Revista Pack 174 - Fevereiro 2012

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www.pack.com.br

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ANO•14 FEVEREIRO

2 0 1 2

R$ 15,00

EMBALAGEM

TECNOLOGIA

DESIGN

INOVAÇÃO

SUSTENTABILIDADE As garrafas de vidro retornáveis ganham força no mercado de cervejas e refrigerantes

ENTREVISTA Miguel Bahiense Neto, presidente do Plastivida, defende o consumo consciente de sacolas plásticas

ORGÂNICOS GANHAM CADA VEZ MAIS ESPAÇO NO MERCADO Uma excelente oportunidade de negócio para a indústria brasileira de embalagens amigas do meio ambiente

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carta ao leitor

É JUSTO CONDENAR A SACOLA PLÁSTICA?

E

m tempo de sustentabilidade, a revista PACK não poderia deixar de repercutir o polêmico acordo voluntário entre o Governo do Estado de São Paulo e os supermercadistas paulistas que prevê a eliminação das sacolas plásticas do varejo. A campanha divide opiniões entre consumidores desinformados que defendem a iniciativa e consumidores que não querem ser penalizados com o fim das sacolas plásticas. Afinal, agora os consumidores terão que comprar uma sacola plástica retornável, além de sacos plásticos de lixo. A campanha defende o fim das sacolas plásticas para proteger o planeta. Mas, a sustentabilidade tem mais dois pilares: econômico e social. Há uma indústria por trás desse mercado que movimenta a economia, com um faturamento anual de R$ 500 milhões no Brasil. O que será dela e dos funcionários? Em entrevista concedida a PACK, Miguel Bahiense Neto, presidente do Plastivida, Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos, explicou que o setor pode estar destinado a acabar, já que as empresas só produzem sacolas plásticas. A questão das sacolas plásticas que são 100% recicláveis, segundo ele, passa pela coleta seletiva que é praticamente inexistente no Brasil. As alternativas sugeridas, como por exemplo, as sacolas biodegradáveis que estão sendo comercializadas pelas redes supermercadistas podem liberar gás metano e poluir o meio ambiente, já que não existe usina de compostagem para o controle adequado das emissões. A solução ideal é o consumo consciente das sacolas plásticas e a conscientização da população. A sacola plástica não é descartável. Ela é reutilizável para descartar lixo, dejetos de cachorros, descartar materiais recicláveis, entre outros, reusos. Isso é o que defende Miguel Bahiense Neto. A Política Nacional de Resíduos Sólidos foi sancionada no ano passado e prevê a responsabilidade compartilhada de toda a cadeia produtiva para o gerenciamento dos resíduos sólidos, que incluem as embalagens. “A sacola plástica é uma embalagem. Então por que ela tem que ser banida? Por que não podemos sentar e chegar num consenso que a melhor solução é o consumo consciente de sacolas plásticas”, defende Bahiense Neto. Esse assunto tem muitos desdobramentos, mas com certeza, banir não é a melhor solução. Já que tudo o

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que consumimos tem embalagem. Muitas delas são embalagens plásticas. O plástico está presente em tudo a nossa volta, desde o computador até o pára-choque do automóvel. Se o problema é o plástico, vamos eliminar tudo que é feito desse material do planeta? Por que não reciclar? Por que não dar uma nova aplicação? Até a próxima edição.

MARGARET HAYASAKI

EDITORA-CHEFE

| margaret.hayasaki@banas.com.br

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sumário

A N O • 1 4

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16 ENTREVISTA Miguel Bahiense Neto, presidente do Plastivida, afirma que a eliminação das sacolas plásticas é o maior engodo ambiental da história

ENTREVISTA

“As sacolas plásticas representam 0,2% do peso do aterro sanitário”

2012

24 MATÉRIA DE CAPA Uma excelente oportunidade de negócio para a indústria brasileira de embalagens

30 SUSTENTABILIDADE Os consumidores estão optando pelo consumo de refrigerantes e cervejas em garrafas de vidro retornáveis que além de serem mais econômicas são sustentáveis

38 ESPECIAL AUSTRÁLIA Os australianos valorizam os materiais recicláveis, destacando-os na rotulagem das embalagens

EMBALAGEM TECNOLOGIA DESIGN INOVAÇÃO

Foto: Leandro Andrade

FEVEREIRO

Foto: iStockphoto

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MATÉRIA DE CAPA

SEÇÕES 6

AGENDA

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PACK ONLINE

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ATUALIDADES

Fotos: Divulgação

A expansão do mercado de orgânicos

14 POR DENTRO DAS LEIS 20 VANGUARDA Foto: Divulgação

36

SUSTENTABILIDADE

Reuso do bem

22 LANÇAMENTOS INTERNACIONAIS 30 SUSTENTABILIDADE 42 DIRETO DA GÔNDOLA 44 NOTAS TÉCNICAS

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agenda Foto: Hispack

63 anos

EM DESTAQUE A 15ª edição da Hispack – Salão Internacional de Embalagem – será realizada de 15 a 18 de maio de 2012, em Barcelona, na Espanha. Mais de 70% dos visitantes são diretores-gerais e profissionais responsáveis por marketing e produção.

EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO Fundador: Geraldo Banas (1913 – 1999) Publisher: Cristina Banas Editora: Elizabetha Banas (1923 – 2007) Editora-chefe: Margaret Hayasaki – margaret.hayasaki@banas.com.br Assessora Técnica: Assunta Camilo (FuturePack) – assunta@futurepack.com.br Revisão: Nazaré Baracho Consultoria Técnica: Guilherme Sergio Maradine

FEIRAS NO BRASIL

Secretária: Sandra Gomes – sandra.gomes@banas.com.br Projeto gráfico: Editora Banas

DATA

FEIRA

LOCAL

ORGANIZAÇÃO

De 12 a 16 de março de 2012

Brasilpack – Feira Internacional da Embalagem

Pavilhão de Exposições do Anhembi, São Paulo (SP)

Reed Exhibitions Alcantara Machado Tel.: (11) 3060-5000 www.semanainternacional.com.br

De 12 a 16 de março de 2012

Fiepag – Feira Internacional de Papel e Indústria Gráfica

De 12 a 16 de março de 2012

Flexo Latino America – Feira Internacional de Flexografia

De 24 a 27 de abril de 2012

Embala e Alimentécnica

De 24 a 27 de abril de 2012

Conferência Pack Summit

Pavilhão de Exposições do Anhembi, São Paulo (SP)

Pavilhão de Exposições do Anhembi, São Paulo (SP)

Centro de Exposições Imigrantes, São Paulo (SP)

Centro de Exposições Imigrantes, São Paulo (SP)

Reed Exhibitions Alcantara Machado Tel.: (11) 3060-5000 www.semanainternacional.com.br Reed Exhibitions Alcantara Machado Tel.: (11) 3060-5000 www.semanainternacional.com.br Clarion Events e Greenfield Business Promotion Tel.: (11) 3214-1300/3567-1890 www.greenfield-brm.com/embala2012 Clarion Events e Greenfield Business Promotion Tel.: (11) 3214-1300 / 3567-1890 www.packsummit.com.br

Produção: Luciano Tavares de Lima (gerente) – producao@banas.com.br Designer: Ana Claudia Martins – ana.martins@banas.com.br Capa: Ana Claudia Martins – ana.martins@banas.com.br

CONSELHO EDITORIAL Assis Garcia – diretor do Centro de Tecnologia de Embalagem – CETEA; Eduardo Yugue – gerente de embalagens da Nestlé; Geraldo Cardoso Guitti – presidente da Refrigerantes Convenção; Iorley Lisboa – gerente de embalagens do Wal-mart; João Batista Ferreira – CEO da J2B Innovation to Business; Lincoln Seragini – diretor – presidente da Seragini Farné; Luis Madi – diretor - geral do ITAL - Instituto de tecnologia de Alimentos; Nivaldo Ferreira Lima – gerente de compras do McDonald´s Brasil

DEPARTAMENTO DE VENDAS Executivos de Negócios – São Paulo Rajah Chahine Tel.: (11) 3500-1900 – rajah@pack.com.br Cláudio Alves Freire Tel.: (11) 3500-1900 – claudio.alves@banas.com.br

Rio de Janeiro Art Comunicação S/C Ltda. Contato: Francisco Neves Rua Des. João Claudino Oliveira e Cruz, 50 – cj. 607 – CEP 22793-071 – Rio de Janeiro-RJ Tels.: (21) 2269-7760 – (11) 9943-5530 – Fax: (21) 3899-1274 – banasrj@uol.com.br

Rio Grande do Sul Interface Comunicação e Propaganda Ltda. Contato: Vera Anjos Av. Taquara, 193 – Cj. 406 – CEP 90460-210 – Porto Alegre-RS Tel./Fax: (51) 3330–2878 – banassul@terra.com.br

São Paulo – Interior

FEIRAS NO EXTERIOR

Aqueropita Intermediações de Negócios Ltda. Contato: Aparecida A. Stefani Tel.: (16) 3413-2336 – Cel.: (11) 9647-0044 – Fax: (11) 3500-1935 –

DATA

FEIRA

LOCAL

ORGANIZAÇÃO

De 1º a 5 de abril de 2012

NPE – Feira Internacional de Plásticos

Orange County Convention Center, Orlando, Flórida, Estados Unidos

SPI Tel.: +17032596132 www.npe.org

De 3 a 16 de maio de 2012

Drupa – Feira Internacional da Indústria Gráfica

Düsseldorf Fairgrounds, Alemanha

Messe Düsseldorf GmbH Tel.: +49 (0) 2114560-01 ww.drupa.com

De 15 a 18 de maio de 2012

Hispack – Salão Internacional de Embalagem

aparecida.stefani@banas.com.br

REPRESENTANTE INTERNACIONAL Argentina 15 de Noviembre 2547 – C1261 AAO – Capital Federal – Republica Argentina Tel.: (54-11) 4943-8500 – Fax y Mensajes: (54-11) 4943-8540 www.edigarnet.com

Gran Via Venue, Barcelona, Espanha

Fira de Barcelona Tel.: +34932332000 www.hispack.com

ACORDO DE COOPERAÇÃO Phone: +1 312/2221010 – www.packworld.com

Rua Edward Joseph, 122 – 11º andar – Edifício Passarelli Jardim Suzana – São Paulo-SP – CEP 05709-020 CNPJ 60.432.796/0001-83 – I.E. 104.259.747.116, C.C.M. 1.249.632-4 TELEFONE (11) 3500-1900

Cartas&E-mails PACK DESTAQUE DE PREFERÊNCIA 2011

Impressão: IBEP Gráfica Papel da Capa: Vitasolid da Papirus Circulação nacional: Tiragem – 10 000 exemplares Periodicidade: mensal Assinatura: Anual (Brasil) = R$ 97,00 • Nº Avulso = R$ 15,00

Gostaríamos de agradecer pela maneira objetiva e profissional com que nossas informações foram divulgadas na Revista Pack – Edição Dezembro/2011, página 152. Parabéns pelo sucesso. Eng. Cesar Gabriel Angeletti Gerente de produtos da Arbras Caxias do Sul – Rio Grande do Sul

FEVEREIRO 2012 PACK – EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO é uma publicação mensal da Editora Banas Ltda.

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Rua Edward Joseph, 122 – 11º andar – Edifício Passarelli São Paulo-SP – CEP 05709-020

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11 3500-1921 | FAX 11 3500-1935

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PARA SE CORRESPONDER COM A REDAÇÃO E-MAIL redacao@banas.com.br

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A PACK é dirigida aos profissionais que ocupam cargos técnicos, de direção, gerência e supervisão em empresas fornecedoras, convertedoras e usuárias de embalagens, bem como prestadores de serviços relacionados à logística, design e todos os processos relacionados a indústrias de embalagem.

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V I S TA S E G M

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É permitida a divulgação das informações contidas na revista desde que citada a fonte. PACK reserva-se o direito de publicar somente informações que considerar relevantes e do interesse dos leitores da revista.

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POR TATIANA GOMES | tatiana.gomes@banas.com.br

O SITE DA PACK TRAZ NOTICIÁRIO ATUALIZADO DIARIAMENTE, ARTIGOS EXCLUSIVOS E TUDO SOBRE O MERCADO DE EMBALAGEM. MAIS: VÍDEOS, FOTOS E A VERSÃO DIGITAL NA ÍNTEGRA DA EDIÇÃO DO MÊS, ALÉM DAS ANTERIORES! [CONEXÃO WEB ] as mais lidas no pack.com.br

[ENQUETE ]

O Grupo O Boticário vai avaliar a genética e triplananotecnologia para oferecer solução customizada no tratamento contra o envelhecimento cutâneo e suas consequências.

