Philos
PORTUGUÊS CATALÀ ESPAÑOL FRANÇAIS ITALIANO ROMÂNĂ REVISTA DE LITERATURA DA UNIÃO LATINA 1 fevereiro 2016 · REVISTA DE LITERATURA DE LA UNIÓN LATINA 1 febrero 2016
JOSÉ HENRIQUE ZAMAI RODRIGO MENEZES GABRIEL DE MELO CARDOSO MARINA MOHALLEM EDSON SOUZA GUSTAVO SOUZA HIATUS TALITA SOUZA CELSO ASSOLIN MARTINS
NEOLATINA
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PORTUGUÊS CATALÀ ESPAÑOL FRANÇAIS ITALIANO ROMÂNĂ REVISTA DE LITERATURA DA UNIÃO LATINA 1 fevereiro 2016 · REVISTA DE LITERATURA DE LA UNIÓN LATINA 1 febrero 2016
JOSÉ HENRIQUE ZAMAI RODRIGO MENEZES GABRIEL DE MELO CARDOSO MARINA MOHALLEM EDSON SOUZA GUSTAVO SOUZA HIATUS TALITA SOUZA CELSO ASSOLIN MARTINS
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EXPEDIENTE
REVISTA DE LITERATURA DA UNIÃO LATINA REVISTA DE LITERATURA DE LA UNIÓN LATINA
Souza Pereira
EDITOR CHEFE | EDITOR EN JEFE
Sylvia de Montarroyos
COMITÊ EDITORIAL | COMITÉ EDITORIAL
Lucrecia Welter
REVISÃO DE TEXTOS | SUPERVISIÓN DE TEXTOS
Maus Hábitos
DESENHO E DIAGRAMAÇÃO | DISEGÑO Y DIAGRAMACIÓN
SOBRE A OBRA DESTA EDIÇÃO | SOBRE LA OBRA DE ESTA EDICIÓN
Publicado originalmente em fevereiro de 2016 com o título Philos, Revista de literatura da União latina. Os textos desta edição são copyright © de seus respectivos autores. As opiniões expressas e o conteúdo dos textos são de exclusiva responsabilidade de seus autores. Todos os esforços foram realizados para a obtenção das autorizações dos autores das citações ou fotografias reproduzidas nesta revista. Entretanto, não foi possível obter informações que levassem a encontrar alguns titulares. Mas os direitos lhes foram reservados. Philos, Revista de Literatura da União Latina é registrada sob o número SNIIC AG-20883 no Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais com Certificado de Reserva outorgado pelo Instituto Nacional de Direitos do Autor sob o registro: 10-2015-032213473700-121. ISSN em trâmite. Revista Philos © 2017 Todos os direitos reservados. | Publicado originalmente en febrero de 2016 con el título Philos, Revista de literatura de la Unión latina. Los textos de esta edición son copyright © de sus respectivos autores. Todos los esfuerzos fueron hechos para la obtención de las autorizaciones de los autores de las citaciones o fotografías reproducidas en esta revista. Sin embargo, no fue posible obtener informaciones que llevaran a encontrar algunos titulares. Pero los derechos les fueron reservados. Philos, Revista de Literatura de la Unión Latina es registrada bajo el número SNIIC AG-20883 en el Sistema Nacional de Informaciones e Indicadores Culturales con Certificado de Reserva otorgado por el Instituto Nacional de Derechos del Autor bajo el registro: 10-2015-032213473700-121. ISSN en trámite. Revista Philos © 2017 Todos los derechos reservados.
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Philos, Revista Philos Revista de de Literatura Literatura da da União União Latina Latina || Revista Revista de de Literatura Literatura de de la la Unión Unión Latina. Latina.
EDITORIAL
REVISTA DE LITERATURA DA UNIÃO LATINA REVISTA DE LITERATURA DE LA UNIÓN LATINA «O futuro se aproxima devagar, mas vem.» Tomamos como nosso o primeiro verso do poema de Mário Benedetti para estrear as linhas da primeira edição da Revista Philos. Somos a Revista de Literatura da União Latina, uma iniciativa de valorização cultural do patrimônio linguístico, material e imaterial do mundo latino. Queremos dar espaço para a literatura dos novos autores, para a história feita pelo homem, queremos reverberar a sua importância, plantar as suas sementes. Escrever é errar, procurar, sofrer, indagar, amar… Por isso nossos autores erram, procuram, sofrem, indagam e amam. Caminham pelos caminhos mais difíceis para encontrar o fio condutor de sua arte, enchem-se de versos e prosas, narrativas e relatos, gostam ou desgostam, amassam, rabiscam, torcem, jogam fora, escrevem, reescrevem e de novo tornam a escrever. Neste sentido surgimos para fazer parte desse processo criativo, queremos junto com eles escrever e reescrever a nossa história. Queremos usar a palavra para compor silêncios, poemas, contos, ensaios, rimas, métricas, pessoas, sociedade, ambiente, arte. Queremos entrelaçar os pensamentos e ideias, as utopias de cada escritor, suas expressões, suas delicadezas e brutalidades lapidadas nas múltiplas faces da literatura. Esta publicação é parte do Philos Reposter, um projeto de republicação de todo o material lançado pela editora Camará Cartonera em novo formato gráfico, com colaborações de novos ilustradores, fotógrafos e artistas visuais. Desejamos uma ótima leitura, Souza Pereira
EDITOR CHEFE | EDITOR EN JEFE
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Philos Revista de Literatura da União Latina | Revista de Literatura de la Unión Latina.
