Revista Pack 194 - Outubro 2013

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www.pack.com.br

194

ANO•16 OUTUBRO

2 0 1 3

R$ 15,00

EMBALAGEM

TECNOLOGIA

DESIGN

INOVAÇÃO

ENTREVISTA

ESPECIALISTAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS FALAM SOBRE QUALIDADE

Embalagens metálicas ganham mercado como materiais promocionais

ED

ÃO

Economia e eficiência: A tecnologia empregada no fechamento de embalagens

EM ASCENSÃO

A Ró emb im D E tu ala por N Au los ge tâ O to te ns nci V E m rm t a e s açã oe emá das M B RO of o, c nco tic tw on lh as ar tr íve e ol is e

AS EMBALAGENS DAQUI A 20 ANOS

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Foto: Leandro Andrade

carta ao leitor

COMO VOCÊ SE VÊ DAQUI A 20 ANOS?

T

odo mundo tem aquela curiosidade em saber como será o futuro. Nesta edição, tentamos antecipar com os melhores profissionais, nacionais e internacionais, como estará o mercado de embalagens daqui a duas décadas. Antonio Cabral, Assunta Napolitano, Eloisa Garcia, Fabio Mestriner, Lincoln Seragini e Mauricio Groke deram suas opiniões sobre o mercado brasileiro. Já internacionalmente, colaboraram conosco especialistas dos Estados Unidos, Grécia, França, Reino Unido, Austrália, Argentina e África do Sul, pertencentes a grandes instituições do segmento em seus países. Nosso levantamento contou também com dados da feira Interpack – Messe Düsseldorf, Pira Internacional (Associação Internacional de Pesquisas e Análises de Embalagens), além de um estudo feito pelo Núcleo de Estudos da Embalagem da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Com base nesses depoimentos, trouxemos para você, leitor, as particularidades deste mercado em cada país e identificamos as grandes evoluções da cadeia para os próximos anos. E nossas matérias não pararam por aí. Abordamos como as embalagens metálicas têm sido identificadas como materiais promocionais de decoração que alavancam vendas, além de gerar lembrança de marca espontânea por longos períodos. Números apontam que a demanda interna de produtos transformados de alumínio deverá

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atingir mais de 1.400 mil toneladas, volume 3,7% superior ao total produzido em 2012, sendo a indústria de embalagens responsável por 30% desse consumo no País, segundo dados da Associação Brasileira do Alumínio (Abal). Outro destaque fica para o fechamento avançado das embalagens. Com o aumento do poder aquisitivo da população, empresas investem em inovação para oferecer mais segurança e praticidade. De acordo com o estudo “Brasil Pack Trends 2020” / Ital, até 2016, a participação do Brasil no mercado mundial de embalagens aumentará de 3,7% para 4% fazendo com que o País suba da 7ª para a 5ª posição no mercado global. E este mês, além do nosso especial do futuro das embalagens, comemoramos 17 anos de atuação neste setor, uma preocupação constante, além do compromisso, é claro, de levar ao nosso leitor as informações mais relevantes que contribuem para o desenvolvimento deste mercado. E, como presente de aniversário, convidamos você a participar da 8ª Pesquisa Pack Destaque de Preferência, realizada anualmente desde 2006 pelo Club de Pesquisa Opinião & Mercado, com o objetivo de qualificar os melhores fornecedores da cadeia. Contamos com a sua opinião: acesse www.pack.com.br e nos ajude a construir um novo cenário. Obrigada e boa leitura!

THAIS MARTINS EDITORA CHEFE redacao@pack.com.br

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sumário

A N O • 1 6 OUTUBRO

Foto: Leandro Andrade

2013

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Foto: Meister

INOVAÇÃO

EMBALAGEM TECNOLOGIA DESIGN

ENTREVISTA Profissionais brasileiros de embalagens traçam o futuro do setor

8 INTERNACIONAL

40

CAPA Embalagens metálicas ganham mercado como materiais promocionais

Especialistas dos Estados Unidos, da Grécia, França, do Reino Unido, da Austrália, Argentina e África do Sul, falam do segmento e dos próximos desafios.

24 FECHAMENTO AVANÇADO

Com o aumento do poder aquisitivo da população, empresas investem em inovação para sistemas de abertura e fechamento de embalagens.

32 ENTREVISTA

Antonio Cabral, Assunta Napolitano, Eloisa Garcia, Fabio Mestriner, Lincoln Seragini e Mauricio Groke falam sobre as embalagens daqui a 20 anos.

40 OBJETOS DE DESEJO E DECORAÇÃO

Embalagens metálicas são identificadas como materiais promocionais, alavancam vendas e geram lembrança.

46 ESPECIAL Foto: Crown

Pesquisa do Núcleo de Estudos da Embalagem da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) aponta o futuro do segmento até 2025.

52 ARTIGO

A relevância da logística reversa para os materiais: liner de autoadesivos e para-brisas automotivos.

24

AVANÇO Empresas investem em sistemas de abertura e fechamento

4

SEÇÕES 6 AGENDA

22 VANGUARDA

7 PACK ONLINE

23 LANÇAMENTOS INTERNACIONAIS

16 NOTÍCIAS

50 DIRETO DA GÔNDOLA

17 VAI E VEM DO MERCADO

51 PACK LEITURA

18 ATUALIDADES

54 NOTAS TÉCNICAS

EDITORA B2B

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agenda FEIRAS NO BRASIL

EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO

DATA

FEIRA

LOCAL

ORGANIZAÇÃO

De 5 a 8 de novembro de 2013

Fispal Tecnologia Nordeste Feira Internacional de Embalagens, Processos e Logística para Indústrias de Alimentos e Bebidas

Centro de Convenções de Pernambuco Recife - Brasil

BST Informa Tel.: (11) 3598-7800 www.bstinforma.com.br

PUBLISHER: Fernando Lopes EDITORA CHEFE: Thais Martins COLABORARAÇÃO: Zulmira Felício e Analice Fonseca ASSESSORA TÉCNICA: Assunta Camilo (FuturePack) assunta@futurepack.com.br REVISÃO: Nazaré Baracho SECRETÁRIA: Sandra Gomes PROJETO GRÁFICO: Editora B2B PRODUÇÃO: Luciano Tavares de Lima (gerente) DESIGNER: Ana Claudia Martins CAPA: Ana Claudia Martins

CONSELHO EDITORIAL

FEIRAS NO EXTERIOR

Assis Garcia – diretor do Centro de Tecnologia de Embalagem – CETEA; Eduardo Yugue – gerente de embalagens da Nestlé; Geraldo Cardoso Guitti – presidente da Refrigerantes Convenção; Iorley Lisboa – gerente de embalagens do Wal-mart; João Batista Ferreira – CEO da J2B Innovation to Business; Lincoln Seragini – diretor – presidente da Seragini Farné; Luis Madi – diretor - geral do ITAL - Instituto de tecnologia de Alimentos; Nivaldo Ferreira Lima – gerente de compras do McDonald´s Brasil

DATA

FEIRA

LOCAL

ORGANIZAÇÃO

De 15 a 16 de outubro de 2013

TexasPack – Feira de tecnologia e equipamentos de embalagem para fornecedores one-on-one

Reliant Center | Houston, TX

UBM Canon Tel.: 310-445-4200 www.ubmcanon.com

De 16 a 23 de outubro de 2013

Feira K – Criação de plásticos, ferramentas e matérias-primas

Düsseldorf – Alemanha

Messe Düsseldorf GmbH +49(0) 211/ 45 60-01 www.k-online.de/

De 29 a 30 de outubro de 2013

MinnPack Feira de recurso abrangente de embalagem

Minneapolis Convention Center | Minneapolis, MN

UBM Canon Tel.: 310-445-4200 www.ubmcanon.com

Executivos de Negócios – Rio de Janeiro Art Comunicação S/C Ltda. Contato: Francisco Neves Rua Des. João Claudino Oliveira e Cruz, 50 – cj. 607 – CEP 22793-071 – Rio de Janeiro-RJ Tels.: (21) 2269-7760 – (11) 9943-5530 – Fax: (21) 3899-1274 banasrj@uol.com.br

De 13 a 14 de novembro de 2013

Empack Madrid – Feira de embalagens para alimentos e máquinas para embalagens

Ifema Feria de Madrid | Madrid, Espanha

easyFairs Iberia Tel.: 34 91 559 10 37 www.easyfairs.com

Rio Grande do Sul Interface Comunicação e Propaganda Ltda. Contato: Vera Anjos Av. Taquara, 193 – Cj. 406 – CEP 90460-210 – Porto Alegre-RS Tel./Fax: (51)3737.9200 (51)9969.0727 banassul@terra.com.br

De 19 a 21 de novembro de 2013

Europack – Feira de plásticos, distribuição e máquinas para embalagens

Eurexpo Lyon | Lyon, França

Comexposium www.comexposium.com

São Paulo – Interior Aqueropita Intermediações de Negócios Ltda. Contato: Aparecida A. Stefani Tel.: (16) 3413-2336 – Cel.: (11) 9647-0044 – Fax: (11) 3500-1935 aparecida.stefani@banas.com.br

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Rua dos Três Irmãos, 771 Jardim Progredior – São Paulo-SP – CEP 05615-190 CNPJ 07.570.587/0001-13 – I.E. 149.349.995-116 TELEFONE (11) 3500-1900 IMPRESSÃO: HAVAII GRÁFICA CIRCULAÇÃO NACIONAL: Tiragem – 10 000 exemplares PERIODICIDADE: MENSAL ASSINATURA: Anual (Brasil) = R$ 180,00 • Nº Avulso = R$ 15,00

VEZ MAIS IMPORTANTES PARA TODA A CADEIA PRODUTIVA DO SETOR. EQUIPE

TETRA PAK.

OUTUBRO 2013 Ed. 193 - Setembro

PACK – EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO

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IV P R Ê M

PARA SE CORRESPONDER COM A REDAÇÃO E-MAIL redacao@editorab2b.com.br

END.

é uma publicação mensal da Editora B2B.

A PACK é dirigida aos profissionais que ocupam cargos técnicos, de direção, gerência e supervisão em empresas fornecedoras, convertedoras e usuárias de embalagens, bem como prestadores de serviços relacionados à logística, design e todos os processos relacionados a indústrias de embalagem.

RE

V I S TA S E G M

EN

É permitida a divulgação das informações contidas na revista desde que citada a fonte. PACK reserva-se o direito de publicar somente informações que considerar relevantes e do interesse dos leitores da revista.

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@EditoraBanas

nline

facebook.com/editorabanas

www.pack.com.br POR TATIANA GOMES | tatiana.gomes@banas.com.br

O SITE DA PACK TRAZ NOTICIÁRIO ATUALIZADO DIARIAMENTE, ARTIGOS EXCLUSIVOS E TUDO SOBRE O MERCADO DE EMBALAGEM. MAIS: VÍDEOS, FOTOS E A VERSÃO DIGITAL NA ÍNTEGRA DA EDIÇÃO DO MÊS, ALÉM DAS ANTERIORES!

Foto: Divulgação

Pote de Ovomaltine em pó com novo formato

Linha Sense Premium tem 30% de gotas de chocolate Foto: Divulgação

A Dauper, líder brasileira na produção de cookies, biscoitos, granola e barras de granola para as principais empresas do Brasil, lançou sua primeira marca com a linha Sense, criada para concorrer com biscoitos importados e atender um público exigente que aprecia produtos gourmet.

O pote de Ovomaltine em pó ganha novo formato para adequar o produto a sua linha de produção. A nova embalagem é acinturada e remete a um copo de shake. Na tampa aparecem texturas que lembram o granulado do produto. O novo shape foi desenvolvido pela B+G. Onde achar? http://www.pack.com.br/blog

[ENQUETE ]

RESULTADO AGOSTO/2013

Como foi a demanda de embalagem do primeiro semestre de 2013? Forte (90%) Fraca (10%)

NESTE MÊS Interaja! Confira a enquete do mês e vote na home do site! Onde achar? http://www.pack.com.br

[DESTAQUES]

[CONEXÃO WEB ] as mais lidas no pack.com.br

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Multivac comemora sucesso na Tecnocarne 2013 Com 16 máquinas vendidas e mais de 100 projetos gerados, a feira é o evento mais importante para a empresa no País.

C-Pack investe no bem-estar de seus colaboradores através de centro de convivência O espaço valoriza a integração e o bem-estar dos colaboradores através de biblioteca, academia e área de descanso.

Embalagem do produto torna-se fator fundamental na escolha do consumidor Mais do que ser bonita e atraente, ela precisa traduzir os valores da empresa e ainda ser sustentável para ganhar espaço no mercado.

Embalagens especiais nos quiosques Nutty Bavarian com novo visual Atualmente, a rede está presente em 15 estados com 94 unidades, sendo que 90% estão instaladas em shoppings.

Dúvidas sobre o mercado?

Nossos consultores esclarecem os mais diversos temas do setor. Envie sua pergunta e leia as respostas para nossos internautas no Blog da Pack. E-mail guru@pack.com.br PERGUNTE, ELE RESPONDE!

O NEWSLETTER QUINZENAL DA INDÚSTRIA

Toda quinzena, a newsletter entrega no seu e-mail as notícias mais importantes da indústria de embalagens. Cadastre-se no site! Acesse! www.banas.com.br/banasinforma

Confira a lista das 10 notícias mais acessadas no site e as leia na íntegra! Fonte: Google Analytics * Período de 16/08/13 a 16/09/13

Onde achar? http:/www.pack.com.br/maisnoticias.aspx EDITORA B2B

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Pesquisa internacional aponta o futuro da embalagem Como você se imagina daqui a 20 anos? Como será a transformação do planeta durante esse período? O que acontecerá com as embalagens? Teremos novos materiais? Os plásticos deixarão de ser commodities para se tornarem material de luxo? Voltaremos no tempo e compraremos produtos a granel por escassez de materiais?

