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ANO•15 NOVEMBRO
2 0 1 2 R$ 15,00
EMBALAGEM
TECNOLOGIA
DESIGN
INOVAÇÃO
ENTREVISTA Assunta Napolitano Camilo, diretora do Instituto de Embalagens, fala sobre os desafios para a indústria de embalagem ser mais competitiva
ESPECIAL EQUIPAMENTOS DE EMBALAGEM DE FIM DE LINHA A automatização garante maior eficiência e flexibilidade no processo, com redução de custos para as indústrias usuárias
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SETOR DE EMBALAGEM INVESTE COM FOCO NA COPA Capa Pack 183.indd 1
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carta ao leitor
FOCO NAS POTÊNCIAS
O
Mundial de 2014 já começou para a indústria brasileira de embalagem que visa o crescimento de seus negócios durante a realização deste megaevento no Brasil. É uma oportunidade única para melhorar o processo produtivo das empresas e acessar novos mercados, já que a expectativa do governo Federal é receber cerca de 600 mil pessoas. Nesta edição, a revista PACK entrevistou empresas do setor de embalagem que têm investimentos focados na Copa do Mundo. Mas, muito mais do que investimento em infraestrutura para atender a alta demanda de consumo, o que também será fundamental para sair-se bem-sucedido neste megaevento é o investimento em gestão e empreendedorismo. Cada vez mais o crescimento das empresas está criando a necessidade de automatização das linhas de produção para garantir maior eficiência em todo o processo. A automação dos equipamentos de embalagem de final de linha é estratégica neste contexto, por isso o setor tem investido em tecnologia para ser mais competitivo num mercado altamente dinâmico. Esse é o assunto do especial sobre equipamentos de embalagem de fim de linha. A indústria brasileira de embalagem pode ser mais competitiva se investir na capacitação do capital humano, que, cada vez mais, deve ser multidisciplinar e ter uma visão sistêmica do processo produtivo da cadeia para obter ganhos econômicos e sustentáveis. É com
essa lente que Assunta Napolitano Camilo, diretora do Instituto de Embalagens, acredita que o setor pode ser mais competitivo, pois hoje deixa de desbravar uma avenida de oportunidades de negócios. “Nossa cultura é operar na lógica do buraco, do que falta e não do que há; vem daí o assistencialismo, que desempodera e não resolve. Verificamos que há abundância de recursos se mudarmos de perspectiva: não trabalhar mais sobre carências, mas sim sobre potências, o diferencial e a fortaleza de cada pessoa, instituição, comunidade”. Esse trecho do livro Desejável Mundo Novo, de Lala Deheinzelin e do Movimento Crie Futuros, traduz bem o que falta em nossa cultura corporativa para ser uma indústria mais competitiva e inovadora. É preciso mudar a mentalidade para ter novos hábitos empresariais. Num mundo de commodities, no qual os produtos podem ser facilmente copiados, a economia criativa, segundo a autora, é a tendência da vez para se diferenciar num mercado altamente competitivo. Esse pode ser o caminho para enfrentar a concorrência de inúmeros lançamentos nas gôndolas. Até a próxima edição.
MARGARET HAYASAKI
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| margaret.hayasaki@banas.com.br
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sumário
A N O • 1 5 NOVEMBRO
Foto: Leandro Andrade
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ENTREVISTA
Foto: iStockphoto
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MATÉRIA DE CAPA
Investimentos com foco na Copa
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INOVAÇÃO
EMBALAGEM TECNOLOGIA DESIGN
A indústria de embalagem pode ser mais competitiva
ENTREVISTA Assunta Napolitano Camilo, diretora do Instituto de Embalagens, fala sobre os desafios e as oportunidades para a indústria brasileira de embalagem ser mais competitiva
26 MATÉRIA DE CAPA
A proximidade da Copa do Mundo de Futebol, que será realizada no Brasil, em 2014, já transformou a rotina da indústria brasileira de embalagem
32 ESPECIAL EQUIPAMENTOS DE EMBALAGEM DE FIM DE LINHA
A automatização dos equipamentos de embalagem de final de linha garante maior eficiência e flexibilidade no processo, com redução de custos para as indústrias usuárias
36 ESPECIAL ABIHPEC
Promovido pela Abihpec, o Encontro Internacional de Embalagens, realizado em setembro, em São Paulo, apresentou os drivers de inovação na indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos
40 SUSTENTABILIDADE
Mercado de bioplásticos vai chegar a 6 milhões de toneladas em 2016
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Mais economia e rapidez
SEÇÕES 6
AGENDA
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PACK ONLINE
14 POR DENTRO DAS LEIS 16 ATUALIDADES 22 VANGUARDA 24 LANÇAMENTOS INTERNACIONAIS
Fotos: Divulgação
ESPECIAL
Foto: Krones
40 SUSTENTABILIDADE 44 DIRETO DA GÔNDOLA 46 NOTAS TÉCNICAS 4
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Foto: FCE Pharma
agenda EM DESTAQUE A FCE Pharma atinge um público qualificado de profissionais ligados à indústria farmacêutica, fornecedores, distribuidores e revendas do país. É o palco ideal para a geração de importantes negócios da indústria farmacêutica que oferece uma visão de futuro; inovações em produtos, equipamentos e serviços em um único lugar.
EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO Publisher: Fernando Lopes Editora-chefe: Margaret Hayasaki Assessora Técnica: Assunta Camilo (FuturePack) – assunta@futurepack.com.br Revisão: Nazaré Baracho Secretária: Sandra Gomes Projeto gráfico: Editora B2B Produção: Luciano Tavares de Lima (gerente) Designer: Ana Claudia Martins Capa: Ana Claudia Martins
FEIRAS NO BRASIL DATA
FEIRA
LOCAL
ORGANIZAÇÃO
De 2 a 5 de abril de 2013
ExpoEmbala – Feira de Embalagem
De 14 a 16 de maio de 2013
FCE Pharma – Exposição Internacional de Tecnologia para a Indústria Farmacêutica
Transamérica Expo Center, São Paulo (SP)
NürnbergMesse Brasil Tel.: (11) 3205-5000 www.fcepharma.com.br
De 14 a 16 de maio de 2013
FCE Cosmetique – Exposição Internacional de Tecnologia para a Indústria Cosmética
Transamérica Expo Center, São Paulo (SP)
NürnbergMesse Brasil Tel.: (11) 3205-5000 www.fcepharma.com.br
De 20 a 24 de maio de 2013
Feiplastic – Feira Internacional do Plástico
Pavilhão de Exposições do Anhembi (SP)
Centro de Exposições Imigrantes, São Paulo (SP)
Clarion Events e Greenfield Business Promotion Tel.: (11) 3893-1300 www.expoembala.com.br
CONSELHO EDITORIAL Assis Garcia – diretor do Centro de Tecnologia de Embalagem – CETEA; Eduardo Yugue – gerente de embalagens da Nestlé; Geraldo Cardoso Guitti – presidente da Refrigerantes Convenção; Iorley Lisboa – gerente de embalagens do Wal-mart; João Batista Ferreira – CEO da J2B Innovation to Business; Lincoln Seragini – diretor – presidente da Seragini Farné; Luis Madi – diretor - geral do ITAL - Instituto de tecnologia de Alimentos; Nivaldo Ferreira Lima – gerente de compras do McDonald´s Brasil
Gerente Comercial Salete Pukar – salete@pack.com.br Tel.: (11) 3500-1909
Executivos de Negócios – São Paulo Cláudio Alves Freire – claudio.alves@banas.com.br
Reed Exhibition Alcantara Machado Tel.: (11) 3060-5000 www.feiplastic.com.br
Tel.: (11) 3500-1900
Rio de Janeiro Art Comunicação S/C Ltda. Contato: Francisco Neves Rua Des. João Claudino Oliveira e Cruz, 50 – cj. 607 – CEP 22793-071 – Rio de Janeiro-RJ Tels.: (21) 2269-7760 – (11) 9943-5530 – Fax: (21) 3899-1274 – banasrj@uol.com.br
Rio Grande do Sul Interface Comunicação e Propaganda Ltda. Contato: Vera Anjos
FEIRAS NO EXTERIOR
Av. Taquara, 193 – Cj. 406 – CEP 90460-210 – Porto Alegre-RS Tel./Fax: (51) 3330–2878 – banassul@terra.com.br
DATA
FEIRA
LOCAL
ORGANIZAÇÃO
De 19 a 22 de novembro de 2012
Emballage – Salão Internacional de Embalagem
Paris Nord Villepinte, Paris, França
Comexposium Tel.: +33(0) 176771424 www.emballageweb.com
De 3 a 5 de dezembro de 2012
Conferência sobre Embalagem de Parede Fina
Maritim Hotel, Colônia, Alemanha
Applied Market Information Ltd Tel.: +44 (0)117 924 9442 www.amiplastics.com
São Paulo – Interior Aqueropita Intermediações de Negócios Ltda. Contato: Aparecida A. Stefani Tel.: (16) 3413-2336 – Cel.: (11) 9647-0044 – Fax: (11) 3500-1935 aparecida.stefani@banas.com.br
REPRESENTANTE INTERNACIONAL Argentina 15 de Noviembre 2547 – C1261 AAO –
De 27 de fevereiro a 1º de março de 2013
Expopack Guadalajara
Expo Guadalajara, México
PMMI Tel.: (703) 2438555 www.expopackguadalajara.com.mx
Capital Federal – Republica Argentina Tel.: (54-11) 4943-8500 – Fax y Mensajes: (54-11) 4943-8540 www.edigarnet.com
ACORDO DE COOPERAÇÃO China Import and Export Fair Complex (Area A), Guangzhou, China
Adsale Exhibition Services Ltd. Tel.: (852) 2811-8897 www.china-drink.com
Rua dos Três Irmãos, 771 Jardim Progredior – São Paulo-SP – CEP 05615-190 CNPJ 07.570.587/0001-13 – I.E. 149.349.995-116 TELEFONE (11) 3500-1900
Cartas&E-mails
Impressão: Gráfica Coan Circulação nacional: Tiragem – 10 000 exemplares
Pack 181 – Edição especial Sustentabilidade
Acabei de ler a revista, especialmente o artigo da página 37. Ficou muito bom! Parabéns pela revista, especialmente por esta edição especial! Teddy Lalande Coordenador de sustentabilidade da Dixie Toga São Paulo - SP
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Rua dos Três Irmãos, 771 Jardim Progredior – São Paulo-SP – CEP 05615-190
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11 3500-1921 | FAX 11 3500-1935
NOVEMBRO 2012 PACK – EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO é uma publicação mensal da Editora B2B.
C AT
TELEFONE
Periodicidade: mensal Assinatura: Anual (Brasil) = R$ 97,00 • Nº Avulso = R$ 15,00
A PACK é dirigida aos profissionais que ocupam cargos técnicos, de direção, gerência e supervisão em empresas fornecedoras, convertedoras e usuárias de embalagens, bem como prestadores de serviços relacionados à logística, design e todos os processos relacionados a indústrias de embalagem.
PARA SE CORRESPONDER COM A REDAÇÃO E-MAIL redacao@editorab2b.com.br
Phone: +1 312/2221010 – www.packworld.com
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China Drink – Feira Internacional de Cervejas, Bebidas e Embalagens para Líquidos
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De 4 a 6 de março de 2013
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É permitida a divulgação das informações contidas na revista desde que citada a fonte. PACK reserva-se o direito de publicar somente informações que considerar relevantes e do interesse dos leitores da revista.
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POR TATIANA GOMES | tatiana.gomes@banas.com.br
O SITE DA PACK TRAZ NOTICIÁRIO ATUALIZADO DIARIAMENTE, ARTIGOS EXCLUSIVOS E TUDO SOBRE O MERCADO DE EMBALAGEM. MAIS: VÍDEOS, FOTOS E A VERSÃO DIGITAL NA ÍNTEGRA DA EDIÇÃO DO MÊS, ALÉM DAS ANTERIORES!
Para os amantes de sabores mais doces, mas que não abrem mão da refrescância, Halls XS acaba de lançar a versão melancia. A novidade se destaca pelo gosto suave da fruta e chega para se juntar às três opções já existentes – cereja, mentol e extraforte.
