Revista Pack Digital 239

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Inovação e sustentabilidade mobilizam as iniciativas da indústria de embalagens plásticas www.pack.com.br EMBALAGEM TECNOLOGIA DESIGN INOVAÇÃO ANO•17 2022 239 R$ 15,00
Para Edison Terra, da Braskem, é impossível pensar o mundo moderno sem o plástico. O grande desafio é o resíduo e isso será equacionado nos próximos anos eSpeCIaL asembalagenspodemexercer papelfundamentalno combateglobalàfome página34

AGORA VOCÊ SEMPRE VAI SABER QUANDO A EMBALAGEM É RECICLÁVEL: CHEGOU O SELO FINEPACK PARA EMBALAGENS 100% MONOMATERIAL

Pensar no futuro é investir em uma tecnologia que atende as necessidades das pessoas sem deixar de lado a preocupação com o meio ambiente. Porque ser sustentável é reforçar a importância em ser circular. E é esse o papel do novo selo de Finepack: incentivar o descarte correto de embalagens pós-consumo e simplicar os processos de reciclagem ao utilizar tecnologia monomaterial, feita para fechar o ciclo do plástico. Assim, é possível evitar o desperdício e promover uma conscientização coletiva, proporcionando uma forma de consumo melhor para a sociedade e para o planeta.

WWW.FINEPACK.COM.BR

SoluçõeS com oS olhoS no futuro

A

indústria de embala gens enfrenta vários desafios, como redução de impacto ambiental, perspectivas de gran des transformações nos produtos e no modelo de negócio que não serve mais. A embalagem está na vida de todos nós há bastante tempo, democratizando o consumo. Ela acondiciona e protege os produtos para manter a sua integridade, mesmo nos mais distantes e atribulados trajetos, até chegar aos consumidores. Esses atributos indispensáveis à vida moderna promovem conveniência e praticidade no consumo. Com as discussões ambientais cada vez mais presentes no dia a dia, a embalagem ganhou os holofotes, principalmente, a plástica. Passou a ser rotulada como vilã do meio ambiente porque nos acostu mamos à cultura do descarte. E, agora, é preciso mudar. É preciso mudar o mindset e adotar a economia circular com os olhos no futuro do setor e do planeta.

Nesta edição, o foco editorial é a indús tria de embalagens plásticas e como ela está colaborando para a preservação do meio ambiente. Quais são as iniciativas e estratégicas para tal?

A questão da sustentabilidade tam bém norteia a entrevista com Edison Terra, vice-presidente de Olefinas e Poliolefinas da Braskem na América do Sul, que destaca soluções e prá ticas endereçadas para o futuro da embalagem plástica.

Temos ainda um artigo de Guilherme Brammer, fundador da Boomera, que ajuda muitas empresas a transformar a sua forma de produção em um modelo circular. Ele esteve no Fórum de Davos e traz a sua visão e lições para o Brasil.

O que importa agora é que nossas es colhas como consumidores e líderes de indústrias têm impacto no meio am biente. É preciso construir e ressignificar a nossa relação com a embalagem.

Até a próxima edição!

carta ao leitor
Margaret Hayasaki
editora chefe margaret.hayasaki@gmail.com

EntrEvista

EntrEvista

rEportagEm

4 Editora B2B sumário 12
Edison Terra, vice-presidente de Olefinas e Poliolefinas da Braskem na América do Sul, destaca soluções que endereçam o futuro da embalagem plástica e o desenvolvimento da economia circular 22
A indústria de embalagens plásticas tem avançado para transformar o seu modelo de negócio a favor da sustentabilidade 34 EspEcial Tecnologias em embalagens reduzem o desperdício, facilitam o transporte e aumentam o shelf-life do produto 239 ANO•17 2022 EMBALAGEM TECNOLOGIA DESIGN INOVAÇÃO Foto: Divulgação Foto: Divulgação Foto: Marcelo Scandaroli Foto: Divulgação 12
Edison Terra, vicepresidente de Olefinas e Poliolefinas da Braskem na América do Sul 22 rEportagEm Setor plástico promove iniciativas para preservar o meio ambiente SEÇÕES 6 AgEndA 7 PAck onlinE 8 notíciAS 10 VAiVém do mErcAdo 18 AtuAlidAdES 21 conVEniênciA E PrAticidAdE 32 dESign dE EmbAl AgEm 38 dirEto dA gôndol A 39 lEiturA 40 SuStEntAbilidAdE 42 Artigo: minHA idA artigo: minha ida à davos Guilherme Brammer, CEO da Boomera Ambipar Aprendizados e tendências em economia circular no Fórum Econômico Mundial 42 à dAVoS

feiras no brasil

dAtA FEirA locAl contAto

21 e 22 de setembro de 2022 in-cosmetics latin america Expo Center Norte –São Paulo - SP www.incosmetics.com

07 a 11 de novembro de 2022 movimat

27 a 31 de março de 2023 plástico Brasil

11 a 13 de abril de 2023 anufood Brazil

13 a 15 de junho de 2023 FcE cosmetique

13 a 15 de junho de 2023 FcE pharma

feiras no eXTerior

São Paulo Expo –São Paulo - SP www.expomovimat.com.br

São Paulo Expo –São Paulo - SP www.plasticobrasil.com.br

Distrito Anhembi –São Paulo - SP www.anufoodbrazil.com.br

São Paulo Expo –São Paulo - SP www.talkscience.com.br/ fce-cosmetique

São Paulo Expo –São Paulo - SP www.talkscience.com.br/fcepharma

dAtA FEirA locAl contAto

12 a 14 de outubro de 2022 tokyo pack Tokyo Big Sight –Tóquio - Japão www.tokyo-pack.jp/en/

15 a 19 de outubro de 2022 sial

Paris Nord VillePinte –Paris - França www.sialparis.com

23 a 26 de outubro de 2022 pack Expo international McCormick Place –Chicago - Estados Unidos www.packexpointernational.com

23 a 26 de novembro de 2022 all 4 pack paris Paris Nord VillePinte –Paris - França www.all4pack.com

Revista Pack quer conhecer a opinião

nossos leitores. Sua opinião é muito importante para a contínua melhoria da qualidade editorial. Escreva para nós, opinando sobre as entrevistas, reportagens e os artigos. Critique ou dê sugestões de pautas.

PUBLISHER: Fernando Lopes

EDITORA CHEFE: Margaret Hayasaki margaret.hayasaki@gmail.com

ASSESSORA TÉCNICA: Assunta Napolitano Camilo (FuturePack) assunta@futurepack.com.br

PROJETO GRÁFICO: Editora B2B

PRODUÇÃO: Luciano Tavares de Lima (gerente) produção@banas.com.br

DESIGNER: Ana Claudia Martins editoracaopack@gmail.com

CAPA: Ana Claudia Martins

FOTO DA CAPA: Marcelo Scandaroli

CONSELHO EDITORIAL

Assunta Camilo Napolitano, diretora da FuturePack e do Instituto de Embalagens – Eduardo Tadashi Yugue, gerente de embalagens da Nestlé Brasil – Geraldo Cardoso Guitti, diretor do Conselho Administrativo da Refrigerantes Convenção – Iorley Correia Lisboa, gerente P&D e Inovação de Embalagens – Marcas Exclusivas do Walmart Brasil – João Batista Ferreira, CEO da J2B Innovation to Business –Lincoln Seragini, presidente da Seragini Design – e Luis Fernando Madi, Diretor Geral do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL)

COMERCIAL

Rajah Chahine rajahchahine14@gmail.com Tel.: (11) 3722-0956

Nilton Feitosa nilton.feitosa@nvcon.com.br

Executivos de Negócios – São Paulo – Interior

Aqueropita Intermediações de Negócios Ltda. Contato: Aparecida A. Stefani Tel.: (16) 3413-2336 – Cel.: (11) 9647-0044 aparecida.stefani@banas.com.br

Rio de Janeiro

Art Comunicação S/C Ltda. Contato: Francisco Neves Rua Des. João Claudino Oliveira e Cruz, 50 – cj. 607 –CEP 22793-071 – Rio de Janeiro-RJ Tels.: (21) 2269-7760 – (11) 9943-5530 – Fax: (21) 3899-1274 banasrj@uol.com.br

REPRESENTANTE INTERNACIONAL

ARGENTINA

15 de Noviembre 2547 – C1261 AAO –Capital Federal – Republica Argentina

Tel.: (54-11) 4943-8500 – Fax y Mensajes: (54-11) 4943-8540 www.edigarnet.com

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IMPRESSÃO: Printexpress

CIRCULAÇÃO NACIONAL: Tiragem – 10 000 exemplares PERIODICIDADE: ANUAL Nº Avulso: R$ 15,00

6 Editora B2B c artas &E-mails agenda E-mail redacao@pack.com.br para sE corrEspondEr com a rEdaÇÃo E nd. rua dos três irmãos, 771 Jardim Progredior – São Paulo-SP – cEP 05615-190 TELEFONE: (11) 3722-0956
EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO Filiada à É permitida a divulgação das informações contidas na revista desde que citada a fonte. PACK reserva-se o direito de publicar somente informações que considerar relevantes e do interesse dos leitores da revista. ÊM O ANAT C D M D S GM AD 8 C EGORIAREV TA S GMENTADA B2B
PACK – EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO é uma publicação mensal da Editora B2B. A PACK é dirigida aos profissionais que ocupam cargos técnicos, de direção, gerência e supervisão em empresas fornecedoras, convertedoras e usuárias de embalagens, bem como prestadores de serviços relacionados à logística, design e todos os processos relacionados a indústrias de embalagem. A
dos

Ambev destina uma tonelada de plástico à C&A para produção de manequins mais sustentáveis

Por que não transformar garrafeiras em manequins?

Essa ideia foi tirada do papel e concretizada a partir da parceria firmada entre Ambev e a C&A Brasil. As empresas se uniram para dar um novo destino sustentável o plástico utilizado em engradados e, assim, impulsionar a circularidade de plástico reciclável.

Onde achar? https://www.pack.com.br/post/ambev-destina-uma-tonelada-de-pl%C3%A1sti co-%C3%A0-c-a-para-produ%C3%A7%C3%A3o-de-manequins-mais-sustent%C3%A1veis

Café em lata: tendência Cold Brew chega ao Brasil

Quando as empresas se comportam com sustentabilidade, não é apenas a sociedade que se beneficia – isso também pode ajudar a trazer novos negócios. Stefaan Kennis, diretor de estratégia, inteligência de mercado e sustentabilidade da TOMRA Food, explica por que - e como as tecnologias podem facilitar isso.

Onde achar? https://www.pack.com.br/post/destaque-na-sele%C3%A7%C3%A3ode-alimentos-por-que-a-ind%C3%BAstria-aliment%C3%ADcia-precisa-pensarem-sustentabilidade

Invenção japonesa muito apreciada na Ásia, o café em lata vem ganhando espaços na Europa e América do Norte nos últimos anos e chega agora ao Brasil com o lançamento da Moose Cold Brew: uma bebida de café extraída a frio em um processo de fabricação artesanal.

Onde achar? https://www.pack.com.br/post/caf%C3%A9-em-lata-tend%C3%AAnciacold-brew-chega-ao-brasil

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1Liza e Pomarola vestem rosa para

sobre câncer de mama

2Ambev aposta em inovação para incentivar consumo moderado antes e depois do primeiro gole

DuPont apresenta tecnologias de filtragem e proteção individual na Rio Oil & Gas 2022

Ranking nacional destaca Plena Alimentos como a segunda maior empresa de Minas Gerais

Suzano e Fundação Banco do Brasil firmam parceria para impulsionar produção de mel

Confira a lista das notícias mais acessadas no site e as leia na íntegra!

7Editora B2B www.pack.com.br nline toda quinzena, a newsletter entrega no seu e-mail as notícias mais importantes da indústria de embalagens. Cadastre-se no site! Acesse! www.banas.com.br/banasinforma @EditoraB2B /packrevista [Conexão web ] as mais lidas no pack.com.br Onde achar? O site da Pack traz nOticiáriO atualizadO diariamente, artigOs exclusivOs e tudO sObre O mercadO de embalagem. mais: vídeOs, fOtOs e a versãO digital na íntegra da ediçãO dO mês, além das anteriOres! https://www.pack.com.br
conscientização
O NEWSLETTER QUINZENAL DA INDÚSTRIA
Foto: Divulgação Foto: Divulgação Foto: Divulgação
Destaque na seleção de alimentos: Por que a indústria alimentícia precisa pensar em sustentabilidade

Plastiweber recebe certificado euroPeu Por reciclagem de embalagens

O reconhecimento internacional foi dado através do certificado “Processo de Reciclagem”, que autentica a rastreabilidade do plástico, a gestão de qualidade, o cálculo de conteúdo reciclado presente nas embalagens e o desempenho ambiental da empresa

APlastiweber, empresa gaúcha de soluções sustentáveis em plástico, acaba de se tornar a primeira companhia brasi leira a receber uma certificação da RecyClass, iniciativa europeia que valida a cadeia de valor do plástico pré e pós-consumo. O reconhecimento internacional foi dado através do certificado “Processo de Reciclagem”, o qual autentica a rastreabilidade do plástico, a gestão de qualidade, o cálculo de conteúdo reciclado presente nas embalagens e o desempenho ambiental da empresa. Além disso, atesta o alto padrão de prática de reciclagem e de transparência, desde a origem dos resíduos.

