CARTOLA FC
SUL DE MINAS
NEGÓCIOS
O fantasy game que já é um sucesso entre torcedores e jogadores
Confira as feiras sul-mineiras que aqueceram a economia da região
Você sabe o que é uma startup? E como ela funciona?
Manisfestamos nossos sinceros agradecimentos pelo carinho e atenção dispensados, na realização da reportagem sobre a 14ª CROCHEMALHAS de Inconfidentes. Obrigado pelo incentivo e apoio ao turismo de compras na região. Felipe Veronez, Secretário Municipal de Indústria, Comércio, Turismo e Cultura de Inconfidentes
A participação das empresas e dos empresários na 14ª Crochemalhas é cada vez mais significativo para o crescimento dos negócios em Inconfidentes. A importância da participação na feira e acreditar nelas como porta para a geração de novos negócios é a chave para o sucesso. Por isso disponibilizamos a todos os expositores os stands além de todo suporte em custos. Estar presente em tais eventos não significa apenas expor seus produtos para vender, significa também conhecer a concorrência, acompanhar as novidades e tendências do setor, além de ampliar sua rede de contatos. Prefeita de Inconfidentes Rosângela Dantas
QShow A Revista para quem tem conteúdo! Definitivamente, o nome exige muita responsabilidade! Afinal, vocês não podem esperar menos do que um show quando dedicam atenção às páginas de nossa revista, não é mesmo? Como não estamos nem um pouco inclinados a decepcioná-los, optamos por atender um público tão exigente quanto específico: vocês, pessoas que se atêm à leitura, preocupadas em se informar com qualidade, pessoas que têm conteúdo!
NOSSOTIME
Leonardo Miranda Jornalista
Amanda Naves Revisora
Angélica Arakaki Designer
Isabella Alves Redatora
Paulinha Terra Publicitária & Fotógrafa
Wagner de Souza Designer
Cyntia Pereira Comercial
Ana Paula Franco
Carolina Lana
Comercial
Comercial
Mas, o que nós entendemos por conteúdo? Bom, ter conteúdo é estar atento para questões variadas, oferecer abordagens exclusivas e com amplitude regional. Ter conteúdo é expor problemas e soluções, denunciar corrupções e descasos, é valorizar trabalhos filantrópicos e divulgar assuntos de interesse público. Entretanto, acima de tudo, ter conteúdo é ter originalidade, um estilo próprio, uma pauta bem definida e acreditar naquilo que se propõe, independentemente do que o mercado está acostumado. Não viemos simplesmente para executar a vontade de nossos parceiros: viemos para dizer que eles precisam querer mais e almejar sempre o melhor, o diferenciado e o original. Por isso, com esta edição, encerramos mais uma etapa, apenas mais um ciclo em nosso constante processo evolutivo, pois, já na próxima, voltaremos repletos de novidades, com um visual renovado e ainda com mais conteúdo jornalístico sobre assuntos gerais de interesse regional. Tudo isso com o propósito de conquistar cada vez mais o respeito de cada um de vocês, já que disfrutamos da honra de tê-los como leitores, além de dar também boas-vindas aos novos leitores que chegam! Nesta edição, reforçamos nosso alcance regional, proporcionando uma matéria de capa sobre outra grande feira, a Expofica de Andradas. Fizemos, para mais, a cobertura de outras três importantes feiras de negócios sul-mineiras, eventos que aqueceram a economia mesmo em tempos de crise. Não poderíamos deixar de falar sobre o dia 13, no qual é comemorado o “Dia Internacional do Rock”. Outro destaque compreende a matéria sobre um jogo virtual que é a sensação entre pessoas de todas as idades: o Cartola. Além disso, vocês ainda podem se informar a partir de várias outras matérias sobre saúde, moda, sustentabilidade, filantropia e muito mais. Como sempre, desejamos uma excelente leitura! Leonardo Miranda
COLABORADORESQSHOW
Maria Fernanda Lamego
Ana Clara Nogi
Chef Roberto Augusto
Carol Siqueira
EXPEDIENTE DIREÇÃO GERAL VALMIR RODRIGUES EDITOR CHEFE MARCELO BERCHEZ JORNALISTA RESPONSÁVEL LEONARDO MIRANDA MTB 46.302/SP DIREÇÃO DE ARTE ANGÉLICA ARAKAKI DESIGNERS ANA PAULA TERRA WAGNER DE SOUZA REDATORES ISABELLA ALVES FOTOS ANA PAULA TERRA LEONARDO MIRANDA REVISÃO AMANDA NAVES DEPTO. COMERCIAL CYNTIA PEREIRA ANA PAULA FRANCO CAROLINA LANA
IMPRESSÃO RONA EDITORA CIRCULAÇÃO SUL DE MINAS TIRAGEM 5.000 EXEMPLARES REDAÇÃO RUA LEÃO DE FARIA, 86 3º ANDAR, SALA 5 CENTRO - ALFENAS - MG CEP 37130-000
contato@revistaqshow.com.br RevistaQShow (35) 3011.3903 | (35) 88544852
Sumário
ROCK&ROLL 18 O grito de uma juventude!
FILANTROPIA SAÚDE
8 Associação Dias Melhores 10 Progospel
EDUCAÇÃO
12 Influência da dança na educação
CULTURA
14 O Seresteiro inglês 20 Festival Rockão Antigo 20 Quem Conhece Curte
36 Materna Alfenas
SUSTENTABILIDADE 40 Hortas Orgânicas
CAPA
42 24ª EXPOFICA - ANDRADAS MG
MODA 23 Louca por chapéus
ESPORTE 26 Bilhar
GAMES & TECNOLOGIA 30 Você é o técnico!
& NEGÓCIOS TURISMO EVENTOS 44 Crochêmalhas – Inconfidentes MG 32 Guaxupé
GASTRONOMIA 34 Lagarto ao provolone e cerveja preta 35 Festa Julina
46 Fest Malhas - Jacutinga MG 48 Fenat - Monte Sião MG
EMPREENDEDORISMO 50 Dedicação e inovação 52 Empreendedorismo de berço
Filantropia
Associação Dias Melhores Trabalho levado a sério para garantir os direitos das crianças e adolescentes. Por Isabella Alves Jovem Aprendiz Dias Melhores
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uita gente já ouviu falar do Estatuto da Criança e do Adolescente. O conjunto de normas, que surgiu em 1990, veio para complementar a Constituição Federal no que diz respeito a assegurar os direitos das crianças e adolescentes. Mas, afinal, o que fazemos para que as crianças e adolescentes de nosso município tenham, realmente, seus direitos assegurados? Surge, então, em 2004, a Associação Dias Melhores em Alfenas. Fundada por Luciane Csizmar, Fernanda Brandão, Flaviane Inês e Vander Cherri, ela nasceu a fim de realizar ações sociais de impacto expressivo, fortalecendo o sistema de garantia de direitos a partir do que estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Direitos garantidos De acordo com a presidente da Associação Dias Melhores, Denise Prado, a instituição focalizou seu trabalho exclusivamente aos atendimentos de crianças e adolescentes em situação de risco social. Amparados pela Lei 8.069/1990, as crianças e adolescentes que passam pela Associação Dias Melhores têm proteção e garantia de direitos. Os trabalhos da Associação são realizados, principalmente, por meio de projetos. Entre muitos já realizados com sucesso, podemos citar: ☼ Projeto Fênix: atendimento em contraturno escolar de 80 meninos em situação de vulnerabilidade social; ☼ PSC: compreende a Prestação de Serviços à Co8
munidade, que executa medidas socioeducativas do Estatuto da Criança e do Adolescente; ☼ Liga da Mãe Cidadã: projeto que mantém um diálogo permanente com 40 mães, com ações de amparo e ressocialização da mulher; ☼ Casa dos Meninos: sistema de acolhimento de crianças e adolescentes como medida de proteção prevista no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), adotada quando o vínculo familiar da criança se encontra rompido ou fragilizado, em situação de risco, a ponto de ser necessário o afastamento do convívio familiar; ☼ Pai Presente: além de identificar um pai no registro de nascimento, propõe reconhecer uma figura paterna que participará ativamente da vida de um filho; ☼ Curso de Informática da Terceira Idade: inclusão do idoso por meio das aulas de informática totalmente direcionadas a eles; ☼ CASCAF: compreende o Centro de Atendimento Social a Crianças, Adolescentes e Familiares, que disponibiliza, em conjunto com a rede social municipal, serviços continuados, integrados e capazes de prestar atendimentos jurídicos, psicológicos e sociais às vítimas; ☼ Programa Jovem Aprendiz: iniciativa direta do Governo Federal, que cria oportunidades tanto para o aprendiz, quanto para as empresas, pois prepara o jovem para desempenhar atividades profissionais e ter capacidade de discernimento ao lidar com diferentes situações no mundo do trabalho; ☼ Educando para Dias Melhores: resgata a dignidade, cidadania e aprendizagem profissional nos
adolescentes de 14 a 18 anos em vulnerabilidade social, por meio da ocupação do tempo como alternativa à ociosidade, à marginalidade e ao desemprego.
Quem faz acontecer Atualmente, a diretoria da Associação Dias Melhores é composta pela presidente Denise Prado, vice-presidente Marisa de Figueiredo, secretária Selma Prado, tesoureiro Emerson de Souza e diretora cultural Zulmira Albergaria. Além disso, são membros do conselho fiscal: Rogério Ramos, Eliana Albergaria, Burmin José e Vander Cherri. Ainda conta com a parceria social de várias empresas que, direcionadas às questões comunitárias, acreditam no trabalho de relevância da instituição. Dentre os parceiros, há os que contratam os adolescentes por meio do “Programa Jovem Aprendiz”. A Prefeitura Municipal de Alfenas também colabora parcialmente em alguns projetos. Com todas essas parcerias e projetos em andamento, Denise conta que a expectativa da Associação Dias Melhores para o cenário social alfenense é possibilitar o desenvolvimento de projetos com excelência e apoio governamental, para assim alcançar os objetivos planejados. Dentre os objetivos do grupo, estão o desenvolvimento humano e social equilibrado; mais autonomia e capacidade de agir, de produzir, se relacionar, se proteger e também de tomar decisões; mais chances de inserção no mercado de trabalho; contribuir para que todos possam usufruir
dos acessos aos benefícios e serviços públicos disponíveis para a população; melhorar o relacionamento interpessoal da comunidade pela criação e fortalecimento de vínculos de amizade, afeto e apoio. É somar esforços para que as pessoas saiam do isolamento social e ampliem o círculo de amizades; incentivar a melhoria da autoestima e autoconfiança, a prática de hábitos saudáveis. Zelar pelos direitos das crianças e adolescentes aos serviços públicos de assistência social, saúde, cultura, lazer, entre outros.
Para quem se interessou pelo grande trabalho da Associação Dias Melhores e quiser contribuir, basta comparecer à sua sede para o cadastramento de voluntários. As doações materiais são recolhidas na sede da entidade. No caso de quantia em dinheiro, os doadores podem efetuar o depósito na conta da Caixa Econômica Federal: Agência 0095; Operação 003; Conta Corrente 502048-7. Associação Dias Melhores R: General Costa Campos, 122, no Centro de Alfenas, ao lado das Lojas Cem Demais informações: Tel.: (35) 3292 4992 www.diasmelhores.org.br E-mail: diasmelhores@diasmelhores.org.br Facebook: Associação Dias Melhores 9
Progospel: 17 de julho em Alfenas
Uma noite com muita música, testemunhos e louvores em prol de dependentes químicos.