Fabiane Staschower*

O

Instituto de Embalagens realizou uma pesquisa inédita, em parceria com a consultoria de embalagens FuturePack, com especialistas dos Estados Unidos, Grécia, França, Reino Unido, Austrália, Argentina e África do Sul, pertencentes a grandes instituições do segmento em seus países, além de compilar dados da Interpack (feira internacional do setor) - Messe Düsseldorf e Pira International (Associação Internacional de Pesquisas e Análises de Embalagens). O objetivo do estudo é de analisar as mudanças que o setor de embalagens sofreu, as particularidades deste mercado em cada país e identificar as grandes evoluções da cadeia para os próximos 20 anos. TIPOS DE EMBALAGEM

Papel Plástico Rígido Embalagens Cartonadas Embalagens Flexíveis Vidro Metal

Fonte: Euromonitor International – VDMA 2013)

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Jorge Acevedo, gerente geral do Instituto Argentino de Envase (Instituto Argentino del Envase)

De acordo com os entrevistados, mudanças no consumo mundial influenciarão o setor, como o aumento da comercialização de produtos pela internet, mudanças na estrutura e nos números da população, exigências por conveniência, segurança, sustentabilidade e surgimento de novos materiais. “Nos dias de hoje se perde mais de 40% dos alimentos por problemas com as embalagens durante a cadeia logística. Portanto, nos espera muito trabalho para os próximos 20 anos”, afirmou Jorge Acevedo, gerente geral do Instituto Argentino de Envase. Outra afirmação é que a embalagem continuará sendo o vendedor silencioso, aquele que cativa os consumidores nos seus oito segundos de tomada de decisão ao passar pelas gôndolas do supermercado. Porém, surge uma nova responsabilidade: influenciar também nas compras via internet, uma mudança de hábito que já está presente 10

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

internacional

Michel Fontaine, presidente do Conselho Nacional de Embalagens (Conseil National de l’Emballage)

tem aumentado e a diversificação de sabores, cheiros e cores tem sido uma realidade para cativar cada consumidor individualmente. Nesses casos, os designers devem explicar ao consumidor, por meio das embalagens, o diferencial de cada item de forma rápida e eficiente. A Kimberly-Clark é um exemplo neste tipo de tendência ao criar uma linha de embalagens para seus lenços com tamanhos e estampas diferentes para que seu público encontre aquele que tem mais a ver com ele. Segundo Fontaine, a indústria de embalagens é muito ágil e se modifica com facilidade para se adaptar aos novos avanços tecnológicos e a demanda de novos produtos. Já o presidente da Associação Grega da Indústria de Embalagens e Materiais, Alexis Stassinopoulos acredita que a mudança primeiramente deve acontecer nos produtos e depois nas embalagens.

nos Estados Unidos e países da Europa. “Cada país tem, obviamente, seus traços culturais, e a internet está cada vez mais possibilitando a universalização do consumo no mundo. Portanto, o tipo de consumo na China deve se aproximar muito com o do Brasil e assim por diante”, explica Michel Fontaine, presidente do Conselho Nacional de Embalagens da França. Além da venda de produtos on-line, a gama de produtos

A população mundial nos próximos 20 anos deverá

plástico Austrália Ásia América do Sul e Central América do Norte 2016

África

2011

Oriente Médio Leste Europeu Oeste Europeu 0

50

100

150

200

250

300

Bilhões de dólares Fonte: Smithers Pira – The Future of Global Packaging Markets, 2011-2016)

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atingir a marca dos oito bilhões de habitantes, um crescimento que exige, também, maior quantidade de alimentos. Para atender essa demanda, a embalagem será, mais do que nunca, uma fiel aliada em proteger por um período maior e em maior qualidade esses alimentos. Mudanças na população também exigirão a adaptação das embalagens, como migração para os grandes centros urbanos, famílias com menor quantidade de filhos e também o envelhecimento da população. Acredita-se que nessa época, cerca de 70% da sociedade passará a viver em grandes centros urbanos, fato que faz com que consumidores optem por produtos mais convenientes, fáceis de preparar, consumir e descartar, além da oferta de pratos prontos, nutritivos e saborosos. A empresa americana Campbell Soup Co. saiu na frente com esta tendência e criou uma linha de produtos indivi12

Patrick Farrey, diretor executivo do Instituto de Profissionais de Embalagens (Institute of Packaging Professionals – Iopp)

duais para serem consumidos em qualquer lugar. A embalagem possui uma tampa “abre e fecha” que facilita o consumo do produto sem haver a necessidade de outros utensílios. Além disso, o fato de ser plástica evita que se queime os lábios. Ideias neste sentido devem surgir Foto: Divulgação

Alexis Stassinopoulos, presidente da Associação Grega de produtores de embalagens e materiais (Association of the Greek Manufacturers of Packaging and Materials - AGMPM)

Foto: Divulgação

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matéria de capa | fechamento internacional durante os próximos anos. “O consumidor dará muito valor para a conveniência, acima de tudo! Claro que preço é importante, mas se for possível desenvolver uma embalagem nova que traga uma conveniência ainda não suprida, esta será de grande valia”, analisa Nick Waite, responsável pela Pesquisa de Mercado da Smithers Pira, do Reino Unido. Famílias estão de tornando cada vez menores, casais estão optando por um ou nenhum filho. “Nos países da América Latina ainda se conserva a ideia de porções grandes para grupos familiares, mas esse conceito deve ser inovado trazendo diferentes formas de fechamento das embalagens para conservar o restante dos alimentos sem desperdiçá-los. Creio que essa é uma tendência que deve ser trabalhada com muita imaginação”, acredita Acevedo, do Instituto Argentino de Envase. Famílias menores também acarretarão uma diminuição da população jovem e o envelhecimento da população será eminente, o que acarreta em embalagens mais fáceis de abrir, ler, carregar e armazenar. Novas ferramentas de abertura das embalagens deverão ser desenvolvidas para se adaptar às diferentes habilidades dos consumidores. “Na verdade, o maior desafio de todos será o de fazer um excelente trabalho que atenda estas necessidades e ainda seja resistente às crianças”, cita o diretor executivo do

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Kishan Singh, presidente nacional do Instituto de embalagens da África do Sul (Institute of Packaging AS)

Instituto de Profissionais de Embalagens (IOPP) nos Estados Unidos, Patrick Farrey. Já Kishan Singh, presidente nacional do Instituto de Embalagens da África do Sul, tem uma visão diferente ao tratar o envelhecimento da população e sua relação com as embalagens. “Aqui, a classe emergente tem uma grande influência na decisão de compra. Os consumidores modernos estão na faixa dos 16-40 anos e a geração mais velha tem menos poder e impacto na compra, diferentemente de 40 anos atrás, quando eles tomavam a decisão. Isso tudo afeta nas embalagens.” As matérias-primas de embalagens utilizadas atualmente devem permanecer, a sua reciclabilidade deve aumentar, diminuindo assim os impactos ambientais causados por eles. Os especialistas acreditam que a utilização de fontes renováveis para produzir plásticos aumente e haja uma evolução de produção destes

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materiais. A preocupação em utilizar materiais amigos do meio ambiente atingirá todo o mundo, principalmente por se tornarem economicamente viáveis. Segundo Waite, do Reino Unido, a escassez de matéria-prima para embalagens não deve afetar muito a indústria, “isso deve ocorrer em um prazo muito mais longo, pois outros materiais serão desenvolvidos o que diminuirá a utilização do petróleo. Acredito que o que poderá estar em escassez nesse período é a água”. Uma visão semelhante é compartilhada pelo especialista da África. “O plástico continua sendo a melhor solução de embalagem para muitos países e isso deve permanecer por no mínimo mais 10-15 anos. Novas exigências do protocolo de Kyoto e os novos requerimentos relacionados à sustentabilidade que surgiram e vão surgir trazem tendências de fabricação de plásticos com menor tempo de degradação e com mínimo de impacto ambiental. De fato haverá uma grande ênfase aos plásticos biodegradáveis e bioplásticos”, aponta Singh. Para Llewellyn Stephens, da Associação de Embalagens da Austrália, o aumento do foco em reciclagem e novas legislações devem ser implementadas forçando a indústria de embalagens a adotá-las. Embalagens com material reduzido já são uma realidade que tende a se estender para os próximos anos. Nesse aspecto, espera-se um cresci-

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Outra preocupação que já pertence ao nosso cotidiano é a questão da segurança. Neste sentido, novas tecnologias deverão ser criadas, com processos de produção mais facilmente rastreáveis que possam ser acompanhados pelos próprios consumidores por meio de ferramentas inseridas na própria embalagem, semelhante ao que ocorre com as etiquetas RFID. Consumidores com seus aparelhos celulares poderão ter acesso por onde aquele produto, individualmente, passou até chegar aonde está e quais foram as condições ambientais que passou durante este período. Em termos de produção, novos equipamentos surgirão com altíssimas velocidades e com maiores controle de processo. Sensores e ativadores controlados via internet ajudarão a consolidar as linhas de produção e minimizarão os protocolos de comunicação, melhorando a análise de dados on-line. “Aqueles que tiverem uma produção mais simplificada deverão 14

A previsão de crescimento do mercado de embalagens está presente em todo o mundo. Estima-se que, em 2016, o mercado Asiático terá o maior crescimento, quase 6%. A América do Sul, Central e a África serão as regiões que terão o segundo maior crescimento no mercado de embalagens com 4,8%. Haverá grandes mudanças na indústria de embalagens, mas

Nick Waite, chefe de pesquisa de mercado do Smithers Pira Foto: Divulgação

mento ainda maior na utilização de embalagens flexíveis. Segundo dados da Global Industry Analysts, embalagens flexíveis são o mercado em maior crescimento: só nos Estados Unidos, 27% dos produtos vendidos já utilizam embalagens flexíveis e, em apenas, cinco anos isso deve aumentar para 37%. Já em âmbito global, 47% das unidades de embalagens já estão em flexíveis, dominando os materiais de embalagens.

Foto: Divulgação

matéria de capa | fechamento internacional

ser os ganhadores”, revela Farrey, especialista dos EUA. Nesta linha, os profissionais defendem a utilização da impressão digital, que já vem dominando o mercado norte-americano. O Japão é atualmente o país que mais lança patentes referentes a embalagens, seguido pelos Estados Unidos, pela França e Alemanha. Segundo os profissionais, os consumidores brasileiros farão cada vez mais pressão para este desenvolvimento e, por isso, as embalagens devem ser tornar cada vez competitivas mundialmente. Para o pesquisador do Reino Unido, a Índia, China, Indonésia e Bangladesh devem se tornar os maiores produtores de embalagens. “As inovações estarão concentradas nos países em que o crescimento de oportunidades de valor agregado está mais difícil de serem alcançadas e nos países onde as legislações referentes a embalagens sejam menos restritivas”, afirma.

Llewellyn Stephens, Associação de Embalagens da Austrália (Australian Institute of Packaging)

esta – que atualmente fatura mais de US$ 725 bilhões por ano -, ainda nos beneficiará muito. “Assista o mundo das embalagens. Inovação é atualmente um fato constante e se alguma tendência ou tecnologia for perdida por sua empresa, poderá arruinar suas vendas”, aconselha Stephens, da Associação de Embalagens da Austrália. *Fabiane Staschower é engenheira química, mestre em embalagens pela Michigan State University, consultora da FuturePack e pesquisadora do Instituto de Embalagens.

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notícias | prêmio abre

RECEITA DO SETOR DE EMBALAGENS DEVE CHEGAR A R$ 50 BILHÕES

Desempenho A produção física de embalagem cresceu 2,66%, no primeiro semestre de 2013 ficando muito próxima da previsão realizada no início do ano que era de crescimento de 2,5%. No entanto, este desempenho não foi uniforme ao longo dos seis primeiros meses do ano. No primeiro trimestre, o setor se expandiu a uma taxa de 4,8%, em relação ao mesmo período de 2012, porém nos três meses seguintes, o crescimento não foi além de 0,6%. Para Salomão, esta desaceleração não significa que o setor deixará de crescer e sim que deve crescer em ritmo mais lento do que o apresentado no primeiro semestre, como mostra a trajetória dos bens de consumo semi e não duráveis, principais usuários de produtos de embalagem. “Essa categoria passou de uma queda de 3,6%, no primeiro trimestre, para uma elevação de 2,5%, no segundo. Esse fator contribui para que a expectativa para o segundo semestre seja de moderação no ritmo de crescimento da indústria de embalagem”, avaliou.

Produção O valor bruto da produção física de embalagem atingiu R$ 47,2 bilhões em 2012. A participação por setor neste faturamento é de 39,05% dos materiais plásticos, seguido pelo segmento de celulósicos com 36,51%,

somados os setores de papelão ondulado com 20,21%, cartolina e papel cartão com 10,31% e papel com 5,99%, e metálicos com 16,70%.

Empregabilidade No último ano, entre junho de 2012 e junho de 2013, houve recuperação de 4.115 postos de trabalho, após perda de 798 entre junho de 2012 e junho de 2011. Porém, a taxa de crescimento do número de pessoas ocupadas avançou continuamente de 0,48%, em janeiro, para 1,83%, em junho.