Wood´s lança água mineral com marca própria O Grupo Wood’s, referência no entretenimento em casas noturnas, lançou uma marca própria de água mineral, produzida pela empresa paranaense Águas Ouro Fino e envasada em embalagem da Tetra Pak. O lançamento ocorreu durante a festa de reinauguração da sede do grupo em Curitiba (PR), na noite de quarta-feira (3/10).
[ENQUETE ]
RESULTADO OUTUBRO/2012
Mais de 4 a 5 anos (10%)
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Há um ano (90%)
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0%
Qual é o tempo de parceria com os fornecedores de embalagens?
90,00%
Mais de 2 a 3 anos (0,00%) Mais de 5 a 10 anos (0,00%) Há mais de 10 anos (0,00%)
NESTE MÊS Interaja! Confira a enquete do mês e vote na home do site! Onde achar? http://www.pack.com.br
[DESTAQUES] Dúvidas sobre o mercado?
Nossos consultores esclarecem os mais diversos temas do setor. Envie sua pergunta e leia as respostas para nossos internautas no Blog da Pack. PERGUNTE, ELE RESPONDE!
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Onde achar? http://www.pack.com.br/blog
[CONEXÃO WEB ] as mais lidas no pack.com.br Pesquisa revelou que brasileiros respondentes apontam para um perfil saudável, mas somente 18% apresentam características tradicionais relacionadas à saúde.
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Pesquisa revela que brasileiros já fazem algumas escolhas saudáveis
Estudo apontou que 45% só acreditam em informação sobre saúde e nutrição quando endossadas por um profissional.
Setor de celulose e papel deve fechar o ano com resultados inferiores a 2011
Pöyry prevê que 90% do crescimento deste mercado nos próximos anos estará atrelado à demanda asiática.
Embalagens metálicas brasileiras são premiadas em Tóquio, no Japão
A lata expandida em aerossol, da Brasilata para a AP Winner, indústria do Würth Group, ganhou o prêmio Prata, entre outras.
Solução de embalagem a vácuo que atende normas internas e de exportações
Sunnyvale participa da FFATIA em parceria com a Sunnycenter, distribuidora para região Centro-Oeste.
Henkel apresenta o Purmelt® QR 475A, novo adesivo para o setor de embalagens Sua principal característica é a inovadora aparência transparente, fazendo com que seja o adesivo ideal para aplicação em Clearbox.
Confira a lista das dez notícias mais acessadas no site e as leia na íntegra! Fonte: Google Analytics* Período de 22/9/12 a 22/10/12 Onde achar? http://www.pack.com.br/maisnoticias.aspx
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Halls XS aumenta o portfolio e lança seu sabor melancia
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entrevista
A indústria de embalagem pode ser mais competitiva Com investimento em capital humano e uma visão sistêmica do processo produtivo da cadeia para obter ganhos econômicos e sustentáveis
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MARGARET HAYASAKI deslumbramento com o mundo que se descortina à sua volta. É com esse olhar que, quando criança, aos seis anos de idade, assunta Napolitano Camilo, diretora da consultoria FuturePack e do instituto de Embalagens, descobriu a sua vocação para ser “embalageira”. Ela ficou deslumbrada ao descobrir que as pessoas não precisavam ter uma vaca em suas casas para ter leite. Essa descoberta foi feita quando a iracema, vaca de estimação de seus pais, adoeceu, e sua família passou a comprar latas de leite Ninho em pó. Hoje, com 30 anos de atuação no setor de embalagem, a executiva continua olhando o mundo da embalagem com a mesma paixão e o brilho da infância. “É o que eu gosto de fazer e o que sei fazer. Para mim é muito”, afirma. Ela continua: “Já fiz um pouco, mas quero fazer mais projetos de embalagem para alimentar mais pessoas. Ensinar as pessoas a aproveitar o potencial da embalagem é muito realizador. a embalagem tem um fator social fantástico. Quanto mais a embalagem for melhor, o mundo vai comer melhor. E pessoas mais bem alimentadas vão produzir melhor.” assunta recicla seu olhar sempre ao viajar pelo mundo para desbravar novidades sobre a indústria de embalagem através de visitas às feiras internacionais do setor e aos pontos de venda. Em entrevista à revista PACK, a executiva empresta a sua expertise para falar sobre os desafios da indústria brasileira de embalagem para ser mais competitiva. PACK: Como a indústria brasileira de embalagem pode ser mais competitiva no mercado interno? ASSUNTA: a indústria brasileira de embalagem perde uma grande oportunidade de alinhar matéria-prima, transformação, convertedor e indústria usuária. Por exemplo, às vezes, 1 mm na parede de um cartucho pode representar oito
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Fotos: Leandro Andrade Editora B2B
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entrevista
faz. Um bom exemplo é o projeto feito na Colgate. Em vez de mandar o cartucho do creme dental pronto, ele era enviado aberto no palete e formado na linha de produção da empresa. a bisnaga era produzida na própria Colgate. E as aparas de papel cartão eram recolhidas para reciclagem na própria Papirus. tudo isso permite ganhar escala. PACK: Esse é o caminho para reduzir o custo da embalagem e ser uma indústria mais competitiva? ASSUNTA: Com certeza. as pessoas, às vezes, não colocam e não se debruçam como deveriam para analisar o ganho possível.
Fotos: Leandro Andrade
Cada vez mais, o profissional que trabalha na área de suprimentos, de desenvolvimento de embalagem ou com máquina, precisa ser multidisciplinar
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cartuchos numa folha de cartão em vez de seis cartuchos. todas as máquinas de embalagem têm uma largura, por isso é preciso conjugar adequadamente para evitar perdas no processo. É o que os chineses estão fazendo. Eles já analisam desde o início, aproveitando tudo, ou seja, sem perder nada nas etapas. isso está faltando para a indústria brasileira de embalagem. Casos específicos, nos quais a indústria está usando essa inteligência, não parte da indústria de embalagem, mas da indústria usuária. Ela pensa como poderia fazer uma embalagem mais competitiva e vai entender como a gráfica ou a indústria de embalagem
PACK: E como ser uma indústria competitiva no mercado internacional? ASSUNTA: as empresas estrangeiras estão entrando no Brasil com vários produtos e rotulam por aqui. a gente quer fazer a mesma coisa, mas sabemos que, lá fora, as regras internacionais são bem mais rigorosas. Para vender fora do Brasil, é preciso entender como é a rotulagem, a tabela nutricional. a apex faz o seu trabalho, mas ninguém é deus. o mundo tem demanda maior que oferta de produtos orgânicos e o Brasil é um celeiro natural. o iBd e algumas
câmaras de comércio fazem esforço para vender produto orgânico, mas a indústria de produtos orgânicos ainda não entendeu que a embalagem precisa ser pensada para o shelf life de uma exportação. a embalagem tem que valorizar e proteger o produto. Um produto bom não pode chegar ao ponto de venda sem crocância ou perder as propriedades organolépticas, ficar rançoso, pastoso ou borrachudo. E, depois para conquistar de novo essa oportunidade, vai dar o que fazer, pois a confiança é comprometida. Em 2005, visitei a rússia para entender o mercado de café daquele País, que experimentava um crescimento de 400% ao ano. É preciso entender como o russo toma café. Ele toma com os amigos, de manhã, à noite, café solúvel ou não. Quem estava vendendo para a rússia era a alemanha, tailândia e indonésia, que por sua vez, compravam o grão do Brasil e exportava para os russos. a cor da embalagem de café na rússia é azul e verde, justamente porque é uma bebida quente, põe uma cor para esfriar. tem que entender como o produto é consumido. Como o produto é armazenado na casa do consumidor. Como o produto é vendido no mercado e como é o código de cores dessa embalagem lá fora. Há excelentes agências de design de embalagem no Brasil que podem ajudar, além da apex. PACK: O que está faltando para a indústria brasileira de embalagem ser mais competitiva? ASSUNTA: Falta laboratório para fazer molde piloto. Falta estrutura para fazer mockup de embalagem de cartão. Se a indústria quer fazer um ensaio, por exemplo, termoformar embalagem de cartão, não é possível, pois não existe em lugar nenhum. a grande indústria não tem essa estrutura. Quem deveria ter essa estrutura é o Serviço Nacional de aprendizagem industrial (SENai). a gente tem muito
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pouco. Mesmo o SENAI de artes gráficas, agora que a indústria entendeu que formar pessoas é importante, bancando, por exemplo, o SENAI de Barueri, o SENAI Theobaldo de Nigris, onde a Heidelberg montou o Print Media Academy. A indústria precisa ter mão de obra capacitada e qualificada, mas onde você vai treinar? Na própria indústria? Não é possível parar a máquina para o funcionário ser treinado. Isso significa que ele vai errar na indústria, vai gastar material e tempo. Por outro lado, também é tudo muito difícil para as instituições de ensino, que precisam pedir tinta, solvente, clichê, cilindro para o aprendizado dos alunos. A indústria deveria ser mais colaborativa, oferecendo essa estrutura de forma mais fácil para as entidades, pois está fomentando o seu próprio laboratório para ser mais competitiva. PACK: Mas há algum avanço neste sentido? ASSUNTA: Sim. Um bom exemplo é o SENAI Mário Amato que tem uma pequena estrutura que permite fazer sopro, termoformagem e injeção. PACK: O principal entrave é o capital humano? ASSUNTA: Sim. Cada vez mais, o profissional que trabalha na área de suprimentos, de desenvolvimento de embalagem ou com máquina, precisa ser multidisciplinar. Ele não pode ver só a questão mercadológica, ambiental ou de custo. Ele tem que entender tudo. Cada vez mais, porque a embalagem é multidisciplinar. A embalagem tem função técnica, mercadológica, cultural e social. O profissional que lida com isso tem que ter esse entendimento. Outra solução que poderia aumentar muito a competitividade da indústria de embalagem é trabalhar no formato de cooperativas. Em vez de ter máquinas ociosas, por exemplo, coloque-as no usuário final. Isso, os chineses estão fazendo muito.
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PACK: Trabalhar com as universidades também é uma solução para a indústria ser mais competitiva? ASSUNTA: Sim. Tive a oportunidade de visitar a Universidade de Pequim, na China, na qual a indústria chinesa tem uma forte parceria. A universidade é muito acionada pela indústria chinesa para fazer um produto melhor, mais barato e mais rápido. Diferente do Brasil, onde geralmente os projetos das universidades são muito acadêmicos. Por isso, perdemos muitas oportunidades. Os chineses estão resolvendo o problema da falta de água na Índia com o desenvolvimento de uma embalagem (barriga mole) que é extremamente acessível e oferece 45 dias de shelflife. A China tornou a água acessível para a população da Índia e da África. Essa embalagem não tem estética, mas tem um drop test incrível. Pode ser jogada de um helicóptero, que não se rompe, por isso foi utilizada no Haiti, em 2010, quando o País sofreu forte terremoto. PACK: Em sua opinião, a indústria brasileira de embalagem tem capacidade tecnológica para ser competitiva? ASSUNTA: Temos capacidade tecnológica, mas não para tudo. Alguns equipamentos brasileiros e algumas indústrias de máquinas de extrusão, injeção e corte de plásticos estão muito bem. Mas, para atuação em escala menor, ainda é preciso buscar equipamentos fora do Brasil. Não se trata de não ser nacionalista, mas não há, naquele segmento, equipamento para ser competitivo. A Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) também tem que ter a sua flexibilidade. Às vezes, a entidade obriga a compra de equipamento nacional, mas não é competitivo. Não tem tecnologia adequada. PACK: Como é a capacitação técnica dos profissionais em outros países? ASSUNTA: Na Alemanha, é forte. O período de capacitação técnica gira em torno de 4 a 8 anos em período
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integral, com visitas técnicas e estágios, além de ser muito especializado. O aluno que vai trabalhar na indústria de pré-impressão conhece todos os processos, roto, flexo, offset, mas já sai com uma especialização. O acompanhamento entre indústria e entidade técnica é muito mais próximo. O profissional tem uma visão do todo. Se isso não acontece, o profissional tem uma visão míope. Por exemplo, o profissional só enxerga a impressão offset do cartão. Ele não sabe que aquele cartão nasceu de uma máquina com 6 metros de largura de boca. Ele não tem essa visão do todo e nem qual é a função do cartão. Por isso, há profissionais preocupados com a tabela de gramatura, que facilita a comparação e não com a função de rigidez do papel cartão na hora da compra. Por falta de conhecimento, ele compra um cartão de 300 gramas, por exemplo, que não tem a mesma qualidade de rigidez em comparação a um cartão de 200 gramas. PACK: Mas, orientar o usuário de embalagem é o papel do fornecedor? ASSUNTA: O fornecedor não pode orientar, pois nem sempre sabe para qual finalidade o usuário quer usar o papel cartão, por exemplo. A gráfica compra e estoca. Além disso, não tem programação de longo prazo porque não tem aliança com as empresas. Geralmente, a gráfica realiza trabalhos pontuais, por exemplo, Natal ou Páscoa. Com um contrato de longo prazo, a gráfica pode fazer um cartucho mais barato, mais rápido, com menor espessura. Isso também compromete a competitividade. Se não tem escala, a solução é trabalhar em forma de cooperativa de indústrias de embalagem ou de indústrias usuárias e fazer escala. Há alguns anos, nós fizemos um projeto para as fazendas de camarão do Nordeste. Tinham um excelente 12
camarão para exportação dentro de uma embalagem que não traduzia o valor do produto. Por que não tinham uma boa embalagem? O problema era a escala. Juntamos todas as fazendas de camarão da região para ter escala e fazer uma embalagem adequada. Falta essa vontade de fazer uma embalagem melhor, mais competitiva e mais barata.
