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Reino Unido - Julho 2013 - nº 127

O GRITO DAS RUAS

Brasileiros mobilizados por mudanças no país

ESPECIAL: Pôster da seleção brasileira, tetracampeã da Copa das Confederações


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Tetracampeão da Copa das Confed

Brasil

Editorial

(1997 – 2005 – 2009 – 2013)

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Régis Querino Editor-chefe

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Flash

Um giro pelos eventos brasileiros em Londres

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Moda

Destaques da moda feminina e masculina

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Em pé: Paulinho, David Luiz, Julio Cesar, Fred e Tiago Silva - Agachados: Neymar, Daniel Alves, Os

Esporte

Especial: pôster da seleção brasileira

Reino Unido 06

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Flash 18

42 Moda

Cultura 26 46 Motores Capa 30 48 Esportes Visão do Brasil 34 I Love Camdem 36 Agenda 38

50 Classificados Índice

brasileiro surpreendeu o mundo. E não foi no futebol, nem tampouco com um Carnaval fora de época. Foi com uma gigante demonstração de cidadania, onde milhões de pessoas, durante semanas, em todos os estados brasileiros, foram às ruas reivindicar serviço público de qualidade, com mais investimentos em saúde e educação. Foram protestar contra as mazelas do país e contra os gastos exorbitantes (e superfaturados) da Copa do Mundo. Foram exigir o fim da corrupção, da impunidade e da letargia da classe política, mal acostumada a legislar em causa própria. Há tempos o país não vivia uma onda de civilidade como esta. Há tempos que o brasileiro não lembrava que é seu o direito legítimo de protestar, cobrar e exigir um país melhor, que proporcione qualidade de vida a seus filhos, sejam eles de qual classe, cor ou credo forem. Afinal, num país que figura entre os que mais cobram impostos de seus cidadãos no mundo, estaríamos pedindo demais? Certamente não. A voz das ruas ecoou pelo imenso território nacional fazendo, finalmente, o gigante acordar. O grito, antes reprimido, foi amplificado pelas redes sociais e gerou um levante que foi se espalhando pelos mais longínquos cantos do Brasil. Do Amapá ao Rio Grande do Sul, de Minas ao Maranhão, do Amazonas a São Paulo. Das grandes capitais a pequenos municípios de 5 mil habitantes. O povo brasileiro se fez notar e mandou um claro recado à classe política, de todas as siglas, de todas as excrescências partidárias criadas para fazer conchavos e sugar as veias públicas: é hora de mudança, de dar um basta nos privilégios de poucos, de lutar por um Brasil mais justo, mais educado, mais saudável. Um Brasil sem clientelismo, sem patrimonialismo, sem assistencialismo, sem nepotismo. Um novo Brasil se fará não apenas com a mudança de postura da classe política, mas da vontade de cada brasileiro em acabar com os jeitinhos e de querer levar vantagem em tudo. O clamor das ruas prova o amadurecimento de uma nação. O caminho a trilhar é longo e árduo, mas possível.

52 Palavras Cruzadas 53 Mônica

Revista Real - nº 127 - Julho 2013 Fone: 020 8133 6823 www.revistareal.com Marketing e Comercial Adriana Martins vendas@revistareal.com marketing@revistareal.com Jean Marcelo Consolmagno comercial@revistareal.com Redação Hellen Grasso Maria Oller (Reino Unido) Shirley Nunes (Reino Unido)

Editor-chefe Régis Querino editor@revistareal.com Editora-assistente Bete Kiskissian Diagramação e Finalização Raf Comunicação Ilustração Jonas Silva Capa Foto: Shutterstock

Colaboradores Alberto Luiz Schneider (Brasil) Devaldo Gilini Júnior (Brasil) Rick Pereira (Reino Unido) Real na web: www.revistareal.com Distribuição BR Jet Delivery distribuicao@brjet.co.uk O conteúdo dos anúncios e informes publicitários são de responsabilidade dos anunciantes Os artigos assinados não expressam, necessariamente, a opinião da revista e são de responsabilidade de seus autores.