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gendado para o próximo dia 17, às 19h30, no Campo do América, o Progospel é um evento realizado com o propósito de arrecadar verbas para custear os trabalhos realizados pelo PROESC (Associação Projeto Esperança em Cristo Jesus). Trata-se de uma respeitada ONG localizada na zona rural de Alfenas, que conta com toda a infraestrutura e quadro profissional necessários para atuar no tratamento de dependentes químicos em regime de internação voluntária. Evaldo Barbosa, coordenador do “Programa Terapêutico PROESC” e organizador do evento, destaca que o Progospel é de suma importância para a manutenção da associação, uma vez que eles não contam com recursos de nenhuma esfera governamental: “Tudo o que oferecemos aos nossos internos é fruto da solidariedade dos empresários da região, os quais acreditam em nosso trabalho!”, explica Barbosa. O Progospel vem para marcar uma nova era de eventos na cidade e região! Para tanto, oferece o show de André & Felipe, a dupla de grande sucesso da música gospel contemporânea. Outro destaque do evento é a apresentação de Renner, ex-integrante da dupla Rick & Renner,
Por Leonardo Miranda
que estará lançando seus novos sucessos e dará um inspirador testemunho sobre sua luta e superação dos vícios.
Preço acessível Os ingressos estão sendo vendidos por R$10,00 e podem ser adquiridos nos seguintes pontos de venda: Sonetto, Banca da Matriz, Ótica Safra e Ponto Gospel.
Uma grande honra A Revista QShow assumiu o compromisso de garantir espaço na divulgação do trabalho realizado pelo PROESC. Em reconhecimento, fomos agraciados com o Selo Social oferecido pela ONG, e, orgulhosamente, estamos entre as empresas de Alfenas e região que colaboram com tão importante trabalho!
Outros patrocinadores Sonetto, Super Magazine, Vidrojato, Armag, Ideal Móveis, Day Lu Calçados, Preguinho Imóveis, Ponto Gospel, Autoescola Alfenas, Farmácia Alternativa, Drogaria Americana, Solução Seguros.
Mais informações sobre o PROESC A pousada, que recebe internos voluntários, está localizada na Rodovia Alfenas-Fama (km 01), zona rural de Alfenas (MG). O endereço urbano é: Rua José Constâncio da Silveira, 88/21, no Centro.
(35) 3292-9009 contato@proescmg.com.br www.proespmg.com.br
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influência da dança na educação
dança sempre visou o mesmo fim: a vida, a saúde, a religião, a morte, a fertilidade, o vigor físico, também permeando os caminhos terapêuticos e educacionais, estabelecendo assim uma diversidade interessante para esta manifestação. Evoluiu, ao longo da história da humanidade, diversificando-se e se desdobrando em diversos estilos, tais como: Ballet Clássico, Dança de Salão, Dança Folclórica, Dança Criativa, Dança Expressiva, Hip Hop, entre outros. Quando relacionamos a dança com educação, focada no contexto escolar, vemos que envolve vários aspectos importantes para a formação do aluno, entre elas: a expressão corporal, a espontaneidade, consciência corporal, criatividade, cidadania, responsabilidade, ritmo, flexibilidade, noções corporais, entre outros. Se trabalhada de maneira correta, é capaz de aguçar nos alunos o desejo de querer muito mais do que a sua simples vivência, fazendo com que a encarem como uma forma de expressão humana. A dança no processo educacional não se resume somente à aquisição de habilidades, mas sim, contribui para o aprimoramento das habilidades básicas, dos padrões fundamentais do movimen-
Por Ana Clara Nogi
to, no desenvolvimento das potencialidades humanas e sua relação com o mundo. Na condição de experiência corporal, a dança possibilita, aos alunos, novas formas de expressão e comunicação, levando-os à descoberta da sua linguagem corporal, que contribui com o processo de aprendizagem. A dança em si é uma das mais antigas manifestações artísticas criadas pelo homem; é uma arte que proporciona o desenvolvimento por completo, tanto do cognitivo, quanto do motor, sendo algo presente efetivamente na vida. Através disso, ressalta a importância de oportunizar aos alunos, desde cedo, essa vivência, respeitando a cultura e criando as bases para a descoberta do “eu” criativo. A dança, portanto, pode ser uma ferramenta preciosa para o indivíduo lidar com suas necessidades, desejos, expectativas e, também, servir como instrumento para seu desenvolvimento individual e social, tornando possível uma maior qualidade de vida, por meio da prática de atividade física, assim como estimulando a formação de uma consciência de sua própria corporeidade.
Ana Clara Nogi
Educadora Física, Professora no Centro de Artes Ballet Adágio e Proprietária do Núcleo de Dança Ana Clara Nogi Contato: anarnogi@hotmail.com
Música
Conheça Ian Joseph, o homem que exerce papel fundamental na popularização de apresentações musicais nas ruas de Alfenas.
Por Leonardo Miranda
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m uma bela manhã de domingo de meados de setembro de 2013, ele simplesmente apanhou seu violão, o microfone, um pequeno amplificador e foi à popular feira de domingo. Ao chegar, ajeitou-se ao lado da Biblioteca Municipal, retirou seu instrumento, deixando o case aberto no chão e começou a tocar e cantar. Além de músicas autorais, que são a prioridade nas apresentações, o seu repertório inclui diversos sucessos do rock e rock pop internacional. Ian Joseph prefere músicas mais contemporâneas, porém, ele não deixa faltar os clássicos. Entre os músicos e bandas que constam em seu repertório de tributos, estão: Elton John, U2, Steve Miller, Clash, Red Hot Chili Peppers, Bob Marley, Bob Dylan, Beatles, Stevie Wonder, Coldplay, Guns and Roses, Cat Stevens, Rolling Stones, Bee Gees, Passos Ire, Janis Joplin, Neal Young, Davis Bowie e por aí vai! Como é novidade tocar rock internacional em feiras da cidade, o seresteiro inglês já chegou chamando a atenção. “Todos olhavam curiosos! Inicialmente, muitas pessoas não compreendiam o que eu estava fazendo”, relata o músico. Mas, não demorou e todos entenderam o recado deixado pelo case aberto no chão e algumas pessoas passaram a deixar moedas e trocados para o simpático desconhecido que se dedicava a levar a arte da música para a vida cotidiana. Além de se apresentar na feira, Ian também se apresenta na Praça Getúlio Vargas, o que geralmente acontece ao fim das tardes.
Com o instrumento muito bem tocado, somado às suas peculiaridades (como o repertório, a pronúncia impecável e o timbre de voz característico dos ingleses), logo Ian começou a despertar a atenção dos músicos profissionais da cidade, que se mostravam ainda mais curiosos. Após conhecerem Ian, seu trabalho e sua filosofia de vida, esses músicos passaram a ver com outros olhos as apresentações nas ruas, e, inspirados por ele, hoje também levam sua arte às ruas. Um dos exemplos é o grupo alfenense “Sambamigos”. “Hoje, tenho um bom público. As pessoas adoram, especialmente as crianças pequenas! Outros músicos passaram a fazer participações em minhas apresentações e também a realizar suas próprias apresentações. Tudo isso me deixa muito animado!”, comenta com orgulho Ian. Ian destaca que se apresentar nas ruas é uma intervenção cultural pública, capaz de oferecer entretenimento de forma totalmente democrática, pois todos podem ouvir e apenas os interessados pagam o quanto desejam. “Recentemente, após uma apresentação na feira de domingo, um dos expositores, como estava sem dinheiro, presenteou-me com as verduras que ele mesmo cultivou. Tal gesto assumiu um significado muito especial”, observa Ian. E atenção: quem dá cinco reais ou mais ganha um CD independente do artista. “Eu faço as mídias para que sejam o mais acessível possível, não me importo com questões estéticas que só encareceriam a divulgação do meu trabalho na rua. Além disso, é um presente de coração”, explica Ian. Ele já se apresentou não só nas ruas e praças de Londres ou de outras cidades inglesas, mas em ruas e praças de importantes cidades espalhadas por toda a Europa. “Tocar na rua é muito tradicional na Inglaterra e em vários países da Europa, principalmente entre músicos que, assim como eu, se descrevem como artistas independentes”. Claro que, durante sua trajetória, Ian já se apresentou em vários bares europeus e se apresenta em alguns brasileiros. No entanto, ele declara que não obtém a mesma satisfação como quando se apresenta nas ruas. “Eu amo a independência e na música ela deve ser absoluta. Prefiro tocar onde e quando eu bem entendo. Isso possibilita que eu desenvolva minhas canções autorais com mais inspiração e muito mais rápido”, comenta. Assim, quando Ian se mudou para Alfenas, ele não viu problema algum em continuar levando a sua arte
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para as ruas. Desde então, ele vem dando exemplo e demonstrando que os músicos não precisam esperar por oportunidades em bares ou casas noturnas para que possam tocar, pois todos são capazes de criar as condições para mostrar o próprio trabalho. “Basta se apresentar nas ruas e criar a própria agenda. E vá preocupado apenas em tocar aquilo que você quiser. Desta forma, rapidamente se descobre que algumas pessoas gostam e outras não. Este é o processo mais interessante!”. Ian destaca que a atividade ainda possibilita conhecer muitas pessoas e ter experiências maravilhosas. “Há muitas coisas que o dinheiro não pode pagar, como quando me chamam para tomar uma cerveja em um bar, ou quando sou convidado para ir à casa de alguém participar de um jantar, churrasco ou festa. São homenagens que recebo com muito carinho e para todas essas pessoas eu deixo o meu agradecimento pela amizade”, declara o músico. É importante destacar que, ao se apresentar, seja na feira ou na praça, Ian acaba atraindo mais clientes para os pontos de comércios próximos à sua “seresta” contemporânea. Quem confirma o fato é o popular Sr. Cirino, que vende churrasquinhos ao fim das tardes na Praça Getúlio Vargas. “Ele anima o ambiente. A turma gosta, é bom!”, comenta Cirino.
A chegada ao “Novo Mundo” Ian Joseph veio para o Brasil em 2008. Primeiramente, morou em Lorena, no estado de São Paulo, depois viajou três meses de ônibus acompanhado apenas de seu instrumento. O músico aventureiro subiu o litoral, saiu de Ubatuba e encerrou a viagem na capital Rio Grande do Norte. Após deixar Natal, ele viajou para Belo Horizonte e só então sossegou em Alfenas, cidade na qual, além de se apresentar nas ruas e bares, ministra aulas de inglês em uma conceituada escola particular. Ian conta que fica muito feliz por compartilhar a sua utilização da língua inglesa com os brasileiros. Entretanto, sua grande paixão continua sendo a mesma de sempre: a música. Ian também se caracteriza por “White Monkey”, apelido carinhoso dado por um grande amigo que, impressionado com a curiosidade com que as pessoas se aproximavam do inglês, o comparou com um animal exótico no zoológico: “Uma espécie de macaco branco que fala engraçado”, dizia seu amigo.
