Revista Pack Digital 234

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www.pack.com.br

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ANO•17

2 0 2 1

R$ 15,00

EMBALAGEM

TECNOLOGIA

DESIGN

INOVAÇÃO

ENTREVISTA Amando Varella, diretor comercial e marketing da Papirus e co-CEO da companhia, fala sobre a expansão da capacidade produtiva e sustentabilidade

O EDI em cre ba scim Ç lag e ÃO en nto s n d 23 aP os 5 an eto de r d mi e a

O setor de alimentos dita a expansão do mercado de máquinas de embalagens




carta ao leitor

Cenário de crise traz oportunidades

É

na crise que surgem muitas oportunidades e as empresas que conseguem se adaptar rapidamente saem mais fortes e se posicionam a frente da concorrência. É o momento de lançar um novo olhar para o seu negócio e se reinventar para operar de formas diferentes. A pandemia mudou a maneira como as pessoas vivem, se relacionam e consomem. As pessoas passaram a ficar mais preocupadas com a sua saúde para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, por isso valorizaram a importância do uso de embalagens descartáveis, que na pré-pandemia, estavam condenadas ao fim. Mas isso não quer dizer que os consumidores não estão preocupados com sustentabilidade. O isolamento

social confinou a população em casa e isso mudou a sua relação com os resíduos. Ela percebeu a importância de gerar menos resíduos e ter embalagens mais sustentáveis. Os negócios digitais ganharam destaque na pandemia. Consumidores que não estavam acostumados a usar serviços digitais tiveram seu primeiro contato com o e-commerce para garantir a segurança nas compras. Restaurantes e lanchonetes tiveram que adaptar as operações para oferecer delivery. Essa é uma mudança que veio para ficar. Há muita oportunidade para desenvolver embalagens mais adequadas, convenientes e práticas que promovam a mesma experiência de consumir a refeição no restaurante. Boa leitura!

Margaret Hayasaki editora chefe

margaret.hayasaki@gmail.com



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sumário

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2021

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INOVAÇÃO

EMBALAGEM TECNOLOGIA DESIGN

Foto: Divulgação

ENTREVISTA Amando Varella, diretor comercial e marketing da Papirus e co-CEO da companhia

12 Entrevista

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REPORTAGEM Ritmo de crescimento em alta

Amando Varella, diretor comercial e marketing da Papirus e co-CEO da companhia fala sobre a expansão produtiva e sustentabilidade

22 Reportagem

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

O setor de alimentos dita a expansão e as novas soluções do mercado de máquinas de embalagens

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ESPECIAL Como a pandemia mudou os hábitos de consumo e o papel da embalagem

Editora B2B

34 Especial Estudo realizado pela Tetra Pak aponta que 62% dos brasileiros acreditam que ser saudável é se manter seguro. O consumidor brasileiro espera que as marcas priorizem o fornecimento de alimentos para todas as pessoas e a redução do desperdício de comida

SEÇÕES 7 Agenda

30 Design de embalagem

8 Pack online 10 Notícias

39 Conveniência e praticidade

11 Vaivém do mercado

40 Sustentabilidade

18 Atualidades

45 Leitura

Editora B2B

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agenda feiras no brasil Data

Feira

Local

CONTATO

24 a 27 de março de 2021

Fespa Brasil

Expo Center Norte – São Paulo - SP

www.fespabrasil.com.br

08 a 10 de junho de 2021

FCE Cosmetique

São Paulo Expo – São Paulo - SP

www.fcecosmetique.com.br

08 a 10 de junho de 2021

FCE Pharma

São Paulo Expo – São Paulo - SP

www.fcepharma.com.br

22 a 25 de junho de 2021

Fispal Tecnologia

São Paulo Expo – São Paulo - SP

www.fispaltecnologia.com.br

12 a 14 de abril de 2022

Anufood Brazil

São Paulo Expo – São Paulo - SP

www.anufoodbrazil.com.br

15 a 18 de março de 2022

Feiplastic

Expo Center Norte – São Paulo - SP

www.feiplastic.com.br

05 a 08 de abril de 2022

Interplast

Pavilhões da Expoville – Joinville - SC

www.interplast.com.br

EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO

PUBLISHER: Fernando Lopes EDITORA CHEFE: Margaret Hayasaki margaret.hayasaki@gmail.com ASSESSORA TÉCNICA: Assunta Napolitano Camilo (FuturePack) assunta@futurepack.com.br PROJETO GRÁFICO: Editora B2B PRODUÇÃO: Luciano Tavares de Lima (gerente) produção@banas.com.br DESIGNER: Ana Claudia Martins editoracaopack@gmail.com CAPA: Ana Claudia Martins FOTO DA CAPA: AdobeStock

CONSELHO EDITORIAL Assunta Camilo Napolitano, diretora da FuturePack e do Instituto de Embalagens – Eduardo Tadashi Yugue, gerente de embalagens da Nestlé Brasil – Geraldo Cardoso Guitti, diretor do Conselho Administrativo da Refrigerantes Convenção – Iorley Correia Lisboa, gerente P&D e Inovação de Embalagens – Marcas Exclusivas do Walmart Brasil – João Batista Ferreira, CEO da J2B Innovation to Business – Lincoln Seragini, presidente da Seragini Design – e Luis Fernando Madi, Diretor Geral do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL)

COMERCIAL Rajah Chahine rajahchahine14@gmail.com Tel.: (11) 3722-0956 Nilton Feitosa nilton.feitosa@nvcon.com.br

feiras no EXTERIOR Data

Feira

Local

CONTATO

20 a 30 de abril de 2021

Drupa

Plataforma online

www.drupa.com

08 a 11 de junho de 2021

Expo Pack México

Expo Santa Fe México Ciudad do México México

www.expopack.com.mx

26 a 29 de julho de 2021

Argenplás

Centro Costa Salgueiro Buenos Aires Argentina

www.argenplas.com.ar

26 a 29 de abril de 2022

Anuga FoodTec

Cologne exhibition centre – Köln Alemanha

www.anugafoodtec.com

Cartas&E-mails A Revista Pack quer conhecer a opinião dos nossos leitores. Sua opinião é muito importante para a contínua melhoria da qualidade editorial. Escreva para nós, opinando sobre as entrevistas, reportagens e os artigos. Critique ou dê sugestões de pautas.

Executivos de Negócios – São Paulo – Interior Aqueropita Intermediações de Negócios Ltda. Contato: Aparecida A. Stefani Tel.: (16) 3413-2336 – Cel.: (11) 9647-0044 aparecida.stefani@banas.com.br Rio de Janeiro Art Comunicação S/C Ltda. Contato: Francisco Neves Rua Des. João Claudino Oliveira e Cruz, 50 – cj. 607 – CEP 22793-071 – Rio de Janeiro-RJ Tels.: (21) 2269-7760 – (11) 9943-5530 – Fax: (21) 3899-1274 banasrj@uol.com.br

REPRESENTANTE INTERNACIONAL

ARGENTINA 15 de Noviembre 2547 – C1261 AAO – Capital Federal – Republica Argentina Tel.: (54-11) 4943-8500 – Fax y Mensajes: (54-11) 4943-8540 www.edigarnet.com

Rua dos Três Irmãos, 771 Jardim Progredior – São Paulo-SP – CEP 05615-190 CNPJ 07.570.587/0001-13 – I.E. 149.349.995-116 NOVO TELEFONE: (11) 3722-0956

IMPRESSÃO: Printexpress CIRCULAÇÃO NACIONAL: Tiragem – 10 000 exemplares PERIODICIDADE: ANUAL Nº Avulso: R$ 15,00 PACK – EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO

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É permitida a divulgação das informações contidas na revista desde que citada a fonte. PACK reserva-se o direito de publicar somente informações que considerar relevantes e do interesse dos leitores da revista.

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E-mail redacao@pack.com.br

IV P R Ê M

PARA SE CORRESPONDER COM A REDAÇÃO

end.

é uma publicação mensal da Editora B2B.

A Pack é dirigida aos profissionais que ocupam cargos técnicos, de direção, gerência e supervisão em empresas fornecedoras, convertedoras e usuárias de embalagens, bem como prestadores de serviços relacionados à logística, design e todos os processos relacionados a indústrias de embalagem.

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O site da Pack traz noticiário atualizado diariamente, artigos exclusivos e tudo sobre o mercado de embalagem. Mais: vídeos, fotos e a versão digital na íntegra da edição do mês, além das anteriores!

ELMA CHIPS® traz o clássico Zambinos® de volta às prateleiras

Foto: Divulgação

A Dádiva vai lançar, ainda no mês de fevereiro, mais uma bebida artesanal que integra o projeto DDV&OS (Dádiva and Other Stuff): a sidra Apple&Wood. Inspirada nas versões francesas, ela é uma barrel aged envelhecida em barricas de carvalho americano anteriormente utilizadas para maturar vinhos Sirah por 12 meses.

Onde achar? https://www.pack.com.br/post/d%C3%A1diva-lan%C3%A7a-a-applewood-sidra-envelhecida-em-barril-de-syrah

Foto: Divulgação

Dádiva lança a Apple&Wood, sidra envelhecida em barril de syrah

Os clássicos nunca saem de moda! E para manter as lembranças dos tradicionais salgadinhos que marcaram a vida de fãs e consumidores da ELMA CHIPS® nos anos 80 e 90, a marca relança ZAMBINOS®, icônico salgadinho sabor pizza que se tornou inesquecível para os consumidores. Onde achar? https://www.pack.com.br/post/elma-chips-traz-ocl%C3%A1ssico-zambinos-de-volta-%C3%A0s-prateleiras

[Conexão web ] as mais lidas no pack.com.br

Tetra Pak lança suporte remoto para a manutenção de equipamentos Foto: Divulgação

Fabricantes de alimentos e bebidas terão uma nova alternativa para a resolução de problemas em suas unidades de produção. A Tetra Pak lança no mercado brasileiro o serviço de Suporte Remoto para eventos de Manutenção. Com modelo de operação 24/7 e inteiramente em português, a solução cobre ocorrências em máquinas de processamento e envase. Onde achar? http://www.radarindustrial.com.br/noticia/tetra-pak-lanca-suporteremoto-para-a-manutencao-de-equipamentos.aspx

O NEWSLETTER QUINZENAL DA INDÚSTRIA

Toda quinzena, a newsletter entrega no seu e-mail as notícias mais importantes da indústria de embalagens. Cadastre-se no site! Acesse! www.banas.com.br/banasinforma

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Crudo escolhe garrafa da Verallia para envasar vinho autoral Trebuono A Tal da Castanha apresenta sua nova identidade GEMÜ é eleita líder mundial em componentes de automação para aplicações estéreis

Chocolate com morango: Trento e Trento Massimo ganham novos sabores

Melitta lança filtros Do Seu Jeito para atender às diferentes formas de preparo de café

Confira a lista das notícias mais acessadas no site e as leia na íntegra!

