Revista Pack 209 - Março 2015

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www.pack.com.br

209

ANO•17 M A R Ç O

2 0 1 5

R$ 15,00

EMBALAGEM

TECNOLOGIA

DESIGN

INOVAÇÃO

ISM - ALEMANHA A maior feira de doces e snacks do mundo

APEX-BRASIL Márcia Nejaim fala sobre projeto Inova Embala

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SOLUÇÕES DIGITAIS E 3D

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INDÚSTRIA GRÁFICA

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Foto: COMODO

carta ao leitor

PAVILHÕES A TODO VAPOR

É

inegável que as feiras são ótimas oportunidades de atualização, relacionamento e, claro, realização de bons negócios. Nesta edição, nossa conselheira editorial, Assunta Napolitano trouxe excelentes conteúdos do que aconteceu na Emballage de Paris, no setor Manutention, em uma cobertura sobre embalagens de transporte e sua importância na competitividade; e um assunto mais doce: o universo da ISM, que aconteceu em Colônia, na Alemanha, tendo o Brasil representado pela Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB), além da presença das empresas Bauducco e Marilan. Para abril, nossa equipe de reportagem está de olho na ExpoPrint para fazer uma matéria especial com as novidades desse segmento. Falando em ExpoPrint, nas próximas páginas é possível conferir uma matéria sobre o que a indústria gráfica está projetando para este setor. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Gráfica, Abrigaf, esta atividade é influenciada pela cotação do dólar, e o efeito do câmbio não será benigno agora, mas promete trazer oportunidades para o ano que vem. Os segmentos mais sensíveis a essas oscilações são embalagens e editorial, com o primeiro fortemente influenciado também pelo desempenho da indústria em geral.

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É diante das dificuldades que as empresas encontram as melhores soluções, reveladas aqui em primeira mão. E é com exclusividade também que batemos um papo com Márcia Nejaim, gerente executiva de competitividade e inovação da Apex-Brasil, que firmou recentemente um contrato com o Instituto de Embalagens para o desenvolvimento de um novo projeto destinado a apoiar a melhoria das embalagens brasileiras: o Inova Embala. O projeto foca no setor de alimentos e bebidas e contempla o processo de sensibilização para inovação em embalagens considerando pontos críticos como: certificações e normas internacionais, novas tecnologias, novos materiais e estudo das culturas de consumo nos mercados internacionais. Paulo Pereira, engenheiro e diretor da agência Prodesign, de São José dos Campos, também fez sua contribuição em conhecimento para o setor. Ele escreveu um artigo técnico sobre otimização e logística de redução de custo. Em seu texto, ele revela como as empresas estão constantemente buscando soluções para redução de custos nos materiais das embalagens e em seus processos produtivos. Conteúdo de qualidade se encontra aqui. Tenha uma leitura extremamente proveitosa!

THAIS MARTINS EDITORA CHEFE redacao@pack.com.br

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sumário

A N O • 1 7

EMBALAGEM TECNOLOGIA DESIGN

APEX-BRASIL Márcia Nejaim fala sobre Inova Embala

2015

Foto: Durst

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INDÚSTRIA GRÁFICA Crise reflete oportunidades para 2016

INOVAÇÃO

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Foto: Leandro Andrade

M A R Ç O

10 ENTREVISTA

Apex-Brasil e Instituto de Embalagens firmam contrato para o projeto destinado a apoiar a melhoria das embalagens brasileiras: o Inova Embala.

16 POR DENTRO DAS LEIS

Luciana Zioli, do Loureiro Filho Sociedade, aborda a questão do reajuste escalonado na alíquota do imposto de renda da pessoa física e novos limites de deduções.

24 INDÚSTRIA GRÁFICA

Para a Abrigraf, a atividade é influenciada pela cotação do dólar. O efeito do câmbio não será benigno agora, mas promete trazer novidades para o ano que vem.

30 MUNDO DOCE!

Assunta Napolitano faz a cobertura da 45ª edição da ISM, na Alemanha: a maior feira de doces e snacks do mundo.

Foto: Divulgação / ISM

30

ISM - ALEMANHA A maior feira de doces e snacks do mundo

40 EMBALLAGE & MANUTENTION

Empresas localizam gargalos e oportunidades também no final da linha, por meio de embalagens de transportes mais eficientes.

SEÇÕES 6 AGENDA

36 ESPECIAL EFI

8 PACK ONLINE

44 ARTIGO

16 POR DENTRO DAS LEIS

43 SUSTENTABILIDADE

17 VAI E VEM DO MERCADO

47 NOTAS TÉCNICAS

18 ESPECIAL ABRE

49 PACK LEITURA

20 ATUALIDADES

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agenda FEIRAS NO BRASIL EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO

DATA

FEIRA

LOCAL

CONTATO

22 a 24 de abril

Expo Vinis

Expo Center Norte - SP

www.expovinis.com.br

4 a 8 de maio

Feiplastic

Anhembi - SP

www.feiplastic.com.br

12 a 14 de maio

FCE Cosmetique

Transamerica Expo Center - SP

www.fcecosmetique.com.br

12 a 14 de maio

FCE Pharma

Transamerica Expo Center - SP

www.fcepharma.com.br

3 de junho a 3 de julho

Cemat South America

Transamerica Expo Center - SP

www.cemat-southamerica.com.br

9 a 11 de junho

Fispal Café

Expo Center Norte - SP

www.fispalcafe.com.br

9 a 12 de junho

Fispal Food Service

Expo Center Norte - SP

www.fispalfoodservice.com.br

9 a 11 de junho

Sial Brazil

Expo Center Norte - SP

www.sialbrazil.com.br

23 a 26 de junho

Fispal Tecnologia

Anhembi - SP

www.fispaltecnologia.com.br

PUBLISHER: Fernando Lopes EDITORA CHEFE: Thais Martins ASSESSORA TÉCNICA: Assunta Napolitano Camilo (FuturePack) assunta@futurepack.com.br REVISÃO: Nazaré Baracho PROJETO GRÁFICO: Editora B2B PRODUÇÃO: Luciano Tavares de Lima (gerente) DESIGNER: Ana Claudia Martins CAPA: Ana Claudia Martins FOTO DA CAPA: Stratasys

CONSELHO EDITORIAL Assunta Camilo Napolitano, diretora da FuturePack e do Instituto de Embalagens – Eduardo Tadashi Yugue, gerente de embalagens da Nestlé Brasil – Geraldo Cardoso Guitti, diretor do Conselho Administrativo da Refrigerantes Convenção – Iorley Correia Lisboa, gerente P&D e Inovação de Embalagens – Marcas Exclusivas do Walmart Brasil – João Batista Ferreira, CEO da J2B Innovation to Business – Lincoln Seragini, presidente da Seragini Design – e Luis Fernando Madi, Diretor Geral do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL)

COMERCIAL Marília de Paula Marília@pack.com.br Tel.: (11) 3722-0956 Rajah Chahine comercial@pack.com.br Tel.: (11) 3722-0956 Executivos de Negócios – São Paulo – Interior Aqueropita Intermediações de Negócios Ltda. Contato: Aparecida A. Stefani Tel.: (16) 3413-2336 – Cel.: (11) 9647-0044 aparecida.stefani@banas.com.br

FEIRAS NO EXTERIOR DATA

FEIRA

LOCAL

CONTATO

19 a 21 de maio

Sweets & Snacks

Chicago- USA

www.sweetsandsnacks.com

16 a 19 de junho

Expo Pack

México

www.expopack.com.mx

6 a 9 de julho

Interpack

San Francisco, CA

www.interpack.com

Rio Grande do Sul Interface Comunicação e Propaganda Ltda. Contato: Vera Anjos Av. Taquara, 193 – Cj. 406 – CEP 90460-210 – Porto Alegre-RS Tel./Fax: (51) 3737.9200 (51) 9969.0727 banassul@terra.com.br Rio de Janeiro Art Comunicação S/C Ltda. Contato: Francisco Neves Rua Des. João Claudino Oliveira e Cruz, 50 – cj. 607 – CEP 22793-071 – Rio de Janeiro-RJ Tels.: (21) 2269-7760 – (11) 9943-5530 – Fax: (21) 3899-1274 banasrj@uol.com.br

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A PACK É UMA FONTE ENRIQUECEDORA PARA SABER DAS NOVIDADES TECNOLÓGICAS, DO MERCADO E DE MODELOS DE NEGÓCIOS. UMA REVISTA EXCELENTE PARA O SEGMENTO DE EMBALAGENS. MARTINA EKERT, GERENTE DE MARKETING & PMA DA HEIDELBERG.

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MARÇO 2015 PACK – EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO

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A PACK é dirigida aos profissionais que ocupam cargos técnicos, de direção, gerência e supervisão em empresas fornecedoras, convertedoras e usuárias de embalagens, bem como prestadores de serviços relacionados à logística, design e todos os processos relacionados a indústrias de embalagem. IO

E-MAIL redacao@pack.com.br

Rua dos Três Irmãos, 771 Jardim Progredior – São Paulo-SP – CEP 05615-190

IV P R Ê M

PARA SE CORRESPONDER COM A REDAÇÃO

END.

é uma publicação mensal da Editora B2B.

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V I S TA S E G M

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É permitida a divulgação das informações contidas na revista desde que citada a fonte. PACK reserva-se o direito de publicar somente informações que considerar relevantes e do interesse dos leitores da revista.

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@EditoraB2B

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www.pack.com.br POR TATIANA GOMES | tatiana.gomes@banas.com.br

O SITE DA PACK TRAZ NOTICIÁRIO ATUALIZADO DIARIAMENTE, ARTIGOS EXCLUSIVOS E TUDO SOBRE O MERCADO DE EMBALAGEM. MAIS: VÍDEOS, FOTOS E A VERSÃO DIGITAL NA ÍNTEGRA DA EDIÇÃO DO MÊS, ALÉM DAS ANTERIORES!

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Arcor do Brasil incrementa suas marcas e inspira uma “Páscoa Mágica” em 2015

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Parceria Cacau Show e Congraf na Páscoa 2015

Embalagem do Ovo Gourmet contou com a participação da Congraf no projeto.

BIS lança campanha “O poder da zuêra” com embalagens especiais Ação é a maior plataforma de investimento da marca no ano.

Embalagens especiais de liquidação são apostas das empresas para atrair o consumidor

As lojas oferecem grandes descontos em seus produtos para estimular suas vendas. Muitas empresas apostam em embalagens especiais de liquidação para atrair a atenção do consumidor.

Natura lança primeiras embalagens feitas com vidro reciclado

Empresa acaba de produzir as primeiras embalagens para a perfumaria feitas com vidro reciclado pós-consumo.

CBA cria para Womo nova marca de produtos de cuidados pessoais exclusiva para homens

O projeto foi desenvolvido com o objetivo de restaurar a identidade masculina aos seus valores, como o pragmatismo e a essencialidade, com o equilíbrio entre a tradição e a inovação.

Confira a lista das 10 notícias mais acessadas no site e as leia na íntegra! Fonte: Google Analytics * Período de 29/1/15 a 4/3/15 Onde achar? http:/www.pack.com.br/maisnoticias.aspx

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Foto: Leandro Andrade

entrevista

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APEX-BRASIL EM BUSCA DA MELHORIA DAS EMBALAGENS POR THAIS MARTINS

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Gerência de inovação e design da apex-Brasil firmou contrato com o instituto de Embalagens para o desenvolvimento de um novo projeto destinado a apoiar a melhoria das embalagens brasileiras: o inova Embala. o projeto foca no setor de alimentos e bebidas e contempla o processo de sensibilização para inovação em embalagens considerando pontos críticos como: certificações e normas internacionais, novas tecnologias, novos materiais e estudo das culturas de consumo nos mercados internacionais. a gerente executiva de competitividade e inovação da apex-Brasil, Márcia nejaim revelou os detalhes do projeto, o motivo pela escolha do instituto de Embalagens, entre outros pontos. Revista PACK: A Apex-Brasil e o Instituto de Embalagens estão juntos no Inova Embala. Pode nos contar sobre o projeto? Márcia Nejaim: o inova Embala prevê a realização de workshops, seminários e clínicas de atendimentos individuais às empresas, para que elas entendam a importância da embalagem para a competitividade e conheçam as tendências, as novas tecnologias, materiais, certificações e normas internacionais. Este projeto leva em conta que uma embalagem inovadora e com um bom design pode ajudar a conquistar os disputados espaços nos pontos de venda, podendo elevar o valor da mercadoria e, consequentemente, aumentar as exportações. a iniciativa teve início em novembro de 2014 e já atendeu a 44 empresas.