Origens
Sr. Cirino e Ian
Ian Joseph Contato: 035 84519-866 16
Descendente de uma família que há gerações vive da agricultura, Ian Joseph nasceu na cidade de Leeds, no condado de Yorkshire, localizado no norte da Inglaterra. Ian conta que nunca se identificou com a agricultura e sempre teve como verdadeira vocação a música. “Meu pai amava ópera e minha mãe adorava musicais e também música country americana. De alguma maneira, acabei influenciado por ambos os estilos”, lembra. Ian começou a tocar guitarra na adolescência, aos 17 anos de idade e sempre privou por trabalhos autorais, tanto que, assim que aprendeu a tocar os primeiros acordes, já começou a compor músicas e logo montou uma banda. “Deixei a banda para viajar de carona pela Europa com meu violão. Minha jornada me levou para países como França, Suécia, Holanda, Itália e Dinamarca. Foi uma experiência incrível”, finaliza o artista.
Rock&Roll A
identidade ocidental jovem contemporânea está intrinsecamente relacionada às origens do Rock and Roll, que nasceu em meados do século passado, nos Estados Unidos, como o “fruto proibido” da mistura de ritmos da cultura afro-americana, tais como: R&B, Country, Blues e Gospel. Com seus arranjos animados e letras descontraídas, rapidamente o rock se popularizou, conquistando fãs por todo o planeta, principalmente jovens. Neste mês, no qual celebramos o Dia Internacional do Rock, em 13 de julho, vale lembrar que o estilo exerceu um papel histórico fundamental ao transcender as barreiras do som e se firmar como “o grito” de todo um movimento: o Underground ou Movimento de Contracultura, cujo auge se deu na década de 60 e significou um rompimento dos jovens com o conservadorismo da sociedade da época. A contracultura se manifestou em variadas artes, mas é inegável que o rock foi a forma de expressão mais importante e popular do movimento. Antes dos anos 50, os jovens simplesmente não possuíam lugar na sociedade: a pessoa era considerada criança ou adulta; não havia meio-termo, nem espaço para uma identidade jovem. Nada de visual descolado, cortes de cabelo, roupas ou calçados, não eram encontrados nem mesmo assessórios para jo-
vens. Tudo era padronizado no estilo adulto, ou, em outras palavras, tudo era muito “careta”! Para comprovar tal constatação, basta comparar a foto de um jovem de vinte e poucos anos, feita no início dos anos 40, com a foto de um homem de cinquenta e poucos anos, feita na mesma data. Logo se verá que, mesmo com a diferença de idade, as roupas eram idênticas. No entanto, a ausência do visual era apenas uma das consequências de os jovens não possuírem uma identidade cultural própria, mais condizente com as peculiaridades dessa fase da vida, naturalmente carregada de descobertas, dúvidas e anseios. Muito pior do que não existir um estilo jovem de vestimenta, é que praticamente não existiam produções artísticas direcionadas para a juventude, como música, cinema, teatro... Com raras exceções, tudo era bastante sem graça e descontextualizado para a grande maioria dos jovens. É claro que, antes mesmo da década de 40, a juventude já tinha seus ídolos, afinal, possuir referências famosas é natural
OUTRA PERSPECTIVA Beat Generation, artistas boêmios e escritores, 1965.
nessa fase da vida. Entretanto, em toda a história da sociedade de consumo, nada nunca se igualou ao que aconteceu com Elvis Presley, The Beatles e outros talentos considerados mitos do rock. Os avanços tecnológicos e a popularização dos meios de comunicação de massa contribuíram para a divulgação do novo estilo e seus ícones, mas foi o anseio da juventude que motivou tudo. Após a ingenuidade inicial, o Rock and Roll assumiu um sentido mais contestador, que começou a tomar corpo no início de 1960 e se firmou em meados da mesma década. Essa nova postura do rock, com mais engajamento cultural, crítico e político, foi influenciada pelo movimento literário conhecido como a “Geração Beat” (Beat Generation), que se popularizou no final da década de 50. Formada basicamente por jovens escritores e poetas anônimos, a Geração Beat era composta por nômades que cortavam as estradas dos EUA de carona, isto é, clandestinos em trens, que também migravam junto com comunidades alternativas, sendo os beats considerados precursores da ideologia hippie. O Movimento de Contracultura, com todo o seu Rock and Roll, configurou uma verdadeira revolução cultural que culminou na primeira e inigualável edição do Festival Woodstock em 1969, quando foram reunidas mais de três dezenas dos mais famosos músicos do mundo em um único evento, o qual superou todas as expectativas de público, transformando-se em um acontecimento com grande destaque histórico.
Do ponto de vista do mercado, antes de 1950, a indústria ocidental, então recém-teorizada “Indústria Cultural”, ainda não reconhecia os jovens como consumidores em potencial. Isso só aconteceu depois do grito de autoafirmação da juventude, que foi rapidamente absorvido pelo mercado de consumo. Também foram criadas novas demandas culturais, tudo pensado exclusivamente para a nova fatia de consumidores que se anunciava. Assim, muito da essência do Movimento de Contracultura – e, consequentemente, do Rock and Roll, acabou sendo assimilado pela indústria, que reproduziu em larga escala, empacotou e disponibilizou tudo em prateleiras e vitrines, adaptando a identidade jovem às linhas de produção cultural. Isso banalizou os propósitos originais da contracultura, mas, em contrapartida, criou espaço para inúmeros outros ritmos, sejam eles autênticos, ingênuos ou críticos, que também conquistaram (e ainda conquistam!) e representam gerações de jovens espalhadas por todo o planeta.
O DIA MUNDIAL DO ROCK O Dia Mundial do Rock é celebrado no dia 13 de julho em homenagem ao Live Aid, evento realizado no ano de 1985, quando houve shows simultâneos em Londres, na Inglaterra, na Filadélfia e nos Estados Unidos, com o nobre propósito de combater a fome na Etiópia. O evento contou com apresentações de verdadeiros mitos do rock, tais como: The Who, Led Zeppelin, Dire Straits, Queen, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, Scorpions, U2, Paul McCartney, Eric Clapton e Black Sabbath, entre outros. Com tantos talentos assim, é claro que o Live Aid repercutiu em todo o mundo e acabou se transformando no marco para a celebração do Dia Mundial do Rock.
FESTIVAL ROCkÃO ANTIGO Mais uma opção para curtir rock no Sul de Minas!
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Por Leonardo Miranda
essência do Rock and Roll nunca desaparecerá das manifestações culturais jovens, que ainda hoje “grita” novos valores. Um “setentão” que, mesmo tendo passado por inúmeras transformações e se pluralizado em diferentes vertentes, continua se apresentando como um estilo inovador, crítico e engajado, ainda ecoando como contracultura, livre do sentido meramente comercial. Muitos dos movimentos contemporâneos que fomentam a produção original e independente do estilo assumiram uma conotação regional e ganham a cada ano mais visibilidade. O sul de Minas é berço de excelentes bandas e músicos que se organizam para fomentar os propósitos originais do bom e velho Rock and Roll. No decorrer do ano, há vários eventos na região. Um exemplo e uma opção para os fãs do estilo é o Festival Rockão Antigo, que acontece neste mês, organizado justamente para resgatar e fomentar a música autoral independente. Neste ano, o evento acontece em cinco cidades da região, sendo que, em Areado, acontecerá junto com o Encontro de Carros Antigos, e, em Alfenas, será realizado em parceria com outro evento do gênero: o já tradicional Dia do Rock de Alfenas.
QUEM CONHECE CURTE
Professor de música compartilha a paixão pelo estilo com seus alunos do Colégio CRA. Por Leonardo Miranda
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popularização do Rock and Roll, com suas características originais entre as novas gerações, depende fundamentalmente dos músicos independentes contemporâneos, seja por meio das apresentações, as quais resgatam clássicos, ou por meio do ensino da arte da música. Uma história que representa muito bem a importância dos professores de música no fomento do bom e velho estilo aconteceu no Colégio CRA de Alfenas. Tudo começou quando Ewerton Souza, professor de música na instituição, fez uma pesquisa e descobriu que os estilos favoritos
entre seus alunos eram o axé, o sertanejo universitário, o funk carioca, o “arrocha” e outros estilos que estão na moda e possuem grande apelo comercial. O segundo passo consistiu em levar a história do rock para a sala de aula, abordando as características, ideologias e a influência do estilo, o qual mudou a concepção de diversão e até mesmo o próprio significado de “ser jovem”. “Comecei desde os primórdios do rock do final da década de 40 e início da década de 50, apresentando os estilos, os músicos e as bandas. Segui até o final da década de 60 e início da década de 70, auge do Movimento Underground”, pontua o professor. Ewerton conta que os alunos simplesmente se apaixonaram e passaram a procurar mais informações sobre “o bom e velho Rock and Roll”. Diante da constatação, o professor resolveu ir além da teoria e proporcionou um show com ninguém menos do que Elvis Presley! Calma, calma, que eu explico: Ewerton é o tecladista na banda de Paulinho Veronezi e resolveu levar um pouco do show performático do ar-
tista para a escola. A apresentação foi realizada no anfiteatro do CRA, onde Paulinho “incorporou” o seu personagem mais famoso. O resultado não poderia ser diferente: as crianças ficaram simplesmente encantadas com Elvis! “Percebi que as crianças e os adolescentes de hoje não escutam rock e não o conhecem devido aos interesses do mercado fonográfico, já que a mídia só divulga o que é mais rentável. Quando elas têm acesso ao Rock and Roll ou a qualquer outro gênero menos comercial, como Blues, Jazz e até mesmo a Música Erudita, elas simplesmente se encantam. A aceitação foi fantástica!”, relata Paulinho Veronezi.
Paulinho Veronezi caracterizado de Elvis Presley
Louca por
CHAPÉUS Como reinventar seu look de sempre! Por Maria Fernanda Lamego atriz, publicitária e blogueira.