Quais são as perspectivas para 2012?

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RESULTADO JA N E I RO / 2 01 2

40,00%

Muito melhores - (40,00%)

Grupo O Boticário inicia negócio na área de cuidados terapêuticos da pele com Skingen Inteligência Genética

Melhores - (40,00%) Piores - (20,00%)

Empresa focará na avaliação dos genes que atuam no envelhecimento da pele e oferecerá produtos manipulados com triplananotecnologia.

40,00% 20,00%

Iguais - (0,00%)

Design Thinking é foco de empresas e profissionais que buscam inovar nos negócios

NESTE MÊS Interaja! Confira a enquete do mês e vote na home do site!

O designer precisa conhecer as necessidades do cliente e pensar diferentemente para conseguir resultados práticos à criação dos produtos e serviços.

Onde achar? http://www.pack.com.br

Rigesa participa da Fruitlogistica 2012 Berlim

Durante a feira, empresa apresentará suas soluções inovadoras em embalagem.

Tetra Pak recebe Prêmio Top Ambiental

O prêmio é concedido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil.

Vidros coloridos: visual moderno para a nova linha Risqué Technology para o tratamento das unhas

Paulistanos estão mais propensos a consumir, segundo FecomercioSP

Pesquisa registra otimismo dos paulistanos com salário, renda, perspectivas profissionais e expectativa de consumo.

Desenvolvida com a mais alta e moderna tecnologia, a líder no segmento de esmaltes do país relança a linha Risqué Technology com novas embalagens e uma grande novidade: Risqué Technology Cobertura Brilhante, que garante secagem rápida em 30 segundos e oferece até 66% mais brilho nas unhas, além de aumentar a durabilidade e o brilho dos esmaltes para 10 dias.

Confira a lista das dez notícias mais acessadas no site e as leia na íntegra! Fonte: Google Analytics* Período de 25/1/12 a 14/2/12 Onde achar? http://www.pack.com.br/maisnoticias.aspx

[DESTAQUES] @EditoraBanas REDES SOCIAIS

Jari celulose apresenta solução sustentável ao setor supermercadista

facebook.com/editorabanas

Interação e conteúdo informativo em tempo real Interaja com a Editora Banas e atualize-se com as últimas informações do mercado industrial e de embalagem.

Dúvidas sobre o mercado?

PERGUNTE, ELE RESPONDE!

O NEWSLETTER QUINZENAL DA INDÚSTRIA

Toda quinzena, a newsletter entrega no seu e-mail as notícias mais importantes da indústria de embalagens. Cadastre-se no site! Acesse! www.banas.com.br/banasinforma

Fotos: Divulgação

Nossos consultores esclarecem os mais diversos temas do setor. Envie sua pergunta e leia as respostas para nossos internautas no Blog da Pack. E-mail guru@pack.com.br

A Jari Celulose, Papel e Embalagens, empresa do Grupo Orsa, coloca no mercado mais um produto sustentável. Desta vez uma solução para substituir as sacolas plásticas descartáveis. Criada para atender ao varejista que têm a preocupação de oferecer aos seus clientes embalagens ecologicamente corretas, a Checkout é produzida em papelão micro-ondulado, matéria-prima proveniente de fontes renováveis, 100% reciclável e biodegradável. Onde achar? http://www.pack.com.br/blog

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MAIOR VISIBILIDADE

UM TRIBUTO A

Guarani, tel.: (17) 3280-1000.

SÃO PAULO

HOMENAGEM AO RIO DE JANEIRO A vodka Absolut presta homenagem à essência e ao lifestyle do povo carioca: a areia e seus coqueiros, o calçadão de Ipanema e o Morro Dois Irmãos. Esta é a primeira vez que a vodka premium sueca cria um rótulo inspirado no Brasil, que se torna, assim, o primeiro país da América Latina a ter uma garrafa exclusiva. Convidado pela Absolut para expressar sua arte através da iconografia do Brazilian Soul, Oskar Metsavaht inspirou-se em suas próprias fotografias de Ipanema para criar o conceito de Absolut Rio.

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a Guarani lança novas embalagens de açúcar refinado (1kg e 5kg) e açúcar cristal (1kg, 2kg e 5kg). Elas mantêm as cores tradicionais, como verde e vermelho para o açúcar refinado, e azul e vermelho para o açúcar cristal. Essa proposta reforça a identidade da marca e facilita a vida das consumidoras para que encontrem o produto de maneira mais fácil. o novo visual insere a marca em um contexto mais convidativo e sugestivo através de uma personagem que traz emoção, modernidade e afinidade com as consumidoras, além de dar graça e força à embalagem.

Marca tradicional paulistana, o Café Moka, da sara Lee, presta uma homenagem a são Paulo para comemorar o ano de seu centenário. são três versões com imagens de importantes pontos turísticos paulistanos: avenida Paulista, ibirapuera e Centro. a agência BenchMark, responsável pelo design das embalagens, escolheu o grafite, uma forma de arte tipicamente urbana, para criar as ilustrações. a embalagem é produzida pela diadema Embalagens Flexíveis. Café Moka, tel.: 0800-551428.

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Absolut, www.absolutdrinks.com.br

INSPIRAÇÃO NA FLOR DO CACAU a Kopenhagen começa o ano com uma nova linha de sacolas de papel e de caixas de papel cartão desenvolvidas pela antilhas Embalagens. “depois de tantos anos no mercado, é natural que haja diferenças nos layouts dos produtos de gerações diferentes. Por isso, buscamos inspiração na flor do cacau que, da união com a letra ‘K’, de Kopenhagen, nasceu um novo padrão gráfico que está presente em todas as embalagens, peças e comunicação da marca”, explica orlando Glingani, gerente de marketing e inovações da marca. Antilhas Embalagens, tel.: (11) 4152-1100.

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A Itaiquara Alimentos, uma das mais conceituadas empresas do setor da panificação e confeitaria, relança a sua linha de brilhos, recheios e coberturas em baldes de 4 kg. Outra novidade da Itaiquara é o lançamento da calda para pudim em galão de 5 kg. Com delicados rococós tipicamente franceses, os rótulos remetem a uma atmosfera clássica, mas com um toque de versatilidade e atualidade. O design foi desenvolvido pelo Studio Malatesta. Produzidos pela Mack Color, os rótulos autoadesivos receberam impressão digital. Já o balde, a tampa e a alça de polipropileno (PP) são fornecidos pela Fibrasa Nordeste.

Grupo Bimbo, tel.: 0800-7024626.

Itaiquara Alimentos, tel.: (11) 3933-3033.

MAIS SUTIL E MODERNO Produzido pelo Grupo Pakera, o refrigerante tobi ganhou um visual mais limpo, com a marca aplicada em menor tamanho, mais sutil e moderno. além das embalagens de 2 litros, 600ml e 350ml, o tobi ganhou uma versão em 250ml que leva o nome do mascote tobinho. o personagem é uma criação conjunta do marketing do Grupo Pakera com os designers Célia Madsen, da agência Via4, e rogério Behnken.

Fotos: Divulgação

Foto: Divulgação

ATMOSFERA CLÁSSICA

Crocantíssimo, a marca de snacks de trigo do Grupo Bimbo apresenta projeto de revitalização de suas embalagens, que inclui alterações em todo o design das versões tradicionais e da versão Hot. Com o objetivo de fazer o consumidor entender com mais facilidade o que é o produto e proporcionar maior destaque no ponto de venda, a agência Casa rex, responsável pelas reformulações, incluiu novos elementos nas embalagens que remetem ao conceito de leveza com muito sabor. a embalagem de BoPP mate é produzida pela Mazda com impressão em rotogravura.

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CONCEITO DE LEVEZA

Grupo Pakera, tel.: (21) 2677-7700.

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notícias

Demanda mundial de bioplásticos deve superar 1 milhão de toneladas métricas em 2015

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demanda global de plásticos biodegradáveis e bioplásticos irá mais do que triplicar para mais de um milhão de toneladas métricas em 2015, movimentando Us$ 2,9 bilhões. Hoje o mercado de bioplásticos experimenta um robusto crescimento de demanda em todo o mundo. os ganhos são impulsionados por vários fatores, como a preferência dos consumidores por materiais sustentáveis, melhor performance da resina bioplástica em relação ao plástico tradicional e a introdução de plásticos comodities produzidos à base de fontes verdes. Entretanto, o preço será determinante para o sucesso do mercado de bioplásticos e o esperado aumento crescente dos custos do petróleo irá permitir que algumas resinas bioplásticas sejam capazes de competir de igual para igual com os plásticos tradicionais até o final da década. Essas tendências são apresentadas em um estudo realizado pela Freedonia. os plásticos biodegradáveis responderam por 90% do mercado mundial de bioplásticos em 2010. Um excelente crescimento está previsto para o mercado de plásticos biodegradáveis de

amido e de PLa (ácido poliláctico) que responderá por mais que o dobro da demanda até 2015. os ganhos mais rápidos para os plásticos biodegradáveis, entretanto, serão para as resinas de poli-hidroxi alcanoato (PHa) que estão apenas entrando no mercado comercial. apesar do forte crescimento dos plásticos biodegradáveis, as resinas não-biodegradáveis com base bio serão o principal motor da demanda de bioplásticos até 2015. Esse crescimento será alimentado pela oferta de polietileno (PE) de cana-de-açúcar produzido pela Braskem em volume comercial. a sua planta, no Brasil, inaugurada em 2010, opera com capacidade de 200 mil toneladas métricas por ano. outras duas plantas de polietileno base bio – bem como uma de polipropileno bio – estão em planejamento e devem começar a operar em 2015. além disso, a produção industrial de PEt totalmente à base de biomaterial deve se tornar realidade até o final da década. Como resultado, a demanda de bioplásticos não-biodegradáveis vai saltar de 30 mil toneladas métricas, em 2010, para 1,3 milhões de toneladas métricas em 2020.

DEMANDA MUNDIAL DE BIOPLÁSTICOS (MIL TONELADAS)

130

DEMANDA DE BIOPLÁSTICOS 34

AMÉRICA DO NORTE

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60

EUROPA OCIDENTAL 33

ÁSIA/PACÍFICO

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OUTRAS REGIÕES

CRESCIMENTO ANUAL

2010-2015

2005-2010

18.2%

300

27.9%

1025 24.8%

242

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22.7%

347 20.3% 31.0%

320 32.0%

57.4%

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ELDORADO TEM NOVO PRESIDENTE

o executivo José Carlos Grubisich assume a presidência da Eldorado Celulose e Papel. o executivo terá como desafio garantir um papel de destaque no cenário mundial de celulose. a empresa, controlada pela J&F Holding, que engloba as operações da Flora, JBs e Banco original, está construindo em três Lagoas (Ms) a maior fábrica de celulose em linha única do mundo. após sua conclusão, prevista para dezembro de 2012, a indústria terá capacidade instalada para produzir 1,5 milhão de toneladas de celulose branqueada por ano. HUSKY ANUNCIA MUDANÇAS NA ÁREA DE VENDAS

a Husky injection Molding systems anunciou mudanças em suas operações globais de vendas. Geraldo Chiaia, atualmente líder de vendas EMEa e Ásia Pacífico, foi nomeado vice-presidente global de vendas para embalagens de bebidas. além disso, Mike Urquhart, líder de vendas na região das américas, vai ocupar o cargo de vice-presidente global de vendas para sistemas de embalagem.

MICHAEL KUMMERT É O NOVO VICEPRESIDENTE DE PRODUÇÃO DA KBA

Um qualificado engenheiro, Michael Kummert é o novo vice-presidente de produção da KBa. Ele será responsável pela continuidade da integração das plantas de produção domésticas e internacionais. atendendo o realinhamento inevitável para um volume de mercado menor, o objetivo é aumentar a eficiência, cortar custos e abrir novos campos de atuação. CHRISTOPHE MUGUET É ELEITO VICEPRESIDENTE GLOBAL DO NEGÓCIO DE SERINGAS DA SCHOTT

18.7%

15.8%

83

12

0

2005 2010 2015

Vaivém do mercado

1000

1200

a schott acaba de anunciar Christophe Muguet para o cargo de vice-presidente global do negócio de seringas. Baseado em st. Gallen, na suíça, Muguet vai liderar as atividades de seringas da schott Pharmaceutical Packaging. o executivo será responsável pelo desenvolvimento do negócio, gerenciamento de produto, pesquisa e desenvolvimento e operações.