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Foto: Leandro Andrade

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É importante destacar que o Inova Embala tem poucos meses de atuação, mas ele é fruto de uma iniciativa anterior, o Design Embala, que teve excelentes resultados. Em um ano de atividade, o Design Embala desenvolveu um portfolio de ações beneficiando mais de 150 empresas dos setores de cafés especiais, cachaça, vinho, doces, alimentos e bebidas. PACK: Como se deu essa parceria com o Instituto de Embalagens? Nejaim: Sempre estamos buscando parceiros que possam nos auxiliar nos objetivos que traçamos na Agência. Quando elaboramos o primeiro projeto com foco em design de embalagens com a Associação Brasileira de Embalagem (ABRE), que foi muito exitoso, percebemos que precisávamos trazer novos parceiros para discutir também a questão da inovação nas embalagens. Aos poucos fomos conhecendo a reputação do Instituto de Embalagens e também as sinergias que já tinha com vários outros parceiros setoriais da Apex-Brasil. O projeto começou este ano e já temos um excelente balanço das ações que temos feito em conjunto, trazendo para o empresário, por meio das clínicas individuais, uma visão sobre as diversas possibilidades que a embalagem pode trazer em mercados específicos onde estas empresas atuam e podem se tornar ainda mais competitivas. A experiência internacional do Instituto chamou muito a nossa atenção. A embalagem, sobretudo no setor de alimentos, tem um impacto enorme nos custos de produção e transporte, na comunicação com o consumidor final e no shelf life dos produtos, por exemplo. 12

PB

PACK: Qual a importância do Inova Embala para o mercado de embalagens? Nejaim: Temos visto que a estratégia de sensibilização por meio de workshops e as clínicas individuais com as empresas têm modificado a mentalidade dos empresários e das pessoas envolvidas no que tange a importância de se ter uma embalagem que comunique o que o produto, de fato, representa. Temos visto um avanço importante, pois diversas empresas têm feito alterações significativas em suas embalagens. Como a maioria é composta de empresas exportadoras, elas têm feito alterações com foco nos mercados onde exportam, o quê, na medida em que acompanhamos a evolução das exportações, pode se demonstrar em um aumento da competitividade e das exportações dessas empresas. Espero que a gente comece em breve a colher os frutos deste projeto, averiguando que de fato as empresas têm aumentado as exportações em virtude das mudanças que o projeto tem causado nas estratégias de negócios, por meio de uma embalagem mais adequada para os mercados trabalhados. PACK: Conte-nos um pouco sobre sua trajetória profissional. Nejaim: Sou formada em administração de empresas pela Universidade de Pernambuco, com Pós-graduação em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas e Gestão pela Harvard Extension School. Por meio do Chevening Fellowship, estudei também Responsabilidade Corporativa na Nottingham University, na Inglaterra. Antes de trabalhar na Apex-Brasil, onde estou desde 2005, atuei no setor privado no segmento de consultoria estratégica, nos setores de tecnologia da informação e varejo.

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PACK: Como tem sido sua participação na Apex-Brasil? Nejaim: Entrei na apex-Brasil por meio de um processo seletivo e iniciei minhas atividades na inteligência comercial, em 2005. na época, a equipe tinha a incumbência de estruturar a área que é um dos principais pilares para uma promoção de exportação eficiente. aprendi muito e até hoje aprendo com as pessoas que estão agora lá, fazendo trabalhos fantásticos. Posteriormente, ingressei na unidade de atração de investimentos para também estruturar este departamento. atualmente, estou na Gerência Executiva de Competitividade e inovação, atuando em projetos relacionados à internacionalização, sustentabilidade, inovação e design e gestão para exportação, como ferramentas para o aumento da competitividade das empresas exportadoras.

a agência proporciona um ambiente de aprendizado constante e nos preocupamos em avaliar constantemente se o que fazemos está agregando aos negócios das empresas, assim estamos aprimorando a mensuração e acompanhamento dos resultados. Espero poder continuar contribuindo para estes desafios. PACK: Você atua em projetos ligados à sustentabilidade, inovação, design e internacionalização. Quais foram as principais conquistas sobre isso durante sua gestão? Nejaim: olhando a trajetória da gestão das empresas e, em particular as questões ligadas à exportação, estes são temas relativamente novos. Estamos atuando com isso há cerca de três anos, de forma mais preponderante. nossos desafios estão relacionados à geração do debate para o entendimento de que as estratégias ligadas à inovação e, mais detalhadamente, o design, a sustentabilidade e a criação de

novos modelos de negócios para mercados internacionais podem ser instrumentos importantes de diferenciação e agregação de valor, levando as empresas a um patamar de competitividade maior. Muitas vezes, estes investimentos são vistos como custos ou em alguns casos, as empresas não sabem como começar. Parte do nosso trabalho tem sido também em auxiliar em possíveis caminhos, montando parcerias, como a que temos com o instituto de Embalagem, com o Centro Brasil design e com o Centro de sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que possam nos auxiliar nestas trajetórias com os exportadores. Em alguns desses projetos, temos visto que as empresas, ao final da iniciativa com a apex-Brasil, têm investido cerca de cinco vezes o que a agência investiu, o que é um grande indicador de que a semente plantada gerou frutos.

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entrevista

PACK: Você implantou um projeto inovador em parceria com o Banco Mundial... Nejaim: Quando iniciei os trabalhos na unidade de atração de investimentos estrangeiros diretos da Apex-Brasil, em 2008, atuávamos na implantação de uma estrutura profissional com equipe, processos e programas para atrair investimento estrangeiro para o Brasil, como acontece em vários países ao redor do mundo. Nós tínhamos o desafio adicional de criar uma rede nacional para atração de investimentos. Foi quando, em parceria com o Banco Mundial, elaboramos as estratégias e criamos as condições para fazer um trabalho de atração de investimentos que impactasse a economia brasileira e que, sem nossa contribuição, não necessariamente viriam para o Brasil, país onde as principais empresas mundiais já estão instaladas. Um exemplo claro de nossa atuação foi o trabalho que fizemos com alguns estados, como o Pará e Pernambuco, para criarem suas próprias estruturas e avançar em um trabalho integrado, como Estados piloto deste projeto que teve sua continuidade. Outro exemplo foi nossa atuação de destaque na atração do Global Research Center da General Electric, fazendo com que o CEO global da GE, Jeff Inmelt fizesse o anúncio da vinda do centro na sede da Agência, em 2010. PACK: E como está o Brasil em relação às exportações? O que a Apex tem feito para promover os produtos e serviços brasileiros e atrair investimentos para setores estratégicos da economia brasileira? Nejaim: O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) está elaborando um Plano Nacional de Exportações, que será lançado em breve, para 14

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ampliar as exportações brasileiras. A Apex-Brasil atua alinhada ao MDIC e temos desenvolvido, ao longo dos últimos anos, diversas ações de promoção dos produtos e serviços brasileiros no exterior, de estímulo ao incremento da competitividade nacional e de atração de investimentos estrangeiros diretos. Em 2014, as empresas participantes dos projetos da Agência exportaram US$ 62,02 bilhões, representando um aumento de US$ 15,65 bilhões ou 33,8% a mais que em 2013, enquanto as exportações do Brasil, em geral, caíram 7,1%. Na questão de investimentos, em 2014 as empresas atendidas pela Apex-Brasil anunciaram o recebimento de IED da ordem de US$ 4,7 bilhões, entre investimentos produtivos e investimentos em participação. PACK: Qual setor da economia brasileira que tem se destacado na exportação? Nejaim: Nos projetos que apoiamos, temos acompanhando um desempenho crescente nos últimos anos, sempre comparando com empresas que não são apoiadas pela Agência de segmentos similares. Posso desatacar os setores de curtumes, rochas ornamentais, cerâmicas, fármacos, alguns subsegmentos de máquinas e equipamentos, cosméticos, produtos para animais de estimação e vários dos setores de alimentos e bebidas, como é o caso do setor de cafés especiais, mel e carnes, para mencionar alguns mais significativos. PACK: Para finalizar, pode dar uma visão geral sobre as iniciativas da Apex-Brasil? Nejaim: Entre diversificadas ações de promoção comercial, que visam a fortalecer a imagem e o posicionamento do Brasil e dos produtos e serviços brasileiros no exterior,

destacam-se missões comerciais, rodadas de negócios, participações em grandes feiras internacionais e visita de compradores, investidores e formadores de opinião estrangeiros para conhecer a estrutura produtiva brasileira. Já em relação à atração de Investimentos Estrangeiros Diretos para o Brasil, atuamos com foco em setores estratégicos para o desenvolvimento da competitividade das empresas brasileiras e do País. A Agência trabalha na identificação de oportunidades de negócios e apoia o investidor estrangeiro durante sua tomada de decisão no processo. Posso detalhar melhor as iniciativas que estão sob minha responsabilidade, que são dedicadas a auxiliar as empresas exportadoras a serem mais competitivas. Para dar conta deste desafio, atuamos em várias frentes, buscando envolver as empresas nos projetos, convencendo-as da importância de olhar para o longo prazo. Afinal, estamos falando da construção de uma cultura de inovação e design, da melhoria na gestão, de práticas de sustentabilidade e, para isso, precisamos do compromisso e do investimento das empresas. Em Inovação e Design, o nosso objetivo é inserir o tema da gestão da inovação e do design nas ações e na cultura das empresas que apoiamos. As iniciativas desta área focam na necessidade de fomentar a criação de produtos inovadores e competitivos no mercado internacional, preparando empresas para a promoção de exportações diferenciadas, com valor agregado e inovação tecnológica, mostrando um Brasil diferente e modificando a dinâmica interna das empresas. Neste sentido, temos dois projetos bastante relevantes: o Design Export e o Inova Embala, já explicado acima.

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o design Export, cuja primeira edição está sendo encerrada neste mês, resultou no desenvolvimento de 100 inovações – seja lançamento de novos produtos ou melhorias em embalagens, branding e comunicação visual. o programa funciona como uma ponte entre os empresários e os designers, estimulando o uso do design como ferramenta para a inovação. os participantes recebem apoio para identificar os profissionais mais adequados às suas necessidades e têm acesso a recursos financeiros para a contratação do serviço de desenvolvimento do produto inovador. no nosso trabalho de internacionalização, o objetivo é desenvolver soluções para a formulação e implementação de estratégias que viabilizem a ampliação das operações internacionais de empresas brasileiras. Para isso, oferecemos serviços para auxiliar a empresa na definição da sua orientação estratégica, análise de mercado e gestão internacional, além de atendimentos individualizados por meio da parceria desta Gerência com a equipe dos escritórios da apex-Brasil no exterior. Este é um trabalho complexo e de longo prazo, mas no qual temos tido excelentes resultados também. Com relação à sustentabilidade, o objetivo é auxiliar empresas e setores produtivos na implementação de boas práticas com base em demandas de mercados internacionais e em sintonia com as práticas do mercado brasileiro e com nossa legislação. sabemos que hoje há muitos setores que já demandam produtos sustentáveis e há também muitas oportunidades para o desenvolvimento de soluções inovadoras voltadas a problemas relativos à mudança climática. Por fim, nossa equipe atua também para qualificar as empresas

A experiência internacional do Instituto de Embalagens chamou muito a nossa atenção. A embalagem, sobretudo no setor de alimentos, tem um impacto enorme nos custos de produção e transporte, na comunicação com o consumidor final e no shelf life dos produtos, por exemplo em relação à cultura exportadora. destaca-se aí o Projeto de Extensão industrial Exportadora, o PEiEX, iniciativa voltada à resolução de

problemas técnico-gerenciais e tecnológicos das empresas que, só no ano passado, atendeu 3,4 mil empresas em 14 estados brasileiros. Editora B2B

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por dentro das leis

ONDE ESTÃO OS BRIOCHES?