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REINO UNIDO

2° Workshop de Imigração no dia 20 de julho

Reino Unido

A Associação Brasileira no Reino Unido (Abras), com a participação do UKBA (Home Office), promove o 2° Workshop de Imigração no dia 20 de julho, das 10h às 13h, em sua sede. A equipe do UKBA vai fazer uma apresentação do seu trabalho e depois responderá dúvidas do público. Depois, as pessoas terão chance de perguntar individualmente. Haverá intérpretes à disposição para ajudar na comunicação. O evento é gratuito e os interessados em participar devem entrar em contato com a Abras, na 59 Station Road, Willesden Junction (metrô: Bakerloo Line) e overground. O horário de atendimento é de segunda a sexta, das 9h às 18h, e aos sábados, das 10h às 17h. Mais informações: 0208 961 3377, info@abras. org.uk ou www.abras.org.uk.

quista dos emigrantes brasileiros pelos seus direitos, sua emancipação política e representação parlamentar. Em abril passado, em Berna, Suíça, foram definidos os objetivos deste fórum, entre eles a necessidade de discutir a criação de uma Secretaria de Estado dos Emigrantes e de implementar uma Circunscrição Especial Eleitoral no exterior, com representação também no Senado e Câmara dos Deputados. O fórum é liderado pelo sociólogo Edmar da Rocha e pelo jornalista Rui Martins.

Peregrinação em prol de projeto no interior de Minas

Simpósio Europeu sobre o Ensino do Português

Londres vai sediar Fórum de Emigrantes

O CAIBE, Centro de Apoio ao Imigrante Brasileiro, promove o II Fórum Internacional de Emigrantes nos dias 23 e 24 de agosto, no Teatro Wigmore Hall, 36 Wigmore St., London W1U 2BP. Segundo os organizadores, o evento deverá assinalar uma nova etapa na con6

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angariar recursos aos projetos sociais da entidade. A peregrinação começará em San Jean Pied a Port, no sudeste da França, atravessando os Montes Pirineus em direção à cidade de Santiago de Compostela, na Espanha, num total de 850 km. “Quero arrecadar recursos para o projeto social em Santana do Deserto-MG e construir uma base para crianças e jovens de uma comunidade carente. Eles poderão receber treinamento para se tornarem profissionais, tendo sempre em mente o respeito pelo meio ambiente e criando um meio de auto sustentabilidade dentro da própria comunidade”, justifica Vera, que espera arrecadar £ 5,000 com a iniciativa. Você pode colaborar doando qualquer quantia. Acesse The BT my donate website: mydonate.bt.com/ events/verasbigwalk/100471.

A conselheira da ChildrensAid, Vera de Queiroz-Hallums, decidiu percorrer o Caminho de Santiago de Compostela em setembro para

Acontece nos dias 24 e 25 de outubro, na University of London, o 1º Simpósio Europeu sobre o Ensino do Português como Língua de Herança. O evento visa contribuir para a melhor compreensão dos diferentes contextos em que o português brasileiro é ensinado na Europa, promover o desenvolvimento de redes de apoio entre as instituições participantes e melhorar os recursos de ensino, adotados em 14 países europeus. Estão previstas a participação de representantes de organizações brasileiras na Áustria, Bélgica, Inglaterra, Alemanha, Irlanda, Itália, Noruega, Portugal, Escócia e Suíça.) As inscrições custam £80. Mais informações com Dr. Ana Souza, pelo telefone 020 7612 6486 ou pelo email a.souza@ioe.ac.uk.



satraC

Cartas

Manifestações no Brasil As manifestações pacíficas começaram! Finalmente, e mais uma vez na história do Brasil, se leva a indignação para as ruas. Desta vez, o aumento das tarifas de transporte público em São Paulo foi o estopim da bomba. Com os eventos atuais, o mês de junho será marcado como o período em que o povo brasileiro acordou. Não se quer mais políticos sem juízo (corrupção), não se quer mais a falta de saúde nos hospitais (saúde), não se quer mais grades de ferro nas janelas (segurança), não se quer as estradas esburacadas (infraestrutura), não se quer mais a falta de educação nas escolas (educação). Os pedidos são justos. Para começar, o povo nem deveria precisar estar pedindo tudo isso. Resumindo a nossa constituição, ela diz que o povo merece, pelo menos, uma vidinha boa, sem corrupção e injustiça. Mas o problema é que, desta vez, não dá pra resolver tudo com um impeachment. A solução está na identificação de um método que possa expor os focos de corrupção no governo, sendo este o núcleo de todos os problemas do país. No Brasil, a origem de todos os problemas está na falta de transparência econômica e política, e essa falha no sistema acaba dando espaço para o amadurecimento da falta de escrúpulo. A Presidente Dilma apoia e reconhece as manifestações. Outros políticos, como o ex-jogador de futebol Romário, por exemplo, também apoiam a causa. Mas e aí? Não seriam eles uns dos representantes do povo que poderiam dar um basta nos problemas do país? A

