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Líder em várias frentes
Atuando em diversos segmentos da pecuária, a criadora e médica-veterinária Roberta Bertin Barros aposta no aprimoramento constante para conquistar cada vez mais espaço no mercado ma carreira já consolidada não significa parar de aprender. É esse espírito que move a empresária Roberta Bertin Barros, que, mesmo com seu trabalho de seleção bovina reconhecido pelo mercado e a expansão de suas empresas, decidiu voltar para a universidade. Já formada em Medicina Veterinária, Administração de Empresas e com pós-graduação em Análises Clínicas Veterinária, ela está cursando Engenharia Agronômica.
Na verdade, o estudo é apenas uma das muitas ocupações de Roberta. Na Fazenda Floresta, em Lins/SP, ela construiu uma rede de atuação no agro que vai desde a produção de genética a partir das raças Gir Leiteiro e Girolando, laboratórios de fecundação in vitro e de análises clínicas veterinária, uma loja de produtos pecuários e veterinários, além de uma leiteria com produção de 15.000 litros/dia. “Quando trabalhamos com o que amamos, não é apenas um trabalho, é uma realização. Embora a minha família estivesse envolvida na seleção de gado de corte, eu decidi me especializar na seleção de gado leiteiro, em particular as raças Gir Leiteiro e Girolando. E o principal motivo que me impulsiona a trabalhar na atividade pecuária foi a minha paixão pelos animais. Os meus olhos brilham quando estou perto deles e sou muito grata a Deus por ter nos presenteado com a vaca, um animal tão especial”, assegura a pecuarista.
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Como veterinária, ela não abre mão de cuidar pessoalmente dos bezerros que nascem na Fazenda Floresta, acompanhando-os em seu crescimento, e também das vacas em lactação que, segundo ela, “produzem o nobre alimento, que é o leite”. Atualmente, o rebanho é composto por 300 doadoras Gir Leiteiro, 600 vacas em lactação e 1500 animais jovens na recria entre Gir Leiteiro e Girolando.
Utilizando recursos de tecnologias avançadas, o criatório conduz uma seleção fenotípica permanente, visando a formação de matrizes com desempenho reprodutivo superior, consistência genética e alta lactação. Com a técnica de produção in vitro de embriões, as matrizes são acasaladas com base em testes de progênie e genômicos, resultando em animais de alta qualidade.
O sistema de produção de leite é o de pastejo irrigado rotacionado com suplementação alimentar. “A pecuária demanda inovação constante, já que o desenvolvimento e a adoção de novas tecnologias têm revolucionado a forma como o setor opera. Os laboratórios presentes na Fazenda são um exemplo concreto de que a tecnologia é fundamental para promover avanços e melhorias na área. Além disso, essas inovações proporcionam maior sustentabilidade e eficiência na atividade, permitindo a obtenção de uma produção maior com a utilização de menos recursos”, explica Roberta.
Todos esses investimentos têm levado a genética da Fazenda Floresta a atravessar as fronteiras do país e a ampliar sua participação no mercado interno. “No mercado internacional, a genética leiteira brasileira tem ganhado cada vez mais destaque e reconhecimento. As raças desenvolvidas no Brasil, como o Gir Leiteiro e o Girolando, são conhecidas por sua rusticidade, adaptabilidade a diferentes condições climáticas e boa produção leiteira. Essas características são altamente valorizadas em outros países, especialmente aqueles com condições climáticas tropicais e subtropicais”, informa.
A propriedade participa do projeto internacional Brazilian Girolando, que visa divulgar a genética da raça e as empresas brasileiras no exterior. “Em 2023, planejo expandir a atuação da fazenda no mercado internacional, explorando novas oportunidades, fornecendo capacitação para produtores nacionais e internacionais e parcerias para compartilhar a genética leiteira brasileira de alta qualidade”, adianta Roberta.
Se a genética brasileira vai bem no exterior, no mercado nacional, observa-se também um interesse crescente em melhorar a produtividade e a qualidade do leite, o que tem levado os produtores a investir em programas de melhoramento genético e na aquisição de animais geneticamente superiores. “Além disso, a expansão do mercado de genética leiteira tem sido impulsionada pela crescente demanda por tecnologias reprodutivas, como a fertilização in vitro (FIV) e a inseminação artificial (IA), que permitem a rápida disseminação de material genético de qualidade e a melhoria do desempenho produtivo dos rebanhos”, acrescenta Roberta.