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arafraseando parcialmente um conhecido político, “nunca antes na história deste país...” vimos crises das mais variadas ordens coexistindo. Só para citar as mais evidentes, há crise nos serviços de abastecimento, crise na confiança das pessoas em todas as esferas de governo, crise econômica, crise gerencial nas empresas em que participa o capital público, e por aí vai. E claro, como já vimos antes na história deste país, a carga tributária mais uma vez é majorada no intuito de reequilibrar as contas públicas, que, diga-se, atingiram o pior resultado da história no ano passado. Assim, em meio à queda de braço entre o Governo Federal e o Congresso Nacional, foi editada a medida provisória nº 670 de 10 de março de 2015 que estabelece um reajuste escalonado na alíquota do imposto de renda da pessoa física e novos limites de deduções. De acordo com a referida medida provisória, o contribuinte que auferir renda mensal de até R$ 1.903,98 não recolherá o tributo. Se a renda mensal estiver entre R$ 1.903,99 e 2.826,65, a alíquota incidente será de 7,5%. Para estas duas faixas de recolhimento o percentual de correção da tabela foi de 6,5%. Para o contribuinte cuja renda mensal auferida estiver entre R$ 2.826,66 e R$ 3.751,05, a alíquota será de 15%. O percentual de correção para esta faixa foi de 5,5%. Já quem receber entre R$ 3.751,06 e R$ 4.664,68 deverá recolher 22,5% de imposto de renda, incidindo sobre esta faixa de recolhimento o índice de correção de 5%. Por fim, para os rendimentos mensais superiores a R$ 4.664,69, a alíquota do imposto de renda será de 27,5%, sendo a tabela corrigida em 4,5%. No entanto, no nosso entender, o reajuste da tabela do imposto de renda em índice inferior ao da inflação e de forma escalonada representa um aumento indireto do tributo e fere princípios constitucionais que regem a Ordem Tributária Nacional, por exemplo, o princípio da igualdade em matéria tributária. A medida provisória 670/15 confere tratamento desigual aos contribuintes sem que exista critério pertinente à sua diferenciação. Expondo de forma sucinta, a correção dos valores das faixas de renda visa eliminar a defasagem oriunda da inflação. Sendo assim, não há critério lógico que autorize a correção dos valores da tabela mensal progressiva por índices diferentes aplicáveis de acordo com a faixa de renda, uma vez que todos os cidadãos igualmente estão expostos à perda do poder de compra da moeda. Fere, ainda, o princípio da capacidade contributiva, segundo o qual os impostos devem ser graduados de acordo com a capacidade econômica do contribuinte. Ao não corrigir a tabela progressiva, observando os índices inflacionários, desrespeita o limite do mínimo existencial, porque, além de não agir positivamente para proporcioná-lo, subtrai recursos necessários às condições mínimas de sobrevivência digna. Por estes e outros fundamentos, a medida provisória 670/15 é inconstitucional e o momento convida a ressaltarmos a postura do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil – CFOAB - em defesa de todos os contribuintes, ao ingressar com uma ação direta de inconstitucionalidade, ADI nº 5.096, em 2014, a fim de garantir a correção da tabela progressiva mensal de acordo com a lei. O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil pede ao Supremo Tribunal Federal que, primordialmente, o artigo 1º da Lei 11.482/07 seja

interpretado conforme a Constituição Federal, assegurando-se que, a partir de 2014, a correção da tabela do imposto de renda se opere de acordo com o IPCA, índice oficial do governo, medido pelo IBGE, e que melhor refletiria a inflação. Pede também a correção em 61,24%, para o ano calendário de 2013, a fim de recompor a defasagem havida desde o ano de 1996, quando por meio da Lei 9.250/95 se converteu em real os valores expressos na tabela progressiva mensal em UFIR. Para traduzir em termos concretos o grau de defasagem e da consequente conveniência arrecadatória, à ação direta de inconstitucionalidade juntou-se um parecer do ilustre Professor Luiz Cláudio Allemand, citado na petição inicial, em que esclarece: “Atualmente, aproximadamente 24 (vinte e quatro) milhões de brasileiros prestam contas à Receita Federal, sendo que uma grande parcela de brasileiros estaria na faixa de imunidade, caso a tabela do imposto de renda fosse

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Vaivém do mercado

*Luciana Zioli é advogada do Loureiro Filho Sociedade de Advogados, graduada pelas Faculdades Metropolitanas Unidas – UniFMU.

MUDANÇA DE CARGOS NA HP BRASIL Foto: Divulgação

A empresa anunciou a promoção de Luis Esteter que sucede Alfredo Cors como Diretor da Unidade de Negócios de Impressão, dentro do grupo de Impressão e Sistemas Pessoais (PPS) da HP Brasil. Alfredo retorna para a HP nos Estados Unidos. Esteter se reportará, no Brasil, a Claudio Raupp, vice-presidente da unidade de Impressão e Sistemas Pessoais. O executivo será responsável pela condução dos negócios de impressão e do plano estratégico de Américas para a área no Brasil. A nova estrutura traz ainda Maurício Guarnieri como gerente de marketing de produtos e Sabrina Lacerda como gerente de desenvolvimento de mercado, ambos respondendo pelo mercado brasileiro e se reportando a Esteter. MARCELO PORSCH É DIRETOR NA SCHNEIDER ELECTRIC

Foto: Divulgação

A especialista global em gestão de energia anuncia Marcelo Porsch como novo diretor da área de estratégia e excelência operacional da companhia no Brasil. O executivo terá como principais desafios a implantação de programas estratégicos para a companhia visando a maximização da performance financeira. Porsch tem 24 anos de experiência em multinacionais, ocupando cargos de liderança nas áreas de finanças e supply chain e general management.

Foto: Divulgação

LUIS IGLESIAS E CHRISTIANE SAVAGET NA XEROX

Foto: Yuri Zoubaref

corrigida pelo IPCA, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Todavia, como não feita esta correção, a tabela corrigida através da Lei n° 12.469/2011 não contempla a inflação de forma adequada, visto que as correções concedidas pelo Poder Público são inferiores à deterioração do poder de compra da moeda brasileira. A título exemplificativo — uma vez que o Supremo Tribunal Federal editou a Súmula Vinculante n° 4, que veda expressamente indexar qualquer vantagem remuneratória com base no salário mínimo, basta ter em conta que no ano de 1996 (faixa de imunidade = R$ 900,00) somente os assalariados que recebiam pouco mais de 8 (oito) salários mínimos por mês (R$ 112,00 x 8 = R$ 896,00) pagavam imposto de renda, mas, nos dias atuais (faixa de imunidade = R$ 1.710,78, basta receber 3 (três) salários mínimos por mês (R$ 678,00 x 3 = R$ 2.034,00) para que o trabalhador já esteja sendo tributado pelo imposto de renda.” A ação judicial referida ainda não foi julgada. Quanto ao pedido de liminar requerida pelo Conselho Federal da ordem dos Advogados do Brasil, negando seu deferimento, entendeu o ilustre Ministro Relator, Luís Roberto Barroso, que se trataria de “situação vigente de longa data, sendo certo que qualquer provimento para valer neste ano interferiria, de modo drástico, com a estimativa de receita já realizada, e, consequentemente, com princípios orçamentários”. A questão, como se vê, continua a passar muito mais pelo viés político que jurídico. Mantém-se assim a arrecadação, mesmo que ao arrepio da Constituição Federal. Para alegria de uns e tristeza de outros, não estamos em 1789.

A Xerox apresenta o novo diretor-executivo de negócios para o mercado de impressão digital de alto volume e soluções para Artes Gráficas, Luis Iglesias, e Christiane Savaget como gerente de comunicação da multinacional. Iglesias tem como principal desafio o desenvolvimento do mercado de Artes Gráficas em linha com os objetivos de negócio da Xerox no Brasil. O executivo tem experiência acumulada no mercado gráfico e no desenvolvimento de soluções de impressão digital, atuando na Comprint, HP Indigo, entre outras. Christiane Savaget, responsável por Marketing e E-commerce da Xerox Brasil, assumiu a gerência de Comunicação da multinacional, se responsabilizando por toda a parte estratégica de comunicação nacional da companhia.

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Setor de Embalagem registra produção de R$ 55,1 bilhões em 2014 Números são do Estudo Macroeconômico da Embalagem “Desempenho da Indústria de Embalagens: retrospectiva 2014 e perspectivas 2015”, divulgados pela ABRE

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Associação Brasileira de Embalagem (ABRE) anuncia os resultados do Estudo Macroeconômico da Embalagem ABRE/FGV “Desempenho da Indústria de Embalagens: retrospectiva 2014 e perspectivas 2015”. Com volume bruto de produção na casa de R$ 55,1 bilhões, o setor apresentou recuo de 1,47% na produção física da embalagem em relação ao mesmo período de 2013, de acordo com os números tradicionalmente apurados pela ABRE há 18 anos, sob a chancela do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV).

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VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO POR CLASSE EM 2014

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Na opinião de Salomão Quadros, responsável pelo estudo, o ano de 2015 deve ser de atenção. “A confiança do consumidor vem diminuindo mês a mês. A política econômica mais restritiva e o ajuste fiscal vão desacelerar a economia. O ambiente internacional ainda está longe da normalidade. Uma possível retomada da indústria de Embalagem não deve ganhar força antes de 2016”, afirma. O estudo mostra que as classes de materiais com variação positiva no período são Papel, Papelão e Cartão (0,57%) e Vidro (4,92%). Já no comparativo do ano, apenas Vidro registrou crescimento de 1,86% em 2014 com relação a 2013. As demais apresentaram variação negativa, conforme quadro abaixo:

PRODUÇÃO FÍSICA DA EMBALAGEM – COMPARATIVO DEZ/2013 E DEZ/2014

Ainda de acordo com os dados, o setor operou com grau médio de utilização da capacidade de 86,3%, gerando 227.321 postos de trabalho em dezembro de 2014, ou seja, 0,41% menos que em dezembro de 2013. O segmento de plástico é o que mais empregou no período, com 52,77% do total de empregos gerados. Entretanto, na comparação com o mesmo período de 2013, a área de Vidros foi a que apresentou crescimento expressivo, com aumento de 6,64% no número de postos ofertados no mercado de trabalho.

PRODUÇÃO FÍSICA DA EMBALAGEM – COMPARATIVO ENTRE OS ANOS 2013 E 2014

O Estudo aborda também os números de Importações e Exportações, índices de Confiança da Indústria e do Consumidor, além do Consumo das Famílias. Com volume total de US$ 860.194.298, as importações apresentam variação positiva em Vidro (0,27%), Plástico (1,84%) e Madeira (1,41%). Recuaram Metal (-2,34%) e Papel/Papelão (-20,88%). As Exportações ficaram na casa de US$ 523.234.127, com crescimento em Vidro (28,55%), Metal (16,75%), Papel/Papelão

(3,24%), Madeira (2,77%) e recuo apenas em Plástico (-1,59%). “Estamos em um momento em que a inovação é mais que necessária, é uma questão de sobrevivência. Precisamos buscar alternativas fora da caixa para superar um ano atípico, mas com situações já esperadas por todo o mercado. Inteligência e estratégia são duas palavras que devem ser incorporadas pelas empresas de todos os segmentos”, finaliza Gisela Schulzinger, presidente da ABRE.

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SUCO DE UVA INTEGRAL EM EMBALAGEM TETRA PAK

A Cooperativa Vinícola Garibaldi lança o primeiro suco de uva integral em embalagem da Tetra Pak de 200 ml. Também disponível na versão 1 litro, o produto está previsto para chegar ao mercado no início de 2015, com investimento na ordem de R$ 500 mil. O grande diferencial da embalagem Tetra Pak em relação à de vidro se deve à praticidade: as crianças podem manusear o produto, sem qualquer receio por parte dos pais.

O novo Dan’up chega nos sabores Limonada Suíça, Vitamina de Banana e Frutas Vermelhas com uma embalagem inovadora no mercado de lácteos: em formato de copo para beber, com 300g. A marca revoluciona com a exclusiva embalagem, a primeira desenvolvida para um iogurte. Estampada na cor preta e com o design diferenciado, o copo de Dan’up transmite modernidade para o público jovem.

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PRATICIDADE KITANO A marca especialista em temperos da General Mills lança dois produtos: Para Assar (versões Alho e Ervas; Churrasco; e Limão e Ervas) e Para Empanar (Cebola & Alho e Limão & Ervas), com o diferencial de conter o menor nível de sódio na categoria. As embalagens têm como diferencial a variedade de cores representando cada sabor, além do verniz fosco aplicado com o objetivo de trazer um toque de naturalidade aos produtos, além do selo no facing “Único com ervas selecionadas Kitano” para reforçar a especialidade da marca em temperos naturais. Agência de design: Team Creatif.