Onde achar? https://www.pack.com.br


movimento

EMBALAGEM MELHOR MUNDO MELHOR

CLUBE DE ASSINATURA DE CONHECIMENTO E CONEXÕES

O Movimento por Embalagem Melhor Mundo Melhor nasce para capacitar mais profissionais e fomentar o desenvolvimento de embalagens melhores para um mundo melhor.

COMO? Desenvolvemos um plano com valores especiais para os cursos e workshops que serão realizados durante o ano. Cada empresa pode escolher os cursos que mais lhe interessar e usufruir ao longo de 12 meses. Além de debates exclusivos para conectar empresas do Movimento por Embalagem Melhor Mundo Melhor.

O QUE CONTEMPLA?

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. 6 inscrições em nossos cursos . 4 inscrições nos eventos: EMBALAGEM & SUSTENTABILIDADE

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Totalizando 10 inscrições em 12 meses com garantia de participação. Além disso, os participantes receberão o conjunto completo de material didático. Participação de debates exclusivos criados especialmente para o Movimento por Embalagem Melhor Mundo Melhor.

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notícias

Foto: Divulgação

SIDEL LANÇA CONCEITO INOVADOR DE GARRAFA PET RECICLADA PARA ÁGUA PREMIUM tampa, o formato harmonioso ainda é destacado com um rótulo transparente e de design limpo. “A pureza da água pode ser vista com clareza através da tipografia minimalista e elegante, que realça a aparência da garrafa. “Além da qualidade e integridade da água simbolizada pelos fiordes, o uso de 100% de rPET se harmoniza com o compromisso sustentável da Sidel de criar embalagens plásticas recicláveis de ciclo fechado para uso alimentício”, acrescenta Laurent.

Arte geométrica viking influencia o design do rótulo

O

s designers da Sidel criaram o conceito da garrafa NUUK, que foi inspirado na pureza do gelo e de suas formações. A marca leva o nome da capital da Groenlândia e dos fiordes que a tornam famosa. O slogan “Gelada, Autêntica, Única” destaca os atributos da marca, que estão intimamente ligados à água e suas características. Produzida com 100% de PET reciclado (rPET), a NUUK é uma garrafa criada para marcas de água premium, de alta qualidade, obtida de fiordes. Com seu design puro, sofisticado e característico, a garrafa de 500 ml exibe com elegância a água contida e reflete a essência da marca. Graças à sua forma assimétrica, a NUUK salta aos olhos nas prateleiras, ofuscando as garrafas de água com design tradicional.

Uma garrafa que surge do gelo “A forma específica de gelo na parte inferior da garrafa constitui um grande atrativo e reforça a estrutura dela. Dá a impressão de que a garrafa está surgindo do gelo”, explica Laurent Lepoitevin, engenheiro de design de embalagem da Sidel. Em harmonia com suas origens, o fundo profundo da garrafa lembra uma geleira rochosa, que foi produzido através do sistema patenteado da Sidel, o Base Over Stroke System (BOSS). A moldagem mecânica que ocorre durante o processo de sopro otimiza a distribuição do material no perfil final do fundo da garrafa. O processo de sopro uniforme usa quantidade mínima de material. A tampa larga, com forma de gelo e cor azul, reforça o visual e percepção premium da marca. A garrafa também é compatível com soluções de tampa fixa para atender aos requisitos ambientais e regulamentações futuras. Do fundo à 10

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O rótulo autoadesivo transparente é inspirado em arte viking autêntica, mais especificamente, no estilo Borre. No século X, a região de Nuuk era habitada por vikings que deixaram sua marca cultural, inclusive sua arte. Laurent explica: “O estilo Borre adota uma série de entrelaces geométricos, padrões de nós e temas zoomorfos (único animal). Cinco versões do rótulo mostram diferentes designs gráficos com base nesses entrelaces geométricos”. O logotipo da marca é um floco de neve combinado com o Vegvisir, um antigo símbolo nórdico de proteção e orientação que, acredita-se, pode ter sido usado como bússola pelos vikings. Os outros rótulos representam importantes símbolos da cultura viking, incluindo a embarcação drácar, dois peixes com a cabeça virada para a cauda do outro, a raposa-do-ártico e o urso polar. Os consumidores podem colecionar cada garrafa dessa família única.


notícias

MILLIKEN APOIA A GO! PHA PARA AMPLIAR USO DE “PLÁSTICOS” BIODEGRADÁVEIS

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Divisão Química da Milliken & Company se juntou à Organização Global para PHA ( GO! PHA ) com o intuito de ajudar nos desafios de desenvolvimento técnico e de mercado relacionados aos biopolímeros biodegradáveis ​​de polihidroxialcanoato (PHA). O material é uma espécie de plástico biodegradável, com excelentes propriedades para reduzir os impactos no meio ambiente. Com a decisão, a Milliken passa a contribuir com sua experiência para melhorar processamento, desempenho, estética e outros atributos importantes do PHA. O objetivo é expandir a gama de aplicação desta família de materiais para outros tipos de embalagens. “Nossa participação acontece em uma plataforma colaborativa. Esse é o modelo ideal para enfrentar os desafios dos plásticos no oceano, e da conservação dos recursos naturais”, diz Allen Jacoby, vice-presidente sênior de Aditivos para Plásticos da Divisão Química da Milliken. “Substituir materiais tradicionais por polímeros PHA biodegradáveis​​ de base biológica pode fornecer

opções de menor impacto para serviços de alimentação e embalagens flexíveis. Estamos ansiosos para trabalhar com outros membros do GO! PHAs. Os polímeros PHA podem se tornar mais atraentes para designers de produtos, conversores e consumidores”. A GO! PHA é uma coalizão entre indústrias e academia, dedicada ao desenvolvimento, comercialização e adoção de polímeros PHA, por meio da defesa e compartilhamento de conhecimento. Com sua adesão, a Milliken passa a trabalhar priorizando problemas técnicos e maneiras de resolvê-los, adaptando aditivos Milliken de alto desempenho existentes ou desenvolvendo novas tecnologias. “Estamos muito satisfeitos em receber a Milliken no GO! PHA”, diz Rick Passenier, membro do conselho executivo da entidade. “A experiência em aditivos de polímero da empresa, e as extensas capacidades de desenvolvimento agregam um valor enorme na otimização das propriedades e processabilidade do PHA, além de contribuir na expansão do uso do material em aplicações de embalagens de uso único”.

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Vaivém do mercado

SIG TEM NOVA HEAD DE MARKETING Renata Kasahara acaba de assumir como head de marketing na SIG Combibloc para a América do Sul, liderando as equipes de Business Development, Business Intelligence, Comunicação e Sustentabilidade. Entre os desafios da executiva está o desenvolvimento e implementação do planejamento estratégico de negócio na América do Sul, por meio da avaliação e definição dos mercados potenciais, desenvolvimento de produtos e validação da proposta de valor, com estratégias de marketing e sustentabilidade para garantir o crescimento da SIG na região. A executiva possui mais de 20 anos de experiência em FMCG, tanto no B2B como no B2C, é graduada em Engenharia de Alimentos, pela Unicamp, e pós-graduada em Administração de Empresas, pelo CEAG/FGVSP, e em Ciências do Consumo, pela ESPM. Renata possui formação e experiência multidisciplinares, tendo atuado nas áreas de Desenvolvimento de Produtos e Processos, Inovação e Marketing, em companhias como Parmalat, Ajinomoto, Givaudan e Symrise.

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entrevista

SUSTENTABILIDADE ESTÁ NO CENTRO DOS NEGÓCIOS DA PAPIRUS Companhia investirá mais de R$ 30 milhões em ampliação da capacidade produtiva de sua fábrica e em novo projeto que certifica toda a cadeia

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ma das principais fabricantes de papelcartão do País, a Papirus anunciou investimento de mais de R$ 30 milhões, nos próximos dois anos, na expansão da capacidade produtiva de sua fábrica, localizada em Limeira (SP), saltando de 110 mil toneladas para 123 mil toneladas/ano em 2022. “Estamos preparando a Papirus para crescer além de 2021 de forma ainda mais forte. Esta é uma decisão estratégica que não depende da conjuntura, e que está alinhada à posição sólida que a companhia alcançou a partir do planejamento estratégico realizado em 2018, o que incluiu a ampliação da produção e o lançamento de produtos inovadores para atender às novas tendências de consumo”, conta Amando Varella, diretor comercial e marketing da Papirus e co-CEO da companhia.

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A ampliação da capacidade de produção será feita com a instalação de novos equipamentos e melhorias no processo de produção. Por isso, antes mesmo de concluir a expansão, a fábrica poderá ter condições de produzir 115 mil toneladas/ano. “O próximo passo de expansão, a partir de 2023, terá de ser maior, e para isso vamos avaliar não apenas qual será a estrutura de capital e como se dará esse crescimento, mas também em quais mercados vamos avançar”, observa Varella, ao destacar que, seja qual for o caminho, o crescimento será orientado pela sustentabilidade, valorizando a reciclagem de resíduos e de toda a cadeia de aparas pré-consumo e pós-consumo. As novas metas de expansão estão apoiadas também nos resultados obtidos em 2020, quando


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Amando Varella, diretor comercial e marketing da Papirus e co-CEO da companhia

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entrevista

Planta fabril da Papirus localizada em Limeira, interior de São Paulo

As melhorias no processo produtivo irão permitir à Papirus produzir o Vitacycle, que hoje tem 30% de aparas pós-consumo, com maior quantidade de conteúdo reciclado as vendas da Papirus se ampliaram 9% no total. Apesar da recessão do mercado interno, a empresa manteve os volumes de venda de 2019, sustentadas pela demanda de segmentos como o de embalagens para delivery e fast food, que cresceram de forma expressiva no período, compensando a queda em outros mercados, e abrindo espaço para os novos produtos lançados pela Papirus, que possuem estruturas adequadas e revestimento extra de proteção para alimentos e bebidas, alto nível de resistência à gordura e diversos tipos de gramaturas e formatos.

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Por outro lado, a Papirus elevou suas exportações, devido à abertura de novos mercados antes mesmo da valorização do dólar. Do total comercializado em 2020, 18% destinaram-se ao mercado externo, sendo que em alguns meses, como maio e junho, essa participação superou os 30%, em comparação aos 8% registrados em 2019. Além do lançamento de produtos alinhados às novas tendências de consumo e as exportações, outros fatores contribuíram para o bom desempenho da Papirus em 2020, como o reposicionamento da marca e o maior engajamento das equipes,

o que contribuiu para dar mais agilidade à tomada de decisões e para fortalecer o foco nas relações de valor e nos resultados. Em entrevista à revista Pack, Amando Varella, diretor comercial e marketing da Papirus e co-CEO da companhia, revelou como a empresa vai seguir crescendo no mercado de embalagens de papelcartão. Revista Pack: O investimento na expansão da capacidade produtiva da planta da Papirus em Limeira (SP) está alinhado com plano de crescimento da empresa no mercado brasileiro de embalagens de papelcartão? Qual é a meta para os próximos anos? Amando Varella: Existem boas oportunidades para o crescimento da Papirus, pois estamos inseridos num cenário de sustentabilidade.