Fonte: Freedonia

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entrevista

Gisela Schulzinger, Foto: Divulgação

diretora da PandeHaus

Como nasceu a ideia de criar a PandeHaus – Brand Innovation? A fusão é decorrente da necessidade do mercado por uma gestão estratégica de marca nos negócios atuais. Hoje as empresas de médio e grande porte entendem a importância da valorização e agregação de valor à marca. A união das expertises da Pande Design Solutions com a Haus Design foi um processo natural, já que as duas já atuavam com essa abordagem. O design de embalagem vai fazer parte da gestão de marca. Já estamos trabalhando em três projetos de branding e branding innovation nos segmentos de construção civil, autoadesivos e alimentos que devem gerar novos negócios e novos produtos ainda este ano. De que forma o branding pode ser um diferencial competitivo para as empresas? É preciso entender melhor os diferenciais e as forças. Ao gerir os diferenciais, os processos são aprimorados, o que permite ser única. Além disso, é necessário gerenciar o relacionamento da marca com seus diversos públicos, desde o público interno, fornecedores e parceiros até o consumidor final. Isso passa a ser valor percebido pelo consumidor. O

melhor exemplo de sucesso é a Apple que não vende tecnologia, mas um universo mágico no qual se insere o valor de transformar a vida das pessoas. Isso é o que faz a marca ser única e manter-se perene no mercado. As mídias sociais contribuem para aumentar a demanda pelo branding? Com certeza. Há um divisor: antes e depois das mídias sociais. A vida digital das marcas aumentou a demanda pela gestão de branding. É importante acompanhar e entender como ela está aparecendo e sendo entendida, por isso hoje a demanda por profissionais especialistas em mídias sociais também cresceu. O branding também se tornou mais comum nas pequenas empresas? Sim. As pequenas empresas entendem o que é marca e o papel do design dando suporte estético. Elas estão apostando na abordagem com foco na gestão de marca para os seus negócios, com uma visão mais abrangente do que pretendem ser como empresa. Como construir uma marca forte? É preciso entender qual é a proposta de valor da marca, ou seja, a sua vocação e trabalhar essa força em todos os seus pontos de contato: PDV, embalagem, endomarketing, parceiros. A Natura tem no seu DNA a sustentabilidade e faz isso muito bem. Qual é o papel da embalagem na gestão da marca? A embalagem é um ponto de contato importante da marca. Ela tem o papel de trazer informação, tecnologia e praticidade e facilidade para os consumidores. Ela tem o papel de trazer uma experiência diferenciada e promover conexões emocionais, satisfazendo as expectativas. Através da embalagem há oportunidades enormes para a marca criar experiências inovadoras e surpreendentes. Editora Banas

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por dentro das leis

Projetos de leis buscam alternativas aos lixões Dez projetos de lei tramitam na Câmara Municipal de Belo Horizonte (MG) tratando de alternativas mais sustentáveis para a destinação do lixo, passando por programas educativos de coleta seletiva, planejamento e oferta desse serviço pela Prefeitura e, mesmo, produção de energia com a queima do lixo orgânico. Entre eles, está o projeto de lei 680/09, de autoria do vereador Léo Burguês de Castro (PSDB), que propõe novo destino ao lixo urbano, prevendo o tratamento de matéria orgânica e materiais não recicláveis para geração de energia. O PL teve sua redação final aprovada em 2011 e aguarda prazo regimental para ser enviado para apreciação pelo prefeito. Outra proposta para a destinação do lixo é a implantação de um programa educativo municipal que estimule a participação popular na reciclagem de resíduos, por meio da conscientização ambiental. De acordo com o PL 998/10, do ex-vereador Luis Tibé, as escolas públicas municipais poderiam ser adotadas como postos de coleta de resíduos sólidos e líquidos como óleo de cozinha, gordura hidrogenada, papéis, papelão, vidro, garrafas plásticas e borracha. Também nessa perspectiva, o PL 197/2009, do ex-vereador Fred Costa, cria o Programa Câmbio Verde, a ser implantado e gerenciado pelo Executivo, com o objetivo de promover a troca de material reciclável por alimento, material escolar e brinquedo. O PL tramita em 1º turno na Casa e aguarda votação em plenário. Buscando facilitar a destinação dada ao lixo e evitando o desperdício do lixo passível de reciclagem, o PL 1482/2011, de Joel Moreira Filho (PTC), obriga a população em geral a acondicionar o lixo orgânico e o lixo reciclável em embalagens separadas para descarte. O PL aguarda votação em plenário em 1º turno. Atento às empresas e profissionais autônomos que trabalham na reciclagem de materiais, o PL 1626/11, de Pablo César "Pablito" (PSDB) dispõe sobre medidas de incentivo fiscal, por meio de redução da alíquota ou isenção do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), incidente na prestação de serviços de reciclagem.

Normas para embalagem plástica de garrafão retornável A ABNT publicou as seguintes normas para embalagem plástica para água mineral e potável de mesa: ABNT NBR 14222:2011 - Embalagem plástica para água mineral e potável de mesa — Garrafão retornável — Requisitos e métodos de ensaio; ABNT NBR 14328:2011 - Embalagem plástica para água mineral e potável de mesa — Tampa para garrafão retornável — Requisitos e métodos de ensaio; ABNT NBR 14637:2011 - Embalagem plástica para água mineral e potável de mesa — Garrafão retornável — Requisitos para lavagem, enchimento e fechamento; ABNT NBR 14638:2011 - Embalagem plástica para água mineral e potável de mesa — Garrafão retornável — Requisitos para distribuição; O Organismo de Normalização Setorial de Embalagem e Acondicionamento Plástico (ABNT/ONS-51) é o responsável pela publicação.

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Anvisa propõe novas normas para rotulagem de medicamentos Com o objetivo de aprimorar o conteúdo dos rótulos dos medicamentos registrados no Brasil, a Anvisa publicou a Consulta Pública (CP) no 12, em 31 de janeiro último, com novas normas para rotulagem desses produtos e estabelece um prazo de 60 dias para envio de contribuições. Entre as novidades da proposta, está a obrigatoriedade de constar, na rotulagem do medicamento, a logomarca da empresa titular do registro. O texto também propõe uma maior flexibilização quanto aos dizeres legais das embalagens. Um exemplo é a possibilidade de não incluir, na caixinha do medicamento, as informações – como nome e endereço – da empresa responsável pela comercialização do produto. Os dados da empresa titular do registro são obrigatórios. Outra inovação é a exigência de que os rótulos das embalagens dos medicamentos de uso restrito a hospitais passem a conter a frase “Proibida venda ao comércio”, em caixa alta. Esses medicamentos não poderão mais ser vendidos em farmácias e drogarias. Nas embalagens secundárias (caixinha do medicamento), a frase “Agite antes de usar” passa a ser obrigatória em medicamentos na forma de pó ou granulado para suspensão ou solução. A proposta de resolução permite, ainda, a inclusão do símbolo de reciclagem nos rótulos dos produtos, o que não era previsto na legislação anterior. O novo regulamento, quando aprovado pela Diretoria Colegiada da Anvisa, substituirá a Resolução RDC no 71, de 2009, atualmente em vigor.

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Banir não é a solução

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ara onde quer que se olhe, o plástico está presente em nossas vidas. o setor defende a importância do plástico que contribuiu para a evolução da indústria brasileira. Entretanto, a sacola plástica virou a vilã da vez para o meio ambiente e o consumidor vai ter que se adaptar a uma nova experiência de compra no varejo. o acordo voluntário entre o Governo do Estado de são Paulo e os supermercadistas paulistas para o fim da distribuição das sacolas plásticas divide opiniões. Mas Miguel Bahiense neto, presidente do Plastivida, instituto sócio-ambiental dos Plásticos, é categórico: “Esse é o maior engodo ambiental da história. É um movimento meramente econômico travestido de questões ambientais e políticas.” o executivo questiona por que a sacola plástica tem esse tratamento diferenciado? Ela também é uma embalagem. a Política nacional de resíduos sólidos (Pnrs), sancionada no ano passado, prevê a responsabilidade compartilhada de toda a cadeia no gerenciamento de resíduos sólidos. “a lei é uma forma de mostrar que o que está sendo feito é um completo equívoco”, acentua. Em entrevista à revista PACK, Miguel Bahiense neto defende o consumo responsável da sacola plástica e a conscientização dos consumidores. PACK: Por que a sacola plástica virou a grande vilã do meio ambiente? NETO: Ela virou a grande vilã por desinformação da população brasileira e o oportunismo claramente econômico. a sacola plástica não é o problema. ao contrário, ela é solução. o consumidor reutiliza para transportar lixo, reutiliza para transportar itens, reutiliza para guardar um sapato e colocar na mala. ninguém descarta sacola plástica. Ela é equivocadamente chamada de descartável pelos supermercadistas para ter uma justificativa para a sociedade: vamos eliminar o descartável. isso é completamente infundado, pois a própria população sabe que reutiliza. PACK: Os supermercados levantaram a bandeira ambiental, mas o fim da distribuição gratuita das sacolas plásticas tem a ver com redução de custo? NETO: os supermercados paulistas que respondem por 40% do volume de sacolas plásticas produzidas no Brasil vão economizar r$ 200 milhões por ano com a eliminação delas. no País, essa economia é de r$ 500 milhões por ano. Por que eles vão embolsar esse dinheiro? Porque o custo está embutido. se ele deixar de distribuir a sacola plástica, qual é o passo lógico? devolver o dinheiro, baixando o preço dos produtos. na cidade de Jundiaí (sP) existe o acordo voluntário há um ano. Em maio de 2011, uma pesquisa revelou que uma determinada marca de sacos de lixo era vendida em Jundiaí e Valinhos (sP) - cidade que não tinha o banimento das sacolas plásticas - com uma diferença de preço de 238%. a demanda de sacos de lixo aumentou em Jundiaí por conta do fim das sacolas plásticas e o preço do produto também. PACK: Qual é a eficácia da eliminação das sacolas plásticas para o meio ambiente? NETO: Eliminar as sacolas plásticas dos aterros sanitários não tira o planeta do sufoco. Esse é o maior engodo ambiental da história. as sacolas plásticas representam 0,2% do peso do aterro

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sanitário. Por que a sacola plástica vai parar no aterro sanitário? Porque 88% da população brasileira reutiliza a sacola plástica para descartar o lixo doméstico. desse total, 52% reutilizam a sacola plástica para coletar sujeira de cachorro e 36% reutilizam para descartar material reciclável. Portanto, essa sacola plástica também vai ser reciclada. Ela só não é 100% reciclada porque não existe coleta seletiva suficiente. além disso, um estudo inglês comparou a sacola plástica com várias alternativas. de nove categorias ambientais, em oito, as sacolas plásticas apresentaram melhor desempenho ambiental. PACK: E as alternativas oferecidas como as sacolas de amido de milho biodegradáveis, oxibiodegradáveis e retornáveis? NETO: a sacola plástica biodegradável de amido de milho precisa de um ambiente adequado para a biodegradação. no Brasil, não existe usina de compostagem para o controle da emissão de gás metano para evitar o impacto ambiental. só que a palavra biodegradação é linda. se tivermos sacolas plásticas comuns, biodegradáveis e oxibiodegradáveis, é necessário ter a usina de reciclagem, a usina de compostagem e a usina para oxibiodegradação. Já as sacolas retornáveis de plásticos e de tecido, 90% delas são importadas da China e de taiwan, países onde há trabalho escravo, criança trabalhando, e a energia é extremamente poluidora. onde está a sustentabilidade ambiental, econômica e social? PACK: O movimento pelo fim da sacola plástica já está impactando na indústria? NETO: sem dúvida. Esse movimento já gera desemprego na indústria que é composta de 80 a 100 empresas no Estado de são Paulo e 250 empresas no Brasil que movimentam r$ 500 milhões por ano. a gente ainda não contabilizou, pois quando a sacola plástica foi banida em 25 de janeiro deste ano, era preciso ver de fato quantas redes de supermercados iriam aderir para ter uma avaliação mais completa. Mas é evidente que, desde novembro de 2011, algumas redes começaram a diminuir o pedido, pois não sabiam o que ia acontecer. Com o retorno da distribuição das sacolas plásticas, os supermercados voltaram 18

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a encomendar. Entretanto, o consumo de sacolas plásticas não é igual ao que era. os supermercados são os maiores consumidores de sacolas plásticas, mas têm muitos segmentos, como lojas de departamentos e padarias, que também aderiram à campanha para banir as sacolas plásticas, pois perceberam a vantagem econômica.