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maginem a seguinte cena: acordo em uma linda manhã de sábado, ansiosa pela programação planejada para o dia. Entro no meu closet, olho para todas aquelas gavetas e cabides brancos, mas ao invés de enxergar os vários looks que eles expõem, me sinto em um cômodo vazio. Não tenho roupa para ir hoje! Poderia ser um filme de comédia romântica, mas é simplesmente uma cena da minha vida – e, provavelmente, da sua também! Afinal, somos mulheres e curtimos um “drama”. O inverno está aí: frio, chic e pronto para nos inspirar a criar looks incríveis. Então, da próxima vez que você não achar uma resposta pronta olhando para seu guarda-roupa, pense: que tal explorar seu estilo recombinando as roupas que já tem com acessórios fashionistas de inverno? Os meus favoritos definitivamente são os
chapéus. Acreditem: eles podem transformar o seu visual! Adoro ousar e experimentar estilos diferentes. Quem disse que só as europeias usam chapéu? Nesse inverno, as marcas brasileiras trouxeram modelos lindos, com muita inspiração nos festivais de música e no estilo boho e indie. Separei os meus preferidos para compartilhar com vocês. O chapéu Floppy é um dos mais femininos e charmosos. Sua aba bem larga e com algumas ondinhas dá
um ar extremamente elegante. O modelo é uma releitura dos anos 70 e se encaixa em várias ocasiões, principalmente em passeios nos dias de sol, considerando que as abas largas protegerão a sua pele! Combine a peça com óculos escuros de lentes redondas e roupas mais sequinhas – nada muito rodado ou armado – para o look perfeito! Para mim, um dos mais estilosos é o Bowler. O famoso chapéu usado por Charles Chaplin se reinventou e já caiu no gosto de muitas celebridades. O modelo possui o topo bem redondo e aba curvada para cima, geralmente de feltro. Gosto de usar com peças de estampa xadrez, botas de cano curto e meias acima do joelho. Fica rocker, estiloso e lindo! É claro que eu não poderia deixar de falar do Fedora, que é a maior tendência no quesito “chapéu” atualmente. As opções são muitas em se tratando desse modelo: há aqueles com abas mais largas (preto) e mais curtas (marrom). Nesse inverno, a peça está em alta! Apesar da imponência e referência clássica do modelo, é possível deixá-lo muito mais contemporâneo quando combinado com peças mais modernas, como jeans destroyed e animal print. Outra dica para quem quer reinventar os looks de inverno está no uso dos cachecóis, lenços e pashiminas. Na foto, com o chapéu Fedora marrom, estou usando uma pashimina azul, que 24
é um “must have” de inverno! Substitui o cachecol para aquecer com muito mais estilo, além de poder ser usado de diversas formas. Não nos esqueçamos das bijuterias, aqueles acessórios práticos que conseguem levantar qualquer look! Nesse quesito, sou fã dos “Maxi Colares”, principalmente dos mais dramáticos (como o dourado na foto, juntamente com o Fedora preto). Para mais dicas sobre acessórios, visite o meu canal no YouTube e procure pelo vídeo Acessórios Favoritos. E convido você para companhar meus looks do dia e ficar sempre por dentro das tendências de moda, beleza e lifestyle. Visite o blog e acompanhe o Instagram. Beijos e até a próxima, Galera QShow! BLOG
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Esporte
~ mundial A secular paixAo Por Leonardo Miranda
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oisa de malandro, um passatempo ou esporte? Por que não os três? Afinal, trata-se de um jogo extremamente popular que assumiu características peculiares na medida em que conquistava novos apaixonados através dos séculos. Uma longa jornada que percorreu o mundo, resultando no desdobramento do bilhar em diversas variantes. Dois exemplos bastante populares no Brasil são a Sinuca (ou Snooker) e o Bola 8.
Do passa tempo ao esporte Luciano Francioli, profissional do setor financeiro atuante no município de Alfenas e em outras cidades da região, recentemente deixou de apreciar o jogo apenas como um simples passatempo para encará-lo como esporte, com mais seriedade, comprometimento, dedicação, e, segundo ele, com muito mais emoção. “Agora, faço uso de equipamento profissional, aprendi as regras, procuro sempre adquirir mais conhecimentos e técnicas. Depois de tudo isso, fica muito mais interessante jogar!”, comenta Francioli. Pelo entretenimento proporcionado, o admirador do esporte desde criança destaca que a atividade aproxima as pessoas em um momento que também pode ser de lazer e descontração. “Divertir-se jogando bilhar não exige preparação, o que faz do jogo uma atividade bastante envolvente, divertida e democrática”, observou. Contudo, quando o bilhar envolve apostas em dinheiro, Luciano pontua que, assim como acontece com qualquer outro jogo, a prática deixa de ser saudável para se tornar um vício. “Penso que o jogo envolvendo apostas e excessos alcoólicos estigmatiza a prática,
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e, consequentemente, dificulta o fomento da atividade como um esporte”, explica Francioli. Para destacar a importância da atividade como esporte, ele cita o desenvolvimento da percepção estratégica, do raciocínio lógico, do controle emocional, além de caminhar muito em volta da mesa sempre em busca da melhor jogada. Franciole ainda lembra que o jogo também possui propriedades terapêuticas, uma vez que entretém e socializa. “Jogar bilhar é uma atividade antiestresse! Além de ser recomendado por psicólogos, é cada vez mais comum encontrar mesas de bilhar em comunidades e associações terapêuticas.”, argumenta. Outro ponto de suma importância abordado por ele é o envolvimento (ou a sua falta) das mulheres. Franciole destaca que a visão de que se trata de um jogo de homens é machista e precisa ser desconstruída. “Esse pensamento não faz o menor sentido. Os benefícios para quem pratica independem de gênero ou qualquer outra distinção entre as pessoas. Todos podem e devem praticar!”, argumenta. A paulistana, Silvia Taioli, que iniciou na sinuca por influência de seu pai, é um dos exemplos de mulheres que dão um verdadeiro show no esporte e coleciona títulos.
Breve historico ´ Tudo começou na França, em meados do século XIV, quando surgiram as primeiras mesas de bilhar, que eram similares às atuais. Os primeiros registros oficiais da prática datam de 1475, quando Luís XI concedeu licenças para o funcionamento de salões de bilhar. Como naquele tempo a popularização pelo mundo era muito lenta, decorreramse décadas e décadas até que o jogo cruzasse as fronteiras francesas e chegasse à Espanha e depois à Inglaterra, dando início à sua
disseminação pelo globo. Três momentos decisivos nessa verdadeira Odisseia se deram no século XII. O primeiro ocorreu em 1827, quando o francês Mingaud criou o processo do cabedal na ponteira do taco. O segundo, em 1854, quando o americano Phelan inventou a tabela de borracha. Estes foram aprimoramentos que influíram de forma decisiva na evolução da técnica do jogo. Já o terceiro momento compreendeu a primeira disputa registrada na história desportiva, a qual se deu em 1855 nos EUA, na cidade de S. Francisco na Califórnia. Entretanto, somente em meados do século seguinte, entre 1930 e 1958, que começaram a surgir os primeiros campeonatos organizados por organizações de jogadores profissionais. Desde então, o bilhar vem conquistando o merecido reconhecimento por ser uma paixão mundial secular!
Atualmente: rumo as ` Olimpiadas ´ Mais de seis séculos depois, essas populares mesas, bolas e tacos estão por toda parte: em clubes, áreas de lazer, centros esportivos, residências, bares, casas noturnas, clínicas de recuperação, entre outros lugares. É claro que as formas de jogar, as regras, nomes e gírias utilizadas pelos praticantes assumiram conotações bastante regionalistas e ainda variam de acordo como o propósito do jogo, principalmente para quem o curte apenas como passatempo. Por outro lado, quem encara o jogo como esporte, fazendo da prática um hobby ou uma atividade profissional, precisa ter consciência das regras e estratégias. Em 2012, a sinuca, uma das variantes do bilhar, foi finalmente introduzida nas Olimpíadas com jogos de exibição. Ainda assim, será somente a partir de 2020 que a sinuca poderá entrar para o programa olímpico, fazendo com que as disputas rendam medalhas. O argumento da Associação Mundial Profissional de Bilhar e Sinuca é simples, justo e muito direto: trata-se de um apelo de proporções mundiais.
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Bola 8: Nesta modalidade os adversários devem encaçapar as bolas de 1 a 7 ou de 9 a 15, dependendo da primeira bola encaçapada. E a bola que dá nome ao estilo ficara para o grande final. Regra mineira: Os mineiros possuem regras tão características para jogar bilhar que podemos dizer que os moradores do estado possuem sua própria regra. Nela é a bola 15 é fica para o grande final e os adversários matam bolas pares e impares, dependendo da que cair primeiro. Sinuca regra Brasileira: partidas disputada entre dois ou mais jogadores jogam com uma bola branca e sete coloridas valendo: vermelha 1; amarela 2; verde 3; marrom 4; azul 5; rosa 6 e preta 7 pontos. A bola de menor valor em jogo será sempre considerada como a "bola da vez" e as demais como "numeradas". Basicamente, quem encaçapar todas as bolas coloridas em sequência ordenada crescente, respeitando as regras, vence a partida. ~
Conclusao
Coisa de malandro, passa tempo, esporte e muito mais: O bilhar é uma paixão da humanidade, uma prática extremamente popular que se inova através dos séculos e, mesmo em um mundo repleto de novas tecnologias, continua conquistando novos apaixonados e cada vez mais espaço e reconhecimento.
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Games & Tecnologia
VOCÊ É O TÉCNICO! Cartola FC: o “fantasy game” que é febre entre os apaixonados por futebol
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ão há dúvidas que o futebol é uma das maiores paixões do brasileiro. Quem gosta do esporte com certeza possui o seu time de coração, mas está sempre por dentro de tudo o que acontece nas diversas competições durante o ano. Pensando nisso, foi criado, pela Globo, o fantasy game intitulado “Cartola FC”. O fantasy game é um estilo de jogo em que é possível montar times fictícios, formados por jogadores da vida real. Sendo assim, o referido “Cartola” é pautado no Campeonato Brasileiro, com duração até 6 de dezembro, e já é um sucesso entre torcedores e jogadores. O game funciona da seguinte maneira: ao se inscrever no Cartola, você recebe 100 moedas virtuais, as cartoletas, e monta seu time com onze jogadores e um técnico. Os jogadores têm valores diferentes no mercado, dependendo de seu desempenho nas rodadas anteriores. Tais valores são estabelecidos a critério da Globo e são
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Por Isabella Alves
alterados a cada rodada do Campeonato Brasileiro. É também possível montar seu time automaticamente pelo site, mas essa não é uma boa opção para quem leva o jogo realmente a sério. Após cada rodada, seus pontos são somados, e, se os jogadores escolhidos obtiverem bom desempenho, você ganhará mais cartoletas e montará um time melhor na próxima semana. A intenção principal do game é incentivar seus jogadores a conhecer mais sobre futebol. Para escalar o time perfeito, é preciso ficar atento a tudo que acontece no Campeonato Brasileiro, desde os times maiores até os que não estão bem colocados. Isso leva os participantes em uma busca por informações em sites e blogs, envolvendo-os cada vez mais no mundo do futebol. Não basta apenas escalar os craques dos melhores times: uma escalação vencedora deve ser pensada na valorização de cada jogador. O site do Cartola disponibiliza dicas importantes, uma
explica que os participantes estavam perdendo o gosto pelo game, escalando os times sem muito interesse e empolgação. As apostas criaram um ambiente mais interessante e competitivo, com premiações de diversos valores. Todos os participantes apostaram um valor predeterminado de cinquenta reais a um responsável, antes do início do campeonato. Com o valor acumulado, as premiações foram divididas em: R$ 30,00 para o melhor de cada mês, R$ 70,00 para a melhor pontuação em uma única rodada, R$ 300,00 DIVERSÃO E INTERAÇÃO para o primeiro colocado geral, R$ 150,00 para Depois de se acostumar com o jogo, com o segundo e R$ 70,00 para o terceiro. Estabecerteza você vai querer compartilhar com seus lecidos os valores, os participantes passaram a amigos o seu desempenho durante as rodadas fazer suas escalações com antecedência, discudo Brasileirão. As ligas do Cartola foram criadas tindo informações e buscando reportagens sopara isso. bre todos os times do campeonato. O estudante de medicina Paulo Eduardo RoE, claro, há muitas brincadeiras no grupo cha, torcedor do Corinthians, participa de uma da liga! Como a maioria torce para times difeliga com 16 integrantes. Com o intuito de tes- rentes, acontecem muitas brincadeiras durante tar seus conhecimentos sobre futebol e observar os jogos, com cada um defendendo seu time e quem entende mais do assunto, Paulo criou, jun- “tirando onda” com os rivais. Há palmeirenses to aos seus amigos de curso, uma liga em 2011. O e corinthianos, cruzeirenses e atleticanos, são número de participantes foi aumentando com o paulinos, colorados: todos envolvidos na compassar do tempo, e, em 2015, eles decidiram criar petição real e no game, disputando de maneira um esquema de apostas na liga. Paulo Eduardo saudável e amigável. delas é como selecionar jogadores bons e baratos, que não foram tão bem nas rodadas anteriores. Se estes jogadores apresentarem bom desempenho, sua valorização vai ser alta, diferentemente de um craque, que exige uma grande pontuação para justificar seu alto valor de custo. Outra dica importante é a de vender seu jogador que obteve alta pontuação na última rodada, pois dificilmente ele repetirá a boa atuação. Fique atento também aos jogos de grandes clubes dentro de casa contra times menores.