A empresa trabalha com celulose, que vem de reflorestamento, é renovável e reciclável, além disso, utiliza aparas pré e pós-consumo que estão muito incorporados na economia circular e no programa nacional de resíduos sólidos que está cada vez mais forte. Essas variáveis nos colocam numa posição favorável para pensar no que vai acontecer depois de 2022. A preocupação crescente com os resíduos e a poluição plástica cria um ambiente muito propício para pensar em expansão.

O que esperamos, no final, é ter mais volume e um produto melhor formado, com mais homogeneidade, perfil de gramatura e, tudo isso, representa ganho para o end user. Além disso, a máquina reformada oferece mais flexibilidade para produzir produtos, mas isso não significa que vamos introduzir novos produtos. Mas, por exemplo, conseguiremos produzir o Vitacycle, que hoje tem 30% de aparas pós-consumo, com maior quantidade de conteúdo reciclado.

Pack: Quais são as melhorias no processo produtivo que serão feitas na fábrica e como irão impactar na produção do papelcartão?

Pack: Quais são os equipamentos que serão instalados na fábrica para a expansão da capacidade produtiva? Em quanto tempo isto será feito?

Varella: As melhorias feitas no processo produtivo incluem o aumento da velocidade da máquina e capacidade de secagem. Qual é o próximo passo? Estamos trabalhando no aumento da capacidade de preparação de massa. Além disso, vamos trocar a caixa de entrada que é limitada à velocidade atual. A nova caixa possui uma série de componentes tecnológicos atuais que permitem que a folha tenha uma formação melhor, seja menos rugosa, menos transparente, além de maior resistência ao rasgo.

Varella: Os novos equipamentos que serão instalados na fábrica são destinados para preparação de massa e formação de folha. Alguns já foram comprados. São vários equipamentos, entre eles, pulpers, misturadores, cleaners, depuradores. Existem equipamentos que podem ser instalados sem parar a fábrica. Mas, por exemplo, agora vamos instalar uma nova bobinadeira e teremos que fazer uma parada na fábrica entre o final de abril e começo de maio. A expectativa é

Nossa participação nos segmentos de delivery e fast food foi acelerada por causa da pandemia que a totalidade dos equipamentos seja instalada até o final de 2022. Pack: As vendas de papelcartão cresceram 9% em 2020 puxadas pelo boom do delivery e fast food. O senhor acredita que essa mudança de comportamento do consumidor brasileiro veio para ficar e ainda há muita oportunidade de crescimento para a embalagem de papelcartão nestes segmentos? Varella: Nossa participação nos segmentos de delivery e fast food foi acelerada por causa da pandemia. As vendas cresceram muito mais rápido do que podíamos prever. As linhas de papelcartão Vitacopo, Vitafreezer e o Vitacopo para potes tiveram uma boa aceitação e crescimento nesses mercados e continuam em expansão. É uma tendência

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entrevista

O movimento por um mundo mais sustentável está impulsionando o crescimento da demanda pelo material celulósico que não vai terminar com o fim da pandemia. Tem uma mudança de hábito de consumo que veio para ficar e há oportunidade para crescer nestes mercados. As embalagens de delivery foram aperfeiçoadas na pandemia e agora os consumidores recebem boa comida em casa. O e-commerce também vai continuar crescendo. Recebemos muitos produtos em casa com embalagens lindas. Isto demonstra que alguém está tendo o cuidado de entregar em casa mais do que um produto, mas uma experiência de compra. Os consumidores terão mais prazer de comprar. Não vai ser só obrigação porque eles não podem ir à loja. Eu aposto nisso como uma tendência para Papirus crescer no mercado de embalagens de papelcartão. Pack: Quais são os principais mercados da Papirus? Varella: Atendemos diversos mercados, como farmacêutico, cosméticos, capas de livros, alimentício, autopeças, calçados. A Papirus tem uma característica de ser muito pulverizada, com uma ampla carteira de clientes. Isso nos possibilita ter flexibilidade para mudar o nosso foco de atuação. Na pandemia, por exemplo, quando os clientes que forneciam embalagens para shopping centers (calçados, vestuários e sacolas) sofreram com a queda nas vendas, a gente pode caminhar para outros segmentos com melhor desempenho, como farmacêutico, alimentício, higiene e limpeza.

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Pack: Qual é o desafio para aumentar o uso de fibra reciclada e colocar em prática a economia circular no desenvolvimento do portfolio da Papirus? Varella: Temos trabalhado muito para que a empresa seja transparente. Cada produto tem o selo verde. O desafio para aumentar o uso de pós-consumo é ter economia circular. Aumentar o uso de pósconsumo não depende da Papirus porque a tecnologia está conosco e a empresa tem os produtos. O dono da marca responde pela demanda. Se ele especificar mais VitaCycle, nós vamos comprar mais aparas pós-consumo. O aumento do uso de aparas pós-consumo depende também de um bom sistema de coleta. O Brasil tem um dos melhores sistemas de coleta de material celulósico do mundo, mas podemos melhorar. Temos que aprimorar isso um pouco mais a coleta do papelcartão para ter mais cartucho voltando para as fábricas. Mas, mais do que isso, precisamos ter a especificação e a valorização do produto com material reciclado. Muitos brand owners têm investido em pequenos projetos que podem se tornar grandes usando material reciclado. O movimento por um mundo mais sustentável está impulsionando o crescimento da demanda pelo material celulósico (não só o reciclado). O Brasil vendeu mais papelcartão durante a pandemia do que em anos anteriores. Existe uma tendência mundial em consumir papeis que são sustentáveis. A Papirus, por exemplo,

lançou em 2019, a linha Vitacopo que não ocupava um dia de máquina e hoje temos quase dois dias de máquina. Quando lançamos a linha Vitacycle foi necessário quase um ano para desenvolver o produto. Hoje, temos pelo menos um dia e meio de produção na máquina. Então, essa demanda por produtos celulósicos tem aumentado. Outro ponto mais importante do que a venda é a preocupação do brand owner ter a confirmação das informações. Por exemplo, os selos verdes trazem a porcentagem de aparas do papelcartão que é auditado pelo Imaflora. É um selo transparente. Estamos trabalhando num novo projeto que certifica toda a cadeia e a ideia é colocar isso de uma maneira transparente para o mercado. Mais do que a gente querer vender só reciclado, o nosso desejo é o consumidor saiba a origem do produto. No futuro próximo, ele poderá ter uma embalagem de dipirona, com QR Code, para entender a origem da apara e da celulose, a certificação da celulose, da apara. O que buscamos é dar transparência para o processo de economia circular. Queremos lançar esse projeto ainda este ano. O uso de aparas pré e pósconsumo misturado com celulose virgem é o caminho sustentável da nossa vocação. É isso que sabemos fazer desde que a Papirus nasceu. Em 2022, a empresa completa 70 anos. É o que a gente sabe fazer e para onde devemos ir. Pack: Qual é a expectativa de vendas em 2021? Varella: Esperamos crescimento em volume de 3% e de 10,5% em faturamento. Esse crescimento do faturamento tem a ver a com novos produtos. A mudança do nosso mix de vendas melhora a rentabilidade da empresa porque a Papirus participa de segmentos que têm uma demanda específica e de maior valor agregado.


informe publicitário | Haver & Boecker

Foto: Divulgação

a empresa está enraizando verdadeiramente a sustentabilidade em sua cultura por meio de um processo chamado de Perfect Flow, ou seja, criando um fluxo perfeito de produção com impacto reduzido no meio ambiente! Nesse caso, é possível a redução de plástico na embalagem, esse insumo valioso, que tanto pesa na composição dos custos, e que também demanda estar sintonizado com o conceito ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa).

Inovações

Haver & Boecker para o mercado de pet food

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oje é difícil não ter um animal de estimação em casa ou amigos e parentes que não tenham! O mercado pet food, que já vinha num crescimento consistente, acelerou durante os últimos meses. Quando falamos em alimento para pets (o termo “ração” é uma heresia para os pais e mães dos pets!), o mercado há muito tempo notou a necessidade de tornar premium o produto e as embalagens. Embalagens com material e arte final caprichada, esbanjando a qualidade do produto no PDV é o objetivo do marketing da empresa. Como manter toda qualidade da embalagem, tendo ainda que melhorar a segurança de selagem, aumentar a validade do produto, aumentar a produção, atender a toda demanda ecológica e de sustentabilidade e ainda reduzir os custos? Estudando a fundo todos estes aspectos, a Haver & Boecker desenvolveu um novo e revolucionário conceito de automação do ensacamento para o segmento de pet food. Aliou o ensacamento de altíssima velocidade com a redução no tamanho das embalagens, respeitando as mesmas características e qualidade das embalagens atuais quanto à arte final, materiais empregados, espessura e quantidade de soldas.

Com isso, foi possível o ensacamento de pet food com redução de 20% nos custos, quando se leva em consideração a economia de matéria-prima, automação do processo, aumento de velocidade, redução de perdas (produto e embalagem), fim do retrabalho (abertura e fechamento dos sacos), paletes formados com dimensões menores e mais confiáveis. Tudo isso sintonizado com a campanha “Planet Blue” da Haver & Boecker que é a resposta da companhia para as mudanças climáticas. Com essa campanha,

Aliada da Indústria 4.0, com automação e conectividade total do processo, a tecnologia Haver & Boecker para ensacamento pet food conta ainda com o sistema QUAT²RO para monitorar toda a operação do equipamento. Desta forma seu processo estará on-line, proporcionando todos os dados da produção e de manutenção, local ou remotamente. Mas, se ainda assim for necessário atendimento presencial, o cliente conta com aproximadamente 20 técnicos, equipe de engenharia e estoque de peças locais, estruturados em sua fábrica, na região de Campinas, interior de São Paulo. Setup automático, retirada de ar da embalagem, soldas milimétricas e confiáveis, o dobro da produção na metade do espaço ocupado atualmente, redução de plástico, são características que complementam a solução desenvolvida especialmente para o segmento.