exemplo, está fazendo um esforço enorme para entender como funciona a linha de envase de remédio de altíssima velocidade. É preciso fazer um produto para isso. Fazer uma cola para isto. As grandes empresas já estão entendendo que se não ajudam a indústria usuária na hora da verdade (performance), não conseguem continuar vendendo.
PACK: A indústria brasileira de embalagem tem consciência de que a embalagem melhora a sua competitividade?
PACK: Competitividade e sustentabilidade são indissociáveis...
ASSUNTA: Não. A indústria usuária menos ainda, especialmente as pequenas e médias empresas. Tem gente que chega aqui e diz... Ah, eu queria saber como faço uma embalagem de adoçante. O adoçante é muito barato, mas a embalagem – o frasco, o rótulo e a tampa - é muito cara. Tenta vender o adoçante sem o frasco, o rótulo e a tampa. Através da embalagem, a indústria usuária pode melhorar a sua competitividade. Pode desenvolver uma embalagem que permita colocar 36 produtos na caixa, uma embalagem que entra na gôndola ou que seja bem aproveitada em todos os espaços. O que você pode comunicar na embalagem? Não só a tabela nutricional e a marca, mas também a sua relação com o meio ambiente e a sociedade. Usar a embalagem como instrumento de comunicação e ferramenta de marketing. As pequenas e médias empresas querem fazer uma embalagem melhor, mas não sabem como. PACK: Isso tem a ver com a falta de conhecimento? ASSUNTA: Falta informação de marketing, logística. Poucas empresas de embalagens também têm consciência de que a embalagem pode melhorar a competitividade delas e de seus clientes. Quando a empresa de embalagem compra melhor, ganha mais. A Ibema, por
ASSUNTA: Ser competitivo obrigatoriamente significa ser mais sustentável. As empresas que entendem o ciclo poupam energia, matéria-prima, água, calor, dinheiro e recursos do meio ambiente. É possível fazer um cartão, além da especificação, sem a necessidade de usar tanta cola, tanto calor, tanta energia para dobrar. A indústria de latas de aço desenvolveu uma estrutura com ranhuras que garante maior resistência e menor consumo de material. É mais econômico e competitivo. A indústria de latas de alumínio já trabalha com uma espessura limite, mas sempre dá para tirar mais, pode ser da tampa ou da stay on tab. Com uma parede fina, gasta-se menos para estampar e o índice de reciclagem ajuda a ficar mais barato. Poucas empresas enxergam isso. Gastam demais para fazer a mesma coisa. PACK: Como ser criativo e inovador num cenário dinâmico e competitivo? ASSUNTA: Em qualquer cenário, quando a empresa inova, o consumidor premia a empresa, comprando o seu produto para conhecer ou porque chamou a atenção. Esse mercado caótico e rápido faz com que as pessoas fiquem curiosas. Elas querem ver o novo. Ser criativa e inovadora aumenta a competitividade das empresas. E quem não faz isso perde a oportunidade de crescer.
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por dentro das leis
Projeto prevê inclusão de imagens impactantes em rótulos de bebidas A agência de notícias da Câmara divulgou o projeto de lei 3581/12, do deputado federal César Halum (PSD-TO), que obriga os fabricantes a incluir imagens realistas, que ilustrem as repercussões negativas do abuso do álcool sobre a saúde humana nos rótulos de bebidas alcoólicas. Halum argumenta que, apesar de a lei prever a inclusão de texto com pedido para evitar o consumo excessivo de álcool nas embalagens de bebidas, “não há registro de que o consumo tenha diminuído ou pelo menos estacionado.” Segundo ele, isso ocorre porque falta impacto à mensagem. “O consumidor que a lê não visualiza as verdadeiras consequências do abuso de álcool”, defende. E acrescenta: “Uma imagem impactante amplifica sobremaneira seu efeito, a exemplo do que já existe nos maços de cigarros.”
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Projeto muda frase de estímulo ao aleitamento materno nos rótulos de leite Tramita na Câmara dos Deputados, o projeto de lei 4316/12, do deputado Eros Biondini (PTB-MG), que altera o aviso obrigatório nos rótulos das embalagens de leite. Hoje, a frase impressa é: “Este produto não deve ser usado para alimentar crianças, a não ser por indicação expressa de médico ou nutricionista”. Em substituição, o projeto sugere o seguinte aviso: “O leite materno é o alimento mais adequado e o único completo para bebês”. O autor, segundo divulgação da Agência de Notícias da Câmara, argumenta que o atual aviso pode induzir o consumidor a achar que o leite só deve ser consumido por criança com prescrição e que o produto oferece os mesmos riscos à saúde que remédios tomados sem orientação médica. O projeto altera a lei que regulamenta a comercialização de alimentos para lactentes e crianças (lei 11.265/06).
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Proposta torna obrigatória informação sobre peso de pescado congelado A Câmara Federal analisa o projeto de lei 3988/12, do deputado Celso Maldaner (PMDB-SC), que obriga a informar o peso líquido e o peso desglaciado do pescado nos rótulos das embalagens. A informação foi divulgada pela agência de notícias da Câmara. Segundo o texto, a informação sobre o peso bruto será facultativa. Pescado é definido como peixes, moluscos ou crustáceos, capturados ou cultivados em água doce ou salgada. Será considerado peso líquido a diferença entre o peso bruto e o peso da embalagem do produto. Já o peso desglaciado é a diferença entre o peso líquido e o peso do gelo contido no produto. O autor destaca que desde que entrou em vigor o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90), a população brasileira conta com um instrumento legal que lhe assegura respeito à sua dignidade, saúde e segurança. Mas, segundo ele, há ainda situações em que o consumidor não conta com informações suficientes ou adequadas.
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Lei altera regras para reaproveitamento de embalagens Agora é lei no Rio de Janeiro. As regras para comercialização de produtos em embalagens reutilizáveis estão mais claras. A lei 6.311/12 faz alterações de redação na lei 3.874/02, que trata das normas para venda destes produtos. A nova lei é de autoria do deputado estadual Edson Albertassi (PMDB). O texto explica que o produto de que trata a lei é o gás, e retira de seu texto o termo vasilhame, para que a determinação não seja dada como justificativa no reaproveitamento de recipientes para o comércio de outros produtos. “Isto vem possibilitando o reaproveitamento de garrafas PET para a comercialização de bebidas sem garantir os padrões mínimos de higiene próprios para o consumo”, exemplifica.
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atualidades
Depil Bella, tel.: (11) 2236-5888.
Cara nova Com design moderno e arrojado, o café Pilão apresenta novas embalagens desenvolvidas pela Pearlfisher. Com um visual mais limpo e minimalista, as embalagens destacam o mapa de navegação de sabores – cinco ícones em destaque no painel frontal representam os cinco principais perfis de sabor que existem no mundo do café – convidando os consumidores a escolherem a versão de Pilão que mais combina com o seu perfil de paladar. As embalagens a vácuo apresentam estrutura trilaminada de poliéster/alumínio/polietileno e impressão em rotogravura pela Bemis. Pilão, tel.: 08007077442.
Delícia de novidade Para agradar aos fãs do chocolate língua de gato, a Kopenhagen criou uma extensão da linha. Caprichosamente unidas lado a lado, várias línguas de gato formam duas versões de tabletes, ao leite e amargo, que são embaladas em cartuchos de papel cartão impressos em offset pela Nova Página. Há ainda uma caixa de papel cartão com cinco cremosas trufas língua de gato, de chocolate ao leite estampadas com a imagem do famoso gatinho. A embalagem de BOPP duas camadas (transparente e pérola) da colher língua de gato foi impressa em rotogravura pela Classic Embalagem. Já o pote de vidro do creme língua de gato é fornecido pela Nadir Figueiredo, com rótulo autoadesivo. O design é assinado pela R1234.
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O conceito gráfico da embalagem da cera hidrossolúvel Depil Bella, desenvolvido pela Pande Design, valoriza um layout clean, no qual os elementos e os ícones informam a preocupação da empresa em oferecer um produto 100% natural. O pote e a tampa são produzidos em polipropileno (PP). É bastante versátil e seguro, além disso, pode ser levado ao micro-ondas, banho-maria ou termodepiladoras para aquecer a cera. Com impressão em flexografia e utilização de cores especiais metálicas, o rótulo autoadesivo tem faca com ângulo dimensionado que acompanha a inclinação do shape da embalagem, sem formar bolhas ou enrugar.
Foto: Divulgação
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Layout clean
Kopenhagen, tel.: 0800-100678.
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Com o dobro do tamanho Chega ao mercado paulista a embalagem de 300g de Philadelphia, com o dobro do tamanho da tradicional, que, em breve, será comercializada em todo o Brasil. A nova versão foi desenvolvida pela marca com o intuito de facilitar o preparo de receitas e reforçar a versatilidade do produto, característica que norteia o conceito de sua campanha Pratique Cozinhaterapia. Desenvolvido pela Kong Rex, o conceito gráfico incentiva o uso do produto em receitas ao mostrar diferentes formas de aplicação, como molhos, doces, saladas. Com impressão in mold label, os potes de polipropileno (PP) produzidos pela Berry Plastics, dos Estados Unidos, têm grande destaque e diferenciação no ponto de venda e na mesa dos consumidores.
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Modernidade
Edição comemorativa
e sobriedade
O balsâmico Tradizionale Castelo, primeiro produto da categoria fabricado no Brasil, está completando 10 anos de mercado. Para celebrar o sucesso da marca juntamente com os consumidores, a Castelo Alimentos lança uma edição especial. Produzido pela Indemetal Gráficos, o rótulo acompanha um selo comemorativo 10 anos de Brasil. A edição de aniversário será produzida até dezembro de 2012 em garrafa de vidro slim de 500 ml e 250 ml. O conceito gráfico do rótulo é assinado pela Tomais Comunicação.
Criar uma linha de produtos estéticos a partir da sua essência. Esse foi o desafio da Pande Design na criação do conceito gráfico da linha estética da Bioclean. Curto, feminino, delicado e direto, o nome Flér, foi construído a partir da palavra fleur (flor) de origem francesa. O logotipo traduz a modernidade do conceito e sobriedade da marca. As curvas das letras lembram o movimento da flor ao ser soprada pelo vento e a cor das pétalas ajuda a diferenciar cada linha de produtos. Pande Design, tel.: (11) 3849-9099.
Castelo Alimentos, tel.: 08007716111.
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Kraft Foods, 0800-7041940.
