Neolatina v.2 n°.6 (2016)

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Philos PORTUGUÊS CATALÀ ESPAÑOL FRANÇAIS ITALIANO ROMÂNĂ REVISTA DE LITERATURA DA UNIÃO LATINA 6 julho 2016 · REVISTA DE LITERATURA DE LA UNIÓN LATINA 6 julio 2016

JOÃO AZEVEDO HOZANA BIDART LUCAS DANTAS CELSO ASSOLIN MARTINS VICTÓRIA MONTEIRO ODENIR FERRO DANIELA BALESTRERO LUCRECIA WELTER TERESA COLOM HELGA IVONÍ VIEZZER

NEOLATINA


Philos PORTUGUÊS CATALÀ ESPAÑOL FRANÇAIS ITALIANO ROMÂNĂ REVISTA DE LITERATURA DA UNIÃO LATINA 6 julho 2016 · REVISTA DE LITERATURA DE LA UNIÓN LATINA 6 julio 2016

JOÃO AZEVEDO HOZANA BIDART LUCAS DANTAS CELSO ASSOLIN MARTINS VICTÓRIA MONTEIRO ODENIR FERRO DANIELA BALESTRERO LUCRECIA WELTER TERESA COLOM HELGA IVONÍ VIEZZER

NEOLATINA


PORTUGUÊS CATALÀ ESPAÑOL FRANÇAIS ITALIANO ROMÂNĂ REVISTA DE LITERATURA DA UNIÃO LATINA 6 julho 2016 · REVISTA DE LITERATURA DE LA UNIÓN LATINA 6 julio 2016

EXPEDIENTE

REVISTA DE LITERATURA DA UNIÃO LATINA REVISTA DE LITERATURA DE LA UNIÓN LATINA

Souza Pereira

EDITOR CHEFE | EDITOR EN JEFE

Sylvia de Montarroyos

COMITÊ EDITORIAL | COMITÉ EDITORIAL

Lucrecia Welter

REVISÃO DE TEXTOS | SUPERVISIÓN DE TEXTOS

Maus Hábitos

DESENHO E DIAGRAMAÇÃO | DISEGÑO Y DIAGRAMACIÓN

SOBRE A OBRA DESTA EDIÇÃO | SOBRE LA OBRA DE ESTA EDICIÓN

Publicado originalmente em julho de 2016 com o título Philos, Revista de literatura da União latina. Os textos desta edição são copyright © de seus respectivos autores. As opiniões expressas e o conteúdo dos textos são de exclusiva responsabilidade de seus autores. Todos os esforços foram realizados para a obtenção das autorizações dos autores das citações ou fotografias reproduzidas nesta revista. Entretanto, não foi possível obter informações que levassem a encontrar alguns titulares. Mas os direitos lhes foram reservados. Philos, Revista de Literatura da União Latina é registrada sob o número SNIIC AG-20883 no Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais com Certificado de Reserva outorgado pelo Instituto Nacional de Direitos do Autor sob o registro: 10-2015-032213473700-121. ISSN 2527-113X. Revista Philos © 2017 Todos os direitos reservados. | Publicado originalmente en julio de 2016 con el título Philos, Revista de literatura de la Unión latina. Los textos de esta edición son copyright © de sus respectivos autores. Todos los esfuerzos fueron hechos para la obtención de las autorizaciones de los autores de las citaciones o fotografías reproducidas en esta revista. Sin embargo, no fue posible obtener informaciones que llevaran a encontrar algunos titulares. Pero los derechos les fueron reservados. Philos, Revista de Literatura de la Unión Latina es registrada bajo el número SNIIC AG-20883 en el Sistema Nacional de Informaciones e Indicadores Culturales con Certificado de Reserva otorgado por el Instituto Nacional de Derechos del Autor bajo el registro: 10-2015-032213473700-121. ISSN 2527113X. Revista Philos © 2017 Todos los derechos reservados.