Vamos conversar sobre essa revolução no mercado pet food? Entre em contato! +55 19 3879 9100 +55 19 2141 2000 info@haverbrasil.com.br www.haverbrasil.com.br Confira as informações da ensacadeira FFS TOPAS na segunda capa e página 03 Editora Editora B2B Editora B2B

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Mais appetite appeal

A linha de iogurtes da Betânia está de cara nova. A intenção é dar um destaque maior à marca e à exposição dos produtos nas gôndolas, trazendo ainda mais appetite appeal, valorizando a qualidade, o sabor e a cremosidade dos iogurtes. Criada pela Guepa, as novas embalagens destacam os ingredientes principais do iogurte: o leite fresco Betânia e as frutas que representam os sabores. Ao todo, 16 produtos receberam o novo layout, entre eles as garrafas de 170g e 900g, o bicamadas, que é o iogurte com calda, e as bandejas. A marca também lançou o bandejão, iogurte de bandeja com 8 potes com 90g cada um, no sabor morango. A embalagem econômica vem para conquistar novos lares, pois seu tamanho é ideal para o consumo familiar. A ideia é oferecer ao consumidor um excelente custo benefício com a promoção ‘Leve 8 Pague 7’, onde uma unidade sai de graça.

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Latas colecionáveis

Com mais de 150 anos de existência no mundo, Farinha Láctea Nestlé® traz três latas litografadas colecionáveis inspiradas na fauna e flora ao redor do mundo: Oceania, Floresta Amazônica e Savana Africana, com atividades para os pais fazerem com seus filhos. A edição limitada é fruto da parceria com a FutureBrand São Paulo, e traz de uma forma divertida o aprendizado às embalagens com atividades e curiosidades sobre cada localidade.

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A curiosidade desenvolve. Esse foi o conceito adotado pela marca para a criação das latas litografadas. Matheus Calderoni, designer da FutureBrand São Paulo, revela: "Trouxemos perguntas e respostas para entreter e educar as crianças por meio de ilustrações de diferentes universos como a fauna e a flora”. Além de cuidar do desenvolvimento infantil, os cenários ricos em elementos e detalhes despertam o desejo do consumidor para realmente colecionar e utilizar a embalagem posteriormente.


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Opções para todos os momentos de consumo

Páscoa é o maior evento de consumo de chocolate no Brasil e o 3º evento mais relevante para os brasileiros depois do Natal e do Dia das Mães. Com opções que cabem em todos os bolsos e momentos de consumo, a Lacta possui produtos para os mais variados perfis de consumidores - sejam aqueles que adoram surpreender, presentear, os que buscam seguir as tradições ou aqueles que apenas querem cumprir o papel da data. A linha de presenteáveis cresceu e agora, além das trufas, Lacta traz para o mercado uma caixa especial de Diamante Negro, com 12 unidades do chocolate, em formato de diamantes. O estilo diferenciado dos bombons e a caixa com transparência dão um toque de sofisticação ao produto, que é perfeito para quem gosta de presentear. Para alegria das crianças, a marca também inovou nas suas caixas de variedades Lacta Favoritos. A edição especial e limitada de Páscoa tem embalagens

tematizadas Barbie e Hot Wheels - o interior da caixa da Barbie se transforma em guarda-roupas e o de Hot Wheels vira uma garagem. Ou seja, é um produto 2 em 1: chocolate e brinquedo ao mesmo tempo! Além dessa surpresa, as caixas também vêm com um QR Code que leva a um hotsite onde o consumidor poderá comprar produtos Mattel com 15% de desconto (a compra será direcionada automaticamente a e-commerces de varejistas parceiros). Outra novidade que merece destaque é a nova embalagem da caixa de Trufas sortidas de 12 unidades. Agora com tampa transparente, o novo visual que deixa as trufas visíveis, chega para gerar mais desejo, agregando valor ao presente. A linha de licenciados também foi renovada, trazendo novas opções de ovos infanto-juvenis - e claro, novos brindes. Esse ano, os lançamentos são Batman e Mulher-Maravilha, e Barbie, Hot Wheels e Minions foram atualizados no portfólio.

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Duas tradicionais cervejas artesanais do Brasil, reconhecidas por sua qualidade, aroma e sabor, a Therezópolis e a Sul Americana, estão de cara nova. Ambas ganharam um novo rótulo, com mais inovação e sofistificação no design e nas garrafas de 355 ml. As cervejas são produzidas pela Cervejaria St. Gallen, em Teresópolis, no Rio de Janeiro, e tem atuação nacional. De acordo com Carla Soares, gerente de marketing das marcas, esse novo posicionamento foi criado para modernizar as marcas, mas sem perder sua autenticidade. “A Therezópolis e a Sul Americana são cervejas queridas pelos consumidores e pelos especialistas por suas qualidades superiores e também boas desenvolturas na hora de beber. A ideia de modernizar os rótulos e as garrafas surgiu da necessidade de evoluir conforme as tendências do mercado cervejeiro, que está cada vez mais em evolução e criar ainda mais visibilidade nas gôndolas e nos estabelecimentos, visando expandir cada vez mais”, aponta Carla.

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Formato ergômico

Novos rótulos e embalagens

Na correria do dia a dia, nem sempre é possível realizar refeições completas e que resultem nesse total de consumo diário de proteínas. Para facilitar a vida dos consumidores e proporcionar praticidade, a Piracanjuba acaba de lançar o Protein + Whey, com 10 gramas de proteínas por porção de 200 ml. O produto une saudabilidade à sustentabilidade e à inovação, uma vez que será vendido em embalagens Tetra Stelo™ Aseptic Edge da Tetra Pak de 1L, inédita no mercado brasileiro. O novo formato é ergonômico e arredondado, o que facilita o manuseio junto a um design moderno, prático e funcional. Inclusive, a inovação está presente na tampa também, desenvolvida com tecnologia para garantir aderência e um ponto de abertura que fica facilmente identificável, sendo uma característica que reforça a visibilidade de que a embalagem está com seu conteúdo protegido. Assim como todas as embalagens cartonadas da Tetra Pak, a Tetra Stelo é reciclável e composta majoritariamente por materiais de fontes renováveis. A identidade visual do produto foi idealizada pela Pande, agência de design especializada na gestão de marcas, que priorizou um layout com forte presença da cor branca, assegurando uma comunicação eficaz para todas as faixas etárias de público, aproximando-o à categoria Leite, sem deixar de destacar os benefícios da proteína.


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A marca Trá lá lá, reconhecida por inspirar momentos de amor e diversão entre pais e filhos, apresenta o mais novo integrante da linha ‘Sem Embaraço’, desenvolvida para crianças a partir dos 3 anos, o Spray Desembaraçante. Para a diversão ficar garantida, as embalagens estrelam os irmãos Gabi e Johnny que com seus cabelos coloridos e muito estilo, mostram que as crianças podem ser quem elas quiserem. Os irmãos acompanham o novo posicionamento da marca, que em 2020 ganhou 11 personagens, criados com diferentes estilos, cabelos, tons de pele, preferências musicais, acessórios e necessidades. Além de serem divertidos, representam a possibilidade de as crianças construírem a própria identidade a partir de diferentes modelos, todos legítimos, protagonistas e coexistentes.

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Diversão garantida

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Latas e garrafas como uma forma de se expressar

Com o objetivo de promover um movimento onde o público possa usar as latas e garrafas como uma forma moderna de se expressar através das plataformas digitais, a Coca-Cola traz as letras do alfabeto em suas latas e garrafas PET para que elas escrevam palavras e frases positivas e compartilhem com o mundo. A ideia reforça o movimento Abertos Pro Melhor e inspira as pessoas a expressarem seus melhores sentimentos, pensamentos, desejos ou o que mais vier à mente de positivo. “Poucas marcas no mundo têm um legado de comunicação como a Coca-Cola. E isso é o resultado de uma busca constante por estar conectado com as novas gerações por meio da cultura pop. Este ano, a marca inova novamente e lança latas com as letras do alfabeto; uma iniciativa que atingirá mais de 40 países da América Latina e convida as pessoas a se expressarem e compartilharem mensagens dizendo a que estão abertas em 2021, um ano que vem com tanta esperança e expectativa”, comenta Javier Meza, Vice-presidente de marketing da The Coca-Cola Company na América Latina.

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reportagem especial ||FCE máquinas Pharma ee equipamentos FCE Cosmetique

RITMO DE CRESCIMENTO EM ALTA 22

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O setor de alimentos dita a expansão e as novas soluções do mercado de máquinas de embalagens

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receita do mercado global de máquinas de embalagens está projetada para expandir a uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 6%, alcançando US$ 76,9 bilhões para o período de 2019 a 2026, segundo o relatório da Transparency Market Research.

O aumento do consumo de alimentos e bebidas embalados deve ser a principal força dinâmica, fortalecendo o crescimento do mercado global de máquinas de embalagem. As vendas mundiais de alimentos processados ​​e embalados aumentaram substancialmente na última década. Isso pode ser atribuído principalmente ao fator de crescimento populacional nas economias em desenvolvimento da Ásia Pacífico, América Latina e MEA. Espera-se que o mercado de máquina de embalagem testemunhe um crescimento substancial devido à crescente popularidade de produtos alimentícios embalados e para consumo em movimento, nas economias desenvolvidas e nas em desenvolvimento. A Ásia Pacífico deverá experimentar o maior crescimento em seu PIB e famílias de classe média, impulsionado pela forte orientação para exportação e capacidade de manufatura na China e na Índia.

O crescimento do consumo em casa também deve impulsionar a demanda por embalagens descartáveis de ​​ food service na região, o que deve criar uma alta demanda por maquinários de embalagem nas economias voltadas para a exportação. As despesas dos consumidores com alimentos e bebidas foram estimadas em 8,5% do PIB global em 2018. Além disso, os gastos dos consumidores do MEA e da Ásia-Pacífico devem aumentar de 53% das despesas globais para mais de 60% em 2030 por conta do maior poder de compra das famílias de classe média nessas regiões.

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A integração de diferentes sistemas é a última tendência observada no mercado de máquinas de embalagem. As empresas se esforçam para oferecer serviços de manutenção inteligentes, juntamente com alta otimização dos processos de embalagem em suas linhas de produtos. Com a introdução de sistemas de troca de informações ponta a ponta nas linhas de produtos, a eficiência da produção melhorou significativamente com a redução da complexidade dos processos de produção. A vinculação cruzada de automação, TI e IOT nas linhas de produção é antecipada para simplificar o gerenciamento de estoque para diferentes componentes da máquina. As empresas de manufatura estão automatizando cada vez mais seus processos de produção, enquanto reduzem o número de trabalhadores em uma linha de produção. No entanto, é necessário fornecer uma visualização perfeita e soluções transparentes na linha de produção para inovar e melhorar continuamente o processo e responder prontamente quando necessário. A necessidade crescente de integração fácil de novas máquinas em sistemas existentes deve criar imensas oportunidades para o mercado de máquinas de embalagem.

