Philos PORTUGUÊS CATALÀ ESPAÑOL FRANÇAIS ITALIANO ROMÂNĂ
REVISTA DE LITERATURA DA UNIÃO LATINA 20 setembro 2017 · REVISTA DE LITERATURA DE LA UNIÓN LATINA 20 septiembre 2017
LUCRECIA WELTER ANTÓNIO BOHÓRQUES JESSYCA SANTIAGO RAMON CARLOS ANTÔNIO FIGUEIRÔA ESCOBAR TEIXEIRA DE OLIVEIRA ROGELMA SOUSA LARISSA REGGIANI GALBARDDI PRISCILA PANZA CRISTINA GÁLVEZ MARTOS EDUARD TRASTE
NEOLATINA
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EXPEDIENTE
REVISTA DE LITERATURA DA UNIÃO LATINA REVISTA DE LITERATURA DE LA UNIÓN LATINA
Souza Pereira
EDITOR CHEFE | EDITOR EN JEFE
Sylvia de Montarroyos
COMITÊ EDITORIAL | COMITÉ EDITORIAL
Lucrecia Welter
REVISÃO DE TEXTOS | SUPERVISIÓN DE TEXTOS
Maus Hábitos
DESENHO E DIAGRAMAÇÃO | DISEGÑO Y DIAGRAMACIÓN
SOBRE A OBRA DESTA EDIÇÃO | SOBRE LA OBRA DE ESTA EDICIÓN
Publicado originalmente em agosto de 2017 com o título Philos, Revista de literatura da União latina. Os textos desta edição são copyright © de seus respectivos autores. As opiniões expressas e o conteúdo dos textos são de exclusiva responsabilidade de seus autores. Todos os esforços foram realizados para a obtenção das autorizações dos autores das citações ou fotografias reproduzidas nesta revista. Entretanto, não foi possível obter informações que levassem a encontrar alguns titulares. Mas os direitos lhes foram reservados. Philos, Revista de Literatura da União Latina é registrada sob o número SNIIC AG-20883 no Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais com Certificado de Reserva outorgado pelo Instituto Nacional de Direitos do Autor sob o registro: 10-2015-032213473700-121. ISSN 2527-113X. Revista Philos © 2017 Todos os direitos reservados. | Publicado originalmente en agosto de 2017 con el título Philos, Revista de literatura de la Unión latina. Los textos de esta edición son copyright © de sus respectivos autores. Todos los esfuerzos fueron hechos para la obtención de las autorizaciones de los autores de las citaciones o fotografías reproducidas en esta revista. Sin embargo, no fue posible obtener informaciones que llevaran a encontrar algunos titulares. Pero los derechos les fueron reservados. Philos, Revista de Literatura de la Unión Latina es registrada bajo el número SNIIC AG-20883 en el Sistema Nacional de Informaciones e Indicadores Culturales con Certificado de Reserva otorgado por el Instituto Nacional de Derechos del Autor bajo el registro: 10-2015-032213473700-121. ISSN 2527113X. Revista Philos © 2017 Todos los derechos reservados.
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Philos, Revista Philos Revista de de Literatura Literatura da da União União Latina Latina || Revista Revista de de Literatura Literatura de de la la Unión Unión Latina. Latina.
EDITORIAL
REVISTA DE LITERATURA DA UNIÃO LATINA REVISTA DE LITERATURA DE LA UNIÓN LATINA Nesta edição, intenciona-se enfatizar o uso da língua e da linguagem artística fluida de nossa artista convidada, a italiana, Cecilia Campironi, para elaborar uma edição de composições orgânicas e de traços antropológicos. Percebe-se uma narrativa dupla e constante feita entre os textos de nossos autores e o esforço da artista em alcançar uma vitalidade para além das formas, faces e gestos humanos. Transitando entre essas linguagens, as ideias de cor e corpo aqui apresentadas ganham relevância e inspiram muitas discussões. Um dos nossos contos, "Sem título", de nossa colunista Kátia Gerlach, quer indagar uma voz ao nosso público, lançando um desafio de nomeá-lo. A publicação de número vinte da Philos é uma dessas importantes edições que se configuram para o público como uma nova leitura, atrelada ao uso da cor e dos gestos, dos traços humanos que remetem à nossa natureza numa prosopopeia das palavras. Desejamos uma ótima leitura,
Souza Pereira
EDITOR CHEFE | EDITOR EN JEFE
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Philos Revista de Literatura da União Latina | Revista de Literatura de la Unión Latina.