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EMBALAGEM PLANEJADA

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D-LAB ASSINA EMBALAGENS PARA O BOTICÁRIO

O estúdio curitibano D-lab acaba de assinar as embalagens da linha “Qual é a sua Praia?”, da Nativa Spa, de O Boticário. Com temática inspirada no verão, os produtos trazem quatro versões de rotulagem. A intenção foi levar o clima e o astral da primavera/verão para as lojas.

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HERÓI FORA D´ÁGUA

A Bel Chocolates lança uma nova embalagem de 180 gramas de bombons sortidos inspirada no filme “Bob Esponja: um herói fora d’água”, da Paramount Pictures. As embalagens são acompanhadas de displays cartonados com imagens do Bob e seus amigos Patrick, Lula Molusco, Sandy, Plankton e Sirigueijo em uma versão mais “bombada”, ou seja, com traços que mostram que eles estão mais fortes e com poderes especiais. São seis displays colecionáveis para fazer a alegria dos fãs.

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DESIGN CLEAN NAS BOLACHAS CARREFOUR

A linha de bolachas da Rede acaba de ganhar cinco novos itens: água e sal, cream cracker, maria, leite e maisena, disponíveis em pacotes de 400g. As embalagens privilegiam as cores azul e laranja e têm design clean, com destaque para a imagem do produto. Os pacotes plásticos têm também claim diferenciado, que ressalta a principal característica de cada bolacha, além do Selo Carrefour que atesta a qualidade do produto e garante que ele foi submetido a rigorosos testes sensoriais e laboratoriais.

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BELVITA LANÇA LINHA INTEGRAL COM

PARA FAMÍLIAS MENORES

A marca de produtos integrais da Mondelez International acaba de lançar uma nova linha de produtos que combina os benefícios dos cereais integrais com recheio em dois sabores: Iogurte e Mel e Iogurte com Pêssego. A empresa usou o contraste entre cores e formas para dar ao design do produto o equilíbrio ideal do lançamento. As formas sinuosas traduzem a cremosidade e o movimento do iogurte. Fornecedor do cartucho: Ibratec. Embalagem flexível: Converplast. Agência de design gráfico: Team Creatif.

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SABOR IOGURTE

A Tetra Pak amplia o portfolio da premiada linha Tetra Brik Aseptic Edge com o lançamento mundial da Tetra Brik® Aseptic 500 Edge, desenvolvida para atender às necessidades dos consumidores que integram famílias menores. A empresa de lácteos austríaca Berglandmilch é a primeira a laçar as novas embalagens que serão usadas para a linha premium de leite longa vida, Formil. A Berglandmilch está produzindo Formil, utilizando a máquina de envase Tetra Pak® A3/Flex DIMC com o QuickChange™, que permite, no envase, a troca de embalagens de um litro e de 500 ml em apenas 15 minutos.

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CHEETOS® RENOVA COMUNICAÇÃO VISUAL

A PepsiCo apresenta as novas embalagens da linha de salgadinhos CHEETOS®, com elementos menos infantis, visual mais moderno - incluindo novos ícones para os sabores -, além de dar maior protagonismo ao personagem Chester Cheetah®, porta-voz da marca. Como parte da estratégia da marca, a embalagem tem o objetivo de aproximar-se mais dos pré-adolescentes (dos 10 aos 13 anos). As novas embalagens de CHEETOS® Bola queijo suíço, CHEETOS® Onda requeijão e CHEETOS® Lua parmesão brincam com o formato de seus produtos, além de que o pacote seja compartilhado entre a família e amigos.

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atualidades

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PARA PRESENTE

A Panco oferece para a Páscoa o seu tradicional Pane Di Pasqua em três versões: Frutas Cristalizadas, que tem um toque especial de amêndoas inteiras e crisps de açúcar; o Gotas sabor Chocolate, com pedacinhos de chocolate na massa; e o Mesclado sabor Chocolate Tipo Suíço, com toque mais sofisticado e com sachê de cacau em pó para polvilhar. As embalagens, no formato de caixas de presente, possuem cores diferenciadas para cada sabor, além de uma decoração interna que permite servir o produto na própria caixa. Agência: Hai-Sai Comunicações. Criação: Márcia Cristina Souza Camargo. Material: Papel Cartão Suzano Super 6. Tipo de impressão: Offset. Fabricante da embalagem: 43 SA Gráfica e Editora.

ENVASE FUNCIONAL A Shefa lança com exclusividade no Brasil a bebida funcional Benecol, com benefícios na redução da absorção do colesterol, em embalagens longa vida de 1 litro da SIG Combibloc, no diferenciado formato combifitMidi. O produto é oferecido em embalagens cartonadas assépticas combifitMidi de 1 litro, da SIG – que proporcionam grande diferenciação para bebidas premium e destacam-se na gôndola. Além disso, contam com a exclusiva tampa de rosca combiSwift, de ação única, ou seja, que pode ser aberta com um único giro e depois fechada novamente.

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ORLOFF TUTTI FRUTTI E MENTA

Para celebrar ocasiões inesquecíveis e extrapolar os sentidos, a Orloff lança dois novos sabores Bubble Loop (Tutti Frutti) e Mint Crush (Menta), em garrafas transparentes rosa e verde. Ambos os sabores foram escolhidos através de um processo de co-criação com os fãs da marca.

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Foto: Durst

Indústria gráfica projeta oportunidades para 2016

RANKING EXPORTAÇÕES 2014

RANKING IMPORTAÇÕES 2014

EMBALAGENS - 38,5% - US$ 111,6 milhões e 71 mil toneladas de produtos

VENEZUELA URUGUAI PARAGUAI

16% 14% 11%

CADERNOS - 10% do total exportado, as vendas externas somaram US$ 30,3 milhões e 17,7 mil toneladas de produtos

EUA

CHINA HONG KONG REINO UNIDO EUA

8%

CARTÕES IMPRESSOS - 32,9% equivalentes a US$ 95,4 milhões e 819 mil toneladas

MÉXICO CHILE ARGENTINA

20% 20%

77%

EDITORIAIS (LIVROS E REVISTAS) 36,5%, correspondentes a US$ 180,4 milhões e 25,2 mil toneladas de produtos

39% 17% 8% 8%

CARTÕES - 20,7% das importações de produtos gráficos

EUA SUIÇA FRANÇA

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15% 15% 15%

EMBALAGENS - 21,7%. As gráficas brasileiras de embalagens enfrentaram concorrência

CHINA ESPANHA SUIÇA EUA

24%

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THAIS MARTINS

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Para a Abigraf, a atividade é influenciada pela cotação do dólar. O efeito do câmbio não será benigno agora, mas promete trazer oportunidades para o ano que vem. Os segmentos mais sensíveis a essas oscilações são embalagens e editorial, com o primeiro fortemente influenciado também pelo desempenho da indústria em geral

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m 2014, de acordo com informações do Ministério de Desenvolvimento, indústria e Comércio Exterior (MDiC), o Brasil exportou US$ 289,61 milhões e importou US$ 493,82 milhões em produtos gráficos, com déficit de US$ 204,2 milhões – 24% menos do que o registrado em 2013, quando o saldo fechou em US$ 269,62 milhões negativos. A melhora relativa da performance deveu-se a um aumento de 3,8% nas exportações e queda de 10% nas importações. Este foi o oitavo resultado negativo do setor. Segundo a Associação Brasileira da indústria Gráfica, a atividade é influenciada pela cotação do dólar, e a apreciação do real contribuiu para a piora dos saldos comerciais entre 2005 e 2011. “Existe uma defasagem entre as mudanças no câmbio e os movimentos da balança. Mas esperamos que a atual depreciação cambial traga maior equilíbrio. Outros fatores que influenciaram esse resultado foram a piora na demanda externa e o expressivo encarecimento da produção brasileira, que tem prejudicado a competitividade de toda a indústria nacional”, avalia o presidente da entidade, Levi Ceregato. A projeção do setor é que, para 2015, o efeito do câmbio não será benigno (gerando uma pressão sobre os custos que não poderá ser plenamente repassada ao preço final), mas promete trazer oportunidades para 2016. Os segmentos mais sensíveis a essas oscilações são embalagens e editorial, com o primeiro fortemente influenciado também pelo desempenho da indústria em geral.

DestaQues De eXPortações O segmento de embalagens foi o que mais exportou no período, com 38,5% das vendas externas de itens gráficos, correspondentes a US$ 111,6 milhões e 71 mil toneladas de produtos. Venezuela e Uruguai (20% cada), acompanhados por Paraguai (8%) foram os maiores mercados. O segundo maior exportador foi o segmento de cartões impressos, com 32,9% do total, equivalentes a US$ 95,4 milhões e 819 mil toneladas. México (16%), Chile (14%) e Argentina (11%) constituíram os principais destinos. Com 10% do total exportado, o segmento de cadernos ficou no terceiro lugar do ranking. Suas vendas externas somaram US$ 30,3 milhões e 17,7 mil toneladas EDitORA B2B

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Principais importações Os itens editoriais, como livros e revistas, predominaram na pauta brasileira de importações de itens gráficos, com 36,5% do total, correspondentes a US$ 180,4 milhões e 25,2 mil toneladas de produtos. China (24%), Hong Kong, Reino Unido e Estados Unidos (15% cada) foram os que mais se beneficiaram com as importações brasileiras desses produtos. Embalagens foram o segundo item mais importado, com 21,7% do total. As gráficas brasileiras de embalagens enfrentaram concorrência de China (39%), Espanha (17%), Suíça e Estados Unidos (8% cada). Cartões ocuparam o terceiro lugar, com 20,7% das importações de produtos gráficos, sendo que Estados Unidos (34%), Suíça (27%) e França (11%) ocuparam os postos de principais fornecedores.

Foto: Divulgação

3D Systems Latin America

A provedora líder de soluções de impressão 3D e soluções para design para manufatura, 3D Systems enxerga que, dentro dos principais recursos, a

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impressão 3D, também chamada de manufatura aditiva, pode reduzir o prazo de desenvolvimento e validação do projeto. “Fato que possibilita que uma gama cada vez maior de novos produtos seja trazida ao mercado. Logicamente, pelos diferentes processos utilizados, a relação do preço final também deve sofrer uma ligeira redução”, afirma o representante técnico e comercial da empresa, Ronaldo Prado. De acordo com Prado, o segmento de embalagem teve uma retração em sua evolução, o que resultou na falta de desenvolvimento de produtos sazonais por tradicionais clientes e reduziu o volume de protótipos fornecidos. “Contudo, a expectativa para 2015 é que teremos um crescimento no setor em vista aos novos produtos em desenvolvimento e as melhores perspectivas do mercado. Num futuro próximo, a tecnologia de impressão 3D permitirá o uso de peças impressas já como produto final, no qual acredito que, dentro do segmento de cosméticos, será muito comum uma série limitada ou de baixa produção ter sua embalagem extraída diretamente da manufatura aditiva.” Dentre diversas tecnologias da empresa, o SLA (estereolitografia) tem se destacado com a evolução nas matérias-primas, assim como o acabamento alcançado nos protótipos. A introdução do material “CL-EAR” trouxe ao mercado frascos transparentes que simulam esteticamente até mesmo invólucros em vidro. “Com o lançamento do material SLS – EX, tecnologia de ‘sinterização

por laser seletivo’, atingimos níveis de montagens em tampas e sobretampas, o que validou projetos em que a percepção de snaps e clicks eram essenciais”, diz o representante.

Agfa Graphics

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de produtos – Estados Unidos concentraram 77% das compras. O segmento promocional registrou aumento de 35% nas vendas externas em comparação com 2013.

A empresa tem apresentado constantemente novidades em seu portfolio de impressoras digitais inkjet de tecnologia UV. “Temos investido muito em duas vertentes: Impressoras Inkjet e Softwares / Workflow. Sem dúvida a impressão digital já é realidade para quem queira usufruir dos benefícios da tecnologia digital de grande formato – teste de prateleira, mock-ups, reprints, personalização, campanhas regionais, promoções pontuais, formatos diferenciados etc.”, aponta Eduardo Sousa, Gerente de Marketing América Latina. Há algum tempo, a Agfa tem demonstrado anualmente lançamentos e evoluções de algumas famílias de impressoras Inkjet, como a Anapurna (impressora de tecnologia UV de baixa e média produtividade) e da família Jeti (de alta produtividade e de cunho industrial). “Podemos destacar uma solução que apresentamos em 2014 e que já tem conquistado a confiança do mercado e eleita como a melhor impressora UV do mercado de alta produtividade pelos principais

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O mercado já conhece nossos equipamentos como ideais para produção 24 horas, sete dias na semana. Por isso, dizemos que atuamos no segmento de escala industrial.”

