DESDE 1999
ÍNDICE
ano XIV nº 158 maio 2013
Cordel Comunicação (PE)
CAPA Quando a coragem é maior que o medo de abrir o próprio negócio em um mercado de comunicação tão acirradamente concorrido. 18
revista de comunicação e marketing NE
RECIFE•SALVADOR•FORTALEZA•NATAL JOÃO PESSOA•MACEIÓ•TERESINA ARACAJU•SÃO LUÍS • SÃO PAULO A Revista PRONEWS é uma publicação mensal de Walter Lins Pinheiro Junior Editora - ME Empresarial Tacaruna - Av. Governador Agamenon Magalhães, 3341, Sls. 205/206. Torreão. CEP: 50.070-160. Fones: (81) 3426.6144 / 3034.6144 :: EDITOR Walter Lins Jr. walter@revistapronews.com.br :: REDAÇÃO Luciana Torreão - subeditora, Ivelise Buarque e Matheus Torreão redacao@revistapronews.com.br :: COLABORADORES Joelli Azevedo e Marina Barbosa
NA ROTA DO MÍDIA Na terceira série da nossa coluna, o mídia da Gruponove, Pablo Fernandes, fala dos desafios de atuar na academia, no mercado e no Grupo de Mídia de Pernambuco. 6
A VEZ DO CLIENTE
:: PRODUTOR GRÁFICO Bruno Regis producao@revistapronews.com.br :: DEPTº FINANCEIRO Walter Lins Jr walter@revistapronews.com.br :: ASSINATURAS 81 3426.6144 / 3034.6144 producao@revistapronews.com.br :: REPRESENTANTES COMERCIAIS NS&A - CE - Aldamir Amaral (85 3264.0406/ 0576) - nsace@nsaonline.com.br RD Produções e Eventos - Ricardo Douglas (SE - 79 3044.7013/9972.2214) rdproducoes@infonet.com.br Omega Mídia - Renato (SP - 11 8403.0330) renato@omegamidia.com.br
Um dos conglomerados mais tradicionais da indústria de transformação de papel em Pernambuco . 24
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GIRO 8 FICHA TÉCNICA 10 E 31 GIRO BRASIL 14 DE OLHO NA CAMPANHA 26 NA WEB 29 CLICK 37 EU RECOMENDO 38
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Todo mês uma agência diferente produz a capa da Revista PRONEWS. Participe pelo e-mail: redacao@revistapronews.com.br 04
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A primeira reunião entre a agência e seu futuro cliente. Depois das apresentações e formalidades de costume, perguntas inevitáveis surgem para se cumprir o roteiro de um briefing. E, logo na primeira questão, há um impasse semântico, na verdade, ideológico. Agência: - Qual o principal diferencial do seu produto? Cliente: - A qualidade. Agência: - Sim... mas... Cliente: - Qualidade TOTAL! Agência: - Qualidade total? Cliente: - Isso. Qualidade total. Agência: - Entendi... mas o seu concorrente diz a mesma coisa... Cliente: - É? Agência: - É. Cliente: - Impossível... o concorrente não tem o que eu tenho. Agência: - É que a qualidade não é propriamente um diferencial... entende? Cliente: - E a qualidade o que é então? Agência: - A qualidade é uma palavra cansada, desgastada, farta de ser chamada por todos, sem o menor critério de análise e sentido. É uma palavra que hoje não é mais usada pelos intelectuais e grandes pensadores do marketing em seus tex-
tos. Foi excluída, banida e repudiada pelos sábios pensadores da publicidade. Virou lugar comum. Desrespeitada e desacreditada por todos, inclusive pelo público consumidor. Redutiva, baixa, fútil e sem valor. Vive em crise de identidade. Não sabe para onde vai. Perdeu todos os créditos semânticos junto aos seus parentes no mundo do vocabulário. Pobre qualidade. Cansou de ser usada e abusada por todos, perdeu as suas raízes e não sabe mais nem de seu passado hereditário. Ela se prostituiu ao mundo da propaganda para ganhar a vida e hoje anda com todos, sem ter nome nem sobrenome. Virou uma vagabunda qualquer. Ninguém acredita mais nessa coitada, vadia. Mas nem sempre foi assim. A qualidade já foi uma palavra muito nobre no fim da revolução industrial, quando o processo fabril ainda engatinhava, e aspectos manufaturais ressaltavam, de forma apropriada, o que a palavra tinha que comunicar. Ela fazia a cabeça dos redatores publicitários no inicio do século XX. A qualidade já teve os seus dias de glória, sim. Hoje ela está ao nível, anacronicamente falando, de “reengenharia” ou até mesmo de “globalização”, palavras que ainda tem algo a dizer para o mundo, mas que logo vão ser esquecidas e descredenciadas no vocábulo empresarial. Simplificando muito, é isso. Cliente: - Entendi. Agência: - Que bom. Vamos voltar ao começo. Qual é o principal diferencial do seu produto? 05
Amândio Cardoso | amandio@agenciacirco.com.br
A Rameira
NA ROTA DO MÍDIA
Luciana Torreão |
QUANDO TODOS OS CAMINHOS LEVAM À MÍDIA Ele nasceu predestinado para ser um mídia, e veio ao mundo no dia em que se comemora sua profissão: 21 de junho. E ainda assim, não tinha jeito: seus testes vocacionais sempre o enquadraram em artes ou comunicação. “Como não tenho muito jeito pra desenho ou coisas do gênero, enveredei pelas possibilidades dentro da comunicação, e a que mais se encaixou no meu perfil foi a publicidade! Acredito que a minha curiosidade incansável foi um bom combustível para me decidir pela publicidade”. Para isso saiu de seu querido Piauí para estudar publicidade em Pernambuco, pois naquela época não havia o curso em sua cidade. E foi na publicidade, na função de mídia, que Pablo Fernandes se encontrou. Há sete anos atuando na agência pernambucana Gruponove, ele diz que a maior dificuldade da sua atual atividade foi a timidez. Afinal, era preciso se relacionar profissionalmente com várias pessoas diferentes, principalmente, os contatos dos veículos. “Aprender a negociar, a pensar estrategicamente, mexer com matemática – odeio matemática – e a ser um cara mais organizado também foram desafios”, relembra. Ao longo de seus 13 anos de carreira, Pablo passou por muitos lugares, entre eles a Aporte, Arcos e HSM. Formado há 11 anos, Pablo, que também é vice-presidente do grupo de Mídia de Pernambuco, leciona desde 2005 na Faculdade de Mercado Amplo (Fama). Em 2008 passou a ensinar também na Faculdade Barros Melo (Aeso). Cinéfilo de carteirinha, eles se diz assíduo dos cinemas da cidade. Gosta muito de suspense, drama e comédias rasgadas, além dos filmes do cinema europeu. Em relação a livros, curte autores portugueses como Eça de Queiroz e José Saramago, além de Nelson Rodrigues. Completamente eclético em termos de música, Pablo é fã de MPB, principalmente das vozes femininas de Gal Costa, Maria Bethânia, Marisa Monte, Adriana Calcanhotto... e algumas poucas masculinas, como Caetano e Chico Buarque. Ouve música eletrônica, pop-rock e new age, entre tantas outras modalidades. Apaixonado pela cozinha italiana, japonesa e baiana, o publicitário lamenta não ter nascido com o dom de cozinhar: “sou um zero à esquerda na cozinha”, brinca. Como é de praxe, perguntei como ele se via daqui a cinco anos, e ele responde: “com muita saúde, com (muitos) cabelos brancos e com ainda mais experiência para ajudar meus clientes e a minha agência a serem sempre vencedores!”. Seu maior sonho de consumo é passar 30 dias na Europa. Na entrevista a seguir ele fala do mercado, dos desafios 06
profissionais, do Grupo de Mídia e do seu lado acadêmico. Confira a terceira serie de entrevistas, que é uma parceria entre a Rota Mídia e a Revista PRONEWS. REVISTA PRONEWS – O que fez você escolher a função de mídia dentro da publicidade? Você se veria em outro setor? Gosto de planejamento, de analisar dados de pesquisa, de ver os desafios serem vencidos e o retorno acontecer. Apesar de ser um cara tímido, me considero um bom negociador! E isso é essencial na minha profissão! Sinceramente não me veria em outra área dentro da publicidade. Nasci pra ser mídia! Meu aniversário é no dia do mídia, quer prova maior do que isso? REVISTA PRONEWS – Antigamente o profissional de mídia era considerado apenas um mero negociador de espaços junto aos veículos. Mas isso mudou. O que fez esse profissional ganhar respeito e passar a fazer parte de decisões tão importantes dentro do processo de um job dentro de uma agência? PABLO FERNANDES – Acho que vários motivos devem ser apontados: o departamento de marketing dos clientes está mais preparado para analisar mídia taticamente; os profissionais de mídia lidam com uma responsabilidade grande ao negociar em nomes de seus clientes. É importante e indispensável que o profissional de mídia tenha pensamento estratégico, para montar sugestões que sejam inteligentes e resolvam de forma eficaz os problemas de comunicação de seus clientes. RPN – Como diretor de mídia, como é seu trabalho junto à equipe na agência? PABLO – Além de atender a algumas contas, participo da gestão do departamento dando suporte às meninas (só trabalham mulheres!) e trabalhando, sempre, para melhorar cada vez mais o ambiente e as condições de trabalho. Participo, também, da gestão estratégica da empresa, com a tomada partilhada de decisões. RPN – Hoje você também é professor da Aeso e da Fama. Quais foram as maiores dificuldades quando começou a ensinar? PABLO – Tenho cara de menino, então, nas minhas primeiras vezes em sala de aula, o mais difícil era impor o respeito! Mas, uma vez feito, as coisas fluíram tranquilamente.
Como não tenho muito jeito pra desenho ou coisas do gênero, enveredei pelas possibilidades dentro da comunicação, e a que mais se encaixou no meu perfil foi a publicidade! Acredito que a minha curiosidade incansável foi um bom combustível para me decidir pela publicidade. RPN – Hoje você é vice-presidente do Grupo de Mídia de Pernambuco. Como iniciou essa atuação? PABLO – Eu sigo os passos do GMPE desde que ele começou, 10 anos atrás. Não fazia parte da diretoria que o fundou, mas sempre estive perto de todos, participando sempre que possível. Assim que pude, entrei para a diretoria, onde permaneço até hoje! Já fui diretor técnico, vice, presidente...
RPN – Como é dividir seu tempo entre a academia e o mercado? Isso facilita ambas as funções de alguma forma? Quais disciplinas você ministra? Você estimula os alunos a atuarem no setor de mídia? PABLO – Adoro ensinar. A troca de experiência com os que estão começando é muito rica. Os alunos sempre tem aquela busca intensa pelo novo, por saber como as coisas acontecem. Isso me exige estar sempre atualizado das novidades. Eu, sendo do mercado, consigo trazer um pouco da prática para a academia, e isso tem funcionado muito bem! Ensino mídia, marketing para o varejo e marketing na internet. Estimulo os alunos a seguirem em busca de experiências, e se prepararem para elas. Costumo sempre dizer nas minhas turmas de mídia: se eu conseguir cativar uns dois ou três a serem mídias, no fim do semestre, estarei satisfeito!
RPN – De que maneira o GMPE contribui na formação, capacitação e evolução dos profissionais de nosso mercado? Quais os projetos estão por vir? PABLO – Sempre buscamos fomentar o desenvolvimento e a valorização dos profissionais. Já realizamos cursos, palestras e capacitações. Todo ano fazemos uma festa bem legal em homenagem ao mídia, para que sua importância seja sempre lembrada e festejada. Agora, no meio do ano, vamos aplicar, pela primeira vez no Nordeste, a prova de Certificação de Mídia. A mesma prova é aplicada, no mesmo dia, pelos Grupos de Mídia de vários estados, supervisionados pelo Grupo de Mídia de SP. Consideramos um grande avanço e um grande ganho para o profissional local, uma vez que ele será certificado como conhecedor de seu ofício. E a certificação terá validade em todo o território nacional. RPN – A chegada do GMPE mudou a forma do mercado vê essa função? Os profissionais passaram a ser mais preparados e a estar mais atualizados? Os veículos contribuem com esta parceria junto ao GMPE? Como é feita essa relação? PABLO – Os veículos são nossos parceiros, sempre. Na nossa festa, por exemplo, somos patrocinados por praticamente todos os veículos do estado de Pernambuco e, às vezes, até por veículos de fora. Todos participam e confraternizam com a gente! Em eventos técnicos também sempre partimos para o apoio de nossos parceiros para viabilizá-los. 07
GIRO COMECE A JOGAR Comece a jogar. Esse foi o conceito provocador que a Gênesis Comunicação (PE) escolheu para a campanha das Olimpíadas do Sistema 2013, do Sistema Jornal do Commercio Interior. A linguagem visual apresenta os personagens em momentos desafiadores e a argumentação possui tom emotivo voltado à motivação. A marca também foi reformulada e ganhou novos elementos, como uma coroa de folhas douradas e detalhes com as cores do Sistema Jornal do Commercio. O recall da campanha foi extremamente positivo superando as expectativas da agência e do anunciante. Centenas de atletas das escolas do interior participaram das Olimpíadas do Sistema, fortalecendo a prática do esporte e contribuindo para o crescimento do espírito competitivo saudável entre os estudantes. FAMÍLIA FINNA MAIS FORTE A Farinha de Trigo Finna, uma das marcas da M. Dias Branco, coloca no ar campanha para apresentar novidades nos seus produtos: a farinha de trigo tipo 1 e a farinha de trigo com fermento. O plano de mídia da campanha contempla rádio, revista, MUB (totem), outdoor, busdoor e internet. As peças desenvolvidas pela Propeg Comunicação (BA) destacam a nova logomarca, que foi redesenhada e ganhou traços mais finos e realce nas cores vermelha e azul. As embalagens também foram remodeladas com novas fontes, imagens, diagramação e material. DOAÇÃO DE SANGUE Os alunos de Comunicação Social da FBV juntamente com a coordenação do curso criaram a página 'Seu Tipo', que se propõe a divulgar a doação de sangue em Pernambuco. Na página poderão ser encontradas diversas informações sobre a doação: pontos de coleta, solicitações de doação e também serão tiradas dúvidas. Os alunos ainda planejam pendurar bolsas de “sangue” pela FBV para despertar a curiosidade e gerar impacto dos transeuntes; em seguida, serão distribuídos flyers com as informações da página. Compartilhe seu sangue, todos irão curtir. YPÊ EM BARRA NA REGIÃO NORDESTE Com a assinatura "Sabão Ypê, toda casa tem que ter", o novo filme da marca mostra os atributos do produto na limpeza de roupas e louças, conhecimento que passa de geração para geração. É completo e a mãe destaca a vantagem de durar 08
muito mais. Criada pela agência P&M Publicidade e Marketing, a campanha é veiculada nas principais emissoras de televisão da região Nordeste. Os pontos de venda também contarão com materiais exclusivos de comunicação alinhados à campanha.