EDITORIAL
REVISTA DE LITERATURA DA UNIÃO LATINA REVISTA DE LITERATURA DE LA UNIÓN LATINA En esta edición, intenciona enfatizarse el uso de la lengua y del lenguaje artístico fluida de nuestra artista invitada, la italiana, Cecilia Campironi, para elaborar una edición de composiciones orgánicas y de trazos antropológicos. Se percibe una narrativa pareja y constante hecha entre los textos de nuestros autores y el esfuerzo de la artista en alcanzar una vitalidade más allá de las formas, faces y gestos humanos. Transitando entre esos lenguajes, las ideas de memoria y cuerpo aquí presentadas ganan relevancia e inspiran muchas discusiones. Uno de nuestros cuentos, “Sin título”, de nuestra columnista Kátia Gerlach, quiere indagar una voz a nuestro público, lanzando un desafío de nombrarlo. La publicación de número veinte de la Philos es una de esas importantes ediciones que se configuran para el público como una nueva lectura, atrelada al uso del color y de los gestos, de los trazos humanos que remiten a nuestra naturaleza en una prosopopeia de las palabras. Deseamos una óptima lectura, Souza Pereira
EDITOR CHEFE | EDITOR EN JEFE
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SUMÁRIO | SUMARIO DOSSIÊ | POEMAS | HAICAI DOSSIER | POEMAS | HAIKU
7 Farol,
por LUCRECIA WELTER
8 Blackbird,
11 Doses,
por RAMON CARLOS
por
ANTÓNIO BOHÓRQUES
12 Esquinas e avenidas,
9 Merlo-preto,
por ANTÓNIO BOHÓRQUES
10 Carta a
alguma pessoa,
por JESSYCA SANTIAGO
por
ANTÔNIO FIGUEIRÔA ESCOBAR TEIXEIRA DE OLIVEIRA
13 Noites frias,
15 Haicai V:
Anises,
por PRISCILA
PANZA
16 So symbolic,
por CRISTINA GÁLVEZ MARTOS
18 La Tierra,
por
CRISTINA GÁLVEZ MARTOS
por ROGELMA SOUSA
14 Poema sem
19 Niebla verde,
por CRISTINA GÁLVEZ MARTOS
título,
por LARISSA REGGIANI GALBARDDI
20 Poemas,
por
EDUARD TRASTE
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MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
FAROL por
Lucrecia Welter1
Candeeiro que luze Em luz especial Que indica presença Em ascendência... Que afoga a paisagem Na costa, na rocha, na aragem. Farol turriforme De olhar corvino E faro leonino Arraigado no morro À entrada do porto Ante o baixio, a ilha, o horto Doce guia do navegante De desejo extravagante Que ondeia, na enseada, A sua intuição abrasada... Na voz da minha cantiga, Amor à moda antiga Se desfaz em sedução No lual, na radiação... Imponentes e bem dotados, O farol e o faroleiro Vertem, de língua, a canção No apogeu da folia, Banhadas de luar, Dança vida e cantoria Do passacale, da serenata, Qual clímax que jorra e desata O delírio da embarcação... Éden da imaginação...
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Lucrecia Welter (Paraná, 1953). Escritora multipremiada e presidente da Academia de Letras de Toledo, Paraná. É Revisora de textos da Revista Philos e Curadora de Literatura lusófona da mesma Revista. Tem diversos livros lançados e publicações em coletâneas poéticas. 1
MUESTRA DE POESÍA ESPAÑOLA
POESÍA
Dossier de Literatura Neolatina
BLACKBIRD por
António Bohórques1
Tú significas tanto
Para mi amiga Montse Oseguera
Muchacha asombrosa Cuando vamos caminando Con contratiempos y silencios Llevamos la cuenta del compás en la mente Como se lleva la imagen de un gesto. Un mínimo destello ha de perdurar En unas pocas líneas En una pincelada gris De lo que cada cual tiene de irrepetible Por ejemplo en la palpitación de tus botas inquietas Contra el suelo. Vuelo al pie del oído Resistencia y peso frente a la grave edad Arpegios xilografías de la modularidad En esa guitarra distante por la memoria Que es ya una serenidad íntima. Quizás seas tú misma Una noción puramente metafórica Mujer pájaro en el pensamiento Iluminación e invención de la sombra. Para mí un poema es también los pasos en el recuerdo ¿La dulzura del pasado? Poetizar es recordar o fotografiar lo que se siente Y hasta la calidad de soñar en el instante El futuro verdadero. Quizás seas tú misma una noción Quien golpea – sintiendo – el suelo de la noche Quien rodee con sus pasos El secreto de esta canción.
