gente se deu conta de que a embalagem é o veículo mais eficiente e barato para levar o consumidor ao site da empresa e do produto, promovendo maior integração entre eles. São tantas as possibilidades de utilização da embalagem como ferramenta de marketing que ela precisa ser contemplada nos cursos dessa disciplina, como módulo básico de formação, pois os profissionais de marketing precisam aprender a gerir esse recurso com mais competência. Fizemos um diagnóstico sobre a utilização da embalagem pelos gestores de marketing das empresas que mostrou que eles utilizam pouco esse precioso recurso por falta de conhecimento. Também é necessário estabelecer um programa básico que permita a inclusão do ensino da embalagem nos cursos de design e nos cursos técnicos que têm ligação direta com os produtos de consumo. Toda empresa conta com profissionais técnicos dedicados a sua gestão nas linhas de produção e de logística de distribuição e em suprimentos que poderiam se beneficiar de um conhecimento estruturado sobre o papel da embalagem como ferramenta de competitividade das empresas onde trabalham. No Brasil, o ensino da embalagem é incipiente e desestruturado, sem um programa padrão que proporcione o conhecimento básico para a compreensão de sua complexidade e alcance. É

necessário um programa que ensine o que é necessário para compreender a complexidade da cadeia produtiva da embalagem; suas interfaces; as funções básicas e mercadológicas; e a contribuição da embalagem para o marketing e o branding, além de ensinar o fundamental sobre sustentabilidade e a contribuição da embalagem para a sociedade em que vivemos. Muitos profissionais experientes, com longo tempo de trabalho no setor, poderiam se tornar professores, contribuindo para o ensino, se tivéssemos a disciplina de embalagem incluída de forma regular nos cursos que mencionei. Assim, a experiência desses profissionais ajudaria a difundir de forma qualificada o conhecimento necessário para que a embalagem seja mais bem utilizada e consequentemente mais valorizada pelas empresas. A embalagem precisa deixar de ser considerada apenas mais um dos insumos de produção para se tornar de fato aquilo que ela realmente é: uma poderosa ferramenta de marketing e de competitividade que tem impacto relevante nos negócios e no desempenho das empresas.

Foto: Divulgação

FABIO MESTRINER*

*Fabio Mestriner é professor coordenador do Núcleo de Estudos da Embalagem da ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing e coordenador do Comitê de Estudos Estratégicos da ABRE – Associação Brasileira de Embalagem

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embalagens, máquinas, equipamentos e acessórios

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47..............................................ABEAÇO...............................................................................................................................................www.abeaco.org.br 65..............................................ABIPACK........................................................................................................................................... www.abipack.com.br 3ª Capa.....................................ABRE....................................................................................................................................................... www.abre.org.br 31..............................................ART-TEC...............................................................................................................................www.arttecmaquinas.com.br 5................................................ARV........................................................................................................................................................... www.arv.com.br 4ª Capa.....................................BRAGA..................................................................................................................................................www.braga.com.br 44 e 45.....................................BRASILATA......................................................................................................................................www.brasilata.com.br 05..............................................BRASKEM.......................................................................................................................................www.braskem.com.br 61..............................................COLACRIL.......................................................................................................................................... www.colacril.com.br 62..............................................FASCREEN......................................................................................................................................www.fascreen.com.br 65..............................................FLUIR PNEUMÁTICA............................................................................................................ www.fluirautomacao.com.br 56 e 57......................................IBEMA.................................................................................................................................................www.ibema.com.br 31..............................................INDEMETAL GRÁFICOS.................................................................................................. www.indemetalgraficos.com.br 62..............................................INNOVIA FILMS..............................................................................................................................www.innoviafilms.com 63 e 66.....................................INSTITUTO DE EMBALAGENS................................................................................www.institutodeembalagens.com.br 19..............................................LAMIPACK......................................................................................................................................www.lamipack.com.br 21..............................................MAGNETEC...................................................................................................................................www.magnetec.com.br 65..............................................MAINARD.............................................................................................................................. www.mainard.com.br/shop 11..............................................MANULI FITASA........................................................................................................................ www.manulifitasa.com.br 41..............................................METALGRÁFICA RENNER............................................................................................. www.metalgraficarenner.com.br 65..............................................MN DESIGN..................................................................................................................................www.mndesign.com.br 65..............................................MOLTEC.............................................................................................................................................www.moltec.com.br 65..............................................MULTIPELL.......................................................................................................................................www.multipel.com.br 27..............................................MULTIPLUS.............................................................................................................................................www.mfe.com.br 17..............................................NOVELPRINT.................................................................................................................................www.novelprint.com.br 65..............................................PLASVIPACK................................................................................................................................ www.plasvipack.com.br 37..............................................PRADA................................................................................................................................................. www.prada.com.br 21..............................................RENOVE.............................................................................................................................. www.renovemaquina.com.br 13..............................................SELOVAC...........................................................................................................................................www.selovac.com.br 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