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PACK: O setor pode se adaptar à nova realidade? NETO: não tem readaptação. Quem fabrica sacola plástica vai ter que fechar e se virar em outro negócio, ou seja, começar do zero. o pessoal diz, mas é só trocar pela produção de saco de lixo. É a mesma matéria-prima, o objetivo é o mesmo, mas tem uma diferença. não tem demanda para saco de lixo. Há pessoas que podem comprar saco de lixo e outras que não têm condições de

Não se trata de vencer ou perder. Mas a PNRS é uma forma de mostrar que o que está sendo feito é um completo equívoco comprar saco de lixo. Então a demanda não é substituída. o que vai acontecer é a perda de mercado e isso vai gerar um problema social. a população carente já está sofrendo. a gente tem conversado com empresas de limpeza urbana e eles estão tendo que substituir a coleta de lixo doméstico pela coleta por varrição. (o lixo já é jogado no chão). PACK: Esse movimento de banir as sacolas plásticas vai contra a Política Nacional de Resíduos Sólidos? NETO: a Política nacional de resíduos sólidos obriga as prefeituras a oferecer sistemas de coleta seletiva. obriga o cidadão a ser responsável pelo lixo que ele gera. Ela obriga a indústria e o varejo a gerenciar os resíduos sólidos, como as embalagens. a sacola plástica é uma embalagem. Por que banir a sacola plástica? Então vamos banir a lata de alumínio, a garrafa PEt, a embalagem de arroz, a embalagem longa vida. Por que há esse tratamento diferente? PACK: O senhor acredita que a Política Nacional de Resíduos Sólidos é a saída para vencer a luta das sacolas plásticas? NETO: não se trata de vencer ou perder. Mas a lei é uma forma de mostrar que

o que está sendo feito é um completo equívoco. É um movimento meramente econômico travestido de questões ambientais e políticas. ambientais porque o que se fala da sacola plástica é uma completa mentira. nunca apareceu um estudo científico que mostrasse que as sacolas plásticas têm pior desempenho ambiental em comparação às alternativas oferecidas. E políticas porque há um interesse do Estado. PACK: O senhor acredita na volta do uso das sacolas plásticas? NETO: É o que deveria acontecer pelos fatos que estão por trás disso. Enquanto os supermercadistas decidirem tirar o acesso dos consumidores, só a justiça ou uma pressão popular muito forte para mudar. na França, o Carrefour baniu a sacola plástica, mas depois a rede voltou atrás por uma pressão popular. não é verdade que vários países baniram a sacola plástica. o que existe é uma restrição a sacolas plásticas relacionada à qualidade, ou seja, elas precisam ter tantos micras. isso é igual ao nosso Programa de Qualidade que medimos em peso. nos Estados Unidos, o Walmart e outras redes supermercadistas só disponibilizam sacola plástica dentro de norma

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PACK: Como combater o desperdício de sacolas plásticas?

técnica. Se eles oferecerem uma sacola plástica sem qualidade e o consumidor se machucar, por exemplo, porque uma garrafa de cerveja caiu no seu pé, eles são processados. O consumidor americano é conscientizado. E o poder público faz a coleta seletiva da sacola plástica que é descartada depois do reuso.

NETO: Fazendo um programa de conscientização. Banir as sacolas plásticas não vai conscientizar ninguém. Isso vai fazer os consumidores se adaptarem à nova realidade. Para conscientizar é preciso educação. E o Programa de Qualidade de Consumo Responsável de Sacolas Plásticas faz isso. O primeiro passo é chamar a indústria para ela se adequar às normas técnicas e o varejo para tornar-se signatário para demandar sacolas plásticas dentro da norma. A partir daí, as redes varejistas abrem as lojas e nós vamos lá como entidade ambiental e realizamos os treinamentos dos caixas e empacotadores. Além disso, criamos o selo de garantia de qualidade de 4 kg, 5 kg, 6 kg, 7 kg e 8 kg. A capacidade nominal do selo deve estar dentro das normas técnicas. O Programa que já foi apresentado em nove Estados brasileiros já deu resultado. Em 2007 e 2008, o número de sacolas plásticas

consumidas era de 17.9 bilhões de unidades. Ao final de 2011, o consumo de sacolas plásticas foi de 12.9 bilhões de unidades, ou seja, reduzimos 5 bilhões de unidades nesse período. O Pão de Açúcar fez parte desse Programa desde o início e conseguiu reduzir em torno de 30% o consumo de sacolas plásticas. Entretanto, a rede aderiu ao movimento de banir as sacolas plásticas, mesmo as normatizadas. PACK: Esse Programa de Qualidade de Consumo Responsável de Sacolas Plásticas vai continuar? NETO: Sim. Esse Programa sempre foi ministrado presencialmente, mas em novembro de 2011, nós o transformamos em uma escola on-line de consumo responsável (www.escolade consumoresponsavel.org.br), na qual as aulas e todas as informações sobre consumo responsável estão no portal, e evidentemente, que a gente utiliza o case das sacolas plásticas para ilustrar. Todo mundo pode entrar e acessar.

PACK: O Plastivida foi consultado sobre o banimento das sacolas plásticas? NETO: Nunca fomos consultados sobre essa iniciativa dos supermercados. Nem o governo nos procurou. Nós procuramos o governo e não fomos ouvidos. Nossa proposta de solução não foi ouvida. Trata-se do Programa de Qualidade de Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, criado em 2008, e adotado no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O problema não é a sacola plástica, mas o desperdício. Uma sacola que não atende a norma técnica pesa em média 3,5 gramas. Além de não ser resistente, pois é mais fina, ela obriga os consumidores a utilizar mais de uma unidade para transportar as suas compras. Quando o consumidor sai do caixa, ele está levando 7 gramas. Essa é a conta do desperdício. Os supermercadistas demandam sacolas plásticas fora de norma técnica para economizar custos. Isso acontece porque as normas não são obrigatórias no Brasil. Editora Editora Banas Banas

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Semeando a natureza O shelf life mínimo das sementes é de seis meses

Da Redação

O conceito da embalagem da linha de sementes de árvores nativas brasileiras inova na categoria

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emear uma árvore nativa brasileira agora ficou mais fácil. Esqueça a muda. Agora basta uma semente. Desenvolvida especialmente para viabilizar o acesso a qualquer pessoa, a linha de sementes de árvores brasileiras Signus Vitae – com 40 espécies, como Ipês, Jacarandá, Cedro, Cássia-rosa, Aroeiras e Jequitibá-rosa – chega ao mercado em uma embalagem especialmente projetada para viabilizar esse acesso.

O desenvolvimento da embalagem foi um dos pontos chaves do projeto. “Trabalhamos com 40 espécies e cada uma tem seu comportamento particular. Por isso, dois pontos foram essenciais: desenvolver uma embalagem que protegesse as sementes, mantendo a atmosfera controlada da produção e, ao mesmo tempo, que fosse atraente”, explica Luiz Carlos Busato, proprietário da Signus Vitae.

Para proteger as sementes que recebem tratamento especial desde sua origem, a empresa adotou um sachê laminado (papel+BOPP metalizado+PE cristal) com barreira, produzido pela Porto Franco Embalagens. O prazo de validade mínimo das sementes é de seis meses, variando conforme a espécie. “Na verdade, a maioria das sementes tem um ano ou mais de shelf life. Os desafios técnicos incluem técnicas de beneficiamento e seleção das sementes, que posteriormente são climatizadas 20

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em um ambiente com atmosfera controlada, o que evita a degradação precoce. Os detalhes do controle climatizado são o segredo do negócio”, afirma Busato. O desenvolvimento tecnológico para o condicionamento das sementes visando sua comercialização contou com o apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). Para acondicionar diferentes tipos de sementes na mesma embalagem, o designer Ricardo Mayer, responsável pelo design da linha Signus Vitae, criou uma solução criativa. As sementes grandes são embaladas em unidades de 5, 10 ou 20 e as sementes em pó, em gramas. Para isso, segundo Mayer, a cartela de

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Fotos Divulgação: Carlos Felipe Urquizar Rojas

mento do design: contornar o hábito dos consumidores de comprar mudas e não sementes. “Para isso o apelo emocional foi traduzido na frase Para plantar e ver crescer que está acompanhada de uma ilustração que mostra três fases: a semeadura, a germinação e a árvore adulta. Isso sugere que é muito mais interessante plantar árvores desde a semente”, conceitua. A embalagem tem chamado a atenção de lojas de jardinagem, bricolagem, agropecuárias e supermercados e, até março, estará em grandes redes desses segmentos, em áreas de vendas relacionadas com a questão ambiental. “Os primeiros pedidos foram fechados rapidamente e a receptividade foi grande por se tratar de um produto

inovador, apresentado numa embalagem atraente e sem similar no mercado”, afirma Marcelo Gama, proprietário da Signus Vitae. “A expectativa é dobrar nosso volume anual de vendas em comparação com a comercialização feita para viveiros já há três anos no mercado”, acrescenta Busato.

INFORMAÇÕES Ricardo Mayer tel.: ( 47) 8486-8080 | estudio@ricardomayer.com Signus Vitae tel.: (24) 3348-1209 | www.signusvitae.com.br

papel cartão Vitacarta Papirus FSC, desenvolvida pela Gráfica Pigma, não tem colagens. “Ela é aberta na lateral e fica mais volumosa ou mais chata, conforme o volume formado pelas sementes”, explica o designer. Além disso, a cartela sem colagem permite ainda ser aberta para ler o texto interno e fechar novamente sem danificar a embalagem. O formato possui uma gancheira para pendurar, oferecendo praticidade e visibilidade na exposição do produto no ponto de venda. O layout explora a sensação de ar puro e o contato com a natureza. “Esses dois conceitos foram apontados por consumidores como associações imediatas com o produto”, revela Mayer. Ele cita outro desafio no desenvolviEditora Banas

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TAMPA SOFISTICADA E LUXUOSA A Cartier escolheu a Albeá para a criação do novo conceito de embalagem para a fragrância feminina Baiser Volé. A tampa é como uma pequena caixa de joia e foi feita em quatro peças douradas com ABS. A tampa moldada apresenta um contrapeso para uma sensação de metal precioso e pesado. Um ímã no lado direito da tampa facilita o fechamento. O anel, gravado com a assinatura da marca, é feito de uma peça de POM e inclui um segundo magneto, que lembra os fechos utilizados em porta-joias. O botão dourado foi desenhado para dissimular elegantemente a válvula.

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lançamentos internacionais

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Albeá Group, tel.: +33181931987.

IMAGEM IMPERIAL A PZ Cussons selecionou o dispenser elegante RS5 da Rieke Dispensing para a sua linha de gel de banho e creme hidrante Imperial Ocean Fresh. A RS5 oferece uso amigável aos consumidores e esforço operacional mínimo, enquanto o sistema de válvula especial permite um controle cuidadoso do líquido para entregar uma dose precisa de 5ml a cada uso. O dispenser com acabamento em pigmento natural completa o distinto design em curvas da embalagem.

TRANSPARÊNCIA EM VÁRIOS FORMATOS Em parceria com a Grumbe Srl, reconhecida mundialmente como fabricante de embalagens transparentes impressas, a Bell Packaging desenvolveu uma embalagem transparente de alta qualidade no Reino Unido. Tubos, caixas e encartes promocionais podem ser decorados com impressão litográfica, screen e foil. “Nos mercados-chaves, como bebidas, cosméticos e confeitaria, a apresentação dos produtos é cada vez mais importante como ferramenta de vendas”, afirma Peter Lennie, diretor-geral da Bell Packaging.

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Rieke Dispensing, tel.: +1 (260) 9253700.

Bell Packaging, tel.: 01582 459292.

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CONVENIENTE E PORTÁTIL A ActivLab está comercializando a bebida funcional Fit Drink, na Polônia, em latas de alumínio slim de 250ml produzidas pela Ball Packaging Europe. A bebida pronta para o consumo ganhou uma embalagem conveniente e portátil. Graças ao perfil esguio e baixo peso, a lata slim pode ser facilmente transportada em qualquer bolsa esportiva. Além disso, ela é a escolha ideal de embalagem para consumidores que têm um estilo de vida ativo. Ball Packaging Europe, tel.: +49 2102 130 451.