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Michael Teschner, diretor geral da Multivac do Brasil

Máquinas de embalagens para alimentos Em 2021, a Multivac completa 60 anos de história e sucesso. Desde a sua fundação, a inovação está no DNA da companhia, tornando-a um importante player no fornecimento de soluções de embalagem para o setor de alimentos. O Centro de Inovação e Treinamento da Multivac está localizado em Wolfertschwenden, na Alemanha, onde o cliente é o foco central no processo de inovação. É lá que as inovações surgem e tomam forma. “Os especialistas escutam as necessidades de cada cliente e tornam as ideias das embalagens tangíveis por meio de protótipos ou pequenas séries”, informa Michael Teschner, diretor geral da Multivac do Brasil. A partir de lá também é transmitido conhecimento especializado para a equipe interna da empresa,

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como também para os gerentes de linha e operadores de máquinas de cada cliente. “Este ano, a Multivac está promovendo o “Multivac Summit 2021”, que vai oferecer diversos Workshops para seus clientes, tanto de forma remota, como presencial (respeitando todas as normas de higiene estabelecidas pela OMS) dentro do TIC. Temas como sustentabilidade, digitalização, processamento, fatiamento e porcionamento de carne, como também automação de linhas de embalagem serão apresentados pelos principais profissionais e especialistas da área”. Para garantir a segurança alimentar e higiene dos produtos alimentícios, a Indumak expandiu o uso dos microperfuradores nas empacotadoras. Segundo Gelson Renato Schmidt, diretor comercial Indumak, até então eram realizados furos com agulhas nas embalagens, o que causava distorção do entendimento dos órgãos reguladores e fiscalizadores. Porém, com a substituição por microperfuradores, nossos clientes melhoraram bastante o aspecto de suas embalagens, além de aumentar o shelf-life. “Os pacotes que utilizam microfuros são mais resistentes à contaminação por caruncho. A chamada infestação cruzada acontece após o processo de empacotamento, durante a logística e também no ponto de venda. Com um dispo-

sitivo de microfuros instalado na empacotadora é possível reduzir drasticamente esse tipo de infestação”, destaca o executivo. A Perfor atua no mercado há quase 14 anos e se tornou referência nacional quando o assunto é checagem de peso. “Priorizamos a precisão de pesagem do produto e para isso acompanhamos as exigências do mercado constantemente. Nossa equipe interna de engenheiros projetou uma placa eletrônica que possibilita maior leitura de amostragem da célula de carga e pode alcançar até 600 pesagens por minuto”, revela Sha Moser, do departamento de marketing da Perfor. Ela acrescenta: “Nossos checkweighers Checkweighers da Perfor podem alcançar até 600 pesagens por minuto

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A Multivac respondeu ao conceito da Indústria 4.0 em um estágio inicial e agora já oferece soluções escaláveis que ​​ permitem que o processo de embalagem seja estruturado de forma ainda mais eficiente, mantendo um alto nível de flexibilidade


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Digitalização A digitalização ganhou importância na indústria de máquinas para embalagens para aumentar a eficiência e produtividade. Segundo Teschner, a Multivac respondeu ao conceito da Indústria 4.0 em um estágio inicial e agora já oferece soluções escaláveis ​​que permitem que o processo de embalagem seja estruturado de forma ainda mais eficiente, mantendo um alto nível de flexibilidade.

Sha Moser, do departamento de marketing da Perfor

Nossos checkweighers garantem a redução do desperdício na linha de produção, a agilidade do processo produtivo, e a precisão de pesagem das embalagens garantem a redução do desperdício na linha de produção, a agilidade do processo produtivo, e a precisão de pesagem das embalagens”. Mas como em qualquer maquinário, segundo ela, todo o conjunto é essencial para o resultado final e qualidade do processo na linha de produção dos clientes. “Por isso, não podemos deixar de destacar toda estrutura e detalhamento da parte mecânica do equipamento, bem como o software de gerenciamento criado e projetado pelos nossos programadores, que faz toda leitura e relatório conforme necessidade do cliente”, acrescenta Sha. Além disso, a Perfor realiza manutenções preventivas nos equipamentos já instalados, fazendo a calibração e testagem para confirmação da precisão do peso.

Um exemplo é o MULTIVAC Line Control (MLC) – uma unidade de controle de nível superior que coordena os componentes dentro de uma linha de embalagem e monitora todas as etapas individuais em tempo real, oferecendo informações sobre status, localização dos produtos, valores de processo etc. “A avaliação desses dados permite que as empresas otimizem, entre outras coisas, o uso de materiais, coordenem a aquisição de materiais com base nos dados atuais e realizem as medidas de manutenção em tempo útil e sem, ou com um mínimo, impacto na produção”, destaca.


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Com a geração de máquinas termoformadoras X-line, a Multivac auxilia a digitalização de processos de embalamento e soluções da Indústria 4.0 /IoT

Em sua versão mais avançada, a X-Line (Linha X) oferece serviços de controle de processo cada vez mais detalhados, como por exemplo, o OEE, além de um nível muito avançado de autodiagnostico da própria máquina para chamar a manutenção preventiva na hora certa. “Também existe a opção de conectar a máquina com a nuvem para que buscar os melhores parâmetros para cada aplicação e Soluções com estruturas combinadas de papelcartão e plásticos da Multivac

De acordo com o diretor geral, funções e tecnologias como o Multivac Line Control já estão são empregados na indústria de processamento de carne, permitindo que a origem dos produtos seja rastreada em todos os momentos. As máquinas de embalagem com sistemas de controle inteli-

gente também podem ser extremamente valiosas em empresas que processam produtos lácteos. “Isso ocorre porque o curto prazo de validade das matériasprimas, as altas demandas de higiene e rastreabilidade, bem como a mudança de tamanhos e designs de embalagens, todos apresentam desafios centrais para os procedimentos de embalagem neste setor. Isso permite que a fábrica inteligente autoorganizada consiga implementar uma produção e embalagem altamente variada, específica para o cliente e individualizada, usando recursos distribuídos e possivelmente heterogêneos, em condições estruturais variáveis”. Além disso, a interface homemmáquina Multivac HMI 2.0 não só simplifica o controle da máquina durante a manutenção, mas também na operação diária. “A interface ergonômica de usuário permite que linhas de embalagem completas sejam controladas usando um único

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se aperfeiçoe, utilizando-se de Inteligência Artificial”, revela.

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terminal - usando uma tela sensível ao toque. Isso significa que todos os funcionários podem controlar sistemas complexos, mesmo sem treinamento específico”. Com uma plataforma baseada em nuvem, a Indumak está em fase final de desenvolvimento (fase de testes em campo) de uma interface que possibilita visualização dos dados produtivos de máquina a partir de qualquer dispositivo conectado à internet através de um navegador, de maneira similar ao acesso a um site. Segundo Schmidt, todo acesso é protegido por usuário e senha exclusivo, além de toda a segurança digital de armazenagem de dados. ”Com base nos dados coletados e apresentados em forma gráfica, fica fácil a interpretação da informação, que apoia perfeitamente o gestor na tomada de decisão. O acesso é rápido, fácil e a leitura das informações são intuitivas. A Indumak, em seu plano de negócio para este produto, prevê também a geração de relatórios mensais de análise dos dados, realizada por especialistas no chão de fábrica para envio ao gestor da produção”, informa o diretor comercial. A tecnologia veio para agregar ainda mais segurança e agilidade no dia-a-dia, e para a Perfor não seria diferente. “Estamos adaptando nosso software de gerenciamento para versões web e mobile para que nossos clientes tenham acesso remoto e em qualquer lugar à linha de produção. Assim, o colaborador poderá acompanhar mesmo que de longe, os índices da produção, conforme turno, dias, semanas etc”, afirma Sha.

Sustentabilidade Com o compromisso de obter soluções sustentáveis para desafios globais, a Multivac, há anos pratica uma estratégia integral de sustentabilidade e foi a única empresa do setor que participou da iniciativa da Bloomberg em parceria com a ONU chamada 50 Sustainability and Climate Leaders” (50 Líderes em Sustentabilidade e Clima). Há bastante tempo a Multivac trabalha com metas ousadas de redução de consumo de energia elétrica, de ar comprimido e de água de resfriamento em suas máquinas. “Além disso, já oferecemos ao mercado soluções com filmes menos espessos, embalagens monocamadas e estruturas combinadas de papelcartão e plásticos. A redução de resíduos de corte e flange de vedação também já é uma realidade em nossas soluções mais modernas e sustentáveis”, destaca. Tem-se percebido um aumento na busca de materiais monocamadas (retorno para esta estrutura) para atender o requisito de facilitar a reciclagem do material. “Claro que essa estrutura de monocamada tem suas peculiaridades para atender às barreiras necessárias para cada produto”, afirma Schmidt. “No entanto, é um movimento conjunto entre empacotadores, transformadores e fabricantes das resinas. Para as máquinas empacotadoras poucas são as alterações necessárias, e vibramos com este movimento na direção da reutilização dos materiais”, acrescenta. “A embalagem flexível tem um valor imensurável na logística

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Gelson Renato Schmidt, diretor comercial da Indumak

Os pacotes que utilizam microfuros são mais resistentes à contaminação por caruncho. Com um dispositivo de microfuros instalado na empacotadora é possível reduzir drasticamente esse tipo de infestação reversa, que cumpre o seu papel de armazenar e proteger produtos, e se descartado de forma correta, retorna para a fase inicial como nova matéria-prima. Um ciclo de vida do início ao início, e não do início ao fim”.

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design de embalagem

PERSONAGENS DIVERTIDOS E AUTÊNTICOS TRADUZEM MIADOS E LATIDOS Design das embalagens traduz os valores de Cafuné, primeira marca do mercado de pet care da Unilever, que ressignifica o cuidado com cães e gatos

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design de embalagem

“Estudando a fundo esse mercado, encontramos a necessidade de oferecer algo raro no mercado de Pet Care no Brasil, produtos que respeitam os animais em sua essência. Queremos ressignificar o cuidado, fazendo com que eles se sintam confortáveis na sua pele e na sua casa, afinal o bem-estar dos cães e gatos é prioridade para a marca Cafuné. Somos apaixonados por cuidar de animais, por isso, traduzimos seus miados e latidos para ajudar seus tutores a retribuir todo o amor incondicional que recebem dos membros mais brincalhões da família. Sempre do jeito mais saudável e sustentável, com o menor impacto possível ao meio ambiente e criando momentos mais felizes e divertidos”, conta Eduardo Campanella, VP de marketing da Unilever.

Cafuné assinado pela Usina de Desenho utiliza letras com alternativas estilísticas que dá um movimento visual ao texto e traz o conceito divertido. Além disso, o esquema de cores no fundo do logo Cafuné segue o mesmo tom adotado na linha de produtos, por exemplo, os itens para o cuidado com o pet são na cor vinho e os itens para limpeza da casa são com o fundo azul.