UMA HISTÓRIA REAL É da Ampla Comunicação a nova campanha para o Dia das Mães do Shopping Recife. O filme mostra o reencontro real de mãe e filha que não se vêem há dois anos. O roteiro ganha em emoção quando em cena temos as reais protagonistas da história e o reencontro é surpresa para a mãe. Para levar toda a carga emocional do momento para as telas, Ampla e Ateliê, agência e produtora do filme, fizeram uma pesquisa minuciosa. O hotsite da campanha (www.comvocesempre.com.br) traz a versão completa da história com três minutos e uma espécie de making of, o vídeo Depois da Surpresa, onde cada um dos protagonistas, filha, mãe e pai dão seus depoimentos sobre o encontro patrocinado pelo Shopping Recife. As peças gráficas da campanha são estampadas com a fotografia de mãe e filha. A campanha contempla mídia exterior, TV, Internet e Redes Sociais. Confira o vídeo: http://migre.me/etyzV
NOVIDADES DA GIRAVENTO A agência Giravento Comunicação, que atua há três anos em Pernambuco, acaba de lançar no último fim de semana o serviço de voo publicitário em Recife. O primeiro cliente foi a Pernambuco Construtora e a própria Griravento que teve faixa sobrevoando o Estádio do Arruda e a praia de Boa Viagem. Há um ano a Giravento realiza esses voos em Salvador, Maceió, João Pessoa e Natal e é a única homologada pela Anac a atuar na nossa região. Operando com aeronaves próprias para a atividade, possui sistema de faixas importado dos Estados Unidos, com inúmeras opções de imagens e formas, que podem ser no formato tradicional de 2m de altura por 22m de comprimento ou serem painéis em tamanhos com até 6m de altura.
FICHA TÉCNICA BENEFÍCIOS DAS PENAS ALTERNATIVAS Em sua nova campanha, criada pela SLA, a Defensoria Pública da Bahia trata dos benefícios das penas alternativas para indivíduos que cometem infrações. As peças trazem o título “Nem sempre a prisão é a melhor solução”, que é acompanhado da frase “Penas alternativas. A punição deles transformada em benefícios para você”. A campanha mostra que as penas alternativas, quando aplicadas para crimes leves, são uma forma eficiente de punir o infrator, ao mesmo tempo que evitam sua reincidência no crime e a superlotação dos presídios. A veiculação conta com outdoor, jornal, busdoor, rádio e TV. Agência: SLA Comunicação (BA) Cliente: Defensoria Pública da Bahia Atendimento: Janaina Santana e Débora Galvão Mídia: Carina Spínola, Leonardo Ribeiro e Jessica Portugal Planejamento: Isis Noguti Criação: Lívia Diamantino, Scheckter Barreto e Guilherme Caccicco Produção Eletrônica: Ursula Jordão e Lídice Torres Produção Gráfica: Ursula Jordão e Francieli Lobo Arte-finalista: Kênia Santana Revisão: Cassio Leite Aprovação: Vitória Beltrão Bandeira
CONDOMÍNIO NO CAMPO Com o tema “Onde os melhores sonhos criam raízes”, a campanha do condomínio Raiz da Serra 4, em Gravatá, assinada pela Atma+Bianchi Comunicação Ilimitada, gera identificação com o público alvo através da família que ilustra as peças e explora a paisagem do empreendimento, valorizando a vista para o campo, que é o principal diferencial deste quarto lançamento. A divulgação publicitária é composta por mídias off e on line:rádio, jornais, painéis rodoviários, placas de sinalização, portal de notícias na internet, rede social e newsletter. Agência: Atma+Bianchi Cliente: Raiz da Serra Planejamento e Atendimento: Mariana Alves e Sérgio Pires Criação: André Rozowykwiat, Camila Cavalcanti e Sérgio Pires Finalização e tratamento de imagem: Newton Vaz e Rogério Alves Produção gráfica: Gabrielle Medeiros Mídia: Breno Silvestre Aprovação: Mário Penna 10
ESSE AMOR QUE VIVE COM A GENTE Salvador Norte Shopping lança campanha Esse Amor Que Vive Junto Com A Gente para o Dia das Mães. Aprovadas pela gerente de Marketing Michele Ribeiro, as peças são da Morya, com criação deBruno Cartaxo, Ivo Adams e Gabriela Martinez. Foram utilizados VT, spot, outdoor, camiseta e adesivos para comunicação interna. A campanha também ressalta a promoção com brindes de maquiagemLe Lis Blanc Beauté, sucesso absoluto entre mulheres de todas as idades.
Agência: Morya (BA) Cliente: Salvador Norte Shopping Atendimento: Emília Medina e Letícia Martins Planejamento: Isabela Silveira Criação e Redação: Bruno Cartaxo, Ivo Adams e Gabriela Martinez Mídia: Rosana Ramos e Catarina Maciel Produção Gráfica e RTVC: Fernanda Mayoral, Eriana Simões, Milaine Almeida
CRÉDITO DA SORTE O cantor Adílson Ramos é o garoto-propaganda da nova campanha da Rede Banorte Matriz, assinada pela DM/Blackninja. A iniciativa, chamada de “Crédito da Sorte”, apresenta a linha de empréstimos e cartões de crédito do grupo, e é ancorada por sorteios semanais, durante os meses de maio e junho, no valor de R$ 5 mil. Explorando como cenário um programa de auditório, modelo sucesso nos anos 70 e 80, o plano de mídia tem como foco TV, com filme de 30, e integra ainda peças de PDV, panfletos e redes sociais. Agência: DM/Blackninja (PE) Cliente: Rede Banorte Matriz Atendimento: Renato Santana e Renata Dias Criação: Lenilson Lima, Gustavo Fonseca e Izabela Hinrichsen Mídia: Melissa Fernandes e Camilla Gomes Produção Gráfica: Durval Sanches e Karina Carvalho RTV: Karol Rocha Aprovação: Adriana Gomes e Marília Moraes
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ARCOS CONQUISTA O PRÊMIO VOTO POPULAR Joelli Azevedo |
Este ano, foi a agência pernambucana que ganhou mais prêmios. Foram três medalhas de ouro e duas de prata Encontrar soluções este é o caminho para a Agência Arcos (PE) que foi eleita a Agência do Ano em 2012 pelo Sindicato das Agências de Propaganda do Estado de Pernambuco (Sinapro/PE). Mas, se não bastasse, ainda foi reconhecida nacionalmente pelo trabalho. O talento dos profissionais e qualidade na produção e realização das campanhas garantiu o prêmio Voto Popular da Revista About e do portal da Propaganda. A Arcos destacou-se por ser o grupo pernambucano que mais ganhou medalhas, sendo três de ouro e duas de prata. Entretanto, a grande sacada do prêmio é o reconhecimento das campanhas e peças por um público de outras áreas, ou seja, 24 profissionais que não trabalham ligados à propaganda, representantes de diversos segmentos de consumidores, se
reúnem para eleger as peças que mais lhes chamaram atenção. Esta foi a 27ª edição do Voto Popular e o júri foi formado por pessoas recrutadas na Grande São Paulo, representando as classes A, B e C, sendo metade homens e a outra parte mulheres, das faixas etárias: 10-15, 18-24, 28-35 e de mais de 40 anos. A premiação, que é entregue uma vez por ano, tem o objetivo de contribuir para o aprimoramento da propaganda no Brasil, levando em consideração a opinião do cidadão comum que consome a propaganda. Os participantes puderam escrever as peças publicitárias em seis tipos: comerciais, comerciais de rádio, anúncios de mídia impressa, peças de mídia digital e peças para mídia
“Não desenvolvemos a campanha ou peça pensando em ganhar prêmios, elas são reconhecidas pelas pessoas” Carlos Renato, diretor de criação da agência
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pre alinhados à estratégia do nosso cliente” garantiu. O publicitário ainda explicou que a equipe de criação da agência anda de mãos dadas com a de planejamento. Entretanto, o diferencial do grupo surpreender. “Procuramos fazer uma criação criativa, ousada e original”, comentou Renato. Para alcançar a satisfação do nosso cliente cada conta é estudada de maneira particular.
A campanha homenagiou a bienal do livro
outdoor e indoor, além de campanhas (de televisão, cinema, rádio, mídia impressa, outdoor e indoor combinadas com ou sem material promocional de apoio, onde podem ser classificadas em 32 categorias (desde alimentos, passando por moda até eventos e promoções). Para receber a medalha de ouro a peça ou campanha teria que levar, no mínimo, dois terços dos votos dos jurados. A Arcos foi a agência mais premiada de Pernambuco, onde ganhou ouro no comercial da Folha de Pernambuco, com a Ação no Plaza em comemoração ao dia internacional da luta do deficiente físico. Lá, o grupo colocou uma cadeira de rodas no estacionamento do shopping para que as pessoas percebessem a importância de respeitar aquela vaga. Também recebeu o ouro no anúncio da Unicef. Além disso, o grupo ainda conseguiu ser condecorado com a medalha de prata com a propaganda da Furnas – contra as queimadas – e com os cartões BRB. Para o diretor de criação da agência, Carlos Renato, este prêmio é o reconhecimento do trabalho e dedicação da empresa. “É como se fosse o atestado de qualidade de criatividade da nossa agência. Buscamos qualidade e dedicação sem-
A imagem que ganhou o prêmio representava uma multidão de crianças que era igual (=) a um lanche que você faz
Sobre o prêmio, Renato explica que é uma consequência do trabalho. A criatividade e o compromisso com o cliente são fundamentais para uma campanha ser vencedora. "Não desenvolvemos a campanha ou peça pensando em ganhar prêmios, elas são reconhecidas pelas pessoas", comentou. E ser reconhecido pelo consumidor do produto garante o sucesso da iniciativa, pois quando alguém gosta da propaganda, logo comenta. E, nesta era digital, gostar já se tornou quase sinônimo de compartilhar, de querer mostrar para o outro aquilo que lhe chamou atenção. O resultado é simples, se uma ação acontece no shopping e a quantidade de pessoas que frequentam ele, aumenta é porque aquela novidade chama atenção e garante novos clientes.
MEDALHA DE OURO Folha de Pernambuco: A propaganda contava fatos e lembrava histórias, com ilustrações que pareciam que estavam sendo desenhadas e terminavam com a tinta sendo feita através de uma máquina de escrever. Plaza Shopping: Foi uma campanha do shopping Plaza Casa Forte no dia 21 de setembro, dia nacional da luta da pessoa com deficiência. A campanha virou notícia, o mote: quando falta respeito, faltam vagas. Para mostrar a falta de consciência das pessoas que estacionam em lugares reservados para deficientes. Unicef: A imagem que ganhou o prêmio representava uma multidão de crianças que era igual (=) a um lanche que você faz. Ou seja, “O que você gasta em apenas um lanche pode ajudar muitas crianças”. A entidade fez um apelo para que os cidadãos façam mais doações. SEGUNDO LUGAR Furnas: A campanha dava uma lição dos estragos que as queimadas causam, principalmente, se forem feitas próximas às linhas de transmissão. A animação foi uma campanha da Furnas. Cartão BRB: A campanha era para homenagear a bienal do livro, uma vez que a empresa era patrocinadora do evento. Na imagem, vários personagens de histórias infantis, como os Três Porquinhos, o Lobo Mal e o caçador da Chapeuzinho Vermelho estão “ociosos” sem fazer nada, precisando que as suas histórias sejam contadas. Porque “Sem o escritor as histórias não acontecem”. 13
GIRO BRASIL
COCA-COLA SE PINTA NAS CORES DO BRASIL Colorir as ruas, pintar a cara e vestir as cores da bandeira do Brasil dos pés à cabeça são marcas registradas do brasileiro para celebrar a paixão pelo futebol. A Coca-Cola quer participar de perto dessa festa pelo Brasil na Copa das Confederações da FIFA e, para isso, lançou a campanha "Juntos, Vamos Colorir o Brasil". A marca expressa a sua paixão pelo país lançando uma edição especial inédita de latas coloridas com as cores da bandeira brasileira: verde, amarelo e azul. A campanha tem diversas ações em TV, digital, mídia exterior, ponto de venda e eventos regionais nas cidades-sede. AMOR EM MOVIMENTO A Natura estreou campanha da linha Amó, idealizado pela Peralta. O filme traz um casal vivendo situações cotidianas de formas únicas e inusitadas, que remetem ao tema da campanha: “Existe um dia para cuidar do seu amor: hoje”. A campanha tem veiculação em filmes de 30”, 15”, 7” e 5” na Globo, na Record, em canais a cabo da Globo Sat e salas de cinema. RODRIGO SANTORO NA KOPENHAGEN Nos 85 anos da Kopenhagen, a grife mais famosa de chocolates do Brasil lança pela primeira vez uma campanha para o dia dos namorados tendo como garoto propaganda o ator Rodrigo Santoro. O filme, criado pela agência DM9DDB, se passa em um set de filmagem e, enquanto a produtora de moda o arruma, vê a sacola da Kopenhagen e brinca com ele, insinuando que a sua namorada vai se dar bem com os presentes que receberá no dia dos namorados. A campanha anuncia o lançamento das trufas Cherry Brandy em uma caixa especial para a data. O plano de mídia contempla ainda inserções nos canais de entretenimento e notícias da TVA, rádio CBN, mídia em shoppings, e-mail marketing para base de clientes Kop Club e anúncios em revistas.