Com 25 anos de experiência na produção de plásticos flexíveis, filmes e polímeros reciclados, a Plastiweber oferece uma linha de embalagens secundárias com conteúdo até 100% PCR para apli cações de alto desempenho, atendendo a clientes como Ambev, Unilever, Mars e BRF.

Em nível internacional, a empresa também foi a primeira a contar com a homologação do certificado europeu EuCertPlast, que atesta a rastreabilidade e a qualidade do plástico reciclado produzido por recicladores ao redor do mundo.

Para Moisés Weber, diretor administrativo da Plastiweber, a certi ficação da RecyClass atesta, novamente, a trajetória de eficiência,

sustentabilidade e expertise da empresa na reciclagem de em balagens plásticas. “Estamos muito felizes com esta valida ção, através de uma importante certificação internacional para produtos reciclados. A Plastiweber vê o plástico como uma vida que precisa ser cuidada e defende uma cadeia circular de supri mentos, integrando diversos atores em nosso ecossistema e atendendo às exigências de um mercado consumidor cada vez mais exigente”.

“Hoje, nossa linha de embala gens recicláveis de alta perfor mance é destaque pela sua quali ficação, constância e comprome timento socioambiental, através de certificações e prêmios, inter nacionais e nacionais”.

notícias
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Foto: Divulgação

vaivém do mercado

newage lança choPP hexamalte em embalagem Pet de 1,5 litro

Durante a PACKEXPO

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gora não é mais ne cessário ir até bares e restaurantes para aproveitar aquele chopp gelado. O Chopp Wienbier Hexamalte, lançamento exclusivo da cervejaria NewAge, é o único com uma sele ção de seis maltes que mantém a leveza e refrescância, característi cas indispensáveis da bebida, em uma embalagem PEt de 1,5 litro. Edison Nunes, gerente comercial da NewAge, conta que a bebida foi criada para democratizar o consumo. “depois de dois anos de estudos e testes em nossos laboratórios, chegamos em uma fórmula ideal que favorece as prin cipais características do chopp,com quatro meses de validade. É o produto ideal para ser consumi do em casa, seja no happy hour de sexta ou durante a Copa do Mundo, nossa grande inspiração para o lançamento”.

Nos últimos anos, com o auge da pandemia do Covid-19, o consu mo sofreu grandes transformações.

As compras online aumentaram, um hábito incorporado à rotina, por isso produtos versáteis passa ram a ter um grande destaque e, até então, não havia uma opção de chopp que pudesse ser consumido de forma prática no conforto e segurança do lar. “A garrafa PEt de 1,5 litro é ideal para ser colocada na geladeira e tem o tamanho da sede do consumidor, eliminando a locação de chopeiras, com barris de 30 ou 50 litros e evitando o desperdício”, observa Nunes.

Para criar um rótulo único e diferenciado, a NewAge con vidou os estudantes de design da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) para assinarem o rótulo exclusivo da edição limitada para a Copa do Mundo. “dentre vários rótulos apresentados pelos alunos, três foram selecionados para passar para fase de votação pública, na qual foram disponibilizadas para votação online. É o consumidor definindo de forma inédita um rótulo para um produto que ire mos lançar no mercado. d epois de mais de 1200 votos, chega mos à arte vencedora, que já está nas gôndolas dos supermercados”.

Já a garrafa PEt foi uma escolha estratégica para garantir a eficiência para o envase do chopp e facilidade no transporte. O Chopp Wienbier Hexamalte está disponí vel nos principais centros do Brasil.

International (www.packexpo.com – 23 a 26 de outubro), em Chicago (EUA), o presidente da WPO (World Packaging Organization –www.worldpackaging.org), Pierre Pienaar, será introduzido no Hall of Fame Class of 2022. Desde 1971, o Packaging & Processing Hall of Fame reconhece a carreira de profissionais de embalagem e processamento por suas contribuições significativas para a indústria e educação. Além de Pierre, os homenageados deste ano são Jean-Jacques Graffin, Rebecca Oesterle e E. Jeffrey Rhodehamel. Segundo a PMMI (Associação de Tecnologias de Embalagem e Processamento), organizador do Hall da Fama, Pierre Pienaar tornou-se um dos educadores de embalagens mais prolíficos e reconhecidos do mundo. Além de administrar uma consultoria de embalagens na Austrália, Pienaar dá palestras para estudantes sobre Inovação e Embalagem de Alimentos em universidades ao redor do mundo.

O Hall da Fama recebe novos membros a cada dois anos. Eles são escolhidos pela Comissão do Hall da Fama, composta por fornecedores, usuários finais e jornalistas.

A cerimônia do Hall da Fama acontecerá das 15h30 às 16h30, no dia 24 de outubro, no Palco Industry Speaks Innovation na PACK EXPO.

Foto: Divulgação
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A garrafa PET foi uma escolha estratégica para garantir a eficiência para o envase do chopp e facilidade no transporte
Foto: Divulgação

unilever e aPtar lançam as Primeiras tamPas de Plástico flexível 100% reciclado

Essa inovação faz o plástico flexível entrar na circularidade e impulsiona o índice de recuperação e reciclagem desse material

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Unilever junto com a Ecological e a Aptar Beauty + Home lançam a primeira tampa do Brasil 100% produzida a partir de plástico flexível reciclado em escala industrial. Feitas com plástico flexível pós-consumo (aquele usado em sachês), as tampas começam a ser usadas nas embalagens de cremes de tratamento para cabelos das marcas Seda e tRESemmé e, gradualmente, serão expandidas. Essa inovação coloca o plástico flexível no círculo de utilização do material ao fazê-lo retornar para a cadeia de produção, evitando sua ida para aterros, além de abrir portas para outras empresas utilizarem de tecnologia para a utiliza ção do flexível reciclado, impulsionando o índice de reciclagem e de recuperação desse plástico. Atualmente, ele é muito baixo, apenas 3% do material é coletado e processado em todo o mundo, segundo a Fundação Ellen MacArthur.

“O destino do plástico flexível, aquele usado nos pouches de molhos de tomate, sachês e afins, sempre foi uma preocupação quando pen samos na economia circular. Ele tem sido enviado para aterros há muito tempo e, agora, começamos a mudar essa realidade. Essa ino vação comprova, mais uma vez, o pioneirismo da Unilever na agenda sustentável e o seu compromisso no combate à poluição plástica”, afirmou Zita Oliveira, gerente de sustentabilidade da Unilever para a América Latina.

“desenvolver embalagens que contenham material reciclado e sejam recicláveis tem sido nosso principal objetivo nos últimos anos para os mercados de beleza, cuidados pessoais, cuidados com a casa, alimentos e bebidas”, informa o diretor de marketing, desenvolvimento e inova ção para América Latina da Aptar Beauty + Casa, Marcelo Santarelli. “A parceria com a Unilever, que fez alterações em suas embalagens como forma de refletir o compromisso da empresa em reduzir o im pacto ambiental e atender a demanda do consumidor, atenta às ações reais das empresas em relação à sustentabilidade, veio junto com o compromisso da Aptar em promover uma economia mais circular.”

Na fase inicial do projeto, a capacidade de produção da resina reciclada feita com material flexível pós-consumo é de 1.200 toneladas ao ano e muda o pata mar desse segmento no Brasil. O plano é expandir o uso do mate rial para outras embalagens. “Como signatário do Compromisso Global da Nova Economia do Plástico da Ellen MacArthur Foundation, este lançamento é mais uma conquista no cumpri mento de nossos compromissos de, até 2025, ter todas as nossas emba lagens 100% reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis”, diz Santarelli. A jornada da Unilever Brasil para o uso sustentável do plás tico tem avançado a cada ano e influenciado a circularidade do material no país. O planejamento da companhia para a sustentabi lidade do plástico nos próximos anos é amplo e se baseia em uma diretriz que envolve duas esferas: 1) Menos plástico e 2) Melhor plástico. i sto significa repensar como os produtos são projetados, desenvolvendo no vos modelos de negócios, novo design de embalagens e designs mais otimizados.

notícias
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Foto: Divulgação Nova resina será utilizada na produção das tampas de TRESemmé e Seda

Grif r ótulos tem tecnolo G ia e soluções para apoiar a economia circular

Fundada em 1986 pelo empresário Francisco Paz, a Grif Rótulos é uma empresa nacional especializada na fabricação de rótulos autoadesivos. Focando no rápido e pronto atendimento, a empresa conquistou um crescimento exponencial no decorrer dos anos e se consolidou entre os principais nomes do mercado.

A Grif vem acompanhando os acontecimentos relacionados ao meio ambiente e entendendo que a sustentabilidade é uma preocupação crescente, uma vez que os recursos naturais estão cada vez mais ameaçados em consequência da ação humana e da má destinação dos resíduos.

Cada ano que passa os impactos ambientais negativos estão mais evidentes. O acúmulo de resíduos sólidos já é um dos principais focos de busca por soluções. Tendo essa situação em mente, a Grif Rótulos se posiciona de forma bem ativa, buscando recursos para reverter esse cenário.

O projeto desenvolvido pelo principal fornecedor de matéria-prima adesivada, Avery Dennison, e batizado de AD CIRCULAR, se tornou uma importante ferra menta para a Grif atuar em prol do meio ambiente. O principal resíduo industrial gráfico – o liner de papel, que antes era descartado em aterros, atualmente é destinado a Polpel, uma empresa recicladora e parceira no projeto, para ser transformado em polpa celulósica e retornar como parte da composição na fabricação de papel toalha e papel higiênico com um percentual da fibra reciclada. Ou seja, o resíduo que antes era descartado em aterros, agora é reaproveitado e retorna para a Grif como subproduto através de um eficiente modelo de logística reversa.

Além do projeto de reciclagem, a Grif também possui um eficiente sistema de fa bricação e investiu em duas máquinas impressoras de alta performance fabricadas pela empresa dinamarquesa Nilpeter. Esses equipamentos possuem um sistema

O liner de papel, principal resíduo da indústria gráfica, é reciclado e volta ao ciclo produtivo da empresa como subproduto através de um eficiente modelo de logística reversa

Foto: Divulgação

conhecido como gama estendida, que permite eliminar as trocas de tintas, ganhando mais performance e gerando menos resíduos, atendendo ao conceito de sustentabilidade.

E, tratando de inovação, a Grif Rótulos vem em constante movimento, nesse ano de 2022, com a inauguração da nova divisão de impressão de rótulo termoencolhível, também conhecido como sleeve. Buscando atender um mercado que se mostra com grande carência de atendimento, a em presa busca oferecer esse novo serviço e continuar surpreendendo os seus clientes com a mesma qualidade que já é sua marca registrada.

A Grif entende que para crescer é preciso inovar, e com muito otimismo e um bom planejamento de expansão, a empresa mostra que vem ainda mais forte para os próximos anos. Toda essa força é um legado que a Grif construiu com muita dedicação com base em seu slogan: “Seriedade & Flexibilidade”. É um exemplo real de que é possível associar seus clientes à máxima: “Marca de sucesso tem Grif”.

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informe publicitário | Grif
Francisco paz, fundador da Grif Rótulos

“É impossível pensar o mundo moderno sem o plástico”

Edison Terra, vice-presidente de Olefinas e Poliolefinas da Braskem na América do Sul, destaca soluções que endereçam o futuro da embalagem plástica

Odesenvolvimento sustentável é um objetivo atrelado à estratégia de negócios da Braskem e, por isso, a empresa adota várias iniciativas para impulsionar a reciclagem e estimular a transição do modelo de economia linear para a circular.

Nos esforços pela eliminação de resíduos plásticos, a companhia pretende ampliar o seu portfólio com a inclusão de 300 mil toneladas de produtos com conteúdo reciclado até 2025 e 1 milhão de toneladas desses produtos até 2030. Também até 2030, a Braskem vai trabalhar para eliminar 1,5 milhão de toneladas de resíduos plásticos que seriam enviados para incineração, aterros, ou depositados no meio ambiente.

As iniciativas englobam ainda a promoção e o engaja mento de consumidores em programas de reciclagem, por meio de ações educacionais de consumo consciente, o uso de ferramentas de Avaliação de Ciclo de Vida (ACV), o investimento para a otimização da tecnologia de reciclagem avançada e o apoio a ações para melhoria do gerenciamento de resíduos sólidos a fim de prevenir o descarte de lixo nos mares.

“Nós acreditamos que o descarte adequado, a coleta seletiva e a separação dos resíduos recicláveis são a base para o aumento das taxas de reciclagem de plástico no Brasil e não medimos esforços no intuito de incentivar essas práticas e impulsionar a economia circular”, afirma Edison Terra, vice-presidente de Olefinas e Poliolefinas da Braskem na America do Sul.

Em entrevista à revista Pack , Terra conta como a Braskem está transformando o seu modelo de negócio a favor da circularidade do plástico.

Pack: A ONU aprovou um acordo global contra a poluição plástica e a Europa também regulamentou recentemente a proibição do uso de plásticos descartáveis. Como isso impacta a atuação da Braskem?