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uem tem um pet em casa sabe a alegria que eles trazem para a vida. Eles são filhos peludos tratados com mimos e cuidados especiais. Chega ao mercado um lançamento da Unilever que ressignifica o cuidado com cães e gatos. Cafuné é a primeira marca do mercado de Pet Care com produtos que trazem em sua composição extratos naturais, livres de parabenos e corantes ou silicones e ainda oferecem opções sem fragrância. São recomendados por veterinários, trazem o selo PETA e embalagens sustentáveis.

O conceito gráfico do design das embalagens de

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design de embalagem suaves com extratos naturais ou ainda opções sem fragrância.

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O desinfetante de 1l rende até 16,5l de solução. Os produtos para a limpeza da casa, como os desinfetantes, podem ser encontrados com 500ml (versão prática com gatilho), 1l ou 5l. O aromatizador de ambiente comporta 500ml. “Os itens de 5l foram desenvolvidos para profissionais de banho e tosa, como banhistas e groomers ou tosadores”, informa Figueiredo. Os elementos gráficos trazem os quatro personagens que participam ativamente na linguagem visual, interagem com as formas gráficas e elementos em destaque, reforçando que os pets são os personagens principais para a marca. “Para Cafuné, o pet está no centro das decisões, respeitamos a essência deles. Além disso, são esses personagens que traduzem os miados e latidos do nosso público pet. A representatividade de uma gata e quatro cachorros sem raça definida e de personalidades diferentes é uma forma de acolher as particularidades de todos os cães e gatos”, explica Teo Figueiredo, diretor de novos negócios da Unilever . Todos os elementos gráficos das embalagens refletem os valores da marca (cuidado, autenticidade, sustentabilidade e inclusividade). “Entregamos soluções e produtos com extratos naturais, livre de parabenos, corantes ou silicones, tudo para que os pets se sintam livres e saudáveis. Tudo isso reflete nas ilustrações de traços únicos, com muita personalidade e fonte divertida das letras. Além disso, acreditamos que pets

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bem cuidados são aqueles que, antes de tudo, podem ser eles mesmos, portanto, são ilustrações divertidas e autênticas de personagens sem raça definida, reforçando mais uma vez que os produtos foram desenvolvidos para todos os cães e gatos, sem exceção”, ressalta Figueiredo. Além de traduzir miados e latidos em linhas pensadas no bem-estar do próprio animal, Cafuné faz o seu melhor para ajudar os tutores a lidar com os seus dilemas de forma descomplicada. Figueiredo explica: “Por isso, desenvolvemos as tampas das embalagens do xampu, condicionador e lavalouças Cafuné no formato de disco. Basta pressionar a metade dele para abrir e fechar. É uma tampa que evita desperdício de produto, é prática e reciclável”. Os xampus e condicionadores estão disponíveis em 300 ml e 5l. As embalagens dos limpa pisos e desinfetantes facilitam a diluição do produto. Os dois limpa pisos de 900 ml rendem até 30l de solução para limpeza, com tecnologia que combate o mau odor, não precisam de enxágue e contêm fragrâncias

Embalagens sustentáveis “Outro ponto muito importante é a nossa responsabilidade em tudo que fazemos, sempre buscando causar o menor impacto possível no planeta com os frascos e embalagens dos nossos produtos”, afirma o diretor de novos negócios da Unilever. O PE verde é utilizado somente na embalagem do granulado sanitário. “Temos outros produtos com embalagens sustentáveis, como nossos frascos de 300ml, 500ml e 1L feitos com plástico 100% reciclado e recicláveis, e demais embalagens que apesar de não serem feitas de plástico reciclado podem ser recicladas”, afirma o executivo. A Cafuné também utiliza rotulagem ambiental para facilitar o descarte da embalagem para a reciclagem. “Nos frascos, sinalizamos quando são feitas de plástico 100% reciclado e são recicláveis. E na embalagem do granulado sanitário, por exemplo, sinalizamos que é feita de plástico verde e que a composição do produto é 100% de ingredientes de origem natural e renovável”, revela.



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especial Tetra Pak

Embalagem cumpre papel fundamental para garantir a segurança alimentar

COMO A PANDEMIA MUDOU OS HÁBITOS DE CONSUMO E O PAPEL DA EMBALAGEM Estudo realizado pela Tetra Pak aponta que 62% dos brasileiros acreditam que ser saudável é se manter seguro. O consumidor brasileiro espera que as marcas priorizem o fornecimento de alimentos para todas as pessoas e a redução do desperdício de comida

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ara atravessar um período de turbulência com menos impactos negativos, as empresas devem perceber as mudanças no comportamento dos consumidores e as suas necessidades. É necessário enxergar as oportunidades. A pandemia de Covid-19 impactou o consumo de alimentos e bebidas, segundo a pesquisa anual de consumo global “Tetra Pak Index: Covid-19 e o dilema entre segurança do alimento e meio ambiente”. Realizado pela Tetra Pak em parceria com o Instituto Ipsos, o estudo feito nos principais mercados da companhia – Austrália, Brasil, China, França, Índia, Nigéria,


especial Tetra Pak

Como a covid-19 influenciou comportamentos

Paquistão, Rússia e Estados Unidos - mostra que com a crise do novo coronavírus muitos consumidores valorizaram ainda mais a importância da alimentação para a manutenção de uma vida saudável. No Brasil, 62% dos entrevistados concordam com a afirmação “ser saudável é se manter seguro”. E como “saudável” os entrevistados entendem o uso de ingredientes naturais (51%), alta prevalência de nutrientes (36%) e ausência de conservantes na formulação do produto (36%). “A preocupação com uma alimentação equilibrada já era uma realidade, mas ficou ainda mais relevante depois da pandemia. Além das medidas de distanciamento social e higienização, o consumidor tem atribuído à alimentação uma forma de fortalecer o seu sistema imunológico e assim se sentir mais protegido”, explica Vivian Haag Leite, diretora de marketing da Tetra Pak Brasil. A pandemia também aumentou a preocupação dos consumidores com questões como segurança alimentar e higiene. 68% dos entrevistados em todo o mundo acreditam que a segurança do alimento é uma preocupação central para a sociedade. A embalagem cumpre papel fundamental para garantir a segurança dos alimentos. Em particular, os consumidores acreditam que a embalagem deve garantir que o produto esteja livre de contaminação

Gatilhos

Reações

Conscientização sobre o vírus

Aumento da demanda de produtos de saúde preventivos

Incerteza sobre o futuro

Senso de responsabilidade pela segurança alimentar futura

Forte foco na higiene

Embalagem lacrada, segura e à prova de adulteração é um critério crescente

Estudos mostram que a taxa de sobrevivência do vírus varia em diferentes superfícies de embalagem

Mais consciência acerca das embalagens das compras Ocasiões de consumo:

Quarentena imposta

• Lanches o dia todo • Indulgência • Mais comida caseira

O produto é considerado inseguro para consumo se 70%

Cheira mal

67%

A data de validade expirou

62%

A tampa está quebrada/solta

58%

A embalagem está danificada A embalagem está suja

45%

O produto está turvo

45%

Não é possível reconhecer um fecho claramente

43%

A origem é incerta

39%

O material da embalagem não parece seguro A descrição do produto não está completa ou visível Não há informação disponível sobre o processo de produção

39% 38% 35%

O que os consumidores mais valorizam em uma embalagem A embalagem assegura que o produto não está contaminado

71% 70%

Protege bem o produto A embalagem mantém o frescor do produto ao longo do tempo

68% 67%

Higiene

50%

Uma vez fechada, fica selada e não vaza

42%

Fácil identificar se já foi aberta

41%

Reciclável Feita de materiais recicláveis ou renováveis Embalagem propicia longa vida na prateleira Fácil de esvaziar completamente para evitar desperdício

33%

Tem selos ambientais que valorizo

33%

39% 38%

Fonte: Tetra Pak Index: Covid-19 e o dilema entre segurança do alimento e meio ambiente e Ipsos

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especial Tetra Pak

Com Realidade Aumentada nas embalagens de suco, Tetra Pak destaca a vantagem da tecnologia por trás das caixinhas que preservam os nutrientes e dispensam conservantes

(71%) e bem protegido (70%). A data de validade é considerada um sinal vital de segurança do alimento. Para 67% dos consumidores, um produto pode ser inseguro para consumir uma vez que esta data tenha vencido. Uma tampa é importante para os consumidores, com metade dizendo que se sente tranquilizada se um produto tiver uma. Além disso, 58% citam que garantir que uma embalagem seja mantida bem fechada após a abertura ajuda a manter os alimentos seguros – demonstrando ainda mais a importância de uma tampa que

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possa abrir e fechar múltiplas vezes. Em 2020, 75% de todas as embalagens para leite da Tetra Pak Brasil foram produzidas com tampas.

confiar nas informações fornecidas ou asseguradas por uma marca confiável.

Segundo o estudo, os grupos mais jovens são mais sensíveis a marcas desconhecidas, prazos de validade curtos e falta de informação sobre processos de produção. Consumidores mais velhos são mais sensíveis ao produto cheirando mal, com aparência turva, a tampa quebrada ou insegura, sugerindo que eles estão mais preparados para verificar e medir por si mesmos a segurança do produto em vez de

Outra questão importante destacada neste período de transformações é o desperdício de alimentos. Globalmente, 70% dos consumidores têm a expectativa de encontrar soluções inovadoras, que protejam o alimento por mais tempo e mantenham seu valor nutricional, reduzindo perdas. Uma segunda escolha mais popular está relacionada ao armazenamento dos alimentos, em que 66% do público entende

Desperdício de alimentos


como relevante embalagens apresentarem datas de validade inteligentes para sinalizar se o produto está seguro para o consumo. Os consumidores passaram a ter mais consciência sobre os impactos do desperdício de alimentos ao perceber como a pandemia afetou as cadeias de abastecimento e como o tema está ligado à sustentabilidade ambiental. Segundo estudo realizado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)² um terço dos alimentos produzidos para consumo humano vai para o lixo. Perda e desperdício de alimentos em países industrializados são tão altos quanto nos países em desenvolvimento, mas sua distribuição é diferente. Em países em desenvolvimento, mais de 40% das perdas de alimentos acontecem após a colheita e durante o processamento. Na União Europeia, as famílias geram mais da metade do total do desperdício (47 milhões de toneladas) com 70% da perda originada nas residências, restaurantes e varejo. Neste contexto, e como forma de despertar a necessidade de um reequilíbrio entre comida produzida e consumida, 2020 foi o ano em que a ONU passou a promover o Dia Internacional de Conscientização Anual de Perda e Desperdício Alimentar, celebrado pela primeira vez no último dia 29 de setembro. “Nos resultados da pesquisa, tanto a preocupação com os prejuízos do desperdício, quanto com a forma de tratamento de resíduos de alimentos

ganham relevância entre os consumidores, que buscam pela transparência das empresas fabricantes. É um movimento importante e muito positivo para a sustentabilidade do ciclo de consumo”, pondera Vivian.