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O MELHOR DA ESTAÇÃO A Pernambucanas apresenta a nova campanha de inverno, criada pela JWT, e convida os consumidores a aproveitar “O melhor da estação” e a conferir as ofertas e opções que a loja tem a oferecer. A assinatura “Porque eu quero sempre mais” convida os consumidores a aproveitar as oportunidades para se vestir bem e não passar frio nesse inverno. A veiculação da campanha acontece com filme para TV aberta e paga, além de spots de rádio, material de ponto de venda e catálogo, que estará disponível em todas as lojas.
LEADER NO ROCK IN RIO A Leader avisa aos amantes de rock'n'roll: já é Rock in Rio. Prova disso é o lançamento de sua coleção exclusiva com foco no festival. A novidade levará o estilo rocker para as lojas físicas do estado do Rio de Janeiro e de Juiz de Fora, em Minas Gerais, além de disponibilizar os produtos para compras em todo o Brasil através do e-commerce da rede,Leader.com.br. FORÇA BRILHANTE Para comunicar a renovação da linha Seda Ceramidas, a marca lança a campanha “A força para brilhar está dentro de você”, estrelada por Isis Valverde e com participação do expert Tom Taw. No filme de 30 segundos, exibido nacionalmente, a atriz aparece em um contexto meta linguístico, vivendo um momento de nervosismo e insegurança para interpretar sua cena em um filme em Hollywood. A campanha tem veiculação em TV aberta e conta com patrocínios em alguns programas de variedades, novelas, além de Pay TV e esforços regionais, inclusive em cinemas.
A PAIXÃO QUE FAZ ACONTECER O renomado autor brasileiro Paulo Coelho, que já foi repórter na juventude, abraçou a carreira de escritor dando vazão a esta grande paixão pelas letras, pela redação, pela possibilidade de emitir e propagar para tantos suas ideias. Esta relação com a arte de escrever não é de hoje. Muitos foram aqueles que se destacaram neste universo, grandes nomes da comunicação que ao longo do tempo que se renderam à escrita e se tornaram mais do que referências para a nossa literatura, como Machado de Assis, Mário Quintana, Nelson Rodrigues, Fernando Sabino, Paulo Francis e Carlos Heitor Cony. Além da paixão, temos uma nova frente neste setor, a questão comercial, que está agregada aos dias de hoje a este mercado. De acordo com a pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro de 2011, atualmente o mercado editorial brasileiro está produzindo mais, alcançando uma margem de 4,8 bilhões de reais e de 438 milhões de exemplares comercializados em 2011 e, aproximadamente, 8,23 bilhões em 2012, o que representa um incremento de 14,5% em relação ano
passado. “Os números mostram que estamos avançando nesse processo. Segundo a última edição da pesquisa Fipe Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, as editoras brasileiras comercializaram aproximadamente 469,5 milhões de livros em 2011, estabelecendo um novo recorde de vendas para o setor. O número é 7,2% superior ao registrado em 2010, quando cerca de 438 milhões de exemplares foram comercializados. Do ponto de vista do faturamento, o resultado também foi positivo, e atingiu a casa dos R$ 4,837 bilhões – um crescimento de 7,36% sobre o ano anterior, o que, se descontada a inflação de 6,5% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período, corresponde a um aumento real de 0,81%. O melhor é que o preço médio do livro recuou 6,11% nas vendas das editoras ao mercado, numa queda acumulada de 21,8% desde 2004. Descontada a inflação, significa decréscimo real no preço médio do livro de 44,9% no período 2004-2011”, de acordo com Karine Pansa, empresária do setor e presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL). Um dos fatores que tem contribuído para este bom saldo do segmento é o fato do mercado editorial caminhar de mãos dadas com o marketing. E neste imenso mar de possibilidades está o profissional de comunicação, que vem inserido, novamente, neste setor nomes de destaque e grandes sucessos para o futuro da “literatura”. E as editoras brasileiras apostam no potencial destes profissionais para alcançarem o público e estabelecerem novos recordes de vendas. Nesta leva estão novos destaques que já são bem conhecidos pelo público: Caco Barcellos da Tv Globo, Eliane Brum, escritora e colunista da revista Época e Heródoto Barbeiro, âncora do Jornal da Record News. Mas neste cenário há um lugar ao sol a todos, afinal, antes de um negócio, esta é uma paixão muitas vezes trazida da infância. "Minha paixão pela escrita vem desde pequeno, com a leitura de toda a saga do Sítio do Pica-Pau Amarelo e da série Vaga-Lume da Editora Ática, quando me interessei pela literatura fantástica e, consequentemente, por Mitologia e História. Estes caminhos me levaram a dois lados paralelos: o Henrique Santos, coordenador de planejamento da agência Rae, MP (SP) 15
Ivelise Buarque |
Comunicadores se rendem ao prazer da escrita num mercado em ebulição
Eu vivo da comunicação e me ‘alimento’ da escrita Sidney Nicéias
da Comunicação através da Publicidade, profissão que exerço há mais de oito anos; e o do RPG, hobby que ajudou a me aprofundar ainda mais nos assuntos mais diversos para as sessões de jogo e que jogo e produzo conteúdo desde os 11 anos de idade”, lembra Henrique Santos, coordenador de planejamento da agência Rae, MP (SP). Henrique passou a integrar em 2007 um projeto coletivo de fórum da Daemon Editora, com um trabalho na forma de e-book gratuito sobre mitos do fim do mundo e campanhas com personagens superpoderosos, que virou o livro físico “Trevas: Campanha Épica”, em 2011. Agora, investe em novo projeto, na forma de RPG, com previsão ainda para este 2013, confiante de que está apostando numa realização pessoal uma vez que a produção de conteúdo para o mercado editorial é uma forma de continuar lidando com meus interesses de leitura e escrita e ainda colaborando para a disseminação deste incrível hobby. “O mercado editorial recebeu um boom na última década com obras literárias que vão desde a fantasia medieval dos derivados do sucesso do Senhor dos Anéis, passando pela literatura fantástica infantil de Harry Potter e Percy Jackson, a trilogia Millenium de suspense e investigação e até o erotismo dos 50 Tons de Cinza e suas continuações. Tudo isso consta nas livrarias, mas ainda existem as crônicas e microcontos espalhados pela Internet, de onde este aparente internauta inculto retira suas leituras. Como geralmente são obras gratuitas, é difícil quantificar este crescimento na leitura, mas lojas virtuais e aplicativos como a Amazon e o Kobo (da Livraria Cultura) permitem a verificação do crescimento incrível do ecommerce de e-books”, destaca ele. Os profissionais contribuem para ampliação do conhecimento dos leitores dos universos que pesquisam, desvendam e passam a conhecer no cotidiano. E ainda têm a possibilidade de conciliar técnicas diferenciadas à teoria peculiar no meio acadêmico, que, neste caso, ganha uma narrativa literária própria, com seu humor, sua vivência e suas reflexões particulares sobre os diferentes âmbitos de suas vidas. “Eu vivo da comunicação e me 'alimento' da escrita. Divido o meu tempo entre o meu trabalho profissional e os eventos literários. Sou um autor de ficção. Escrevo sobre o ser humano e sobre as nossas tendências sociais e de relacionamento, sempre complicadas (e fascinantes). Publicar é o caminho”, comenta Sidney Nicéias da Sidney Nicéas Comunicação Integrada (PE). 16
Sidney tem três livros publicados: O Que Importa é o Caminho (2004); O Rei, a Sombra e a Máscara (2010); e A Grande Ilusão (2012), que estará na Feira Literária de Frankfurt, em outubro próximo. Para ele, que começou com publicações independentes, cuidando de todo o projeto de publicação, há uma realidade mercadológica que não pode ser ignorada, mas o amor em escrever sempre estará acima de toda e qualquer questão. “É interessante perceber que existem muitos profissionais da área publicando, seja com trabalhos técnicos ou ficcionais (o meu caso). Acho uma tendência natural para um segmento que está habituado a se expressar através da escrita e da criatividade. E esse mercado nada mais é que uma extensão disso. As estratégias são em consonância com os objetivos da editora, focada em autores nacionais. E tudo passa pela constante participação em eventos literários e lançamentos de novas obras. Tenho viajado bastante. No dia-a-dia tento conciliar a produção mental nessas duas vertentes. Às vezes é desgastante, mas eu adoro”, pontua. Conciliar os dois lados da moeda, neste caso, é um dos grandes desafios para os todos os profissionais. Mas, para alguns a vivência profissional contribui com a paixão pela escrita e aí o que resta é superar os entraves no caminho. “As dificuldades para se editar uma obra literária, aqui em Pernambuco e, talvez, no Nordeste, são imensas. Se o jornalista não tem um certo peso no jornalismo ou na mídia de um modo geral, dificilmente terá a edição do seu livro garantida. Dos meus quatro livros de poesias, apenas dois foram patrocinados: um pela Companhia Editora de Pernambuco (CEPE) e o outro pelo Instituto Maximiano Campos/Edições Bagaço. Os dois outros foram frutos de apoios culturais de amigos e de entidades. E, claro, a minha condição de colunista diário da Folha de Pernambuco (Coluna Folha da Cidade), nesses 15 anos; os meus 45 anos de profissão, em agosto próximo; e a boa aceitação dos meus dois primeiros livros contribuíram para estes apoios culturais”, destaca o jornalista Robson Sampaio (PE). Robson começou o trabalho de escritor com poemas infanto-juvenis, na adolescência, e cujo trabalho cotidiano tem ajudado nesta carreira paralela. “Por ser um jornalista de tantos anos no 'batente' e ainda continuar atuando, diariamente, me ajudou e ajuda para futuras publicações. Um exemplo disso, será o meu quinto livro – Teatro da Vida – a ser lançado em agosto próximo, onde conto causos escritos nesses 15 anos de Folha de Pernambuco. Estórias de pessoas famosas,
mercado traz a oportunidade para isto. “Há uma grande produção e oferta de livros na área de comunicação e marketing. Além disso, as publicações em e-book ganham força e facilitam o acesso de autores ao segmento. Para o leitor também é muito bom, pois o acesso à leitura está mais fácil e acessível”, diz a publicitária Izabela Dominges, sócia-diretora da Consumix Consultoria e coordenadora do curso de Publicidade e Propaganda da Aeso/ Barros Melo (PE). Ela também é autora de dois livros um infanto-juvenil (A menina marca-texto) e outro na área em que atua (O terrorismo de marcas), para quem a criatividade está no centro das duas atividades. E em um mundo com tantas transformações, esta diversificação ajuda a ampliar a visão de mundo e descobrir mais sobre “As dificuldades para se editar uma obra literária, aqui em diversos campos. “Buscar produzir com qualidade e ampliar Pernambuco e, talvez, no Nordeste, são imensas”, jornalista Robson Sampaio sua rede de contato é fundamental. Não adianta ter contatos sem um bom produto editorial. Mas ter um bom produto neste segmento e não circular no meio pode dificultar seu povão e de colegas do “batente”. acesso a ele como escritor”. Apesar das facilidades que a integração da comunica“Escrevo porque esta é a forma mais perene de acreção ao mercado editorial pode proporcionar. É preciso uma ditar, ter esperança. Escrever livros faz-me acreditar que é disciplina e muito planejamento, afinal, antes de tudo este não possível um mundo dos negócios, que possa servir para deixa de ser um negócio. “É possível agregar uma carreira a melhorar a condição humana. Escrevo para deixar um mundo outra, porque você nem sempre está pensando estratégias de melhor para os meus filhos. Não consigo viver do que escrevo comunicação, nem está executando trabalhos diretos para nos livros, contudo a operacionalização destas ideias, quando clientes. É preciso a disciplina de pegar no livro - cujo arquivo transformadas em curso, workshops, palestras, tem um está aberto - e depois saber parar para voltar ao outro batenretorno muito interessante para a equipe, isto ao mais variado te. Uma questão de saber organizar o tempo. Não é a coisa nível”, ressalta o consultor de marketing em mais fácil, mas é possível. Inclusive nos proPortugal, Paulo Vieira de Castro, que comjetos onde é possível viabilizar os serviços de partilha desta paixão com outra visão, a euroedição, organização e revisão com os trabapeia. lhos de assessoria de comunicação. Alguns já Na opinião de Paulo Vieira, o ofício estão se materializando, como a biografia de da escrita é uma atividade livre e sem conPetrúcio Amorim (cantor de forró), intitulacorrência, que possibilita a autoavaliação e da ‘O filho do Dono’, em que venho trabaum exercício de liberdade, geração de uma lhando”, comenta o jornalista Cristiano luz própria. “É extraordinário o gozo de Jerônimo (PE). escrever, aceitando o inevitável: construir o Cristiano também vem atuando nosso próprio mercado. Este é o maior desacomo escritor desde cedo, desde a época fio para um homem do marketing. Só quando vestibular. “Sinto que está iniciando uma do começamos a escrever é que temos, fase de profissionalização e começa a dar finalmente, noção daquilo que aprendemos também algum tipo de retorno financeiro, – realmente - até aí. Editar um primeiro livro lógico. Por que tem que ser um negócio, um é uma questão de afirmação pessoal, a partir produto cultural. O amor aumenta com a Paulo Vieira de Castro: “Escrever daí já é devoção, costumo dizer. Depois, melhora da autoestima, provocada pelo livros faz-me acreditar que é reconhecimento dos produtores e autores, possível um mundo dos negócios, trabalhar em algo que realmente nosso é fantástico. O reconhecimento, por parte do quando não nós mesmos o somos”. que possa servir para melhorar a condição humana” publico anónimo, das nossas ideias, em espeO reconhecimento é o conforto da cial quando elas são 'revolucionarias' como as minhas, é a realização desta nova ambição, ser mais e fazer mais, E natumaior das recompensas”, enfatiza Castro, que tem quatro ralmente, trazem mais alegrias e instigam cada vez mais os livros publicados. comunicadores, numa jornada carreira e vida multidisciplinar onde dois universos se comunicam e se complementam. E o 17