Terra: Nosso propósito é melhorar a vida das pes soas desenvolvendo soluções sustentáveis através da química e do plástico. Essa crença é fortemente embasada em estudos de Avaliação de Ciclo de Vida e seu uso traz muitos benefícios ambientais, como a redução de consumo de energia, das emissões de gases de efeito estufa, de consumo de água etc. O que causa enormes danos ao meio ambiente é a falta de infraestrutura, de gestão integrada de resíduos sólidos, de educação e consciência ambiental, entre outros fatores. Acreditamos na importância das regulamenta ções e do incentivo público ao consumo consciente e à economia circular. Se estas decisões levarem em conta os diversos aspectos e dimensões, como a geração de resíduo, mas também a redução de emissões de gases do efeito estufa, o uso de materiais mais leves, o uso de água, o consumo de energia e, assim por diante, estaremos no caminho correto.

Pack: A Braskem assumiu o compromisso de neutralizar as emissões de carbono até 2050. Como o plástico verde contribui neste processo?

Terra: Desde 2010, a Braskem produz, em escala indus trial e comercial, o polietileno feito a partir do etanol da cana-de-açúcar. Em 2018, em parceria com a empresa norte-americana Allbirds, lançamos também o EVA renovável (copolímeros de etileno e acetato de vinila) como mais um produto integrante do portfólio de resinas renováveis. O polietileno renovável captura até

12 EDiTOrA B2B entrevista
Foto: Marcelo Scandaroli

Sabemos da dor provocada pelos resíduos plásticos. Mas muitas vezes, a ideia de solucionar o problema do resíduo é o banimento. Esta é uma solução simplista, que não leva em conta outras dimensões

3,09 toneladas de gás carbônico por cada tonelada produzida, enquanto que na produção de EVA renovável a captura é de até 2,1 toneladas de CO2 por tonelada produzida.

Como reflexo do crescimento con siderável na demanda da sociedade e dos nossos parceiros por produtos sustentáveis, no começo do ano pas sado, a Braskem anunciou a expansão de sua capacidade de produção de eteno verde de 200 mil toneladas por ano para 260 mil toneladas anuais. Essa expansão envolve um investi mento de US$ 61 milhões que estão sendo feitos na unidade industrial de Triunfo, no rio Grande do Sul, produtora do componente que é utilizado para a produção de resinas renováveis que capturam CO 2 da atmosfera. A expansão da capacidade de produção de biopolímeros vai representar uma redução de 185 mil toneladas de CO2 na meta da Braskem de se tornar uma empresa carbono

neutro até 2050. A neutralização de carbono é um dos caminhos mais viáveis para minimizar os impactos das mudanças climáticas.

Pack: Há uma limitação para aumentar a produção de plástico verde porque a cana-de-açúcar é utilizada também para produção de álcool e açúcar?

Terra: O plástico verde recebeu a certificação internacional Bonsucro, que assegura a produção e o proces samento da cana-de-açúcar de forma social e ambientalmente responsável, com base em critérios internacionais rigorosos. A certificação Bonsucro reforça nosso compromisso com a economia circular e com a neutra lidade de carbono até 2050. Além disso, o volume de etanol consumido para nossos produtos corresponde a um percentual muito pequeno de nossa produção. E pode representar uma diversificação de mercado para os produtores.

Pack: Qual é a importância do novo Centro de Desenvolvimento de Embalagens para a Braskem ter um portfólio de produtos cada vez mais sustentáveis?

Terra: O Cazoolo é a materialização do quanto podemos contribuir com o desenvolvimento de soluções susten táveis para embalagens, reforçando o compromisso da Braskem em prol da sustentabilidade do setor. Por se tra tar de um hub de inovação, por meio do qual a companhia estabelecerá parcerias com clientes, brand owners, designers, startups e universidades, a ideia envolve a construção de um ecossistema com especialistas para desenvolvimento de embalagens mais inovadoras e sustentáveis, com melhorias no design e em sua jornada, desde sua concepção até o pós-consumo, baseada nos concei tos de Design for Environment (DfE) e Análise de Ciclo de Vida (ACV). Essa é uma das iniciativas direta mente relacionadas com as metas da Braskem voltadas para a eliminação de resíduos plásticos para 2025 e 2030 e também parte integrante do projeto de fechamento do ciclo da economia circular, junto das ações em parceria com a Valoren, que envolvem investimento em plantas de reciclagem mecânica e avançada em indaiatuba (SP).

Pack: Como foi o processo de criação do Centro de Desenvolvimento de Embalagens para a Economia Circular e como serão os projetos desenvolvidos neste espaço?

Terra: Estudamos uma série de benchmarks, tanto na nossa indústria como em outros setores. iniciativas de inovação aberta já é uma realidade para diversos setores e empresas. E identificamos uma necessidade na cadeia de embalagens do Brasil de ter um espaço onde todos os elos da cadeia pudessem se conectar de forma a trabalhar por uma emba lagem mais sustentável. Através do ecossistema do Cazoolo será possível

14 EDiTOrA B2B
entrevista
Foto: Marcelo Scandaroli

pensar o design, a jornada do consu midor, criar protótipos para validação estética e funcional, realizar o try-out industrial e conectar isso a uma solução pós-consumo. Uma boa parte das embalagens que temos hoje não foi desenhada para reciclagem. A gente quer influenciar o desenho da embalagem para que ela seja repen sada, considerando o peso, a área de impressão, combinação de materiais. Um exemplo recente é o projeto da Antilhas que produziu uma embala gem de PE monomaterial que oferece a mesma funcionalidade. É um pouco desse tipo de coisa que a Braskem quer fazer nesse Centro em conjunto com a cadeia de valor, startups, desig ners, universidades e clientes.

Pack: Como vê a importância de atuar em colaboração com todos os elos da cadeia de valor do plástico para o desenvolvimento de soluções circulares inovadoras?

Terra: Estamos falando de um proble ma complexo. Nesse caso, precisamos de um pouquinho da genialidade de cada elo da cadeia para construir soluções inteligentes, que sejam compatíveis com a realidade de cada local. Sabemos da dor provocada pelos resíduos plásticos. Mas muitas vezes, a ideia de solucionar o problema do resíduo é o banimento. Esta é uma solução simplista, que não leva em conta outras dimensões. Qual será o produto substituto? De que ele é feito? O material emite mais ou menos gases do efeito estufa? Con some mais água? Quais os recursos críticos nessa região? Esta discussão precisa ser feita com base em con teúdo racional, além do emocional. Trabalhamos em colaboração com outros agentes da cadeia produtiva e também com outros segmentos da indústria para garantir o desenvolvi mento de tecnologias disruptivas que nos ajudem a combater os desafios que a sociedade enfrenta hoje. E é essa colaboração e parceria com im portantes players transformacionais

que viabiliza a realização de projetos que nós e a indústria como um todo executamos na prática em prol do desenvolvimento sustentável. Vivemos um momento desafiador, mas tam bém de muitas oportunidades nos campos da inovação e da sustentabi lidade, e acreditamos que o trabalho coletivo é uma forma importante de impulsionar nossas ações na prática trazendo valor compartilhado para nossa cadeia.

Pack: Em sua opinião, quais são as oportunidades de melhorias em toda a jornada da embalagem plástica, desde a sua concepção até o pós-consumo?

Terra: As oportunidades de melhorias em si podem variar de acordo com cada tipo de embalagem, e com a finalidade de cada uma delas, mas acreditamos que devem envolver dois pilares muito importantes quando falamos na concepção do produto, considerando todo o seu ciclo de vida: funcionalidade e sustentabi lidade. Precisamos de soluções que cumpram sua função: preservem o alimento, protejam o produto, au mentem sua exposição em gôndola e assim por diante. Mas isso precisa ser feito olhando para o ciclo de vida e para o uso após o consumo. A ideia de criar o Cazoolo vem do fato de hoje estarmos nos esforçando para reciclar uma série de itens que não foram

desenhados pensando na dimensão do pós-consumo. Nada melhor que pensar nisso lá no início do ciclo para facilitar a recuperação ao final. Este ano, a Braskem realizou um estudo de ACV que concluiu que suas resi nas recicladas apresentam redução de até 48% da pegada de carbono, na comparação com aquelas fabricadas a partir de origem fóssil. Ele indicou também que as resinas com conteú do reciclado atendem as necessida des dos clientes diretos e indiretos, que têm manifestado compromissos públicos de expandir a oferta de embalagens mais sustentáveis para a sociedade. Com nosso portfólio e junto às diversas ações conjuntas, temos conseguido desenvolver resinas recicladas de qualidade, que agregam valor para a indústria e atendem as necessidades dos consumidores em prol do meio ambiente.

Pack: A Braskem vai inaugurar uma planta de reciclagem avançada no Brasil em 2023. Qual é a impor tância desta nova tecnologia para a economia circular os plásticos?

Terra: A construção da unidade de reciclagem avançada em indaiatuba (SP), em parceria com a Valoren, é mais uma iniciativa da Braskem que integra o projeto de fechamento do ciclo da economia circular do plástico. Essa nova unidade, que envolve um de sembolso conjunto de r$ 44 milhões,

Foto: Marcelo Scandaroli
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deverá começar a operar no primeiro trimestre de 2023 e terá capa cidade de produzir seis mil tonela das de produtos circulares por ano. Junto de outras iniciativas ocorridas neste ano – como a inauguração da planta de reciclagem mecânica e o lançamento do Cazoolo –, a ação visa transformar a reciclagem de plásticos, aumentando significan temente o índice de reciclagem no Brasil, que ainda é baixo. As inicia tivas se complementam: o primeiro objetivo é a reciclagem mecânica. Aquilo que não for possível reciclar mecanicamente segue para a recicla gem avançada e vira matéria-prima para a indústria petroquímica. A gente acredita que essas duas ini ciativas combinadas têm um poder muito grande porque conseguem dar destinação para 100% do plástico pós-consumo. Além disso, queremos melhorar o design das embalagens para facilitar os dois processos de reciclagem.

Pack: Qual é o diferencial da reciclagem avançada em relação à reciclagem mecânica? Ela vai permitir reciclar embalagens plásticas multicamadas?

Terra: A reciclagem avançada é um processo que transforma resíduos

plásticos em matéria-prima circular destinada à fabricação de novos pro dutos, sejam plásticos ou químicos, refletindo em menos resíduos no meio ambiente. Ela é complementar à tradicional reciclagem mecânica, visto que permite reciclar plásticos de difícil separação - a exemplo das em balagens multicamadas - gerando, no final, produtos com as mesmas características dos convencionais, ou seja, com maior diversificação de aplicabilidade. isso também elimina eventuais restrições de uso porque na reciclagem avançada o produto poderá ser utilizado sem nenhuma restrição, terá propriedades idênticas ao produto virgem. Em outra frente, nos Estados Unidos, a companhia comprou uma fatia minoritária da empresa Nexus Circular, que converte plásticos de difícil reci clabilidade e destinados a aterros sanitários, em matérias-primas circulares usadas para a produção de plásticos com a mesma quali dade dos convencionais.

Pack: A população é um agente fundamental para a reciclagem de embalagens pós-consumo acontecer. Como conscientizar as pessoas para o descarte correto?

Terra: Para construirmos um futuro em que mais plásticos podem ser

reciclados, sabemos que a união de diversos atores da sociedade, além de organizações e do apoio de outros setores da economia, é fun damental. Trata-se de um trabalho coletivo e acreditamos que quanto mais pessoas estiverem envolvidas, mais próximos estaremos de uma era realmente sustentável. Por isso, convidamos outros atores da cadeia a atuarem conosco dentro desse mesmo propósito e, além de promover parcerias e iniciativas que tragam valor compartilhado para nossa cadeia, também estimulamos ações educativas diretas voltadas ao uso responsável e descarte correto de resíduos plásticos. Um bom exemplo é a parceria com o instituto Akatu para o desenvolvimento e atualiza ção constante do Edukatu, primeira rede online de aprendizagem sobre consumo consciente e sustenta bilidade. O conteúdo disponível na plataforma trabalha consumo e pós-consumo e é direcionado para estudantes e professores do ensino fundamental do Brasil. r ecente mente, lançamos uma nova trilha de aprendizagem, por meio da qual será possível conscientizar os estudantes sobre a importância do plástico e todas as suas possibilidades, desde a produção até o descarte adequado e futuro retorno para o ciclo de vida.

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entrevista
Precisamos de soluções que cumpram sua função: preservem o alimento, protejam o produto, aumentem sua exposição em gôndola e assim por diante. Mas isso precisa ser feito olhando para o ciclo de vida e para o uso após o consumo
Foto: Marcelo Scandaroli

Pack: No Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) existe desde 2010, mas falta muito para avançar, inclusive quanto ao cumprimento do acordo setorial de embalagens. Na sua visão, por que há tanta dificuldade por parte das empresas?

Terra: A responsabilidade compar tilhada é um termo introduzido pela Política Nacional de resíduos Sólidos (PNrS) no Brasil. A polí tica da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) para este tema é responsabilidade estendida do produto, ou seja, a responsabilidade é de quem está no fim da cadeia (brand owner e varejo) e eles têm que buscar o apoio da cadeia. Se o plástico me ajudar mais do que outros materiais, por exemplo, no final do dia, tem alguém que é responsável. Na forma como hoje está definida no Brasil, a responsabilidade é de todo mundo, mas não é de ninguém.