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notícias
DEMANDA MUNDIAL DE EMBALAGENS DE PROTEÇÃO (US$ MILHÕES) DemanDa mUnDiaL De emBaLagenS De prOTeÇÃO
13.980 18.000
5.2%
amériCa DO nOrTe
4.540 5.330 6.900
eUrOpa OCiDenTaL
3.3% 5.3%
3.810 4.235 5.140
ÁSia/ paCÍFiCO
2.1% 3.9%
4.095 6.275 9.310
amériCa CenTraL e amériCa DO SUL
570 795 1.140
6.9%
eUrOpa OrienTaL
570 790 1.115
6.7%
0
5000
8.2%
7.1%
395 575 845
ÁFriCa/ OrienTe méDiO
8.9%
7.5%
7.8% 8.0% 10000
15000
20000
25000
30000
neLSOn FaLavina aSSUme preSiDÊnCia Da TeTra paK para a amériCa CenTraL e CariBe
Nelson F. Falavina acaba de assumir a posição de diretor-presidente da tetra Pak para os países da américa Central e Caribe, com a responsabilidade de acelerar o desenvolvimento da empresa nessa região. Falavina, que até então atuava como vicepresidente de vendas no Brasil, traz ainda experiências nas operações da tetra Pak em diversos países, como: Suécia, Estados Unidos, Colômbia, Equador, Venezuela e Leste Europeu (região dos Balcãs). SUZanO Tem nOva gerenTe De marKeTing
Lucimary Henrique assumiu a posição de gerente executiva de estratégia e marketing da unidade de negócio de papel da Suzano Papel e Celulose. Lucimary, que se reportará ao diretor executivo da unidade, Carlos aníbal, será responsável pela gestão de todos os produtos da linha de papel da Suzano. DOW amériCa LaTina anUnCia SUSannaH THOmaS COmO a nOva DireTOra De reCUrSOS HUmanOS
6.3%
24.450
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a
a demanda por envelopes de proteção será puxada pelo crescimento do comércio on-line, que irá conduzir os requisitos por embalagens de proteção mais econômicas, mais leves e préformadas para o transporte de uma grande variedade de objetos pequenos. o setor de contêineres isotérmicos também irá crescer rápido devido ao aumento das exigências da cadeia do frio pela indústria farmacêutica, bem como pelo aumento das vendas on-line de alimentos perecíveis. as regiões em desenvolvimento do mundo irão experimentar os avanços mais rápidos na demanda de embalagens de proteção. o crescimento da população, a maior urbanização, as tendências de industrialização e o aumento do comércio internacional irão suportar os ganhos nessas regiões em setores de embalagens pouco desenvolvidos. a região da Ásia/ Pacífico vai assistir ao crescimento mais rápido e permanecer como o maior mercado devido à importância do setor de produtivo (de longe o maior do mundo). No geral, alguns dos maiores índices de crescimento são esperados na Índia, China e indonésia. Mas, Brasil, rússia, turquia, México e África do Sul também devem experimentar ganhos saudáveis. a China sozinha vai responder por 31% dos ganhos globais (em valor) da demanda de embalagens de proteção entre 2011 e 2016.
demanda mundial de embalagens de proteção vai crescer 6,3% ao ano, movimentando US$ 24,5 bilhões em 2016. Entre os fatores que irão contribuir para esse crescimento, está a aceleração global da capacidade de produção das empresas, impulsionada pelo aumento dos gastos dos consumidores com produtos embalados em todo o mundo. o aumento da população urbana, que tende a consumir mais produtos embalados, também aparece como motor deste cenário. o crescimento da popularidade do comércio on-line em regiões desenvolvidas e em desenvolvimento irá alimentar a demanda de embalagens de proteção para o transporte de itens pequenos. É o que revela um estudo feito pela Freedonia. a espuma de plástico vai continuar a representar a maior parte da demanda mundial de embalagens de proteção. avanços neste segmento de produto serão puxados por espumas de plásticos mais leves e com características de amortecimento melhores. Entretanto, a demanda por embalagens de proteção de espuma de plástico será impactada pela crescente importância da sustentabilidade, que levará ao aumento considerável de alternativas mais favoráveis ao meio ambiente.
Vaivém do mercado
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Mercado mundial de embalagens de proteção vai superar os US$ 24 bilhões em 2016
2006
CRESCIMENTO ANUAL
2011 2016
2011-2016
2006-2011
a dow anuncia mudanças no time de alta gestão na américa Latina. Susannah thomas é a nova diretora de recursos humanos para a dow américa Latina e sua missão é liderar a equipe de rH da Companhia na região com foco na gestão de talentos, desenvolvimento e engajamento de colaboradores e lideranças. a executiva responderá diretamente ao presidente da dow américa Latina, Pedro Suarez e ao vice-presidente executivo global de recursos Humanos, Gregory Freiwald.
Fonte: Freedonia
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entrevista
Ed Smith, consultor de
embalagem farmacêutica da Packaging Science Resources Jim Butschli Fotos: Divulgação
Quais são as limitações ou fraquezas no conjunto de qualificação dos profissionais que entram na área de embalagens? Como essas habilidades podem ser melhoradas?
Por anos, temos ouvido sobre a potencial perda de experientes profissionais de embalagem que estão perto de atingir idade para a aposentadoria. Qual é a melhor maneira de aproveitar o conhecimento de especialista antes de se aposentar? Uma maneira é retardar a aposentadoria o quanto for possível. Por que aposentar profissionais saudáveis e felizes com sua profissão? Mas, também percebemos que com as fusões de empresas, os planos de aposentaria para os veteranos os incentivam a deixar suas atuais posições corporativas. A oportunidade de continuar a compartilhar seu conhecimento e experiência existe com oportunidades, como novas posições de tempo integral com as pequenas empresas que precisam de habilidades específicas, bem como de consultoria, ensino e participação em conferência da indústria farmacêutica.
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Aprender é uma atividade da vida e mais do que vamos aprender em nossa vida profissional é a experiência. As universidades devem fornecer um pouco dessa experiência. Os formandos atuais são muito brilhantes e as universidades estão no caminho certo para preparar os jovens para suas carreiras, ensinando-os a aprender. Os programas universitários que incluem estágios industriais produzem profissionais graduados mais capazes em seus novos trabalhos, uma vez que já têm experiência e conhecimento de importantes competências corporativas, como trabalho em equipe e comunicação. A indústria farmacêutica tem parceria com universidade no treinamento de futuros empregados e não apenas receber os universitários. Os jovens que crescem com tecnologias mais sofisticadas têm a vantagem de compreender como produzir equipamentos de embalagem mais eficientes? Hoje os jovens são mais hábeis em eletrônica e automação. Há dois elementos para o bom controle e automação: o que controlar e automatizar e como. Os jovens têm mais conhecimento do como, mas precisam de experiência para determinar o quê. Outra questão é a validação do equipamento, um assunto que os graduados recentes não têm conhecimento suficiente. Texto extraído da revista Packaging World
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notícias
Prédio-matriz no Polo Empresarial de Tamboré unifica as operações da Heidelberg
Grandes planos para o Brasil O grupo Heidelberger Druckmaschinen tem Brasil e China como novas regiões comerciais
O
redirecionamento das estratégias de vendas e marketing da companhia divide o globo em seis regiões, ou blocos comerciais, e o Brasil – que atualmente centraliza as atividades da América do Sul – passa a ser um bloco independente, assim como Europa Leste, Europa Oeste, América do Norte, Ásia/Pacífico e China. As agências distribuidoras (dealer markets) que representam a Heidelberg em parte da Europa, da África e da América do Sul serão coordenadas diretamente pela Heidelberg da Alemanha. “Países emergentes como o Brasil e a China apresentam um ritmo diferenciado, e as expectativas para os próximos anos são extremamente positivas. Com isso, o posicionamento da Heidelberg visa concentrar esforços e investimentos para explorar estes mercados em franco crescimento”, afirma Dieter Brandt, presidente da atual
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Heidelberg América do Sul. Segundo o executivo, mais de 75% das vendas na América do Sul acontecem, no Brasil, que hoje representa 5% das vendas mundiais e a expectativa de crescimento dos negócios no País nos próximos 3 a 5 anos é de 20%. “Já a China é um mercado três vezes maior, respondendo por 15% das vendas.”
Sinergia em novo prédio Como reflexo de seu reconhecimento no cenário mundial, a Heidelberg do Brasil ganhou recentemente uma nova sede – o Centro Integrado de Operações Heidelberg, com 5.250 metros quadrados, no Polo Empresarial Tamboré, no município de Santana de Parnaíba - para unificar as operações que antes estavam divididas em três escritórios na metrópole paulista e trazer ainda mais agilidade no atendimento ao cliente. A escolha de Santana de
Parnaíba, segundo o presidente, foi motivada pelo custo mais acessível para abrigar uma empresa do porte da Heidelberg e o fácil acesso às principais rodovias que cortam São Paulo e a proximidade dos aeroportos de Guarulhos e Viracopos, em Campinas. A Heidelberg do Brasil conta, ainda, com cinco escritórios de vendas e serviços – nas cidades de Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS) – e com as PMA´s (Print Media Academy) instaladas nas escolas Senai da Mooca e de Barueri. “A partir de agora todos os nossos recursos e a competência de nossos mais de 270 profissionais estarão voltados para a indústria gráfica nacional, o que significa um suporte ainda mais eficiente aos clientes de todas as regiões do país e maior impulso para crescermos neste mercado promissor”, finaliza Brandt.
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Criações Notáveis
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vanguarda
Os projetos mais inovadores e criativos de embalagem receberam a coroação do Pentawards 2012, premiação internacional exclusivamente dedicada ao design de embalagem
R Da Redação
econhecimento aos mais belos designs de embalagem. O júri internacional do Pentawards, a primeira competição mundial exclusivamente dedicada para design de embalagem, presidido por Gérard Caron, anunciou os vencedores de 2012. Este ano, a cerimônia de premiação foi realizada no Grand Salon de Opéra, do Hotel Intercontinental Le Grand, em Paris, na França. O prestigiado prêmio Diamante Pentaward 2012 Best of Show foi conquistado pela agência de design internacional Duckworth Turner com o projeto de Diet Coke. A perfeição é alcançada quando não há mais nada a acrescentar, mas quando não há nada para remover, disse St-Exupéry. Menos é mais, diz Mies van der Rohe. Nada melhor do que essas duas citações para louvar o prêmio Diamante Pentaward 2012. Diet Coke é a segunda marca de refrigerantes nos Estados Unidos. E os líderes precisam ser inovadores. A Coca-Cola encomendou o redesenho da embalagem de Diet Coke para a Turner Duckworth. O negrito gira em torno das letras D e K, os elementos-chave da marca. O enquadramento apertado e o logotipo original conferem uma identidade gráfica que também é muito utilizada com sucesso no ponto de venda de equipamentos e na publicidade. Introduzido como uma edição limitada no final de 2011, o design da lata, as sobrembalagens e as várias formas de publicidade e a presença de marca têm sido tão populares entre os consumidores que, desde 1º de setembro de
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2012, a Coca-Cola decidiu usar esse projeto notável permanentemente. Outra importante premiação é o Pentawards Platinum que coroa as melhores embalagens em cinco categorias:
Categoria bebidas:
Phoenix Comunicações (Coreia do Sul) para Nescafé My Cup
A marca Nescafé é relativamente nova no mercado sul-coreano e precisava rapidamente alcançar os jovens consumidores e se tornar um líder de mercado. Foi através da simplicidade gráfica que a Phoenix resolveu este desafio. A agência usou a xícara de café tradicional e a tampa como um símbolo de reconhecimento da marca Nescafé. Sempre apresentada em um fundo preto, o que implica alto nível de qualidade, a xícara vem em cores diferentes, dependendo do tipo
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Como lançar uma nova marca de ovos? O conceito é simples: romper com a tradição. Primeiro, o jogo de palavras (no Reino Unido, a palavra soldados é usada para os dedos de pão que são mergulhados na gema de um ovo cozido). Então, temos um acordo com a campanha “Help for Heroes”, que ajuda soldados britânicos feridos, deficientes ou doentes. Finalmente, usamos os elementos distintivos gráficos do exército: cor cáqui, lona resistente, troncos militares para caixas de agrupamento, a forma de decorações. O resultado: um design de embalagem original e atraente, com uma presença de marca inovadora, um posicionamento único e uma ampla cobertura da imprensa. Uma batalha vencida, com mais de £ 250 mil doadas, em alguns meses, para a campanha.
