Philos
PORTUGUÊS CATALÀ ESPAÑOL FRANÇAIS ITALIANO ROMÂNĂ REVISTA DE LITERATURA DA UNIÃO LATINA 8 setembro 2016 · REVISTA DE LITERATURA DE LA UNIÓN LATINA 8 septiembre 2016
CAIO LOBO ARIADNA SAMPAIO PÂMELA CÔRTES JOEL FERREIRO EMANUELA RODRIGUES HOZANA BIDART ODENIR FERRO CELSO ASSOLIN MARTINS JESSYCA SANTIAGO
NEOLATINA
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EXPEDIENTE
REVISTA DE LITERATURA DA UNIÃO LATINA REVISTA DE LITERATURA DE LA UNIÓN LATINA
Souza Pereira
EDITOR CHEFE | EDITOR EN JEFE
Sylvia de Montarroyos
COMITÊ EDITORIAL | COMITÉ EDITORIAL
Lucrecia Welter
REVISÃO DE TEXTOS | SUPERVISIÓN DE TEXTOS
Maus Hábitos
DESENHO E DIAGRAMAÇÃO | DISEGÑO Y DIAGRAMACIÓN
SOBRE A OBRA DESTA EDIÇÃO | SOBRE LA OBRA DE ESTA EDICIÓN
Publicado originalmente em setembro de 2016 com o título Philos, Revista de literatura da União latina. Os textos desta edição são copyright © de seus respectivos autores. As opiniões expressas e o conteúdo dos textos são de exclusiva responsabilidade de seus autores. Todos os esforços foram realizados para a obtenção das autorizações dos autores das citações ou fotografias reproduzidas nesta revista. Entretanto, não foi possível obter informações que levassem a encontrar alguns titulares. Mas os direitos lhes foram reservados. Philos, Revista de Literatura da União Latina é registrada sob o número SNIIC AG-20883 no Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais com Certificado de Reserva outorgado pelo Instituto Nacional de Direitos do Autor sob o registro: 10-2015-032213473700-121. ISSN 2527-113X. Revista Philos © 2017 Todos os direitos reservados. | Publicado originalmente en septiembre de 2016 con el título Philos, Revista de literatura de la Unión latina. Los textos de esta edición son copyright © de sus respectivos autores. Todos los esfuerzos fueron hechos para la obtención de las autorizaciones de los autores de las citaciones o fotografías reproducidas en esta revista. Sin embargo, no fue posible obtener informaciones que llevaran a encontrar algunos titulares. Pero los derechos les fueron reservados. Philos, Revista de Literatura de la Unión Latina es registrada bajo el número SNIIC AG-20883 en el Sistema Nacional de Informaciones e Indicadores Culturales con Certificado de Reserva otorgado por el Instituto Nacional de Derechos del Autor bajo el registro: 10-2015-032213473700121. ISSN 2527-113X. Revista Philos © 2017 Todos los derechos reservados.
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Philos, Revista Philos Revista de de Literatura Literatura da da União União Latina Latina | | Revista Revista de de Literatura Literatura de de lala Unión Unión Latina. Latina.
EDITORIAL
REVISTA DE LITERATURA DA UNIÃO LATINA REVISTA DE LITERATURA DE LA UNIÓN LATINA Nesta oitava publicação da Revista Philos, nossos autores trazem consigo a certeza da voz, intermináveis argumentos e inspiradores devaneios, aproximam-se uns dos outros entre poemas e contos amarrados por um único fio universal. São narrativas que se combinam, respondem a diferentes perguntas e encontram-se em uma mesma leitura. São correntezas de um rio que deságua na imensidão do mar. Essas mesmas águas, misturam-se com as cores das ilustrações incríveis de Amanda Almeida Cordeiro, conversam e transformam a consciência das palavras em traços cheios de sentimentalismo. É uma das nossas edições que mais se apropriaram do espaço público, das luzes, do trânsito barulhento, das curvas arquitetônicas e dos memoriais de cultura e encantos da cidade de São Paulo. Parafraseando Ana Hatherly: As palavras são as línguas dos olhos. Tudo cabe dentro das palavras. Esta publicação é parte do Philos Reposter, um projeto de republicação de todo o material lançado pela editora Camará Cartonera em novo formato gráfico, com colaborações de novos ilustradores, fotógrafos e artistas visuais. Desejamos uma ótima leitura, Souza Pereira
EDITOR CHEFE | EDITOR EN JEFE
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Philos Revista de Literatura da União Latina | Revista de Literatura de la Unión Latina.