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Philos, Revista Philos Revista de de Literatura Literatura da da União União Latina Latina || Revista Revista de de Literatura Literatura de de la la Unión Unión Latina. Latina.


EDITORIAL

REVISTA DE LITERATURA DA UNIÃO LATINA REVISTA DE LITERATURA DE LA UNIÓN LATINA E cada instante é diferente, e cada homem é diferente, e somos todos iguais . E mais uma vez iniciamos a Philos com pedaços de versos destacados da obra de Drummond, desta vez, ressoam as palavras de seu poema Os últimos dias, que vão de encontro com o fim de nosso primeiro volume e a chegada do novo. Que nos permite o prazer de estender-se; o de enrolar-se, ficar inerte e perceber o irredutível prazer dos olhos; certas cores: como se desfazem, como aderem, certos objetos, diferentes a uma luz nova. Nessa nossa segunda edição, mudaram-se os arranjos, mas a sinfonia continua bela e encantadora, nem tão seca, nem tão morna. É tempo de conhecer mais algumas pessoas, de aprender como vivem… de descobrir seus movimentos, suas forças não sabidas, sobre o papel deixar que a mão deslize , ou melhor, sobre a tela, deixar que os olhos se encantem. Nossas páginas ganham o colorido surreal, particular entre mil, da artista Mariana Oushiro, onde cada instante é diferente, um desenho que se produz ao infinito de forma diferente. A vida é bastante, o tempo é boa medida, irmãos, vivemos o tempo . Esta publicação é parte do Philos Reposter, um projeto de republicação de todo o material lançado pela editora Camará Cartonera em novo formato gráfico, com colaborações de novos ilustradores, fotógrafos e artistas visuais. Desejamos uma ótima leitura,

Souza Pereira

EDITOR CHEFE | EDITOR EN JEFE

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EDITORIAL

REVISTA DE LITERATURA DA UNIÃO LATINA REVISTA DE LITERATURA DE LA UNIÓN LATINA Y cada instante es diferente, y cada hombre es diferente, y somos todos iguales. Uma vez más iniciamos la Philos com versos destacados de la obra de Drummond, esta vez, resuenan las palabras de su poema Los últimos días, que van de encuentro con el fin de nuestro primer volumen y la llegada del nuevo. Que nos permite el placer de extenderse; lo de enrolar-si, quedar inerte y percibir el irredutível placer de los ojos; ciertos colores: como se deshacen, como adhieren, correctos objetos, diferentes a una luz nueva. En esa nuestra segunda edición, se cambiaron los arreglos, pero la sinfonia continúa bella y encantadora, ni tan seca, ni tan tibia. Es tiempo de conocer más algunas personas, de aprender como viven... de descobrir sus movimientos, sus fuerzas no sabidas, sobre el papel dejar que la mano deslice, o mejor, sobre la pantalla, dejar que los ojos se encanten. Nuestras páginas ganan el coloreado surreal, particular entre mil, de la artista Mariana Oushiro, donde cada instante es diferente, un dibujo que se produce al infinito de forma diferente. La vida es bastante, el tiempo es buena medida, hermanos, vivimos el tiempo. Esta publicación es parte del Philos Reposter, un proyecto de republicación de todo el material lanzado por la editora Camará Cartonera en nuevo formato gráfico, con colaboraciones de nuevos ilustradores, fotógrafos y artistas visuales. Deseamos una óptima lectura,

Souza Pereira

EDITOR CHEFE | EDITOR EN JEFE

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SUMÁRIO | SUMARIO DOSSIÊ | EXPERIMENTAIS | HAICAI DOSSIER | EXPERIMENTALES | HAIKU

7 Eu sei por que

tigres enjaulados gritam, por JOÃO AZEVEDO

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15 Haicais, Resistência,

LUCRECIA WELTER

por

HOZANA BIDART

8 Lamentações, por LUCAS DANTAS

13 Elo,

16 Noi,

por CELSO

ASSOLIN MARTINS

da DANIELA BALESTRERO

por VICTÓRIA MONTEIRO

10 O amor em

palavras,

por

14 Divinos

amores,

17 En un quadre

de Gustav Klimt, per TEREZA COLOM

por ODENIR FERRO

18 Você sabe,

por

HELGA IVONÍ VIEZZER

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MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA

POEMAS

Dossiê de Literatura Neolatina

EU SEI POR QUE TIGRES ENJAULADOS João Azevedo GRITAM por

Percebo que nem sei mais começar, Perdi o jeito, qual palavra correta dizer. Vão se passando os dias e tudo se fecha numa neblina, Sufocando-se na falta de visão e espaço para correr. Uma linha de algodão por um pouco de chão. Eu sei por que tigres enjaulados gritam. Sonhei com um lago de flores, Mas o frio e o seu corpo estavam lá, Eu tento entender o sonho, eu e você. Mas somos no fim ultraprocessados e Nem precisa alertar, estamos perdidos. Diminuindo cada vez nossa existência numa infinita reticência… Eu sei por que tigres enjaulados gritam. Nem sei que língua estou usando, Mais tarde seremos morte e pó, Uma raiz, tudo desaparecendo no infinito. Vestígios e lembranças nos mantêm ainda vivos. Terra é pouco para quem mira a existência Continente de vida é o que merecemos. Eu sei por que tigres enjaulados gritam.

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João Luiz Azevedo (São Paulo, 1988). Escritor nascido no dia 7 de setembro na cidade de Tatuí, SP. 1


MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA Dossiê de Literatura Neolatina

LAMENTAÇÕES por

Lucas Dantas1

Quem me dera ser um pássaro Para voar sobre o mundo E ver tantas belezas e primores Viajar no infinito de múltiplas cores Quem me dera ser o tempo Para gira nos séculos E observar toda a humanidade Ver todos os dias De todas as eras Quem me dera viajar ao passado E mergulhar no futuro Sentir todas as fragrâncias De todas as flores Ver o sol nascer Em todos os horizontes E ver a lua ressurgir Em terras distantes Quem me dera ser um cometa Para viajar pelo espaço E visitar outros mundos E planar na face das estrelas Quem me dera ser veloz Com a velocidade da luz Para romper o espaço-tempo Em todas as dimensões Quem me dera ser outra pessoa Renascida entre outros povos Para conhecer outras culturas Quem me dera ser o vento Para beijar todas as faces do mar Quem me dera ser o ar E em todos os pulmões E dar a força e o vigor de lutar Quem me dera ser criança E voltar a engatinhar Para reaprender o mundo

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POEMAS


MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA

POEMAS

Dossiê de Literatura Neolatina

E reviver os anos dourados Da doce infância Quem me dera volta ao ventre E sentir seguro e amparado Quem me dera! Quem me dera! Sentir a vida fluir na terra E sentir todo o movimento do mar Viajar o infinito E num mundo de sonhos bons repousar Quem me dera! Quem me dera! Ser um poeta, mesmo que aprendiz E estes versos simples Ao mundo levar

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Lucas de Carvalho Dantas (Sergipe, 1994). Poeta, contista e músico. Natural da cidade Frei Paulo. É autor do livro de poesias “Gotas de Inspiração”. Cursa Física licenciatura na Universidade Federal de Sergipe. 1


MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA

POEMAS

Dossiê de Literatura Neolatina

O AMOR EM PALAVRAS por

Celso Assolin Martins1

Eu quero dizer

As palavras que Todos trazem trêmulas Na garganta. Não são palavras raras, Não são palavras difíceis De saber; São palavras difíceis De dizer. Não são palavras longas. Não são palavras alheias: São sempre nossas, De cada um, Embora sejam as mesmas Palavras: Eu te amo.