A Heritage Family Specialty Foods Inc., fornecedora de alimentos especiais para os mercados de food service e varejo, acaba de introduzir a pimenta doce Brack Ranch em potes de PET de 1,2 kg fornecidos pela Amcor Rigid Plastics. O pote de PET, pesando 50 gramas, foi escolhido graças ao visual premium e aos benefícios ambientais. “O mais importante é a sua capacidade de entregar benefícios de custo e melhor eficiência para a distribuição dos clubes de compras”, afirma Michael Moss, vice-presidente de marketing da Heritage Family Specialty Foods. Amcor Rigid Plastics, tel.: (734) 302-2515.

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Mercado de orgânicos está em expansão

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Uma excelente oportunidade de negócio para a indústria brasileira de embalagens sustentáveis

demanda dos consumidores por produtos orgânicos cresce constantemente em todo o mundo. Em 2010, os consumidores gastaram Us$ 59 bilhões em produtos orgânicos, segundo um estudo da organic Monitor. os Estados Unidos seguem como o maior mercado de produtos orgânicos, com crescimento de 8% ante 1% do mercado tradicional de alimentos e vendas de Us$ 28,6 bilhões.

alemanha e França são os principais players do mercado europeu de orgânicos. Em 2010, a alemanha registrou vendas totais de produtos orgânicos de 5,9 bilhões de euros. Já a França movimentou 3,4 bilhões de euros, respondendo por 2% de todo o mercado francês de alimentos. as cadeias regionais, varejistas e redes nacionais, como Biocoop e Biomonde, são os principais impulsionadores do crescimento das vendas de produtos orgânicos no País. o uso de alimentos orgânicos no mercado de catering triplicou de 2008 a 2010. no Brasil, o mercado de produtos orgânicos também segue de vento em popa. o País já ocupa o 5º lugar em área de agricultura orgânica no mundo e o segundo lugar entre os dez países com as maiores coleta silvestre orgânica e áreas de apicultura, segundo o relatório the World of organic agriculture Estatistics & Emerging trends 2010 do iFoaM – international Federation of organic agriculture Movements. as vendas externas de produtos orgânicos brasileiros também estão com a bola cheia. o Projeto organics Brasil, que reúne 74 empresas exportadoras de produtos e serviços do segmento orgânico, fechou o ano de 2011 com

AGRICULTURA ORGÂNICA NO MUNDO 7.0%

2.5%

(MILHÕES DE HECTARES) 12.02

AUSTRÁLIA

9.4%

ARGENTINA

34.7% 23.0% 23.4% OCEANIA AMÉRICA LATINA EUROPA

ÁSIA AMÉRICA DO NORTE ÁFRICA

4.01

CHINA

1.85

EUA

1.82

BRASIL

1.77

ESPANHA

1.13

ÍNDIA

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ITÁLIA

1.00

URUGUAI

0.93

ALEMANHA

0.91

Fonte: FiBL/IFOAM survey

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mas de Embalagens, representante exclusiva da roots Biopack para américa Latina.

Luiz Figueiredo Vidigal Pontes, superintendente de embalagem de vidro da Nadir Figueiredo

Uma empresa que decide colocar no mercado um produto orgânico mostra que está preocupada em entregar ao consumidor um produto diferenciado, no qual todo o processo exige características muito particulares. “Por ser um material que não interfere nas qualidades do produto envasado, o vidro é o material ideal, assim as qualidades conseguidas em todo o processo de produção não são perdidas quando em contato com a embalagem”, afirma Luiz Figueiredo Vidigal Pontes, superintendente de embalagem de vidro da nadir Figueiredo. segundo ele, existe um mercado promissor para esse segmento.

Vemos boas perspectivas, apesar de os produtos orgânicos ainda custarem mais caro Us$ 87 milhões em negócios realizados em sete feiras internacionais e missões comerciais.

“Vemos boas perspectivas, apesar de produtos orgânicos ainda custarem mais caro”, acrescenta.

nesse crescente mercado de produtos orgânicos, há excelentes oportunidades de negócios para a expansão da indústria brasileira de embalagens sustentáveis.

a innovia Films, fabricante de filmes de celulose, está trabalhando em vários desenvolvimentos no mercado brasileiro, mas ainda não pode divulgar. “no mercado externo, podemos dizer que já estamos fornecendo esse filme para vários produtos: embalagem de cereais (barra e grãos), embalagem de legumes, embalagem de chocolate, biscoitos etc”, afirma Veruska rigolin, executiva de vendas da innovia Films no Brasil.

o consumidor brasileiro de produtos orgânicos já está se perguntando se a embalagem é reciclável, biodegradável ou compostável, pois, quando ele compra um produto orgânico, leva em consideração se os ingredientes ou componentes do produto são obtidos respeitando a preservação do meio ambiente e a saúde humana e se a empresa respeita os direitos dos trabalhadores etc. “as embalagens amigas do meio ambiente são um complemento essencial ao conceito dos produtos orgânicos. deste modo, as embalagens compostáveis vêm atender aos anseios dos produtores e consumidores de produtos orgânicos”, acredita Mauro Kernkraut, diretor da solupack siste28

aos poucos, os produtores brasileiros de produtos orgânicos estão se adaptando à demanda do consumidor de produtos orgânicos e se conscientizando de que ter o seu produto embalado em uma embalagem sustentável pode se tornar um fator importante na decisão de compra de seu produto no ponto de venda.

“Mas, ainda estamos longe dessa realidade, pois vemos, na maioria das vezes, o produto orgânico embalado em embalagens convencionais e, infelizmente, muitas vezes, usando as alternativas menos sustentáveis”, lamenta Mauro Kernkraut, da solupack sistemas de Embalagens. “nós desenvolvemos um conceito de régua da sustentabilidade das embalagens, no qual trabalhamos visando a usar alternativas mais sustentáveis, passo a passo, mesmo que ainda não seja a alternativa mais sustentável, já encaramos como positivo o fato de caminharmos na direção de usar algo melhor para o meio ambiente”, acrescenta.

MESMA PROTEÇÃO AOS PRODUTOS ORGÂNICOS os produtos orgânicos são mais sensíveis a pragas e às variações de temperatura, umidade, poeira etc. Por isso exigem maior rigor no quesito proteção. “as embalagens biodegradáveis protegem de maneira similar às embalagens convencionais os produtos orgânicos”, esclarece Mauro Kernkraut, da solupack sistemas de Embalagens. Ele continua: “o quesito proteção da embalagem é determinado pela correta seleção dos materiais usados na composição da embalagem, portanto deve-se fazer o desenvolvimento da embalagem sustentável de forma criteriosa, selecionando os materiais mais Filme de celulose possui barreira como qualquer outra embalagem

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DISTRIBUIÇÃO CONTINENTAL DA ÁREA ORGÂNICA POR PRODUTOR 8.100.000

adequados quanto às permeabilidades a gases, umidade, luz UV e resistência mecânica e térmica.” “o filme de celulose, biodegradável e compostável possui barreiras para proteger o produto como qualquer outra embalagem tradicional. não é por ser de celulose que ele não mantém as tradicionais barreiras a luz, ar e umidade”, defende Veruska rigolin, da innovia Films. segundo ela, enquanto a embalagem não for descartada, ela continuará íntegra. “a biodegradação só começa quando entrar em contato com microorganismos. se isso não acontecer, ela continuará protegendo o produto orgânico”, assegura a executiva de vendas. a embalagem de vidro protege muito bem qualquer tipo de produto. “se existir a necessidade de maior proteção, o vidro pode ser de outra cor, por exemplo”, explica Luiz Figueiredo Vidigal Pontes, da

AMÉRICA DO NORTE

220.000 37 EUROPA

2.500.000

ÁSIA

14.062 178

3.300.000 400.000 8

ÁFRICA

900.000 AMÉRICA LATINA

8.200.000

470.000

7.749

2

OCEANIA

1.561

260.000 31

ÁREA (HA) Nº DE PRODUTORES ÁREA POR PRODUTOR (HA)

Fonte: FiBL/IFOAM, 2010.

nadir Figueiredo. Ele continua: “a embalagem é um dos mais importantes pontos de contato entre consumidor e a marca. Ela deve comunicar atributos da marca ou produto. além do material e do design, o rótulo também tem essa função. o conjunto deve encantar o consumidor e mostrar seus diferenciais. E, no caso do produto orgâ-

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nico, esse conjunto deve posicionar o produto como tal.” INFORMAÇÕES INNOVIA FILMS tel.: (11) 5094-9945 | www.innoviafilms.com NADIR FIGUEIREDO tel.: (11) 2697-8800 | www.nadir.com SOLUPACK SISTEMAS DE EMBALAGEM tel.: (11) 3611-1117 | www.solupack.com.br

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s retornáveis 70% Esse é o volume produzido de embalagens retornáveis da Verallia

O antigo hábito dos consumidores brasileiros está de volta para ficar. Os consumidores estão optando pelo consumo de refrigerantes e cervejas em garrafas de vidro retornáveis que, além de serem mais econômicas, são sustentáveis

E

m tempos de sustentabilidade, a garrafa de vidro retornável volta a ter destaque no mercado brasileiro. Essa é uma constatação dos fabricantes de embalagens de vidro. a demanda tem crescido cada vez mais nas categorias de cervejas e de refrigerantes. atuando no mercado de cervejas, a Vidroporto percebeu o aumento da demanda de embalagens retornáveis desde 2009. Gian Piero Bortone, diretor de mercado da empresa, explica o crescimento da garrafa retornável. “o custo do item retornável, que pode ser utilizado por diversas vezes é um fator importante, pois isso acaba se diluindo e viabilizando a operação.”

os retornáveis representam 80% da produção da Vidroporto. “no segmento de cervejas, os retornáveis respondem por 20% da produção e estão presentes nos volumes de litro, 600ml e 300ml”, revela Bortone. no entanto, segundo ele, a tendência é aumentar esse percentual nessa categoria. o conceito de embalagem retornável sempre foi muito associado aos estabelecimentos, como bares e restaurantes, e apenas recentemente, as empresas voltaram as comercializar esse tipo de embalagem diretamente ao consumidor. segundo João Eder da silva, diretor de vendas e marketing da owens-illinois do Brasil, um dos propósitos dessa retomada às embalagens retornáveis é também a economia proporcionada aos consumidores.

Embalagens de vidro produzidas pela Owens-Illinois

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No mercado de cervejas, a garrafa retornável de 600ml tem uma forte presença histórica e representa mais da metade de toda produção envasada nessa capacidade. “A sua participação tem se mantido constante nos últimos anos e o que se observa é o crescimento do mercado de garrafas de vidro one-way (long neck)”, explica Alexandre Mendes de Oliveira, gerente comercial da Verallia.

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Alexandre Mendes de Oliveira, gerente comercial da Verallia

Já no segmento de refrigerantes, segundo ele, a embalagem retornável já foi muito forte no passado e perdeu participação com a chegada do PET. “Contudo, hoje vemos um movimento, mesmo que tímido, da volta das embalagens de vidro retornáveis, em especial, na região Nordeste”, acrescenta Oliveira. Os retornáveis na Verallia respondem por 70% do volume produzido pela empresa.

OPORTUNIDADES EM OUTRAS CATEGORIAS Além do mercado de cervejas e refrigerantes, há oportunidades de negócios para os retornáveis em outras categorias. “Existem oportunidades a serem exploradas no mercado de bebidas alcoólicas”, opina João Eder da Silva, da OwensIllinois do Brasil. Segundo o diretor de vendas e marketing, o mercado de cachaça trabalha com percentual elevado de retorno das embalagens com as maiores produtoras do segmento. “A ideia precisa ser traba-

lhada em outros segmentos, como vodkas, uísques e licores com uma proposta que possa alinhar o conceito de sustentabilidade, economia na cadeia logística e benefícios diretos aos consumidores”, acredita. Alexandre Mendes de Oliveira, da Verallia, também acredita que há um grande potencial a ser explorado pelas embalagens retornáveis, especialmente, no mercado de bebidas destiladas. “A cachaça, principal destilado consumido, utiliza muito este tipo de embalagem, mas deve-se aumentar a fiscalização para combater o mercado ilegal e

evitar o uso indevido”, alerta o gerente comercial. Na opinião de Gian Piero Bortone, da Vidroporto, a demanda de retornáveis em outros mercados tem crescido. “Algumas empresas estão voltando a utilizar as lavadoras, assim como existem os chamados garrafeiros que entregam garrafas de retorno já higienizadas”, afirma.