EDITORIAL
REVISTA DE LITERATURA DA UNIÃO LATINA REVISTA DE LITERATURA DE LA UNIÓN LATINA En esta octava publicación de la Revista Philos, nuestros autores traen consigo la certeza de la voz, interminables argumentos e inspiradores devaneios, se aproximan unos de los otros entre poemas y cuentos amarrados por un único hilo universal. Son narrativas que se combinan, responden la diferentes preguntas y se encuentran en una misma lectura. Son correntezas de un río que deságua en la inmensidad del mar. Esas mismas aguas, se mezclan con los colores de las ilustraciones increíbles de Amanda Almeida Cordero, conversan y transforman la conciencia de las palabras en trazos llenos de sentimentalismo. Es una de nuestras ediciones que más se apropiaron del espacio público, de las luces, del tráfico barulhento, de las curvas arquitetônicas y de los memoriais de cultura y encantos de la ciudad de São Paulo. Parafraseando Ana Hatherly: Las palabras son las lenguas de los ojos. Todo cabe dentro de las palabras. Esta publicación es parte del Philos Reposter, un proyecto de republicación de todo el material lanzado por la editora Camará Cartonera en nuevo formato gráfico, con colaboraciones de nuevos ilustradores, fotógrafos y artistas visuales. Deseamos una óptima lectura, Souza Pereira
EDITOR CHEFE | EDITOR EN JEFE
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SUMÁRIO | SUMARIO CONTOS | COLUNAS | EXPERIMENTAIS CUENTOS | COLUMNAS | EXPERIMENTALES
7 A inquieta
incógnita,
por CAIO
LOBO
9 Bucólico,
por
ARIADNA SAMPAIO CAMURÇA
10 Caminho,
por
11 Escritos
póstumos,
por JOEL FERREIRO
12 O milagre do amor,
14 Um gancho de ar,
por ODENIR FERRO
por EMANUELA RODRIGUES
PÂMELA CÔRTES
13 Silêncio com
15 Talismã,
por
CELSO ASSOLIN MARTINS
o seu nome, Júlia, por HOZANA BIDART
16 Tristeza,
por
JESSYCA SANTIAGO
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MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA Dossiê de Literatura Neolatina
A INQUIETA INCÓGNITA
por
Caio Lobo1
Ah, a solidão que se agiganta Nesses gestos, De desleixo e beleza! Buraco negro, pulsão de morte No afago, caótico, De teus cabelos. A mania que têm as mulheres De serem belas em curtos atos. Ação lenta, concentrada, Fios trançados, Dedos que se dobram. Clamor do inferno, Promessas do paraíso, Paradoxo. Tua cor, perfeita. E óbvio: indiferente. Arma, espinho, defesa Contra olhares indigestos De tímidos poetas. Matéria de versos, Carne indiscreta. Se não me faltasse ar, Por tua presença, Gritaria: para! Cessa o hipnótico trejeito, Deixa de existir! Arranca de mim, com beijos E tuas mãos mágicas, Tão inútil existência! Só uma coisa não é possível, Tu, tantas vezes passageira: Que existamos ambos Numa sala de espera. A espera que, cruel, Se aconchega. Viro-me um instante, Rasgo esta página? 7
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POEMAS
MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
Entrego a ti no papel, Meu coração pulsante? Nem hesitar, Neste mundo veloz, É possível. Nem sonhar romances. Partiste, fantasia solitária. (minha, sempre) Mataste, sem saber, O hipotético amante.