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“…fly into the night of the dark black night” - The Beatles
António Bohórques 1
(México, 1995). Estudante de língua portuguesa no Instituto Camões da FES Acatlán UNAM, escritor, pesquisador, tradutor e corretor de estilo no Instituto de Investigaciones Filológicas.
MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
MERLO-PRETO por
António Bohórques1
Você representa muito
Para minha amiga Montse Oseguera
Moça assombrosa Quando vamos caminhando Com contratempos e silêncios Cuidamos a conta do compasso na mente Como se leva a imagem dum gesto. Um mínimo lampejo há de ficar Numas poucas linhas Numa pincelagem grisasse De o que cada qual tem de ir repetível Por exemplo, na palpitação de suas botas desassossegadas Contra o chão. Voo ao pé do ouvido Resistência e peso frente à grave idade Arpejos xilogravuras da modularidade Nesse violão distante pela memória Que é já uma placidez íntima. Talvez seja você mesma Uma noção puramente metafórica Mulher pássaro no pensamento Iluminação e invenção da sombra. Em minha opinião um poema é também os passos nas lembranças A doçura do passado? Poetizar é lembrar ou fotografar o que se sente É até a qualidade de sonhar no instante O futuro verdadeiro. Talvez seja você mesma uma moção Quem bate —sentindo—o chão da noite Quem rode com seus passos O segredo de esta canção.
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“…fly into the night of the dark black night” - The Beatles
António Bohórques 1
(México, 1995). Estudante de língua portuguesa no Instituto Camões da FES Acatlán UNAM, escritor, pesquisador, tradutor e corretor de estilo no Instituto de Investigaciones Filológicas.
MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
CARTA A ALGUMA PESSOA Jessyca Santiago por
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Vós sois como a Correnteza, Como o vento, livre, Imparável. Nossos dias em teares do tempo Escorrem em fios entre os dedos Do destino. Nada além do céu, além do chão, Encontra se ao alcance de nossas Mãos. Repetimos os dias como o sol seu Ciclo, do leste ao oeste, tudo cumpre Seu fado. Mas nada lhe alcança! Vós que sois como a Tempestade, Como a água, pura, Indomável. Ensina me, também, a passar.
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Jessyca Santiago 1
(Recife, 1990). Graduada em Letras Inglês pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, trabalha como professora.
MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
DOSES por
Ramon Carlos1
Anorexia mental Em um cérebro gordo Paradoxo invertebrado Com cheiro de bolhas vertebradas O caos precede o caos A morte precede a morte Gritos em cortes Pérolas do abismo surdo Prefiro ajudar com minha distância E invisibilidade Mas acabo visto Dentro de um órgão Transplantado telepaticamente Para fora de mim Eu precedo o caos Eu precedo a morte Eu precedo eu Em você
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Giovan Favretto (Santa 1
Catarina, 1986). Escreve sob o pseudônimo “Ramon Carlos” no site www.estrAbism o.net. Sua carreira literária resume-se a dois contos publicados em uma antologia. Além de uma coleção de poemas, escreveu um romance e um livro de contos, nenhum deles publicados.
MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
ESQUINAS E AVENIDAS Antônio de Oliveira por
1
Eu pensei que havia superado o medo de trocar a estrada principal por trilhas escondidas, onde os verdes ramos divergem em caminhos inéditos. Mas não, todos os precipícios me exigiram desarticulação, e mesmo nos dias de verão as palavras continuam a clamar por ordem alfabética, cronológica, empírica metódica, realística, sequencial. Tenho, é verdade, que aceitar a troca: a lapidação é custosa e o preparo para existir espera o barulho do pensamento inaudível. É necessário o rugido primeiro, que vem aquecer madrugadas frias, para poder estar de pé. E assim, despido de pincéis, um dia desabará o mundo, e, em seguida, oh Deus, há de vir o eu
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Antônio Figueirôa Escobar Teixeira de Oliveira 1
(Recife, 1999) Graduado do International Baccaluareate no Pearson College UWC, Canadá.
MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
NOITES FRIAS por
Rogelma Sousa1
Ventos obscuros sopram pelas brechas da janela, No espelho vejo um reflexo sutil do meu ser Minha mão se espalha sobre aquele pedaço de vidro Com os olhos fechados me entrego; Reparto-me... Metade de mim são cacos estilhaçados, Na outra metade a solidão faz morada, O amor olha de soslaio e se esconde. Procuro dentro de mim o que espatifa, Espedaça, amordaça e sufoca a minha alma; Nada encontro e nada vejo, a dor me cega os olhos. Abro-os com esforço e uma lágrima amarga escorre pela face, Refaço-me e saio mais uma vez em busca de mim.
Rogelma Sousa 1
(Itapipoca, Ceará). Formada em LetrasPortuguês pelo Instituto de Estudos e Pesquisas do Vale do Acaraú – IVA, professora de instituição privada. Amante da leitura, apaixonada pela vida, lê nas horas vagas e escreve por inspiração, autora do conto
Amor à primeira vista.
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MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
POEMA SEM TÍTULO por
Larissa Reggiani Galbarddi1
Olhos pútridos e tochas acesas Um grito do inferno agrava as cidades O monstro saiu das sombras? Uma e milhares, criaturas escusas Cantando odes às atrocidades Orgulhando-se de pérfidas obras! Olhem: O mais triste Desesperador Insano O rosto do monstro Foi sempre humano!
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Larissa Reggiani Galbarddi 1
(Cafeara, 1991). Estudante de Letras.
MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
HAICAI V: ANISES por
Priscila Panza1
pássaros cantam – sem tempo para falar chocam- se os anises 1
Priscila Panza
(Dourado, São Paulo, 1992). Adora ler e escrever desde criança. Não é escritora profissional. Tem poemas publicados nas Revistas Philos, Mallarmargens e Subversa. Atualmente cursa Serviço Social na Universidade Paulista (UNIP).
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MUESTRA DE POESÍA ESPAÑOLA Dossier de Literatura Neolatina
SO SYMBOLIC por
Cristina Gálvez Martos1
El chico que me habló de un grupo llamado Counting Crows o el que me llevó por primera vez a Café Arábica -usé zapatos altos, un collar de caracoles, un suéter para cubrirme, tenía catorce años ponía una y otra vez esa canción: I felt so symbolic yesterday If I knew Picasso I would buy myself a gray guitar and play la noche que cerré los ojos y era todo rojo todo mar subiendo, bajando todo mar quería llorar para no endurecerme hace ya unos años que fuimos al cine a ver Blue Valentine y también: Why do we hurt the ones we love… con el bailecito triste cómo nos cosió el uno al otro a los tres amigos Eduardo con la mirada baja escuchándonos, sobre las tazas de café las librerías, la tarde en que compré esa antología de Montejo y leíamos: Estar aquí en la tierra: no más lejos que un árbol, no más inexplicables, livianos en otoño, henchidos en verano, con lo que somos o no somos, con la sombra La primera vez que Luis me miró a los ojos. cuando papá me despertó de madrugada para despedirse o los domingos en que mamá manejaba por la Cota Mil y escuchábamos Pink Floyd
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POESÍA
MUESTRA DE POESÍA ESPAÑOLA
POESÍA
Dossier de Literatura Neolatina Cristina Gálvez Martos (Caracas, Venezuela, 1987). Escritora e poetisa. Licenciada em Letras pela Universidade Central da Venezuela. Participou de diversas antologias poéticas editadas na Venezuela, Porto Rico, Argentina e Reino Unido. Fez parte de diversas oficinas de criação literária, entre elas a coordenada pelo poeta venezuelano Armando Rojas Guardia. Entre os anos de 2013 a 2015 se dedicou às oficinas da Casa de las Letras Andrés Bello, promovendo cursos literários, de ortografia, redação e interpretação de textos. Estudia Diplomado en Gestión Cultural en Fundación Itaú. ˡ Gálvez, Cristina. Bicorne. Caracas, Venezuela: Casa de las Letras Andrés Bello, 2016. 1
la primera vez que Luis me hizo el amor en Lagunazo yo tenía los ojos bien abiertos auroras boreales subiendo, bajando el pájaro que cantó al amanecer cuando Nelson y yo bajábamos de Sabas Nieves los días de semana las mañanas en Suma, hablando con un cliente los ruidos leves del Boulevard siempre el velo escarchado de las ilusiones estrellas rojas, puntos rojos difuminando el aura hoy estoy escuchando Counting Crows todo ha sido áureo y rojo como de fresas vino llanto o amor todo sigue siendo rojo.