AS VANTAGENS DAS RETORNÁVEIS Uma das vantagens da retornabilidade, explica João Eder da Silva, da

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Os retornáveis representam 80% da produção da Vidroporto

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Gian Piero Bortone, diretor de mercado da Vidroporto

O custo do item retornável que pode ser utilizada para diversas vezes é um fator importante, pois isso acaba diluindo e viabilizando a operação owens-illinois do Brasil, é a competitividade do preço do produto, além da redução de lixo, uma vez que após seu prazo de reenvase se esgotar, a mesma embalagem poderá ser utilizada como matéria- prima para a produção de novas embalagens, já que a embalagem retornável também é 100% reciclável. “Considerando a Política nacional de resíduos sólidos (Pnrs), podemos concluir que a preferência por embalagens retornáveis será uma forte tendência nos próximos anos”, diz. Estima-se que as embalagens retornáveis podem ser utilizadas entre 25 e 40 vezes, dependendo muito do cuidado e do tratamento que elas recebem. “as embalagens retornáveis, pelo fato de proporcionarem o seu retorno para as indústrias de bebidas diversas vezes favorecem a redução do consumo de matériaprima orgânica, de energia elétrica, reduzem a emissão de Co2 e a somatória desses fatores proporciona um ganho ambiental extremamente significante”, conceitua alexandre Mendes de oliveira, da Verallia. “a embalagem retornável tem um papel muito importante no processo

sustentável, pois quanto maior for o número de embalagens com essa configuração no mercado, menor será o consumo de recursos necessários para produzir novas embalagens”, acrescenta. Para Gian Piero Bortone, da Vidroporto, todos percebem o valor agregado na embalagem de vidro, que gera empregos em diversas áreas sociais, como cooperativas, empresas de pequeno porte, e principalmente, o catador. “dessa forma, ela melhora a logística reversa e diminui consideravelmente o impacto na agressão ao meio ambiente, desafogando aterros e reduzindo a extração de minérios”, defende. (M.H.)

INFORMAÇÕES OWENS-ILLINOIS DO BRASIL tel.: (11) 2542-8000 | www.oidobrasil.com.br VERALLIA tel.: (11)2246-7214 | www.verallia.com.br VIDROPORTO tel.: (19) 3589-3199 | www.vidroporto.com.br

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ENTREVISTA

Prolata Reciclagem vai incentivar a coleta seletiva

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om investimento inicial de r$ 1 milhão e a participação de 15 empresas do setor de embalagem de aço, foi criada, oficialmente, a associação Prolata reciclagem, instituição sem fins lucrativos que visa a reciclar embalagens de aço pós-consumo. Prevista para estar em pleno funcionamento no primeiro trimestre de 2012, a entidade ocupará uma área de quase 1.000m² na zona oeste ou sul de são Paulo. O Prolata Reciclagem pretende reciclar 20 toneladas de embalagens de aço diariamente. Qual é o impacto ambiental dessa ação? a reciclagem de 20 toneladas de embalagens de aço significa um retorno de cerca de 400 mil latas para o processo siderúrgico diariamente. o principal impacto é a economia de 30 toneladas de minério de ferro, já que a cada tonelada de lata de aço pós-consumo que volta para a siderurgia, temos a economia de 1,5 toneladas de minério de ferro. Como a etapa de mineração representa grande impacto na análise de ciclo de vida da lata de aço, com a reciclagem, conseguimos reduzir drasticamente o impacto final. Quais são as siderúrgicas que vão participar do Prolata Reciclagem? a priori, temos como parceira a Csn, isso porque é a única fabricante no Brasil de aço para embalagem, mas qualquer siderúrgica poderá receber as latas pós-consumo. O Prolata Reciclagem pretende trabalhar em parceria com as cooperativas para ampliar o volume de reciclagem de latas de aço? Como isso vai funcionar? sim, as cooperativas serão parte do Prolata. a ideia é criar redes de cooperativas, assim como previsto na Pnrs, para que estas possam comercializar seus resíduos diretamente com as siderúrgicas, e, com isso, terão melhor renda. os centros também poderão receber os resíduos de latas de aço pós-consumo das cooperativas próximas, remunerando-as também de forma mais justa. as cooperativas serão de suma importância para que possamos alavancar os índices de reciclagem de materiais e repasse de informações corretas sobre volumes coletados. Em 2011, o Brasil produziu 600 mil toneladas de embalagens de aço. Desse total, qual é o volume reciclado? Cerca de 290 mil toneladas, 48% do total. Qual é a meta para aumentar o índice de reciclagem de latas de aço? Pretendemos alcançar, nos próximos cinco anos, 70% de reciclagem de latas de aço. Vale lembrar que isso só será possível se tivermos um maior envolvimento 34

Fernando Mourão, presidente da Associação Prolata de Reciclagem

Pretendemos alcançar nos próximos cinco anos, 70% de reciclagem de latas de aço da população em descartar seletivamente o resíduo de embalagem. Como será o processo de formação gratuita de pessoas para a coleta, embalagem e transporte de sucata de aço e a consultoria a associações e cooperativas? a formação será feita no próprio centro Prolata, bastará a inscrição com a apresentação de um documento. isso para que as pessoas possam manejar de forma correta e segura a lata de aço pós-consumo. a ideia é que seja feita em todo o território nacional acompanhando o plano de expansão dos centros Prolata. Hoje qual é o preço pago pela sucata de embalagem de aço? o valor da sucata varia por região. o valor médio é de r$350-400,00/ tonelada.

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Whirpool reduz resíduos em mais de 75 toneladas Em 2012, a meta da empresa é alcançar 100 toneladas de redução de resíduo

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edefinindo processos para construir uma empresa cada vez mais responsável e sustentável, a Whirpool Latin america conseguiu reduzir, em 2011, a geração de resíduos no processo de embalagem de peças de reposição em mais de 75 toneladas, ao diminuir a utilização de materiais, como plásticos bolha e isopor. Em 2012, a meta da empresa é alcançar 100 toneladas em redução de resíduo.

Vanderlei Niehues, gerente geral de sustentabilidade da Whirlpool Latin America

os materiais foram substituídos pela malha de papelão, resultado do reaproveitamento de caixas, que trouxe, ainda, ganhos na conservação das peças e em espaço de armazenamento. “após a transformação do papelão, ele fica maleável, como uma manta, o que permite envolver a peça de reposição. Esta malha possui cavidades intercaladas que tornam o papelão um bom amortecedor de impactos e, com isso, protege e absorve os impactos inerentes à movimentações e distribuição de mercadorias”, explica Vanderlei niehues, gerente geral de sustentabilidade da Whirlpool Latin america. a malha de papelão também é utilizada para preenchimento de volumes de expedição, acomodando as peças internas que são expedidas para os clientes. “o uso da malha de trouxe uma maior praticidade e agilidade no processo e acomodação das peças nas caixas secundárias, trazendo redução significativa em avarias de peças”, acrescenta. o projeto Malha de Papelão foi implantado, em março de 2011, com o objetivo de redução da utilização de papel kraft e de geração de resíduos. “Colocamos como objetivo encontrar uma máquina que pudesse transformar o nosso resíduo em matéria-prima para utilização interna. durante o processo de pesquisa de mercado, encontramos um maquinário que transformava a caixa de papelão em um papelão maleável para o processo de embalagem e expedição de volumes, revela niehues. outro projeto realizado pela Whirlpool é a reciclagem das embalagens de produtos vendidos pelo sistema de venda direta nas regiões da Grande são Paulo e Baixada santista. Em 2011, 70% dos produtos expedidos por esse canal tiveram suas embalagens retornadas e devidamente recicladas. “Essa iniciativa também é compartilhada com nossas revendas, como o Walmart, Cybelar, entre outros, para que eles também possam replicar o modelo em suas operações”, diz o executivo. Whirpool, tel.: (11) 3787-6100. Editora Banas

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Reuso do bem

Em parceria com a Pepsico, a WiseWaste vai ampliar o projeto para transformar 2400 toneladas de embalagens de salgadinhos em 150 mil paletes

WiseWaste produz 8 mil paletes plásticos a partir de embalagens de salgadinhos

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m dos maiores desafios do Brasil, a gestão de resíduos virou lei. o trabalho da WiseWaste, criado pelos engenheiros Gui Brammer, CEo da GreenBusiness e Chico souza, especialista em reciclagem, mostra o compromisso da empresa com a sustentabilidade ambiental, econômica e social. a empresa vai coletar resíduos em indústrias, cooperativas de catadores e pontos de entrega voluntários e transformálos em produtos que serão utilizados nas plantas industriais que geraram esses resíduos. o programa WiseWaste permite criar um ciclo de vida continuado a qualquer produto, e é constituído de três etapas. a primeira, em que a companhia realiza pesquisas para encontrar a melhor solução para cada tipo de resíduo. a segunda, marcada por ações de logística reversa nas plantas das indústrias parceiras, varejo, cooperativas e pontos de entrega voluntária de resíduos. na etapa seguinte há a fabricação de WiseProducts, objetos fabricados a partir do resíduo reciclado e que serão utilizados na cadeia produtiva da indústria geradora do resíduo. a primeira iniciativa da WiseWaste foi transformar 45 milhões de embalagens de salgadinhos, o equivalente a 136 toneladas de BoPP, em oito mil paletes de plástico. Esses paletes – têm as mesmas características mecânicas

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dos paletes de madeira e de plástico tradicional - serão utilizados na planta industrial da Pepsico, para o transporte interno de cargas e substituirão os de madeira, com a vantagem de ser mais resistentes, reciclados e recicláveis. segundo Gui Brammer, o principal desafio foi transformar o filme de BoPP em resina de injeção. “investimentos em pesquisa e desenvolvimento para chegar à formulação correta, além de ter feito testes em fábrica”, informa. Em uma segunda etapa dessa parceria com a Pepsico, a empresa vai produzir, ainda este ano, 150 mil paletes. Para isso, segundo o empresário, serão necessárias 2400

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Em fevereiro, a WiseWaste inicia um grande projeto em parceria com a Procter & Gamble para o reuso de embalagens de xampu, condicionador, lâminas de barbear e sabão em pó. “A iniciativa da Procter & Gamble no Brasil é pioneira, e a ideia é que o projeto brasileiro se transforme em um benchmarking para as demais plantas da companhia no exterior”, revela Brammer.

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toneladas de BOPP, o equivalente a 800 milhões de embalagens. “O nosso objetivo é gerar demanda para o resíduo. Para isso, estamos treinando as cooperativas de reciclagem para a correta identificação do BOPP. Esse trabalho já vem sendo feito em cinco cooperativas de São Paulo”, revela. “Hoje o preço do BOPP é de R$ 0,35 a R$ 0,50 o quilo, bem abaixo do valor do PET e do alumínio que são comercializados a R$ 1,50 e R$ 2,50 o quilo, mas se nós geramos a demanda do material e garantimos o pagamento, isso vai fomentar o mercado de BOPP.”

Gui Brammer, CEO da GreenBusiness

A WiseWaste agrega 16 grandes recicladoras que atuam no Brasil e por isso tem know-how para reciclar qualquer tipo de material e desenvolver novas tecnologias para resíduos que ainda não têm solução. Entre as metas para 2012, segundo

Brammer, é terminar o ano com 30 parceiros de reciclagem e cinco grandes parceiras de diferentes segmentos da indústria de produtos de consumo, como alimentos, vestuário, calçados, eletrônicos. WiseWaste, www.wisewaste.com br.

BREVES Movimento Nacional pela Reciclagem da Caixinha

Suzano Papel e Celulose recupera embalagens

Sacola de amido de milho: nova alternativa

Em janeiro, a Tetra Pak lançou o “Movimento Nacional pela Reciclagem da Caixinha”, durante a corrida XV Troféu Cidade de São Paulo Carrefour 10 km, que contou com cerca de nove mil participantes. Com o slogan “Caixinha não é lixo. Recicle com a gente.”, a ação convidou as pessoas a realizarem a separação dos resíduos. Na ocasião, a empresa também realizou a demonstração do processo de reciclagem das caixinhas, expondo como é realizada a separação do papel dos outros elementos que compõem a embalagem longa vida.

O Programa Brigada Suzano Report® em parceria com a TerraCycle tem o objetivo de estimular uma ação coletiva voluntária para a recuperação de embalagens de papel cut-size, promovendo novos usos ao material. Além disso, a Suzano Papel e Celulose submeteu a pegada de carbono de seus produtos à certificação Carbon Reduction Label concedida pela instituição Carbon Trust. Como uma evolução dessa plataforma desenvolveu o papel Suzano Report® 3600, cuja pegada de carbono é calculada, certificada e compensada.