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Caio Lobo (Recife, 1979). Colunista da Philos, é formado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco e Mestre em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília. Leitor compulsivo e romancista. Lançou recentemente o seu livro Liberdade pela editora Kazuá. 1
MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
BUCÓLICO por
Ariadna Sampaio Camurça1
Sinto teu cheiro doce
A invadir minhas narinas De uma forma tão gostosa Que chego a sentir o teu gosto Descendo goela abaixo, Revirando meu estomago de felicidade. O simples toque na minha pele Faz-me lembrar da falta que me fizeste. Mas me conforto, pois agora estás aqui, Tão perto, tão junto. Oh verde do sertão! O que seria de mim Sem teu cheiro doce de mato novo? Sem teu gosto suave de terra, Agora verde e molhada? Sem tuas relvas Que me cercam e me prendem a ti? Vem e não vai! Porque sou teu, meu sertão, que é tão meu...
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Ariadna Sampaio Camurça 1
(Itapipoca, Ceará, 1999). Arrisca-se como violoncelista e cantora, estudante de comércio e música, a qual sempre foi amante. Vinda de uma família cheia de poetas, filha de Aurilene Sampaio, escritora e professora, e Mandu Holanda, poeta e oficial de justiça, irmã do seu maior inspirador, Gabriel A. Holanda, poeta e filósofo.
MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
CAMINHO por
Pâmela Côrtes1
Eu caminho para um lado,
o mundo venta pro outro. Andando contra esse movimento, acabo enxergando o passado. Sem querer, faço o caminho entre o passado e o passarinho que o mundo já tinha riscado. Resta saber se estamos indo para o mesmo lado eu e o mundo caminhando para o paraíso perdido ou para o caso sofrido de desposar-me com o destino e acabar matando Laio.
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Pâmela Côrtes
(São Paulo, 1989). Caiu na vida e não consegue mais levantar. Mestre em Direito, trabalhadora de muita coisa, e escritora de qualquer coisa em tempo integral. Já publicou aqui algumas vezes. Tem um blog, nem sempre atualizado: emrecortes.word press.com.
MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
ESCRITOS PÓSTUMOS por
Joel Ferreiro1
Tenho por mim
que os melhores escritos são os incompletos aqueles que deixam sensação de devir o angustiante silêncio de palavras roucas que se calam no desenrolar da narrativa despigmentam-se da folha tingida e deixam na boca seca a sede pelo pote vazio suspiros que se rompem e desencadeiam pelas paredes rachadas de um quarto diminuto as mãos calejadas trepidantes procuram entre as folhas finais um consolo que se não tem.
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Joel Ferreiro
(Ceará, 1990). Natural de Horizonte, graduando em Psicologia. Acredita que o lirismo é uma terra vasta e que seus poemas vez por outra o ferem, entretanto dão a oportunidade de algo ser plantado na fenda recémaberta.
MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
O MILAGRE DO AMOR por
Emanuela Rodrigues1
Será o amor chaga ardente em febre,
Ou fé a orar pelo dom do milagre Advindo de uma entidade, não propriamente divina, Mas humana e, portanto, finita e carnal? Será o amor a promessa da vida A ser paga de joelhos, Com dor, prazer, lágrimas e sangue Bombardeado, vermelho e auto regenerante? Será o amor o unguento bento, Ou será o amor o suor de um peregrino A caminhar descalço rumo à cidade santa, À casa de um senhor supremo, milagreiro e salvador? Será a mesma fé, transcendente projeção do amor?