Pack: Como você vê o futuro do plástico?

Terra: É impossível pensar o mundo moderno sem o plástico. Não dá para imaginar a conservação de alimentos, um hospital ou um avião sem plástico. O plástico é um produto útil para diversas finalidades nos vários ramos da indústria, graças a sua maleabilidade, durabilidade, leveza e adaptabilidade. É um componente capaz de substituir, com vantagens de performance, menos impacto ao meio ambiente e custos, outros tipos de materiais como metal, vidro, cerâmica, madeira e papel. O grande desafio é o resíduo e isso será equa cionado ao longo dos próximos anos.

Existe espaço para todos os materiais, mas quem desempenha o melhor papel é o plástico. Outro caminho na linha de tendências para o futuro, também seguido pela companhia, está ligado ao estímulo da Economia Circular, guiada pela cooperação entre os elos da cadeia, tanto da indústria, como da academia, e o poder público, como um caminho para tornar a produção do plástico ainda mais sustentável, uma vez que o conceito implica na redução, reutilização e reciclagem, contri buindo com o combate ao acúmulo de resíduos sólidos e gerando ainda renda e desenvolvimento local para os profissionais envolvidos neste processo, como os catadores e recicladores.

A ideia de criar o Cazoolo vem do fato de hoje estarmos nos esforçando para reciclar uma série de itens que não foram desenhados pensando na dimensão do pós-consumo

edição especial em formato 200 ml

Natura Ekos, que há 22 anos une beleza e sus tentabilidade, inova mais uma vez e acaba de lan çar as novas embalagens de um dos queridinhos da marca. Acompanhando uma tendência de mercado e desejo de consumidores, agora, além dos já conhecidos pumps de 400ml, uma edição especial traz o formato 200ml, super prático e fácil de levar na bolsa ou mesmo para deixar no trabalho. O novo tamanho entrega, em média, 30 aplicações de tratamento biocosmético para o corpo: são 30 dias para sentir na pele a máxima potência de resultados. Outra vantagem é que, com a opção de embalagens menores, fica mais fácil aproveitar para conhecer a força de cada bioativo amazônico: Maracujá, Açaí, Castanha, Andiroba, Ucuuba e Tukumã.

embalagens econômicas

Com o objetivo de atender às demandas dos consumidores, Adria, marca de massas, biscoi tos e torradas da M. Dias Branco, apresenta os biscoitos Tortinhas de Chocolate e Torta de Limão em versões multipack . A novidade está disponível em embalagens econômicas de 300g que contêm três unidades de 100g do biscoito.

“Reconhecemos a importância de atualizar o nosso portfólio com opções que garantam prati cidade e ótimo custo-benefício aos consumi dores. Com uma embalagem econômica e a qualidade já reconhecida do biscoito Tortinhas Adria, a novidade fortalece a presença da marca no PDV e estimula o consumo compartilhado com os amigos e a família, afinal, a vida acon tece nos detalhes”, ressalta Vanessa Macedo, gerente de produto de Adria.

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Fotos: Divulgação Fotos: Divulgação

praticidade e saudabilidade

Pensando em ampliar as opções de consumo para o público flexitariano, vegetariano e vegano, acaba de ser lançado no mercado o TERRANO® Veggie Burger, primeiro produto da Ajinomoto do Brasil na categoria de alimentos à base de plantas, disponível em três versões: sabor carne, sabor frango e sabor original. O preparo é simples: basta adicionar água gelada ao produto e misturar bem para hidratar e formar uma massa encorpada que pode ser modelada no formato desejado – o produto já vem temperado para facilitar o dia a dia e pode ser preparado no forno ou na fritadeira. Para o preparo de hambúrguer, uma embalagem rende cinco unidades de 80 g cada.

Assinado pela Dragon Rouge, o design da embalagem foi desenvolvido com base na essência que a marca queria transmitir de inovação, nutrição e sabor. “Apesar dos consumidores vegetarianos, veganos e flexitarianos serem abertos a experimentar produtos/marcas novas, também sabemos que é um produto muito diferente do que estão acostumados. Por isso, buscamos uma linguagem direta para informar os benefícios, com destaque no sabor e utilizando de um key dish referência para a associação do produto a categoria “plant-based ” (proteínas 100% vegetais)”, revela Cíntia Monteiro de Alencar, gerente da área de marketing da Ajinomoto do Brasil.

As ilustrações transmitem a ideia de saudabilidade e naturalidade. “Os grãos e folhas foram pensados na asso ciação às plantas e aos grãos que são os ingredientes principais do produto. As cores diferenciam cada versão. E o kraft destaca o produto na gôndola e traz diferenciação dos concorrentes”, afirma.

A escolha do papel kraft, segundo Cíntia, traz mais naturalidade, além disso, “em pesquisa com consumidor vimos que é um material muito associado à saudabilidade e sustentabilidade”. O stand-up pouch foi escolhido pela praticidade da utilização e armazenamento. “Além disso, com o ziplock o consumidor pode utilizar a quantidade desejada e armazenar o que sobra para uma nova e diferente preparação”. A embalagem é fornecida pela Finepack e a caixa de embarque pela Penha.

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atualidades

aposta no plástico verde

Com o objetivo de ajudar e atuar na preservação do meio ambiente, a Tia Sônia, marca de produtos naturais, integrais e principal fabricante de granolas na região Nordeste, anuncia a adoção de embalagens de plástico verde na linha de granolas.

A nova embalagem é constituída de um polietileno certificado 100% renovável, produzido a partir da cana-de-açúcar.

Marcos Fenício, fundador e CEO da Tia Sônia, explica que essa mudança não se trata de simplesmente atender práticas ESG, mas também é uma forma de agregar valor à empresa. “Nós apostamos na troca da embalagem para um modelo mais sus tentável. Mesmo não sendo uma tarefa simples, porque os nos sos produtos são naturais sem qualquer tipo de conservante, e foram vários testes até chegar no sucesso da alternativa atual, é notório o quanto agrega valor aos nossos produtos”, comenta.

A nova embalagem foi inserida na linha de Granolas Tia Sônia em fevereiro deste ano, e a companhia planeja aplicá-la em todos os produtos de forma gradativa. A linha de granolas possui atualmente 12 tipos com diferentes gramaturas, e a extensão será feita em todo o portfólio ao longo dos próximos 18 meses.

garrafa transparente para facilitar reciclagem

A Sprite está de cara de nova e, agora, sua embalagem é transparente e mais fácil de reciclar. Garrafas transparentes possuem maiores deman da e podem ser reutilizadas em diferentes produtos e setores, como por exemplo: produtos têxteis, cosméticos, materiais térmicos, de proteção, etc. O PET transparente gera uma eficiência na cadeia de reciclagem por reduzir a necessidade de separação de outros materiais. “Por um Mundo Sem Resíduos, nós da Coca-Cola assumimos o com promisso de tornar 100% das nossas embalagens recicláveis, feitas com pelo menos 50% de conteúdo reciclado até 2025, alcançando a coleta e destinação correta para 100% das embalagens colocadas no mercado até o ano de 2030. Estamos dando um passo a mais e valori zamos esta decisão de adotar a partir desse ano o PET transparente e uma porcentagem crescente de resina reciclada para embalagens de Sprite”, enfatiza Ted Ketterer, diretor de marketing da Coca-Cola Brasil. No Brasil, a mudança da garrafa PET é para todos os mercados e em todas as suas apresentações (200ml, 250ml, 500ml, 600ml, 2L e 2,25L). Cabe mencionar que os esforços em transformar a embalagem da Sprite já vêm sendo conduzidos pela companhia e, por isso, a garrafa utiliza resina reciclada em sua composição. Para o final de 2022, a estimativa é que cerca de 70% das embalagens colocadas no mercado já contenham um percentual de resina reciclada. É o início de uma jor nada para que, nos próximos anos, todas as embalagens sejam trans parentes e usem pelo menos 50% de resina reciclada em todo o país.

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Foto: Divulgação Foto: Divulgação

formato Para levar Para todos os lugares

O Bálsamo Multifuncional Orgânico da Mustela vem em uma embalagem inovadora na categoria

Redução, reuso e reciclagem, assim como outros conceitos rela cionados ao consumo consciente, já fazem parte dos hábitos de pessoas e empresas comprometidas em respeitar o meio ambiente e gerar menos lixo no planeta. É o caso do “upcycling”, termo em alta entre os exemplos de economia circular, que propõe que os resíduos que passariam anos em lixões ou aterros sanitários sirvam de insumo para produzir outros produtos. Além de diminuir a exploração de recursos naturais, a prática consiste em transformar o que seria descartado em um novo produto, a partir do estado “natural” do produto fonte. Pensando nisso, a Mustela®, primeira marca dermo-bebê do Brasil que já tem em sua linha BIO fórmulas minimalistas, orgânicas e veganas para toda a família, traz ao mercado nacional o Bálsamo Multi funcional Orgânico Certificado, que nutre, restaura e suaviza a pele, com segurança para uso desde o nascimento e em todas as idades. A novidade aproveita por inteiro o ingrediente mais conhecido e querido entre as fórmulas da marca: o abacate orgânico.

O produto é multifuncional justamente por poder ser utilizado em diversas ocasiões ao longo do dia, por exemplo: ao acordar, após exposição ao sol ou ao frio, depois de nadar, depois de fazer as unhas, antes de dormir e como um hidratante habitual que pode ser reaplicado sempre que necessário.

O Bálsamo Multifuncional vem em uma embalagem inovadora em um formato conveniente e prático para levar para todos os lugares: um tubo de alumínio de 75 ml que permite melhor aproveitamento do produtocerca de 10% a mais do que tubos plásticos - e menos resíduos no meio ambiente, pois alumínio é infinitamente reciclável. “Os tubos menores foram avaliados como melhores opções para armazenamento da fórmula do Bálsamo Multifuncional Hidratante”, explica Marilla Mesquista, gerente de marketing e responsabilidade socioambiental da Mustela no Brasil. O tubo de alumínio é fornecido pela Linhardt, da Alemanha.

A executiva explica a escolha da embalagem para o novo produto. “Para uma questão de higiene, o uso de um tubo é a escolha mais relevante. De fato, o uso de um frasco por toda a família teria como resultado todos colocando os dedos na fórmula do produto. O tubo de alumínio é leve e resistente ao lon go do tempo”. Além disso, segundo Marilla, “o bálsamo tende a grudar nas paredes internas do pacote. É por isso que um tubo de alumínio é conveniente porque pode ser dobrado muitas vezes e melhorar a restituição da fórmula”.

“O tubo de alumínio tem uma vedação muito boa e é anticorrosivo. Protege a fórmula da luz. Tem excelentes barreiras a elementos externos como gases também.

Fizemos um estudo com um laboratório para certificar que o tubo estava respeitando a regu lação Reach (Registro, avaliação, autorização e restrições de produ tos químicos na sigla em inglês) e a regulação Food Contact na Europa”, afirma Marilla.

conveniência e praticidade
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setor Plástico Promove iniciativas Para Preservar o meio ambiente

Demanda por embalagens recicláveis e ecologicamente corretas deve contribuir para o crescimento do mercado global de embalagens plásticas de menor impacto ambiental

O

mercado global de embalagens plásticas sustentáveis deve saltar de US$ 89 bilhões, em 2020, para US$ 117,3 bilhões em 2025, com um CaGr (taxa de crescimento composto anual) de 5,6%, segundo estudo da Markets and Markets. a indústria de embalagens plásticas sustentáveis vem crescendo como resultado de leis e regulamentações rigorosas impostas por governos e órgãos governamentais, bem como uma mudança na preferência do consumidor por materiais de embalagem recicláveis e ecologicamente corretos. além desses fatores, o downsizing de embalagens e o avanço em novas tecnologias também estão impulsionando o mercado de embalagens plásticas sustentáveis no mundo. Segundo o estudo, os players globais estão buscando usar materiais de emba lagem inovadores desenvolvidos a partir de fontes degradáveis e recicláveis para alcançar a sustentabilidade. as expectativas com relação à qualidade dos alimentos e higiene e a crescente conscientização sobre saúde estão alavan cando o mercado de embalagens sustentáveis no setor de alimentos e bebidas. a região da Ásia-Pacífico deverá responder pela maior participação no mercado de embalagens plásticas sustentáveis durante o período de previsão. Espera-se que países como Índia e China apresentem forte crescimento no mercado de embalagens plásticas sustentáveis devido à rápida expansão econômica. o aumento da conscientização da população sobre a importância de emba lagens ecológicas e renováveis, a crescente indústria de alimentos e bebidas e os baixos custos de fabricação e mão de obra estão impulsionando o mercado de embalagens plásticas sustentáveis na região.