CAPA
DE FUNCIONÁRIO A PATRÃO: OS CAMINHOS EMPREENDEDORES DA COMUNICAÇÃO Luciana Torreão|
Comunicadores compartilham suas experiências e contam as dores e delícias de serem donos do próprio negócio Cá estava eu, pensativa, em pleno domingo, analisando a expansão estrondosa do mercado de comunicação, a infinidade de empresas e veículos se abrindo e as variadas formas de serviços que estão sendo oferecidos. Foi então que me dei conta de como uma pauta como essa poderia ajudar muita gente. E como muita gente poderia ajudar outras pessoas com seus relatos e experiências. Prontamente, fui atrás dos empreendedores que largaram tudo para mudar seus destinos e ter sucesso... ou não, ainda, talvez, quem sabe? Afinal, abrir uma empresa é quase um esporte radical, cheio de riscos
e desafios. Um fato lamentável é que, na faculdade não se ensina nem estimula ninguém a ser empreendedor. Seria, inclusive, uma disciplina indispensável. Pois é o empreendedorismo que move a nossa economia, faz girar o capital e gera renda e emprego para as pessoas. Tem sempre espaço para todos. Mas, se não conseguiu, tenta de novo, ou se associa a quem sabe mais que você e tem expertise diferente do seu. Mas vale lembrar que é preciso ter empatia e compatibilidade de gênios. Ou não dará certo também! Ou quem sabe, procurar fazer cursos, treinamentos, consultoria com o Sebrae. E se nada disso deu certo, meu amigo (a), simplesmente, enfrenta o fato de que não nasceu para ser “patrão” e volta humildemente para o lado de lá. Mas esta não é uma matéria sobre o verbo desistir, e sim sobre arriscar e acertar. Por isso, vamos falar dos vitoriosos! Tem comunicador tão ousado que saiu direto do estágio para o próprio negócio; gente que não teve oportunidades no mercado e enfrentou o desafio em carreira solo; há quem raspou a poupança, a conta bancária e abriu agência; que largou tudo para se associar a quem já tinha empresa; que entrou em uma área que não conhecia; que pediu demissão e seguiu sozinho... Tem até quem abriu mercado onde não existia. E quase todos aprenderam o beabá administrativo na prática. Como diz o analista de Orientação Empresarial do Sebrae, em Pernambuco, Luiz Nogueira: quando se pensa em abrir um negócio, a primeira atitude deve ser a de buscar informações sobre essa atividade junto ao mercado que se deseja atender (clientes, concorrentes, fornecedores, órgãos reguladores, etc.). “Estas informações orientarão a concepção da ideia de negócio e também a elaboração do plano de negócio da atividade, cujo objetivo principal é dar maior segurança na implementação do empreendimento”. Luiz Nogueira, do Sebrae: “Quando se pensa em abrir um negócio, a primeira atitude deve ser a de buscar informações sobre essa atividade junto ao mercado que se deseja atender”
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Renata Gamelo: “Acho que o empreendedorismo no nosso Estado precisa ser melhor estimulado”
O analista do Sebrae diz que a instituição permite ao empreendedor identificar, de forma antecipada, possíveis dificuldades e como ele pode agir para minimiza-las, bem como a melhor forma jurídica e sua tributação. “Na operacionalização do empreendimento será necessário um contador. Porém, quando formalizado como Micro Empreendedor Individual (MEI), este, por ser dispensado de escrituração fiscal e contábil, não tem a obrigatoriedade de ter um contador”. O Sebrae, como instituição de apoio às micro e pequenas empresas (MPE), está disponível para o empresário em qualquer momento de sua empresa. Seja na concepção da empresa, quando o Sebrae disponibiliza informações e orientações para o planejamento do negócio; seja no dia a dia dessa empresa, ajudando/esclarecendo o empresário sobre temas específicos na gestão da empresa; seja na ampliação/modernização desta, através de capacitações, consultorias, feiras e eventos. Esses serviços podem ser acessados via portal Sebrae www.sebrae.com.br e/ou Call Center 0800.570.0800. PASSAGEM DIRETA – “Nunca fui funcionária, então fui direto de estagiária para empresária”, admite, Paulinne Freire, diretora da Agência Merkate (PE). Ela relembra que começou trabalhando como estagiária em departamento de marketing de prefeitura, depois em agência. “A agência USI+ (PE) foi a minha real escola. Lá aprendi como as pessoas trabalham bem e felizes quando são bem tratadas e incentivadas. Quando seu Cléo Niceas me cumprimentava eu já estava aprendendo alguma coisa. Meu estágio em todo tempo foi assistido com/por Karina Niceas. Aprendi tudo que podia, funcionamento de agência, ética e prazos. Quando me formei, eles me chamaram e falaram do interesse em me contratar. Fiquei radiante, muito feliz! Mas o que eu queria era fazer algo diferente e realizar o meu sonho de abrir uma agência, foi aí que surgiu a agência Merkate”.
E Paulinne diz que desde o colégio já sabia que abriria uma agência e, por isso mesmo, já tinha uma poupança. “Não quis ajuda da família, queria poder bater no peito e dizer que fiz tudo sozinha. Raspei a minha conta no banco, poupança e título de capitalização para a abertura da empresa. Antes de fato de a Merkate criar forma eu já atendia dois clientes, mesmo sem ao menos ter um CNPJ”. Assim como Paulinne, a diretora da Multi Comunicação (PE), Patrícia Natuska, acredita que a parte administrativa é realmente a mais difícil. “O jornalista não é preparado para gerir. Não aprendemos durante a faculdade a ferramenta de gestão, então no dia a dia de uma empresa são muitos detalhes e desafios para entender e aprender”. Hoje com 10 anos, a Multi possui cinco estagiários e 15 profissionais, entre jornalistas, designers, editor de imagem, recepcionista e secretária. Na visão de Patrícia fazer recrutamento é um grande desafio e uma questão ainda muito amadora no nosso meio, pois a indicação ainda prevalece. “Desconhecemos os impostos. Muita gente entrou no Simples quando ainda não podia ser. Leva os preços lá para baixo. Freelancer competindo com agência”. UM PASSO DE CADA VEZ – E, pensando nesta última frase que Patrícia citou, vale relembrar que existe a possibilidade de abrir o Empreendedor Individual (MEI), como falamos antes, cujo faturamento anual é de até R$ 60 mil por ano, com diversas funções, a exemplo de “Apurador, coletor e fornecedor de recortes de matérias publicadas em jornais e revistas” – que nada mais é do que o serviço de clipping do assessor de imprensa; “Editor de Livro”, “Editor de Revista”, “Editor de Jornais” – estes subentendem funções de direção de arte, produção gráfica, etc; “Fotógrafo”, “Locutor”, e diversas outras funções com características semelhantes e complementares. E a descrição destas funções permite ainda vários serviços similares que na nota fiscal são os mesmos de assessor de imprensa, produção e edição de vídeo, produtor gráfico, atendimento publicitário, etc. O que importa é o faturamento, na verdade. Para Raphael Sagatio e Marcelo Moraes, da Wiki Produções Audiovisuais (PE), neste início da empresa, o Microempreendedor Individual foi a melhor opção, pois eles queriam simplificar tudo, a fim de focar o trabalho no que realmente sabiam fazer: o trabalho audiovisual. E, pouco a pouco, com a ajuda de uma advogada, eles estão imergindo com campo empresarial. “Eu e Marcelo Morais, já nós conhecíamos de outras ilhas de edição e percebemos que havia um nicho interessante para montar a produtora. Foi uma escolha bem pen19
“Muitas vezes os nossos sonhos vão ficando grandes demais, e a empresa em que trabalhamos nem sempre é capaz de suportá-lo, daí a necessidade de experimentar algo novo” Everton Cruz
sada e planejada, que, em 2011, resultou na abertura da empresa”. Como havia a questão dos custos, os dois só saíram do planejamento para a prática quando Raphael foi demitido. “Logo nos primeiros meses, estabelecemos contratos importantes, ou seja, funcionou de forma bem natural, sem maiores complicações. Mesmo porque nosso investimento inicial foi relativamente baixo. A dificuldade inicial foi procurar um formato de negócio que cabia no bolso, inicialmente, sem entrar no vermelho, e entender como funciona a parte burocrática”, comenta Sagatio. Outra comunicadora que optou pelo MEI foi a Renata Gamelo, da Renata Gamelo Soluções Estratégicas para Setores Criativos (PE). Ela comenta que sempre teve uma postura curiosa, engajada e empreendedora. Renata via que, apesar da formação universitária não dar as ferramentas para vender o trabalho/serviço ou empreender seu próprio negocio de forma autônoma, ela foi buscando áreas de atuação que a fizessem se apaixonar e aprender. “Trabalhei em redação de jornal, agência de publicidade, escritório de design, empresa de embalagens, fiz trabalhos freelancers de cenografia e direção de arte para vídeo, teatro e exposições. Tive uma experiência de trabalhar por sete meses em uma pesquisa no Centro Metropolitano de Diseño, em Buenos Aires/Argentina, uma cidade onde o empreendedorismo é muito forte a despeito das crises e é também muito estimulado pelas políticas públicas locais”. Voltando ao Recife surgiu a oportunidade de dividir um espaço de trabalho inspirador com um grupo de amigos e também parceiros de trabalhos anteriores. “Estamos cada
Felipe Pereira, diretor da Unu Soluções: “Mensalmente as contas tinham que fechar e era complicado. Para conseguir, acabava aceitando qualquer serviço que aparecia e isso fez com que diversificássemos muito nossos serviços, perdendo o foco” 20
qual empreendendo seu negócio, em um espaço colaborativo comum e, eventualmente, nos integrando em projetos maiores. Temos uma equipe com fotógrafos, designers gráficos, designers de produto, cenógrafos e produtores. Alguns são MEI, outros Simples, a depender da demanda integramos as empresas para supri-la. Acho que o empreendedorismo no nosso Estado precisa ser melhor estimulado”. As obrigações trabalhistas são outro impedimento, na maioria das vezes. Pois tem empresa que não sabe lidar com isso e acaba atuando na informalidade, correndo riscos maiores, sem legalizar seu pessoal. “Aqui na Multi temos carteira assinada para todos, desde a experiência, mas não é uma prática do mercado. Muitas vezes as agências querem cumprir, mas não conseguem porque onera bastante os custos e a rotatividade é alta”, observa Patrícia Natuska. Um fato raríssimo por sinal, em se tratando de mercado de comunicação. Praticamente todos operam na ilegalidade trabalhista. Vale lembrar que, no dia que bater uma fiscalização, o prejuízo pode ser muito maior. UM NOVO SEGMENTO – Foi a necessidade de experimentar algo novo que levou Everton Cruz, da Agência Giravento (PE) a abrir uma empresa de comunicação. Everton era modelo na Europa, voltou ao Brasil e ficou sendo piloto de aeronave freelancer em São Paulo. E foi em uma viagem que
conheceu os sócios João Carlos e João Carlos Júnior e resolveu ficar por aqui. O investimento para começar foi da poupança pessoal deles e tudo começou home office, na residência de João Carlos. “Muitas vezes os nossos sonhos vão ficando grandes demais, e a empresa em que trabalhamos nem sempre é capaz de suportá-lo, daí a necessidade de experimentar algo novo”, avalia Everton. Segundo o publicitário e piloto, abrir uma empresa exige muito trabalho, requer muito do tempo do empreendedor, por isso é importante gostar do que se faz. “No início, a empresa não passa de uma tela em branco. Você tem de preenchê-la. Assim como o artista quer que tudo fique no seu devido lugar na tela, nos negócios todos os pequenos detalhes têm seu lugar certo para que o empreendimento seja bemsucedido. Contudo, diferentemente de uma obra de arte, uma empresa é sempre uma obra inacabada. Ela evolui constantemente”. Outro que migrou totalmente de área foi Felipe Pereira (PE).Oriundo da ciência da computação, diretor da Unu Soluções, há dez anos no mercado. Ele começou a empresa dentro do colégio Neo Planos, quando era funcionário de lá, com apoio do seu chefe. “Além de pequenos clientes que iam chegando, fui convidado para participar de dois grandes projetos: um para a Celpos (fundação de seguridade social da Celpe) e um para o Banco Mundial (através de um professor da graduação, que terceirizaria o desenvolvimento comigo). Com esses projetos em mãos, pensei em pedir demissão e tocar o meu próprio negócio. Fiz um planejamento e, pelos meus cálculos, após um ano eu teria terminado de pagar um veículo que havia adquirido, recentemente, e pagar os móveis que iria comprar”. Desse modo, ele pediu demissão em 2004 e foi com sua mãe comprar os móveis, ar condicionados e computadores, pois aos 22 anos, não tinha crédito algum e resolveu formalizar a empresa em uma sede própria. “Com alguns meses, comecei a ver a dificuldade de empreender tendo custos fixos. Mensalmente as contas tinham que fechar e era complicado. Para conseguir, acabava aceitando qualquer serviço que aparecia e isso fez com que diversificássemos muito nossos serviços (entre comunicação, design e TI), perdendo o foco”. Mas apesar disso tudo, ele diz que tudo valeu a pena. Hoje já são dez anos de mercado, com cerca de 250 clientes atendidos. Em se tratando de novo segmento, o jornalista Pedro Henrique Costa inovou e adentrou em uma área ainda pouco explorada aqui no Nordeste e criou o Grupo Verda, empresa especializada em projetos de sustentabilidade, principalmente, brindes corporativos ecológicos. “Estava fazendo intercâmbio em Portugal, em 2009, quando comecei a pensar no que eu faria quando acabasse o contrato com a empresa que
eu trabalhava naquela época. Aproveitava a cidadania portuguesa para ingressar numa carreira fora do Brasil ou voltava para Recife e para o mercado que eu deixara? Já tinha tido minhas experiências profissionais e sabia que eu queria mais do que uma certeira de trabalho assinada. Foi quando comecei a pensar em abrir um negócio. Já tinha sido fisgado pela área da sustentabilidade. Eu já tinha optado que iria investir na área de responsabilidade socioambiental. Na Europa, então, tive contato com um cenário empresarial, no qual 'Marketing sustentável' era uma realidade. Juntei as peças e bati o martelo: eu queria inserir a sustentabilidade nas empresas brasileiras”.