EDITORIAL
REVISTA DE LITERATURA DA UNIÃO LATINA REVISTA DE LITERATURA DE LA UNIÓN LATINA «El futuro se acerca despacio, pero viene.» Tomamos como nuestro el primer verso del poema de Mário Benedetti para estrenar las líneas de la primera edición de la Revista Philos. Somos la Revista de Literatura de la Unión Latina, una iniciativa de valorización cultural del patrimonio lingüístico, material e imaterial del mundo latino. Queremos ofertar espacio para la literatura de los nuevos autores, para la historia hecha por el hombre, queremos mostrar su importancia, plantar sus semillas. Escribir es errar, buscar, sufrir, indagar, amar... Por eso nuestros autores yerran, buscan, sufren, indagam y aman. Caminan por los caminos más difíciles para encontrar el hilo conductor de su arte, se llenan de versos y prosas, narrativas y relatos, les gustan o disgustan, amasan, borran, tuercen, juegan fuera, escriben y de nuevo comienzan a escribir. En este sentido surgimos para formar parte de ese proceso creativo, queremos junto con ellos escribir y de nuevo comienzan a escribir nuestra historia. Queremos usar la palabra para componer silencios, poemas, cuentos, ensayos, rimas, métricas, personas, sociedad, ambiente, arte. Queremos unir los pensamientos e ideas, las utopías de cada escritor, sus expresiones, sus delicadezas y brutalidades lapidadas en las múltiples faces de la literatura. Esta publicación es parte del Philos Reposter, un proyecto de republicación de todo el material lanzado por la editora Camará Cartonera en nuevo formato gráfico, con colaboraciones de nuevos ilustradores, fotógrafos y artistas visuales. Deseamos una óptima lectura, Souza Pereira
EDITOR CHEFE | EDITOR EN JEFE
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SUMÁRIO | SUMARIO CONTOS | COLUNAS | ARTIGOS CUENTOS | COLUMNAS | ARTÍCULOS
7 Sentimento da noite,
por JOSÉ HENRIQUE ZAMAI
8 Necrópsia dos
sentidos,
por RODRIGO
9 Busca,
MENEZES
10 Enseada,
por
MARINA MOHALLEM
por GABRIEL
DE MELO CARDOSO
13 Este rio,
por
HIATUS
11 Antigo
testamento,
por
EDSON SOUZA
12 Amigo sóbrio, por GUSTAVO SOUZA
14 Ele, 15 Fim,
por TALITA SOUZA
por CELSO
ASSOLIN MARTINS
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MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
SENTIMENTO DA NOITE José Henrique Zamai por
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O dia, derretido na aurora, resfria-se na noite Escurece, e as pessoas bocejam Permaneço silente, como se sobre mim se abatesse um estranho siso. Certa aversão à lua e às estrelas À imensidão do Universo que se tornava clara, no céu do passado. Sentimento de pequenez? Ou de solidão? O relógio, o tempo, como rios, corriam em um único sentido: não voltavam. A noite avançava velha e, como do nada, era uma criança recém-nascida. Na madrugada, sento-me à janela de meu quarto e observo as luzes da cidade. Poucas casas no campo de visão. Nada se altera por um longo período. E a luz de uma janela próxima se acende. Solidão? Não mais. Eis ali outra alma insone! Companheiro, como tem sido a vida? José Henrique Zamai (Divinolândia, São Paulo, Brasil, 1991). Advogado e escritor. 1
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MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
NECRÓPSIA DOS SENTIDOS Rodrigo Menezes por
1
Onde amei: uma caveira em lugar dos lábios que desejei: uma carcaça a pele que toquei, febril — cera maciça os sonhos secretos que sonhei: fumaça sobre os versos que escrevi: poeira as palavras que sangrei: mofadas as páginas que chorei: amarelas e secas as dores tantas que poetizei: anestesiadas eis aqui o mais cruel feito do Tempo: — artesão imponente das encruzilhadas — demolir os afetos que pensamos tão grandes assassinar o sentidos...transformá-los em nada.
Rodrigo Menezes 1
(Brasília, 1989). É escritor e poeta, graduando em psicologia.
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MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
BUSCA por
Gabriel de Melo Cardoso1
Confesso que nunca fui de observar a lua me olhando, mas de uns tempos para cá tenho observado Vejo nela as mãos dadas dos retirantes Saem ora do pé, ora do ombro, ora até da orelha! Ontem desejei com toda minha força que parassem de se dirigir ao centro Aquele que acolhe todos com tanto afinco, tanta ternura, tão doce rapadura. Me disseram que dor é sina E que tudo na vida acaba em ''or'' Por isso a esperança é menina Fita verde nos cabelos,voz branca em anúncio de paz. Mas...E os retirantes? Dor, amor, estupor, fome. Por que carregam essa menina? Quão sórdida aspirina, apenas mais uma morte severina. Vagante em amargura seca escorre entre pórticos e aldravas e, C(entro), dentro enfim, e sento Observo a lua sussurrar algo sobre retirantes Coloco a mão no peito, e em repentina agudez A menina morreu de sede. Espaço imerso revelado, rochoso, rachado. Procura-se semente que alimente o retirante centro Ao centro retirante, cura-se.