Categoria corpo:
Etude (Coreia do Sul) para Hands Up, uma linha de desodorantes e de cabelos
de café. O logo sempre branco do Nescafé ilumina o design. Este estilo é simples e pode ser facilmente adaptado a uma variedade de formas de comunicação e materiais de vendas e máquinas de café.
Categoria alimentos:
Springetts Projeto Consultants (Reino Unido) para embalagem de ovos Eggs for Soldiers
A linha de desodorantes e de cabelos Hands Up é destinada para jovens entre 16 e 22 anos. Ela é vendida, principalmente na Coreia do Sul e no Japão, mas também em outros 11 países asiáticos. É, obviamente, levantando as mãos da pessoa que a eficácia destes produtos pode ser notada. Os designers da empresa Study House brincaram com este gesto, colocando um pequeno par de braços na embalagem, que é muito atraente para os clientes mais jovens da marca. É simples e expressiva, além de conferir peculiaridade e originalidade à marca.
As botas de borracha são subestimadas de muitas formas. Todo mundo conhece a sua principal finalidade (proteger os pés da pessoa da água), mas muitos players do mercado não comunicam as características do produto, se contentam em apenas colocar as botas em uma embalagem, com um logotipo. A agência de design Good! optou por uma abordagem diferente. Desenvolveu uma embalagem realista, que ilustra as botas no local, com os pés na água clara rodeados por peixes e enguias. Projetado como uma pequena caixa display, esta embalagem rompe com a tradição.
Categoria Luxe: Landor
San Francisco (EUA) para a embalagem de sorvete Bardot
A empresa mexicana Advanced Ice Cream Technologies queria posicionar os seus sorvetes como os melhores e mais luxuosos. A Landor Associates San Francisco foi escolhida para criar a marca, o seu nome, o seu design, embalagem, material de comunicação e, claro, o design das barras de sorvete em si. Com nomes sugestivos (“fruto proibido”, “Acapulco amor”, “coração das trevas”, ou “beijo francês”), os sorvetes Bardot são acondicionados em embalagens especiais que os preservam por até oito horas. O resultado: Bardot e seus sorvetes apresentam visual inovador, gráficos elitistas e design sexy. As inscrições para a próxima edição do Pentawards poderão ser feitas de 15 a 24 de maio de 2013.
Categoria marketing:
Good! (Cazaquistão) para uma linha de embalagens para botas de borracha para a pesca
INFORMAÇÕES Pentawards www.pentawards.org
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lançamentos internacionais
Excelente apelo visual
A Hammer-Lübeck Faltschachtelwerk usou o papel cartão de 300 g/m2 Algro Design®da Sappi para a embalagem de luxo dos chocolates Wagner Pralinen que conquistou o prêmio ProCarton/ECMA. O nome da marca que aparece em alto relevo empresta à embalagem um design delicado. Janelas com recortes oferecem um visual de dar água na boca. Um círculo, revestido e com estrutura em relevo, aumenta a imagem dos chocolates, como uma lupa. O design é assinado pela Derpmann Design. O cartão também recebeu uma segunda camada no verso para garantir uma resistência maior e proteger os delicados chocolates de quebras.
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Um doce luxo
O hot stamping é uma excelente alternativa de metalização que agrega valor à marca, com baixo custo e requer menos processos de produção. A Mega Airless, especializada em tecnologia airless, oferece duas opções de estampagem e ótima flexibilidade: prata brilhante e prata escovada. Além disso, os clientes podem optar por uma impressão, com efeito janela, ou hot stamping parcial para tampas, adaptadores e outros componentes. A tecnologia garante excelente visual e aumenta o apelo do formato das embalagens e outros efeitos de decoração. Mega-Airless, tel.: +1-347-843-0512.
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Sappi, tel.: +3226769742.
Embalagem colecionável Em tempos de eleições presidenciais nos Estados Unidos, a nova embalagem do sorvete sabor AmeriCone Ben & Jerry estampa as flâmulas eleitorais, o chapéu do tio Sam, além de motivos nas cores da bandeira americana: vermelho, branco e azul. O objetivo é destacar a missão social da empresa para conquistar a massa da política. “É sobre o sonho americano”, disse Jostein Solheim, CEO da Ben & Jerry. “E quem é a voz mais justa e equilibrada na política dos Estados Unidos? Stephen Colbert. “A embalagem é uma homenagem ao próprio Colbert Super PAC, que aparece na saia da tampa:”Embalagem colecionável 2012”. Ben & Jerry, tel.: 802-846-1500.
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Novo formato
Beleza e
Crown Holdings, Tel.: +65 6229-4829.
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O ritual histórico de brindar, conhecido na China, como “gan bei”, foi modernizado com o lançamento da cerveja Anheuser-Busch InBev (AB InBev), da Budweiser, com uma embalagem premium de metal, com abertura total. O novo diâmetro 200 foi desenvolvido pela Crown Holdings especificamente para este projeto e representa a primeira aplicação comercial da abertura total na Ásia. A inovação permite a remoção total da tampa e o consumo da bebida em um copo. A lata de 150 ml será distribuída em discotecas e karaokês populares.
conveniência Os tubos Polaris Neopac Polyfoil®, com aplicadores de ponta fria, oferecem máxima estética e conveniência. A ponta fria combina o toque fresco de metal revestido com formas ergonômicas. Enquanto a ponta fria é agradável aos olhos, o tubo oferece proteção contra inúmeras influências externas, como luz e oxigênio. A sensação de toque fresco da ponta combinada com as fórmulas ricas aumenta a eficácia sobre a pele. Os produtos são aplicados uniformemente e a pele massageada com a ponta fria. Neopac, tel.: +41 (0) 317701111.
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Investimentos com foco na Copa 2014 A proximidade deste megaevento, que será realizado no Brasil, já transformou a rotina da indústria brasileira de embalagem
Fonte: Governo Federal
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MARGARET HAYASAKI Copa do Mundo de Futebol 2014 já começou para a indústria brasileira de embalagem que se prepara para atender o aumento da demanda de consumo, no Brasil, durante este megaevento. Um bom exemplo disso é o projeto de expansão da unidade fabril da Tetra Pak, em Ponta Grossa (PR), iniciado em abril de 2012, que vai aumentar em 70% a capacidade de produção, saltando de 6,8 bilhões de embalagens cartonadas por ano para 11,5 bilhões. “A capacidade de produção nacional será superior a 20 bilhões anuais, o suficiente para atender os consumidores de todo o mundo que estarão no Brasil durante a Copa 2014”, garante Eduardo Eisler, vice-presidente de estratégia de negócios da Tetra Pak. Esta expansão também vai contemplar uma nova área de produção, nova área de armazenagem, ampliação dos escritórios e do refeitório. “A fábrica também receberá modernos equipamentos de última geração em impressão, laminação, corte e expedição de embalagens, que devem entrar em operação em julho de 2013”, afirma o executivo.
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Sem revelar números, a Polyvac, fabricante de embalagens plásticas termoformadas, também está investindo em novos equipamentos para a ampliação da sua capacidade de produção. De acordo com Antonio Carlos Júnior, diretor-comercial da empresa, “este investimento não tem foco somente na Copa do Mundo, mas tem a ver com a política de crescimento da companhia.” Ele acrescenta: “Os investimentos realizados em novos equipamentos trarão melhorias, agilidade e consequentemente diminuição nos custos produtivos.” Atuando no mercado de latas de alumínio para bebidas, a Rexam realizou investimentos pesados na ampliação de sua capacidade de produção. Hoje, as 11 fábricas, na América do Sul, produzem 14 bilhões de latas ao ano. Em 2010, a empresa reinaugurou a unidade de Pouso Alegre (MG) e realizou expansões nas fábricas de Recife (PE) e Jacareí (SP). Em 2011, foram feitos enhancements em linhas das fábricas
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De olho nas oportunidades de crescimento dos seus negócios, durante o Mundial de Futebol no País, a Jofer Embalagens vai investir R$ 12 milhões, nos próximos 12 meses. Segundo Raul Capozzi, diretor-comercial da empresa, os investimentos serão feitos nos processos de T.I., nas áreas de impressão, corte, acabamento, logística, periféricos, além de aprimorar os seus profissionais.
Renato Estevão, diretor-comercial da Rexam
A Rexam acaba de lançar a lata de 710ml que favorece o compartilhamento do Chile e de Recife, além da inauguração do segundo módulo de tampas, também em Recife, e da segunda linha de Pouso Alegre (MG). “Atualmente, a companhia está construindo uma nova fábrica em Benevides (PA), na região Norte do país”, revela Renato Estevão, diretor-comercial da Rexam. “Vamos avaliar continuamente junto aos clientes quais são suas expectativas e planos para a Copa 2014 e para as Olimpíadas de 2016 a fim de suportá-los adequadamente”, acrescenta.
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Toda a movimentação de milhares de consumidores vai criar a demanda por alimentos em embalagens seguras e práticas, soluções ecologicamente corretas, e a diversificação das opções de porções e aberturas. “A Tetra Pak aposta no desenvolvimento das embalagens menores para consumo on the go também por conta do aumento da urbanização e por atenderem a preferência do público jovem”, revela Eisler.
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Com relação aos investimentos em produtos, a Rexam acaba de lançar a lata gigante (710 ml) – um novo formato de lata que, segundo Estevão, favorece o compartilhamento de bebida e será uma boa opção de embalagem para estes eventos.
Raul Capozzi, diretor-comercial da Jofer Embalagens
Logística: ponto crucial para garantir o abastecimento A Tetra Pak trabalha para encontrar as soluções mais adequadas às necessidades dos que disponibilizam o produto final ao consumidor. Por isso, ela atua em meio aos varejistas e distribuidores, oferecendo treinamentos sobre o manuseio apropriado das embalagens e para uma logística mais eficiente. Segundo Eisler, os clientes da Tetra Pak contam com suporte completo da empresa em todo o processo de produção, desde a formulação de novos produtos e o desenvolvimento de sistemas de processamento e envase
A Jofer Embalagens acredita que a Copa do Mundo vai permitir à empresa acessar novos mercados e consumidores. “Já existem projetos em andamento com novos e promissores parceiros motivados essencialmente pela Copa de 2014”, afirma Capozzi, sem revelar detalhes.