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reportagem de capa
23Editora B2B reportagem de capa Foto: AdobeStock

redesenhando a embalagem Para a reciclagem

Fabricante de filmes de BOPP, a Vitopel adotou um modelo de negócio que oferece soluções inspiradas na economia circular

Começamos a utilizar os resíduos pós-consumo em formulações de filmes BOPP para autoadesivos, e hoje já estamos estendendo para produtos que não têm contato direto com alimentos, como etiquetas de caixas de transporte e rótulos de frascos PET de detergente, refrigerante, água mineral

A

reciclagem de embalagens plásticas flexíveis é uma questão particularmente difícil, sem uma solução única. atualmente, os sistemas de reciclagem mecânica que reciclam plásticos rígidos não são capazes de lidar com o filme plástico flexível. o material é muito leve, com um baixo valor por unidade, muitas vezes contaminado, e grandes volumes de alta qualidade são difíceis de coletar. Muitas vezes, a embalagem flexível é composta por várias camadas, o que leva a reciclagem a outro nível de complexidade. a inovação sustentável é necessária para identificar soluções que sejam fáceis de reciclar. isto exige do setor um novo modelo de negócio, bem como educação do consumidor. “Nós temos uma missão muito mais desafiadora do que a maior parte dos transformadores de plásticos que é efetivamente dar conta dessa cadeia de fornecimento em direção à circularidade. Nosso primeiro desafio é entrar nesse mundo e buscar o desenho para reciclagem”, afirma aldo Mortara, diretor comercial da Vitopel, fabricante de filmes de BoPP. a abordagem da Vitopel para repensar o desenho da embalagem mudou. “o primeiro passo é desafiar a especificação, que muitas vezes, é seguida pelo dono de marca há muitos anos. o segundo passo é trazer para o desenho do BoPP, que é o nosso expertise, todos os atributos efetivamente necessários, como selagem que garanta a integridade da embalagem no manuseio e no uso, barreira que protege o alimento até o uso final, e obviamente uma embalagem que seja funcional do ponto de vista de conveniência de uso, exposição e apelo visual”.

“os donos de marca estão abertos a avaliar dentro da cesta de soluções de embalagem que o mercado tem para oferecer junto com a gente e o que eles conseguem de shelf-life em nome da sustentabilidade e da reciclabilidade”, explica Mônica telfser, gerente de desenvolvimento de novos produtos da Vitopel. Ela continua: “Muitos nos procuram para substituir o alumínio da embalagem. Claro que não vai ter a barreira 00, tanto de vapor de água e oxi gênio, que o alumínio propicia. Eles estão dispostos a ter um shelf-life de um ano em vez de dois anos. É uma forma diferente de desenhar a embalagem”.

Se o giro do produto é de um ano, os donos de marca podem optar por uma embalagem sem alumínio, com vernizes de alta barreira, que não impactam na sua reciclabilida de. “É uma solução bastante atual e que está se desenvolvendo rapi damente na Europa. Nós estamos explorando várias rotas, mas essa é a nossa abordagem preferida”, afirma Mortara.

MEnOs é Mais

a reciclagem fecha o ciclo para uma economia circular, mas quanto mais complicado o design da embalagem, menor a probabilidade dela ser reciclada. a embalagem monoma terial pode ser a solução para este problema. a Vitopel desenvolveu uma nova geração de filmes flexí veis de B oPP monomateriais, a V.360o, que substituem estruturas multicamadas de poliéster. “Nós conseguimos melhorar a resistência térmica do BoPP para o seu uso em embalagens stand-up pouches mono materiais, como por exemplo, a da sopa da Nestlé”, destaca Mônica. outra solução monomaterial desen volvida recentemente pela Vitopel é a embalagem do tablete de chocolate

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aldo mortara, diretor comercial da Vitopel Foto: Divulgação
reportagem de capa

de 5 gramas da Cacau Show. a em balagem de papel com alumínio foi substituída por BoPP metalizado impresso e BoPP perolado. “a marca optou por um filme único potencial mente reciclável. a gente vendeu um volume significativo de 8 toneladas”, informa Mônica.

Mortara enumera as vantagens da embalagem monomaterial. “atual mente, os processos de impressão e os vernizes de proteção evoluíram muito. Por isso, os convertedores estão perdendo o medo de fazer embalagens não laminadas. o que se ganha com isso? Primeiro, uma operação a menos e um químico a menos, que é o adesivo, e segundo, a solução facilita a reciclagem”, ressalta o diretor comercial da Vitopel. ao longo dos últimos quatro anos, a pergunta que a Mônica mais escuta dos clientes é me ajuda a tornar minha embalagem reciclável? “Essa fase, eu diria que dentro dos maiores, está terminando. tem muito pouca coisa que ainda é trilaminado, com materiais diferentes, por razões específicas, e na medida em que a tecnologia evolui isso vai sendo tratado”, afirma.

REsíduO Pós-cOnsuMO dE PP E BiOPOlíMEROs

Em outra frente para reduzir o im pacto ambiental das embalagens, a Vitopel criou a marca V.Planet que abriga produtos com PCr, biopo límeros ou agentes biodegradáveis. “Começamos a utilizar os resíduos pós-consumo em formulações de filmes BoPP para autoadesivos, e hoje já estamos estendendo para produtos que não têm contato di reto com alimentos, como etiquetas de caixas de transporte e rótulos de frascos PEt de detergente, refrige rante, água mineral”, afirma Mortara. “Estamos nos surpreendendo com as grandes indústrias de alimentos por elas estarem olhando essa solução PCr para embalagem secundária. Nesses filmes de rótulos e embalagens

secundárias, estamos usando 15% de PCr”, revela Mônica.

a Vitopel tem quatro linhas de produção e uma está dedicada para a rota de PCr. “Nessa escolha, há uma limitação de quantidade até que a gente tenha maior confiabilidade na qualidade deste reciclado para aumentar o percentual no produto”, continua a gerente de desenvolvi mento de novos produtos.

o resíduo pós-consumo de PP utili zado pela empresa vem de embala gem rígida. “Nós começamos com uma embalagem rígida porque o reciclador já tem familiaridade para matar a questão da especificação do produto. No entanto, não foi fácil. Um dos fornecedores não conseguiu fazer uma descontaminação mínima necessária para produzir o filme. outro conseguiu fazer a desconta minação, mas a característica de pro cessabilidade da matéria-prima era muito ruim. tivemos que fazer acer tos para usar a resina pós-consumo. agora que já temos esta experiência, podemos migrar para o BoPP com muito mais conhecimento de causa”, explica Mortara.

Segundo o diretor comercial, a Vito pel tem parcerias com brand owners e querem envolver startups de coleta seletiva que tem todo interesse em ajudar a viabilizar a reciclagem de flexível. “Nós estamos buscando essas rotas de sustentabilidade. Já começamos a testar material recu perado junto com parceiros fora do Brasil e tivemos sucesso. Para fazer acontecer comercialmente, a gente precisa ter uma cadeia de forneci mento alinhada com o projeto”. No Brasil, Mônica, ressalta ainda que “a cadeia de reciclagem de flexíveis precisa se organizar para ter coleta e separação do material num grau de qualidade e limpeza adequada para voltar a ser BoPP. Esse é um ponto crítico”.

a Vitopel também está trabalhan do no desenvolvimento de uma alternativa sustentável ao filme de

polímero convencional. a empresa está testando o uso de resina de fonte renovável para produzir os filmes flexíveis. “Em breve, vamos ter uma avaliação do potencial de biodegra dação desta resina que tem como fonte os resíduos do processamento de alimentos, como por exemplo, casca de batata. Foram seis meses de ensaios de biodegradação”, conta Mônica. Ela continua: “a gente está ensaiando o filme de BoPP com uma parte desta matéria-prima. o que é muito interessante é que ao usar 10% desta matéria-prima no filme, eu vou ter 10% menos de geração de gases de efeito estufa”.

Há alguns anos, segundo a gerente de desenvolvimento de novos negócios, o uso de resíduos de alimentos já é uti lizado no PE nos Estados Unidos. “o ensaio mostrou que em menos de um ano o filme de PE era biodegradado. Estamos testando esse conceito no PP. Que seja em dois anos, já é uma vantagem muito grande”.

“Esse é um ponto muito importante para o V.Planet porque a gente sabe que inevitavelmente vai ter vaza mento para o aterro sanitário por mais que o sistema de coleta seja perfeito. Se o material tiver como destino o aterro sanitário e tiver essa propriedade de biodegradação você reduz o volume de resíduos no aterro”, salienta Mortara. o que a Vitopel está fazendo é uma prova de que é possível transformar o modelo de negócio a favor da cir cularidade do plástico, sem penalizar o crescimento econômico. Que o exemplo seja seguido.

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Foto: Divulgação mônica telfser, gerente de desenvolvimento de novos produtos da Vitopel
reportagem de capa

A menos material e mais reciclabilidade

Fabricante de embalagens flexíveis, a Finepack tem investido em várias soluções para reduzir o impacto ambiental

linhada a sua estratégia e compromissos de sustentabilidade, a Finepack, fabricante de embalagens flexíveis, tem investido em um portfólio de produtos recicláveis, biodegradáveis e soluções com menos plástico e mais papel. “Nós desenvol vemos uma embalagem monomaterial de PE em conjunto com a dow Química que vai facilitar a reciclagem, além disso, oferece alta barreira à gordura, à umidade e barreira ao oxigênio melhorada, com vernizes especiais”, revela Edmur Batista do Carmo, diretor geral da Finepack. Com uma blenda de resinas especiais, a nova embalagem é ideal para embalar alimentos secos, congelados e pet food “Já temos alguns clientes utilizando esta embalagem monomaterial em caráter experimental, como a PEt Mania para petiscos e uma empresa de papinhas orgânicas congeladas para bebês. temos feito vários clientes menores para gerar uma capilaridade”, acrescenta.

Há muitos clientes que usam uma estrutura X especificada há muito tempo porque alguém disse que era ideal. Ás vezes, o produto tem um giro de três meses e a embalagem possui uma barreira de cinco anos. é uma estrutura sofisticada, mais cara e não é sustentável

“Nós entendemos que as soluções para sustentabilidade não serão únicas. teremos uma gama delas, desde materiais biodegradáveis, compostáveis até o grande apelo do momento que é ter materiais 100% recicláveis”, acredita o executivo. Para ajudar os brand owners no seu compromisso de ter 100% das embalagens recicláveis até 2025, a empresa investiu em uma nova máquina poucheira Box Pouch para formatar pouches monomateriais PE/PE. “a previsão é ter esse equipamento funcionando no primeiro trimestre de 2023. também adquirimos uma metalizadora alox italiana, um sistema que vai dar alta barreira aos filmes de poliéster, B oPP, PE e que deve começar a operar no segundo trimestre de 2023. São soluções que vão dar um leque de alternativas para trabalhar com filme monomaterial de alta barreira”, explica o diretor.

Uma estrutura superdimensionada para garantir alta barreira tem impacto negativo no meio ambiente porque dificulta a reciclagem da embalagem. Na opinião de Carmo, “há muitos clientes que usam uma estrutura X especificada há muito tempo porque alguém disse que era ideal. Ás vezes, o produto tem um giro de três meses e a embalagem possui uma barreira de cinco anos. É uma estrutura sofisticada, mais cara e não é sustentável”, comenta. Ele acrescenta: “acredito que nesse momento também vai ter que ter alguns ajustes de estrutura”. os desafios para desenvolver uma embalagem monomaterial, segundo Carmo, passaram pela produção de uma solução que oferece custo competitivo, ou seja, o mesmo preço da embalagem tradicional e que atende tecnicamente as demandas do mercado, além de boa maquina bilidade. “Às vezes, a gente desenvolve um produto, chega ao cliente e não funciona”, diz.

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Edmur Batista do carmo, diretor da Finepack
reportagem de capa
Foto: Divulgação

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até 2020, a Finepack não tinha extrusoras. o investimento foi feito em plena pandemia, com a aquisição de uma máquina da Windmoeller e todo processo de extrusão do plástico passou a ser feito internamente. “É um projeto que a gente vem trabalhando e o objetivo era dominar essa cadeia do processo”, destaca Carmo.

a extrusora também está sendo utilizada pela em presa para realizar testes para uso de resina PCr Em novembro, a ideia da Finepack é apresentar ao mercado uma embalagem feita com 30% de resina PCr em parceria com a dow para embalar sabão. “É uma embalagem flexível laminada em PE/PE, com um filme de 20 micras e outro de 40 micras, que é bem similar à embalagem de resina virgem”.