Para o presidente-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paolinelli, a mudança de comportamento do varejo e dos consumidores pode estimular ainda mais a opção do agricultor por plantar milho no Brasil – o país é o terceiro maior produtor mundial do cereal. “O brasileiro usa em média 66 sacolas por ano. Esse número deve diminuir, o que é bom, mas é melhor ainda para o milhocultor, que passa a ter nessa nova indústria mais uma opção de cliente para seu produto”, aponta.

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As embalagens na terra dos cangurus! Os australianos valorizam os materiais recicláveis, destacando-os na rotulagem das embalagens

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Assunta Napolitano Camilo

Instituto de Embalagens visitou a Austrália para conhecer e pesquisar sobre embalagens com o Instituto de Embalagens de lá! A Austrália, embora seja um país enorme, tem uma população relativamente pequena. É um país jovem, com grande potencial e IDH muito maior que o nosso (quase cinco vezes mais) e tem perfil de consumo de embalagem igual aos países de primeiro mundo.

Embora a situação econômica pareça muito boa, o país tem sofrido muito com a “desindustrialização” que se iniciou no momento em que começaram as importações de bens, produtos, máquinas e embalagens da China, depois de outros países asiáticos. No princípio a redução dos custos foi interessante, no entanto, depois de algum tempo, notou-se um sensível aumento no desemprego e a diminuição da

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cientizar a população para reverter o quadro. Situação delicada!

O objetivo é conscientizar a população para a valorização dos produtos locais indústria como um todo. Atualmente, a indústria australiana está trabalhando forte numa campanha geral, destacando nos produtos, o selo de “Australian Made”, entre outros, com o objetivo de cons-

Há forte preocupação da sociedade com a questão da preservação ambiental e, por isso, o País começou a praticar em algumas regiões, a cobrança de depósito para garrafas ou latas de bebidas (10 centavos a serem reembolsados na devolução). Valorizam bem os materiais recicláveis, destacando-os na rotulagem das embalagens. Algumas redes de supermercados usam sacolas biodegradáveis.

Pontos de venda Há grandes mercados abertos nas grandes cidades (como nossos mercadões ou feiras livres), além de mercados menores nas demais cidades. A instituição principal são as redes de supermercados ou mercados simples. Há tam-

bém as drogarias e lojas de bebidas (uma vez que os mercados não podem vender bebidas com álcool). Os principais mercados são: o Woolworths (principal), o Coles (mais antigo) e o IGA. É uma população que preza muito pela qualidade de vida, com a prática de esportes. São muito amistosos aos estrangeiros e convivem muito entre amigos. Existem muitos imigrantes de quase todas as partes do mundo, em especial chineses, indianos e orientais, convivendo em harmonia. Aproveitando esta característica, muitas empresas fazem campanhas sociais e ambientais, usando seus produtos como veículos, esse é o caso da água “Snowy” que promove a campanha contra o câncer de mama. O protetor solar “Every Day” apoia um centro de pesquisa de câncer de pele.

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Fonte: Instituto de Embalagens da Austrália

A questão da sustentabilidade torna-se uma das mais relevantes, cada vez mais, em lugares ao redor do mundo os australianos investem consideravelmente em boa alimentação. Há predomínio de sucos à base de frutas e refrigerantes com suco de frutas na maioria em embalagens PEt com rótulos termoencolhíveis bem como autoadesivos. as embalagens de refrigerantes de vidro também usam tampas de alumínio na sua maioria. a Coca Cola para se aproximar de seus consumidores realizava uma campanha publicitária milionária, colocando nas embalagens nomes de pessoas que participaram de um programa pela internet, além disso, tinha embalagens com as mensagens “divida sua Coke com a sua Mãe” ou “com o Papai noel” interagindo com o público. Vários nomes estavam disponíveis, como Madelaine, rebecca, Joan, adam, entre tantos outros. além dos energéticos que tomam 40

(TONELADAS) CONSUMO TOTAL 75,3%

RECICLAGEM

57.196 36.600 ÍnIo

aLU M

43.583

127.601

3% 34,2% 1% 64%

Lat ad ea Ço

199.812

37,5%

PLÁ stI Co

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24%

532.251

49,3% 12%

153.808 519.600

2.602.000

60%

PaP eL/ CaR tÃo

APROX. 400 APROX. 130

eM Pes BaLa soa Gen /an s/ o

US$10 BILHÕES US$26 BILHÕES

191.000.000

BRASIL

Ind eM ÚstR BaL Ia aGe de ns

5.7%

22.700.000 ULa ÇÃo PoP

4.4 %

ta InF Xa de LaÇ Ão

48,951 Us$ 8,626 Us$ PIB CaP PeR Ita

1,635.521 Bn. Us$

PIB

1,059.489 Bn. Us$

AUSTRÁLIA

CONSUMO X RECICLAGEM DE MATERIAIS

1.960.000

NÚMEROS COMPARATIVOS: AUSTRÁLIA/BRASIL

Fonte: Instituto de Embalagens da Austrália

de certa forma o lugar das bebidas alcoólicas junto aos jovens, encontrei lá uma categoria de bebidas “calmantes” e desintoxicantes como a “EsC”. nome bem sugestivo, não? alguns produtos são quase que “instituições” da austrália: o Weet Bix®, o Vegemite® e o tim tam®. o Weet Bix ® é o cereal matinal australiano em formato de barra que, ao derramarmos o leite sobre ele, se desmancha, lembra muito a nossa farinha láctea matinal. o Vegemite® é uma pasta preta salgada feita a partir de extrato de levedura, usada para dar sabor a torradas ou queijos, diria que muito estranho para o nosso paladar. o timtam® é um biscoito coberto por chocolate, que lembra o nosso Bis, hoje em versões de chocolate branco, menta, entre outras opções de apresentação. as mesmas características de inovação que observamos em outros países estão presentes nas tendências australianas: conveniência, por exemplo, é quase uma regra! Encontramos muitos produtos congelados ou pré-preparados,

ou ainda desidratados, mais em função da preocupação dada à saúde e segurança, destacando atributos, como sem conservantes, sem adição de corantes ou saborizantes. Boa parte dos produtos é classificada como vegetariana por não conter glúten e por ter níveis de redução na quantidade de gordura, sódio, proteína. tudo de forma muito fácil e clara para o consumidor, mais do que serviço, consideração e respeito. destacaria o painel de informação usado em todos os produtos alimentícios e a apresentação do caldo de galinha da marca Campbells®, o produto vem numa bisnaga, bem prático para o uso. Entendemos que as tendências mundiais são aplicáveis e a questão da sustentabilidade torna-se uma das mais relevantes, cada vez mais, em lugares ao redor do mundo. Melhor assim porque como sempre afirmamos por aqui: embalagem melhor, mundo melhor!.

*Assunta Napolitano Camilo é diretora do Instituto de Embalagens e da consultoria FuturePack.

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direto da gôndola

A importância do nome da marca Fotos: Divulgação

Uma boa marca deve ter um nome óbvio. Uma palavra que remeta diretamente ao negócio. Xô Inseto e Proibida são exemplos de sucesso

Assunta Napolitano Camilo*

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odo projeto sempre começa pelo sonho, que depois toma corpo, atinge o coração e o racional. O sonho se transforma em meta, um plano a ser traçado com objetivos intermediários e assim por diante. Isso todo mundo sabe. Mas será que sabe mesmo? Muitas vezes, pela ansiedade de colocar o projeto em andamento, as pessoas se esquecem de considerar aspectos que são muito valiosos na construção da marca e no bom desempenho do produto. Os detalhes podem fazer toda a diferença para o sucesso de uma grande ideia ou produto! A escolha do nome do produto deve ser pensada, analisada e fazer sentido com o conceito do projeto, considerando o elevado grau de importância do nome da marca. Para melhor compreensão da importância do nome, destacamos nesse artigo, duas empresas que tiveram muita competência para escolher o nome de seus produtos. A cerveja Proibida e o creme para afastar insetos Xô inseto. Esses produtos foram encontrados nas prateleiras do supermercado Bom Preço, do grupo Wal-Mart, na cidade de Recife (PE), no final de novembro de 2011. Produzida na cidade de Pindoretama (CE), a cerveja Proibida da Companhia Brasileira de

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Bebidas Premium (CBBP) chegou ao mercado em meados de 2011. A cerveja está disponível nas versões lata de 350ml, garrafas de 600ml e long necks. Para fazer jus ao nome, a companhia tem uma estrutura de produtos de altíssima qualidade, além de uma fábrica de ponta estrategicamente localizada. Hoje atende cidades de Pernambuco, Piauí e, pela internet, a Like Store chega a atender todo o Brasil. A Proibida chegou ao mercado se posicionando como uma cerveja premium, inovadora, ousada, moderna e original. Ela conquistou o seu espaço. Certamente, o nome escolhido ajudou muito no atual posicionamento da cerveja porque desperta a curiosidade, chama a atenção de muitos consumidores para a compra do produto por conta da surpresa, do novo, e até mesmo, por causa da proposta conceitual. É certo que o conjunto nome/marca/embalagem vende na primeira vez, mais daí para frente, o mérito do produto vem de sua qualidade. Além do nome, a empresa se preocupou com a marca, com as cores, os elementos gráficos, com todo o conjunto harmônico nas embalagens adequadas ao públicoalvo. Para conferir personalidade forte à marca foi utilizado o mitológico Grifo, com cabeça e asas de uma águia e corpo de

leão, representando a união das melhores qualidades desses animais: a bravura do leão com a visão privilegiada da águia. Elementos gráficos foram inseridos no próprio nome, aplicando-se um símbolo de proibido no O (cortando-o) e seguindo as cores da categoria: branco, vermelho e ouro. Os rótulos metalizados atraem a atenção dos consumidores e conferem status à nova marca. Apesar de nova, a marca já coleciona prêmios e a preferência de muitos consumidores. A Proibida conquistou o prêmio Top de Marketing da ADVB/PE” pela campanha com o slogan Liberaram a Proibida que foi desenvolvida para entrar nos pontos de venda em Recife. Em outro segmento, a Cimed, tradicional indústria de produtos farmacêuticos, resolveu abraçar também o mercado de cosméticos, iniciando suas novas investidas em produtos mais próximos dos consumidores, como protetores solares e repelentes. A empresa iniciou pelo próprio canal farma, aproveitando a rede de distribuidores cadastrados e estreou recentemente nos canais de massa. Novamente, o nome escolhido traduz ao público a que veio. Numa forma divertida e inesperada, Xô Inseto apresenta quase que uma paródia ao concorrente e se mantém positivamente no mercado. A linha de produtos conta com fórmulas em spray na versão kids, e o carro-chefe são os frascos de 200ml e 100ml. O formato dos frascos facilita a pega e não escorrega facilmente das mãos. As cores do rótulo e alguns ícones, como o da família, seguem o líder. A escolha dos nomes e a brincadeira com o imaginário dos consumidores foram aspectos decisivos para o sucesso desses dois exemplos. Que assim seja também na sua empresa. Cuide bem do nome do seu produto, da qualidade, da embalagem certa e adequada porque o sucesso merece ser muito bem planejado! *Assunta Napolitano Camilo é diretora do Instituto de Embalagens e da consultoria FuturePack.

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aguarde a nossa próxima edição >

edição 175

março / 2012

Mercado de cosméticos

ESPECIAL EMBALAGENS DE PAPEL CARTÃO

Esse é o assunto da edição de março da revista Pack.