Perspectivas A indústria de embalagem deve crescer 1% no segundo semestre de 2013 e o resultado anual ficará próximo de 2% de crescimento em volume de produção. Os fabricantes nacionais de embalagem deverão obter receitas próximas a R$ 50,4 bilhões, superando os R$ 46,7 bilhões, gerados em 2012. O nível de emprego na indústria de embalagem deverá aproximar-se de 230 mil postos, em dezembro.

Participação do setor no faturamento

Materiais Plásticos

39,05% 36,51%

Setor de Celulósicos 20,21%

Papelão Ondulado Materiais Plásticos Metálicos Setores de Cartolina e Papel Cartão Papel

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16,70% 10,31% 5,99%

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Associação Brasileira de Embalagem (ABRE) divulgou recentemente o Balanço Setorial através do Estudo Macroeconômico da Embalagem ABRE/FGV, que norteia a cadeia produtiva bem como todo o setor industrial e econômico brasileiro. Apresentado por Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, o estudo detalhou o fechamento do primeiro semestre de 2013 e traçou perspectivas para o segundo.


Vaivém do mercado OS DESTAQUES DO ANO

ALUISIO RAGAZZI ASSUME VICEPRESIDÊNCIA DA TETRA PAK

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Na noite do dia 18 de setembro, no Buffet Tôrres, em São Paulo, a Associação Brasileira de Embalagem (ABRE) premiou as embalagens que mais se destacaram ao longo do último ano como ícones de qualidade, tecnologia, design, funcionalidade e inovação, além de incentivar a eficiência dos processos, o desenvolvimento sustentável, entre outras iniciativas importantes para o crescimento e valorização das embalagens brasileiras. Uma das novidades desta edição do prêmio foi a inserção do módulo “Competitividade Internacional”, que busca pelas referências sobre a estratégia de posicionamento dos produtos brasileiros, avaliando a embalagem como ferramenta de competitividade para os produtos nacionais para exportação. A categoria leva em consideração a qualidade da embalagem, sua funcionalidade e comunicação gráfica estratégica com foco nos mercados alvo, fortalecendo, assim, a marca Brasil. A Comissão Organizadora, Comissão Julgadora e Conselho do Júri avaliaram cerca de 400 embalagens inscritas em 38 categorias.

Confira a lista completa no site www.abre.org.br

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PERSONALIDADE DO ANO

EMPRESA DO ANO “O prêmio é o ‘Oscar’ da embalagem no Brasil e este reconhecimento aponta que estamos no caminho certo, conquistando respeito, agilidade e sustentabilidade”, comemora o diretor de Marcas Próprias do Walmart Brasil, Antonio Sá. A rede chegou ao Brasil em 1995 e hoje cobre todo o território nacional com o comércio eletrônico e em 18 Estados com suas 550 unidades.

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TETRA PAK TEM NOVA DIRETORA CORPORATIVA DE RH

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“Receber o prêmio é gratificante, pois reflete o reconhecimento do mercado por todos os anos que dediquei ao desenvolvimento de embalagem no Brasil, seja no período que estive na Johnson & Johnson, Prodesign ou nos comitês da ABRE. É uma motivação que me faz continuar trabalhando ainda mais pelo setor”, afirma Paulo Eduardo Pereira, profissional com 30 anos de experiência em P&D Embalagens, sócio-diretor da agência de criação e design ProDesign, Consultor Internacional do Gerson Lehrman Consulting Group dos EUA e membro da ABRE.

A Tetra Pak do Brasil anuncia Aluisio Ragazzi Fonseca como novo vicepresidente de Processing Systems. O executivo, que ocupava o cargo de diretor corporativo de Recursos Humanos desde 2011, chega com o objetivo de consolidar o crescimento de dois dígitos para América Central e Sul. Aluisio iniciou na empresa em 1994 como diretor regional de Vendas no Brasil.Também foi presidente na Colômbia, sendo responsável pelo sucesso da implantação da Tetra Pak Andina, integração das operações na Colômbia e na Venezuela.

Com a movimentação de Aluisio Ragazzi, Luciana Mendes passa a ocupar o cargo de diretora corporativa de Recursos Humanos. A executiva exercia o cargo de partner de RH para Vendas e Áreas Corporativas, e iniciou sua carreira na Tetra Pak em 2007 como gerente de Desenvolvimento Organizacional de RH Brasil. Foi responsável pela implementação do OneHR em todos os países da América do Sul e Central, com exceção do México.

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atualidades

A Itubaína Retrô está debutando na versão em lata. A nova embalagem, nas versões regular e zero, será fabricada pela Rexam. Os rótulos contam com aplicação em verniz soft touch, remetendo à sensação de que a lata está gelada na gôndola.

Melitta lança café em papel certificado A linha Xtra Coffee da Melitta Wake chega às gôndolas com sabores inspirados em bebidas de cafeteria: Xtra Coffee French Vanilla (baunilha com mais café) e Xtra Coffee Mocca Nut (chocolate com avelã e café). Outra novidade é que a linha conta com embalagens produzidas com papel certificado com o selo Forest Stewardship Council (FSC), que atesta o uso sustentável e responsável dos recursos naturais. Melitta 0800 140203

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Itubaína Retrô agora em lata

Rexam (21) 2104-3300 www.rexam.com

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Cenoura & Bronze renova embalagens

A marca amplia sua linha facial e corporal com novas fórmulas, maior proteção e tecnologia Tri Complex, que combina filtros UVA e UVB, previnem ardência, vermelhidão e o envelhecimento da pele. O novo visual das embalagens mantém a cor laranja, tendência na categoria, mas com um tom sofisticado. As tampas agora são brancas e foscas, e estão disponíveis nas versões 110 e 200 ml. Cenoura & Bronze 0800 0111145 www.hypermarcas.com.br 18

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Cookies com personagens de Madagascar

A Arcor do Brasil lança a versão Cookies para a sua marca Danix, no formato tradicional de 175 gramas. As embalagens são estampadas com os personagens da animação “Madagascar 3 – Os Procurados”, para alegrar a criançada de cinco a 12 anos. O produto está disponível nos sabores Baunilha e Chocolate, e contam com Vitacálcio na formulação (complexo de vitaminas e cálcio). Danix 0800-0558450 www.danix.com.br

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Velcro fecha embalagens da Purina Pro Plan

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Vire a cerveja para ler o rótulo

A microcervejaria curitibana Morada Cia. Etílica acaba de lançar a cerveja Double Vienna. A novidade é o desenho do rótulo, inspirado em ambigramas, em que a representação gráfica de uma ou mais palavras pode ser vista rotacionada ou invertida horizontalmente. O design é da DLab e a ilustração de Beto Janz.

A marca premium de rações da Nestlé renova a embalagem de 10 tipos de alimento animal. Os pacotes contam agora com fechos de velcro que permitem o refechamento da embalagem e ajuda a manter o sabor e frescor do produto. As embalagens também ganham novo layout com visual mais moderno e indicação clara para cada cão. Raças pequenas ganham também mais quatro opções de produtos em pacotes de um e três quilos.

Morada Cia Etilica (41) 9924-4440 www.facebook.com/moradaciaetilica

Nestlé 0800-7701190 www.proplan.com.br

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Atomatados em stand-up pouches de 2 kg Para atender às necessidades dos donos de bares e restaurantes, a Tambaú Alimentos lançou o Molho para Pizza, Molho de Tomate Tradicional e Extrato de Tomate em embalagens Stand up Pouch de 2 Kg. Fornecida pela empresa Inapel, a embalagem é composta de PET, Alumínio e Polietileno (PE), a impressão é feita em rotogravura e o design foi criado pela agência Mais Packing. Tambaú (87) 3848-3100 www.tambau.com

Arroz com selo I´M Green

Shitake e shimeji fatiados A Sierra, produtora de cogumelos em sachês, apresenta ao mercado embalagens de 1,1 kg com shitake e shimeji fatiados, prontos para uso e com validade de um ano. Os profissionais de pizzarias, hotéis, restaurantes e bares agradecem.

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para food service

A Pilecco Nobre, de Alegrete (RS), é a primeira empresa brasileira a utilizar plástico verde nas embalagens de arroz com grãos nobres. Os sacos são feitos com polietileno à base de petróleo, tecnologia da Braskem e com a produtora de embalagens flexíveis Plastrela. O percentual de conteúdo renovável da embalagem é superior a 51%. Pilecco Nobre (55) 3421-9000 www.pilecco.com.br

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Sierra (11) 3662-1545 www.sierra.ind.br

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Bisnaga de sorvete!?

Assunta Napolitano Camilo*

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Letônia é um dos países mais verdes do mundo em vários sentidos. Quase toda a sua extensão territorial tem pradarias e florestas, o que justifica a tendência natural para a agropecuária. É um dos países bálticos mais desenvolvidos, com população tradicionalista, que aposta em ecologia, saudabilidade e inovação. A Food Union® é uma empresa internacional da indústria de laticínios com grande reputação na região báltica e tradição de quase um século. Entre suas fornecedoras, estão cooperativas que são um verdadeiro modelo de qualidade e de inovação na produção de sorvetes, queijos, leites, iogurtes e outros produtos derivados do leite. Atua com muitas marcas nacionais e mundiais, como Ekselence®, Raza ® , Pols ® , Mana Saime ® , Limbazu®, Monterico®, NüFruit® e TIO®. E por que estamos contando isso na “Pack Vanguarda”, dedicada a embalagens inovadoras? Porque a Food Union® inova e muito! Eles usam, por exemplo, as embalagens da Ecolean®, que

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apresentamos na última edição. Inovam também no design das suas embalagens e nas propostas de produtos. É só observar a linha NüFruit®, que fabrica um sorvete com muita fruta. Sua diferenciação começa na programação visual, com ilustrações hiperrealistas que aguçam a vontade de degustar o produto. A proposta de colocar sorvete cremoso em bisnaga, ou seja, numa embalagem flexível normalmente usada para embutidos, foi sensacional! E o público entendeu e adotou. Isso prova que os conceitos de embalagem podem ser transferidos entre as inúmeras categorias, que não há regras, nem limites. Por ser o mais popular, o sorvete TIO® foi o escolhido para estrear nesse novo conceito. O produto é oferecido em 1.000 ml e 500 ml, nas versões baunilha, chocolate e caramelo. Apesar de popular, manteve as características de cremosidade e qualidade. O sorvete não contém gordura vegetal e, além de cremoso, é muito gostoso! Inicialmente, a proposta de bisnaga para sorvetes em creme causa estranheza, mas é muito funcional

e prática para carregar e no consumo. A transferência para taças ou até mesmo potes é bem fácil, apesar de ficar uma quantidade pequena de resíduo do sorvete no interior da embalagem. Mesmo com a nova embalagem, o produto se manteve com preço acessível e pode ser adquirido por todos os níveis de público. A edição deste mês contou com uma Vanguarda inovadora e sustentável!

Embalagem melhor. Mundo melhor. Mais informações e fotos de embalagens inovadoras você encontra no Clube da Embalagem: www.clubedaembalagem.com.br

*Assunta Napolitano Camilo: Diretora da FuturePack – Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens – Ensino & Pesquisa. Profissional de embalagens há mais de 30 anos. Pesquisa feiras e PDVs do mundo desde 1986. Articulista, professora e palestrante internacional de embalagens. Coordenadora dos livros: Embalagens Flexíveis; Embalagens de Papelcartão; Guia de embalagens para produtos orgânicos; Embalagens: Design, Materiais, Processos, Máquinas & Sustentabilidade. Coordenadora do Kit de Referências de Embalagens. Membro do Conselho Científico-Tecnológico do ITEHPEC.

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lançamentos internacionais

Garrafa transforma água salgada em potável

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Cientistas coreanos da Universidade de Yonsei, na Coreia do Sul, anunciaram a criação de uma garrafa que transforma a água do mar em potável. A embalagem, que recebeu o nome de Puri, utiliza um processo de filtragem e purificação baseada em osmose reversa. A água do mar é inserida no compartimento e filtrada por meio de um êmbolo que bombeia o líquido para uma câmara de filtragem. A água passa por filtros e sai limpa em outra câmara, pronta para o consumo.

Pele de réptil em cervejas A cervejaria Tuatara, da Nova Zelândia, foi ousada em criar garrafas com texturas da pele do animal que dá nome à marca. A tuatara é um réptil encontrado apenas no país da Oceania. A embalagem, que imita as escamas do animal, foi desenvolvida pela Owens-Illinois e pelo designer Anton Hart. Tuatara www.tuatarabrewing.co.nz

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Camisa de força envolve vinhos da Bodegas Canopy Para valorizar o nome do vinho, a vinícola espanhola Bodegas Canopy inovou na embalagem do vinho branco “Loco”. Uma camisa de força protege a garrafa e traz informações básicas sobre o vinho Grenache. As garrafas são acomodadas em caixas de madeira com revestimento interno acolchoado que remete a uma cela de manicômio. A edição é limitada, apenas 1.003 unidades. Bodegas Canopy www.bodegascanopy.com.br

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Fechamento avançado das embalagens ANALICE BONATTO Com o aumento do poder aquisitivo da população, empresas investem em inovação para oferecer sistemas de abertura e de fechamento mais seguros e práticos ao mercado

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crescimento econômico e o aumento na renda da população brasileira aquecem o mercado de bens de consumo. de acordo com dados do instituto de pesquisa data Popular, a classe C é responsável por 78% do que é comprado em supermercados. Essas mudanças no comportamento de compra - nos últimos sete anos, a classe C teve aumento superior a 40% em sua renda familiar -, aumentam a competitividade do setor que busca fidelizar o consumidor com produtos acondicionados em embalagens com sistemas de abertura e fechamento funcionais. Nesse cenário dinâmico e concorrido, a empresa que não inova desaparece. Por isso, embalagens de alta tecnologia com sistema de abertura e fechamento seguros e que reduzam impactos ambientais são cada vez mais exigidas na hora de atender ao mercado que cresce no País. Segundo o estudo “Brasil Pack trends 2020” / ital, até 2016, a participação do Brasil no mercado mundial de embalagens aumentará de 3,7% para 4,0% fazendo com que o País suba da 7ª para a 5ª posição no mercado global.