Num primeiro momento, a empresa encontrou dificuldades para trabalhar com a resina PCr, mas conseguiu retrabalhar o material internamente. Mas, em 2023, explica Carmo, “a gente vai ter que fazer um retrofit e entrar com uma adaptação ou update da nossa máquina extrusora para conseguir produzir PCr de alta qualidade”.

o desafio depois de tudo é utilizar a embalagem reciclável. Segundo o diretor, hoje ninguém briga por uma embalagem laminada. “a partir do mo mento que a gente consegue ter uma embalagem monomaterial, precisamos fechar a economia circular, trazendo ela de volta ao ciclo produtivo. Estamos levando amostras para o CEtEa analisar contaminação e depois para avaliação da anvisa. atualmente, a embalagem reciclada não pode ser usada para embalar alimentos. São vários cami nhos, vários desafios pela frente. Existem muitos trabalhos neste sentido. Vou para a K trade Fair, na alemanha, para saber quais os movimentos que estão acontecendo por lá em relação à sustentabilidade do plástico”.

a demanda por embalagens de menor impacto ambiental é crescente tanto entre as grandes in dústrias de consumo, como também dos clientes pequenos. “o grande desafio é tornar a embala gem reciclável. a gente também tem trabalhado com soluções compostáveis, como papel e celo fane, PLa (ácido poliláctico)”, afirma Carmo.

circularidade do ePs na Prática

Termotécnica recicla as embalagens de EPS com um programa de logística reversa que tem a parceria das cooperativas e seus clientes

U

ma das principais indústrias de embalagens de EPS do Brasil, a termotécnica assumiu há bastante tempo um compromisso para mitigar os impactos ambientais. Em 2007, quando pouco se falava sobre reciclagem no país, a empresa ideali zou e implantou o Programa reciclar EPS, antecipando-se à Política Nacional dos resíduos Sólidos (PNrS), que tem o objetivo de reduzir e dar a destinação correta dos resíduos no fim do ciclo de vida. “aparelhamos todas as nossas unidades com estrutura de compactação, recebimento e limpeza dos materiais para dar destinação adequada para o EPS pós-consumo”, revela albano Schmidt, presidente da termotécnica.

os benefícios desta iniciativa já podem ser colhidos. desde então, a empresa coletou e reciclou mais de 44 mil toneladas de EPS, o que representa cerca de 1/3 de todo material reciclado no mercado. a recicla gem gera cerca de 100 empregos diretos nas unidades da termotécnica em cinco estados – Santa Catarina, amazonas, Pernambuco e Paranáe conta com mais de 1,2 mil pontos de coleta e 300 cooperativas de reciclagem parceiras no país. o que impacta diretamente na inclu são sócio-produtiva de mais de cinco mil famílias e contribui para a valorização dos trabalhadores da cadeia de reciclagem.

“Nosso objetivo é reciclar 100% do que produzimos e reintroduzir o material reciclado em nossos produtos”. atualmente, a reciclagem do EPS pós-consumo tem aplicação em novos produtos, como cabides, vasos, réguas, material de canetas, rodapés, molduras, solados de sapatos, réguas, decks para piscinas, entre outros.

Com o seu Programa r eciclar EPS, a termotécnica desenvolveu uma cadeia de logística reversa e reciclagem, que agrega clientes, varejistas, concorrentes, fornecedores, importadores, cooperativas e consumidores para realizar de forma integral uma logística reversa das embalagens pós-consumo.

É o caso da parceria com a Unigel para transformar embalagens em EPS pós-consumo em matéria-prima reciclada para produção de peças técnicas de eletrodomésticos. ou seja, o EPS que embala e protege um refrigerador, após seu consumo é coletado e reciclado pela termotécnica que transforma em nova matéria-prima comercializada com a marca rEPor. “Queremos levar esse conceito para outros clientes. Montamos um programa muito bacana que transforma o EPS reciclado em matériaprima de qualidade que é usada nos produtos da Eletrolux. É preciso repensar a circularidade do resíduo de uma forma mais inteligente”, ressalta Schmidt.

Para ampliar a reciclagem do EPS, este ano, a termotécnica está estrutu rando uma área dedicada para captação de material, ampliar o número de cooperativas, prefeituras, parceiros e transportadores. “o objetivo é estabelecer parcerias com empresas que querem aumentar a circulari dade. o que mais falta é o comprometimento de toda rede de varejo que ainda é muito incipiente. a colaboração deles é muito importante

O objetivo é estabelecer parcerias com empresas que querem aumentar a circularidade

para receber o material pósconsumo de volta. Eles precisam fazer parte da solução. Quando eles entrarem forte, o Brasil vai entrar num caminho muito me lhor para reciclagem de todos os materiais”, acredita o presidente.

PROgRaMa REciclaR EPs: cRuzandO fROnTEiRas

o Programa reciclar EPS é hoje reconhecido também mundial mente como um sucesso e exem plo a ser seguido por outros fabricantes que utilizam matériaprima reciclável. Em 2018, às vésperas de iniciar o fornecimen to de embalagens conservadoras para a exportação de frutas –, um dos produtos de maior valor agre gado do agronegócio brasileiro –, a termotécnica também reforçou suas parcerias com as empresas do Global Packaging alliance, for mada por dezenas de fornecedores

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albano schmidt, presidente da termotécnica
reportagem de capa
Foto: Divulgação

que garantem a reciclagem de em balagens de EPS em países como Portugal, Espanha, a lemanha, Holanda, França, reino Unido e Estados Unidos.

“Participamos de feiras internacio nais e ajudamos os clientes a expor o produto e desenvolver sistemas de logística reversa para essa emba lagem que sai do Brasil. Existe um compromisso multilateral de todos que utilizam embalagem EPS de se comprometer com a logística reversa nos seus países. isso deu uma tranquilidade muito grande”, destaca Schmidt.

Um exemplo bem-sucedido deste processo de logística reversa e reciclagem está acontecendo na ex portação de limão tahiti do Brasil para o reino Unido. o modelo de economia circular já é adotado para as conservadoras FarmFresh onde as frutas passam pelo processo de embalamento e acondicionamento e seguem via frete marítimo para o reino Unido. a termotécnica fornece a relação de recicladores locais para o importador. Este, por sua vez, negocia a venda para um destes recicladores que coletam as embalagens pós-consumo na importadora e realizam a sua reciclagem.

dEsafiOs PaRa REciclagEM

o grande desafio para ampliar a reciclagem de embalagem EPS está na logística e na conscientização da população para o descarte correto. “Se a população fizer a destinação adequada, com material relativa mente limpo, a gente consegue fazer a reciclagem. Mas, infeliz mente, nós não temos o consumo consciente. Bandejas de alimentos, por exemplo, têm contaminação de sangue e gordura, e isso traz uma complexidade enorme para reci clagem e encarece esse processo”, afirma Schmidt.

Para mudar esse cenário, a termo técnica está investindo em novas iniciativas para esclarecer, orientar e potencializar a reciclagem do EPS destas embalagens pós-consumo, como o portal Sou r eciclável (soureciclavel.com.br).

Quem acessar o portal terá infor mações de porquê reciclar esse material, como reciclar e, muito importante, onde encontrar os pontos de descarte mais próximos em todo o país. Para ampliar essa rede de parceiros, empresas e entidades que quiserem se juntar ao Programa reciclar EPS podem fazer o cadastramento diretamente no site.

também lançou o selo Sou reci clável que está sendo incluído em suas embalagens com o Qr Code “acesse e recicle”. dessa forma as pessoas já têm facilmente em mãos todas as informações para destinação correta das embalagens. a aplicação do selo com o Qr Code nos rótulos das conservadoras da Colheita, direcionadas à cadeia do agronegócio, e irá expandir tam bém para as embalagens de outros segmentos atendidos pela compa nhia como de eletrodomésticos e eletroeletrônicos. “acreditamos que a embalagem é um excelente veículo para levar essa informação até o consumidor final e incenti var a reciclagem. Contamos com o apoio dos clientes para que a mensagem possa ser disseminada para o maior número de pessoas”, afirma Schmidt.

ainda para ampliar as estratégias de comunicação para a reciclagem do EPS, a termotécnica vem utilizan do as redes sociais. No instagram da companhia (@termotecnicabr), por exemplo, semanalmente são postados vídeos que passam essa mensagem adiante, sempre de uma maneira leve e descontraída.

Em outra frente de sustentabilida de, a termotécnica está analisando

Embalagem para exportação de frutas tem logística reversa no país de destino

soluções de embalagens que ofe reçam menor impacto ambiental, como as produzidas com resíduos agrícolas pós-consumo. “Estamos sentindo que isso é uma tendência. E também estamos olhando para soluções retornáveis e reutilizá veis e como podemos melhorar nosso produto”.

dEscaBOnizaçãO das suas OPERaçõEs

Neste momento, que o mundo e os mercados comprometem-se com metas audaciosas de redução das emissões de gases de efeito estufa para evitar o aquecimento global, a termotécnica concluiu uma parcela significativa de seu projeto de redução de carbono. “a partir da nossa visão estratégica em busca da sustentabilidade, investimos significativamente na mudança de nossa matriz energética para biomassa”, revela o presidente. Entre 2012 e 2020, a termotécnica se antecipou e reduziu em 87,65% as emissões equivalentes de Co2 em seu processo produtivo. “iniciamos uma parceria com a FErMaC Cargo e a KLM para integrar o programa SaF (Com bustível Sustentável de aviação) que visa reduzir o consumo de combustível. Nós estamos estu dando junto com eles os impactos em toda a cadeia na redução da emissão de Co2 e ter esses dados avalizados por entidades inde pendentes”, informa o executivo.

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reportagem de capa
Foto: Divulgação

Visibilidade no P d V físico e V irtual

Informativa, colorida e atraente, a Original Pack cumpre seu papel de ser a estrela do espetáculo, dominando a cena no PDV, para encantar consumidores

N

um mercado altamente competitivo, um design de embalagem bem feito encanta o consumidor no ponto de venda e influencia, cada vez mais, na sua decisão de compra. Não é à toa que as marcas investem na embalagem para destacar o seu produto nas gôndolas. Economia de espaço, versatilidade e beleza são as três principais características das embalagens da fabricante de pescados r obinson Crusoe. Um exemplo é o lançamento da original Pack nas opções de atum sólido em água e em óleo. São duas latas de 170g envolvidas em uma elegante embalagem de papelcartão que, além de garantir uma apresentação mais atraente e prática no ponto de venda, seja ele físico ou online, também vão de encontro à grande procura do consumidor.

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design de embalagem Foto: Divulgação

o conceito gráfico da embalagem foi desenvolvido internamente. Segundo Juliana de oliveira antunes, gerente de trade e marketing da robinson Crusoe, a identidade visual traduz as opções de consumo para ajudar o consumidor a ter ideias de receitas e alternativas de como consumir o produto, ressal tando sempre a saudabilidade e versatilidade do produto. “Estamos sempre buscando facilitar a vida do consumidor e dos PdVs, trazendo inovações em embalagens e deixando a gôndola ainda mais boni ta”, afirma. Ela continua: “outro ponto importante é que combinamos e nos inspiramos nas cores dos oceanos junto com a nossa marca e nosso color code”. o agrupamento dos itens por meio da embalagem de papelcartão oferece ainda mais proteção às latas no ponto de venda. “Quando os consumidores levam o

produto para casa, o formato é mais fácil de encontrar e organizar a despensa”, destaca a executiva. “os cortes e vincos da embalagem garantem que as latas internas não se desloquem no transporte e não preci sam de algo mais na produção, como cola ou adesivo”. Juliana conta como a marca se conecta com os seus consumidores. “os nossos consumidores são exigentes. Estão sempre antenados nos benefí cios dos produtos, na clareza que entregamos as nossas informações. a embalagem de papelcartão destaca informações relevantes dos produtos, ressaltando suas características e benefícios”.

Econômica E sustEntávEl

a preocupação com a embalagem, que já fazia parte do dNa da fabricante, foi aguçada com as tendências atuais do mercado consumidor. Com a crescente inflação, a procura por itens que oferecem mais por um preço menor cresceu significativamente. Segundo estudo da McKinsey, a fatia do atacarejo no varejo de alimentos saltou de 35% para 40% no período de um ano e a perspectiva é de que chegue a 50% nos próximos anos. Unido a este fato, o perfil de compra deste produto, segundo pesquisa realizada no ano passado, é de que o consumidor compra sempre no mínimo duas latas de atum da sua versão predileta. “Com isso, entendemos a necessidade de atender essa demanda. a nossa expectativa é que as vendas da linha original Pack cresçam 15%”, prevê. outro fator atendido pela original Pack é a ade quação ao apelo sustentável. “ d evido ao nosso programa de sustentabilidade optamos sempre por embalagens que são recicláveis, que economizam matéria-prima, não só pelo valor do item, mas para preservação do meio ambiente e do ecossis tema”, explica a gerente de trade e marketing. Muitos consumidores estão focando na saudabilidade ao escolherem suas compras. Essa é mais uma tendên cia de consumo que está alinhada à marca. o processo de envase utilizado pela robinson Crusoe tem como premissa a conservação das propriedades naturais dos produtos. o pescado é envasado fresco, sem conge lamento, mantendo suas características nutricionais intactas pelo maior tempo possível e com segurança.

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Foto: Divulgação
design de embalagem

embalagens Podem exercer PaPel fundamental no combate global à fome

assunta napolitano camilo* Foto: AdobeStock 34 Editora B2B especial as
Tecnologias em embalagens reduzem o desperdício, facilitam o transporte e aumentam o shelf-life do produto

Em tempos de recessão, inflação e ameaça de escassez de ali mentos, o termo shelf-life (tempo de prateleira em tradução livre) se torna cada vez mais popular. Novas tecnologias têm aumentado a vida de prateleira dos produtos e diminuído perdas. o emprego de embalagens e tecnologias podem otimizar o custo dos produtos e atender a mais pessoas. Seria possível reduzir a fome mundial, que atualmente atinge mais de 440 milhões de pessoas, sendo que 250 milhões já estão à beira da inanição, segundo uma reportagem veiculada pela the Economist, em 31 de maio de 2022. Para piorar este quadro, a atual guerra na Europa deve aumentar este número para um bilhão e 600 milhões de pessoas. o shelf-life refere-se ao prazo de validade de determinado produto na prateleira antes da perda de suas características e qualidade. trata-se da vida útil, que compreende o período entre a produção até o consumo do produto. Muitos fatores podem influenciar o shelf-life, como matériaprima utilizada na produção, condições de armazenamento, micro-organismos, temperatura, umidade e exposição à luz, inclusive a embalagem. atualmente há várias tecnologias que aumentam o shelf-life de um produto, entre elas, está agregar ou aumentar a barreira da embalagem. isso pode ser feito de várias formas para embalagens de papel, papelcartão,

papelão ondulado, aço, vidro e plásticas flexíveis ou rígidas. Estas barreiras podem ser incluí das por aplicação direta, na parte interna ou externa da embalagem de qualquer material. Podem ser incluídos aditivos e masterbatches (pigmentos de embalagem) na massa em preparação quando se trata de embalagens plásticas ou de celulose.