Foto: Divulgação

EFI

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Durst

Tradicionalmente, desde que entrou no segmento de impressão digital inkjet UV, a Durst se destaca na produção de itens impressos sobre mídias nãoconvencionais (termo usado para substratos que não são os papéis offset) flexíveis ou rígidos. E, nesse contexto, são equipamentos usados nos mais variados mercados, sendo eles o de comunicação visual, e outros, como decorativo, embalagens e envólucros, têxtil, cerâmico etc. Para Ricardo Pi, diretor geral da Durst Brasil, o grande desafio da empresa é aliar produção, robustez e qualidade. “Graças à tecnologia UV, a cura ocorre rapidamente e permite o uso de mídias tratadas e não-tratadas. A arquitetura de hardware, cabeçotes e carro de impressão permite que se obtenha velocidade equalizada à qualidade.

Líder em impressão digital, a companhia investe constantemente em novas tecnologias, seja em sua linha de softwares quanto equipamentos. Um dos destaques da empresa é a H1625, impressora entry-level híbrida de 1,60m de largura, voltada para impressões em grandes formatos. Entre os diferenciais, está a tecnologia LED, que, por utilizar cura fria, amplia as possibilidades de substratos das empresas, permitindo trabalhos em mídias mais sensíveis ao calor ou menos espessos, reduzindo seus custos diretos e indiretos ou agregando valor. “Em ambos os casos, isso significa maior lucratividade aos nossos clientes. Outros diferenciais da EFI H1625 são os que garantem a alta qualidade de imagem, como a tecnologia de impressão com oito níveis de gota variável grayscale que vão de 6 a 42 picolitros, e os dois canais de tinta branca com tecnologia tri-layer patenteada pela EFI”, detalha o Sales Manager Inkjet Brasil, Carlos Henrique de Paula Leão. Segundo Leão, a conversão do mercado nacional para

tecnologias digitais acontece aceleradamente. “A dimensão do nosso País e as diferentes culturas de cada região pressionam cada vez mais os fabricantes a procurar soluções de versionalização de seus produtos, o que impacta diretamente na forma como as embalagens são produzidas. Outro fator de extrema importância é a necessidade de redução de estoques e impressão sob demanda provenientes da economia recessiva pela qual estamos passando. Hoje já não só é viável ter impressora UV, como é uma necessidade.”

Fujifilm

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órgãos, a Jeti Titan HS, ideal para trabalhos rápidos ou de maior volume. Tanto o modelo H quanto o S são uma solução imbatível para trabalho de alto valor. Ambas possuem 2x3m de mesa projetada para registro e repetição ideais. Os sistemas apresentam uma mesa de movimento preciso, construída sobre uma estrutura de aço para alta resistência, e usa a mais recente geração de cabeça de impressão e tecnologia de cura”, revela o gerente.

A empresa detém tecnologia de ponta nas áreas de tintas de cura ultravioleta, sistemas de cura por LED e cabeçotes de impressão digital. Entre os lançamentos, destaque para a AcuityLED1600, solução híbrida com qualidade fotográfica com recursos de tinta branca e verniz, cabeças de impressão industriais Fujifilm Dimatix e cura LED. Sua velocidade é três vezes maior do que as similares disponíveis no mercado, produzindo pequenos lotes com custos competitivos. A Acuity F, solução Flatbed de qualidade fotográfica que chega à velocidade de 155m²/H, ideal para a indústria de embalagens cartonadas, pois produz protótipos e também lotes de

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Eduardo Vaz, gerente de vendas Fujifilm Digital Printing, acredita que os equipamentos digitais estão evoluindo rapidamente e se tornando cada vez mais competitivos em todos os setores de atuação. “A qualidade de imagem já não é mais obstáculo, além disso, a produtividade dos equipamentos está aumentando e se tornando economicamente viável. Com isso, os produtos estão cada vez mais customizados o que gera uma demanda por lotes menores de embalagens que só a tecnologia digital consegue atender.” Foto: Divulgação

Heidelberg do Brasil

Em 2011, a Heidelberg iniciou a comercialização dos sistemas de impressão digital da Ricoh sob o nome Linoprint e, agora pouco mais de três anos e meio depois, encontra-se em uma parceria estratégica com a

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empresa japonesa com recentes lançamentos – os modelos CV, CP CM e CE da Linoprint Série C. “Essas novidades mostram claramente o realinhamento estratégico da Heidelberg com foco muito forte no segmento digital e expansão significativa de vendas neste setor em médio prazo. O rápido progresso na estratégia de implantação do foco digital demonstra que as parcerias que a Heidelberg tem alimentado com vários fornecedores estão se mostrando um grande sucesso quando se trata de desenvolvimento de novos sistemas e soluções de impressão digital”, afirma a Gerente de Marketing & PMA, Martina Ekert. A Heidelberg desenvolveu e lançou uma impressora “4D”, a Jetmaster Dimension, que revoluciona com aplicações personalizadas em objetos tridimensionais para produção industrial. Como resultado, a empresa pretende gerar novos níveis de eficiência, custos, flexibilidade e produtividade na fabricação de artigos produzidos em grande escala. “Esta impressora tornará o processo de personalização de itens produzidos em massa mais rápido, barato e flexível. Os usuários finais estão cada vez mais buscando opções de design personalizado ao adquirirem itens produzidos em massa, como artigos esportivos, móveis etc. A impressão de jato de tinta oferece a solução ideal com resultados de altíssima qualidade em uma vasta gama de cores e em uma grande variedade de superfícies, sem ter de entrar em contato com o produto”, complementa Martina.

HP Foto: Divulgação

produção. E a Onset LT, solução industrial de alta produção e qualidade de imagem com velocidade incomparável, ideal para indústrias de cartonagem.

A HP anuncia sua visão para o futuro da impressão 3D e computação ao revelar sua nova plataforma chamada Blended Reality (realidade combinada), projetada para romper as barreiras entre os mundos físico e digital, sustentado inicialmente por dois produtos: Sprout by HP, primeira plataforma de computação imersiva que redefine a experiência e a interação do usuário com a máquina e cria uma base para tecnologias futuras; e HP Multi Jet Fusion, tecnologia revolucionária projetada para solucionar lacunas críticas na combinação de velocidade, qualidade e custo, além de concretizar o potencial da impressão 3D. “Estamos no auge de uma era de transformação de computação e impressão”, destaca Dion Weisler, vice-presidente executivo da unidade de Impressão e Sistemas Pessoais (PPS, do inglês Printing & Personal Systems) da HP. “Nossa capacidade de oferecer novas tecnologias irá reduzir as barreiras entre os mundos físico e digital, permitindo que nos expressemos na velocidade do pensamento – sem filtros, nem limitações.”

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matéria de capa | indústria gráfica

Recentemente, a companhia também lançou a HP Indigo em duas novas soluções dedicadas à Indústria de Embalagens: HP Indigo 30000, impressora digital folha a folha, 7 cores, projetada para trabalhar com altas gramaturas de cartão (até 600g/m2), uma verdadeira offset digital formato B2 (área de imagem 53x75cm); e a HP Indigo 20000, solução voltada a dois segmentos - embalagens flexíveis e rótulos (filmes termoencolhíveis, In Mold Labels, autoadesivos), também com sete cores, utilizando-se de substratos entre 10 e 250 mícrons, qualidade Rotogravura, passo de 1,10m e largura de bobina de 760mm. Foto: Divulgação

Stratasys

Investir pesado em pesquisa e desenvolvimento. É assim que trabalha a Stratasys. Nos últimos dois anos foram lançadas mais de 10 novas impressoras e materiais, entre

resinas e termoplásticos. “As opções de materiais digitais também foram ampliadas de 120, em 2013, para mais de mil, em 2014, com o lançamento da impressora multimaterial colorida Objet500 Connex3, a primeira e única impressora 3D multimateriais colorida do mercado; as impressoras Objet Connex 1 e 2, ambas multimateriais sendo que a segunda inclui a opção de misturar dois materiais para obtenção de um 3 Digital; além dos lançamentos de 11 novas impressoras e de novos materiais, como ABS2, ASA, NYLON, ULTEM1010, ENDUR, VeroGlaze”, reforça a Gerente de Marketing, Erica Massini. Erica afirma que as empresas do setor de embalagens que integraram peças e acessórios impressos em 3D em suas linhas de montagem alcançam vantagens concretas: menor tempo no processo de desenvolvimento e lançamento do produto, além da redução dos custos de produção. “A criatividade da indústria de embalagens não tem fim. Essa característica desta vertical faz com que a imensa riqueza e variedade de novos materiais desenvolvidos e fabricados pela Stratasys seja um grande diferencial. Quer a embalagem seja rígida ou flexível,

opaca ou transparente, entre inúmeras características? Temos o material certo para essa aplicação. Nossos materiais digitais, especialmente no caso da tecnologia PolyJet, simulam perfeitamente o comportamento, a textura e o visual (incluindo cores) dos materiais utilizados pela indústria de embalagens. Com isso, desenvolver uma nova embalagem e testá-la fica muito mais fácil. Ao invés de gerar um projeto piloto desta embalagem, algo que envolve custos altíssimos e prazos de produção mais longos, é possível imprimir na impressora 3D Stratasys, em algumas horas, diversas opções do protótipo da embalagem.” Outra aplicação da tecnologia de impressão 3D na indústria de embalagens diz respeito à produção de moldes ou ferramentas que, mais tarde, serão acoplados a injetoras para produzir o produto desejado. “Como um dos diferenciais da Stratasys é a fartura de materiais, a empresa pode adotar alguns desses materiais – em especial FDM, que se destacam por sua resistência e durabilidade – para gerar moldes e ferramentas. Isso pode ajudar a reduzir os custos de produção, beneficiando toda a cadeia, inclusive o consumidor”, finaliza.

INFORMAÇÕES 3D System | www.3dsystems.com

Fujifilm | www.fujifilmamericas.com.br

Agfa | www.agfa.com

Heidelberg do Brasil | www.heidelberg.com.br

Durst | www.durst.com.br

Stratasys | www.stratasys.com/br

EFI | www.efi.com

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Foto: ISM

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Foto: FuturePack

Cobertura da maior feira de doces e snacks do mundo, a ISM 30

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Foto: Leandro Andrade

Assunta Napolitano Camilo

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45a edição da ISM, que aconteceu em Colônia, na Alemanha, em fevereiro, teve mais de 37 mil visitantes de mais de 140 países, sendo 67% estrangeiros. O Brasil foi representado por um grupo de 22 empresas da Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB), além de Bauducco e Marilan. Dos mais de 1.400 fornecedores, 140 ofereciam produtos orgânicos, ou seja, prazer e saúde juntos! Também ocorreram mostras paralelas, como o “Pro Sweets”, espaço destinado aos fornecedores de ingredientes, máquinas de embalagens e para processamento e, claro, às próprias embalagens, além de premiações, concursos e divulgação de trabalhos de estudantes, eventos que sempre incentivam a visitação qualificada e a preocupação em lançar produtos melhores. A premiação, chamada ISM Award, foi para a tradicional empresa alemã Ricola.

Foto: FuturePack

Houve ainda fóruns (o principal foi o Cocoa Sustainable), congressos e uma área para destacar inovações, a Showcase New Produtcs. A SoundyCandy®, bala “explosiva” que emite sons ao ser degustada, da empresa turca Toller, foi eleita em primeiro lugar. Outra inovação comentada foi o Spreeze®, um spray numa embalagem tipo cartela (estreita e compacta), que substituía as gomas ou balinhas para combater o mau hálito.

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Na feira pôde-se confirmar a importância da embalagem para a categoria de doces e snacks. O grande diferencial foi a forte presença de fornecedores asiáticos para decoração e embalagens de aço e plásticas especiais, como a Paczone, com inúmeras soluções interessantes. Quanto aos sistemas de embalagens, três propostas mereceram destaque: O sistema da Schur para stand up pouch em form, fill and seal (FFS – sistema para formar, encher e selar no mesmo processo), com formatos especiais, como o que imita um pote de vidro; O sistema da Hoerauf (que agora pertence ao Grupo Optima) para pós e líquidos em papel cartão também em FFS, atendendo sucos e cafés de grãos a solúvel;

Em termos de embalagens, empresas de papel cartão, como a Stora Enso e a Metsä, ofereceram consultoria e expuseram produtos específicos para esse mercado. Várias gráficas também marcaram presença, como a Marzek, que mostrou cartuchos e estojos. A própria associação do setor, a Pro Carton® teve um estande institucional para representá-lo. Também estiveram presentes empresas oferecendo opções em embalagens em chapas de PET e PP transparentes, como as italianas Cristina e IDEALPLAST, e a chinesa HPL. Outra italiana, a Smilesys levou a linha de filmes resseláveis.