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dos alimentos até orientações para otimizar o transporte do produto final aos canais de distribuição. “Assim, a companhia trabalha com foco para ser uma parceira confiável em longo prazo, inclusive durante os desafios logísticos ou quaisquer que sejam, durante a Copa de 2014”, garante o executivo. As estratégicas logísticas da Jofer Embalagens, segundo Capozzi, foram revistas recentemente com ênfase nos seguintes aspectos: tecnologia alinhada às tendências do mercado – monitoramento e planejamento das rotas, tra-jetos com uso de tecnologia (rastreamento/controle de risco) para antecipar, maximizar os resultados; qualidade nos processos de homologação dos parceiros logísticos; agilidade e alta performance nos processos de dispersão; e sustentabilidade. “A logística é um fator de extrema importância, mas as grandes cidades criaram diversas restrições para o transporte rodoviário, porém não criaram alternativas para o escoamento das cargas. Nossa empresa estaria apta a realizar o abastecimento em horários alternativos, porém o mercado ainda não abriu essa possibilidade”, alerta o diretor-comercial da Poly-vac.
sustentabiLiDaDe A alta demanda de consumo de produtos, durante o Mundial de Futebol, é uma excelente oportunidade para o crescimento dos negócios, mas também vai
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gerar enorme volume de resíduos de embalagens. Por isso, é preciso também investir em sustentabilidade. A Tetra Pak sabe bem como é esse caminho. Em 2011, a companhia estipulou globalmente a meta de reduzir 40% das emissões de CO2 até 2020, mesmo com a estimativa de crescimento médio dos negócios de 5% ao ano. Além disso, a taxa de reciclagem que já atinge a marca de 27% do total consumido deve aumentar para 40% até 2014. “No Brasil, a Tetra Pak investiu entre 2010 e 2011 mais de R$ 20 milhões em ações para
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matéria de capa
Eduardo Eisler, vice-presidente de estratégia de negócios da Tetra Pak
No Brasil, a Tetra Pak investiu entre 2010 e 2011 mais de R$ 20 milhões em ações para fomento das iniciativas de coleta seletiva fomento das iniciativas de coleta seletiva, desenvolvimento de tecnologias de reciclagem e na transferência para empresas recicladoras, além de educação ambiental”, revela Eisler. Com a eficiência ambiental no cerne da estratégia dos negócios, a Tetra Pak também aspira ao desenvolvimento de embalagens produzidas com matérias-primas 100% renováveis. Atualmente, as embalagens são compostas por 5% de alumínio, 20% de plástico e 75% de papel, uma fonte renovável proveniente de florestas certificadas. Para aumentar este percentual, a companhia lançou, no ano passado, as tampas de polietileno verde de alta densidade,
fabricado a partir do etanol de cana-de-açúcar. “No início de 2012, a empresa anunciou a ampliação do fornecimento para todas as embalagens com tampas produzidas no País”, destaca o executivo. Com a Copa do Mundo 2014, a indústria de embalagem tem a oportunidade de ganhar força mundo afora, valorizando os produtos genuinamente brasileiros. Sucesso para quem saiu na frente. INFORMAÇÕES JOFER EMBALAGENS tel.: (11) 3616-6414 | www.jofer.com.br POLY-VAC tel.: (11) 5501-3200 | www.poly-vac.com.br REXAM tel.: (21) 2104-3300 | www.rexam.com TETRA PAK tel.: (11) 5501-3200 | www.tetrapak.com.br
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especial equipamentos de embalagem de fim de linha
Com a geração de robôs, o equipamento de embalagem de final de linha se tornou mais confiável e flexível
Mais economia e rapidez A automatização dos equipamentos de embalagem de final de linha garante maior eficiência e flexibilidade no processo, com redução de custos para as indústrias usuárias
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Judenor Marchioro, diretor-geral do Grupo IMSB
reflete diretamente no aumento da produtividade e consequentemente na redução de custos operacionais”, explica Judenor Marchioro, diretor-geral do Grupo IMSB.
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ada vez mais o crescimento das empresas está criando a necessidade de automatização das linhas de produção para garantir maior eficiência em todo o processo. A automação dos equipamentos de embalagem de final de linha é estratégica neste contexto, por isso o setor tem investido em tecnologia para ser mais competitivo num mercado altamente dinâmico. “O investimento adequado na automação industrial se
“Com um bom estudo e um projeto bem montado, podemos obter ainda uma redução do custo logístico interno e redução de espaço ocupado. Inúmeras são as possibilidades de fluxo produtivo”, ressalta o diretor-geral. No entanto, ele alerta, que é preciso estar atendo à padronização dos insumos para operar com boa performance sem perdas e paradas de máquinas.
de final de linha – paletizadoras, encaixotadoras, entre outras – possuem menor confiabilidade porque dependem diretamente da qualidade das embalagens e dos paletes. “Seguramente, com a geração de robôs, esse tipo de máquina se tornou mais confiável e, ao mesmo tempo, flexível”, analisa. “Como esses robôs são mais confiáveis, isso afeta diretamente o custo de manutenção para baixo (menor custo). Com a tecnologia de servomotores, a interferência por manutenção fica bem reduzida”, acrescenta.
Outra vantagem da automatização, segundo Marchioro, é a maior segurança para os colaboradores da empresa ao evitar a exposição deles aos movimentos repetitivos.
Com maior confiabilidade, os equipamentos de final de linha garantem também maior eficiência à linha de produção. “Certamente, isso faz com que ocorram menos danos às embalagens, às camadas de pacotes e aos paletes”, afirma Rotta.
Na visão de Silvio Rotta, diretorcomercial da Krones, as máquinas
Maior facilidade para a operação logística é outro avanço das Editora B2B
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Na opinião de Valéria Beck, gerente da divisão de embalagens do Grupo Furnax, em toda empresa há uma grande preocupação no transporte e segurança de seus produtos. “A automatização dos equipamentos de embalagens é um
ponto importante nos processos logísticos que adquiriu força, nos últimos anos, nos setores de fabricação e distribuição”, diz. Segundo ela, a automatização é uma ótima ferramenta, e cada vez mais, necessária nas empresas que se propõem a avançar na qualidade de seus serviços, na redução do tempo de entrega, em diminuir os custos, o maior desempenho, rapidez e redução das perdas. “A combinação entre a máquina e o insumo garante o envolvimento, fechamento e unificação dos produtos com melhor uniformidade e proteção, gerando maior facilidade para os operadores”, acrescenta.
Projetos flexíveis e redução de custos A evolução dos equipamentos de embalagem de final de linha está intrinsicamente associada à evolução da indústria de consumo na opinião de Marchioro. “A revolução rápida no desenvolvimento dos produtos de consumo obriga os fabricantes de máquinas a desenvolverem projetos flexíveis e adaptáveis a várias aplicações, com setup rápido, que possibilitem várias formações de layout e que também que possam ser customizados, de acordo com a necessidade do cliente”, acredita o diretor-geral do Grupo IMSB. “Mas também a evolução tecnológica
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máquinas de final de linha. “As máquinas finais de linha fornecidas atualmente já estão preparadas para serem conectadas a centros de distribuições logísticos, por meio de transportadores, o que facilita melhor os controles de estoque, FIFO etc”, revela o diretor-comercial da Krones.
Valéria Beck, gerente da divisão de embalagens do Grupo Furnax
globalizada nos permite usar a mais alta tecnologia nos movimentos. Temos inúmeras possibilidades de acionamentos elétricos, eletrônicos, pneumáticos, além de acionamentos mecânicos de alta precisão, que garantem melhor acabamento e maior produtividade.” Para Valéria, “a evolução dos equipamentos vem buscando gradativamente a redução dos custos no processo de logística e maior confiabilidade nos serviços prestados, efetuando o fechamento e envolvimento das embalagens com precisão para evitar os desperdícios dos insumos e gerar oportunidades para as empresas se tornarem mais competitivas.”
Tendências Sustentabilidade dita à tendência no desenvolvimento de equipamentos de final de linha. “Os equipamentos irão permitir trabalhar com embalagens mais leves, economizando matéria-
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INFORMAÇÕES
Silvio Rotta, diretor-comercial da Krones
prima e energia, mas mantendo a flexibilidade e o fator de conveniência ao consumidor”, acredita Rotta. “Onde existiu um maior desenvolvimento até o momento no que se diz respeito à redução do consumo de matéria-prima foi em outros tipos de máquinas e na embalagem primária. Nesse momento, temos que investir em soluções para as máquinas de final de linha, quando se fala em redução de matéria-prima”, analisa o diretor-comercial da Krones.
para que não sejam aplicadas ou para não repetir os erros”. É com investimento em tecnologia e com esse modelo colaborativo que a indústria de equipamentos de final de linha pode crescer de forma sustentável em um cenário altamente competitivo. (M.H.)
FURNAX tel.: (11) 3277-5658 | www.furnax.com.br
equipamentos, trazendo assim experiências boas para serem aplicadas e experiências ruins
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O Brasil está sendo visto com bons olhos pelos países que têm maior índice de desenvolvimento tecnológico, segundo Marchioro, e “isso nos favorece a importar tecnologia e conhecimento, além de promover parcerias com companhias estrangeiras”. Portanto, ele acrescenta, “a tendência é que os fabricantes de máquinas experimentem uma grande evolução, nos próximos anos, com parcerias estrangeiras e também com os clientes de grande potencial para o desenvolvimento de
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especial encontro internacional de embalagens abihpec
Oportunidades para inovar em embalagem Promovido pela Abihpec, o Encontro Internacional de Embalagens, realizado em setembro, em São Paulo, apresentou os drivers de inovação na indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos
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beleza é um mercado promissor no Brasil. Nem a crise econômica mundial afeta o setor. Os números confirmam isso. Em 2011, o setor de cosméticos completou 16 anos de crescimento na casa dos dois dígitos. “Um feito fantástico. Até o ano passado, nós dizíamos que o setor brasileiro de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos cresce a uma velocidade chinesa. Esse crescimento foi mantido, com um índice de 10,23%, segundo os dados do primeiro semestre de 2012. Com isso, nós já superamos a China, que não está mais conseguindo sustentar o crescimento de dois dígitos”, afirma João Carlos Basílio, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). Tradicionalmente, o segundo semestre é melhor do que o primeiro semestre, época em que a população recebe o 13º salário, e o Natal
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Profissionais do setor de cosméticos e de embalagem prestigiam o evento
João Carlos Basílio, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec)
e o Ano Novo são grandes festas, que ajudam a impulsionar o consumo. Por isso, o setor tem uma expectativa bastante otimista para este ano. “30% do
faturamento bianual é focado em lançamentos. Se, em dois anos, a empresa não lança produtos, ela perde uma fatia de 30% do mercado. É preciso inovar para continuar competindo num mercado acirrado e cada vez mais concentrado nas grandes empresas”, ressalta o presidente. Ele continua: “É preciso que as pequenas e médias indústrias sejam bem informadas sobre as tendências para diminuir essa concentração.” Segundo Basílio, essa é a proposta do Encontro Internacional de Embalagens, promovido pela entidade, em setembro último, em São Paulo. O evento apresentou as tendências e os drivers de inovação na indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos.
Comunicação Com o tema O Poder da Embalagem na Comunicação, Túlio Bandeira, diretor da Amplaset Comunicação, destacou a importância das empresas terem a sua personalidade de comunicação, usando a embalagem como instrumento. “É através da personalidade de comunicação que as empresas têm a oportunidade de mostrar por meio de suas experiências, valores e atitudes, a sua capacidade de produzir e dar sentido às coisas”, afirma. Quem vai mudar esse paradigma? Quem realmente vai mexer com a comunicação dentro da empresa? São os setores de produção, comercial, marketing e os colaboradores. “É baseado no que a empresa está fazendo que Editora B2B
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especial encontro internacional de embalagens abihpec
Túlio Bandeira, diretor da Amplaset Comunicação
conseguimos saber o que divulgar. Essa é a forma de comunicar. Mas, é importante viabilizar uma nova forma de comunicar o que a empresa está fazendo através da embalagem. Isso é fundamental”, ressalta Bandeira. As mudanças demográficas geram tendências e oportunidades para desenvolver embalagens inovadoras. Esse foi o assunto da palestra de Assunta Napolitano Camilo, diretora do Instituto de Embalagens. “Hoje, a gente observa claramente que o modelo de família – pai e mãe e dois filhos - mudou. As mulheres têm no máximo um filho”, revela. Além disso, os jovens estão demorando mais para se casar e ficam menos tempo casados. A população está envelhecendo mais, e as crianças, consequentemente, têm mais poder. 38
Ela cita as cinco grandes tendências que já mobilizam os novos desenvolvimentos em embalagem: saúde, segurança, conveniência, estilo e sustentabilidade. A tendência de estilo, segundo Assunta, está extremamente relacionada com o setor de cosméticos. “Não adianta fazer um produto maravilhoso e não traduzir isso na embalagem que fala com o públicoalvo. Vai fazer produtos para crianças, para mulheres, para homens ou para o público GLS, é preciso usar o apelo para isso”, salienta. O envelhecimento da população representa uma excelente oportunidade para se diferenciar no mercado de cosméticos. “Já existem xampus especiais para pessoas da melhor idade. Não podemos esquecer que é preciso ter tampas fáceis de abrir”, exemplifica a executiva. Na tendência de conveniência, Assunta cita o exemplo da Alemanha, um protetor solar, cuja embalagem tem o formato de pulseira. É a praticidade falando mais alto. “O mundo ideal é que a embalagem atenda as cinco tendências”, profetiza.