Pedro Henrique Costa, do Grupo Verda: “Marketing ‘sustentável’ era uma realidade. Juntei as peças e bati o martelo: eu queria inserir a sustentabilidade nas empresas brasileiras”
Pedro voltou ao Brasil. “Foi quando me deu um estalo: Recife não tinha empresa focada em comercializar brindes corporativos ecológicos. E já existia uma procura grande por este tipo de produto”. E ele foi em busca do sonho em São Paulo. Visitou empresas da área e possíveis fornecedores. E foi lá que ele descobriu que suas respostas estavam em Recife. Boa parte dos produtos ecológicos feitos de forma artesanal era produzida no Nordeste. Começou a desenvolver o primeiro portfólio do Grupo Verda com comunidades e artesãos locais. “Abri a empresa em agosto de 2010. No primeiro evento que fiz, na primeira semana de vida da empresa, fechei meu primeiro contrato longo. Até hoje o considero o mais importante. O contrato era de um ano entregando brindes ecológicos mensalmente para uma grande concessionária de veículos. Animado, parti para outras empresas. A aceitação foi excelente”, lembra. 21
Maíra Passos: “empreendedorismo não é somente ser empresário. É justamente saber reconhecer e ir atrás das oportunidades, e não esperar que elas simplesmente apareçam”
O CAMINHO DAS PEDRAS – Quando a jornalista Maíra Passos (PE) cursava jornalismo, abrir algum negócio na área de comunicação era a última alternativa que lhe passava pela cabeça. Ela passou por assessoria de imprensa, jornal e revista. Mas viu que o mercado não correspondia às suas expectativas. E, num período que resolveu focar nos estudos de pósgraduação, percebeu que poderia criar suas próprias oportunidades. E, como diz ela: “empreendedorismo não é somente ser empresário. É justamente saber reconhecer e ir atrás das oportunidades, e não esperar que elas simplesmente apareçam”. Então, mesmo bem longe de ser empresária, há pouco mais de três anos, ela já estava empreendendo sem perceber. “Um contato foi levando ao outro e quando vi já precisava de outra jornalista para me ajudar no atendimento e nas coberturas de alguns eventos. Foi ai que resolvi encarar minha nova atividade de assessoria de comunicação como um negócio. Fui atrás de cursos na área. E é sempre muito importante ir atrás de informações na hora de empreender para saber como calcular os riscos. Já tinha concluído um MBA, mas procurei também cursos de gestão, o Sebrae, contadores e administradores, além de conversar com amigos que também tinha negócios na área, o que foi muito valioso”, explica Maíra. Com três anos de atuação, a assessoria que leva seu nome na assinatura –Maíra Passos Comunicação, lançou no final do ano passado, um portal independente sobre dança, o Na Ponta do PÉ (www.napontadope.com). “Mas ele é um projeto piloto para uma segmentação da empresa, sem misturar com os serviços de jornalismo empresarial”. Quem também nunca havia pensado em ser empresária foi a jornalista Naide Nóbrega, da Águila Comunicação (PE). Mas as oportunidades se abriram e abrir sua empresa foi inadiável. “No começo trabalhava em casa, com um mini escritório totalmente montado. Quando senti a movimentação de mercado abrindo portas, tratei de estudar, praticar, me dedicar à capacitação de uma nova área, que eram as mídias sociais. Meu marido, o jornalista espanhol Juanpa Ausín, que já havia trabalhado muito na Espanha com imagem, agregou valor ao nosso trabalho, desenvolvendo serviços como fotojornalismo, coberturas fotográficas e produção de imagens em vídeo”, comenta Naide. Assim como Naide Nóbrega, o sócio da agência Circo (PE), Amândio Cardoso, também nunca havia pensado em ter uma agência. “Nem mesmo quando esteve fora do Brasil, como redator, pensava que algum dia seria dono de agência. Ou seja, nem sabia se era ou não um empreendedor. O fato é 22
que chegou um momento na minha carreira que o acumulo de conhecimento e domínio da profissão, me fez querer ter mais 'domínio' de todo o processo de uma agência de publicidade”. Amândio diz que criar campanhas era pouco. Já como diretor de criação na MMS Comunicação (PE) tinha uma grande participação em outros setores da agência, que iam além do departamento de Criação. “Costumava ir aos clientes, envolvia-me com a produção, etc. Portanto, ter uma empresa com a filosofia e o perfil que acredito, era inevitável acontecer no meu amadurecimento profissional. Foi ai que eu e Léo Miranda, que já tinha este sonho de ter a própria agência, nos juntamos e conceituamos o que seria a nossa agência. O grande desafio de ser dono do próprio negócio é você estar inteiramente presente em todo o processo e andamento da agência, inclusive, o administrativo. Acredito que todo grande publicitário tem que deixar uma marca. E esta marca hoje, no meu caso e no de Léo, chama-se Circo". Com a Cordel Comunicação (PE) também não foi diferente. Não também por acaso, a agência nasceu em um departamento de criação. Um redator e um diretor de arte resolveram somar forças para montar uma nova agência. Pouco depois, uma produtora gráfica veio encabeçar a agência junto com eles. Carlos Eduardo Queiroz, Rafa Saraiva e Walkíria Cabral são os sócios da Cordel. Os três, que já trabalhavam juntos, agora estão à frente de sua própria empresa. “As agências acabam priorizando um ou outro cliente.”, explicam eles. “É uma pena porque tem muita empresa com potencial para crescer, com disposição para investir, inclusive, mas são carentes de ações de comunicação criativas e bem
Naide Nóbrega e Juanpa Ausin: “Quando senti a movimentação de mercado abrindo portas, tratei de estudar, praticar, me dedicar à capacitação de uma nova área, que eram as mídias sociais”
embasadas porque falta dedicação por parte das agencias. Temos conversado com empresários de segmentos diversos e a insatisfação é real. Ou eles são ignorados ou se queixam de mal atendimento”. O VERBO ENVEREDAR – E, se abrir uma empresa na capital é complicado, some-se a isso o fato de entrar em uma cidade do sertão, onde não há mercado nem cultura de valorizar os serviços de a publicidade. Foi assim para a publicitária Carla Carvalho. “Abrir uma agência de publicidade na minha terra natal sempre foi o meu sonho. Após um estudo de mercado, saí de Recife com experiência na bagagem para abrir a primeira agência de publicidade de Serra Talhada, a Saminina Comunicação. Uma imensa realização profissional e pessoal, mas também cheia de desafios”. Segundo Carla, no interior tudo é mais difícil. “Os clientes não entendem o ramo e não estão dispostos a pagar o preço justo pelos serviços. O resultado é que para manter meu investimento, mesmo após três anos no mercado, tenho que por dinheiro do meu próprio bolso na agência e enfrentar a ausência de lucro como um estímulo para poder prospectar ainda mais clientes e levantar a imagem no negócio na região”. E recentemente ela criou um desdobramento da agência, a Saminina Promo. Hoje, os clientes também não param de aparecer para ela. “Mesmo ainda tímidos e céticos, a Saminina vem ganhando força no Sertão. Com uma equipe super capacitada, nossos Jobs saem com resultado de agências da capital e quem entende disso está passando a investir com mais segurança no negócio". A jornalista Luana Nunes, da Algo Mais Consultoria e Assessoria (AL), sempre teve o sonho de ter o seu próprio
negócio - uma coisa implantada pelo seu pai. “Quando encontrei uma oportunidade de começar a colocar em prática aquilo que era apenas sonho, tive que escolher entre ser ousada e continuar com os meus dois empregos. Para abrir a Algo Mais, pedi para sair dos dois empregos. Alguns colegas me acharam louca demais. Diziam-me que aqui não havia mercado para isto e que se sustentar com assessoria de imprensa em Alagoas era impossível”. Apesar de nunca ter tido experiência com o empreendedorismo, ou até mesmo, com a posição de gestora de empresa, Luana está, aos poucos, conseguindo consolidar o nome de sua empresa no mercado alagoano. “Há três anos, oferecemos serviços de clipping digital e eletrônico, mensuração de resultados, assessoria de imprensa, endomarketing, entre outros. Atualmente, eu posso dizer que entendo o que é cobrança, administração, impostos, custos, despesas e lucro. Não é fácil encarar o outro lado da bancada, mas me sinto segura na escolha que fiz e não me arrependo de nada”. Formada há 30 anos e locutora há 20 anos, Sonia De Pieri teve sua carreira sedimentada no meio rádio. “Tive o privilégio de trabalhar nas principais emissoras do país. Comecei como radioescuta, e meu último cargo em rádio foi de editora-chefe. Não tinha mais como subir, ao menos que eu tivesse uma rádio. Foi então que surgiu a ideia de abrir a De Pieri Comunicação SP). Como sempre fui muito curiosa e criativa, reuni meus conhecimentos, meus diplomas e uma boa reserva financeira para investir em um nicho de negócio ainda não explorado totalmente no mercado sonoro. Assim nasceu a De Pieri Comunicação em 2002, uma produtora de áudio que atua com rádio corporativa, assessoria de imprensa, sonorização de sites, espera telefônica personalizada, elearning e muita locução”. Assim como Maíra Passos, Sônia passou por uma consultoria, e como já gravou muito material para eles, acabou adquirindo mais conhecimento. Ela diz que, para quem quer abrir uma empresa ou mesmo alavancá-la, o apoio do Sebrae é fundamental. Junto com mais duas amigas, recentemente, a pluralidade de seus serviços voltados à comunicação, resultou em uma nova empresa: a Pluri Jobs. “Unimos nossos expertises, nossas conquistas, nossas viagens, nossas verbas, nossa força de vontade e acima de tudo nosso sucesso na carreira e ao lado de nossas empresas, vamos tocar mais uma, que tem como meta abrir novas perspectivas em comunicação para os pequenos e médios empresários”. 23
A VEZ DO CLIENTE
ONDUNORTE NA CRISTA DA ONDA
Matheus Torreão |
Vencedor do prêmio Carrinho de Ouro de Melhor Fornecedor da Indústria Regional e destaque em ações sociais e ambientais, o Grupo Ondunorte valoriza cada vez mais sua marca Um dos conglomerados mais tradicionais da indústria de transformação de papel em Pernambuco e líder de mercado nas regiões Norte e Nordeste do país, o Grupo Ondunorte acaba de receber o principal prêmio de sua história. O empreendimento foi reconhecido como Melhor Fornecedor da Indústria Regional no prêmio Carrinho de Ouro 2012, promovido pela Apes (Associação Pernambucana de Supermercados). “Com esta chancela, podemos alcançar novos mercados e assim trabalhar a expansão da empresa com sustentabilidade e capacidade de fornecimento relacionado a qualquer mercado”, comemora Leandro Uchoa, gerente comercial e de marketing da empresa. Por ano, a Ondunorte produz cerca de 120 mil toneladas de papéis higiênicos, guardanapos, toalhas de papel e caixas para embalagens. Fundada em 1966 pelo empresário Aluísio Pontes, o que era uma pequena fábrica de papel possui hoje seis plantas industriais em três estados – Pernambuco, Sergipe e Paraíba – e emprega cerca de 1.500 funcionários diretos. A empresa conta com variado portfólio de produtos de destaque como Della Casa, Rose, Caprice, Leve, Leve Mais, Novo e tem investido agora na promoção daquele que a Ondunorte espera ver se tornar seu novo carro-chefe: o papel higiênico Alpino. “A marca é muito nova, existe apenas há um ano e meio. Mas a tendência é que o Alpino um dia chegue a ser esse carro-chefe”, especula Uchoa. Para promover o fortalecimento do produto, a Ondunorte vem marcando presença como patrocinadora dos shows de maior porte que Pernambuco recebeu nos últimos tempos, nacionais e internacionais. Quem foi conferir Paul McCartney – em Pernambuco – no campo do Arruda, Elton John no Chevrolet Hall ou o Maior Show do Mundo na Ilha do Retiro pôde contar com o abastecimento do papel higiênico em todos os banheiros químicos.
O Grupo Ondunorte tem nos pontos de venda um dos principais focos de seus novos empreendimentos 24
O conglomerado, que planeja suas ações de marketing trimestralmente, investe em publicidade proporcionalmente às vendas e tem apostado suas principais fichas ações na TV, shows e pontos de varejo. O ursinho branco, mascote da marca Alpino, também esteve presente em diversas ações de merchandising nos principais camarotes e trios no Carnaval. Para a televisão, a Italobianchi, agência pernambucana que trabalha com a empresa há dez anos, preparou uma campanha animada em 3D com o ursinho para anunciar as novidades do produto. A ação foi ao ar na TV Globo em fevereiro, e é parte do plano de fortalecer cada vez mais a nova marca de papel higiênico e explorar o carisma de seu mascote. No âmbito das mídias digitais, a Ondunorte possui páginas e perfis terceirizados nas principais redes sociais e vem ampliando cada vez mais o alcance do seu conteúdo. “Trabalhar com essas redes é sempre um aprendizado. Terceirizamos o serviço, mas sempre temos a preocupação de alertar sobre sustentabilidade e passar informações adequadas não só vinculadas aos nossos produtos, mas de situação que possam melhorar o planeta”, ressalta o diretor de marketing.