Destaques em produtos e embalagens Público infantil: A empresa mexicana Michel apresentou seus doces e confeitos em embalagens lúdicas com bonecos “mexicanos” e com o ChocoPhone®, uma barra de chocolate cujo design fazia alusão ao telefone da Apple. A eslovaca Maxsport apresentou uma barra de chocolate para crianças, a Fit Kid®, com um conjunto de embalagens modernas, mostrando apenas um “beijo estilizado”. O sabor de chocolate, adoçado com stevia, e repleto de vitaminas, ômegas e fibras chamou a atenção. Foto: FuturePack

Embalagens e sistemas

Foto: FuturePack

O sistema FFS para líquidos, pós ou sólidos da espanhola IRTA, que permite dois produtos na mesma embalagem, podendo ser dois sucos, dois doces ou dois pós.

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apresentou uma proposta simpática numa embalagem flexível metalizada em quatro soldas, posicionando os biscoitos Juniors Crackers ® em pé. As ilustrações, muito bem produzidas, garantiram comunicação imediata com o público-alvo. Doces e geleias: Os gregos e turcos predominaram nesse segmento. A grega Geodi ®, que tem ganhado muitos prêmios pela excelência de sua geleia, trouxe também uma embalagem digna de nota. Foto: FuturePack

A empresa belga CRV levou para as crianças a opção saudável de biscoitos orgânicos com nome sugestivo: BisKids®. Já a alemã Erdbär fez sucesso com a linha completa de frutas e vegetais em stand up pouch, trazendo purês e snacks (desidratados) de frutas e vegetais, bem como bebidas prontas para beber. De olho na diversidade, a empresa espanhola Sweetoon levou sua linha de bastões de chocolates em diferentes versões, sendo uma delas dedicada ao público muçulmano, com a personagem Fulla vestida de burca. A romena Salatini

Foto: FuturePack

A Pizzacorp.com lançou uma massinha de modelagem comestível. Já a PepsiCo mostrou duas linhas de docesbrinquedos que podem ser montados como um L E G O ®, a l i n h a Konstruk® e a Armables ®. A AlexSweets inovou na embalagem de pirulito “explosivo” sabor cola numa embalagem flexível com formato inusitado. Outra embalagem de pirulito que merece destaque é a da chinesa Candy Paradise: o doce vinha embalado hermeticamente como num “blister”, com PP transparente termoformado frontal e filme impresso frente e verso para poder decorar e informar. Além disso, o adesivo usado era fácil de abrir, sendo seguro e conveniente.

Com a máxima “Menos é mais”, apresentou um pote de vidro e tampa larga de aço com rótulo no label look em uma só cor, destacando o benefício de oferecer 85% de fruta na geleia e os selos dos prêmios. Outra grega, a Kandylas®, caprichou igualmente nos catálogos e nas produções fotográficas usadas. Os tradicionais doces turcos, sempre bem acondicionados em estojos e potes, abusaram de recursos gráficos para demonstrar sofisticação. Um produto novo, o Cardelion®, foi apresentado num pote selado acompanhado da colher para garantir a praticidade e decorado com IML (in mold label), oferecendo castanhas portuguesas (conhecidas como marrons) em calda. Outra novidade foi um pote com dois compartimentos: um de pasta de chocolate ou de amêndoa e outro com biscoitos em sticks para serem degustados junto.

Foto: FuturePack

Foto: FuturePack

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A alemã Wohlgemuth trouxe outra goma de mascar sem açúcar para “escovar” os dentes. O destaque ficou para a embalagem, cujo formato era prático para carregar na bolsa ou bolso, e o splash destacando que é produzido na Alemanha: o “Made in Germany”. A americana Pakcom apostou na funcionalidade da bala vitaminada sem açúcar com sabor mais exótico, embalada numa cartela descolada. A Bite Box® foi a aposta da empresa alemã homônima para atender ao horário do lanche longe de casa. Aos que não podem ter um café, o coffee to go vinha numa embalagem plástica simples envolta numa cartela de papel cartão kraft. A linha tinha outras opções, como frutas desidratadas e mix de amêndoas. Seus produtos foram posicionados como survival food (comida de sobrevivência). A empresa polonesa SPL Paula investiu

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no desenvolvimento de produtos on the go para se ter onde quiser, em porções pequenas, como frutas desidratadas crocantes (morangos e outras) e queijo (que não era assado nem frito), destacando ser fonte de proteína e cálcio. A empresa alemã Beauty Sweeties ® levou sua linha completa de gomas com vários apelos à saúde: sem gelatina, sem transgênicos, sem conservantes ou aromatizantes, sem glúten e sem lactose. Algumas linhas eram preparadas para o mercado Halal e outras enriquecidas de enzimas, colágenos, aloe vera e demais benefícios. O produto já estava sendo vendido em lojas de conveniência e drugstores da Alemanha numa boa faixa de preço. A apresentação clean com fundo branco destacando os claims (atributos), as frutas e as gomas em belas produções fotográficas e ilustrações, convencia. A chinesa Larbee trouxe o Smoothie Surprise®, um “sorvete” para ser congelado em stand up pouch. A empresa búlgara ALPI levou como fez na SIAL, sua linha de balas de sabores que se destacavam entre os mais reconhecidos produtos búlgaros: rosas e lavanda. As embalagens

em latas de aço ou cartuchos posicionavam o produto como premium. Cada bala era acondicionada numa embalagem flow pack. Aliás, as embalagens com balas isoladas já são quase todas dessa forma. Biscoitos e snacks: Uma das empresas que mais tiveram sucesso com a linha de snacks foi a The Bakers Company, da Bulgária, com a linha Karuzo® (bolinhos), a ZIGI® (amendoins e amêndoas temperados) e a Huligan® (sementes). A apresentação dos produtos era exemplar. Um produto que chamou a atenção foi o salgadinho de pipoca, como o Popcorners®, da romena Chio. A proposta era muito interessante e saborosa, pois usava sal marinho e não era frito.

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Outras novidades: A húngara MIG 21® trouxe uma energy bar (barra energética) de apenas 14 g que garante a mesma eficiência de uma latinha de bebida energética. Com a mesma promessa, a holandesa Beast Energy trouxe as gomas de mascar Beast Energy® em um saquinho com 35 g. Outra proposta da empresa é a goma para motoristas, a Drive Gum® (cafeína mais energia para estimular a concentração), que reforçou os atributos sem glúten e sem açúcar.

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A curiosidade ficou por conta da chamada do uso de azeite de oliva num produto doce.

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Numa linha mais convencional, a Real Snacks, da Finlândia, merece menção por trazer em todos os seus produtos a bandeira do país como aval de qualidade. Na mesma linha de orgulho nacional, a Keogh’s, da Irlanda, levava o nome do país na assinatura do produto abaixo da marca. A colombiana Colombina® inovou usando um flow pack metalizado para sua linha de crackers de multicereal com probióticos, alinhada com as demandas de saúde. Já a holandesa Merba chamou a atenção pela qualidade e pela apresentação de seu cookie, trazendo uma embalagem unitária com uma apetitosa produção fotográfica em tamanho real, num fundo branco com a ilustração do cacau em marca d’água.

Apresentação geral: Contam pontos para a apresentação como um todo da empresa ou do grupo de empresas: recepcionistas bi ou trilíngues, catálogos, programação visual do estande etc. Muitas empresas cuidaram dos detalhes, por exemplo, a espanhola Vidal, que preparou um kit com as guloseimas numa bela embalagem e o entregou aos ocupantes da sala de imprensa e aos potenciais compradores. A polonesa Tago entregou um biscoito numa boa embalagem

unitária, encartado numa cartela com informações da empresa e do produto já na entrada da feira. Atitudes simpáticas sempre trazem bons retornos. A empresa malaia Saujania, de 70 anos, investiu num catálogo diferente, que contava desde a origem da empresa até sua linha de produtos e, claro, em embalagens elegantes. Portugal foi destaque até no filme sobre a feira, com um estande muito elegante, alto, com a marca Portugal num fundo preto. Apresentaram propostas e produtos que levaram também na SIAL, como o bolo de copo. O que mais chamou a atenção foi a sofisticação da apresentação do estande e de embalagens como a da Panidor, com pastéis de nata doces e salgados com uma embalagem simples, porém trazendo azulejos portugueses assinados por artistas nativos. As empresas brasileiras poderiam explorar mais o privilégio de nosso país querido, simpático e alegre. É uma vantagem competitiva, pois poderíamos mostrar nossa cultura, arte e origens usando mais cores nas embalagens e nos estandes. Valeria também considerar um upgrade geral nas embalagens nas questões de processo (principalmente selagem e impressão). Ainda estamos longe do padrão dos outros países, que têm optado por embalagens stand up pouch ou “quatro soldas”, no

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mínimo, lembrando que quando usam flow pack, a solda é feita por processos de ultrassom. O sistema de selagem a quente elétrico evoluiu e muitos foram substituídos pelo sistema de selagem por Ultrassom, pois a qualidade de estanqueidade e a percepção do consumidor ficam comprometidas. Ficaram claros vários aspectos, como conveniência, saúde, estilo e segurança alimentar e ética. Origem e sofisticação também foram acentuadas. Quanto à demanda, ainda que numa feira de doces, era por produtos mais naturais ou funcionais. Também ficaram claros os apelos por produtos “glúten free”, “sugar free”, de origem vegetal, com fibras, sem corantes e até produtos orgânicos. Usar bem a embalagem para contar suas origens, história e promessa é um importante diferencial. Investir numa boa embalagem é fator decisivo para garantir competitividade e sobrevivência das marcas e empresas.

Embalagem melhor. Mundo melhor! Se quiser mais informações e fotos dos produtos, é possível obtê-las no site: www.clubedaembalagem.com.br *Assunta Napolitano Camilo: Diretora da FuturePack – Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens – Ensino & Pesquisa. Articulista, professora e palestrante internacional de embalagens. Recebeu diversos prêmios, entre eles o de Profissional do Ano e o de Melhor Embalagem do Ano. Coordenadora dos livros: Embalagens Flexíveis; Embalagens de Papel cartão; Guia de embalagens para produtos orgânicos; Embalagens: Design, Materiais, Processos, Máquinas & Sustentabilidade, entre outros.Diretora do Kit de Referências de Embalagens e da obra Better Packaging. Better World.

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EFI Connect:

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o valor de uma conexão diferente

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Evento realizado em Las Vegas promoveu o debate entre lideranças da indústria gráfica, do ensino técnico e empresários do setor, e foi marcada pelo lançamento de uma nova evolução na estratégia de softwares do fluxo de trabalho

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ntre os dias 20 e 23 de janeiro, a equipe mundial da EFI, fornecedora mundial de produtos, tecnologias e serviços que lideram a transformação do segmento de imagens analógicas e digitais, realizou a conferência EFI Connect, no hotel Wynn, em Las Vegas. O evento apresentou uma das mais completas linhas de produtos para impressão digital, promoveu o debate entre lideranças da indústria gráfica, do ensino técnico e empresários do setor, e foi marcada pelo lançamento de uma nova evolução na estratégia de softwares do fluxo de trabalho. O Connect deste ano contou com mais de 200 sessões de treinamento abrangendo temas diversos como gestão de negócios, vendas, marketing e tecnologia de produção, além das apresentações de Thomas Quinlan, CEO da RR Donnelley & Sons; Avi Reichental, CEO da 3D Systems; e Andrew Paparozzi, economista-chefe da associação da indústria de impressão AMSP/NAPL/NAQP. Participante assíduo do Connect, Brian Thompson, coproprietário da Seattle Printworks, esteve na conferência para obter percepções sobre estratégias de gestão de negócios. “Como na maioria das empresas de impressão, nossos volumes de tiragens estão diminuindo, mesmo com o aumento dos trabalhos produzidos”, disse Thompson. Para essa tendência que parece ser uma ameaça, o Connect apresentou novas oportunidades que dinamizam o fluxo de trabalho e tornam a operação mais rentável em cada folha impressa.