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Se a inovação é uma estratégia competitiva fundamental das empresas, por outro lado, ainda é um dos grandes desafios brasileiros – que ocupa a 47ª posição no Índice Global de inovação 2011 da instituição de Ensino de Negócios e de Pesquisa (insead). Para se destacar e conquistar mercado, a aro Embalagens Metálicas investe em equipamentos que possibilitam a obtenção de alta qualidade de impressão em suas embalagens. “Nossos clientes focam muito em decoração como um elemento de apelo mercadológico e isto tem sido um diferencial em nosso negócio”, diz Valdecir rodrigues, gerente de Garantia da Qualidade da empresa.

Valdecir Rodrigues, gerente de Garantia da Qualidade da Aro Embalagens

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nossos clientes focam em decoração como um elemento de apelo mercadológico

Altair Frulane, diretor de operações comerciais da Crown Embalagens Metálicas da Amazônia

“o Brasil tem um mercado sedento por novidades”, avalia o diretor de operações comerciais da Crown Embalagens Metálicas da amazônia, altair Frulane. as principais demandas do setor, de acordo com ele, são: menor 26

custo, inovação (performance e aparência do produto) e redução de material. Uma boa resposta a esta demanda é a tampa de alumínio SuperEnd. “o seu design proporciona ao consumidor maior facilidade na abertura e no consumo da bebida. além disso, reduzimos em 10% o uso de insumos”, diz Frulane. Ele conta que, desde 2011, a empresa já produziu oito bilhões dessas tampas, reduzindo o consumo de duas mil toneladas de insumos e cerca de 50 toneladas de vedantes.

simplificAÇÃo Num mundo ansioso por praticidade, produtos com esta característica foram os que mais cresceram no País nos últimos anos. Para atender a essa necessidade, a Crown

criou uma tampa para bebida conhecida como ‘copaço’. a lata vira um copo por meio de um sistema de abertura total da tampa. “o objetivo é permitir maior agilidade na saída do produto e a melhor condição para o consumo da bebida”, explica Frulane. a Silgan White Cap também está entre os bons exemplos de empresas que tem a inovação como ponto-chave para os negócios. “a empresa tem centros de P&d nos EUa e Europa para que os processos e produtos atendam às demandas do mercado, não só em suas localidades, mas também na américa Latina, Ásia e oceania”, explica Marcelo ramos, gerente de desenvolvimento e Projetos da empresa, que fornece tampas a vácuo metálicas, plásticas e compostas.

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Segundo o gerente, além da praticidade e da segurança, os clientes e consumidores necessitam de embalagens que permitam também melhor visibilidade, identidade e confiabilidade. Para isso, ele ressalta que, além das diversas versões e especificações de tampas oferecidas, há também maquinários de última geração (tampadoras, detectores de vácuo e outros equipamentos auxiliares). “Após uma avaliação minuciosa, os maquinários são especificados e instalados de forma que atendam às necessidades e expectativas nos processos de envase e fechamento”.

Um exemplo das inovações mais recentes da Silgan é a tampa VersaSeal para pote VersaFlow produzido pela Owens-Illinois, desenvolvida para oferecer praticidade ao envase, evitar o desperdício de alimentos e facilitar na hora de servir. Outras duas

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Thalls: tampas metálicas agregam valor ao produto

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e acordo com o diretor industrial da Thalls Indústria Metalúrgica – Tampas de Alumínio, Gilberto dos Santos Rodrigues, a tampa de alumínio sempre teve como maior finalidade ser um sistema de fechamento, vedação e proteção dos produtos, “mas, além de vedar frascos, a tampa também tem um importante papel na estética do item final, agregando valor e maior sofisticação aos produtos”. Presente no mercado há 10 anos, a Thalls tem com seu principal alvo o segmento de cosméticos, tornando-se especialista e apresentando tendências. A empresa emprega em seus trabalhos materiais nacionais e importados de primeira qualidade no que se refere aos mais variados tipos de tampas de alumínio, com destaque para o sistema Pilfer Proof e os lacres com e sem rosca. Para a diretora comercial, Maria Rosa Rossi, as tampas de alumínio serão tendências por serem derivadas de um minério de fonte esgotável (bauxita). “Por ser um produto biodegradável, o alumínio está plenamente de acordo com as necessidades de sustentabilidade que temos pela frente”, aponta. Entre as dificuldades apontadas pela empresa neste setor, ressaltam-se os impostos altos, matéria-prima dolarizada e a falta de padronização nos diâmetros dos frascos em geral. THALLS www.thalls.com.br | vendas@thalls.com.br | (11) 2432-4567 | (11) 2433-3735

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constAnte melHoriA o mercado para medicamentos cresce no Brasil. além do avanço das políticas públicas de saúde nos últimos anos, o aumento da renda do brasileiro também contribui para isso. de acordo com pesquisa da Pyxis Consumo/ ibope inteligência, os serviços médicos e a venda de medicamentos movimentam 70 bilhões de dólares, e a estimativa é que o comércio de medicamentos cresça 12% em 2013. Para melhor atender ao promissor mercado, Luciana Bomfim, coordenadora de 28

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Marcelo Ramos, gerente de Desenvolvimento e Projetos da Silgan

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soluções, para o segmento de lácteos, são as tampas twist-off 58 mm e twist-off 38 mm, ambas com botão de segurança para evitar riscos à segurança alimentar do conteúdo envasado.

clientes e consumidores necessitam de embalagens que permitam também melhor visibilidade, identidade e confiabilidade marketing da Gerresheimer empresa que recebeu pela décima primeira vez o Prêmio Sindusfarma de Qualidade na categoria Fabricantes Nacionais de Frascos e tampas Plásticas -, explica que a constante melhoria é alimentada pela aquisição de novas tecnologias, maquinários, equipamentos e sistemas. além disso, segundo ela, a qualificação técnica de seus profissionais é o fator determinante para o sucesso da empresa junto ao mercado. “investimos em boas práticas de fabricação de produtos em nosso Sistema de Qualidade assegurada, buscando sempre o atendimento das exigências regulatórias da indústria farmacêutica. além dos sistemas de fechamento de embala-

gens que proporcionam segurança em sua utilização, há o investimento na minimização do risco de falsificação”, assegura Bomfim.

pesQuisA e proJetos especiAis de acordo com Bomfim, uma das maiores necessidades dos clientes é o desenvolvimento de projetos especiais para que se diferenciem de seus concorrentes no mercado. Por isso, a empresa possui tecnologia própria para a construção dos moldes e ferramentais para projetos específicos. além disso, agilidade nas entregas dos produtos, qualidade e assistência de pós-venda também são requisitos bastante solicitados.

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Para o desenvolvimento de tampas com excelente capacidade de vedação, a Gerresheimer - que realiza pesquisas por meio de suas unidades no mundo e também do contato direto com seus clientes -, conta com alta tecnologia em máquinas, produtos com diferentes tipos de liners, diversos modelos de vedação interna e rígido controle de qualidade. “Investimos no uso de matérias-primas de qualidade e certificadas, além de testes contínuos dos produtos”, diz a coordenadora de marketing.

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As próximas tendências e as principais preocupações da indústria, segundo Bomfim, são produtos que dificultem a adulteração de medicamentos, facilitem o manuseio e proporcione segurança aos usuários e seus familiares, como a tampa Child Proof (com mecanismo que impede sua abertura pelas crianças), e produtos que preservem o medicamento após abertura da embalagem. A Silgan investe em pesquisa e os seus dados são transformados em ideias que determinem um fechamento melhor. Segundo Ramos, entre os investimentos adotados destacam-se as avaliações e análises sobre as pequenas alterações geométricas na tampa que resultaram em melhorias no sistema de fechamento. Os materiais que compõem o sistema de vedação das tampas são desenvolvidos internamente. “Isso permite a criação de selagens que assegurem excelência na integridade da embalagem, bem como a segurança de que o alimento embalado atenderá os requisitos exigidos pelos diversos tipos de processos de envase e condições de armazenagem.” Para o próximo ano, a Silgan busca ampliar a aplicação das tampas lançadas em produtos que hoje são menos convencionais para a sua utilização. “A proposta é um novo conceito de embalagem valorizando os aspectos da qualidade, confiabilidade, criatividade e sustentabilidade, tendências e expectativas naturais no mercado.”

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Alta performance

A empresa também investe no desenvolvimento de tampas com excelente capacidade de vedação. Segundo Cuba, foi alterada toda a linha de tampas PCO para a vedação (liner) bilabial. “Isto proporciona uma melhor vedação, absorvendo assim as pequenas imperfeições na superfície do espelho do frasco. Além disso, estamos também lançando uma tampa de rosca com terminação 38mm que possui um perfil de rosca e uma estrutura projetada para melhorar a estabilidade de

Práticas de sustentabilidade

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Para atender o aumento da demanda do mercado, a Vedapack trabalha na busca da melhoria contínua de seu operacional. A empresa investiu na substituição do processo de transformação plástica deixando a extrusão e sopro para injeção e sopro em frascos de alto consumo. “Esta alteração foi realizada pela necessidade de maior performance destas embalagens nas linhas de produção dos clientes, já que o processo atual agrega aos frascos uniformidade dimensional e melhor distribuição de massa”,

aplicação e o desempenho da vedação”. Para conseguir material de destaque no mercado, a empresa trabalha com parcerias, principalmente com os fornecedores de resinas e equipamentos e tecnologia de transformação de polímeros.

explica o gerente Industrial, Ricardo Cuba.

Produtos que visem minimizar os riscos ao meio ambiente, programas de contratação, novas tecnologias que permitam o processo de reciclagem e a logística reversa de seus produtos, são algumas práticas de sustentabilidade vitais para a competitividade. “Mesmo considerando níveis mínimos de perdas em nosso processo produtivo, todos os insumos aplicados são 100% recicláveis, sendo que a sua destinação atende a todos os requisitos e exigências ambientais”, diz Marcelo Ramos, da Silgan. Entre as novidade da Aro para o próximo ano estão o desenvolvimento de alternativas de produção e de processos que sejam ainda menos agressivas ao meio ambiente e tecnologicamente mais sustentáveis. “E também manter nosso apoio aos programas sociais, já

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em prática há muitos anos”, afirma Rodrigues. O fundamental para conseguir um produto diferenciado, de acordo com o gerente, é

o investimento no capital humano. “É o elemento fundamental para a qualidade de nossos produtos. Temos metas de horas de treinamento

para nossos colaboradores, inclusive estratificadas por áreas de produção, além de programas internos de qualidade e segurança.”

INFORMAÇÕES Abeaço (11) 3842-9512 | www.abeaco.org.br

Gerresheimer (11) 2133-1212 | www.gerresheimer.com

Silgan White Cap do Brasil (11) 5585-0723 | www.silganwhitecap.com.br

Aro Embalagens Metálicas (11) 2412-7207 | www.aro.com.br

ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos) (19) 3743-1700 | www.ital.sp.gov.br

Vedapack (21) 2702-8900 | www.vedapack.com.br

Crown Embalagens Metálicas da Amazônia S/A (11) 4529-1000 | www.crownembalagens.com.br

Secretaria de Assuntos Estratégicos www.sae.gov.br/site

Estudo “Brasil Pack Trends 2020” www.brasilpacktrends.com.br

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entrevista especial

O FUTURO DAS EMBALAGENS

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entrevista especial

POR THAIS MARTINS

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scolhemos a dedo os profissionais brasileiros para falar sobre o tema especial desta edição: o desafio do setor de embalagens para os próximos 20 anos. Um time de experts: antonio Cabral, coordenador e professor do curso de Pós-Graduação – Engenharia de Embalagem do instituto de tecnologia Mauá; assunta Napolitano, diretora da FuturePack e do instituto de Embalagens; Eloisa Elena Correia Garcia, gerente dos grupos de embalagens plásticas e do grupo de meio ambiente do Centro de tecnologia de Embalagem (Cetea); Fabio Mestriner, professor coordenador do Núcleo de Estudos da Embalagem da Escola Superior de Propaganda & Marketing (ESPM) e autor dos livros “design de Embalagem- Curso avançado” e “Gestão Estratégica de Embalagem”; Lincoln Seragini, presidente da Seragini design; e Mauricio Groke, presidente da associação Brasileira de Embalagem (aBrE).