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Celso Assolin Martins (Mococa, Brasil, 1960). Escritor. 1


MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA Dossiê de Literatura Neolatina

RESISTÊNCIA por

Hozana Bidart1

Te amar é meu ato de resistência Quando todo dia ao seu lado é um ato de revolução Quando só de te abraçar na rua já nos obrigam a ouvir sermão Quando vêm esses machos sem vivência Querendo arrumar conversa, Meu bem, me livra dessa tua carência! Eles tiram foto da gente, mas não batem de frente Se fazem de macho, dizem que nos fazem mulher Mas, quando se vai ver, nem de mulher gostam, eu acho Vangloriam tanto os ôme, batem na filha, na mulher Mas na hora que tão cara a cara é que a porrada come São covardes, quando alguém do seu porte pede um debate: Falam manso, nem levantam a mão. E é nessas horas que a gente vê quem é machão É nessas horas que eles abaixam a cabeça pros ôme Papai e mamãe tão lá pra não deixar morrer de fome Pra não passar a noite na prisão Chamam de modismo, vitimismo, sapatão Acham que ofendem? Eu não quero apanhar por moda Não fui obrigada a sair de casa porque queria ser popular Ter que arrumar emprego cedo, ter que trabalhar e me sustentar Não quis viver diariamente numa intensa pressão Enquanto meu pai me bate, minha mãe me estende a mão Fazendo pose de quem me ajuda, aí ela me afronta, me chantageia Faz tudo por mim, quer me ver feliz, mas que eu não ouse “Imagina filha minha sapatão, se agarrando com as menina no busão os vizinho tudo comentando a família se afastando dizendo que eu criei mal dei liberdade demais devia ter falado mais de pau”. Saio na rua e sou chamada de vítima

quando um cara me vê com a minha namorada e vem me passar a mão “vai fazer o q? correr?” Ou quando a gente tá num bar, num restaurante, 11

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POEMAS


MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA

POEMAS

Dossiê de Literatura Neolatina

Num cinema, lanchonete, num stand

“dá pra vocês não fazerem isso aqui?” “mas vocês precisam ficar dando a mão?” Os traumas de ser atingida pela hipocrisia da população Que a gente tem que sentar no fundo do restaurante Pra não ser reconhecida Que nosso amor tem que ser secreto, sem pinta Porque na primeira deixa é uma capa de revista É uma confusão Os pais dela chegando falando baixo “vai pro carro” Ela soltando dolorosamente a minha mão E depois aparecendo cheia de dor, Sem palavras pra descrever Em silêncio, nem sei o que fazer Somente espero, abraço fraco, seguro sua mão E hoje a gente luta todo dia Uma luta confundida com rebeldia Uma luta taxada de teimosia Será que vale essa situação? Vale, porque enquanto a gente luta pela gente A gente luta por toda uma nação Que busca a mesma felicidade Que tem o mesmo medo de apanhar pela cidade Que, quando olham feio, solta a mão Finge que é amiga, dá o braço Parece festa junina, um cansaço Que moda nenhuma pode obrigar Que preconceito nenhum sabe descrever Só a revolução faz a gente sentir E só o nosso amor nos permite sobreviver.

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Hozana Bidart (Rio de Janeiro, 1997). Encontra na poesia uma forma de desconstrução: da LGBTfobia, do machismo, do racismo, de preconceitos sociais e culturais e, acima de tudo, luta pela sua ideologia de que a poesia nasceu para ser acessível a todos, como uma espécie de voz e alento, sem perder uma delicadeza poética única. 1


MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA

POEMAS

Dossiê de Literatura Neolatina

ELO por

Victória Monteiro1

Teu amor é uma mancha escura, Incômoda à minha solidão; Istmo entre a vida e a morte, Ruído musical que me atropela E pede o que tenho de vulgar: Meu vulto, minha vulva, minha volta, Reveste de cal a tristeza, Química pacificadora, E me detém Na pontinha do anzol em que estou içada, Presa pela epiderme, desguarnecida, Diminuta E contudo amante.

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Philos Revista de Literatura da União Latina | Revista de Literatura de la Unión Latina.