MAIS INFORMAÇÕES (11) 3500-1910 | publicidade@editorab2b.com.br | www.pack.com.br EDITORA BANAS

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notas técnicas

EMBALAGEM DE ENVASE E TRANSPORTE A Unipac – uma divisão de negócios do Grupo Jacto – desenvolveu uma embalagem específica para envase e transporte de Arla 32 (agente redutor líquido automotivo), um aditivo que, ao ser injetado no escape de veículos a diesel, reduzirá quimicamente as emissões de gases provenientes de motor, liberando nitrogênio e vapor de água, que não são prejudiciais ao meio ambiente. Ela foi desenvolvida tomando como base as medidas do palete padrão PBR (1mx1,2m) que permite a colocação de 15 peças no lastro do palete para o modelo de 20 litros e 25 unidades para a versão de 10 litros e, ainda, empilhamento de 1+2 camadas. As peças contam com bico prolongador que simplifica o abastecimento do aditivo. Está disponível com volumes de 10 ou 20 litros. UNIPAC Embalagens Ltda. Tel.: (11) 5633-3800 | info@unipacnet.com.br

EMPACOTADORA AUTOMÁTICA Indicada para empacotamento de produtos sólidos, granulados refinados ou em pó, a empacotadora automática MG-1000, da Indumak, opera com capacidade de produção de até 70 pacotes/min. Pode ser aplicada tanto para alimentos como também peças e outros produtos em diferentes formatos de embalagens. Possui fácil acesso aos componentes da máquina, facilitando a operação, manutenção, limpeza e conservação. A empacotadora pode receber diversos tipos de dosadores e produzir vários formatos de pacotes da linha Indumak. Indústria de Máquinas KREIS Ltda. Tel.: (47) 2106-0510 | indumak@indumak.com.br

EMBALAGEM CARTONADA Com a nova tampa LightCap, uma abertura ampla, com 30 mm de diâmetro, a embalagem Tetra Brik Aseptic 1000 Edge possui uma face superior inclinada, trazendo ainda mais funcionalidade e conveniência. A novidade pode envasar diversos tipos de bebidas longa vida, como leites, leites enriquecidos com vitaminas ou ômega 3, leites aromatizados, bebidas de soja, sucos, néctares e vinhos, sem a necessidade de refrigeração ou adição de conservantes. A nova embalagem é certificada pelo FSC (Forest Stewardship Council). TETRA PAK LTDA. Tel.: (11) 5501-3200 | falecom@tetrapak.com

GUILHOTINA Ideal para pequenos formatos de até DIn A3, a guilhotina Polar 66 possui sistema de posicionamento direto DPS, sistema de medidas intercambiáveis, ajuste automático das medidas individuais, programação durante o corte, painel de comando central, capacidade de armazenamento de 99 programas, proteção contra sobrecarga, autodiagnóstico de erros, entre outras características. A especial precisão de corte pode ser atribuída a sua robusta construção e ao sistema de exploração direta de medidas. HEIDELBERG do Brasil Ltda. Tel.: (11) 5525-4484 | atendimento@heidelberg.com

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MÁQUINA DE MEDIÇÃO A Starrett desenvolveu a LF463, um sistema de medição óptico tridimensional da linha de máquinas multissensores de instalação direta em piso, que aumenta a exatidão na medição de dimensões críticas, com opção de medidas por apalpação, sistema de iluminação que não sofre influência de luzes externas e mancal aeroestático. Possui capacidade de medição de X-Y de 460 mm - 305 mm e faixa de medição Z de 200 mm. A base de granito maciço e a ponte com guias e mancais aerostáticos oferecem maior exatidão nas medições e estabilidade da máquina. STARRETT Indústria e Comércio Ltda. Tel.: (11) 2118-8000 | falecom@starrett.com.br

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ENVASADORA AUTOMÁTICA A envasadora rotativa automática EBR de avanço intermitente opera com capacidade de 1000 a 6 000 garrafas/h, dependendo do número de linhas e do tamanho das garrafas. Permite termoselagem das tampas de alumínio, fechamento tipo axial para tampas com fechamento screw-on e twist-off e fechamento a pressão para tampas snap-on ou batoque. PRIMO Y CIA do Brasil Ltda. Tel.: (14) 3882-8282 | www.primoycia.com

SELADORA SEMIAUTOMÁTICA SELADORA AUTOMÁTICA A seladora automática, da GRC, está disponível em quatro diferentes potências – 2 kW, 3kW, 4kW e 5kW – com capacidade de selagem que pode chegar até a 600 frascos/min. Possui diversos tipos e tamanhos de cabeçote para tampas com diâmetros de até 130 mm e sistema próprio de refrigeração a água com circuito fechado. Além de opcionais como suporte especial com regulagem de altura via volante e regulagem horizontal, painel e estrutura de aço inox 304 e detectores de falta de selo e de frasco parado sob a bobina. GRC Indústria e Comércio de Equipamentos Eletroeletrônicos Ltda. Tel.: (11) 4584-0011 | grc.ind@terra.com.br

MÁQUINA DE EMBALAR

A seladora semiautomática Selca 1000, da Strapet Embalagens, é indicada para aplicação de cintas adesivas. Possui dois tipos de cabeças: uma para fitas de 38 a 50 mm e outra para fitas de 50 a 70 mm de largura. Trabalha também isoladamente com módulos de esteiras de entrada e saída. Pode ser adaptada nas linhas de esteiras existentes. Opera com diversos tamanhos de caixas, fechando o topo e o fundo simultaneamente por meio de ajuste manual fácil e rápido. STRAPET Embalagens Ltda. Tel.: (15) 3491-9000 strapet@strapet.com.br

Compacta e simples, a Opus 10 permite automatizar o processo de embalar e codificar. Incorpora controlador de funções CLP de alta performance, sistema de segurança humana homologado pela norma ABNT, sistema de segurança para evitar a quebra de produto. Opera com embalagens com medidas mínimas de 75 mm de largura x 90 mm de comprimento e medidas máximas de 150 mm de largura x 240 mm de comprimento. OPUSPAC Ltda. Tel.: (19) 3878-1036 | opuspac.com.br CHAPA ALVEOLAR DE PP

TERMOFORMADORA Com estrutura e proteções em aço inox Aisi 304, a termoformadora SimplePack é indicada para médias e pequenas produções. Possui corrente de transporte com pinças em aço inoxidável, desbobinamento do filme de formação com freio eletromagnético ou motorização e painel IP65. Não necessita lubrificação externa devido aos movimentos autolubrificantes. Permite movimentação automatizada única para selagem e formação da embalagem. Opera com capacidade produtiva de até 16 ciclos/min.

A chapa alveolar Plastionda de PP, desenvolvida pela Atco Plásticos, oferece resistência mecânica, resistência a impactos, resistência a óleo, umidade, calor, frio, vapores e poeira. Está disponível na largura máxima de 2000 mm e em qualquer comprimento. ATCO PLÁSTICOS Ltda. Tel.: (19) 3826-8500 atco@atco.com.br

SELOVAC Indústria e Comércio Ltda. Tel.: (11) 5643-5599 | selovac@selovac.com.br

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FERRAMENTA PNEUMÁTICA DE CINTAR A ferramenta pneumática de cintar P360, da Brasilpack, é indicada para aplicações pesadas com fitas de PET com larguras de 19 mm a 32 mm e com espessuras de 0,40 a 1, 53 mm, permitindo uma alta força de tensão de até 7000 N. O tempo de selagem pode ser ajustado individualmente. Oferece selagem de alta resistência e é adequada para operação contínua. BRASILPACK Sistemas de Embalagens Ltda. Tel.: (11) 4583-6000 | g.camargo@brasilpackembalagens.com.br CANTONEIRAS E RIPAS DE PAPELÃO

SISTEMA DE AMARRAÇÃO COM FIO O sistema de amarração da Série Centauro, comercializado pela Furnax, apresenta estrutura em ferro fundido, duas mesas de aço inox para apoio do movimento dos produtos que estão sendo amarrados, acionamento por pedal e locomoção por meio de rodas. Opera com velocidade de amarração com ciclo de 2 segundos e tensão de amarração ajustável. Utiliza fitilho ou fio sintético plano ou torcido. FURNAX Comercial Importadora Ltda. Tel.: (11) 3277-5658 | vendas@furnax.com.br

Fabricadas em diversas camadas de papel, as cantoneiras e as ripas de papelão, da Transpack, oferecem excelente rigidez e versatilidade, assegurando uma apresentação impecável ao produto. Reduzem custos de transporte e armazenagem devido à possibilidade de sobreposição de paletes. Facilitam as operações de carga e descarga. Permitem a personalização do produto, com impressão da logomarca, por exemplo. TRANSPACK Indústria e Comércio Ltda. Tel.: (12) 3157-1480 alain@transpack.com.br

SOPRADORA A sopradora para termoplásticos HFBA, da Meggaplástico, pode ser equipada com cabeçotes por extrusão contínua simples até 10 cavidades ou cabeçotes acumuladores. Oferece hidráulica proporcional para todos os movimentos da máquina, abertura e fechamento das placas portamoldes e cabeçote comandados por servo-válvulas. Possui programador de parison moog e sistema de amortecimento para proteção de molde, sistema de carro inclinado para movimentação da mesa com sistema de lubrificação centralizado e automático. Opera com capacidade de plastificação de 30 até 100 kg/h e força de fechamento de 3.8 t até 11 t. MEGGA Tecnologia Comércio de Máquinas Ltda. Tel.: (11) 4529-4850 | atendimento@meggaforming.com.br

TERMORREGULADOR O termorregulador TMTI, da Santana Refrigeração, foi projetado para controlar a temperatura de processos industriais que utilizam água ou óleo como fluido. Para água, existem opções de temperatura de 90ºC ou até 130ºC com água pressurizada. Para o óleo térmico, são fabricados para as mesmas temperaturas ou com alternativas de até 250ºC sob consulta. Possui painel elétrico isolada da unidade hidráulica conforme IEC, controle de nível para proteção das resistências e reservatório e resistências em aço inoxidável. SANTANA Refrigeração Industrial. Tel.: (11) 2423-5900 | refrisat@refrisat.com.br

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ISOLMANTA DE PEBD Atóxica, impermeável, flexível e reciclável, a isolmanta de polietileno de baixa densidade (PEBD), da Cinco Estrelas, pode ser utilizada em diversos setores, como automobilístico, calçados, bolsas, construção civil, eletroeletrônicos etc. Oferece fácil manuseio, leveza no trabalho e proteção contra choques mecânicos. Pode ser fornecida em bobinas, bobinas cortadas e picotadas, sacos, lâminas, placas, perfis, tubos etc. CINCO ESTRELAS Papéis Embalagens Ltda. Tel.: (47) 3646-2758 | 5estrelas@5estrelas.ind.br

IMPRESSORA FLEXOGRÁFICA Para produção de etiquetas e rótulos adesivos, a impressora flexográfica RN 500, da Reinaflex, apresenta sistema de tambor central com larguras de 400 a 500 mm. Possui estrutura em aço inox SAE 1045 com chapa 5/16” ou 5/8” de espessura, eixos expansivos pneumáticos com diâmetro de 3” e capacidade para bobinas de até 800 mm. Conta ainda com sistema de registro lateral/longitudinal com máquina em movimento e conta metros digital com parada programada. Opera com capacidade de até seis cores de impressão e velocidade de até 60 m/min. REINOS Indústria e Comércio Ltda. Tel.: (11) 2341-3323 | reina.flex@terra.com.br

SOPRADORA

EMBALAGENS RETORNÁVEIS E AUTOEMPILHÁVEIS

A sopradora JBL 2000-P, da JB Lemanski, apresenta sistema de fechamento de molde Radial e acionamentos pneumáticos de fácil manutenção, além de dois fornos paralelos com sistema de transporte das preformas por correia. Conta ainda com alimentação de preformas totalmente automático juntamente com extrator e orientador de garrafas que permitem a continuidade do processo para a linha de envase.

Produzidas pela Polibras, as embalagens retornáveis e autoempilháveis eliminam as embalagens one-way e reduzem os custos com a eliminação de embalagens intermediárias. Podem ser desmontáveis, reduzindo custos de frete/retorno e oferecem melhor aproveitamento e acondicionamento das peças, além de melhor proteção e ganhos de produtividade em processo de paletização manual ou automático. Podem ser fabricadas, conforme a necessidade do cliente, analisando seu fluxo de processo de produção e logística até seu cliente final. ATUAL INDUSTRIAL Importação e Exportação Ltda. Tel.: (11) 4182-8000 | vendas@polibras.com.br

JB LEMANSKI & Cia Ltda. Tel.: (45) 3277-0979 jblpet@jblpet.com.br INJETORA A injetora Jetmaster Série C2 apresenta sistema de filtragem com filtro de óleo de alta performance e painel de comando Ai11 com interface multilíngue standard, construído em rede, diagnóstico avançado inteligente, e capacidade de manter dados armazenados por mais de cinco anos sem alimentação externa. O controlador tem memória com capacidade para armazenar até 150 moldes, CPU de alta velocidade, display gráfico de monitoramento para melhor visualização durante a operação e comporta até 60 zonas de controle adicional de câmara quente. Opera com capacidade de injeção de 537 g até 2340 g e força de fechamento de 268 t até 568 t. ALFATERM Indústria e Comércio Ltda. Tel.: (11) 4156-3020 | alfaterm@alfaterm.com.br

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33.............. ABEAÇO...........................................www.abeaco.org.br

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26 e 27..... ROLAND.......................................www.rolanddg.com.br

47 e 50..... INSTITUTO DE EMBALAGENS.........................................

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...............................................www.institutodeembalagens.com.br 49.............. INTERTEC............................ www.intertecequip.com.br 2ª Capa..... LAMIPACK................................... www.lamipack.com.br

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