Revista PACK: Como está atualmente o setor de embalagens? Antonio Cabral: as empresas brasileiras encontram muitas alternativas de importação em embalagens. o País tem muita dificuldade de adicionar valor aos seus produtos. É uma indústria que investe, mas é bastante sacrificada em reduzir custos. Sem dúvida, é um mercado turbulento, desafiador e duro, não é para principiante. Assunta Napolitano: a embalagem é o quinto maior negócio no mundo, envolve grandes cadeias e temos muito dinheiro envolvido, passa de US$ 600 bilhões mundialmente. infelizmente, a indústria brasileira não é competitiva, inovadora. Notamos que no mundo inteiro esse negócio cresce mais que o PiB de cada país, pois a sociedade vive em processo de urbanização. Por o Brasil perder espaço, muita coisa vem importada, já embalada e já estamos recebendo embalagens de fora. infelizmente, é um processo sem volta. Faltam tecnologia, pesquisa, educação. Não temos nenhuma faculdade que forme profissionais neste segmento, por exemplo. Eloisa Garcia: Evoluímos muito nos últimos anos. temos embalagem em nível internacional em termos de qualidade, materiais. alguns pontos nos faltam pela questão de escala, o custo fica proibitivo tendo em vista o poder aquisitivo de nossa população. Fabio Mestriner: a embalagem veio acumulando funções ao longo da história até se tornar o que é hoje, um componente fundamental do modelo adotado pela sociedade em que vivemos. Ela é um fator decisivo no novo cenário competitivo podendo ser, inclusive, comparada com a eletricidade, sem a qual, nossa sociedade não consegue mais funcionar. a embalagem é o item industrial mais produzido no mundo. Lincoln Seragini: Cada vez mais maduro e com boa infraestrutura. Com raras exceções, temos a mesma oferta e variedade dos países desenvolvidos. Mauricio Groke: a importância da embalagem no contexto do produto tem aumentado. ou seja, cada vez mais existem cases demonstrando que a embalagem adequada, chamada “vendedor silencioso”, consegue transmitir os atributos do produto para o consumidor.

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Antonio Cabral, coordenador do curso de Pós-Graduação – Engenharia de Embalagem do Instituto de Tecnologia Mauá

PACK: Em sua visão, como estará este mercado daqui a 20 anos? Cabral: a tendência da turbulência é aumentar. Cada um de nós quer um produto só para si. Não podemos ter embalagens iguais. Vamos assistir uma discussão no que chamo de “diversidade e excelência operacional”. todo mundo quer fazer embalagens em grandes quantidades, mas o consumidor quer embalagens pequenas e diversificadas. Customização x padronização, é este o grande ponto. Assunta: Existem previsões que até 2050 estaremos totalmente urbanizados, o que impõe necessidade de muita embalagem. o cenário é muito promissor. E quais serão as demandas? Praticidade, facilidade ao abrir e fechar, descartar, segurar, carregar, produtos mais leves, compactos, embalagens que cabem no bolso. as pessoas estão com mais demanda de mobilidade. outro ponto é a questão da saúde: à medida que a expectativa de vida cresce, aumentam os alimentos mais saudáveis, e a embalagem é importante para entregar essa qualidade, criar barreiras contra contaminação. também tem o fato da segurança alimentar, mais lacres que evidenciem que o produto não foi aberto, criança não tenha acesso, 34

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entrevista especial

Assunta Napolitano, diretora da FuturePack e do Instituto de Embalagens

proteção contra falsificação. É o prático, saudável, seguro, bonito e sustentável. É o mundo perfeito. Eloisa: o que entendo é que o futuro não pode estar desconectado da discussão geral da sustentabilidade. temos que trabalhar a conservação dos recursos naturais para a conservação de alimentos, redução de perdas e a embalagem vai acompanhar isso. os recursos cada vez mais serão escassos, temos o problema de perda de alimentos e a embalagem vai participar desse movimento. o que 10 anos atrás era um luxo, hoje é um requisito indispensável. Mestriner: No futuro, já sabemos que haverá mais embalagens. a população ainda crescerá por um bom tempo, as pessoas viverão mais, com mais saúde, consumindo mais água embalada e comida pronta. No mundo desenvolvido, mais de 90% dos alimentos e bebidas são embalados, e no Brasil, menos de 15% dos alimentos ainda são vendidos a granel. Seragini: a minha visão é que a embalagem como objeto sempre existirá, pois ela é indispensável para garantir a integridade, distribuição e uso dos produtos. Como conceito, acredito que serão cada vez mais simples e crescentemente ecológicas. terão também um papel

Eloisa Elena Correia Garcia, gerente do grupo de meio ambiente do Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea)

relevante como meio de comunicação e interatividade, além de se adaptarem aos novos sistemas de vendas (e-commerce, por exemplo). Groke: Uma coisa que começa agora é a segmentação, e se aprofunda cada vez mais: aquilo que é adequado para criança, adulto, uma classe social, certo nicho da sociedade que tem algum hábito de consumo. isso causa um fracionamento na produção da embalagem, fato que acontecerá durante um bom tempo e fará com que a embalagem fique mais perto do consumidor e de suas características. PACK: O que podemos esperar em termos de tecnologia, maquinário? Cabral: as pessoas compram máquinas e pensam que estão comprando tecnologia. importante é formar know-how, competências. tem que ser mais que isso, temos que investir dinheiro, tempo, esforço, inovar, pesquisar. Assunta: tem vários caminhos acontecendo. o da nanotecnologia, por exemplo. Muitos investimentos em nanociência para conseguir barreiras em filmes flexíveis, garrafas pet, vidro. assim como o papel cartão mais rígido. tintas para impressão com antibactéria, embalagens com antimicrobianos

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do

Fabio Mestriner, professor coordenador do Núcleo de Estudos da Embalagem da Escola Superior de Propaganda & Marketing (ESPM)

que definem o prazo de validade. Já estamos vendo tecnologia de resistência, barreira, rastreabilidade, desintegração. Se o produto tem validade de seis meses, a embalagem se autodegrada em oito, não tem que se preocupar com o descarte. Já temos estudos nessa linha.

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Lincoln Seragini, presidente da Seragini Design

Foto: Divulgação

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entrevista especial

Mauricio Groke, presidente da Associação Brasileira de Embalagem (ABRE)

Eloisa: Materiais com alta performance em menores quantidades. Conseguiremos reduzir peso, espessura, mas mantendo qualidade. temos que trabalhar tecnologias tanto de materiais quanto de processos. Mestriner: a indústria de embalagem é por natureza movida por ino-

vação tecnológica. todos os segmentos estão constantemente em busca de inovações que tragam diferencial competitivo para seus negócios. a primeira patente industrial atribuída a uma embalagem em 1810 desencadeou uma revolução tecnológica que nunca mais teve fim.

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Foto: FuturePack

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Seragini: Em relação aos equipamentos, aumentarão as velocidades, os controles eletrônicos e o uso intensivo de robots. Groke: Todo mundo fala em nanotecnologia, que pode levar muitos atributos aos materiais, processos de impressão, fechamento, informação. Quando falamos em processos, dá para ver como a eletrônica pode contribuir com dados variados, tiragens menores. Na criação da embalagem tem que entrar como vou descartar, outro fator importantíssimo. É um tempo de não se perder nada, tudo muito econômico. PACK: Qual será o papel dos designers? Cabral: Os designers brasileiros são extremamente criativos, temos que dar continuidade a isso. Eles constroem tendências, estamos na 36

vanguarda. Apesar da turbulência do mercado, eles vão continuar ditando regras. Veja o que fazemos em frascos de perfumes/cosméticos. Não tem muito mais o que inventar.

com isso, melhorias do design, da impressão para elaborar itens feitos para ela.

Assunta: O design brasileiro é muito criativo e pouco inovador. Falta um link entre indústria e esse profissional. Às vezes a ideia é interessante, mas por não conhecer processo, materiais, não vira produto. Vejo muitas pessoas dizendo que este trabalho no País é maravilhoso, mas acredito que poderia ser bem melhor se comparado com o que os italianos, alemães e espanhóis fazem. Não é uma crítica, é um alerta.

Mestriner: Ele é o componente integrador do processo de produção de uma embalagem e ganhará mais proeminência neste processo. A beleza na embalagem é percebida como “valor” pelo consumidor e a principal tendência é que ela se torne cada vez mais bonita, sofisticada, inovadora, prática e conveniente. O futuro da embalagem demanda integração de materiais e processos para se obter as melhores soluções e serão os designers quem liderarão este movimento.

Eloisa: Este profissional veio para atender as necessidades do consumidor, que precisa de produtos mais fáceis, convenientes, que venham prontos, não precisem lavar. A população está envelhecendo e,

Seragini: O design tem sido mais importante do que a tecnologia. A maioria das novidades tem surgido na área da estética, incluindo novos tipos de rotulagem e sistemas de impressão como novas formas,

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linguagens gráficas e mecanismos de conveniência que são atributos implícitos do design. Há também a previsão do uso cada vez maior da neurociência, especialmente a NeuroPackaging para eliminar a subjetividade nas decisões relativas ao design. Groke: Os designers têm que se preocupar com a sustentabilidade do projeto deles. Quando falo de sustentabilidade, não estamos falando só de meio ambiente, o famoso tripé: econômico, social e ambiental. Quando desenvolvo uma embalagem, tenho que ver quais são os processos que estão envolvidos, como é essa fonte de matéria-prima, como é o ciclo de vida do meu produto, vou desenhar alguma coisa que é pra eternidade? É pra reciclar? Ter um giro rápido, é para transportar muito? Tem que

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ter olhar muito mais amplo e racionalizar tudo. Não posso ter menos e nem mais, e sim na medida exata para atender os requisitos. PACK: A rastreabilidade é um caminho sem volta. Daqui a 20 anos, como estaremos com essa questão? Cabral: É fundamental saber o que está comprando. Episódios recentes mostram que estamos expostos. Os investimentos são bons, não têm volta. Se mantivermos esse ritmo, avançaremos mais. Assunta: Veja o case de vendas via mobile. O supermercado do futuro já está sendo usado com RFID. A carne fica na geladeira, quando o consumidor tira uma bandeja, o açougueiro já fica sabendo. É uma economia para o mercado e garantia para o público final comprar

sempre um item fresco. Na Coreia, é possível fazer a compra dentro do metrô pelo QRCode. Teremos cada vez mais tecnologia nascendo em função da rastreabilidade. China, Japão, Alemanha e Suécia são os mais de ponta. Eloisa: É uma necessidade pela questão de segurança. O mercado está ficando responsável pela cadeia, desde a fabricação de matérias-primas, quanto ao que acontece no varejo. Os instrumentos de rastreabilidade vão ficar cada vez mais valiosos. Ainda temos esse assunto em construção, mas certamente todos trabalharão para isto. Mestriner: Hoje, embalagens ativas e inteligentes, materiais nanotecnológicos, impressão digital, equipamentos eletrônicos ultrassofisticados, codificação QRCode, RFID

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Foto: Pintrest

entrevista especial em porções individuais, manterão os produtos por mais tempo, sem que eles percam suas propriedades naturais e acompanharão o consumidor aonde ele precisar”. Seragini: Ele vai em busca de embalagens com mais informações, fáceis de usar e recicláveis. Groke: de uma forma geral, é atender a necessidade básica dele. Existe um consumidor que gosta de adquirir tecnologia. o que esperar da inovação? aquilo que vai ao encontro de cada nicho. Pra quem não enxerga direito, uma embalagem que fala, por exemplo. inovação é, de um modo geral, não só da embalagem. do setor produtor, esperamos mais versatilidade nos equipamentos, mais materiais, tecnologias. Uma hora o consumidor vai pedir esse diferencial.

A tendência é embalagens práticas, fáceis de abrir e fechar, descartar e carregar (Assunta Napolitano) e outras que vêm por aí, apontam para um futuro em que o binômio embalagem/tecnologia estará ainda em maior evidência. Seragini: acredito que os avanços serão grandes nessas áreas para atender aos níveis, cada vez mais exigentes, dos controles públicos, como também dos consumidores. Groke: Há os padrões de rastreabilidade, QrCode e outros que continuarão no sentido de segurança. Cada vez mais está se aprimorando seja nos processos, nas matérias-primas. isso está ligado com a informática toda. o cliente quer a cada momento ser informado. PACK: O consumidor está cada vez mais exigente. Isso permanecerá? Cabral: Sim, e tomara que seja cada vez mais e com suas particularidades. É ele quem coloca dinheiro de volta no mercado. Assunta: Sim, com certeza. Ele quer embalagens fáceis de carregar, que 38

conservem os alimentos, protejam, contenham informação, que tenham funcionalidade, que evitem desperdício e até virem entretenimento, por exemplo, a caixa que vira um brinquedo. Eloisa: a embalagem é o pedaço do produto. Ele não pensa exatamente na embalagem e sim no que o produto pode oferecer. Quer produtos mais saudáveis, fáceis de preparar, convenientes, com menor custo e impacto ambiental. temos uma população urbana crescendo e, com ela, uma gama de complexidades. Mestriner: Segundo pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos da Embalagem ESPM, na visão dos consumidores, as embalagens serão como ele deseja, ou seja: “parte importante da experiência de consumo, integradas com a internet e com múltiplas funções além de proteger o produto. Serão sofisticadas e customizadas com ‘a cara’ do consumidor. Práticas e portáteis,

PACK: Falando em sustentabilidade, quais serão os próximos passos? Cabral: Quando falamos em sustentabilidade, engloba o financeiro, ambiental e social. Meio ambiente é importante, não dá para escapar dele. isso é mais um tempero para esse mercado turbulento: preocupação com coleta seletiva, utilização de resíduos sólidos urbanos. É uma pauta agitada para os próximos anos. Assunta: os desafios são muitos. temos a questão da Política Nacional de resíduos Sólidos, que é uma grande demanda do governo e da sociedade. Existem muitas vertentes para serem trabalhadas. Eloisa: Fazer mais com menos. Está mais do que na hora de aumentar a tecnologia e infraestrutura em reciclagem dos materiais, recuperação de energia, ter uma cadeia no pósconsumo para que o material volte para a cadeia e seja reaproveitado. Mestriner: Podemos destacar que no futuro a reciclagem das embalagens retiradas do lixo urbano, associada com a “reciclagem energética” do restante, que não puder