Ursinho da Alpino no show de Elton John, patrocinado pela empresa: investimentos cada vez maior no merchandising
E as preocupações com as tendências de consumo sustentável, de fato, se fazem notar. Atualmente, o grupo conta com cinco mil hectares de áreas de reflorestamento na Zona da Mata de Pernambuco e no estado de Sergipe, destinados ao plantio de eucalipto, reduzindo os níveis de gás carbônico (CO2) produzido pelas fábricas. A madeira crescida nestas terras também é utilizada nas caldeiras de produção, substituindo com biomassa os combustíveis fósseis tradicionais vindos do petróleo. A empresa também possui estações de tratamento de efluentes em todas as suas unidades fabris, que os transforma em resíduos sólidos ricos em minerais e potássio, reutilizados posteriormente nas áreas de plantio para enriquecer o solo. Por fim, o grupo também investe na coleta seletiva e na matéria-prima reciclável, tendo como ambição um dia alcançar a autonomia energética. Segundo Leandro Uchoa, o grande segredo para uma política de sustentabilidade de fato efetiva é começar de dentro. “A coleta seletiva desenvolvida pela Ondunorte parte da educação e demonstração dos
ensinamentos e conceitos de como deve ser uma empresa responsável. Começa a partir de uma grande divulgação entre os 1.500 colaboradores do gru-po”, enfatiza. Para o empresário, ferramentas de comunicação como endomarketing, mídia externa e constantes reuniões de grupo são fundamentais para estar sempre reafirmando importância da responsabilidade sustentável. “A empresa procura sensibilizar a todos com esta missão. São colocados cestos de lixo em todos os departamentos para que em seguida os responsáveis mensurem os quantitativos coletados e apresentem ao gerente de meio ambiente”, conta. Já na esfera das causas sociais, a Ondunorte apóia as Aldeias Infantis SOS Brasil, da Unesco, o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), o Abrigo São Francisco de Assis e a Associação de Assistência Técnica e Educacional Luiza Pedrosa Pontes (AATELPP). Quanto aos planos futuros, Uchoa revela que a fase é de transição. “A empresa sai dos seus 46 anos de mercado para entrar nos próximos 46 anos”, garante o diretor de marketing. Os atuais objetivos do grupo Ondunorte, segundo o empresário, são fortalecer seus pontos de venda no varejo, consolidar a liderança atacadista no Norte/Nordeste e expandir os negócios para o Sudeste, tendo sempre em vista o comprometimento com a responsabilidade ambiental e social. O papel higiênico Alpino é a nova aposta da empresa para ser o carro chefe
Italobianchi criou uma campanha para a Ondunorte anunciar o lançamento da nova embalagem e do novo personagem do papel higiênico Alpino. A agência também criou as figuras carismáticas dos ursinhos 3D, que ilustram toda a campanha
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DE OLHO NA CAMPANHA
ENCARE A PNEUMONIA DE PEITO ABERTO Com o avançar da idade, o sistema imunológico passa por um processo de envelhecimento e declínio da função chamado imunossenescência. Este processo deixa o organismo mais suscetível a uma série de doenças, entre elas a pneumonia e as demais doenças pneumocócicas. Para alertar a população sobre as doenças pneumocócicas e a importância da prevenção dessas enfermidades após os 50 anos, quatro importantes sociedades médicas brasileiras – Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Associação Brasileira de Imunizações (SBIm), Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), – se uniram para lançar a campanha Previna-se: encare a pneumonia de peito aberto. A iniciativa conta com ações educativas e de conscientização, tem a atriz Regina Duarte como madrinha e conta com o apoio da Pfizer.Com abrangência nacional, a campanha engloba ações em plataformas digitais, como hotsite, fanpage no Facebook e canal no YouTube; além de iniciativas presenciais com a população, como blitze de saúde e ciclo de palestras em hospitais e clínicas sobre a pneumonia e outras DPs. Link do filme: www. youtube.com/watch?v=yiRB3wwJ04Y
UMA MARCA QUE CONQUISTOU OS CORAÇÕES BRASILEIROS Para comemorar seus 60 anos, a M. Dias Branco convidou Antônio Fagundes para estrelar campanha de aniversário. O ator empresta todo o seu carisma e sua credibilidade para contar a história da maior empresa de massas e biscoitos do Brasil. O filme, criado pela Propeg Comunicação, se passa em uma sala de cinema e faz uma retrospectiva da M. Dias Branco desde a abertura da Padaria Fortaleza, na década de 20, pelo pai de Ivens Dias Branco, até a potência que a companhia representa hoje: a quarta maior do mundo na categoria de massas e a sexta maior do mundo na categoria de biscoitos. Destaque para o lançamento da Marca Fortaleza em 1953, primeira marca da M.Dias Branco que também está completando 60 anos. Imagens das primeiras instalações, dos primeiros produtos, das primeiras peças publicitárias, das fábricas atuais, entre outras, ajudam a contar como tudo começou e o motivo pelo qual suas marcas, presentes em todo o País, conquistaram os corações e as mesas das famílias brasileiras. A campanha está em TV aberta da Rede Globo no estado do Ceará e nas salas de cinema North Shopping, Iguatemi, Del Paseo e Aldeota.
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ESTUDANDO A PROPAGANDA:
TOM ZÉ E O ANÚNCIO DA COCA-COLA
“Vendido, vendido, vendido! / A preço de banana / Já não olha mais pro samba / Tá estudando propaganda”. Com esse refrão é dado o início à primeira audiência do Tribunal do Feicebuqui (2013), EP virtual lançado mês passado pelo mais incansável e inquieto cancionista brasileiro – Tom Zé. Pois é, seu zé: depois de estudar o samba, o pagode e a bossa, o baiano resolveu agora se enveredar nas artimanhas do advertising. O disco recém-parido surge como um conjunto de crônicas que narram a recente polêmica em que o compositor se envolveu por participar de um anúncio da Coca-Cola para promover a Copa do Mundo de 2014. No comercial, no qual Tom Zé empresta a voz à narração, a copa do Brasil é apresentada como “Copa de Todo Mundo”, feita por todos e para todos, “e quando a gente fala todo mundo é todo mundo mesmo” – enfatiza enquanto locutor. Bastou isto, e centenas de fãs apontaram o inquisidor dedo indicador da “mãozinha do mouse” – como bem é ilustrado na imagem de divulgação do disco – para enviar à página do cantor no Facebook (ou feicebuqui?) uma enxurrada de repreensões e discursos decepcionados. O ex-tropicalista, associado à série de críticas que sempre fez ao capitalismo e às corporações ao longo de sua carreira como compositor, foi visto levantando uma bandeira estigmatizada como maior símbolo do imperialismo ianque de todos os tempos. Afora isso, houve também o delicado fato do
anúncio classificar como “copa de todos”, um evento envolvido em diversas polêmicas que envolvem superfaturamento de obras e as consideradas políticas “higienistas” que têm acontecido em certos estados, como o Rio de Janeiro. Entre elas está a realocação compulsória, em condições bastante questionáveis, de comunidades habitacionais miseráveis do entorno das áreas dos estádios em construção. Ao menos foram estes os argumentos que usaram os críticos como justificativa para seus manifestos indignados. E bastaram para não deixar Tom Zé dormir. Na madrugada do dia 8 de março, o músico postou em sua fanpage um texto de esclarecimento com toda a humildade de quem, no alto de seus 76 anos e com uma carreira artística irrepreensível, não prega as pestanas se algo fica de mal-entendido entre ele e seu público. “ Po i s é , p e s s o a l , estou preocupado”, iniciou o músico. “Quando fui consultado sobre o anúncio nem pensei nessa probabilidade. No ano passado meu disco fora patrocinado pela Natura e como eu nunca tinha recebido patrocínio desse tipo – nem de nenhum outro –, cara, eu me senti como um artista levado em conta! Para profissionais de meu tipo as gravadoras são agora inalcançáveis”, justificou-se.
O disco ‘Tribunal do Feicebuqui’ é fruto das críticas que Tom Zé recebeu por ter feito publicidade para Coca-Cola 27
Matheus Torreão |
Após ter sido acusado nas redes sociais de ‘se vender’ por ter feito publicidade para a marca de refrigerantes, Tom Zé canta a polêmica no novo EP ‘Tribunal do Feicebuqui’
O EP virtual está disponível gratuitamente para download no site do músico
Tom Zé também explicou na mesma nota que utilizaria os “oitenta mil cruzeiros” do cachê para levar adiante um antigo projeto de elaboração de instrumentos experimentais. Mas nem isto foi suficiente para acalmar os ânimos dos mais exaltados, e duas conseqüências se sucederam: a doação integral de todo o dinheiro para a escola de música de Irará, na Bahia (onde na infância Tom Zé estudou e foi expulso por ser “filho de rico”), e o parto expurgatório do já citado Tribunal do Feicebuqui. O EP foi feito em parceria com novos nomes da cena independente paulista: as bandas Chá de boldo, O Terno, Sinfônica de Pasárgada, o compositor Tatá Aeroplano e o não tão novo assim rapper Emicida, que já havia feito participação em Tropicália Lixo Lógico (2012), disco passado de Tom Zé. Com cinco faixas, Tribunal é apenas uma prévia do longplay que deve ser lançado no final do ano, continuando a série Imprensa Cantada que o músico iniciou em 2003. Com letras escritas a partir dos comentários escritos pelos internautas – sem ser, no entanto, uma defesa ou ataque a Tom Zé, e sim uma verdadeira cobertura jornalística cantada sobre o causo – Tribunal do Feicebuqui traz outra revelação: o passado do cantor como publicitário. A terceira faixa, Taí, se trata de uma versão criada em 1977 pelo baiano para fazer propaganda do guaraná de mesmo nome (também pertencente à Coca-Cola) quando trabalhava como compositor de jingles na DPZ (SP), uma das mais antigas e premiadas agências do país. “Se o rei de França quiser um dia / Virar criança, ter um xodó / Beber a força do guaraná / Tem que vir aqui / Ou mandar buscar”, compôs Tom Zé para promover o refrigerante, num dos muitos bicos que fez de1973 a 1990. O período em que se envolveu com as tais atividades profissionais alternativas começou depois de o músico lançar o incompreendido Todos os Olhos (1973), que o atirou às sombras do mainstream, e só terminou com a descoberta internacional de Tom Zé graças ao ex-Talking Heads David Byrne já no início da década de noventa. Nestes 16 anos, o músico foi praticamente exilado do mercado fonográfico e penava para pagar as próprias contas, estando já certo de trabalhar no posto de gasolina do seu 28
sobrinho até o Estudando o Samba (1976) ir parar na sacola de Byrne em sua visita ao Brasil. Nesta fase “quase completamente sem trabalho e afastado de todas as mídias”, como bem descreveu o artista noutra nota pública, Tom Zé viveu de tudo: fracassou vendendo bugigangas na 25 de março; ligava para todos os contatos profissionais da agenda telefônica e, “a cada 19 nãos, recebia um talvez”; foi 'assessor de baianidade' na minissérie da Globo Rabo de Saia (consistia em sentar ao lado do diretor e, a cada fala dos personagens nordestinos, dizia como era expressão baiana correspondente) e chegou por fim a cogitar vestir uma roupa estranha, arrumar um turbante com uma pedra preciosa no centro e dar conselhos espirituais e amorosos a pessoas que estivessem com problemas. Mas “o que é que custava morrer de fome só pra fazer música?”, provoca ironicamente Emicida em Tom Zé Mané, faixa de abertura de Tribunal do Feicebuqui. Curiosamente, Tom Zé não foi o único Tom a ser confrontado com este ingrato questionamento. Tom Jobim, nos anos 80, foi outro a ser julgado pelos “inquisidores” anti-imperialistas ao ceder os direitos de Águas de Março para a mesma Coca-Cola. À época, o também compositor Jards Macalé chegou a acusá-lo de 'vender o Brasil'. O caso foi ainda mais longe, uma vez que o clássico da bossa nova foi adaptado para o inglês em incontáveis arranjos e letras diferentes (todas elas de qualidade bastante questionável, diga-se de passagem) e a campanha teve alcance mundial. Jobim defendeu-se: “Eu não vendi nada para a Coca-Cola. Eu apenas licenciei o mote de Águas de Março. Todo o Brasil pode cantar tranqüilamente esta música”, disse em entrevista a revista Veja, enquanto a polêmica de então fervilhava. Pois bem, se há algum veredicto neste alvoroçado tribunal é o de que, com ou sem Coca-Cola, o Brasil também pode seguir tranquilamente cantando Tom Zé. E ainda mais fácil que na época da confusão com o outro Tom: para tanto, a distância já não passa de um clique. A quem calhar de interessar, Tribunal do Feicebuqui está disponível gratuitamente para download no site oficial do músico (www.tomze.com.br) e, é claro, em sua página do Facebook. Aos fãs fiéis, por hora, já deve bastar para dar a sessão por encerrada.
NA WEB HTTP://CONTINUECURIOSO.CC "O caminho aguarda os pés, que enveredam por outro caminho”. É com lirismo que se apresenta o continuecurioso, web série documental sobre pessoas que se desprenderam de um jeito convencional de levar a vida pra caminhar em direção ao desconhecido. Profissionais que se demitiram de um emprego que não as satisfazia para trabalhar com arte, fotografia ou gastronomia, por exemplo. Tudo isto com os pés no chão, retratando sem romantismos todas as dificuldades enfrentadas neste tipo de transição, da falta de estrutura às dificuldades financeiras. Projeto diferenciado e inspirador.