Para mais informações sobre o game, acesse: globoesporte.globo.com/cartola-fc
Na foto, alguns dos “cartoleiros”, representando seu time de coração. Da esquerda para a direita: Fábio Rassi, Renan Martins, Daniel Bernardes, Sthéfano Teixeira, Valmir Gonçalves, Francisco Monteiro e Paulo Eduardo 31
Turismo
Conheça as histórias e as riquezas da cidade que é referência no sul de Minas. Por Isabella Alves
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cidade com cerca de 51 mil habitantes, segundo dados do IBGE, completou no mês passado seus 103 anos. Localizada a 282 km de São Paulo e a 478 km de Belo Horizonte, no sudoeste de Minas Gerais, Guaxupé é cidade considerada referência em nossa região, possuindo muitas riquezas e histórias guardadas em suas terras.
Guaxupé exerce grande influência nas cidades que estão ao seu entorno, e, por conta deste fato, possui um comércio forte e ativo. Com mais de 2.400 estabelecimentos comerciais, a cidade atende a diversos setores e tem o comércio como braço forte para a economia da cidade. Há também o setor industrial, com fábricas de grande porte, como a Fiação e Tecelagem Guaxupé, a Qualifio e a Pasqua J.F, além das pequenas indústrias. Porém, apesar do constante crescimento de alguns setores, a tradição e a força da economia de Guaxupé estão na produção agrícola, principalmente no café.
Cooxupé:
De acordo com estudos, a cidade de Guaxupé surgiu das vendas de terras de João Martins Pereira e sua esposa, Maria de Jesus do Nascimento. As terras foram revendidas e depois transferidas. Nesse local, foi construída a Capela de Nossa Senhora das Dores, onde foi realizada a missa de fundação da cidade. O nome “Guaxupé”, que é uma junção de palavras indígenas, significa “Caminho das Abelhas”. Há também a explicação que o nome é derivado da fauna presente na região, com os termos indígenas guaxe (espécie de pássaro) e axupé (uma das espécies de abelha). Atualmente, pode-se observar a história de Guaxupé nas diversas construções pela cidade, a maioria projetada pelos imigrantes italianos. Entre elas, podemos citar o Fórum da Comarca, o prédio da Prefeitura, o antigo Hotel Cobra, a fachada da Cadeia Pública e o Palácio das Águias.
A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé Ltda. é considerada a maior do mundo no setor. Com mais de 12 mil cooperados, recebe café produzido em mais de 200 municípios de sua área de ação. A cooperativa surgiu em 1932 e atualmente possui projetos como torrefação própria, produção de cafés especiais e certificados, fábrica de rações, laboratório para análise do solo, auxílio na produção e comercialização de milho, entre outros.
Exportadora de Café Guaxupé Fundada pelo Sr. Olavo Barbosa, com mais de 30 anos de serviços, a Exportadora Guaxupé tem a intenção de apoiar seus parceiros na produção e comercialização do café para os mais de 27 países atendidos em todos os continentes. Com a média de 800.000 sacas de café ao ano, a empresa oferece auxílio no armazenamento, rebenefício, padronização e logística.
Guaxupé acolhe diversas religiões, mas é uma cidade predominantemente católica, tendo a diocese da região instalada por lá. De acordo com dados do IBGE, 81% da população é católica. A Diocese de Guaxupé foi criada em 1916 e tem como padroeira a Nossa Senhora das Dores, titular da catedral. Tal diocese atende 86 paróquias, distribuídas em 41 municípios e 11 distritos, atraindo fiéis de toda a região em eventos e celebrações durante o ano.
Atualmente, Guaxupé pertence ao Circuito Turístico de Montanhas Cafeeiras de Minas. Na cidade, é possível apreciar todo o charme da cultura mineira, com suas mesas fartas, ranchos e fazendas de tirar o fôlego. Tudo isso regado a muito café. Além do turismo rural, Guaxupé também oferece durante o ano:
Festa das Orquídeas Idealizada pelo Dr. Alberto Carlos Pereira Filho, o Dr. Albertinho, a Exposição Nacional de Orquídeas de Guaxupé é a segunda mais importante exposição do setor no país e atrai orquidófilos de todo Brasil. A 63ª edição do evento acontece este mês, com as mais belas e exóticas orquídeas. Saiba mais: /orquidofilosguaxupe
Expoagro A festa acontece de 3 a 12 de julho e entra em sua 41ª edição sem perder a força e o prestígio. Para os amantes do rodeio e da música sertaneja, o evento promete não desapontar, carregando o nome de Guaxupé com “uma das maiores, mais tradicionais e bem organizadas festas de rodeio do país”. Na primeira semana, acontece a Exposição do Cavalo Mangalarga, considerada uma prévia da exposição nacional da raça. Entre os dias 9 e 12, realiza-se o tradicional e representativo Guaxupé Rodeo Festival com montaria em touros e prova dos 3 tambores. Neste ano, o evento conta com as seguintes atra-
ções: Henrique & Juliano, Gustavo Mioto, Cristiano Araújo, Matheus & Kauan, João Paulo Molin, Jads & Jadson, Leonardo & Eduardo Costa, Jorge & Mateus e Humberto & Ronaldo. Além disso, haverá o Camarote Prime que conta com shows exclusivos de Thiago Brava, Valesca Popozuda, Rodrigo Marim, Anitta, Inimigos da HP e Juliano Cezar. O camarote possui estrutura diferenciada, com open bar completo, buffet incluso (com mesa de frios, salgados, caldos e pratos especiais), localização privilegiada (bem próximo ao palco e à arena de rodeios), lounge e beauty center, camisas personalizadas e estacionamento.
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Gastronomia
Lagarto ao Provolone e Cerveja Preta Uma deliciosa receita de Roberto Augusto, um renomado Chef natural de Alfenas.
Por Chef Roberto Augusto
o bacon até dar uma leve fritada, junte o alho, a cebola, o lagarto, os temperos, a cerveja e a água. Feche a panela e deixe cozinhar por 45 minutos, retire a carne, e deixe esfriar um pouco, no caldo da carne que sobrou na panela, adicione amido e deixe ferver, se estiver muito grosso, acrescente um pouquinho de água e deixe ferver. Fatie a carne sem chegar até o fim, recheie com o provolone e, coloque o molho. Leve ao forno por 10 minutos para derreter o queijo, e sirva quente com arroz branco e salada de folhas verdes.
Ingredientes: 50 g de bacon 1 peça de lagarto em torno de 1,500 kg 1 colher de sopa de azeite 1 folha de louro 3 dentes de alho amassados 2 dentes de cravo da índia 1 cebola média inteira Sal e pimenta do reino a gosto 1 lata de cerveja preta 1/4 de xícara de molho de soja 500 ml de água fervente Sobre o Chef: 1 colher de sopa de amido de milho dissolvido Roberto Augusto é natural de Alfenas e além de em ¼ de xícara de água para engrossar o molho chef de cozinha, é professor de culinária e há 10 anos ministra aulas de gastronomia em renomaPara rechear: das escolas de são Paulo e de todo Brasil. Rober300 g de queijo provolone fatiado to participa semanalmente de programas de TV e possui um quadro fixo na TV Aparecida, no Modo de Fazer: Programa Santa Receita apresentado por ClauEm uma panela de pressão, coloque o azeite e dete Troiano. 34
Você perdeu as festas juninas? Que tal organizar então uma festa julina?
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Por Isabella Alves
m bom momento para reunir os amigos ou a turma do trabalho é em julho, quando as obrigações com as festas dos filhos e parentes já foram finalizadas. Além disso, muitas festas acontecem no mês de julho a fim de comemorar os dias de São João e São Pedro, os quais são no final do mês. É hora de aproveitar os saborosos quitutes tradicionais, as bebidas e as decorações que esquentam a todos! Uma boa pedida é o quentão: a bebida original leva pinga, gengibre, limão e outras especiarias, devendo ser servida quente. Para quem gosta de algo um pouco mais suave, outra opção é o vinho quente, uma bebida levada ao fogo com frutas, cravo e canela. Tudo isso combina com sabores mais fortes, propícios para o inverno e suas baixas temperaturas. Uma dica legal é organizar uma festa na qual cada integrante leve um prato típico de seu gosto, gerando
economia e interação entre todos. Se a festa for realizada em um espaço aberto, uma fogueira pode ser montada com madeiras reaproveitadas, aquecendo e trazendo à festa um clima mais rural. Por falar em fogueira, você sabe qual é o atrativo principal de uma das mais famosas festas julinas do país? Trazendo encanto aos milhares que a visitam, a fogueira montada na cidade de Nova Andradina, com 40 metros de altura, faz sucesso na região. Com diversos shows e concursos de beleza, tal festa possui mais de 30 anos de tradição, sendo um dos eventos mais importantes do Mato Grosso do Sul!
#FICADICA
Quer deixar sua festa ainda mais charmosa? Experimente o bolo de pamonha da Don'ana e surpreenda-se com essa e outras delícias.
\lojasdonana
Saúde
Saiba mais sobre a busca pela maternidade consciente e o atendimento humanizado às mães e bebês do grupo Materna Alfenas.
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m grupo criado para que as mães e futuras mães possam compartilhar suas dúvidas, medos e alegrias. Este é o Materna Alfenas, grupo aberto à discussão de questões que se relacionam com a gestação, parto, pós-parto, amamentação e maternidade consciente. Criado pela professora e socióloga Daniela Rosa, o Materna existe desde agosto de 2013 e já ajudou muitas famílias ao compartilhar conhecimento por meio de diversas reuniões e oficinas. Participam das reuniões gestantes, mães que amamentam, casais que planejam engravidar, familiares e profissionais da saúde, somando assim as experiências adquiridas em se tratando dos mitos que cercam o nascimento e os cuidados
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Por Isabella Alves
com o bebê. A intenção principal do Materna Alfenas é divulgar e apoiar, de maneira livre e sem nenhum vínculo com qualquer instituição, o parto normal em uma perspectiva verdadeiramente humanizada, sendo realmente pró-amamentação. Daniela deseja ainda colocar o Materna no mapa de humanização do parto, promovendo a maternidade consciente.