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ser separado, é o caminho a ser seguido. Nenhuma embalagem será mais descartada no meio ambiente, despejada em aterros sanitários ou lixões. Todas serão recicladas. Materiais oriundos de fontes renováveis, a reutilização, a retornabilidade e outras práticas sustentáveis serão cada vez mais utilizadas, pois este tema ganhou lugar de destaque no mundo em que vivemos e no que viveremos. Seragini: A tendência é o aperfeiçoamento dos sistemas de coleta seletiva e o nascimento de um grande mercado de produtos a partir de materiais reciclados. Se ocorrer escassez de matérias-primas, certamente novas alternativas deverão ser desenvolvidas, como já é o caso dos biopolímeros em relação aos petroquímicos. Groke: Teremos mudanças significativas em matérias-primas, pois temos um marco importante que se formou nos últimos dois anos e que vai se consolidar nos próximos que é a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Isso acarretará na análise de ciclo de vida do produto, vai ver todos os impactos que vai provocar ou deixar de provocar. De cinco a 10 anos, teremos mudanças de alguns paradigmas.

décadas por aqui e foram elas que instituíram o padrão de referência que hoje é seguido por todos. Nosso grande diferencial é a criatividade. O design brasileiro tem conquistado, graças a ela, prêmios nos principais concursos internacionais. Seragini: Como é sabido, a maioria dos equipamentos para a fabricação, impressão e embalamento são de origem estrangeira. Essa situação perdurará, uma vez que o Brasil investe pouco em pesquisa e desenvolvimento nessas áreas. Acredito que os padrões de embalagem também estarão alinhados com o mundo, tanto pela grande presença multinacional entre nós, como pelo aumento de exportação de produtos embalados brasileiros. Groke: O Brasil tem tecnologia, vontade, parte inovadora, tem algumas travas que não deixam o País progredir. Algumas partes de mercado são fechadas, dependentes de trazer equipamento por questões operacionais, tributárias. Carentes de alguns processos, matérias-primas, então a nossa inovação tem que ser feita com o que temos acessos e nossa criatividade tem que ser maior. O que temos que lutar é para que tenhamos mais abertura para isso, custo baixo. O Brasil conhece tudo, tem alguns centros de excelência que trabalham em nível internacional, mas isso ainda não está difundido para pequenas e médias empresas.

PACK: Como está o Brasil em comparação com outros países? Seremos um País de inovações? Cabral: Nós pagamos pela exigência e incapacidade de nos manifestar. Como cidadãos, pagamos impostos e devemos exigir uma situação melhor. Os outros países estão muito mais avançados do que nós. Se nós conseguirmos salvar ou melhorar essa estrutura, conseguiremos ter mais de recurso para investir em tecnologia, progredir, não só comprar máquinas. Assunta: O Brasil tem uma grande oportunidade, basta estudar e investir mais para ser mais competitivo. A indústria tem que rever sua posição. Eloisa: Nosso mercado acompanha o externo em muitos sentidos. Temos competência para desenvolver materiais. Temos uma capacidade de inovação para redução de custos. Estados Unidos, por exemplo, estão trabalhando com redução de peso de embalagem, estão trabalhando num nível que o Brasil já atingiu há muito tempo.

ANÚNCIO KAPERSUL

Mestriner: O setor de embalagem é um daqueles em que o Brasil não está atrasado. O padrão mundial é seguido no País, pois das 20 maiores indústrias globais de embalagem tem fábricas e atuam no Brasil. As maiores multinacionais de produtos de consumo também estão há

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Objetos de desejo e decoração Hoje em dia, as embalagens metálicas são identificadas como materiais promocionais de decoração que alavancam vendas. Também são capazes de gerar lembrança de marca espontânea por longos períodos

Zulmira Felicio

É

inegável a expansão do uso de embalagens metálicas no mercado em geral, sendo que para fins promocionais os materiais – alumínio e aço - têm sido cada vez mais objeto de análise, devido à valorização que transfere aos produtos acondicionados. Este ano, a demanda interna de produtos transformados de alumínio deverá atingir 1.480,4 mil toneladas, volume 3,7% superior ao total produzido em 2012, sendo a indústria de embalagens responsável por 30% desse consumo no País, segundo dados da Associação Brasileira do Alumínio (Abal). O mercado de chapas, incluindo latas para bebidas, cresceu 11,4% no acumulado de janeiro a agosto de 2013. Já a produção interna de latas ultrapassou a marca de 20 bilhões de unidades/ ano, situando-se na terceira maior do mundo, sendo 75% delas no formato tradicional (350 ml). “A previsão de crescimento das vendas para 2013 é de 6 a 8%, e a capacidade de produção deve chegar a 28 bilhões no final do ano, com 19 fábricas instaladas”, afirma Renault Castro, diretor executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas). De acordo com Castro, a lata de alumínio traz em si características que se adaptam a diversos momentos de consumo. “A lata se comunica com o consumidor, seja através de formato especial ou rótulo. A principal inovação está no rótulo, na impressão em alta definição, no uso de tinta fosforescente (que brilha sob luz negra), na tinta termocrômica (que altera a cor para informar que a bebida está gelada), além do uso de vernizes tácteis, brilhos que provocam sensações no consumidor”. Os fabricantes também modernizaram suas linhas produzindo de oito a 24 rótulos diferentes, simultaneamente, o que está sendo empregado em campanhas para personalizar a embalagem.

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Fernando Wongtschowski, gerente de Marketing e Desenvolvimento de Negócios da Novelis

Um fato extremamente relevante é que a embalagem em lata para bebidas frias vem ganhando a preferência do consumidor. No segmento de cerveja, a participação está bem próxima dos 40%. O consumo de lata entre os brasileiros tem crescido fruto do aumento do poder aquisitivo da população e da mudança no hábito de consumo. Nos últimos anos, o brasileiro passou a comprar mais cerveja em supermercado, implicando em maior consumo de bebida na residência. Como consequência, a lata vem ganhando participação sobre os outros tipos de embalagem. “Enquanto no Brasil o consumo anual é de cerca de 100 unidades por habitante, na América do Norte este número sobe para 300. Com isso, os principais fillers vêm apostando bastante em estratégias promocionais, como é o caso de novos formatos, principalmente a lata sleek, que vem ganhando bastante participação nos últimos anos, e pinturas diferenciadas. Além disso, a lata permite um tipo de interação muito interessante com o consumidor como o 42

acesso a conteúdos por meio do celular”, informa Fernando Wongtschowski, gerente de Marketing e Desenvolvimento de Negócios da Novelis. A chapa de alumínio utilizada para a produção da lata de bebida é um produto que tem a mais alta tecnologia embarcada em termos de material e laminação. Isto confere aos can makers a certeza de alta produtividade no processo de fabricação e qualidade no seu produto final, além da segurança para o consumidor final de que o produto está protegido e com integridade 100% garantida. “Para assegurar ao mercado a mais avançada tecnologia de ponta nas embalagens de alumínio, a Novelis América do Sul inaugurou em julho a expansão de uma fábrica, em Pindamonhangaba (SP), na qual foi instalado um moderno equipamento para laminação de alumínio. Com isso, a capacidade de produção da empresa foi expandida, passando de 400 mil para 600 mil toneladas por ano, o que significa um aumento de 50%”, afirma Wongtschowski. Atualmente, latas destinadas a bebidas são fabricadas com duas ligas de alumínio diferentes: uma para o corpo e outra para a tampa. Quando chapas de alumínio Novelis evercan TM são empregadas durante o processo de fabricação, resulta em um conteúdo mínimo garantido de 70% de material reciclado, o que é, sem dúvida, uma grande novidade no setor. “A inovação permite reduzir a pegada de carbono dos fabricantes e de seus parceiros na cadeia de distribuição. Também oferece aos consumidores a oportunidade de comprar

produtos com uma pegada de carbono menor e suporta toda a cadeia de reciclagem para seguir na direção de um loop fechado (matéria-prima -> produto acabado -> consumo -> reciclagem)”, explica o gerente.

Avanços técnicos De acordo com a Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço), cerca de 50 empresas fabricam embalagens no País. Anualmente são consumidas oito bilhões de latas para mercados principais, como: alimentos, tintas e produtos químicos. Seiscentas mil toneladas produzem 25 bilhões de embalagens de aço e componentes como tampas. A expansão na aplicação das embalagens em aço vem ocorrendo a partir dos avanços na litografia que permitem a impressão de diversos tipos de rótulos, e vêm se tornando apelo promocional junto aos clientes. As primeiras formas e formatos foram em folhas de flandres para aplicações em biscoitos, queijo e bala, entre outros, seguidas de manufaturados, como para mantimentos e bandejas. Hoje se sabe que o processo exerce forte influência na ascensão cultural do uso das latas, até porque foi por meio dele que as marcas foram disseminadas, graças ao padrão de reprodução de cores e de imagens, conferindo maior valor agregado ao produto. “A qualidade de litografia com os avanços na tecnologia dos equipamentos e nos processos de pré-impressão são o grande diferencial da embalagem metálica, com o objetivo de conferir os efeitos de decoração ao produto. Outras contribuições

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dizem respeito aos recursos de vernizes com acabamento em alto brilho ou fosco, além das texturas imitando o produto final.Também a aplicação de códigos de QR Code vem se expandindo, possibilitando amplo número de informações sobre o produto e a empresa”, informa Daniele Heinrich, gerente geral da Metalgráfica Renner, acrescentando que a empresa promove estudos sobre novas embalagens e, no caso das sofisticadas, “customizamos de acordo com a necessidade do cliente. Além do mais, há uma tendência em utilização de tecnologias para uso de espessuras reduzidas de folha de flandres e desenvolvimento de embalagens de duas peças.”

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“O processo de litografia nas latas de aço permite divulgar de maneira clara e atraente o marketing de uma marca. Com excelente qualidade de impressão, trazem informações importantes para os usuários, além de destacar o diferencial do produto nos pontos de venda. Além disso, é sinônimo de embalagem premium destinada a produtos de alta qualidade”,

acrescenta Antonio Carlos Teixeira Álvares, CEO da Brasilata, empresa que comemorou em abril último o recorde de um bilhão de unidades vendidas da lata redonda de tintas para o segmento imobiliário, inovação desenvolvida em 1997 que, após 16 anos, atingiu a marca histórica. O sistema de fechamento por travamento mecânico desenvolvido pela Brasilata está patenteado no Brasil, nos Estados Unidos, na União Europeia, no Japão e na China, entre outros. Para promover esse recorde de vendas, a empresa preparou uma série comemorativa de cofrinhos dourados em forma de uma pequena lata de tinta com Fechamento Plus. Esse sistema estimulou o surgimento de outras soluções como a tampa Biplus, para o preparo de colorações personalizadas nas lojas, e o Plus UN, fechamento para produtos perigosos, homologado segundo normas internacionais. No segmento de produtos alimentícios e de nutrição, destaca-se o fechamento Ploc Off que utiliza uma sobretampa plástica.

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Antonio Carlos Teixeira Álvares, CEO da Brasilata

Apelo ecológico O mercado está aquecido no que diz respeito à lata e busca cada dia mais trabalhar com as de aço, devido ao apelo ecológico e ao fato de remeter a lembranças antigas, isto é, o consumidor sempre se lembra do produto por muito tempo. Daí o fato de o setor de embalagens metálicas está sempre em constante aprimoramento de novos produtos, formatos, tampas. “A Meister desenvolveu no ano passado embalagens com visor, uma novidade no mercado brasileiro”, exemplifica Guilherme Meister, diretor da empresa sediada em Joinville, Santa Catarina, que transforma a matéria-prima (folhas de flandres) em mais de 200 itens diferentes. “Devido à quantidade de formatos, praticamente todas as nossas soluções surgem a partir de tecnologia diferenciada para a produção de tais itens. A qualidade comprovada em impressão fez com que conquistássemos vários prêmios nacionais e internacionais”, completa o analista de vendas, Evelin Regina Silva, ressaltando Editora B2B

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matéria de capa | embalagens metálicas que a Meister não trabalha com solda, pois as latas são agrafadas. A companhia dá ênfase à excelência na aplicação de relevos nas latas que certifica o aumento da percepção de valor da embalagem. Em busca de novos nichos de mercado com produtos que possam agregar valor ao negócio dos clientes, a Metalgráfica Itaquá atua no desenvolvimento e na fabricação de soluções em embalagens metálicas de aço. Com a linha promocional, oferece o acondicionamento de produtos não somente como

o ambiente. Latas de CD ou DVDs molduram salas, acondicionando originais ou servindo como porta-treco. As figuras de jogos ou de temas licenciados de personagens ou times de futebol enfeitam os quartos infantis”, discorre o gerente comercial, Rodrigo Di Sorri Gasinhato. O executivo avalia que o consumo tem aumentado em média 15% ao ano para as latas produzidas em folhas de flandres da linha promocional. Nesse segmento, as latas são agrafadas para conferir melhor acabamento. “Trabalhamos com muitas opções de formatos, medidas exclusivas ou, embalagens standard fornecidas a preços competitivos e produzidas em linhas automatizadas”, sintetiza Di Sordi.