Victória Monteiro (Arujá, 1996). Um pouco de Clarice, Hilda, Ana C., e muito de mim. 1


MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA

POEMAS

Dossiê de Literatura Neolatina

DIVINOS AMORES por

Odenir Ferro1

A serenidade é fina transparência, Transbordando-se em gotas de orvalho Por onde a suavidade doce do alento Busca encontrar o profundo da calma Das almas que estão, Como transbordantes rios, Trazendo as correntezas da vida, Que vivem se expondo nas luzes Serenadas dos luares replenos De Divinos Amores... Que fluem do Coração dos Anjos Fluindo, evoluindo, infinitamente, Intuindo as emotivas expansões Do nosso universo interior.

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Odenir Ferro (São Paulo, 1990). Escritor, poeta e Embaixador Universal da Paz. 1


MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA

HAICAIS

Dossiê de Literatura Neolatina

HAICAIS por

Lucrecia Welter1

* poesia que alimenta é pão da imortalidade oh, fartos trigais! ** o ipê cede à flor chão de pétalas no vão é leito roxo de amor *** espinhos e rosas mal e bem que a carta tem sabem carteiro e poeta **** o canto da cigarra anuncia chuva na roça há fé sertaneja ***** sandálias na areia o piá, o suor e o sol correm atrás da bola

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Lucrecia Welter (Paraná, 1953). Escritora multipremiada e presidente da Academia de Letras de Toledo, Paraná. É Revisora de textos da Revista Philos e Curadora de Literatura lusófona da mesma Revista. Tem diversos livros lançados e publicações em coletâneas poéticas. 1


MOSTRA DI POESIA ITALIANA

POESIA

Dossier di Letteratura Neolatina

NOI da

Daniela Balestrero1

Fragili come vetro incandescente orgasmi lenti tra le nuvole e le onde all’orizzonte. Aria immobile tra scogli impietriti come un cuore vuoto ed inerte. La notte si sveglia con uno sbadiglio di sole: vetro trasparente dove è racchiusa la tua anima Solitaria. Daniela Balestrero (Torino, Itália, 1960). Membro del Comitato editoriale della Rivista Philos. Dal 2015 collabora con un giornale locale web scrivendo articoli di spettacolo e attualità. Alcuni dei suoi scritti si possono trovare anche su il Blog di Ramingo.it. 1

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MOSTRA DE POESIA EN CATALÀ

POESÍA

Dossier de Literatura Neolatina

EN UN QUADRE DE GUSTAV KLIMT por

Tereza Colom1

Despulla’m, dibuixa les meves formes de dona. Embolica’m, amaga’m amb robes de colors, amb daurats generosos. Fes de mi el millor paisatge. Deixa’m fer-te creure que dormo perquè em puguis despertar. A mi, que sóc de veritat, rodeja’m de somnis, vesteix-me amb els meus cabells, amb lluentons de passió estètica i descarada. Vernissa’m de desig, sent la meva pell només mirant-me. Mira’m, que em deixo; com en un quadre de Gustav Klimt.

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Teresa Colom (Seu d'Urgell, Alt Urgell, 1973). És una poeta i escriptora andorrana. 1


MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA

POEMAS

Dossiê de Literatura Neolatina

VOCÊ SABE por

Helga Ivoní Viezzer1

Você sabe Quantos traços frescos, Quantos detalhes soltos na retina, Quantos pincéis gastos, Quanto enlevo, quanta moldura! Quanta cor, quanto impulso, Quanta mistura na partida! Você sabe... quanto artista às escondidas! E, em meio às tintas, o florir da poesia. Você sabe, entre outras tantas, O passo a passo da composição Bisnagas abertas, gestos leves... Como ver apenas a inspiração? Você sabe: não deixar em branco, Obras em exposição…

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Philos Revista de Literatura da União Latina | Revista de Literatura de la Unión Latina.

Helga Ivoní Viezzer (Santa Catarina, 1952). Membro do Clube da Poesia de Toledo (PR), acadêmica fundadora da cadeira 08 da Academia de Letras de Toledo (ALT), Paraná. 1


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