Segurança e tendências Antonio Rollo, head regional Colorworks Latam, da Clariant, destaca: “A cor influencia na embalagem e isso pode ser aproveitado de uma maneira mais produtiva na criação de novos produtos”. Segundo ele, o mercado de embalagem responde por 70% da demanda da empresa quando se fala de tendência e lançamento de novos produtos. Para 2013, a paleta de cores não está tão viva e tão brilhante,
como já foi há quatro anos. “Está menos energética, com tons pastel, mas com muito efeito e transparência. A transparência é um reflexo do conceito de transmitir a autenticidade do produto”, diz Rollo. “A ideia é estimular o maior número de sentidos dos consumidores, pois a oferta de produtos nas gôndolas é gigantesca.” Em 2014, segundo ele, a expectativa é ter uma paleta de cores mais viva e brilhante, principalmente, na América Latina, com a quantidade de eventos na região. Integridade, funcionalidade e compatibilidade de sistemas de fechamento de embalagens plásticas. Esse foi o tema da palestra de Léa Mariza de Oliveira, pesquisadora científica do Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea). “O sistema de fechamento mal escolhido pode levar a perdas econômicas, menor vida útil do produto, vazamento, problemas de desempenho mecânico, problemas de imagem da marca e problemas ambientais, dependendo do tipo de produto acondicionado”, alerta. Nos sistemas de fechamentos, segundo a pesquisadora, é preciso considerar dois aspectos: integridade e resistência. “Quando falamos de integridade, a preocupação é com vazamento, contaminação do produto e trocas gasosas que podem resultar em ganho ou perda de umidade. Isso vai impactar na vida útil do produto”, explica. Outro aspecto é a resistência do fechamento, bastante importante durante o transporte, distribuição e a comercialização do produto. “É preciso conciliar a conveniência do uso, com uma
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Rose Hernandes, diretora de meio ambiente da Abihpec
tampa de fácil de abertura e resistente ao sistema de transporte, distribuição e comercialização”, afirma Léa.
aos recicladores, materiais com melhor qualidade. O projeto conta com a participação de todos os associados da Abihpec.
Inovação e sustentabilidade
A sustentabilidade está incorporada na estratégia corporativa da Novelis para a produção de embalagens de alumínio cada vez mais sustentáveis. Segundo Jessica Sanderson, diretora de sustentabilidade da Novelis Inc, dos Estados Unidos, até 2020, a meta da companhia é aumentar o uso de alumínio reciclado de 33% para 80%. “Isso vai remover 10 milhões de toneladas métricas de emissão de gases de efeito estufa da cadeia de valor de produtos de alumínio anualmente”, salienta.
Há muito tempo, a Abihpec acompanha a Política Nacional de Resíduos Sólidos, e em 2004, a entidade decidiu estudar de que forma poderia atuar. A decisão, segundo Rose Hernandes, diretora de meio ambiente da Abihpec, foi adotar um modelo já bastante arraigado, no Brasil, que é o das cooperativas e associações de catadores. Daí nasceu o projeto Dê a Mão para o Futuro que visa à coleta de embalagens pós-consumo dentro de um modelo de responsabilidade compartilhada. “O objetivo é colaborar com a melhoria do panorama nacional de destinação correta de resíduos sólidos e ajudar a reduzir o volume de recicláveis que seriam encaminhados para o aterro”, destaca Rose. Outro ponto, segundo ela, é oferecer aos geradores de resí-duos uma forma de gerenciar os seus próprios resíduos e
A sustentabilidade é uma das principais áreas da inovação em embalagem na Procter & Gamble. Segundo Lucas Camara, da Procter & Gamble, este drive é muito importante para a companhia que, antes da Rio 92, já estava preocupada com o meio ambiente. “Tem duas frentes nas nossas operações. Criar produtos que encantem os consumidores e preservem os recursos. O objetivo é usar 100%
Lucas Camara, da Procter & Gamble
de materiais renováveis ou recicláveis em embalagens”, pontua. Segundo ele, a meta global da companhia é reduzir a 0% os resíduos sólidos descartados em aterros até 2020. “Outra meta é usar 100% de energia renovável em nossas fábricas.” Como a P&G vai chegar lá. “Com inovação em produto. Um dos cases que exemplificam isso é o de Ariel líquido, com uma embalagem feita com 50% de resina virgem e 50% de material reciclado. Outro exemplo é o da embalagem de Pantene, feita de plástico renovável e que já ganhou escala. Hoje é vendido em vários países.” No mundo, desde 2007, a P&G, exemplifica Camara, já reduziu 11% de emissão de gás carbônico através de inovação e 50% dos resíduos sólidos. “No Brasil, nas plantas de Louveira (SP) e Manaus (AM), mais de 95% dos resíduos são beneficiados e têm destinação adequada para não ir para o aterro”. (M.H). INFORMAÇÕES ABIHPEC tel.: (11) 3372-9899 | www.abihpec.org.br
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Abipet contesta anúncio do governo de São Paulo No anúncio veiculado na grande imprensa, as embalagens PET são apresentadas de forma pejorativa como a responsável pela poluição do principal rio paulista
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m contestação ao anúncio publicitário Criaturas do tietê, que foi veiculado na grande imprensa, a associação Brasileira da indústria do PEt (abipet) encaminhou ofício ao governo do Estado de São Paulo, com informações sobre a sustentabilidade da embalagem PEt. No anúncio, as embalagens PEt são apresentadas de forma pejorativa como a responsável pela poluição do principal rio paulista. “Se o objetivo era educar os cidadãos, não parece eficaz denegrir o produto, sendo que foi o PEt que mais evoluiu em termos de reciclagem no Brasil nos últimos anos”, afirma auri Marçon, presidente da abipet.
Em seus 15 anos de atuação, a abipet utiliza luz científica, fatos comprovados e pesquisas sobre a questão, que permitem constatar que as embalagens de PEt que aparecem nos rios, principalmente após períodos de chuva, têm impacto muito mais visual do que ambiental. trata-se de um produto inerte, que permanece em evidência simplesmente porque boia, explica no documento enviado.
Caso as embalagens de PEt empregadas atualmente não fossem utilizadas, ocorreria um aumento de 200% em viagens para transportar a mesma carga de refrigerantes, água e óleo comestível e outros produtos importantes. isso geraria um maior impacto das emissões de gases de efeito estufa.
a forma como o PEt foi apresentado no anúncio contraria diametralmente os resultados de estudos técnicos de análise de Ciclo de Vida (aCV) realizados por reconhecidas entidades no Brasil, Estados Unidos e Europa. os estudos mostram que a garrafa PEt é uma das embalagens com melhor desempenho no contexto ambiental, visto que para sua fabricação utilizam pouquíssimo material. Em contrapartida, é capaz de conter grandes volumes com muito menos impacto causado pelo transporte, contribuindo para os pontos-chave que norteiam as questões ambientais no mundo: economia de água e redução de emissões de gases de efeito estufa, provocadas pelo meio de transporte.
do ponto de vista da urbanização e logística, o transporte de refrigerantes ou água em garrafas de vidro faz com que a embalagem represente até 48% do peso da carga de um caminhão. No caso do PEt, essa porcentagem é de aproximadamente 2%, apenas. “É possível levar maior quantidade de um produto com um
“além disso, nem toda embalagem plástica presente no curso de água é de PEt”, alerta o presidente. de acordo com pesquisas do mercado brasileiro, apenas 12% da produção de embalagens de plástico são de PEt.
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número razoavelmente menor de viagens. Em suma, o transporte é feito sem o desperdício de energia com embalagens pesadas”, conclui Marçon.
O gargalo é a coleta seletiva Embora o Brasil seja um dos líderes em reciclagem de PET, com índice superior a 57% das embalagens, o setor trabalha com uma taxa de ociosidade que varia entre 20% e 30%, devido à falta de coleta seletiva. Reunindo mais de 400 empresas, com um faturamento anual superior a R$ 1 bilhão – um terço do total do faturamento do setor -, a indústria recicladora de PET está
estruturada para receber volume adicional de embalagens. “Com políticas de educação ambiental, baseadas em fatos, ao lado dos necessários e obrigatórios sistemas de coleta seletiva, esse desempenho será ainda mais importante”, afirma Marçon. Para reverter o descarte inadequado, a Abipet acredita também na importância de um trabalho consistente de educação ambiental, que leve o consumidor a assumir o seu papel dentro do fluxo reverso da embalagem, conforme previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos. “Para isso, lançamos o LevPET (www.levpet.com.br), que indica ao consumidor qual é o ponto
mais próximo do seu local de trabalho ou residência, onde pode dar a destinação adequada à sua embalagem. Além disso, é uma ferramenta interativa, que permite aos internautas indicar novos pontos de entrega voluntária ainda não cadastrados pelo sistema – atualmente possui cerca de 2 mil locais registrados. Nessa mesma linha, as Prefeituras podem utilizar o LevPET para identificar PEVs municipais, cooperativas de catadores, entidades que aceitam os materiais, entre outras possibilidades. Importante ressaltar que o uso do LevPET é totalmente gratuito para a população”, informa Marçon. Abipet, tel.: (11) 3078-1688. Editora B2B
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Bioleve aposta em garrafas sustentáveis Investindo em melhorias nas linhas de envase, molde e injeção, empresa reduziu em 23% o peso de suas garrafas PET
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uarta maior envasadora de água mineral do mercado brasileiro, a Bioleve adotou a sustentabilidade como um dos pilares de sua estratégia de mercado. Para diminuir o impacto ambiental de sua operação, a empresa está investindo para reduzir o peso de suas garrafas PEt. atuando também com sucos, bebidas isotônicas, energéticos e refrigerantes, todos feitos com pura água mineral da montanha, a empresa produz em sua fábrica situada em Lindoia (SP) cerca de 500 mil garrafas por dia.
Para alcançar esse resultado, que será comunicado aos consumidores através de um selo impresso nos rótulos dos produtos, a empresa investiu cerca de r$ 1,5 milhão na sua linha de envase. Mais r$ 400 mil foram destinados ao aprimoramento da área de moldes e injeção. “Já havíamos reduzido a gramatura das nossas garrafas quando mudamos o padrão de gargalo, passando do alto para o baixo. agora estamos investindo em novos moldes e máquinas de envase para deixar as embalagens PEt ainda mais leves”, resume Sylvio Parente, diretor da Bioleve. ainda de acordo com o executivo, a empresa também está investindo pesado em tecnologias de injeção, a fim de rodar com sucesso as garrafas de menor gramatura. as garrafas de BioEnergy, bebida energética lançada pela Bioleve no primeiro semestre de 2012, marcando a estreia da empresa na categoria, são um bom exemplo de embalagem sustentável. além de economia na gramatura, ela apresenta gargalo mais baixo do que o padrão de mercado, poupando em média 1 grama de resina PEt por embalagem. Esse 42
ganho se dá por dois motivos. além de consumir menos material na tampa, o padrão de gargalo mais baixo poupa cerca de 30% de resina PEt no gargalo em si. Sintonizadas com esse apelo, redes varejistas, como o Walmart Brasil, já exigem o uso do padrão de gargalo mais baixo nas garrafas de água mineral. “a diminuição de peso das embalagens PEt é uma tendência mundial no setor de bebidas. Não poderíamos ficar de fora”, conclui o diretor da Bioleve.
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investindo em gargalos, moldes e equipamentos de envase mais eficientes, a Bioleve já conseguiu diminuir em 23% a quantidade de resina PEt usada na produção de suas embalagens PEt. isso significa que 20 toneladas de resina PEt deixaram de ser consumidas por mês.
Bioleve, tel.: 0800-0198343.