Histórias Após um mês de sua chegada em Alfenas, Daniela Rosa engravidou de seu segundo filho, e, ao buscar profissionais para ajudá-la em seu parto natural, não encontrou muito apoio. Ela sentia falta de um grupo de mães para discutir abertamente sobre suas dúvidas, problemas e alegrias durante a gestação: foi aí que o Materna Alfenas surgiu. As primeiras reuniões foram realizadas apenas com seus familiares em locais emprestados, mas logo o grupo foi crescendo. Hoje, Daniela conta com o apoio de várias parceiras nas reuniões, como a Beatriz Watanabe, enfermeira e mãe de dois filhos, e a fotóReunião realizada no Espaço Sankofa com a idealizadora do projeto Daniela Rosa (dir.).
grafa, também mãe de dois filhos, Michele Bijalon. Um fator muito importante no Materna Alfenas é a participação dos alunos do curso de Nutrição da Unifal, que participam frequentemente das reuniões, firmando parcerias e troca de experiências. A equipe da Revista QShow esteve presente em uma das reuniões e escutou histórias emocionantes. Em conversa com grávidas, mães e convidados, foi explicado o trabalho de parto. “É uma expressão muito feliz, pois é um trabalho da mãe junto ao bebê, o qual proporciona mais conforto à mãe após o parto, pois ela conseguirá lidar com todos os seus hormônios de maneira mais consciente. Na cesárea, isso não irá acontecer, já que existe uma probabilidade grande, de acordo com estudos, do surgimento de uma depressão pós-parto”, explica Daniela. Uma das
mães que participava da reunião relatou, de maneira emocionante, o que sentiu após o parto de sua primeira filha (a qual nasceu de cesárea): “Depois de um tempo após a cirurgia, queria colocar minha filha de volta em minha barriga”. Além de toda assistência à mãe, o Materna também busca a recepção humanizada, que é uma atenção ao bebê, baseada em evidências científicas.
Apoio ao parto normal Buscando divulgar informações que se calcam em evidências científicas e pesquisas realizadas no mundo todo, a Materna Alfenas divulga e debate as normas desenvolvidas pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que se alinham às boas práticas na condução do parto normal e listam o que deve ou não ser feito neste processo.
Práticas claramente úteis que devem ser estimuladas: t Plano individual determinando onde e por quem o nascimento será realizado, feito em conjunto com a mulher durante a gestação e comunicado a seu marido/ companheiro e, se aplicável, à sua família;
t Métodos não invasivos e não farmacológicos de alívio da dor, como massagem e técnicas de relaxamento, durante o trabalho de parto;
t Uso de materiais descartáveis apenas t Monitoramento do bem-estar físico uma vez e descontaminação adequada de e emocional da mulher durante traba- materiais reutilizáveis, durante todo o tralho de parto e ao término do processo balho de parto e pós-parto; de nascimento; t Liberdade de posição e movimento t Respeito à escolha da mãe sobre o local durante o trabalho de parto; do parto, após ter recebido informações; t Estímulo a posições não supit Fornecimento de assistência obstétrica nas durante o trabalho de parto; no nível mais periférico onde o parto for t Contato cutâneo direto precoviável e seguro, no local em que a mulher ce entre mãe e filho e apoio ao se sentir segura e confiante; início da amamentação na t Respeito ao direito da mulher à priva- primeira hora após o parto, segundo as diretrizes cidade no local do parto; da OMS sobre aleitat Respeito à escolha da mulher sobre mento materno. seus acompanhantes durante o trabalho de parto e pós-parto;
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Práticas frequentemente usadas de modo inadequado: t Restrição hídrica e alimentar durante o trabalho de parto;
t Correção da dinâmica com utilização de ocitocina;
t Controle da dor por agentes sistêmicos;
t Transferência rotineira da parturiente para outra sala no início do segundo estágio do trabalho de parto;
t Controle da dor por analgesia peridural; t Monitoramento eletrônico fetal;
t Parto operatório; t Exames vaginais repetidos ou frequentes, especialmente por mais de um presta- t Exploração manual do útero após o parto. dor de serviço;
Informe-se! Um grande número de cesáreas que poderiam ser evitadas ocorre, muitas vezes, pela desinformação das mães e famílias. A coordenadora do Materna Alfenas nos apresentou algumas dicas de suma importância para que você fique por dentro dos mitos e verdades acerca do parto e amamentação:
“O Renascimento do Parto” O filme lançado em 2013 retrata a realidade obstétrica atual e propõe uma reflexão sobre o nascimento de uma civilização nascida sem os chamados “hormônios do amor”, liberados apenas em condições específicas de trabalho de parto. Para mais informações, acesse: orenascimentodoparto.com.br.
Revista Clarear Em sua primeira edição, a Revista Clarear é uma publicação especial focada na gestação. “É uma revista para grávidas, que não fala de parto. Feita com uma linguagem informal e reflexiva”. Para quem se interessou, o Materna Alfenas é ponto de venda da Revista Clarear.
Mapa de grupos de apoios A Associação Artêmis disponibiliza, via Google Maps, um mapa que reúne diversos grupos de apoio ao parto, à amamentação e à maternidade em todo o Brasil. Procure no Google por “Grupos de Apoio ao Parto, Amamentação e Maternidade” e localize o mapa. O Materna Alfenas encontra-se lá!
Para participar:
As reuniões são realizadas normalmente no Espaço Sankofa, que se localiza à Rua Samambaias, 37A, no Jardim Panorama. Maiores informações, acesse: maternaalfenas sankofaalfenas@gmail.com 38
Hortas Orgânicas Escolha ou necessidade? Por Carolina Siqueira Corrêa
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ocê sabia que o Brasil lidera o ranking mundial do consumo de agrotóxicos com uma média anual de 5,2 litros por habitante? A realidade é clara e para mudar esse cenário é preciso começar a mudança dentro de casa. Cultivar uma horta orgânica é uma das maneiras de dar um basta na ingestão desses venenos prejudiciais ao nosso corpo, além de optar por uma alimentação de qualidade, e também conquistar certa autonomia alimentar e economia financeira em gastos com hortifrútis. A PISO pode ajudar na construção desse espaço, uma vez que é missão da empresa promover o fomento da agricultura urbana e orgânica como forma de qualidade de vida. Um dos serviços oferecido é o programa de Horta Orgânica, no qual disponibilizam diversos tipos e formatos de hortas para cada espaço das mais simples às mais sofisticadas, sempre prezando pela sustentabilidade do meio e as relações ecológicas. Há hortas pedagógicas, para escolas, instituições e mesmo para as residências que buscam educação ambiental como práticas do dia a dia, assim como hortas verticais e paredes verdes produtivas para quem busca otimização de espaços. As hortas podem ser construídas em condomínios, edifícios e mesmo em espaços nos bairros para a divisão comunitária e integração entre os vizinhos. Canteiros de temperos e espiral de ervas medicinais e aromáticas também compõem o portfólio da empresa, para a alegria dos amantes da praticidade em um ambiente saudável, charmoso e confortável. O importante é abrir esse espaço para o alimento e para a escolha de uma vida mais saudável. Os diversos tipos de hortas são criados a partir da necessidade de cada um. Mas os benefícios são gerais, independentes do local e do tipo. Ter uma horta em casa deixou de ser privilégio de quem tem grandes áreas e se tornou acessível até para quem possui um pequeno espaço, Rômulo Spuri, biólogo e sócio fundador da PISO elencou alguns benefícios em se produzir o próprio alimento: 40
► Economia: com a produção de alimentos diretamente em casa, torna-se praticamente desnecessárias compras destes produtos em hortifrútis, assim minimizando os gastos para essa finalidade.
► Saúde: é notável a superioridade nutricional dos alimentos orgânicos. Solos ricos e balanceados com adubos naturais produzem alimentos com maior valor nutritivo. Os vegetais possuem diferentes épocas de cultivo e colheita, proporcionando assim cardápios diversificados durante todo o ano, em harmonia com as estações da natureza. Além disso, a ingestão de alimentos orgânicos diminui a possibilidade da ocorrência de câncer, malformações, doenças mentais, entre outros danos à saúde causados pelos agrotóxicos. ► Meio Ambiente: Protege a qualidade da água e dos solos. Os agrotóxicos utilizados nas plantações atravessam o solo, alcançam os lençóis d’água e poluem rios e lagos. A agricultura orgânica respeita o equilíbrio da natureza, criando ecossistemas saudáveis e áreas naturais conservadas. ► Qualidade de vida: desenvolver atividades ao ar livre como semear, cultivar e regar melhoram o funcionamento do organismo, previnem doenças além de ser muito relaxante. É um ótimo escape ao stress do cotidiano e um bom palco para momentos de diversão e cumplicidade familiar.
► Educação Social e Ambiental: As hortas permitem às crianças e aos jovens o acesso a uma experiência prática não só na produção de alimentos, mas também no ensino de valores, na partilha justa de recursos e também no cuidado com o planeta e com as pessoas. ► Integração: Elas também ajudam a reforçar os laços da comunidade fortalecendo a troca e promovendo valorização às pessoas e a sociedade, já que vivemos em um mundo com cada vez mais muros e distanciamento uns aos outros. Abra um “espacinho” para sua horta orgânica, porque assim você fará da alimentação, além de um ato biológico e de prazer, um ato consciente. Faça parte dessa continuidade. Sobre a PISO - Projetos de Intervenção Socioambiental: A PISO nasceu com o objetivo de [re] pensar questões ambientais e [re] funcionalizar os espaços na elaboração e execução de projetos que buscam soluções sociais e ambientais, integrando os eixos para uma completa atividade sustentável.
A PISO faz parte da novidade, na continuidade. /PisoAmbiental
CAPA
Por Isabella Alves
Um evento criado com a intenção de ser a vitrine de Andradas, mostrando o que a cidade tem de melhor: trata-se da Expofica (Exposição e Feira Industrial e Comercial de Andradas), que chega à sua 24ª edição com toda força e tradição! São expostos e comercializados mais de quinze segmentos diferentes, tais como: flores, café, banana, vinho, louças sanitárias, móveis, bolachas, doces, confecções, turismo (aventura, rural e de peregrinação), artesanato e brinquedos. O evento ocorre entre 16 e 26 de julho, das 14h30 às 22h30, no Pavilhão do Vinho com exposição e venda de produtos. Neste ano, são esperados mais de 25 mil visitantes, que passarão pelos 65 expositores, distribuídos em 80 estandes, para conhecer os produtos e realizar suas compras. Inicia-se, então, no dia 16, a Expofica, que contará com um coquetel para convidados em uma noite de gala para a cidade.
História De acordo com a ACIRA (Associação Comercial, Industrial e Rural de Andradas), por meio de seu gerente executivo, Paulo Galvão, em 2014, foram arrecadados mais de 500 mil reais em vendas dos seus 48 expositores, além da praça de alimentação e brinquedos. Contudo, nem sempre foi assim. A história do evento começa de maneira humilde, por meio de muito esforço de todos os envolvidos. José Carlos Caldas, que já foi vice-presidente e secretário executivo da ACIRA e acompanhou de perto a fundação da Expofica, conta que a feira foi inaugurada no governo do prefeito José Luiz Sasseron, por uma ideia que partiu da primeira-dama, Heloisa Sasseron. Por meio destes, foram realizadas a primeira e a segunda feira de exposição de Andradas, junto à Festa do Vinho, no Ginásio Poliesportivo Risoleta Neves. A partir da terceira edição, a exposição ganhou o nome “Fica” (Feira Industrial e Comercial de Andradas). A intenção do nome era a de criar um evento que “viesse para ficar”, sendo idealizado pelo, na época, vice-presidente da Federaminas, Gilson Elesbão de Siqueira. Depois de algum tempo, o nome foi alterado novamente para “Expofica”, na administração do presidente da associação, José Carlos Borges. Há sete anos organizando o evento, a atual presidente da ACIRA, Rosana Aparecida Sibila Fraga de Souza, já enfrentou muitos desafios até alcançar o sucesso da feira. Quando assumiu a presidência, teve de reorganizar a associação, que passava por um momento de dívidas e poucos associados. Com a ajuda até de sua família, em 2008, Rosana reestruturou o evento, buscando sempre a transparência e eficiência. Em 2015, o evento se mostra consolidado, com novidades e atrativos para diversos públicos.