Tecnologia novas e avançadas Durante o EFI Connect também foi apresentada uma pré-visualização do EFI Productivity Suite – o próximo passo na evolução do portfolio de software de produtividade da empresa. O conjunto oferece um abrangente portfolio, também dirigido à área de embalagem, para que os clientes possam gerar receita, melhorando sua eficiência e a rentabilidade. A solução estará disponível neste trimestre, atendendo as necessidades mais urgentes de automação e eficiência dos clientes. É um conjunto que vai além dos pacotes de softwares e módulos individuais para uma oferta única, que utiliza fluxos de trabalho completos, com integrações certificadas e desenvolvimento sincronizado. Como resultado, as empresas de impressão e embalagens poderão simplificar ainda mais as tarefas de gestão e de operações.

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• Recursos de gerenciamento de fluxo de trabalho unificados para operações de produção digital e offset combinadas, usando uma nova integração de tecnologia front-end digital Heidelberg Prinect/EFI Fiery®. As empresas do setor podem usar sua interface Prinect familiar para direcionar o trabalho rapidamente a impressoras digitais Fiery Driven™ ou offset, enquanto agilizam os processos de negócios gerais usando links integrados aos produtos web-to-print e MIS de impressão da EFI. • O módulo com a tecnologia EFI DirectSmile®, para habilitar a renderização de documentos e imagens variáveis automatizadas, com base em modelos e em decisões orientadas dentro da interface de eCommerce e web-to-print EFI Digital StoreFront® premiada. • Fluxo de trabalho de automação avançada, com o AccuZIP, que utiliza os recursos web-to-print do Digital StoreFront e seu novo módulo de impressão de dados variáveis para automatizar as tarefas de produção de mala direta de entrada de pedidos por meio de processamento de correio e check-out.

Os participantes também puderam conferir de perto a versátil tecnologia de jato de tinta de LED, que economiza energia, com bobina a bobina de 3,2 metros e 2 metros, impressoras EFI VUTEk® de mesa/bobina híbrida 7-picoLitreUltraDrop™, junto com a impressora de produção de grandes formatos de 1,6 metros da EFI. Na ocasião, a 3M Commercial Graphics apresentou um veículo envolvido em gráficos produzidos, usando a tinta da 3M desenvolvida em parceria com a EFI, que oferece características de flexibilidade aumentadas e de alongamento tradicionalmente não vistas com tintas de jato de tinta UV. O EFI Connect teve ainda a exposição de empresas parceiras, incluindo o patrocinador prata da conferência, a Xerox; patrocinadores ouro, a Canon e a Kodak; e patrocinadores bronze, a 3M Commercial Graphics; a AccuZIP; a BCC Software; a Esko; a ESP/SurgeX; a Honle UV America; a Heytex Corp.; a Konica Minolta; a MBM Corp.; a Print and Graphics Scholarship Fo u n d a t i o n ; a R i c o h Production Print; e a Zünd.

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O Connect também apresentou:

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Embalagens de transportes e sua importância na competitividade

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Assunta Camilo e Magda Cercan Garcia

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cenário econômico mundial sombrio impõe a busca por competitividade em todas as etapas dos processos industriais. Assim, as empresas entenderam que precisam localizar gargalos e oportunidades também no final das linhas, por meio de embalagens de transporte mais eficientes, ergonômicas e, sem dúvida, econômicas. Quando pensamos em movimentação e armazenagem, ou logística, os custos envolvidos são altos. Com isso, se é identificada uma forma de potencializar um recurso, as reduções são significativas. Na Feira Emballage de Paris, em 2014, no setor Manutention, pudemos comprovar que vários fornecedores entenderam essa necessidade e apresentaram diversas soluções. Embalagens de transporte, que anteriormente eram vistas como itens isolados no processo logístico, foram reinventadas para ser mais efetivas. Soluções acopladas aos equipamentos e sistemas contribuem para melhorar os processos, eliminando etapas e, consequentemente, reduzindo o desperdício de tempo e de mão de obra, o que garante a preservação dos itens transportados. Para facilitar a movimentação interna e eliminar ou diminuir o trânsito de equipamentos – como empilhadeiras e paleteiras em áreas produtivas, que são cada vez menores, pois o valor do metro quadrado está cada vez maior –, foram inseridos rodízios nas embalagens ou foram criados sistemas para movimentá-las sem a necessidade de utilizar empilhadeiras ou paleteiras. Um exemplo de praticidade foi apresentado pela CHEP (www.chep.com/ pallets): uma caixa plástica com divisória interna estruturada na mesma espessura de suas paredes externas. Essa embalagem permite transportar

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itens diferentes na mesma caixa com segurança, evitando que os produtos se misturem. Para facilitar a identificação, as embalagens ficaram mais coloridas, com formatos e tamanhos variados. Já a toppy (www.toppy.it) apresentou o toppy Pallet System ® , um sistema que substitui os paletes tradicionais usados nas exportações contendo três longarinas formando os pés dos paletes de plástico reciclável. Para sua utilização, é necessário adquirir os equipamentos para fazer a montagem desses paletes. A proposta é interessante para casos de altos volumes de exportação, cujo valor investido com palete tradicional e descarte seja significativo e justifique o investimento.

observamos o movimento das empresas fornecedoras de embalagens de transporte no sentido de ir além do simples fornecimento, ou seja, oferecendo serviços integrados como locação, limpeza e armazenagem. da mesma forma, pudemos notar uma mesma empresa fornecendo diferentes tipos de embalagem, como de plástico, papelão, madeira ou metálica. A CHEP (www.chep.com/ pallets), por exemplo, mantém um pool de embalagens de diversos tipos que são disponibilizadas para os clientes de acordo com a necessidade e a programação. Esse tipo de serviço já é bem aceito na Europa e está chegando ao Brasil timidamente, já que aqui ainda existe a barreira do

custo do serviço devido à dificuldade de manter os estoques das embalagens retornáveis. Pensando em ergonomia, ponto importante para garantir condições seguras de trabalho, no momento do envase das embalagens e na seleção dos lotes, foram apresentados sistemas robotizados. No campo das movimentações de cargas, encontramos soluções simples e importantes, como o caso da CGP Coating innovation. Muitos acidentes ocorrem durante as movimentações de cargas devido ao escorregamento das embalagens dos paletes. Assim, a CGP apresentou um produto antiderrapante que pode ser aplicado em papel, filme e outros materiais. Esse material evita que a carga se desloque (ou escorregue) durante a movimentação. Já a triax (www.triax-securite. com) trouxe várias soluções para evitar acidentes durante a movimentação de cargas, por exemplo, portões de segurança para docas onde existem diferentes níveis. outra solução apresentada foi o sistema de manuseio de paletes que permite empilhar e movimentar a pilha de paletes sem esforço dos operadores, além de rotacionar a carga para trocar o palete. Sem esse equipamento é necessário tirar a carga do palete manualmente e remontá-la.

Embalagem de transporte melhor, mundo melhor. *Assunta Napolitano Camilo: Diretora da FuturePack – Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens – Ensino & Pesquisa. Articulista, professora e palestrante internacional de embalagens. Recebeu diversos prêmios, entre eles o de Profissional do Ano e o de Melhor Embalagem do Ano. Coordenadora dos livros: Embalagens Flexíveis; Embalagens de Papel cartão; Guia de embalagens para produtos orgânicos; Embalagens: Design, Materiais, Processos, Máquinas & Sustentabilidade, entre outros. Diretora do Kit de Referências de Embalagens e da obra Better Packaging. Better World.

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*Magda Cercan Garcia: Gerente da Futurepack – Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens – Ensino & Pesquisa. Especialista em Embalagens de Transporte e Logística. Recebeu diversos prêmios com desenvolvimentos de embalagens de transporte especiais para processos logísticos. Professora do Instituto de Embalagens. Coautora dos livros: Guia de embalagens para produtos orgânicos; Embalagens: Design, Materiais, Processos, Máquinas & Sustentabilidade e Better Packaging. Better World.

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Foto: Divulgação

Reconhecimento Dow Jones de Sustentabilidade

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Rexam, uma das líderes globais em latas para bebidas, atualizou sua estrutura de sustentabilidade para alinhar ainda mais seus compromissos com os de seus clientes e outros grupos de interesse. A iniciativa segue-se a um estudo de materialidade realizado este ano, que resultou na revisão de seus 12 compromissos e em 15 medidas, que permitirão que a empresa continue monitorando e informando o progresso em suas três áreas- foco: produtos, operações e pessoas. As latas para bebidas já são exemplos da economia circular, com índices de reciclagem mundial de cerca de 70%, e a Rexam mantém seu compromisso de melhorar ainda mais esse número, com foco, por exemplo, na redução da pegada de carbono total de cada lata para bebida em 25% até 2020, incluindo o carbono existente nos materiais que converte em latas. Outra preocupação é sobre a expressiva redução do consumo de água no processo de fabricação de latas.

“Alcançamos 16 das 20 metas de sustentabilidade que determinamos em 2010 e temos agora 15 novas metas desafiadoras para 2020, que visam desenvolver essas conquistas. Nossa inclusão no prestigioso Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI Europa), no qual somos uma das únicas quatro fabricantes de embalagens listadas, e num dos Índices Globais de Sustentabilidade (MSCI) são a confirmação de que nossos stakeholders reconhecem que estamos continuamente nos desafiando para tornarmos nosso negócio o mais sustentável possível”, aponta Graham Chipchase, CEO da Rexam. EDITORA B2B

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Otimização logística e redução de custo Paulo E. Pereira

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s empresas em geral estão constantemente buscando reduções de custos nos materiais das embalagens e nos seus processos produtivos. Mesmo com as novas tecnologias, e os novos materiais mais nobres e mais resistentes que têm sido desenvolvidos constantemente, está cada vez mais difícil para as empresas reduzirem as espessuras das paredes e os pesos das embalagens, bem como alterar seus processos já bastante otimizados com o objetivo de reduzir custos, pois as possibilidades vão se esgotando ao logo do tempo e as equipes não encontram mais oportunidades. Acompanhando esse movimento do mercado e vendo o tamanho dessa oportunidade, a Prodesign vem, desde 2010, se especializando em um novo tipo de processo de redução de custo, o qual chamamos de otimização logística. A prioridade é identificar oportunidades, iniciando pela análise das matérias-primas utilizadas nas embalagens primárias e secundárias, pelos processos de produção das embalagens, passando pela análise dos processos produtivos e de embalamento, pela movimentação de materiais desde a fabricação até os depósitos, e também o transporte até os centros de distribuição e clientes. A primeira fase do processo de otimização é analisar a lista de SKUs do cliente para a montagem do cronograma do projeto e da planilha macro, que deverá ser preenchida com todos os dados levantados na avaliação das oportunidades, que se inicia com a avaliação dos materiais usados na fabricação das embalagens primárias e secundárias. Em seguida, é feita a avaliação do acondicionamento dos produtos em suas embalagens primárias, e das primárias nas embalagens secundárias, na busca de possíveis folgas que possam ser eliminadas com o objetivo de reduzir o tamanho das embalagens e, assim, o consumo de materiais. Na terceira etapa é feita a análise das paletizações, começando com a avaliação dos arranjos das caixas e do número de camadas ou número de caixas na altura, calculado pela fórmula de Mckee ou por softwares especializados. Essa fase é muito importante para o processo, pois se pode identificar muitas oportunidades de otimização antes ainda do eventual redimensionamento das caixas, podendo se obter, em

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alguns casos, uma redução de custos de cerca de 10% apenas com a alteração do arranjo das camadas. Isso pode ainda ser potencializado quando se altera a disposição dos produtos e aumenta o comprimento e a largura, conseguindo uma diminuição na altura da caixa, o que possibilita colocar uma camada a mais no palete. Porém, há casos que pode acontecer justamente o contrário, diminui-se a base da caixa, mas aumenta-se a altura, no entanto obtém-se melhor aproveitamento em área do palete e em volume de carga. Uma vez esgotadas as possibilidades de melhorar os arranjos sem alterar as dimensões das caixas, entramos na quarta etapa, na qual avaliamos a possibilidade de eliminação de folgas excessivas, espaços vazios desnecessários, separadores e, até mesmo, a embalagem primária, com o objetivo de redução dimensional que nos possibilitará aumentar a quantidade de caixas por palete. Se for identificada oportunidade de otimização da embalagem primária, isso também será reportado no relatório final.