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Gabriel de Melo Cardoso 1
(Balneário Camboriú, 1997). Escritor, filósofo, tanatólogo e poeta.
MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
ENSEADA por
Marina Mohallem1
Não sou aquele trem que anda nos trilhos Eu sou aquela água que vai e volta e vaga Não sou aquela estrada já definida, Eu sou a poeira que na chuva se apaga Tudo que se precisa é a precisão da liberdade é desviar, é viver e é também não ter idade Somos incompletos na medida do infinito Eu sou uma enseada rodeada de um mar silencioso.
Marina de Lima Mohallem 1
(Minas Gerais, 1994). Graduanda do curso de Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Alfenas, bolsista do PETbiologia. Poetisa e administradora da página ‘’PoeMA’’, livro virtual de poemas.
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MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
ANTIGO TESTAMENTO
por
Edson Souza1
Ah, se Deus conhecesse o que criou, O beijo de mulher a quem amasse, Nunca mais o desejo condenasse, Nem impuro seria quem copulou! Alguma vez Javé acaso amou Querendo fosse eterno o que é fugace? Acaso não veria com melhor face Os pecados que só Ele decretou? Se um filho, pois gerasses, Adonai, Outra lei nos darias mais docemente, Pois esta o doce amor sujando vai. Javé, que se derreta com ardente Amor o peito Teu por esta gente: Desiste de ser Deus para ser pai!
Edson Amaro de Souza (Rio 1
de Janeiro, 1980). Professor de Língua Portuguesa, tradutor do romance “Valperga”, de Mary Shelley pela editora Buriti, e da tragédia “O Rei Saul”, de Vittorio Alfieri, disponível em formato e-book na Amazon.
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MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
EXPERIM.
Dossiê de Literatura Neolatina
AMIGO SÓBRIO por
Gustavo Souza1
No poço dos vermes famintos, nós velejamos em uma embarcação veneziana. Nas águas calmas do inferno, transbordo na solidão – o velho amigo sóbrio da vida – e corvos negros, - voando em ciclo – e nós observando o fulgor das quimeras As estrelas sem brilho, - impuras da negritude maldita da vida infernal – a embarcação se movia ao vento e ao medo dos braços; assim foi a noite sem fim – em um inferno sem volta – em ciclo – acompanhado...
1
Gustavo Souza
(Piranhas, Alagoas, 1992). Poeta e crítico licenciado em História pela Universidade Federal de Alagoas. Menção honrosa na categoria de novos poetas do Concurso Sarau Brasil da Editora Vivara (2015).
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MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
ESTE RIO por
Hiatus1
Este rio É minha alma, Corroída pelo tempo, Meu choro, Meu lamento Este rio, Que ora chora, Cuja dor se ignora, É o rio de nossa história De toda nossa memória Sustento da lavadeira, Alimento do pescador, Doce inspiração, Inspiração do sonhador Neste rio, Jogo lixo, Pois é frio meu coração, Transformo a vida Em morte, Destruição Este rio, É meu começo, Início, meio e fim Deságua suas águas Neste mar que há em mim Este rio É meu destino Rio que viu o menino Crescer E virar as costas Meu companheiro de brincadeira Parte de mim que morre. Meu rio. Minha alma.
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1
Hiatus,
pseudônimo de Robinson Silva Alves (Coaraci, Amazonas, 1976). Escritor e poeta multipremiado em festivais como o da UFF, UNIVAP e CLIP.
MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
ELE por
Talita Souza1
Ele possui o dom de me acalmar Me traz paz E sinto como se fosse capaz de qualquer coisa Ele faz com que eu sinta vontade de sair por aí Pegar o primeiro ônibus E ir para perto dele Ele não é de palavras difíceis Nem de muita fala Mas o pouco que diz Me toca a alma Ele não sabe Mas eu o amo Ele não percebe Mas é especial Ele não acredita Mas é lindo Ele deveria saber Que é único Que é o único Que me acalma o coração Que é o único Que me arranca sorrisos fáceis E me faz acreditar no amor Ele deveria saber Ele deveria perceber Ele deveria acreditar Mas ele prefere fechar os olhos E não enxergar
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1Talita
Souza (Passos, Minas Gerais, 1998). Aspirante a escritora e estudante de Tecnologia da Informação.
MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
FIM por
Celso Assolin Martins1
Fim do começo, Presente pretérito: Começo do fim. O ardil do tempo Evoca o ponto De tensão No qual Passado, presente E futuro Têm, Num átimo, A mesma face. Curiosamente, Esse ponto é um espelho No qual A vida enxerga A morte.
Celso Assolin Martins (Mococa, Brasil, 1960). Escritor. 1
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