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especial Tetra Pak

Sustentabilidade Simultaneamente, a preocupação com o meio ambiente permanece forte. A edição anterior do estudo Tetra Pak Index, publicado em 2019, já revelava uma maior preocupação do consumidor com questões ambientais. Agora, esse mesmo indivíduo está mais crítico e credita às marcas a responsabilidade por oferecer embalagens capazes de proteger e garantir a segurança do alimento ao mesmo tempo em que trabalhem com materiais ambientalmente responsáveis. Os consumidores veem o uso de embalagens sustentáveis como prioridade para as Empresas (52%), assim como melhorar a segurança do alimento (53%). Eles acreditam ainda mais fortemente que a responsabilidade dos fabricantes se estende ao pós-consumo. “A questão da sustentabilidade é mais forte no Brasil em comparação ao resto do mundo. Para 58% dos brasileiros, as embalagens sustentáveis têm que ser prioridade para as marcas”, revela Vivian. Dentre as cinco questões que devem ser priorizadas pelas marcas, os brasileiros mencionam a produção de embalagens sustentáveis (58%); a produção de alimentos de forma sustentável (46%); o fornecimento de alimentos para todas as

Vivian Haag Leite, diretora de marketing da Tetra Pak Brasil

pessoas (44%); e a redução do desperdício de comida (40%); a necessidade de elevar a segurança de alimentos (38%). Frente às mudanças demandadas pelo mercado consumidor, a Tetra Pak tem trabalhado junto a diferentes parceiros e stakeholders a fim de desenvolver uma embalagem que seja composta unicamente de materiais obtidos de fontes renováveis, capaz de eliminar a emissão de carbono em seu processo de fabricação e que mantenha a sua característica de ser inteiramente reciclável. A utilização de materiais reciclados nas embalagens também é uma possibilidade avaliada pela empresa. “No Japão, já está em desenvolvimento uma embalagem

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especial Tetra Pak cartonada sem camada de alumínio. É uma solução para o futuro”, afirma Vivian.

Rastreabilidade e Interatividade Ainda segundo o estudo, mais da metade dos brasileiros (56%) tem interesse em saber como alimentos e bebidas são produzidos, o que abre espaço para formatos de comunicação na própria embalagem que deem mais transparência sobre a origem do produto. No Brasil, a Tetra Pak tem conversado com diferentes parceiros e clientes a fim de desenvolver projetos de rastreabilidade de ponta a ponta por meio da embalagem. No setor de laticínios, a empresa já tem parceria com produtor que utiliza a rastreabilidade ativa para monitorar toda a sua cadeia produtiva, da entrada da matéria-prima na fábrica até o envio do produto processado e envasado para o varejo.

Para o consumidor, o principal ganho é a possibilidade de ter mais informações sobre o produto em suas mãos, tornando-o capaz de tomar decisões mais conscientes e alinhadas aos seus valores; para a indústria, a rastreabilidade adiciona uma camada de segurança à produção de alimentos e bebidas, garantindo a entrega de produtos seguros e, quando necessário, agilizando ações de recall. “O uso desta tecnologia só está começando no Brasil. Vejo muito potencial de crescimento”, afirma. Há também oportunidades para transformar embalagens em experiência interativas com os consumidores através da Realidade Aumentada. A tecnologia permite que os consumidores digitalizem um QR Code na embalagem para acessar informações online sobre a procedência do produto, credenciais ambientais e pontos de reciclagem, ou para

acessar conteúdos com engajamento ou outro valor agregado. “A Realidade Aumentada foi utilizada nas embalagens de sucos dos nossos clientes, como Coca-Cola, Maratá e Tial, para destacar que as caixinhas Tetra Pak dispensam o uso de conservantes e preservam os nutrientes das frutas”, revela Vivian. A experiência de realidade aumentada nas embalagens Tetra Pak de Prodiet simplifica a vida de quem usa e administra a dieta enteral. A tecnologia mostra em tempo real como manusear e administrar a dieta de forma segura em casa. Segundo Vivian, o uso da RA nas embalagens do produto aumentou em 30% as vendas. Enquanto os consumidores em alguns mercados têm se mostrado lentos em adotar estes hábitos, isso mudou rapidamente com a era “livre de toque” da Covid-19. Agora, proliferam códigos amplamente utilizados para acessar cardápios digitais em restaurantes, cadastramento em sistemas de rastreamento e assim por diante.

Embalagens com Realidade Aumentada promovem conscientização sobre reciclagem

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Segundo Vivian, o próximo passo é a incorporação do blockchain a esforços de rastreabilidade. Nos Estados Unidos, um grande varejista utilizando a tecnologia conseguiu reduzir de sete dias para 2,2 segundos o tempo necessário para rastrear a origem de um produto. “Em um setor em que a segurança do alimento e a transparência dos dados são essenciais para o consumidor, o blockchain surge com um enorme potencial de transformação”, conclui Vivian.


conveniência e praticidade

SIMPLES USO PARA PROFISSIONAIS E CONSUMIDORES O saco Vedatop facilita o preparo da argamassa, evita o desperdício de material e gera menor quantidade de resíduos

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A

nova embalagem de Vedacit Vedatop foi pensada para trazer simples uso para os profissionais e consumidores na obra. Por ser monocomponente, o saco Vedatop facilita o preparo da argamassa, evita o desperdício de material e é mais sustentável, já que gera menor quantidade de resíduos. Vedacit Vedatop e Vedacit Vedatop Rodapé vêm em sacos de 12kg e o Vedacit Vedatop Flex (disponível com e sem fibras) no de 13,5kg. O grande diferencial do Vedacit Vedatop está na composição monocomponente, pois facilita a dosagem, já que não é necessário o fracionamento como nos produtos bicomponentes, simplificando o controle da quantidade e o preparo da argamassa. Segundo Bruno Pacheco, executivo de marketing da Vedacit, um dos desafios no desenvolvimento da embalagem foi comunicar aos consumidores a proporção de mistura da parte líquida (água) com a parte seca (Vedatop), pois eles estavam habituados com os copos dosadores que formavam o kit e que consequentemente necessitavam de uma caixa para exposição no PDV. “Com a proporção universal, o consumidor é capaz de utilizar nossos produtos na quantidade ideal para a sua obra, já que qualquer frasco pode ser utilizado como dosador desde que o mesmo

seja utilizado para o produto e para a água”. O formato também evita desperdício de material, com menor descarte de embalagens, contribui com a organização na obra, pois pode ser empilhado com facilidade. “A nova embalagem vem com apenas um saco diferente do produto em caixa que possui saco, dosador e caixa. A redução do teor de embalagem do produto é de 88%. Já na questão de redução de plástico, estamos reduzindo 36%. Além da vantagem de o nosso consumidor misturar apenas o necessário para a sua obra e por demãos”, explica o executivo de marketing.

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Caminhos para embalagens melhores em 2021 Assunta Napolitano Camilo* 40

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enho recebido muitas informações de associações, institutos de pesquisas e portais de notícias nacionais e internacionais. Leio, estudo, comparo e reflito sobre estes documentos. Resolvi compartilhar algumas conclusões. Várias grandes empresas donas de marca declararam suas metas de redução de impacto ambiental. A grande maioria definiu metas como: • Ser carbono neutro; e/ou • Usar embalagens 100% reutilizáveis, recicláveis ​​ou compostáveis. A pandemia do coronavírus exacerbou a preocupação de todos com a sustentabilidade ambiental, porém aumentou a utilização de embalagens descartáveis e os sistemas de reciclagem foram interrompidos. A maior conscientização ambiental e de sustentabilidade mostrou que podemos reduzir as emissões de carbono e ver a vida florescer.

1. Reciclagem: A grande questão: as partes interessadas cumprirão suas metas de reciclagem?

Em setembro, a Waste Management publicou um relatório que identifica lacunas no sistema de reciclagem de plásticos. “Traz um pequeno roteiro para 2021”, de acordo com Nina Goodrich, diretora da Sustainable Packaging Coalition e diretora executiva da GreenBlue. Segundo o relatório apenas 30 % do PET é coletado e a maior parte é destinada para fibra. Goodrich questionou: “Como alguém cria um sistema onde há 100% de conteúdo reciclado e reciclabilidade quando você tem mais de um mercado exigindo esse material? “Ou seja: as empresas interessadas terão que realizar um sistema colaborativo entre os setores que contemple todas as partes. Re Cup: copo reutilizável utilizado nos cafés da loja Al Natural na Alemanha

2. Reutilização A Loop está crescendo rapidamente. No ano passado, a TerraCycle concluiu o aumento de capital de US$ 25 milhões para a Loop. A empresa está se movendo para atender restaurantes de serviço rápido, incluindo Burger King, McDonald’s e Tim Hortons em 2021. O Carrefour é o primeiro varejista a oferecer o sistema de reúso, da Loop, na França. E outros 15 varejistas com

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os quais a Loop trabalha estão começando a lançar lojas em seis países, em 2021, de acordo com Tom Szaky, CEO e fundador da TerraCycle. E a Loop é apenas uma das plataformas de embalagem reutilizável que apresenta forte crescimento. A Al Natura, loja alemã de produtos naturais, lançou uma solução de embalagem reutilizável em todos seus cafés: o Re Cup. O cliente pode adquirir um copo reutilizável (produzido a partir de polipropileno reciclado) por 1 euro e 30 centavos. A cada café consumido em seu copo Re Cup, o consumidor ganha um desconto de 30 centavos, ou seja, após quatro cafés ele já pagou seu copo. Ele pode ainda “comprar” a tampa e se o copo estragar pode ser trocado por outro sem qualquer custo extra. A Algramo é um projeto latinoamericano, que nasceu no Chile, e utiliza sistema de compras a granel com embalagens reutilizáveis. Em Santiago, capital do Chile, a empresa ampliou a sua rede de distribuição para mais de 2 mil lojas familiares que atendem mais de 325 mil clientes. O modelo permite que os clientes comprem o quanto quiserem de produtos básicos, como detergente ou arroz - seus parceiros de marca incluem Unilever e Purina. “No começo, eu estava construindo contra as marcas. Percebi que o verdadeiro inimigo

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era a embalagem”, afirmou o cofundador e CEO da Algramo, Jose Manuel Moller Dominguez. Essa frase faz tremer toda a indústria de embalagem e nos remete a considerar o papel da embalagem neste novo contexto. A empresa planeja testar um modelo diferente em Nova York, nos Estados Unidos. As quantidades que as pessoas poderão comprar provavelmente serão menos flexíveis. Os bairros escolhidos para os testes iniciais oferecem potencial de atingir uma comunidade diversificada, tanto em termos de nível de renda quanto de etnia. Muitos novos pilotos de reutilização de embalagens estão surgindo, como a Good Goods, uma startup da cidade de Nova York, que incentiva os clientes a devolver suas garrafas de vinho ao ponto de venda ou para as dezenas de outros projetos relacionados no relatório “Reutilizar - Repensando a embalagem da Ellen MacArthur Foundation. “Estamos em uma era de experimentação e precisamos interrogar continuamente quais são as consequências não intencionais quando você muda de um sistema para outro”, disse Kate Daly, diretora-gerente da Closed Loop Partners. “Nós realmente queremos ter certeza de que as escolhas sustentáveis, como embalagens reutilizáveis, não sejam limitadas

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Algramo utiliza sistema de compras a granel com embalagens reutilizáveis

apenas para pessoas que podem pagar a mais por seus produtos. Também é importante garantir que os reutilizáveis ​​tenham vida útil mais longa e maior taxa de retorno e que sejam recicláveis​​ e recuperáveis ​​no final de sua vida útil”, conclui. No Brasil, algumas empresas têm testado a distribuição de produtos de limpeza através de vans regulares, que percorrem as ruas de alguns bairros para vender a granel. Até porque este serviço sempre existiu de forma informal em várias cidades pequenas e até mesmo na periferia de grandes cidades.