Rosana Aparecida Sibila Fraga de Souza, presidente da ACIRA 42
Particularidades Andradas é a cidade conhecida como “terra do vinho”! Porém, atualmente, existem diversos destaques que elevam o nome da cidade a âmbito nacional. Com muita tradição, existem sete adegas de vinho distribuídas pela cidade e zona rural, sendo que algumas dessas se sobressaíram ao ganhar medalhas internacionais em um concurso realizado em Bruxelas. O espumante Moscatel, produzido na região, é considerado o melhor espumante da América Latina e está concorrendo ao terceiro melhor espumante do mundo. Há também os vinhos da uva shiraz, que possuem medalha de ouro e muita história para contar! Paulo Galvão explica que existem relatos de que o vinho tomado na Santa Ceia por Jesus Cristo foi produzido com as uvas shiraz. Inclusive, existe um parreiral na cidade, levado pelos italianos, que carrega a fama de ser descendente da “parreira-mãe” que deu origem a esse vinho “santo”. Além disso, 30% do café de alta bebida e qualidade sai do município de Andradas. A cidade é também a maior produtora de bananas do sul de Minas e maior produtora de rosas em estufa do país. São produzidos mais de 30 mil quilos de bolachas por dia e de 15 a 17 mil quilos de doces caseiros por dia. Com a soma de produção das empresas ICASA e Fiori, Andradas é considerada o maior pólo de produção de louças sanitárias do país. As empresas Trevisan e Selegato também são destaques nacionais na produção e comercialização de móveis. A cidade também conta com mais de 40 empresas de móveis planejados, vendidos no leste paulista, capital paulista, todo o sul de Minas e litoral. As confecções possuem grande força na cidade, com linhas completas em casamentos (noiva), fitness, infantil, moda casual e moda festa, tornando Andradas um polo quando se trata desses segmentos! Com isso, o comércio andradense é conhecido como um dos melhores em qualidade, variedade, preço e bom atendimento.
A cidade ainda faz parte do Circuito Caminhos Gerais, da Rota das Capelas e do Caminho da Fé, com o maior percurso dentro de um município, com 47 km. Destaque no turismo de aventura é o Pico do Gavião, considerado um dos melhores lugares de voo das Américas, com rampas em todos os quadrantes, e a Pedra do Pântano, a qual possui uma espécie de pousada para os escaladores, atraindo pessoas de diversos países.
Empreendedorismo e qualidade Neste ano, a Expofica se apresenta com uma nova identidade visual, totalmente repaginada. De acordo com Paulo, a marca foi alterada para profissionalizar ainda mais a feira, mantendo a identidade do evento, mas atualizando-se cada vez mais. “A intenção da ACIRA é, além de criar uma marca única, elevar e enaltecer o nome de Andradas”. A presidente Rosana reforça a ideia, explicando que a principal intenção da ACIRA é aumentar o IDH da cidade, gerando qualificação empresarial e qualidade de vida a todos. Para isso, um dos destaques da 24ª Expofica é o auditório de palestras. Com transmissão ao vivo, o evento contará com palestras de profissionais capacitados de empresas como Sebrae, BDMG e Fecomércio. Além disso, há ainda os cursos oferecidos durante todo o ano pela associação, os quais moldam a mentalidade empresarial para um mercado competitivo e de qualidade.
17 a 26 de Julho de 2015 Local: Pavilhão Horário: 14:30
do Vinho às 22:30
Andradas MG
Parceiros
Realização
Apoio
Fazendo Tudo por Você!
Prefeitura Municipal de Andradas
Institucional
Eventos & Negócios
CrocheMalhas
Um evento pensado para divulgar e fomentar o potencial econômico do município. Por Leonardo Miranda
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om entrada franca, o evento, realizado no Poliesportivo Municipal Georgino Francisco de Azevedo Paiva, começou na quarta-feira, dia 3/6, e seguiu até o domingo, 7/6. Segundo os organizadores, foram mais de dez mil visitantes durante os três dias de feira. A programação incluiu atividades para a terceira idade com desfile de moda e baile, apresentações teatrais e musicais com os alunos do município, desfile de noivas e trajes de festa, desfiles de moda infantil e adulto, atividades recreativas, culturais, além da presença de famosos. Foram 45 estandes trazendo não somente o crochê e as malhas, mas também diversos produtos os quais movimentam a economia da cidade. A Crochemalhas é um evento realizado e financiado pela Prefeitura Municipal. Segundo a Prefeita de Inconfidentes, Rosângela Maria Dantas, a participação das empresas e dos empresários na Crochemalhas é cada vez mais significativa para o crescimento dos negócios na cidade. “Por isso, disponibilizamos a todos os expositores estandes e todo suporte sem custos. Estar
presente em tais eventos não significa apenas expor seus produtos para vender, significa também conhecer a concorrência, acompanhar as novidades e tendências do setor, além de ampliar sua rede de contatos”, destacou Rosângela Dantas. Felipe Veronez, Secretário Municipal de Indústria, Comércio, Turismo e Cultura conta que, a cada ano, o evento supera as expectativas, destacando-se no cenário regional. Ele explica que esse sucesso se deve aos investimentos em divulgação e à disposição dos expositores, que sempre oferecem grande variedade de produtos e excelentes preços. Neste ano, a estimativa foi que cada um dos expositores vendeu de dois a três mil reais por dia. “Nosso objetivo é inovar e agregar, oferecendo, além dos tradicionais desfiles, música, teatro, cultura e entretenimento aos visitantes. Assim, ano a ano, recebemos sempre mais turistas e superamos o volume de negócios”, destacou Veronez, também Presidente do Circuito das Malhas, que contou igualmente com um estande no evento. A tradição familiar das confecções, passada de geração em geração entre os moradores da cidade, é muito bem representada
Prefeita de Inconfidentes Rosângela Dantas. (esq.) e Felipe Veronez, Secretário Municipal de Indústria, Comércio, Turismo e Cultura e Presidente do Circuito das Malhas (dir.). 44
Landerson Narciso de Moraez e Daniela Aparecida
por expositores como Daniela Samara Cavenaghi Koch, que há vinte anos está à frente dos negócios de sua família. Ela confirma a evolução do evento: “Com certeza, evoluiu muito! Em épocas passadas, por exemplo, nossas mães não contavam com tanta divulgação. Graças à feira, sempre consigo novos clientes, tanto para atacado, como para o varejo. Eu acredito bastante em uma evolução cada vez maior de nossa feira”, comentou a empresária. Neide Alves Dallo e Rosiane Alves Dallo são exemplos dessa tradição que passa de geração em geração, confirmando a visibilidade proporcionada pela feira. “Fazemos muitos contatos! Além disso, o pessoal que conhece nosso trabalho na feira sempre volta para consumir em nossas lojas”, explica Rosiane Dallo. Representando um dos outros potenciais do município, está a empresa Rayza, famosa por sua tradição na produção de tapetes e linhas. O Gerente de Vendas da empresa, Landerson Narciso de Moraez, destaca que a feira é fundamental para a divulgação regional da produção dos tapetes e das linhas.
Daniela Samara Cavenaghi Koch
Rosiane Alves Dallo e Neide Alves Dallo da Croche Neide
Decoração da árvore Fine Crochet
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Eventos & Negócios
ª 38 Jacutinga MG Fest Malhas
Mais de 300 mil peças vendidas e um público estimado em 190 mil visitantes
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ma grande feira de moda realizada entre 29 de maio e 14 de junho, a qual recebeu milhares de consumidores interessados em fazer excelentes negócios. Segundo Dennys Alberto Gonzalez Bandeira, presidente da ACIJA (Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Jacutinga), a Fest Malhas foi sucesso absoluto, superando a edição do ano passado em todos os quesitos. “A visitação foi excelente, resultando em um aumento expressivo no volume de negócios”, comenta Dennys. Em 2014, o evento recebeu cerca de 170 mil pessoas e registrou um total de 250 mil peças comercializadas. Neste ano, foram comercializadas mais de 300 mil peças, com um público total que ultrapassou a marca de 190 mil visitantes! Além de incontáveis peças produzidas com malhas de tricô e crochê as mais diversas cores e tamanhos, os visitantes encontraram pijamas, moda em couro, artesanato e assessórios diversificados. Tudo isso distribuído em mais de 100 estandes, que representaram grandes marcas, não somente de Jacutinga e região, mas de vários outros estados brasileiros. 46
Por Leonardo Miranda
Para acolher tantas empresas e consumidores, a ACIJA ergueu uma grande estrutura, a qual ocupou toda a extensão de uma das ruas do centro da cidade, proporcionando um confortável espaço de 750 m² para compras. Tratou-se da reprodução do ambiente de um shopping center, com direito à praça de alimentação e área para desfile, ambas localizadas no centro da estrutura. Houve ainda um parquinho completo para a criançada, montado no poliesportivo paralelo à feira. Adriana Oliveira, uma das responsáveis pela organização, destaca que a edição de 2015 é o resultado de quase quatro décadas de experiência e constantes pesquisas. “A evolução da feira no decorrer dos anos tem incentivado empresários a investir mais, contratando mão de obra cada vez mais profissionalizada e adquirindo máquinas de alto custo. Tudo isso garante produtos de qualidade, os quais inclusive já estão conquistando o mercado de exportação”. Geraldo Claret Salaro, responsável pela decoração, conta que a inspiração surge de grandes eventos de moda realizados no Brasil e no mundo. “Realizamos uma pesquisa profunda e bem fundamentada, que
resultou em um ambiente cheio de cores, um espaço realmente convidativo”, diz o decorador. Além disso, a decoração ainda envolveu uma série de peculiaridades que realmente fazem a diferença, como o teto elevado com os lustres enfeitados em tricô e a bicicleta do ano de 1932, toda revestida com a arte que movimenta a economia da cidade. É importante destacar que o grande movimento de clientes da Fest Malhas acaba por agitar todo o comércio de Jacutinga, cidade que tem suas ruas lotadas de consumidores reconhecendo o potencial turístico da cidade. Darci Morais Cardoso, proprietário do Tricô Fios, comenta que a feira assume um papel fundamental na divulgação e fomento do potencialindustrial de Jacutinga. Jonathas Lago destaca como grande diferencial da feira a conquista de novos clientes: “A cada ano, a feira apresenta mais qualidade, mantendo a tradição dos excelentes preços”, pontuou o empresário. Milton Rinco, proprietário da Tricoter, comemora os excelentes negócios, tanto no atacado, quanto no varejo. “Nossos maiores clientes são atacadistas e a feira nos abre muitas portas para a venda ao consumidor final. Isso, além de garantir os lucros, divulga e fortalece ainda mais a nossa marca no mercado”, explica o empresário. As vendedoras da Modelan, Luana Maria Inácio e Barbara Alberti, contam que o movimento simplesmente não para! Elas confirmam o bom resultado do evento e a satisfação de todos. O resultado não poderia ser diferente, pois houve muito esforço para atender todo o público que prestigiou o evento!