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Emanuela Rodrigues (Goiás, 1983). Escritora, poetisa e artista visual. É autora autopublicada da obra Metamorphose de Sophia e do livro, Pelo andar da carruagem. Escreve temas diversos, entre os quais regionalismo e realismo fantástico. Foi a responsável pela direção de arte da Philos #5 do ano 1. 1
MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
SILÊNCIO COM O SEU NOME, JÚLIA Hozana Bidart por
Há algo como o seu nome tombando da estante,
Me vem à mente, quando circulo nos lados de cá. Há algo profano, poético, esfarelado, cintilante, E há azul, anil, há calma, paz, há pés de maracujá. Nessa tarde, caiu do calendário um sorriso aparelhado, Que me seguiu, continuamente, todo o dia. E eu, crente, crente que havia me acostumado, Senti no peito necessidade de expô-lo em galeria. Fiz poema pra alimentar toda a cidade, Que te ofereço como quem se curva ao ser humano. Poema nascido calado, pela sua lealdade, E pela sutileza, alimentando o quotidiano. Te fiz poema pelos mundos que me aflora, Agradecendo eternamente a paciência, Pela arte, rainha, e por antes, por agora... Me escondendo, poesia, sob a sua sapiência Por esse mundo, onde te olho e sorrio enamorada, Como se a vida me presenteasse diariamente, Com teu gorjeio apaixonado d’alvorada, Que me invade o peito e ecoa mansamente. E findando esse silêncio que te encaminho, Quero agradecer por me bordar, sem nem agulha, Essa espécie encantadora de um ninho, Onde eu volto, sempre que você me falta, Júlia.
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Hozana Bidart (Rio de Janeiro, 1997). Encontra na poesia uma forma de desconstrução: da LGBTfobia, do machismo, do racismo, de preconceitos sociais e culturais e, acima de tudo, luta pela sua ideologia de que a poesia nasceu para ser acessível a todos, como uma espécie de voz e alento, sem perder uma delicadeza poética única. 1
MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
UM GANCHO DE AR por
Odenir Ferro1
Nuvens soltas, num céu azul. Aqui, lá, acolá, perfazem-se, Entre as golfadas de ventos, Um ou outro gancho de ar.
Por aqui, ele vem golpeando As pétalas das rosas; tal igual, Como se, uma foice, fosse. E elas, ao vento, longe se vão... Deixando-se levar para bem longe Do roseiral - que agora - com as suas Rosas despetaladas, - aturdido - fica: Balançando-se de um lado para outro. Desnudo. Apenas, com os seus pistilos Encorpados aos seus botões maduros. Contendo, dentro de si, novas sementes. Protegidas nos cálices, em seus galhos: E que agora ficaram desprovidos Das intensas belezas em cores vivas Dos avermelhados tons das rosas De antes: tão replenas de pétalas.
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Odenir Ferro (São Paulo, 1990). Escritor, poeta e Embaixador Universal da Paz. 1
MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
POEMAS
Dossiê de Literatura Neolatina
TALISMÃ por
Celso Assolin Martins1
Eu armazenei a sorte No olhar. Vejo a vida esgarçar Os limites da matéria.
Vejo as formigas, Olho para as cigarras; Vejo os deuses, Olho para os homens; Vejo a noite, Olho para a luz; Vejo a angústia, Olho para a esperança; Vejo o ódio, Olho para o verdadeiro amor; Vejo você e me pergunto: Quem sou eu?
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Celso Assolin Martins 1
(Mococa, 1960). Economista (USP) apreciador dos gêneros Poesia e Ensaio.
MOSTRA DE POESIA LUSÓFONA
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TRISTEZA por
Jessyca Santiago1
Pássaro na gaiola
canta a saudade do céu.
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Philos Revista de Literatura da União Latina | Revista de Literatura de la Unión Latina.
Jessyca Santiago (Recife, 1990). Pernambucana, mora em Shangrila, Rio de Janeiro. Graduada em Letras Inglês pela UERJ trabalha como professora em instituições privadas. 1
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CAIO LOBO ARIADNA SAMPAIO PÂMELA CÔRTES JOEL FERREIRO EMANUELA RODRIGUES HOZANA BIDART ODENIR FERRO CELSO ASSOLIN MARTINS JESSYCA SANTIAGO
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