3. Compostáveis ​​ versus alimentos Os biopolímeros e os materiais compostáveis ​​estão rapidamente se tornando uma alternativa às embalagens descartáveis, mas há uma variedade confusa de materiais sendo desenvolvidos.


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Alguns materiais de base biológica, como o bio-PET, não são biodegradáveis. Enquanto isso, outros materiais de base biológica como o PLA (ácido polilático), um polímero natural feito de amido de milho ou cana-de-açúcar, são biodegradáveis, embora não da maneira que um consumidor possa supor que seja. A confusão sobre estes termos é enorme na mente dos consumidores. Pior é a questão de green washing que propositalmente criam. Já que estamos na era de experimentação e precisamos sempre questionar quais são as consequências não intencionais quando você muda de um sistema para outro. Segundo o relatório, as alternativas compostáveis ​​não são uma solução mágica porque não há infraestrutura de recuperação suficiente para recapturar seu valor total com eficiência. No Brasil, aonde poderíamos levar tais embalagens? “ Temos que repensar onde a compostagem é apropriada e onde não é. É uma solução muito boa onde há desperdício de comida”, disse Goodrich. Em resumo, compostar aonde é possível reciclar é desperdício. Embalagens compostáveis onde falta infraestrutura não faz sentido. Devemos esclarecer o que quer dizer cada termo.

4. De quem é a responsabilidade? Nos Estados Unidos, no mês passado, a Flexible Packaging Association (FPA) e a Product Stewardship Association (PSI) divulgaram uma declaração conjunta solicitando a extensão da responsabilidade do produtor

(ERP) no final da vida útil de embalagens flexíveis e papel. O problema: Nos EUA, 40% do lixo doméstico são embalagens e produtos de papel (PPP) - incluindo embalagens plásticas, latas de aço e alumínio, garrafas e potes de vidro, jornais e papelão. No entanto, a taxa de reciclagem de PPP está estagnada em cerca de 50% há quase duas décadas, uma enorme oportunidade perdida de recuperar bilhões de dólares em materiais valiosos. A responsabilidade de gerenciar os resíduos de PPP recai sobre governos municipais e seus contribuintes em um momento em que os orçamentos públicos estão encolhendo. O sistema de reciclagem é subfinanciado, altamente fragmentado e carece de investimentos adequados em infraestrutura. Cada cidade coleta diferentes materiais. Como resultado, cidadãos bem intencionados, confusos, muitas vezes, colocam os itens errados em latas de reciclagem, contaminando o material reciclável. As restrições à importação de materiais recicláveis ​​na China e no Sudeste Asiático exacerbaram as falhas fundamentais dessa abordagem de reciclagem. Muitos municípios foram forçados a limitar os materiais aceitos, aumentar impostos, taxas ou até programas de reciclagem. Os produtores de PPP estão lutando para encontrar material reciclado de qualidade suficiente para cumprir seus compromissos públicos para embalagens com conteúdo reciclado. A solução proposta: As leis de “responsabilidade estendida do produtor” (EPR)

para PPP fornecem financiamento sustentável para a reciclagem, transferindo a carga de governos e contribuintes para produtores de embalagens e donos de marcas. Essas empresas decidem qual embalagem colocar no mercado em primeiro lugar. Programas de EPR bem projetados exigem taxas moduladas que obrigam os produtores, por meio de incentivos financeiros, a projetar seu PPP para ser reciclável, conservar materiais e incorporar conteúdo reciclado em novos PPP. “Com este acordo, as empresas membros da FPA e os governos, empresas e organizações membros da PSI iniciaram juntos um caminho para fornecer alívio fiscal para os municípios, enquanto corrigem e expandem o sistema americano de reutilização e reciclagem”, disse Scott Cassel, executivo-chefe da PSI oficial e fundador. Notavelmente, a FPA não foi a única associação da indústria a intensificar a responsabilidade estendida do produtor. A Parceria de Reciclagem lançou “Acelerando a Reciclagem”, uma proposta que define as taxas que as marcas e produtores de embalagens pagariam para ajudar a financiar a infraestrutura de reciclagem residencial e a educação. Uma taxa de descarte proposta por tonelada poderia ser exigida em aterros, incineradores e usinas de transformação de resíduos em energia e a receita seria revertida para os governos locais destinarem para programas de reciclagem. Por toda a Europa e Canadá, os programas EPR para embalagens aumentaram as taxas de recuperação, reduziram a confusão e a contaminação,

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fortaleceram a infraestrutura de reciclagem e criaram mercados para o material reciclado. Na Europa, onde o EPR foi estabelecido há décadas, países têm taxas de reciclagem de PPP acima de 70% e até de 80%. Enquanto isso, no Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é sempre protelada e anda a passos lentos. Falta priorizar esta questão. É preciso começar pela educação ambiental da sociedade; capacitar as cooperativas e o poder público que pouco conhece realmente tecnicamente.

5. A questão da segurança alimentar A Amazon, Whole Foods, Trader Joe’s e a Ahold Delhaize anunciaram a proibição de certos produtos químicos tóxicos e plásticos em embalagem de alimentos. As novas restrições se aplicam aos produtos da marca Amazon Kitchen, mas não a outros materiais de contato com alimentos, como pratos descartáveis. Da mesma forma, nos produtos da linha 365 da Whole Foods, entre outras marcas destes varejistas. “As iniciativas da Amazon enviam um forte sinal às cadeias de supermercados de que elas precisam agir em conjunto para evitar os mesmos produtos que preocupam os cientistas”, diz Mike Schade, diretor de campanha da Safer Chemicals e Famílias saudáveis. “Nós realmente vemos um senso de urgência em torno dessas

questões. A produção de plástico continua e mais materiais são descartados em aterros. E não somos capazes de recapturar esses materiais como um recurso valioso”. Schade tem visto uma atenção por parte de varejistas e cadeias de fast food, como o Sweet Green, não apenas para proibir os produtos químicos específicos, mas também restringir classes de produtos químicos. Atenção aos produtos tóxicos é crítica, como destacou um relatório sobre os impactos na saúde de produtos químicos como os desreguladores endócrinos encontrados em embalagens e outros materiais plásticos. O bisfenol A, ftalatos, substâncias per- e polifluoroalquílicas (PFAS) e dioxinas estão entre os produtos químicos que afetam os sistemas hormonais do corpo e podem causar câncer, diabetes e distúrbios reprodutivos e prejudicar o desenvolvimento do cérebro das crianças. Pior: esses produtos químicos são apenas a “ponta do iceberg tóxico”.

6) 2021 e além Muito trabalho se faz necessário em 2021 e além para promover uma economia circular. O termo “lixo” é apenas uma forma errada de tratar o resíduo. É primordial resgatar o valor destes materiais já utilizados. Estabelecer a reciclagem como prioridade a partir de educação ambiental. A economia circular vai promover limpeza do ambiente, poupar recursos e gerar oportunidade de trabalho e renda para tantas pessoas que estão marginalizadas. Saúde e segurança alimentar deverão andar em paralelo. Se conseguirmos trilhar os pontos levantados, com certeza teremos embalagens mais saudáveis, seguras, com maior quantidade de material reciclado em sua composição. Evitaremos que mais recursos sejam extraídos e continuem esgotando o planeta. Pouparemos alimentos para mais pessoas. Assim, teremos: Embalagens melhores para um mundo melhor.

Fontes consultadas: GreenBiz, Sustainable Packaging Coalition, Algramo, Loop, Inbev, GreenBlue, Waste Management, Terracycle, FPA, PSI, P&G, Unilever, AB-Inbev, Instituto de Embalagens, Abipet, Abiplast e Cempre. *Assunta Napolitano Camilo: Diretora da FuturePack – Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens – Ensino & Pesquisa. Articulista, professora e palestrante internacional de embalagens. Recebeu diversos prêmios, entre eles o de Profissional do Ano e o de Melhor Embalagem do Ano. Coordenadora dos livros: Embalagens Flexíveis; Embalagens de Papelcartão; Guia de embalagens para produtos orgânicos; Embalagens: Design, Materiais, Processos, Máquinas & Sustentabilidade, entre outros. Diretora do Kit de Referências de Embalagens e da coleção Better Packaging. Better World.

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LEITURA

Guia do Ital sobre embalagens para a indústria farmacêutica Publicação de órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP leva em consideração farmacopeias brasileira e americana

A

publicação digital “Embalagens: Guia básico para o profissional da Indústria Farmacêutica “ acaba de ser lançada pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, abordando função da embalagem, sua classificação, tipos de materiais, requerimentos, estudos de estabilidade e metodologias de ensaio para avaliação dos efeitos de transporte. “Levamos em consideração alguns requisitos exigidos pelas farmacopeias brasileira e americana, que são as referências mais comumente seguidas para avaliação das embalagens em contato com produtos farmacêuticos e/ou soluções parenterais”, ressalta a pesquisadora do Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea) do Ital Daniele Fidelis Borges, uma das autoras do guia, recomendado para profissionais da

área farmacêutica, para especialistas em embalagens e para quem atua no controle, desenvolvimento e/ou especificação de embalagens. Também são autores os pesquisadores Daniela Menegueli, Gustavo Moraes, Leandro Konatu, Leda Coltro, Paula Bócoli, Paulo Kiyataka e Raquel Souza. Já a revisão técnica é de Léa Oliveira, que contou com contribuição dos pesquisadores Aline Lemos, Fiorella Dantas, Rosa Alves, Sandra Jaime e Tiago Dantas.

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