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A. Dennys Alberto Gonzalez,Presidente da ACIJA & Adriana Oliveira, responsável pela organização B. Milton Rinco, proprietário da Tricoter C. Darci Morais, proprietário da Ticô Fio & Geraldo Claret Salaro responsável pela decoração D. Jonathas Lago e família E. Luana Maria Inácio e Barbara Alberti vendedoras Modelan E
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Eventos & Negócios
Feira Nacional do Tricô movimenta dois milhões e supera expectativas dos organizadores. Por Leonardo Miranda
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quadragésima edição da FENAT reafirma Monte Sião como a “Capital Nacional da Moda Tricô”. Realizada no principal período de vendas para o setor, o evento aconteceu de 4 a 21 de junho, no Centro de Exposição e Lazer. O local recebeu toda a estrutura necessária para acolher expositores, garantindo conforto e segurança aos consumidores. A edição de 2015 contou com mais de 50 representantes das mais importantes grifes da cidade e região, as quais ofereceram o melhor da moda outono/inverno com preços mais que atraentes! Foi também recorde de público, com uma visitação total estimada em 60 mil pessoas. Durante os 17 dias da feira, foram vendidas mais de 75 mil peças, o que superou as expectativas dos organizadores e movimentou cerca de R$ 2,000,000,00 (dois milhões de reais). “Este foi o valor somente dentro da feira! É importante destacar que a cidade se torna uma extensão do evento: o público vem para a FENAT, mas não deixa de visitar as lojas, movimentan-
do restaurantes, lanchonetes e diversos outros comércios e serviços. Neste contexto, torna-se impossível mensurarmos o potencial econômico que a feira representa para Monte Sião. Afinal, estamos falando de uma cidade com aproximadamente 1000 malharias”, destacou João Tadeu Dorta Machado, presidente da Associação Comercial e Industrial de Monte Sião. É claro que todo esse sucesso não veio sem esforço e muita união! Tadeu explica que a realização da feira é trabalhada entre os associados durante o ano todo. “Logo que termina uma, já começam os preparativos para a próxima”, enfatiza. Tadeu também atribui o excelente público ao trabalho de divulgação em diferentes mídias. A FENAT foi, inclusive, destaque na última edição da QShow. “Contratamos agências de publicidade e modelos profissionais, investimos na divulgação em rádios, jornais e revistas. Com tudo isso somado à tradição da cidade, o evento acabou gerando muita mídia espontânea em canais de grande audiência”, disse ele. Entretanto, de nada adiantaria a publicidade se os preços não fossem realmente convidativos. Segundo Tadeu, todas as peças oferecidas na feira são, em média, até três vezes mais baratas que as concorrentes!
Jucilei Silva, proprietário da Dezzafio 48
Michele de Andrade Ribeiro (dir) | Bianca Macedo e Gerusa Corsi (esq)
Opinião dos expositores
Monte Sião não para!
O empresário Jucilei Silva, proprietário da Dezzafio, acompanha a evolução da feira e confirma que os investimentos em divulgação foram fundamentais para o aumento nas vendas. “A cada ano, atendemos mais satisfatoriamente e oferecemos melhores preços. Quando os consumidores ficam sabendo disso, é claro que eles não perdem a oportunidade!”, comentou. Michele de Andrade Ribeiro, que participou pela terceira vez do evento, diz que esse ano foi, de longe, o melhor. “Registrei um aumento de 40% nas vendas. Houve pessoas vindas da região, de vários estados e das capitais, pois a economia é muito atraente. Se compararmos com os preços oferecidos em um shopping de qualquer capital, os consumidores que vêm aqui comprar podem fazer uma economia de mais de 100%.”, explicou a empresária. Para Gerusa Corsi, proprietária da DNA Tricot, a feira resulta em um significativo aumento nos clientes de atacado. “Trata-se de uma oportunidade para conquistarmos clientes finais, porém, o diferencial para nós é a conquista de novos atacadistas interessados em nossos produtos. Desta forma, garantimos um bom volume de negócios durante todo o ano”, argumentou a empresária.
Nos dias 25 e 26 de julho, acontece o lançamento da Moda Verão (2016), com desfiles na Praça Central. Segundo Tadeu, a Associação Comercial estuda a possibilidade de realizar um desfile com peças exclusivas para o verão. “Queremos desmistificar para o consumidor que tricô é só inverno. Atualmente, temos fios e modelagens que também vestem (e muito bem) em estações quentes”, finalizou.
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Empreende dorismo
Por Isabella Alves
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uito tem se falado sobre startups, principalmente em sites relacionados à administração, economia e inovação. Começando pelo maior exemplo – o Google, as startups são modelos para seguir com muita cautela. Outros grandes exemplos de ideias inovadoras que começaram com pequenos passos são os seguintes sites e aplicativos: Buscapé, LinkedIn, PayPal e Snapchat. Entretanto, para se alcançar o verdadeiro sucesso, são necessárias dedicação e disciplina. De acordo com o Sebrae (MG), uma startup é “uma empresa nova, que conta com projetos promissores, ligados à pesquisa, investigação e desenvolvimento de ideias inovadoras. Por ser jovem e estar implantando uma ideia no mercado, outra característica das startups é possuir risco envolvido no negócio. Mas, apesar disso, são empreendimentos com baixos custos iniciais”. A fim de evidenciar um exemplo mais concreto, a equipe da QShow se reuniu em um bate-papo com a empresa Cascafina. A startup surgiu há dois meses, em Alfenas, e traz como proposta ser uma estamparia “artesanal”, com estampas personalizadas e produção a partir da demanda de seus clientes. 50
Em conversa com os sócios Vitor Marques, o ilustrador das estampas, e com Harrisson Pereira, responsável pela produção, conhecemos a história envolvente da Cascafina. Os dois sócios trabalhavam juntos em outra empresa e tinham o sonho do negócio próprio. Harrison conta que nunca esteve satisfeito com a compra de camisetas realizada pela Internet, e, então, decidiu fazer um convite a Vitor para a criação de uma estamparia personalizada. Depois de algum tempo, eles se organizaram para participar de um projeto da Universidade Federal de Alfenas, o Nidus Tec, que é uma incubadora de empresas. A Nidus oferece todo o suporte jurídico e administrativo para a formação e desenvolvimento das empresas. Com o Produtos Cascafina com estampas exclusivas
Harrisson e Vitor, idealizadores da Cascafina.
apoio da incubadora, a estamparia tomou forma e iniciou suas vendas. Com um dos pilares das startups levado muito a sério, Vitor e Harrisson criaram um modelo de negócios que exigisse poucos investimentos. As camisetas, bolsas e quadrinhos da Cascafina são comercializados apenas pelo site da empresa e são produzidos a partir da demanda de pedidos. Isso economiza tempo e acúmulo de estoque, além de dar um toque de personalidade a cada produto produzido. Outro diferencial é o preço das camisetas, as quais são mais baratas se comparadas aos sites de concorrentes, pois o frete do produto fica por conta do comprador. Para Alfenas, é cobrado um “frete especial”, compreendendo o valor da entrega realizada pelo motoboy.
Carinho e felicidade Atualmente, a Cascafina possui três produtos para comercialização: as camisetas, os quadrinhos em MDF e as bolsas customizadas (duas em uma). A ideia principal do projeto era a criação de camisetas, mas eles conseguiram expandir o negócio entre a própria família. O pai de
Harrisson, Tião, produz os jogos de quadros para as telas de silk. A mãe de Vitor, Maria do Carmo, é a responsável pela criação das bolsas customizadas. Além do diferencial nas vendas e produção, a Cascafina tem o propósito de ser uma empresa intimista. Com o slogan “Estampe felicidade”, eles buscam uma proximidade com o cliente, criando familiaridade e bem-estar ao ver, pensar e usar a marca. “Queremos levar carinho e felicidade de um jeito único”, conta Vitor. Com esses objetivos em mente, eles criaram a primeira coleção da marca, a qual vem contemplar os encantos de Minas Gerais. São estampas com músicas e costumes de nossa terra, que já alcançaram clientes em todo o Brasil, com admiradores até na Bahia.
A casca Uma das coisas que talvez mais provocam curiosidade ao conhecer a empresa Cascafina é exatamente o seu nome. De acordo com Vitor e Harrisson, o nome surgiu quando estavam montando o plano de negócios com a palavra “casca”. “A camiseta é uma espécie de casca, que nos veste, protege e enfeita, chamando a atenção, assim como as cascas das frutas”, explica Vitor. Além disso, o nome sugere uma marca que é o oposto de uma pessoa considerada “casca grossa”.
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Empreende dorismo
OBJETIVO E FOCO
Por Felipe França
Quanto mais cedo estimular seu filho para o empreendedorismo, mais rápido ele terá autonomia e mais perto estará de ter um futuro de sucesso.
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uando os filhos nascem, a tendência é de que os pais queiram protege-los. Cuidam como se eles estivessem em uma redoma de vidro e acabam fazendo tudo para eles, mas isso pode ser prejudicial quando essa criança vier a se tornar um adulto. É necessário despertar nos filhos a autonomia, a noção de trabalho em grupo e coletividade, liderança, dentre outros itens essenciais no meio empreendedor. Assim, essa criança terá muito mais cedo, noção de que existe um mundo a sua volta e em seu futuro poderá ser um empreendedor competente. Separamos algumas dicas para ajudar você a incentivar o empreendedorismo a seus filhos: 52
Brincadeiras podem ser uma ótima opção para trabalhar conceitos de empreendedorismo com as crianças. Proponha a criança identificar um objetivo que seja de fato importante para ele naquele momento e auxilie-o a identificar um planejamento para alcança-lo. Ajude a identificar o que será necessário fazer, quanto tempo deve levar e as parcerias que podem ser feitas para realizar tal projeto. Além disso, reflita quais os riscos poderão surgir e como driblá-los. A criança é muito imaginativa e criativa, por isso, não pode seus pensamentos, as vezes ela irá chegar ao resultado utilizando caminhos diferentes dos convencionais. NÃO IMPONHA BARREIRAS Quem, quando criança, nunca respondeu à pergunta “o que você vai ser quando crescer”? Os pais tendem a moldar e influenciar a resposta ao longo do tempo. Somos hábeis para impor limites. Para especialistas, os pais tendem muitas vezes a desestimular a autonomia e a criatividade dos filhos. A pergunta que, para ele, deve ser feita com maior frequência é “qual o seu sonho?”. Os pais devem entender que os filhos podem, e devem, correr certos riscos. Mesmo que uma situação não tenha trazido bons resultados, pode mostrar que as atitudes têm consequências. Lembre-se de que as ações dos pais também servem de exemplo aos filhos.
GERAÇÃO DE VALOR FLÁVIO AUGUSTO DA SILVA
Dicas de leitura para quem quer se tornar um grande empreendedor:
“É uma oportunidade de enxergar o mundo de outra forma, aprender a pensar fora da caixa e começar uma jornada rumo ao topo”. O livro traz uma seleção dos textos mais afiados e das charges mais provocadoras do empresário que venceu
O PODER DO HÁBITO
na vida e nos negócios, Flávio Augusto.
CHARLES DUHIGG
“Tarefas que parecem incrivelmente complexas no início, como aprender a tocar violão e falar uma língua estrangeira, podem se tornar muito mais fáceis depois de executadas inúmeras vezes. Maus hábitos, como fumar e beber demais, são superados quando aprendemos novas rotinas e a praticamos incessantemente.” A PARTIR DE R$ 26,80
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O MONGE E O EXECUTIVO JAMES C. HUNTER Um clássico da leitura para quem quer empreender. Uma história sobre a essência da liderança. ‘O Monge e o Executivo’ é, sobretudo, uma lição sobre como se tornar uma pessoa melhor. A PARTIR DE R$ 17,90