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Custos

embalagens, como também presentes para os mais variados segmentos. “Praticamente todas as embalagens são utilizadas como objetos de decoração. Conjuntos para mantimentos ou latas para panetones são empregados na cozinha para armazenar produtos e decorar INFORMAÇÕES Abeaço (11) 3842-9512 | www.abeaco.org.br Abralatas (61) 3327-2142 | www.abralatas.org.br

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Di Sordi, da Itaquá, ressalta que devido à complexidade do processo produtivo da embalagem promocional, muitas vezes os lotes mínimos para fabricação personalizada são vistos como desvantagem. “Num primeiro momento tem-se a impressão de que as latas são caras em relação aos outros materiais. Entretanto, é preciso levar em conta o custo-benefício: beleza, funcionalidade e alta durabilidade, requisitos que tornam o produto um veículo de propaganda de longa duração, proporcionando ótimos resultados para a marca do cliente”, pondera o executivo.

De um modo geral, as empresas apontaram o custo como sendo um item de desvantagem, “se comparado a outros materiais como o papel”, exemplifica Elevin, da Meister. “Devido ser complementar e atuar em mercados específicos, a embalagem de aço também não compete com a de alumínio, destinada principalmente à indústria de refrigerantes e cervejas. A desvantagem é custar mais caro que outros materiais alternativos, como o plástico. Porém, a reciclagem após o consumo e o valor comercial da sucata metálica são fatores positivos que favorecem toda a cadeia produtiva”, argumenta Álvares, da Brasilata. Daniele Heinrich, gerente geral da Metalgráfica Renner, considera, ainda, que as embalagens de aço protegem o conteúdo da luz, de microorganismos e oxigênio. Na manipulação, transporte e armazenamento dos produtos o material resiste a choques, quedas e empilhamento. “Destacam-se, ainda, o item beleza em relação às demais. E, por serem consideradas muitas vezes objeto de desejo, são empregadas como material promocional e ajudam a alavancar vendas”, analisa Di Sordi. Além disso, são capazes de gerar lembrança de marca espontânea por longos períodos, “uma vez que os consumidores finais utilizam as embalagens como guarda-tudo: joias, papéis, documentos, brinquedos etc.”, finaliza Guilherme Meister.

Brasilata S/A Embalagens Metálicas (11) 3611-8122 | www.brasilata.com.br

Novelis do Brasil Ltda. (11) 5503-0722 | www.novelis.com

Meister S/A (47) 3433-3133 | www.meister.com.br

Renner Herrmann S/A (51) 3489-9700 | www.metalgraficarenner.com.br

Metalgráfica Itaquá Ltda. (11) 4648-2699 | www.metalgraficaitaqua.com.br

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Como estarĂĄ o mercado de embalagem em 2025?

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evantamento realizado pelo Núcleo de Estudos da Embalagem da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), em parceria com os institutos de pesquisa GfK e Indigo, considerou o ponto de vista da cadeia de embalagens para traçar o futuro deste segmento para 2025. Coordenado por Fabio Mestriner, professor coordenador do Núcleo da ESPM, a pesquisa contou com mais de 700 colaboradores, entre workshop com especialistas de todo o setor, consumidores entrevistados nos maiores mercados do Brasil, gerentes de super e hipermercados e varejo tradicional, indústria fabricante e usuária de embalagens. Em 2025, a população brasileira será mais saudável, desde os mais jovens até os mais velhos, graças aos avanços na medicina e nutrição, e todos se preocuparão com a composição de tudo o que consomem. O olhar feminino terá, ainda mais, influência no poder de compra: estética e beleza serão cada vez mais valorizados. As pessoas buscarão mais harmonia e integração com a natureza, utilizando tecnologias limpas e fontes de energia naturais. “Preservação, sustentabilidade e reciclagem serão questões de primeira importância”, aponta Mestriner. O estudo aponta que apesar de dependermos ainda mais da tecnologia, em um mundo que estará totalmente conectado e trans-

cendendo barreiras geográficas, a família ainda será a base dos valores para a sociedade. Produtos projetados para caberem em espaços cada vez menores terão consciência maior dos desejos do consumidor, controlados por toque, gestos, calor do corpo ou voz e acompanhando o seu ritmo, podendo ser consumidos a qualquer hora ou lugar. De acordo com Mestriner, a indústria usuária tem mais convicção em algumas características desta descrição do futuro do que aqueles que representam os fabricantes de embalagens. “Os consumidores esperam produtos mais atentos de suas necessidades, porém esta expectativa não está alinhada com fabricantes e usuários deste mercado”, afirma.

Indústria e varejo não estão alinhados com expectativas do consumidor em relação à interação com produtos

Fonte: Q.1 Queremos entender como os brasileiros pensam que será o futuro e, por isso, peço que pense no futuro como o ano de 2025, daqui a 13 anos, com relação à saúde, tecnologia, alimentação, aparência, relações humanas, etc. Bases: 80 | Consumidor: 400

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especial notícias

A vida do brasileiro em 2025 Segundo a pesquisa da ESPM, o brasileiro não imagina sua vida desconectada e estará sempre na internet, por computador ou celular, substituindo cada vez mais as compras pessoais pelas virtuais. A indústria de embalagens aposta alto em um brasileiro em movimento, que passa cada vez mais tempo fora de casa, porém sem se descuidar da saúde. Na visão dos consumidores, 13 anos é pouco tempo para haver mudanças em embalagens. Porém, pela pesquisa, a indústria de embalagem é inovadora, mas não de forma consistente, por isso não há percepção do público final. “A cadeia trabalhando em conjunto inova e crescemos como um todo. Verificamos isso no mercado de cerveja.

As bebidas especiais inovam mais e, com isso, crescem mais e foram as responsáveis por ‘salvar o ano’ neste segmento. É o diferencial da embalagem consistente com o diferencial do produto”, revela o coordenador da ESPM. A categoria que mais lançou embalagens no mercado brasileiro em 2011 foi a de cuidados pessoais: esmalte, batom, produtos para o corpo, shampoo, tratamento para cabelos, desodorantes e sabonete em barra.

Embalagens em 2025 As embalagens serão parte importante da experiência de consumo, integradas com a internet e com múltiplas funções além de proteger o produto. Serão sofisticadas e customizadas com “a cara” do consumidor. Práticas e portáteis, em porções indivi-

Brasil foi o sétimo colocado no ranking mundial em lançamentos de embalagem

Fonte: “Relatório lançamentos de embalagens no Brasil e no mundo” elaborado pelo Núcleo de Estudos da Embalagem usando dados do Mintel.

duais, manterão os produtos por mais tempo, sem que eles percam suas propriedades naturais e acompanharão as pessoas aonde precisarem. “Serão privilegiados os designs que apresentarem de forma clara as informações sobre o produto e que permitirem seu reaproveitamento ou refil, além de um fácil descarte. Terão im-

Indústria usuária de embalagens aposta alto em um brasileiro em movimento, cada vez mais tempo fora de casa, porém sem descuidar da saúde

Fonte: Q.3 Por favor, dê sua opinião novamente na forma de uma nota de 0 até 10, porém agora 10 significa que concorda totalmente com a afirmação e 0 que discorda totalmente. Por favor, atribua apenas uma nota para cada frase. Bases: 80 | Consumidor: 400

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nking lagem

Evolução da quantidade de lançamentos de embalagem no Brasil

ndo” elaborado pelo Núcleo

Fonte: “Relatório lançamentos de embalagens no Brasil e no mundo” elaborado pelo Núcleo de Estudos da Embalagem usando dados do Mintel.

pacto cada vez menor no meio ambiente, muitas simplesmente dissolvendo após o uso”, acredita Mestriner. Para isso, fabricantes de produtos e embalagens precisam se alinhar e compartilhar uma visão comum para futuro da embalagem. A indústria usuária vê claramente futuro com embalagens

customizadas e sofisticadas, já a indústria produtora não compartilha a mesma convicção. A indústria usuária espera futuro com embalagens portáteis, que mantenham propriedades naturais dos produtos, com design mais clean e transparente. A importância da facilidade para descarte também não é compartilhada na visão de futuro

de ambos. “Todos os elos da cadeia devem competir juntos, especialmente fabricantes de produtos e embalagem. Quando um produto tem sucesso, todos ganham. Diálogo contínuo, buscando transformar divergências em convergências, construindo uma visão compartilha de futuro. Este é o caminho”, finaliza o coordenador.

Indústria fabricante atribui maior importância hoje e no futuro

Fonte: Q.4 - Hoje, o quanto você acha que cada um dos seguintes atributos da embalagem é importante para o sucesso de uma marca? Por favor, dê uma nota de 0 a 10, em que 10 é muito importante e 0 nada importante | Fonte: Q.5 Hoje, o quanto você acha que cada um dos seguintes atributos da embalagem é importante para o sucesso de uma marca? Por favor, dê uma nota de 0 a 10, em que 10 é muito importante e 0 nada importante | Bases: 80

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Foto: Leandro Andrade

direto da gôndola

Como antigamente...

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a seção de hortifrúti veio o “Direto da Gôndola” de outubro: a empresa Trebeschi, de Araguari, MG, trouxe uma novidade para movimentar os supermercados. O design divertido alegra o setor de frutas, verduras e legumes, que normalmente é muito monótono e quase sem propostas funcionais ou inovadoras. Aliás, quem aproveitar a onda de busca pela saudabilidade, aliada à sustentabilidade e praticidade com segurança alimentar, estará no caminho certo para conquistar esses consumidores. Existem inúmeras oportunidades de melhorias em embalagens. Quem entende essa necessidade e atende a demanda terá mercado certo entre os novos consumidores. O design aplicado à embalagem chega a ser poético: traz a cena da fazenda com arado, campo, árvores, sede e, em primeiro plano, um barril de madeira com os tomates, como as realidades antigas. As ilustrações são benfeitas e têm efeito de hiper-realismo delicado. Tomates e ramos adornam e completam o quadro da imagem. A proposta conta a história da empresa, do sítio e do produto em segundos. Basta um olhar para despertar a emoção. A credibilidade é aumentada com o brasão-selo no painel frontal, e nem por isso eles descartam as “Informações Nutricionais”– que são dados importantes – e o código de barras, tudo de forma clara e fácil de ler. A aplicação do QRCode se deu com uma etiqueta que informa também a data da embalagem e a validade do produto. Confere um toque de modernidade ao conjunto. A ideia central foi utilizar uma embalagem de papel cartão, que pode ter uma excelente impressão e posicionar o produto como premium. Assim nasceu a opção da cestinha de tomates italianos com a marca “Tomates como antigamente”. A “cesta-caixa” permite que os tomates fiquem bem

Assunta Napolitano Camilo*

arrumados e evita que se amassem. O pacote contém só 600 g, porção ideal para evitar o desperdício. Além de muito colorida e bonita, a embalagem deixa o produto em pé, o que consequentemente o destaca da concorrência na gôndola, que sempre estão em bandejas brancas deitadas. O posicionamento do produto permitiu um bônus extra no ticket. O consumidor sai feliz por estar levando um produto saudável, bonito e numa prática e protetora embalagem. A marca ainda presenteia o consumidor com uma etiqueta agregada feita em “papel semente” com sementes de manjericão, que podem ser plantadas. Por fim, o conjunto é selado com uma redinha plástica branca que não interfere visualmente e possibilita maior facilidade no transporte. Tudo bem como antigamente! Embalagem melhor. Mundo melhor. Mais informações e fotos de embalagens inovadoras você encontra no Clube da Embalagem: www.clubedaembalagem.com.br *Assunta Napolitano Camilo: Diretora da FuturePack – Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens – Ensino & Pesquisa. Profissional de embalagens há mais de 30 anos. Pesquisa feiras e PDVs do mundo desde 1986. Articulista, professora e palestrante internacional de embalagens. Coordenadora dos livros: Embalagens Flexíveis; Embalagens de Papelcartão; Guia de embalagens para produtos orgânicos; Embalagens: Design, Materiais, Processos, Máquinas & Sustentabilidade. Coordenadora do Kit de Referências de Embalagens. Membro do Conselho Científico-Tecnológico do ITEHPEC.

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LEITURA

DESTAQUE MADEIRAS BRASILEIRAS – GUIA DE COMBINAÇÃO E

SUBSTITUIÇÃO

QUALIDADE – CONCEITOS E APLICAÇÕES E PRODUTOS, PROJETOS E PROCESSOS

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Desenvolvido com foco nas aplicações das práticas da qualidade, a obra apresenta os capítulos partindo do nivelamento conceitual e ferramental, chegando às técnicas de gerenciamento e suas aplicações. A proposta é facilitar o entendimento e a utilização dessas práticas, as quais têm sido apresentadas como parte fundamental de cursos de graduação e pós-graduação relacionados à Engenharia e Administração da Produção, bem como em cursos de Gerenciamento de Projetos e Gestão de Processos ministrados na Escola Politécnica da USP e na Fundação Carlos Alberto Vanzolini. FERNANDO TOBAL BERSSANETI GREGÓRIO BOUER EDITORA BLUCHER 192 PÁGINAS R$ 48

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DICA DO ESPECIALISTA

O guia apresenta dados de 90 espécies, ordenadas em função de suas cores, um dos aspectos sensoriais mais importantes da madeira para uso em design. Em cada página são apresentadas cartelas duplicadas, permitindo a comparação entre as espécies. O objetivo é informar o uso mais amplo das diversas espécies de madeira, seja em combinações de cores e texturas, seja na escolha de alternativas para substituições daquelas não abundantes. Outro ponto é orientar sobre a dificuldade de obtenção das imagens de madeira e possível imprecisão cromática, pois se trata de material natural que pode apresentar diferenças que dependem da amostra. A escolha das 90 espécies de madeiras foi baseada na lista das 100 mais vendidas. ANDRÉA FRANCO PEREIRA EDITORA BLUCHER 130 PÁGINAS R$ 59

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artigo

A relevância da logística reversa para os materiais: liner de autoadesivos e para-brisas automotivos Maria Zanella Nedi Corbellini*

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competição organizacional e o crescimento do consumo geraram um ambiente onde se consome muito além do necessário. O fluxo reverso é um elo da cadeia logística que permite a revalorização dos resíduos sólidos transformando-os em matérias-primas, e/ou em novos produtos, racionalizando o uso dos recursos naturais. Além disso, possibilita que as organizações se adequem às questões legais e socioambientais. O descarte adequado se inicia com a Logística Reversa (LR) previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei n° 12.305/2010, que determina um conjunto de obrigações para produtores, importadores, vendedores e consumidores de produtos no final da sua vida útil. A lista de materiais que podem ser reciclados é extensa. Mas, até que se transformem em matérias-primas, existe um longo percurso. Cardoso (2006) Apud Razollini (2009, p. 57), relatam “que a logística reversa ganhará maior destaque em razão de dois aspectos: o foco ambiental e o foco econômicoambiental”. Neste contexto, apresentase a reciclagem do vidro automotivo (para-brisa), cujas características permitem 100% de aproveitamento em várias aplicações. As organizações com infraestrutura para fazer a reciclagem deste material demonstram obter vantagens socioeconômicas importantes combinadas com a imagem positiva da corporação. No entanto, essas empresas necessitam melhorar suas iniciativas estratégicas a fim de ampliar o seu market share.