Pode-se também adicionar mais de um material, ou mais de uma cama da, na embalagem, criando barreiras diferentes à embalagem final, embo ra isso possa comprometer a recicla bilidade. Podemos, ainda, aumentar a vida de prateleira, incluindo itens de segurança, por exemplo, nas tampas ou nos fechamentos.

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especial

especial

alguns ExEMPlOs

a tecnologia de embalagem plástica com atmosfera modificada (MaP) tem grande impacto no shelf-life dos alimentos e está cada vez mais presente no nosso dia a dia. Ela cria ou mantém uma atmosfera dentro da embalagem, com uma mistura de gases, na maioria das vezes dióxido de carbono e nitrogênio, que preserva a qualidade de alimentos frescos por mais tempo e estende o prazo de validade, propiciando menor desperdício. a embalagem com atmosfera modificada retarda o processo metabólico e desenvolvimento de micro-organismos no alimento, evita perda de líquido e mantém as propriedades organolépticas do produto, como cor, brilho, textura e sabor.

Cada matéria-prima tem suas propriedades específicas para o tipo de alimento que vai ser embalado.

a embalagem de papel, papel-cartão e papelão ondulado pode utilizar revestimentos como barreira, de plástico ou outras resinas para proteger os alimentos congelados e resfriados.

a embalagem de vidro não altera sabor, odor, cor ou qualidade dos alimentos e bebidas, preservando a saúde do consumidor, com me nos conservantes e estabilizantes. Como é impermeável, o vidro impede a ação de qualquer agente externo, o que aumenta o prazo de validade dos alimentos. Para isso é também necessário especial atenção às tampas e tecnologias de fechamento.

a embalagem plástica a vácuo, graças à retirada do oxigênio, preserva os alimentos sem o uso de conservantes, aumentando o seu shelf-life, sejam eles frescos ou processados. Essa tecnologia mantém inalterado o sabor, o aroma, a cor e as qualidades nutricionais do alimento.

as embalagens plásticas a vácuo, skin e com atmosfera modificada têm ganhado participação no segmento de alimentos.

a s barreiras com camadas de polímeros preservam as carac terísticas dos alimentos até o consumidor final. Elas propor cionam barreira ao oxigênio, à luz UV, gases, umidade, aromas, ar, vapor d´água ou gordura.

a embalagem de alumínio ofe rece barreira contra umidade, gases, contaminação e luz para alimentos e bebidas. Preserva as características dos produtos e aumenta a vida de prateleira, sem necessidade de refrigeração. É sempre importante cuidar da selagem ou fechamento para que esta barreira seja efetiva.

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Foto: FuturePack Foto: FuturePack
Foto: FuturePack Foto: FuturePack

a lata de aço permite embalar ali mentos sem conservante ou adi tivo químico, por serem cozidos dentro da própria embalagem. além disso, prolonga a vida útil dos alimentos nas gôndolas, sem refrigeração. Para isso, utilizam alguns produtos para revestir e proteger as paredes internas e evitar contaminação.

ainda verificar o estágio de ama durecimento de frutas para melhor aproveitamento pelos consumido res. Mas são tecnologias ainda raras no Brasil.

além de aumentar a vida útil e tor nar o transporte e armazenamento mais eficazes, as embalagens desempenham outro papel importante no ciclo de vida dos produtos. a iden tificação correta, completa e clara do produto é muito importante para os consumidores. trata-se de segurança alimentar e, claro, não podemos esquecer da sua relevân cia no caso dos remédios. a emba lagem pode também ser inclusiva, pois existe tecnologia para agregar informações em Braille e por Qr Code ou realidade aumentada e, até mesmo, a linguagem de Libras.

EMBalagEM inTEligEnTE

Uma embalagem inteligente, além de proteger os alimentos, monitora o seu estado de conser vação e qualidade, evitando o des perdício e garantindo a segurança alimentar dos consumidores. Ela pode ser dotada de sensores para controlar a temperatura de conservação do produto, ou seja, é possível saber se o alimento foi exposto a condições inadequadas de armazenamento. a tecnologia permite detectar a deterioração ou o frescor dos alimentos ou

a embalagem é essencial para garantir a integridade dos alimen tos em todas as etapas logísticas até chegar ao consumidor final. também é responsável por pro mover melhor experiência de consumo, oferecendo praticidade e conveniência de uso, além de comunicar informações legais, no caso dos alimentos, bebidas e remédios. a embalagem tem ainda um importante papel nas gôndolas de supermercados reais ou virtuais (quando pensamos nas compras pela internet), já que para a maioria das marcas ela é a principal ferramenta para se conectar com os consumidores.

a s embalagens de transportes, quando desenvolvidas adequada mente, possibilitam a redução de perdas de produtos no processo logístico. Hoje a embalagem tam bém cumpre o importante papel de contribuir com a redução da pegada de carbono da indústria de produtos de consumo e no com bate às mudanças climáticas com soluções circulares.

As embalagens, seja qual for o material, têm que mostrar agora, mais do que nunca, a que vieram e que podem salvar alimentos e remédios, ajudar a aplacar a fome e as doenças do mundo.

especial
*Assunta
Napolitano Camilo: Diretora da FuturePack – Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens – Ensino & Pesquisa. Articulista, professora e palestrante internacional de embalagens. Recebeu diversos prêmios, entre eles o de Profissional do Ano e o de Melhor Embalagem do Ano. Coordenadora dos livros: Embalagens Flexíveis; Embalagens de Papelcartão; Guia de embalagens para produtos orgânicos; Embalagens: Design, Materiais, Processos, Máquinas & Sustentabilidade, entre outros. Diretora do Kit de Referências de Embalagens e da coleção Better Packaging. Better World. As embalagens podem fazer o mundo melhor para mais pessoas! Foto: FuturePack Foto: FuturePack Foto: FuturePack

cada embalagem conta uma história que vira uma só

Em 1891, os irmãos Franz e Max Neugebauer junto com Fritz Gerhardt, fundaram em Porto alegre (rS), a primeira fábrica de chocolates do Brasil, a Neugebauer. Em 1925, nasceu o primeiro ícone da marca, o chocolate refeição. Em 1958, outro sucesso, o bombom amor Carioca.

Grande inovação na categoria, em 2005, a marca lançou Napolitano, a primeira barra de chocolate com três camadas: chocolate meio amargo, chocolate branco e uma de creme de morango. Esta combinação de cores e sabores é conhecida mundo afora.

Com o desafio de inovar e se reinventar visando conquistar o público mais jovem e gerar mais valor à marca, a Neugebauer repaginou a identidade visual da embalagem que é assinada pela agência John & Hackmann. a mudança teve como objetivo resgatar o clássico com um toque de modernidade, criando um padrão cromático através dos sabores. a novidade traz também ilustrações exclusivas que contam uma história de forma lúdica. a narrativa dividida em quatro partes começa pelo avô apresentando o chocolate ao seu neto e introduzindo-o na tradição e experiência de consumir o produto, que está junto dos consumidores nos momentos mais simples e especiais. a história continua até o menino alcançar a maturidade e passar a tradição para sua neta, completando um ciclo e mantendo o legado da experiência das pessoas que vivenciaram momentos em família.

Se quiser mais informações

Nova identidade visual do chocolate Napolitano conta a narrativa da Neugebauer que faz parte da memória afetiva de muitos consumidores

a marca criou uma linha colecionável através de uma narrativa. Cada embalagem conta uma história que vira uma só. Com a nova identidade visual de Napolitano, a Neugebauer espera aumentar o vínculo afetivo do consumidor com a marca.

“Esperamos um retorno muito positivo. Napolitano é uma linha de barras que foi ganhando identidade própria com o passar dos anos. a atualização que estamos pro pondo traz um novo olhar para a gôndola de chocolates, que é repleta de embalagens focadas em produtos e não em uma narrativa, algo que estamos fazendo de forma inovadora agora”, afirma Leandro Notti Laux, gerente de marketing e inovação da Neugebauer. realmente, as novas embalagens da linha de chocolates Napolitano saltam aos olhos na gôndola e convidam os consumidores amantes da marca e os chocólatras a uma viagem na tradição e história de um símbolo de sucesso.

Embalagens que contam histórias são melhores e fazem o mundo melhor.

fotos dos produtos, é possível obtê-las no site:

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Foto: Leandro Andrade
*Assunta Napolitano Camilo: Diretora da FuturePack – Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens – Ensino & Pesquisa. Articulista, professora e palestrante internacional de embalagens. Recebeu diversos prêmios, entre eles o de Profissional do Ano e o de Melhor Embalagem do Ano. Coordenadora dos livros: Embalagens Flexíveis; Embalagens de Papelcartão; Guia de embalagens para produtos orgânicos; Embalagens: Design, Materiais, Processos, Máquinas & Sustentabilidade, entre outros. Diretora do Kit de Referências de Embalagens e da coleção Better Packaging. Better World.
e
www.clubedaembalagem.com.br
assunta napolitano camilo*
Foto: FuturePack

InstItuto de embalagens lança terceIra edIção do lIvro embalagens FlexíveIs

Mercado de embalagens que mais cresce no mundo é o tema do novo livro do Instituto de Embalagens. A terceira edição da obra bilíngue Embalagens Flexíveis / Flexible Packaging - a 11a da coleção Embalagem Melhor Mundo Melhor / Better Packaging Better World e o 22o livro do Instituto de Embalagens - traz conteúdo atualizado, abordando, desde as informações de mercado, tendências, design, inovações, processos, equipamentos e sustentabilidade.

Essa edição conta com os patrocínios da ABIEF, Alpha Clicheria, Amcor, Braskem, CBA, Grif Rótulos, Epema, FuturePack, Klabin, Lord Brasil, Nitro, PE Labellers, Polo Films, Sabic, Sonoco, Toyobo, Valgroup e Videplast, além do apoio da Antilhas, Camargo, Embaquim, Gualapack, Grupo Soléflex, Haver & Boecker, Interpack, Multivac, Radici, Siegwerk e Terphane.

sErviÇo livro bilíngue Embalagens Flexíveis / Flexible packaging onde comprar:

lEitUra
https://www.loja.ideembalagens.com.br/
Scaneie o QR Code para comprar Foto: Divulgação

Starbucks Brasil cria iniciativa de reciclagem de copos descartáveis e também incentiva o reuso, oferecendo café grátis aos clientes que comprarem o modelo selecionado de copo reutilizável

A dando uma nova vida aos copos de uso único

Starbucks Brasil está transformando o seu negócio a favor da sustentabilidade. Lançou uma nova iniciativa de recicla gem de copos por meio do projeto de economia circular “Ciclobom” – desenvolvido pela BO Packaging com o apoio da produtora de papel cartão Ibema e da startup de logística reversa inteligente Green Mining – para dar uma nova vida aos copos de uso único, transformando-os em luvas de copos para bebidas quentes. Como parte da meta global da Starbucks de reduzir em 50% os resíduos de lojas e fábricas enviados para aterros até 2030, a empresa continua empenhada em desenvolver iniciativas inovadoras de sustentabili dade, impulsionadas por uma mudança mais ampla em direção a uma economia circular.

A iniciativa é um marco na jornada da Starbucks para se tornar uma empresa positiva em recursos (resource-positive), com a aspiração de proteger o futuro do planeta, trabalhando em conjunto com clientes, partners (colaboradores) de lojas e organizações que tenham o mesmo pensamento para promover iniciativas de sustentabilidade.

“A Starbucks no Brasil está constantemente desenvolvendo novas iniciativas para ser localmente sustentável e conscientizar sobre os problemas do planeta. A reciclagem de copos está conectada aos nossos objetivos de causar um impacto positivo nas regiões que recebem nossas lojas e incentivar a economia circular de copos de papel em nosso mercado”, disse Sandra Collier, diretora de marketing, fidelidade e responsabilidade social da SouthRock, operadora licenciada da Starbucks no Brasil.

Lançado pela primeira vez em 2021 como um programa piloto em três lojas Starbucks em São Paulo, o Projeto Ciclobom recicla os icônicos copos de papel branco da marca e dá a eles uma nova vida, transformando-os em luvas para copos. Após apenas onze meses, o projeto já coletou e reci clou mais de 80 mil copos. Agora, o Ciclobom está disponível em nove lojas em São Paulo, com a intenção de expandir para 60 lojas em todo o Brasil até o final do ano. “Desde o início, quando começa mos a desenhar o projeto Ciclobom com os nossos parceiros para essa ação, nossa intenção é levar a ini ciativa para todas as nossas lojas no Brasil. Acreditamos no seu potencial e no impacto positivo para o meio ambiente e estamos estudando a ampliação do projeto

sandra collier, diretora de marketing, fidelidade e responsabilidade social da Southrock, operadora licenciada da Starbucks no brasil
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Foto: Divulgação

de forma gradativa, ainda sem previsão de quando ele chegará a todas as lojas. Estamos muito satisfeitos com os resultados que estamos obtendo até aqui”, afirma Sandra.