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Mercado de bioplásticos vai chegar a 6 milhões de toneladas em 2016 O PET com base bio vai contribuir significativamente com um aumento de dez vezes em sua capacidade
o
desenvolvimento positivo acima da média na capacidade de produção de bioplásticos tornou obsoletas as projeções anteriores. o mercado mundial de cerca de 1,2 milhão de toneladas, em 2011, vai assistir a um crescimento de cinco vezes o volume de produção, em 2016, saltando para 5,8 milhões de toneladas. Esses são os dados da European Bioplastics publicados anualmente em cooperação com o instituto de Bioplásticos e Biocompósitos da Universidade de Hannover, da alemanha. de longe, o maior crescimento será percebido no grupo dos plásticos com base biológica, como os plásticos não biodegradáveis. Especialmente soluções chamadas de drop-in, ou seja, versões de base biológica de embalagens a granel de PE e PEt, que devem ganhar grande escala de produção. Liderando o ranking dos bioplásticos, o PEt com base biológica, que já é responsável por aproximadamente 40% da capacidade de produção mundial. o material vai continuar se mantendo no topo, alcançando 4,6 milhões de toneladas em 2016. isto vai corresponder a 80% da capacidade de produção total de bioplásticos. Em seguida, aparece o PE com base bio com 250 mil toneladas, respondendo por mais de 4% da capacidade de produção total. “Mas também os plásticos biodegradáveis têm demonstrado taxas de crescimento impressionantes. Sua capacidade de produção aumentará em dois terços até 2016”, afirma Hasso von Pogrell, diretor-geral da European Bioplastics. os principais materiais que vão contribuir para esse crescimento são o PLa e o PHa, cada um respondendo por 298 mil toneladas (+50%) e 142 mil toneladas (+550%), respectivamente. “o enorme crescimento vem atender ao contínuo crescimento da demanda por soluções sustentáveis no mercado de plásticos. CAPACIDADE GLOBAL DE PRODUÇÃO DE BIOPLÁSTICOS EM 2016 (POR REGIÃO) 4,9
Uma tendência que perturba e deve ser observada é a distribuição geográfica das capacidades de produção. Europa e américa do Norte se mantêm como regiões interessantes para pesquisa e desenvolvimento, mas também como mercados comerciais. Entretanto, novas capacidades de produção favorecem a américa do Sul e a Ásia. “Há falta de medidas concretas por parte do poder público para incentivar o crescimento do mercado europeu de bioplásticos. Se a Europa quer lucrar com o crescimento em todos os níveis da cadeia de valor, é hora de tomar as decisões”, afirma andy Sweetman, presidente da European Bioplastics. European Bioplastics, tel.: +49 (0) 3028482350.
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO DE BIOPLÁSTICOS EM 2016 (POR TIPO)
3,5 0,2 Pla
eM %
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os bioplásticos ganharam inúmeras aplicações em diversas áreas, como embalagem, eletrônicos e automobilístico”, acrescenta Pogrell.
tOtal: 5,778,500 tONelaDas
46,3
5,1
Ásia
POliéster BiODegraDÁvel 2,7
aMérica DO sUl
aMiDO BiODegraDÁvel 2,5
eUrOPa
PHa
2,5
aMérica DO NOrte
OUtrOs
0,6
1
OUtrOs
1,2 BiO-Pa 4,3 BiO-Pe
eM %
80,1 BiO-Pet 30
tOtal: 5,778,500 tONelaDas
aUstrÁlia
BiODegraDÁvel 13,4%
Fonte: European Bioplastics / Institute for Bioplastics and Bicomposites
BiOBase / NÃO BiODegraDÁvel 86,6%
Fonte: European Bioplastics / Institute for Bioplastics and Bicomposites Editora B2B
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Ao sabor nordestino
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direto da gôndola
O mercado nordestino cresce mais que o restante do Brasil e a qualidade das embalagens produzidas na região também evoluiu Assunta Napolitano Camilo*
S
egundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), nos últimos anos, o PIB do Nordeste tem superado o PIB Nacional, o que justifica o aumento do consumo, e consequentemente, a melhora das embalagens encontradas na região. Em visita às redes de varejo das principais capitais nordestinas – drogarias, lojas de fast food, home centers, shopping centers, assim como em nas lojas de rua – encontrei muitas opções para adquirir produtos locais. A evolução da qualidade das embalagens é nítida, o que leva a crer até que elas vêm se aproximando bem das embalagens fabricadas nas regiões Sul e Sudeste. As gôndolas estão preenchidas por linhas completas de marcas regionais, com embalagens bem coloridas e tecnicamente muito bem produzidas e impressas.
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Com a elevação da renda, houve aumento nas compras e isso se refletiu significativamente na exigência por produtos mais bem apresentados. Segundo os fabricantes de bens de consumo, estima-se que, para os próximos anos, a produção dos principais produtos deva aumentar na ordem de 15 a 30% para atender a demanda. As marcas locais de cafés, arroz, feijão, açúcar, farinhas, massas, biscoitos e salgadinhos dominam as prateleiras de forma geral, porém, há empresas estrangeiras com sede no Sul e Sudeste buscando espaço neste competitivo e crescente mercado. É o caso da Nissin-Ajinomoto que desenvolveu um produto especialmente para o Nordeste, com versões especiais. Trata-se da linha Nosso Sabor nas versões: costela na brasa, galinha ensopada, e o quase óbvio, carne de sol. O sucesso é garantido!
Entender seu consumidor e entregar a ele o que deseja, surpreendendo-o, é garantia do estabelecimento de vínculo emocional que pode tornar o seu produto um item indispensável nos hábitos de consumo e à mesa. Algo como se você ou o seu produto fosse da família. Tais iniciativas aproximam a empresa da vida dos consumidores. É como fincar a bandeira da marca na mente deles. Pegar seu consumidor pelo estômago então é garantia de vida longa. O fundamental mesmo é aprender, conhecer e entender. Cada segmento e região têm as suas peculiaridades. Embalagem certa. Sucesso certo!
*Assunta Napolitano Camilo é diretora do Instituto de Embalagens e da consultoria FuturePack
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notas técnicas FITAS DE POLIPROPILENO A Adelbras produz fitas de polipropileno (PP), com adesivo de borracha natural e acrílico, para utilização em máquinas seladoras. Apresentam diferencial no comprimento e na espessura do filme, o que garante integração total em todos os tipos de equipamentos nacionais e importados. A empresa disponibiliza rolo de fita adesiva com 1200 m, 1600 m e 1800 m de comprimento, o que permite aumentar a economia com set-up do equipamento e aumentar a velocidade de trabalho. Oferece ainda uma opção de fita impressa, com logotipo, o que personaliza e traz segurança à embalagem final dos clientes. ADELBRAS Ind. e Com. de Adesivos Ltda. Tel.: (19) 4009-7711 | www.adelbras.com/tech
ALIMENTADORES MONOFÁSICOS E TRIFÁSICOS Para um manuseio rápido e flexível dos polímeros, a Piovan desenvolveu alimentadores monofásicos e trifásicos. Eles podem operar como unidades isoladas independentes ou fazer parte de um sistema centralizado, com um grupo de bombas de vácuo e vários alimentadores de matéria-prima, como silos internos ou externos, estações alimentadoras de transporte com big bags, estações manuais ou automáticas de conexão, sistemas de separação de pó etc. Oferecem flexibilidade no uso com qualquer material, com diferentes densidades e geometria irregular: grânulos, micro-grânulos, materiais de baixo ponto de fusão, flakes, inclusive, multicamadas. PIOVAN do Brasil Indústria e Comércio Ltda. Tel.: (11) 3693-9500 | piovan@piovan.com.br
EMBALAGENS DE CARTÃO E MICRO-ONDULADO A Fotoimpress produz embalagens de papelcartão e micro-ondulado para várias aplicações, como autopeças, ferramentas, ferragens, alimentos, brinquedos, presentes, entre outros. Elas podem ser fabricadas em cartão duplex, triplex, reciclado, micro-ondulado, onda E, F, B, micro-ondulado duplo. Estão disponíveis em diversos tipos de acabamentos, como plastificado, laminado, envernizado, com fechamento automático, cruzado e display. FOTOIMPRESS Postais Artes Gráficas Ltda. Tel.: (11) 4137-2943 | vendas@fotoimpress.com.br EXTRUSORA DUPLA-ROSCA A extrusora Teck Tril série DCT foi especialmente projetada para o processamento de masterbatch, compostos carregados e/ou reforçados, blendas, aditivação para termoplásticos, tinta em pó etc. Devido ao perfil geométrico, as roscas são autolimpantes e permitem trabalhar em altas rotações, proporcionando elevada produtividade. Opera com capacidade de produção de 40 kg/h até 1500 kg/h. Está disponível em quatro modelos com diâmetro das roscas de 25 mm, 40 mm, 58 mm e 70 mm. TECK TRIL Indústria e Comércio de Máquinas Ltda. Tel.: (11) 2335-5300 | tectril@tecktril.com.br
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notas técnicas COMPRESSOR O compressor para moldagem por sopro de PET da ABC opera com nível baixo de esforço, eliminando ações de desgaste sobre os elementos estruturais. A construção do grupo compressor é feita sobre um único chassi, com as interligações elétricas, pneumáticas, purgas etc. Possui cilindros de duplo efeito e motores IP55 protegidos de incidentes ambientais. Trabalha com temperaturas entre 100ºC a 150ºC para quatro etapas de compressão, protegendo a vida das válvulas e outros elementos sujeitos a desgaste. Admite baixas velocidades lineares de pistão de 4 a 1,9 m/s e 4 ou 3 etapas de compressão, segundo a necessidade do cliente. ABC Compressores Holding do Brasil. Tel.: (11) 4496-4434 abc-brasil@abc-compressors.com
EMPACOTADORA A empacotadora BL-1030 G4, da Abipack, apresenta comando com 45 programas de pesagem (1 grama a 5 kg), painel de comando com visor de cristal líquido e calha vibratória. Pode pesar vários tipos de pós, granulados e farináceos. Oferece fácil manuseio – calha vibratória, caçamba, posto de comando e bica de saída removíveis sem ferramentas e facilmente laváveis. ABIPACK Empacotadoras e Seladoras Ltda. Tel.: (11) 5072-7835 www.abipack.com.br
PALETIZADOR Com estrutura tipo portal em chapa dobrada, soldada e superfície tratada com pintura epóxi, o paletizador Mesal M-PAL 50 é um equipamento versátil e robusto. Possui cabeçote paletizador, introdutor de filas e camadas, bandejas e demais componentes formadores de filas e camadas, com funcionamento sincronizado e totalmente automático, comandados por CLP, proporcionando tratamento suave e preciso aos produtos em processo de paletização. O layout pode ser configurado de acordo com a necessidade do processo, permitindo a inclusão de periféricos, como alimentadores de entrada de pacotes/caixas, transportadores de entrada de caixas/pacotes, estações de posicionamento/orientação na entrada de pacotes/ caixas, entre outros. Opera com capacidade de produção de até 50 caixas/pacotes/min. MESAL Máquinas de Tecnologia Ltda. Tel.: (54) 2102-6400, mesal@mesal.com.br
REVESTIMENTO A Stora Enso Papers lança o MediaLiner, um revestimento branco com brilho para embalagens de papelão ondulado, displays e outros laminados. Esse novo produto garante alta qualidade gráfica, efeito de superfície único e apelo tátil às embalagens. O revestimento é produzido de fibra virgem pura. O brilho é reforçado pela superfície dupla revestida por seda. Essa suavidade e a superfície branca com brilho permitem uma reprodução limpa da impressão em cores, garantindo o uso do brilho, imagens de alta resolução, não importando o peso e o tipo de cartão ondulado ou material laminado. Proporciona excelente performance de conversão e características de absorção da cola. Está disponível em gramaturas de 120, 135, 160, 190 e 220 gsm. STORA ENSO BRASIL Ltda. Tel.: (11) 3065-5200 |www.storaenso.com
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painel de negócios
embalagens, máquinas, equipamentos e acessórios
nota técnica BALDES INDUSTRIAIS A Jaguar Plásticos oferece uma grande variedade de baldes industriais produzidos em polipropileno (PP), polietileno (PE), entre outros materiais termoplásticos. Apresentam fechamento hermético, boa resistência ao impacto e ao empilhamento em conformidade com a norma ABNT NBR 14952. Estão disponíveis em vários volumes: 3,2 litros, 3,6 litros, 5 litros, 7,2 litros, 10 litros, 12 litros, 18 litros, 20 litros N, 20 litros, 22 litros e 30 litros. JAGUAR Indústria e Comércio de Plásticos Ltda. Tel.: (19) 3311-2831| jaguar@jaguar.ind.br
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