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MUESTRA DE POESÍA ESPAÑOLA
POESÍA
Dossier de Literatura Neolatina
LA TIERRA por
Cristina Gálvez Martos1 Tierra, tan sólo tierra. - Federico García Lorca
Malaika, mi ángel la vida no es justa y la poesía nunca ha sido suficiente. Yo no sabía que un gato podía volar desde el treceavo piso resulta que lo hacen todos los días saltan del sexto, del noveno, del decimocuarto buscan el más reducido agujero para saltar detrás del pájaro deseado o de la mosca. Algunos sobreviven. Yo tuve que recoger tu cuerpo blando (tan pequeño que fue) mojado por la lluvia como un algodón, pedirle al señor Miguel que abriera un foso entre los árboles del parque. Entender la verdad: tierra, tan sólo tierra en pleno aire frío de los que estamos en pie. Leer cuentos para gatos escuchar canciones para gatos declararme por siempre doliente y diurna amante de tus maullidos y tus garras. Tirar tu comida, vaciar tu caja de arena llegar tarde al trabajo y decir simplemente: “es que se murió mi gata”.
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Cristina Gálvez Martos (Caracas, Venezuela, 1987). Escritora e poetisa. Licenciada em Letras pela Universidade Central da Venezuela. Participou de diversas antologias poéticas editadas na Venezuela, Porto Rico, Argentina e Reino Unido. Fez parte de diversas oficinas de criação literária, entre elas a coordenada pelo poeta venezuelano Armando Rojas Guardia. Entre os anos de 2013 a 2015 se dedicou às oficinas da Casa de las Letras Andrés Bello, promovendo cursos literários, de ortografia, redação e interpretação de textos. Estudia Diplomado en Gestión Cultural en Fundación Itaú. ˡ Gálvez, Cristina. Bicorne. Caracas, Venezuela: Casa de las Letras Andrés Bello, 2016. 1
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MUESTRA DE POESÍA ESPAÑOLA
POESÍA
Dossier de Literatura Neolatina
NIEBLA VERDE por
Cristina Gálvez Martos1
La ciudad aúlla miles de millones de minúsculos mundos engranados. Desde el piso 26 de la Torre Norte observo: nada se detiene. Como un átomo cuyas órbitas aceleradas lo hacen fuego hierve la ciudad, una gran cacerola gris. Mi mente tampoco ha encontrado reposo. Extraño a mamá. A la izquierda, dos zamuros planean la montaña parece consolarme por su falda estarán corriendo animales veloces… Tómame en brazos llena mis ojos de niebla verde. En cada hora pico soy huérfana de las orquídeas.
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Cristina Gálvez Martos (Caracas, Venezuela, 1987). Escritora e poetisa. Licenciada em Letras pela Universidade Central da Venezuela. Participou de diversas antologias poéticas editadas na Venezuela, Porto Rico, Argentina e Reino Unido. Fez parte de diversas oficinas de criação literária, entre elas a coordenada pelo poeta venezuelano Armando Rojas Guardia. Entre os anos de 2013 a 2015 se dedicou às oficinas da Casa de las Letras Andrés Bello, promovendo cursos literários, de ortografia, redação e interpretação de textos. Estudia Diplomado en Gestión Cultural en Fundación Itaú. ˡ Gálvez, Cristina. Bicorne. Caracas, Venezuela: Casa de las Letras Andrés Bello, 2016. 1
MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
POEMAS por
Eduard Traste1
vivas criaturas
no ônibus, você escuta a conversa e acha aceitável. dois seres autênticos um assunto plausível um ponto de vista interessante e então você se vira e confirma: os pés ainda não alcançam o chão. na prece diária
encontrou na Igreja o Papa de joelhos abençoando Jesus, Cristo! uma verdade
tudo em mim soa assim desagradável, sim mas vou mentir pra mim? seguir assim, eu por mim desejo que meu fim seja assim, nesta linha verdadeira eu por mim e minha vida, inteira.
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Eduard Traste
(Florianópolis, Santa Catarina). Descobriu que não tinha salvação. Desde então vem destilando os necessários pingos de vida para seguir em frente, de seus escritos e outros tragos. Diariamente compartilha alguns de seus poemas, junto com outro camarada, no site: estrAbismo.net
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LUCRECIA WELTER ANTÓNIO BOHÓRQUES JESSYCA SANTIAGO RAMON CARLOS ANTÔNIO FIGUEIRÔA ESCOBAR TEIXEIRA DE OLIVEIRA ROGELMA SOUSA LARISSA REGGIANI GALBARDDI PRISCILA PANZA CRISTINA GÁLVEZ MARTOS EDUARD TRASTE
NEOLATINA