Os clientes da Starbucks Brasil podem apoiar o Projeto Ciclobom descartando seus copos de papel de uso único em caixas de coleta designadas a esse fim, instaladas em lojas selecionadas. Em se guida, a Green Mining coleta os copos e os envia para serem processados pela Ibema por meio de um sistema que utiliza baixos recursos hídricos para separar a camada de plástico do papel. O plástico é enviado para uma em presa de coprocessamento, onde ele é transformado em energia enquanto as fibras de papel são transformadas em 30% de papelão reciclado pós-consumo para se tornar, no futuro, uma nova luva para copos Starbucks, usada para bebidas quentes.

“Na Starbucks, temos como missão gerar um impacto positivo para to das as pessoas ao nosso redor, para as comunidades onde estamos presentes e para o nosso planeta.

Entendemos que as mudanças e transformações acontecem de for ma conjunta e com o engajamento de toda a comunidade. Enquanto nos concentramos em nossas metas ambientais e de sustentabilidade, contamos com o envolvimento de cada pessoa, cada um de nossos partners , fornecedores e clientes se envolvam nessa iniciativa, pois acreditamos que, juntos, somos melhores”, ressalta Sandra.

Reuso

O objetivo da marca até 2025 é criar um movimento cultural em direção à redução de resíduos, fornecendo acesso fácil a copos reutilizáveis, tornando-os mais convenientes para que clientes aproveitarem sua Experiência Starbucks com seus copos e utensílios pessoais. No mundo inteiro, vários programas e modelos operacionais estão sendo testados com esse objetivo em mente, como o Empreste um Copo, em que clientes pedem sua bebida em um copo retornável oferecido pela Starbucks; Modelos Operacionais 100% Reutilizáveis, que consideram a eliminação total dos copos de uso único, em favor dos reutilizáveis, copos pessoais ou

louça para consumo local; e Copos Pessoais e Caneca para Consumo Local (For-Here-Ware), para incen tivar os clientes a trazerem seus próprios copos e enfatizar a caneca para consumo local fornecida pela Starbucks como a experiência padrão de consumo em loja.

No Brasil, para clientes que de sejam ficar, se sentar e aproveitar a experiência física do café nas lojas Starbucks, partners já podem oferecer a opção de servir bebidas em caneca oferecida pela Star bucks como uma experiência de consumo local com maior consci entização do planeta. “Essa é uma prática que vem conquistando nossos clientes e que vemos um grande potencial de expansão no mercado brasileiro. Cada vez mais, essa prática tem ganhado adeptos brasileiros, assim como já acontece em muitos países que estamos presentes, e considera a eliminação total de copos de uso único”, destaca Sandra.

A Starbucks e a SouthRock, opera dora licenciada da marca no Brasil, continuam avaliando outras ini ciativas que ajudarão a alcançar as metas globais de sustentabilidade da empresa.

O projeto de economia circular Ciclobom já está disponível nas seguintes lojas Starbucks, em São Paulo:

Paraíso: Rua Desembargador Eliseu Guilherme, 200 Itaim Bibi: Rua Jesuíno Arruda, 626 Moema: Alameda Jauaperi, 597

Shopping Frei Caneca: Rua Frei Caneca, 569 Berrini: Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, 773

Shopping Morumbi: Avenida Roque Petroni Júnior, 1089 Pavão: Avenida Pavão, 667

Gomes de Carvalho: Rua Gomes de Carvalho, 1740 Brascan Open Mall: Rua Joaquim Floriano, 466

pack | sustentabilidade 41EDItORA B2B
EnCOntrE
uMa CaIxa dE COlEta CIClOBOM Foto: Divulgação

minha ida à davos

Aprendizados e tendências em economia circular no Fórum Econômico Mundial

guilherme brammer*

Comecei minha carreira como engenheiro de materiais, em 1997, no Grupo Dixie Toga, hoje Amcor. A vida profissional tem sido muito generosa comigo. Sempre fui curioso, consegui passar por importantes indústrias de embalagens, como aço, papel e celu lose, plástico. Esta jornada pelo setor me deu uma visão valiosa para atuar no mercado de Economia Circular, onde o equilíbrio do uso de materiais e as conexões setoriais, são os fatores que ajudarão na implemen tação de uma indústria em linha com o conceito ESG (Ambiental, Social e Governança) tão valorizado atualmente.

Há dez anos fundei a Boomera, atualmente Boomera Ambipar após M&A com este gigantesco grupo. A ideia inicial era ser uma empresa de pesquisa e desenvolvimento, pois existia muita oportunidade para transformar o que era visto como sucata, em materiais novos, com excelente performance e que retornasse para a mesma indústria que o gerou. Afinal foi isto que aprendemos na universidade, toda matéria é passível de reaproveitamento. Mas, este plano durou apenas um mês. Quando visitei uma cooperativa de catadores de material reciclado, tipo de negócio que era “invisível” para a indústria naquele momento, levei o pri meiro soco no estômago ao ver uma senhora, quebrando, literalmente, vidro com um facão na mão, sem nenhuma proteção, mas com um grande sorriso no rosto. Aproximei-me dela e na minha soberba de engenheiro, que havia passado por grandes empresas, fui dar minha lição de segurança no trabalho, e disse: “Minha senhora, é necessário o uso de ferramentas adequadas e equipamentos de proteção para esta atividade”. Com seu lindo sorriso, ela respondeu: “Bom dia, pode até ser que exista uma forma mais segura, mas é o que tenho, e com este serviço já estou pagando a segunda faculdade dos meus filhos”. Bom, não sei para você leitor, mas para mim passou uma vida nesta hora, e o quanto somos privilegiados em um país como o Brasil.

A partir deste momento, a Boomera não era mais só uma empresa de P&D, mas sim uma empresa que quer unir Ciência com Consciência onde tudo que entra precisa sair melhor do que entrou. Através das cooperativas, poderíamos transformar o modelo de logística reversa no país, evitando que materiais de engenharia que são destinados para aterros, pudessem retornar à indústria e ter geração de emprego e uma profissão digna para os catadores. E assim, estamos até este momento.

Com este trabalho, conseguimos impactar mais de 10 mil cooperados, dobrando seus rendimentos. Em troca, eles nos ajudaram a ter acesso à matéria-prima, que hoje alimenta grande parte de nossas duas unidades industriais e as outras duas que entrarão em operação nos próximos meses. Com este trabalho, conquistamos, em 2019, o reconhecimento como Em preendedor Social pela Folha de São Paulo e Fundação Schwab. Em 2020, ganhamos o prêmio Social Awards no Fórum Econômico Mundial, que em

2022, tive a honra de receber presen cialmente, em Davos, e representar o Brasil em um evento, que lá em 1997, nem sabia que existia.

Quando a revista Pack me con vidou para escrever sobre minha experiência, primeiro fiquei muito honrado, afinal é uma publicação que, há muitos anos, traz infor mações para o mercado que iniciei minha carreira. Segundo por me dar a oportunidade de tentar inspirar outros profissionais de embalagens para uma jornada de transformação para a economia circular, que está muito mais pautada pela mudança da forma de pensar (mindset) da indústria do que pelas tecnologias da NASA.

Minha chegada à Davos já deixou claro que estava entrando em um território diferente. Pessoas de todos os tipos, países, crenças, hábitos, mas com um propósito quase que igual, de reconstruir a economia através da confiança, tema da reunião anual de 2022. Os 17 inovadores sociais, grupo em que eu estava inserido, se misturou com mais de 2.500 líderes governa mentais, empresariais e ONGs, para discutir como reconstruir o jeito de fazer negócios em um mundo pós-pandêmico e, agora, em guerra. Não foi à toa que a primeira plenária foi conduzida pelo professor Klaus Schwab e Volodymyr Zelenskyy, presidente da Ucrânia. Deu para ver que o nível das discussões erão outras. Não era simplesmente um encontro regado a coquetéis e quitutes, mas uma agenda que se estendia das 7h30 às 22h.

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Foto: Divulgação

Os principais temas discutidos nas plenárias foram claramente crise climática, geração e formato de emprego, diversidade, saúde póspandemia, recuperação econômica pós-guerra. Era nítida a preocupação de líderes europeus com a guerra na Ucrânia, o clima era de apreensão. recebi acesso a um app, uma es pécie de “Linkedin” do WEF 22, onde conseguia desenhar minha jornada durante o evento, além de me conectar com pessoas que eu só via em jornais e livros sobre o tema. Escolhi todos os painéis de Economia Circular obviamente e consegui coordenar participações em grandes conversas sobre crise climática e América Latina.

Gostaria de compartilhar alguns aprendizados e tendências que pude perceber por lá: 6%

Emissões globais aumentaram 6% desde 2021, enquanto o uso de carvão expandiu 9%. “isto é inacei tável”, declarou o enviado especial da presidência norte-americana para o clima, John Kerry, durante sua participação em um painel que dividia com seu contraparte chinês, Xie Zhenhua. “Pelos próximos oito anos, nós precisamos mudar radical mente nosso sistema econômico e nossa resiliência por combustíveis fósseis para manter o alinhamento do acordo de Paris. Esta é a grande batalha de nosso tempo”.

573

Este foi o número de pessoas que se tornaram bilionárias durante a pan demia do Covid-19, de acordo com a Oxfam report. “Lucrando com a dor externa”, lançado em um evento de elite. Até então criar riqueza não é crime se fizer da forma correta. A questão discutida no Fórum foi que, ao mesmo tempo, que bilionários novos aparecem no mundo, 263 milhões de pessoas entraram na extrema pobreza em 2022, revertendo décadas de progresso.

33

Apenas 33 instituições financeiras de mais de 500 são membros da Aliança Financeira de Glasgow para a Neutralização de Carbono (GFANZ). Elas realmente se com prometeram a remover, até 2025, de seu portfólio empresas conectadas com ações de desflorestamento.

45%

Uso de energia não renovável representa 55% das razões da crise climática, os outros 45% vem da indústria. E destes 45%, 60% vem especificamente da indústria do plástico, aço, alumínio e cimento. O que eu percebi nestas discussões é que é muito difícil mudar um modelo mental mundial se não for através de iniciativas setoriais, entre nações. Todos os projetos e iniciativas que acompanhei durante o Fórum, tinham o envolvimento setorial, e aí vêm bons aprendizados: Competição CooperaçãoX

Eu fico com os dois. Sempre será importante a competição no mer cado, onde persevera a melhor pro posta de valor para o mercado, com boas experiências, posicionamento, custo. Mas, para resolver um problema complexo como os resíduos, por exemplo, a cooperação setorial é fundamental. Hoje vejo, inclusive no Brasil, marcas brigando para aparecer como a solucionadora do problema de resíduos de seu setor, mas é quase impossível acreditar que, sozinha, irá conseguir mexer o placar. As grandes marcas estão em quase 100% dos lares no mundo, é muito volume, e precisa ser tratado como uma grande cooperação global e não existir competição. Na Boomera Ambipar, estamos ampliando muito nosso escopo de projetos para programas setoriais e não mais programas limitados a uma marca X ou Y. tem dinheiro, falta projeto Como convidado dentro do grupo dos 17 Social innovators tive acesso

às reuniões fechadas com vários fundos que buscam a melhoria so cial do planeta, e posso afirmar que são Bilhões de Dólares aguardando projetos. A grande reclamação dos representantes dos fundos que falamos foi que muitas famílias e empresários estão querendo de volver parte de suas fortunas para ajudar a melhorar o planeta, mas não encontram projetos estrutura dos com projeção de escala. Fiquei muito feliz em saber que o modelo de gestão de cooperativas que es tamos tocando aqui no Brasil foi muito bem aceito e que teremos muitas novidades em grande escala em breve no país.

Brasil, Cadê voCê? infelizmente a presença brasileira foi quase nula. No maior painel sobre recuperação econômica na América Latina não tínhamos representante. isto mostrou nosso distanciamento com temas tão relevantes para o mundo, e não escrevo aqui sobre o afastamento político, mas principalmente em presarial. Pouquíssimas empresas representadas no Fórum, um ou outro painel, com brasileiros na plenária. Escrevo isto mais para inspirar do que criticar, pois tem tanto empreendedor brasileiro fazendo bonito, que talvez ano que vem, possamos contar mais e atrair mais investimentos para o Brasil. realmente foi uma experiência que agora se torna uma jornada. Tenho mais alguns anos dentro do ecossistema do Fórum Econômico Mundial, e irei aproveitar ao máximo levando temas e pautas para discussões. Vou mostrar que o Brasil possui bons exemplos e ini ciativas, inclusive no mercado de embalagens, que podemos ser vistos como solução e menos como riscos ambientais daqui para frente. Este protagonismo é muito importante, afinal quem não é visto, não é lembrado! O Brasil tem muita inova ção que pode mudar a forma de fazer produtos e experiências. Temos que mostrar para o mundo.

*Guilherme Brammer, CEO da Boomera Ambipar
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