HTTP://COLHERADACULTURAL.COM.BR/ A Colherada Cultural é uma página de variedades bem abrangente. Apresenta diversas novidades e dicas interessantes para quem quer se manter atualizado sobre arte, moda, gastronomia, cinema, televisão, música e viagens. Tem como diferencial ser uma plataforma multi-serviço: além das notícias, também investe no e-commerce, com uma loja exclusiva do site. Lá apresenta opções para o público infantil, masculino e feminino, comercializando virtualmente roupas, acessórios e itens para casa, dentre outros.
FICHA TÉCNICA
DIREITO DE ESTUDAR É da Link Comunicação & Propaganda a campanha de divulgação do prazo de inscrição no Enem 2013. O filme e o spot destacam que estudantes da rede pública ou com renda familiar de até um salário mínimo e meio por pessoa têm isenção da taxa de inscrição. “O direito de estudar é de todos. O mérito da conquista é sempre seu”, diz o comercial, veiculado em todo o território nacional através do acordo do MEC com a Abert. Com direção de criação de Antônio Meireles, o filme também reforça que o Enem é a forma de entrada para universidades e institutos federais, ProUni, Sisu, Fies e Ciência sem Fronteiras, e que quase 10 milhões de pessoas já fizeram o Exame em todo o país. Para se inscrever, basta acessar o portal: www.enem.inep.gov.br e seguir as instruções. As provas serão realizadas nos dias 26 e 27 de outubro. Assista ao filme: http://youtu.be/I0ZkwweH5p8 Agência: Link Comunicação & Propaganda (BA) Cliente: MEC Atendimento: Frederico Melo, Camila Junqueira e Samir Augusto Planejamento: Angela Chaves Direção de Criação: Antônio Meireles Produção de RTVC: Telma Rocha Aprovação: Rodrigo Dindo
SORTE EM DOBRO Mãe de gêmeas, a atriz Bianca Rinaldi é a estrela da campanha criada pela agência Ideia 3 que divulga a superpromoção do Parque Shopping Belém para o dia das mães, “Sorte em Dobro”. Com sua beleza e simpatia, ela anuncia que para ocasião o shopping irá sortear dois carros zero, um C4 Hatch GLX e um C3 Origine, ambos da Citroën. A campanha da Ideia 3 foi dividida em duas etapas, a primeira e atual, compreende em um filme para TV, anúncios de revista e jornal, spots de rádio e peças de divulgação para mall. Agência: Ideia 3 (BA) Cliente: Parque Shopping Belém Atendimento: Mayara Rezende e Julie Setenta Diretora de Atendimento: Renata Schubach Direção de Criação e Redação: Wilton Oliveira Diretor de arte: Leandro Dultra Diretora de Mídia: Ana Maria Almeida Mídia: Eva Figueiredo e Marcus Gomes Produção: Vilma Palma e Thais Leite RTVC: Renata Scavuzzi e Gladson Amaral Arte finalista: Rogerio Souza Aprovação: Dalila Caldas
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CONFIANÇA E PARCERIA Formado por empresas que atuam nos segmentos de prestação de serviços, vigilância e segurança e ainda construção e empreendimentos, o Grupo Braspe está completando 30 anos e para comemorar, estamos criando uma campanha institucional. Na campanha foram exploradas as características confiança, parceria e colaboração como diferenciais da empresa, ilustradas através de imagens de crianças brincando alegremente. As crianças também representam o futuro, esperança e toda uma vida que o Grupo ainda tem pela frente. A campanha é composta de outdoor, VT, spot, redes sociais, anúncio (revista e jornal) e material promocional. Agência: K Comunicação (BA) Cliente: Grupo Braspe Atendimento: Kiko Silva, Camila Reis e Milena Coutinho Diretor de Criação e Redação: Beto Freitas Diretor de Arte: Neri Molinero Mídia: Leila Maekawa Produção: Tânia Duplat Aprovação: José Perez, Luana Falcão e Felipe Falcão
FUJA DO DISSE-ME-DISSE Postaram que contaram que alguém falou... Já pensou acreditar em tudo que as pessoas contam? É pensando em credibilidade da informação, que a Mago Comunicação desenvolveu e está divulgando o “fuja do disse-me-disse”, conceito da campanha que apresenta aos ouvintes soteropolitanos o novo dial da Rádio CBN 91,3. Com humor inteligente, peças como anúncios, TV, revistas, sites, elemidia, etruck, busdoor, backbus e outdoor, tratam da importância de ter uma fonte confiável para dar informações importantes, divulgando que credibilidade em comunicação também é com a Mago. Agência: Mago Comunicação (BA) Cliente: Rádio CBN Atendimento: Isabel Catan e Paulo Coelho Criação: Nelson de Castro, Christian Franco, Gal Andrath Maria e Paulo Bono Aprovação: Fred Andrade
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DANDO O SANGUE (E OS ÓRGÃOS) PELO TIME
Matheus Torreão |
Inspirados pelo sucesso da campanha ‘Meu sangue é rubro-negro’, do Vitória da Bahia, o Sport Recife e o Ministério da Saúde lançam ações para incentivar torcedores a doarem sangue e órgãos Fazer as pessoas se moverem para doar sangue é difícil. Tem que se enquadrar fora de uma série de impedimentos quanto à idade, peso e histórico de doenças, bem como outros não tão convencionais como o bom e velho medo de agulha. Na maior parte dos casos, só se toma a iniciativa quando há alguém próximo necessitando. Como fazer, então, a população se sensibilizar para doar sangue com a mesma motivação que se tem quando um parente clama? Foi exatamente isso que se perguntou, há um ano atrás, a equipe de criação da agência Leo Burnett (SP), ao ser acionada pela Hemoba (Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia) para criar uma campanha. O hemocentro precisava de um aumento de pelo menos 20% nos estoques de sangue, pois a escassez de doações – especialmente no período de férias, como era o caso – estava começando a comprometer cirurgias no estado. A partir deste questionamento, surgiu outro, que viria a ser responsável por todas as medalhas de ouro e grands prix que a agência vem colecionando graças à ação desde então: e se mexêssemos na paixão pelo futebol? A agência, que possuía contatos com a Penalty, teve a ideia de fazer uma campanha Guilherme Jahara, diretor de criação da Leo Burnett (SP), diz que o sucesso da ação superou todas as expectativas
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conjunta com o clube Vitória da Bahia, do qual a marca de materiais esportivos é fornecedora. “O futebol está no sangue e na alma do brasileiro, torcedores tatuam o hino e o escudo do time. Às vezes é tão próximo das pessoas como um irmão ou um filho”, explica como surgiu a ideia Gillherme Jahara, diretor de criação da Leo Burnett. Depois veio então o mote da campanha, a ser narrada pelo ator Wagner Moura nos comerciais para TV, sendo ele uma das várias personalidades do estado que apoiaram a ação: “O vitória sempre deu o sangue por você. Está na hora de contribuir”, convocava. Para apresentar a ideia à torcida, a agência e o clube não tiveram medo de ousar. No dia 30 de junho, em uma partida em casa contra o Avaí pela série B do Campeonato Brasileiro, o escrete rubro-negro entrou em campo sem o vermelho nas faixas da camisa. Então, anunciou-se: para voltar a ser como antes, o 'manto sagrado' do Vitória necessitava do sangue de seus milhares de torcedores. Em seis rodadas, durante o período de um mês e meio (o time utilizou o uniforme alternativo apenas nas partidas em casa), as faixas vermelhas foram retornando conforme as doações. E o sucesso da campanha foi estrondoso: o Hemoba, que necessitava de um aumento de 20%, cresceu seu estoque de sangue em mais de 51%. A fundação baiana, que vivia tempos de escassez, acabou fornecendo bolsas para outros centros para não perderem o prazo de validade. A repercussão da mídia nacional e internacional fez o pico ser no final da campanha, fazendo as três últimas semanas registrarem 30 mil doações. E as vibrações foram tão positivas que até o time subiu na tabela: o Vitória, que no início da ação estava na quinta colocação, foi para primeira e hoje disputa a primeira divisão do campeonato brasileiro. “Foi um marco no marketing esportivo nacional”, orgulha-se Jahara. E a estante hoje cheia de prêmios da Leo Burnett vem para comprovar que não é exagero. 'Meu sangue é rubro negro', que custou apenas R$30 mil reais aos cofres do Vitória para ser executada, faturou o grand prix nos prêmios FIAP,
Adenilson Nunes | SECOM
Time do Vitória da Bahia na época da campanha ‘Meu sangue é rubro negro’: para o vermelho voltar, a torcida precisou doar sangue
A campanha do Sport Recife já distribuiu 51 mil carteiras de doador e também teve repercussão internacional
ABP, Andy Awards, El Ojo, Renato Castelo Branco e New York Festival, dentre vários outros do Brasil e do mundo. E teve seu exemplo seguido por outros clubes. Outro rubro-negro, o Sport Recife, também se destacou na esfera das causas sociais com a campanha 'Sport até depois de morrer', desenvolvida pela Ogilvy & Mather. O gancho foi ainda mais longe: mostrar que o amor pelo time pode seguir vivo até depois da morte, incentivando os sócios e torcedores do clube a se declararem doadores de órgãos. Para tal, o Sport distribuiu carteirinhas de doaPara doar sangue é necessário dor personalizadas produzidas pelo time, que já foi solicitada apresentar documento com foto, válido em todo por mais de 51 mil pessoas. E, assim como no caso do rubroterritório nacional; ter peso acima de 50 kg e negro baiano, as estatísticas foram impressionantes: desde o iníidade entre 18 e 67 anos (jovens de 16 e 17 anos também podem caso consentidos formalmente cio da ação, a Central de Transplantes do Estado de Pernambuco já pelo responsável legal). Recomenda-se jamais contabilizou um aumento de 54% no número de transplantes do fazer a doação em jejum, garantir um repouso estado. mínimo de seis horas na noite anterior, não Percebendo o quanto o amor pelo escudo é eficieningerir bebidas alcoólicas nas 12 horas te como quase nenhum igual na hora de mobilizar a população em anteriores, não fumar pelo menos duas horas prol das causas solidárias, é o Ministério da Saúde quem chega agora antes e evitar alimentos gordurosos nas três com uma campanha de alcance nacional para levar a iniciativa a todos horas antecedentes. Quem teve diagnóstico os clubes do país. É a parceria Torcedor Sangue Bom, que tem o ambide hepatite após os 11 anos de idade, cioso objetivo de angariar um milhão de doações de sangue. mulheres grávidas ou amamentando e pessoas que estão expostas a doenças “A doação de sangue é maior ato de solidariedade transmissíveis pelo sangue não podem doar. humana, é repartir com o outro o símbolo máximo da vida. Sem distinguir raça, idade ou o próprio time de futebol”, convoca o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A ação ocorre justamente para prevenir o que motivou o hemocentro da Bahia a lançar a pioneira Meu sangue é rubro negro, há um ano atrás: a baixa que costuma ocorrer sempre no período das férias, no mês de julho. Também há uma preocupação adicional em atender à população turística que virá ao Brasil para assistir aos jogos da Copa das Confederações. Desde o lançamento da campanha, mais de trinta clubes já aderiram à parceria com o Governo Federal. Dentre eles, estão Santos (SP) Corinthians (SP), Flamengo (RJ), Vasco (RJ), Fluminense (RJ), Palmeiras (SP), Internacional (RS), Grêmio (RS), Paysandu (PA), Avaí (SC), Ponte Preta (SP), Portuguesa (SP), Coritiba (PR), Paraná (PR), Santa Cruz (PE), Sport (PE), Botafogo (RJ) e Ceará (CE). 33
Ivelise Buarque |
QUANDO OS DADOS FAZEM A DIFERENÇA No planejamento de marketing digital, sabe-se que é necessário selecionar as redes sociais ideais, as ferramentas adequadas, identificar as oportunidades, desenvolver o conteúdo atrativo, entre outros fatores importantes para o desenvolvimento do trabalho. Mas, muitos especialistas consideram que este processo vai muito mais além. Afinal, podemos perder algum detalhe importante enquanto monitoramos e gerenciamos todo o trajeto para manter a imagem da marca e da empresa em evidência na web. E, por isto, uma forma de exercitar o Social Media Marketing tem sido empregada por diversos especialistas: o Business Intelligence, ou BI, que em português claro pode ser traduzido como Inteligência de negócios. O conceito foi desenvolvido na década de 80, referindo-se à prática de coletar dados e organizar, para servirem de insumo para análises que as tornarão informações úteis e possibilitem uma melhor sustentação para a tomada de decisões. “As empresas estavam começando a perceber uma nova situação, que hoje é um dos nossos maiores problemas: o excesso de dados. A partir deste momento a inteligência empresarial tornou-se uma vantagem competitiva para todos os setores do mercado. O desenvolvimento e popularização da computação e internet ajudou a potencializar esse cenário de inundação de dados, principalmente depois do surgimento das mídias sociais. Se antes o conteúdo era criado por empresas, agora a maior parte é criada por usuários que tem vontade de compartilhar suas experiências e opiniões com outras pessoas. Isso fez com que haja milhões de tweets no Twitter, curtidas no Facebook e pins no Pinterest, que precisam ser lapidados para a aplicação do business intelligence”, diz o João Gabriel Fonseca, diretor de marketing da SEO Master (RJ). Fato que tem sido ponderado atualmente é que este termo criado nos anos 80 pela empresa de consultoria Gartner Group consiste hoje num método de aprofundamento do trabalho em marketing digital. “Tudo o que pode ser medido, pode ser melhorado. O big data (grandes quantidades de dados não minerados) é a expressão que tem movido muitas empresas nesse último ano de 2012, com o desenvolvimento de uma enorme quantidade de ferramentas de mineração e de análise, que fazem com que o BI esteja cada vez mais em voga. A prática mais comum dessa é a observação do sentimento, usada para se desenhar e implementar melhores estratégias de marketing e de atendimento ao consumidor. O 34
primeiro passo para uma iniciativa desse tipo é determinar o benefício final desses dados que serão analisados. Metas comuns são: aumentar canais de receita, reduzir o custo de atendimento ao consumidor, reduzir o custo de aquisição de cliente, entre outros. Após a escolha das metas, são escolhidos KPI (key perfomance indicadors), ou indicadores chaves de performance, para que se possa avaliar objetivamente os dados. Por exemplo, o engajamento pode ser medido através de números de seguidores no Twitter e o número de retuítes e menções feitas sobre a empresa”, comenta a especialista Ludmilla Veloso, consultora independente de marketing digital (PE).