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Existe, no País, mercado potencial pouco explorado para este setor. Acredita-se que os fatores impactantes sejam o desconhecimento da tecnologia, falta de investimento e a extensão territorial versus custos de transporte em relação à localização das empresas recicladoras. Muitas empresas estão aumentando suas despesas enviando esse lixo para aterros classe I, por desconhecer as alternativas existentes. Outro aspecto crítico se refere ao material produzido em larga escala que é o papel siliconizado, liner (suporte para autoadesivo). O autoadesivo é utilizado por diferentes segmentos industriais e comerciais na identificação e rotulagem de seus produtos. O papel siliconizado é constituído de fibras de celulose matériaprima de excelente qualidade.

O dilema é que só existe uma empresa que faz a reciclagem deste material e está localizada na região Nordeste. No Brasil, a conscientização quanto à sustentabilidade é uma utopia. A reciclagem é vista como uma atividade de subsistência para uma parcela da população que não vislumbra outras oportunidades, vive do trabalho quase sempre informal, na clandestinidade. A legislação ambiental possui amplo espectro, mas é pouco respeitada. Por fim, constata-se que a dispersão geográfica é um dos fatores limitadores para melhorar as ações da logística reversa. No entanto, quando é praticada, contribui para a potencialização da economia em níveis mais aceitáveis. Observa-se também que a contínua utilização de recursos naturais para a produção de bens

de consumo traz à tona discussões sobre: a obsolescência precoce dos bens, o contínuo lançamento de produtos no mercado, o alto custo dos reparos de bens em relação ao preço praticado na comercialização de novos produtos. Esses são alguns dos fatores que contribuem para aumentar as quantidades de materiais descartados na natureza sem o tratamento apropriado. *CORBELLINI, Nedi Maria Zanella é professora da Faculdade de Tecnologia Pedro Rogério Garcia (FATTEP), da FACC - Sociedade Educacional Concórdia Ltda., e Consultora de Empresas. Formada em Administração de Empresas, pós-graduada em Gestão Empresarial com Ênfase em Finanças, MBA em Gestão Empresarial pela FGV - RJ e aluna do curso de pós-graduação em Logística Empresarial pela Universidade do Vale do Itajaí.

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SISTEMA DE ETIQUETAGEM O sistema Novelprint é um processo desenvolvido e patenteado onde são fabricadas etiquetas adesivas em rolos, em que o equipamento instalado, destaca a etiqueta do liner e insere dentro da embalagem do produto, como por exemplo, em embalagens de salgadinhos. Substitui o processo manual ou por outro tipo que limita a velocidade da linha de produção do cliente. Além disso, o sistema Novelprint é muito mais higiênico, evitando o contato manual diretamente com a etiqueta antes da inserção. A tecnologia utilizada na fabricação da matéria-prima e impressão das etiquetas adesivas permite, também, que fique em contato direto com o alimento sem a necessidade proteção por um envelope tipo flowpack por exemplo. NOVELPRINT Sistemas de Etiquetagem Ltda. Tel.: (11) 3760-1500 | www.novelprint.com.br

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LAVADORA DE PEÇAS O equipamento foi projetado especificamente para aplicação de lavagem de peças. Apresenta cinco estágios de processo, formados por lavagem, primeiro enxágue, segundo enxágue, terceiro enxágue e secagem. Possui sistema de aspiração de vapores e ventiladores de ar à pressão para eliminar resíduos de água nas peças e grande sistema economizador de energia. Os tanques internos, correntes e demais componentes em contato com as peças são de aço inox 304. ARBRAS Máquinas para Engarrafadores Ltda. Tel.: (54) 3289-8800 | www.arbras.com.br

IMPRESSORA POR JATO DE TINTA Com capacidade de impressão em movimento, os equipamentos EC-JET podem ser utilizados para marcação de variadas embalagens, nos segmentos alimentícios, farmacêuticos, cosméticos, químicos, automobilísticos etc. Imprimem de 3 a 4 linhas, para impressão de código de barras, numeração sequencial, hora e data corrente; admitem velocidade máxima de 6 m/s; apresentam limpeza automática do sistema hidráulico. A EC-JET 330/340 60 mícrons apresenta: altura de caracteres: 1,1 a 12 mm; tinta preta, azul ou vermelha. A EC-JET 330/340 - 70 mícrons apresenta altura de caracteres: 2,1 a 13,8 mm; tinta pigmentada preta ou amarela. GYSSCODING System Comércio e Importação Ltda. Tel.: (11) 5622-6794 | gysscoding@gyscoding.com.br

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IMPRESSORA DIGITAL A TrojanOne, impressora digital de alta resolução colorida de rótulos e etiquetas, entra no portfolio da Sunnyvale após parceria com a fabricante dinamarquesa Trojanlabel. O equipamento atende demandas de pequenas e médias tiragens, com economia em relação à impressão feita em métodos tradicionais. É uma impressora digital com tecnologia de jato de tinta Memjet, com resolução de até 1600 DPIs, capacidade de 300 mm/seg e impressão de códigos de barra 1D e 2D. Suporta dois modos de impressão: rolo para rolo (R2R) e bobina para rótulo cortado (R2C). SUNNYVALE Comércio e Representações Ltda. Tel.: (11) 3048-0147 | www.sunnyvale.com.br

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FILMES PARA EMBALAGENS O grupo Flex Film apresenta filmes de PET verde – uso de 30% de matéria-prima oriunda de energia renovável, aprovados para uso em embalagens de contato com alimentos e outro tipo de filme “verde”, o rPET Films contém 30% de matéria-prima oriunda da reciclagem de embalagens de poliéster pós-consumo (Ex: garrafas de poliéster). Apresenta, ainda, filmes com baixa espessura – de BOPP plano/selável a quente, com apenas 8 micra de espessura e metalizado com 12 micra para impressão e laminação; de BOPET com 6.5 micra. Conta, também, com filmes transparentes com um fino revestimento de óxido de alumínio; filmes de poliéster: revestidos, sem antimônio, revestido para extrusão direta, especiais seláveis a quente, colorido metalizado, revestidos com silicone etc; antiestáticos torção, de CPP para retort; com acabamento MATE etc. Grupo FLEX FILM. Tel.: (11) 3171-3837 | www.flexfilm.com

IMPRESSORA COM RFID A impressora M-Class Mark II pode ser adquirida sem o opcional RFID ou com instalação posterior integrando o conjunto de itens que compõem o sistema: antena, leitor, transmissor e impressora. Oferece facilidade de manutenção, instalação e desinstalação de opcionais; entre os mais utilizados, além do RFID para gravar, ler e imprimir rótulos e etiquetas inteligentes (com RFID), estão o sensor de presença, guilhotina, rebobinador interno, peel and present etc. Fabricada em estrutura de alumínio injetado, possui relógio em tempo real para etiquetagem com exatidão de data e hora, é compacta e atende largura máx. de impressão de 108 mm e velocidade máx. até 254 mm/s. Imprime etiquetas e rótulos com códigos de barra, logotipos, frases, números etc. DATAMAX-O’NEIL Corporation. Tel.: (11) 3825-0690 | info@datamax-oneil.com

Codificador Ink-jet O novo codificador ink-jet Power Jet 500, uma lançamento da Salazar, é um datador simples, versátil e de fácil operação. Conta com uma interface 10,4 polegadas touch screen color. O codificador faz até cinco linhas de impressão e pode marcar textos datas, turnos, horário, contadores e logotipos. É ideal para embalagens primárias como potes tampas, frascos, filmes flexíveis, cartuchos, fios e tubos. Possui limpeza automática da cabeça de impressão na parada e partida do jato tinta. Oferece excelente custo operacional e estrutura técnica capacitada. Além da venda direta, a empresa tem como opção os sistemas de comodato e locação.

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DESUMIDIFICADORES PARA PLÁSTICOS Os desumificadores para plásticos da linha RDA são desenvolvidos para secagem de alto desempenho para plásticos de engenharia usando dupla peneira molecular. Possuem controle das funções de desumidificação, regeneração e controle de temperatura do processo realizado por CLP Digital Microprocessado. Conta com sistema de resfriamento do fluxo de ar do retorno do processo e filtragem na entrada e saída do ar. Esse sistema permite a obtenção de ponto de orvalho de até -65ºC e regimes contínuos de -40ºC. A linha é fornecida com as seguintes capacidades de vazão: 192, 312, 500, 840, 1320 e 2600 m3/h para operar em conjunto de silos de secagem de 100 a 15.000 litros. SRE Indústria e Comércio de Máquinas e Equipamentos Ltda. Tel.: (19) 3936-5614 | www.sre.ind.br

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SALAZAR Sistemas de Codificação. Tel.: (11) 4976-2682 www.salazarcomponentes.com.br. salazar@salazarcomponentes.com.br

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COMPOSTOS, RESINAS E CONCENTRADOS TERMOPLÁSTICOS A Macroplast oferece especialidades que atendem aos rígidos padrões de qualidade quanto à dispersão, homogeineidade de lote, intensidade de cor e constância de tonalidade. Conta com soluções tecnológicas integradas na forma de cores, aditivos, compostos e blendas, bem como assistência técnica. A linha Macrofilled de compostos termoplásticos pode ser composta por cargas minerais e/ou reforçadas com fibra de vidro, sintéticas, modificadores de impacto, cargas de retardantes de chama etc e pode incluir, ainda, a aditivação com ou sem pigmentação. Entre outras opções, a empresa apresenta a linha masterbatches concentrados de cor e de aditivos em bases termoplásticas, para proteção aos raios UV até facilitadores de processo. MACROPLAST Indústria e Comércio de Plásticos Ltda. Tel.: (11) 4393-6200 | www.macroplast.com.br

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ADITIVO REDUTOR DE ACETALDEÍDO O TripleA™ é um redutor de acetaldeído (AA) que se forma na degradação térmica durante do processamento do PET. O aditivo possui tecnologia projetada para minimizar e controlas os níveis de AA durante o processamento do PET e durante a vida do produto. É aplicado especialmente na redução de AA de embalagens para água mineral. É uma dispersão que pode ser fornecida separadamente ou em conjunto com colorante ou outras tecnologias de aditivos ColorMatrix. Atende as legislações do Mercosul, FDA e EU para contato com alimentos. POLYONE / COLORMATRIX Group. Tel.: (11) 4591-0100 www.colormatrix.com

IMPRESSORAS POR TRANSFERÊNCIA TÉRMICA As impressoras por transferência térmica (TTO), DataFlex® 6320 e DataFlex® 6420 foram criadas para fornecer um maior tempo de operação e reduzir erros de codificação. Visam diversas aplicações de rotulação e embalagens flexíveis no setor de alimentos industrializados, pães, carnes, frangos, confeitaria etc. A DataFlex 6320, com larguras de impressão de 32 mm e 53 mm, é ideal para aplicações de velocidade moderada, incluindo a vedação, preenchimento e forma vertical. A DataFlex 6420, com larguras de impressão de 53 mm e 107 mm, oferece maior rendimento e capacidade para aplicações de marcação mais rápidas e pode ser usada em aplicações de vedação, preenchimento e forma horizontal e codificação de formado. VIDEOJET® Brasil Comércio de Equipamento de CodificaçãoIndustrial Ltda. Tel.: (11) 4689-8800 | www.videojet.com

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índice de anunciantes página empresa

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3ª Capa..... ABRE.....................................................www.abre.org.br

21.............. MD PAPÉIS................................www.mdpapeis.com.br

37.............. BANDEIRANTE..................www.indbandeirante.com.br

2ª Capa..... MEISTER........................................ www.meister.com.br

35.............. GUAÇU EMBALAGENS.................... www.guacu.com.br 31.............. HAVER BRASIL........................www.haverbrasil.com.br

57.............. MOLTEC.......................................... www.moltec.com.br 58.............. PRÓ-DESIGN............................................www.pd.art.br

4ª Capa..... IBEMA..............................................www.ibema.com.br 13.............. RES BRASIL.................................www.resbrasil.com.br 57.............. IGARATIBA...................................www.igaratiba.com.br 45 e 51

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