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Em seguida, é feita a avaliação da movimentação das caixas ou cargas, sejam elas em palete padronizados, gaiolas metálicas ou outra forma, e seu posicionamento nas prateleiras dos depósitos ou centros de distribuição do cliente. Aqui, mais uma vez, pode ser encontrada alguma nova oportunidade de melhoria ou redução de custo em função da eliminação de eventuais avarias das caixas durante seu manuseio para empilhamento ou colocação nas prateleiras. Por fim, procede também a avaliação das caixas e cargas agora, levando-se em consideração o tipo de transporte a ser usado: se a carga é transportada paletizada ou com slip sheet, se é carga batida, uniforme ou mista, se o caminhão é fechado ou aberto, o tamanho do caminhão ou container e quanto de carga ele suporta. Tudo isso para que possamos também otimizar a carga, considerando seu volume e peso, para que tenhamos uma melhoria e redução de custos no transporte, onde aliás temos encontrado grandes oportunidades de ganho. Encerra-se assim o ciclo desse trabalho, que relembrando, vai desde a embalagem primária até o veículo de transporte. Como exemplos, desde 2010 foram feitos projetos dessa natureza para a Flora-JBS, Hypermarcas, Santher, Pepsico, entre outras, com reduções de custo que variam de um a quatro milhões de reais ao ano, com redução de avarias, melhorias de processo produtivo, substituição de materiais, melhor arranjo ou aumento do número de caixas

por palete ou caminhão e com a escolha do caminhão mais adequado para o transporte da carga. Esses projetos variam de 3 meses a 2 anos considerando avaliação e implementação, sendo que as duas etapas podem ser feitas pela Prodesign com profissionais especializados.

Originalmente a Prodesign é uma agência de design de embalagem, mas que além desse serviço, tem também a criação, o gerenciamento e a alterações de artes finais, desenvolvimento estrutural de embalagem, prototipagem e desenvolvimento de especificações técnicas.

Paulo E. Pereira é engenheiro e diretor da agência Prodesign, de São José dos Campos.

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sistema De CoDifiCação a laser O modelo 3330 de 30 W e o 3130 de 10 W, da Videojet, oferecem a possibilidade de marcação de códigos a laser de CO2 em diversas velocidades e em substratos variados. Eles podem marcar códigos simples e complexos com integração fácil em qualquer aplicação. É possível aumentar a velocidade de marcação em até 30% em relação às fontes vetoriais, com a utilização da opção de modo de fonte de ponto, de maneira que a capacidade de impressão possa atingir até 150.000 produtos/hora. A empresa oferece mais de 20.000 configurações padrão em sua linha de marcação a laser de CO2, incluindo 21 opções de janela de marcação e três comprimentos de onda de laser. viDeoJet Br Comércio equipamentos Cod. industrial ltda. Tel.: (11) 4689-8800 | www.videojet.br.com

tampa Com Capa metáliCa Destinada à linha premium para tubos em ø 40 mm e ø 50 mm, a tampa com capa metálica está disponível para atender empresas do segmento farmacêutico e de cosméticos, como Avon, Johnson & Johnson, O Boticário, L’Oréal, Nivea, Unilever, Medley, Aché, entre outras. A nova opção para os tubos com terminação rosca R24-410 é composta por uma capa de alumínio sobreposta à tampa plástica, que permite um aspecto metálico. A aplicação está disponível em variações de prata fosco ou brilhante e dourado fosco ou brilhante. C-paCK Tel.: (11) 5547-1299 | www.c-pack.com.br

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notas técnicas

fitas para empaCotameNto A Vick oferece uma linha de fitas para empacotamento para produção aos variados segmentos do mercado, como o farmacêutico, moveleiro, metalúrgico, automobilístico, de alimentos e bebidas etc. As fitas de empacotamento da marca 3M apresentam adesão em vários tipos de substratos. Além de poderem ser impressas, são ideais para uso em aplicadores manuais e sistemas automáticos. Além de outras, a empresa dispõe, por exemplo, da fita 3557 que possui um dorso de papel liso tratado e oferece características impermeabilizantes, flexibilidade e resistência à tração. É utilizada para fechamento e reforços de caixas para empacotamento, pacotes, empacotamento em geral etc. viCK Comércio de plásticos isolantes ltda. Tel.: (11) 3871-7888 | www.vick.com.br

roBÔs para traNsformaDores De plástiCos Robôs da série W8 pro são dotados de funções diferenciadas, complementados por periféricos que oferecem facilidade operacional e baixo consumo de energia elétrica. Operam com uma tecnologia construtiva das vigas dos eixos, o que as tornam leves e resistentes. O modelo W843 pro, com funções diferenciadas, pode atender às necessidades de transformadores de diversos segmentos, por exemplo, transformadores de plásticos. Dentre essas funções, a ecoVacuum otimiza o consumo de ar comprimido, uma vez que o Venturi é ativado somente quando o nível de vácuo necessário para suportar o produto for solicitado. Robôs da série W8 têm, conforme o modelo, cursos verticais que variam de 1.600 a 2.600 mm e capacidade de cargas entre 15 e 35 kg. WittmaNN BatteNfelD do Brasil ltda. Tel.: (19) 2511-8150 | www.wittmann-group.com.br

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Chapa para impressão flexográfica

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A chapa para impressão flexográfica, modelo Cyrel ® fast DFUV, da DuPont, é desenhada para aplicação com tintas UV, com o objetivo de reduzir o tempo de setup em impressões de banda estreita. Ela oferece uma densidade de tinta em áreas de sólido que diminui o desperdício, promove economia de tempo e reduz o custo em aplicações que envolvam substratos nobres, como etiquetas sensíveis à pressão, etiquetas autoadesivas e rótulos termoencolhíveis. A empresa garante a obtenção da cor pretendida de maneira rápida, com retículas suaves e sólidos que não comprometem o ganho de ponto e a resolução da imagem. DuPont Packaging Graphics Brasil Tel.: (11) 4166-8007 | www.dupont.com.br

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Codificadora modular A codificadora modelo TIJ 1200 é modular e pode operar em ambientais mais exigentes. Utiliza tecnologia de jato térmico de tinta à base de água e imprime informações com altura de até 203 mm (8”) em embalagens secundárias, como caixas de papelão, por exemplo. Pode atingir velocidade máxima de 201 m/min e oferece resolução de 600 x 600 dpi. A codificadora aceita até duas cabeças de 101,6 mm ou quatro cabeças de 50,8 mm. Ela opera com cabeças de impressão em aço inoxidável, desenvolvidas para atender às mais complexas codificações de embalagens, com alturas de 50,8 a 203 mm. A empresa dispõe de reservatórios de tinta em 680, 1.360 ou 2.720 ml. MARKEM-IMAJE Identificação de Produtos Ltda. Tel.: (11) 3305-9455 | www.markem-imaje.com.br

Desgaseificador de bebidas A Krones dispõe do VarioSpin, um sistema compacto de desgaseificação a vácuo, que realiza o processo de envase, de maneira que não haja a formação de espumas na válvula de envase. Desse modo, a bebida fica homogênea e sem partículas flutuantes dentro da garrafa. Além disso, são evitadas reações de oxidação no produto, causadas pelo oxigênio dissolvido na bebida. A empresa reduziu em mais de um terço o tamanho do recipiente desgaseificador, e obteve, como resultado, redução de espaço e economia de energia. Com esse sistema há a necessidade de bombas de vácuo de menor potência já que o volume de líquido a ser movimentado é menor. KRONES do Brasil Tel.: (11) 4075.9500 | www.krones.com.br

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Revestimento de silicone para release O revestimento para release da série Syl-Off Advantage é de silicone e não utiliza solvente. É projetado para promover produção em alta velocidade e em larga escala para sistemas com força de release ultraflat. Permite que fabricantes de etiquetas consigam reduzir os custos do sistema, aumentem a velocidade de conversão de modo que não altere a qualidade e utilizem liners feitos de novos tipos de filmes e de papel com espessuras menores. A família de produtos Syl-Off diminui consideravelmente o uso de platina, permite rápida velocidade de aplicação do revestimento e aceita maior variedade de substratos. DOW CORNING do Brasil Tel: (11) 3563-4300 | www.dowcorning.com.br

Rotuladora para aplicação de sleeves A Sleevematic é uma rotuladora que oferece solução para decorações especiais de frascos. É um equipamento linear com túnel de encolhimento, indicado para aplicação de rótulos do tipo sleeve. Não há necessidade do uso de cola para aplicação de rótulo e possibilita área maior de impressão no frasco. Além de proporcionar corte preciso, a aplicação do sleeve pode atingir um rendimento de até 54.000 frascos/hora, dependendo do número e da disposição dos conjuntos de corte. Devido à estrutura compacta, a rotuladora ocupa pouco espaço em uma planta produtiva. Pode ainda ser acoplada a uma linha com sistema de bloco. Ela pode ser utilizada em embalagens diferenciadas, como em garrafas, por exemplo, iogurtes e produtos lácteos em geral, assim como no segmento de bebidas e cosméticos. KRONES do Brasil Tel.: (11) 4075.9500 | www.krones.com.br

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TÚNEL DE ENCOLHIMENTO A Seaded Air dispõe do túnel de encolhimento, modelo STE98, na versão elétrica e a vapor. Ele é projetado para trabalhar com diferentes sacos encolhíveis. Consegue transportar embalagens por meio de uma cortina de água quente no interior do túnel. Todas as funções do equipamento são automáticas, portanto, não necessita de operador. Ele mantém a temperatura de água controlada por um sistema eletrônico, o que garante encolhimento perfeito, aparência final da embalagem com resultado adequado e garantia de repetibilidade com a mesma qualidade. Além disso, uma camada espessa de isolamento auxilia na redução da temperatura da superfície externa e evita a perda de calor durante o processo. O equipamento oferece, também, redução de consumo de vapor, de energia em mais de 40% e de nível de ruído. SEALED AIR Tel:. (11) 2146-0909 | www.sealedair.com.br

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LEITURA

DESTAQUE GESTÃO ESTRATÉGICA DE EMBALAGEM

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PROFESSORES DO IBMEC/RJ LANÇAM LIVRO SOBRE NEGOCIAÇÃO EMPRESARIAL Os professores do Ibmec/RJ, Fernando Filardi e Eduardo Murad são autores do livro Negociação Empresarial: estratégias, técnicas e ferramentas práticas para melhores resultados, publicado e distribuído pela Editora Saraiva. O livro apresenta os principais conceitos do processo de negociação empresarial e as novas ferramentas de solução de conflitos, com o propósito de orientar profissionais a planejar e agir estrategicamente buscando adaptar suas organizações às constantes mudanças do ambiente e à nova lógica do mercado, além de desenvolver a habilidade crítica de negociação, imprescindível para a sobrevivência pessoal e empresarial. Os assuntos abordados no livro passam pelas habilidades comportamentais de um bom negociador, o processo e as fases da negociação, como identificar os estilos dos negociadores, utilizar as estratégias, táticas de negociação e a flexibilidade na negociação, como fazer concessões e atuar em negociações virtuais. NEGOCIAÇÃO EMPRESARIAL: ESTRATÉGIAS, TÉCNICAS E FERRAMENTAS PRÁTICAS PARA MELHORES RESULTADOS

AUTORES: FERNANDO FILARDI E EDUARDO MURAD EDITORA SARAIVA NÚMERO PÁGINAS: 152 PREÇO: R$ 47,41

A obra é um verdadeiro manual de apoio a todas as pessoas envolvidas direta ou indiretamente nas decisões relativas à embalagem, auxiliando-as a detectar possíveis problemas encontrados muitas vezes nos produtos disponíveis no supermercado. O livro de Fabio Mestriner, da editora Pearson, ensina o passo a passo para o desenvolvimento de estratégias e como montar um programa de inteligência de embalagem adequado às diversas categorias de produtos, abordando desde a pesquisa inicial de desempenho do produto no ponto de venda até o design final da embalagem. Gestão Estratégica de Embalagem é baseado no programa do Curso de Pós-Graduação em Gestão Estratégica da Embalagem da Escola Superior de Propaganda e Marketing, ESPM, Universidade em que Mestriner atua. GESTÃO ESTRATÉGICA DE EMBALAGEM AUTOR: FÁBIO MESTRINER EDITORA PEARSON NÚMERO PÁGINAS: 156 PREÇO: R$ 92

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