João Gabriel, Fonseca, diretor de marketing da SEO Master (RJ)
Este sistema tecnológico contribui para a transformação desses dados guardados como ouro para qualquer empresa, afinal, eles valem muito e ajudam na tomada de decisões que fortalecem as ações na rede. Contudo, ainda não é
extremamente simples e eficientes, e que lança mão da percepção de palavras chaves para identificar as impressões dos usuários com a marca. E, com isto, influenciam no desenvolvimento de ações que tenham um forte apelo emocional, mais impacto junto às pessoas e, proporcionalmente, gerem mais retorno. “Hoje, parte das estratégias do varejo são tratadas pelo comportamento observado em redes sociais, e no mercado brasileiro, isso é ainda mais forte, tendo em vista que o Brasil é o 7º maior mercado de internet no mundo, segundo números de usuários no Facebook e Twitter. 97% dos usuários brasileiros conectados na internet estão nas redes sociais, juntasse a isso o fato que 79% das compras realizadas na América latina são influenciadas por recomendações das redes sociais (Oh! Panel, 2012). Então é possível ter ideia da importância do BI no mercado nacional. O BI no Brasil quando se trata de redes sociais está fortemente ligado à análise de comportamento e perfil do potencial cliente, isto é, quando se faz necessário o lançamento de um novo produto ou a escolha do público alvo, é fundamental, rápido e mais barato olhar nas redes sociais para se ter um raio-x do atual”, ressalta Daniel Pereira, diretor-executivo da GVP IT Solutions.
Daniel Pereira, diretor-executivo da GVP IT Solutions
possível mensurar o valor dessas informações, uma vez que elas têm caráter mais qualitativo. “Business Inteligence é fundamental não apenas em Social Media Marketing, mas em tudo dentro de uma organização. A maioria das empresas pensa em ter um grande número de fans no Facebook, ou um grande número de seguidores no Twitter. Mas isso é bom? Depende. O que precisamos ver crescendo é o engajamento dos fans/seguidores. Não adianta termos um milhão de fans, mas vermos a métrica 'Falando Sobre', do Facebook, com poucas pessoas. É preferível ter menos fans, mas fans engajados, que Curtem, Compartilha, Comentam. Mas, como conseguir isso? Com Business Inteligence. É fundamental um entendimento profundo do perfil dos Real Fans do seu produto/marca. Só assim, poderemos iniciar um diálogo de mão dupla, com conteúdo que de fato é relevante para os fans. Neste caso, é necessário fazer uma micro-segmentação (ou Micro Targeting) para definir de forma clara o estereótipo de cada tipo de fan e alinhar a comunicação. O que a maioria das empresas faz é um diálogo de mão única e de forma generalizada”, pontua o consultor Pedro Lacaz Amaral (RJ). O uso do BI nas redes sociais é a forma mais simples de analisar comportamentos e extrair uma real “sensação” e “desejo” do cliente sobre um produto. Afinal de contas, corresponde a uma mídia espontânea que envolve ferramentas
NO OLHO DO FURACÃO – A popularização das ferramentas para gestão de mídias sociais não só consolida a leitura dos dados como também facilita a avaliação, interpretação e tomada de decisão. E o posicionamento a partir disto e o processo integrado ao planejamento estratégico desenvolvido com ele possibilitam o maior engajamento, uma vez que se estabeleça uma estratégia efetiva e adequada. “A estratégia de atuação depende do contexto. As fontes de informações de BI em Social Media são, normalmente, ferramentas que monitoram as publicações relacionadas à marca ou ao setor de atuação da empresa. É comum também o uso de ferramentas de acompanhamento do desempenho dos canais proprietários da marca, como Facebook Insights, que oferece uma visão do tráfego da fanpage, perfil demográfico do público, engajamento, etc. Outras ferramentas de SAC 2.0 e CRM 2.0, sistemas que integram as redes sociais a dados de outros canais de relacionamento das empresas, também são valiosas fontes de informação. Há ainda uma série de técnicas de coleta e métodos de análise que proporcionam uma visão mais aprofundada da relação da marca com seu público, como o Social Network Analysis, análise que busca interpretar as relações entre os usuários de uma mesma rede ou grupos que não necessariamente se encontram, mas que possuem algum laço em comum – em algum grau; Complex Network, análise das Redes Complexas para a identificação de hubs e previsão de crises; e Estudo Netnográfico, dentre diversas outras”, pontua Paulo Schiavon, diretor de planejamento e mídia da Agência Enken (SP). 35
Paulo Schiavon, diretor de planejamento e mídia da Agência Enken (SP)
Por isto, para muitos especialistas o Businsse Inteligence, inclusive, é muito mais que a extração e análise de dados, pois a aplicação adequada deste novo conceito de trabalho se torna rico quando se realiza o cruzamento de várias outras fontes de dados. Quando se reúne dados de mercado e da marca, por exemplo, o estudo fica completo e, sendo assim, proporciona um arsenal bem amplo para quem está à frente do planejamento de marketing digital. E, desta forma, o plano irá ser dotado de uma comunicação definida, especificamente, para gerar os devidos impactos e engajamentos do público. “O processo de BI inicia na construção da página e da persona (identidade adquirida nas mídias sociais), dando-lhe características que sejam compatíveis com os valores da marca e o comportamento de seu público alvo. Um bom exemplo é o case do PetLove, onde o mercado consumidor é apaixonado por seus pets, sendo a maioria do sexo feminino. Assim, trouxemos para a persona o mascote da marca, um cachorro da raça labrador, que teve seu nome escolhido pelos seguidores da página. Com traços de redação sempre voltados para afetividade entre os pets e seus donos, conseguimos um engajamento constante, atingindo quase meio milhão de seguidores (até o fechamento desta entrevista o número chegada a 446.000) em seis meses de trabalho. O resultado disso foi chegar a 4ª colocação no ranking de páginas com maior engajamento no Brasil, segundo o Social Bakers (companhia 36
global de mídia social e análises digitais)”, exemplifica Tiago Luz, Co-Founder da Infracommerce, empresa de solução full service para ecommerce no Brasil (SP). O grande diferencial é naturalmente ter um bom planejamento estratégico, para aumentar o alcance e se atingir resultados. Assim, é necessário ter em mente que campanhas mais impactantes e com maior apelo emocional geram retorno a curto prazo, na maioria dos casos, enquanto aquelas com conteúdos mais relevantes geram retorno a médio e longo prazo. “O social business pode ser trabalhado de diversas formas. O ideal é estar sempre atento ao comportamento do consumidor nas redes sociais, pois é este comportamento que, bem analisado, vai gerar insights para novas campanhas, produtos e serviços, ou apenas melhorias nas que já existem. A Coca-Cola é um exemplo disso. A campanha do 'Quanto mais melhor' é um exemplo claro de business inteligence. Através de pesquisas e bancos de dados, eles criaram latas com nomes de pessoas e lugares que não são apenas os populares e usaram de forma inteligente para criar, não uma, mas diversas campanhas”, diz Ney Lins da Psiu Comunicação
(PE). Contudo, não adianta pensar o planejamento sem prever o retorno. Diferente da comunicação de massa, nas redes sociais tudo está atrelado ao objetivo que se deseja alcançar e, desta forma, não se pode apostar no “achismo”, pois as decisões tanto simples quanto as mais complexas requerem uma análise de dados para reduzir dados e obter engajamento e resultados assertivos. “O BI ajuda a transformar os dados colhidos nas redes sociais em conhecimento para decisões de negócios inteligentes. Uma decisão baseada em uma boa análise dos cenários possui menos riscos e mais oportunidade de ser assertiva. Hoje se fala muito disso devido à quantidade de informações que estamos sendo impactados e que precisam se tornar dados inteligentes para terem validade. Muita informação sem uma boa análise pode tornar o processo ainda mais confuso. E a forma ideal para trabalhá-los depende do foco da empresa. Um SAC/CRM Social bem estruturado pode reduzir custos. Identificar hábitos de consumo sobre o seu produto pode trazer oportunidade de negócios que podem render lucros. Decisões podem ter melhor suportes a partir de análise da imagem da marca. O que se diz na rede social é o que as pessoas pensam”, frisa Rosário Macedo, diretora de operações da Le Fil (PE).
A fantástica aventura de ser mãe é sem dúvidas uma das maiores maravilhas da natureza. Ate aí, nenhuma novidade. Pode-se ser mãe biológica, mãe que cria, pai que faz papel de mãe, mãe sozinha... sempre mãe. O grande desafio é conciliar a sensualidade com o novo papel que surgiu e que toma tempo, demanda preocupação, cuidado, divisão do amor antes exclusivo da pessoa que era única nas atenções. Cada vez mais a mulher mãe descobre que é possível e nada difícil conciliar os dois papeis sem nenhuma culpa, nada de angustias e zero de ansieade. A sensualidade aflora e a melhor maneira de se conseguir estar com a estima elevada é cuidar da mente, pensar que a maternidade é maravilhosa mas que a vida da mulher deve seguir seu rumo crescendo junto a nova vida que surgiu. Deve-se cultivar o lado apenas mulher e o lado apenas mãe sem ter que unir os dois papeis fundidos em um só. A pessoa companheira agradecerá enormemente em não ser delegada ao segundo plano, e sim estar no mesmo patamar que a família inteira. Seja mãe, seja mulher, seja imprescindível para quem te quer bem e viva uma vida plena, na maternidade e na sua sensualidade.
MULHER MÃE
MÁQUINA: NIKON D5100 DISTÂNCIA FOCAL: 60mm ABERTURA DE DIAFRAGMA: f/4.8 ISO: 640
Ana Valéria Caúla | anavcaula@gmail.com
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EU RECOMENDO
No intuito de interagir mais com o mercado de comunicação, a REVISTA PRONEWS apresenta a partir desta edição sugestões de livros, filmes e CDs indicados pelos leitores. Neste número, a nossa redação dá as caras e sugere algumas dicas. Você também pode participar. Envie uma sugestão com texto e foto sua junto à obra para o nosso email: redacao@revistapronews.com.br
Bruno Regis |
VOCÊ É O QUE VOCÊ COMPARTILHA, de Gil Giardelli, 168 Páginas, Editora Gente (2012) – por Ivelise Buarque. Eu recomendo o livro “Você é o que você compartilha”, escrito pelo professor nos cursos de Pós-Graduação da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Gil Giardelli, e publicado pela Editora Gente. Especialista no Mundo.com e com 13 anos de experiência na era digital, o autor apresenta nesta publicação como o universo corporativo está se moldando nesta fase da comunicação compartilhada e medida pelas redes. Apesar de interpretar este momento como a infância desta nova mídia colaborativa, ele nos mostra que engajar e repercutir nossas marcas, estamos tendo a oportunidade de proliferar uma nova humanidade, que ele chama de 5.0. DIAS DE INFERNO NA SÍRIA, de Klester Cavalcnti, 296 páginas, Editora Benvirá – por Joelli Azevedo. Escolher ser jornalista é não querer parar em lugar nenhum. Ser dinâmico e poder escrever sobre tudo. Está é a realidade do jornalista Klester Cavalcanti. Quando era correspondente da revista Veja foi para a Amazônia denunciar o desmatamento ilegal e trabalho escravo da região, mas ele sempre teve vontade de cobrir uma guerra, de saber como era a cidade e como os cidadãos viviam em um país em conflito. O desejo do jornalista foi realizado em 2011 quando ele foi registrar a guerra civil na Síria. Klester driblou a embaixada do território para entrar no país pela fronteira do Líbano. Entretanto, o que o brasileiro não esperava é que fosse preso, torturado e passado pelos piores dias da vida dele.
SOCIEDADE DA GRÃ-ORDEM KAVERNISTA APRESENTA SESSÃO DAS DEZ (1971). Intérprete: Raul Seixas, Sérgio Sampaio, Edy Star e Miriam Batucada. Gravadora CBS. Produtor: Raul Seixas Duração: 29:35 Relançado em 2010, em CD, pela Sony Music - por Matheus Torreão. Não sei se tenho um álbum favorito, mas um dos que definitivamente chega mais perto disso é essa obra de1971. Fruto da parceria desse quarteto fantástico é o Sgt. Peppers de Dom Raulzito. Traz um híbrido de brasilidade com a onda da psicodelia britânica que estava pegando naqueles tempos, mas sem aquela baboseira intelectualóide que veio de carona na Tropicália. O disco é uma grande tiração de onda, um álbumópera aloprado sobre sair do nordeste ou do interior na esperança de emplacar a carreira artística no Rio de Janeiro, alfinetando em especial os hippies e a sociedade carioca da época. Acredito que qualquer músico daqui que já tenha vivido suas aventuras por lá vá se identificar. 38
Leila Freitas |
A HORA DAS BRUXAS, de Anne Rice, 490 páginas, editora Rocco – por Marina Barbosa. A literatura fantástica sempre me encantou. Por isso, bruxos, vampiros e fantasmas sempre me acompanharam através dos livros que carrego na bolsa. Um deles me apresentou ao mundo da magia. “A Hora das Bruxas”, de Anne Rice, foi o responsável por essa façanha. Em dois volumes, a obra conta a história das bruxas Mayfair, família que carrega poderes naturais por séculos. Sua trajetória é revelada por meio do trabalho de Rowan, pesquisadora do grupo de poderes sobrenaturais Talamasca. Durante a investigação, no entanto, Rowan acaba descobrindo que é a herdeira do clã Mayfair nos anos 80.