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verdade é que, no Brasil, nós temos muitos problemas, e nenhum deles pode ser resolvido da noite para o dia. Manifestações sem objetivo específico só duram o tempo que der para durar; ou seja: pouco tempo. No final, os líderes dão um tapinha nas costas do povo e prometem tratar dos problemas dali para a frente. Mas essa falta de objetividade não é culpa do povo. É culpa de tantos problemas que acumularam e são inacabáveis. Se o povo não marcha por algo claro e específico, os gritos de ordem só geram barulho e não resolvem nada. A solução pode estar no pedido de uma transparência maior no dia a dia do governo. No Brasil, o que falta é simplesmente uma forma de guardar, consultar e acompanhar todos os projetos públicos. Além de poder ver esses projetos, o povo quer saber como o governo (de cada região) está arrecadando o investimento e também como está usando o dinheiro. Um sistema online que monitore os andamentos públicos e que seja monitorado pelo povo. Esta pode ser a solução para toda a desordem! A transparência é a base de tudo que funciona de forma correta e efetiva. Se quisermos começar a consertar a nossa infraestrutura, abafar a violência, diminuir a corrupção, investir na educação e melhorar a saúde, temos que exigir transparência dos setores públicos e dos seus líderes. De imediato, esta pode ser a solução para uma situação que só poderá trazer resultados no longo prazo. Para isso, temos que começar agora. O Brasil acordou um pouco tarde, mas finalmente estamos todos de pé. José Ricardo Aguilar natural de Governador Valadares-MG, vive no estado de Connecticut, EUA. É formado em Comércio Exterior e está prestes a concluir Mestrado em Finanças pela University of Bridgeport


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Press Awards UK 2013 Votação popular acontece até o dia 15 de agosto no site www.pressaward.com. Premiação será em setembro na Embaixada do Brasil em Londres

Da Editoria

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votação popular que definirá os indicados para a premiação na terceira edição do Brazilian International Press Awards Reino Unido segue até o dia 15 de agosto no site www.pressaward.com. No dia 19 de agosto, o Board de Premiação do evento se reunirá em Londres para anunciar os três indicados em cada categoria, que serão então, votados pelo Colégio Eleitoral. O resultado final será anunciado no dia 30 de agosto.

A cerimônia de premiação acontece no dia 21 de setembro, às 19h, no Salão Nobre da Embaixada do Brasil em Londres. A partir de 15 de agosto, o público em geral poderá solicitar convites (grátis) pelo site www. pressaward.com. O Brazilian International Press Awards, com edições nos Estados Unidos, Japão e Reino Unido, celebra os destaques brasileiros nestes países, que abrigam as maiores e mais atuantes comunidades emigrantes brasileiras no exterior.

Confira algumas das categorias incluídas para o voto popular:

Reino Unido

CINEMA - Antonisia Schroder - Adriana Rouanet - Brazilian Film Festival UK - Cinema do Brasil - Daniel Bontempo - Daniel Florêncio - Henrique Goldman

FOTOGRAFIA - André Câmara - André Lichtenberg - Bruno Figueiredo - Fernando Barbera - Frederico Câmara - Letícia Valverdes - Mariana Canet - Regina Mester - Samuel da Silva - Shirley Amaral

ARTES PLÁSTICAS - Ana Santi - Marcia Mar - Maria Dolores - Rolando Di Sessa Neto - Schirley Amaral - Sylvia Morgado - Pedro Vicente - Valerio de Oliveira - Walesca Nomura

DANÇA & FOLCLORE - Beija Flor - Brazilian Dance Troupe 10

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- Brazilian Fantasy - Bristol Samba - Dance My Way - Everaldo Pereira (Nu Tempo Dance) - Giovanni Ferrari - Gladis & Douglas - Jean Abreu - London Samba School - Maracatu Estrela do Norte - Maracatudo Mafuá - Romero de Mangueira - Taru - Taste of Brazil - Tropicália Brazilian Show

ARTES CÊNICAS - André Borges - André Pink - Diogo de Brito Sales - Franko Figueiredo - Gael Le Conec - Laura Arantes - Márcio Mello - Najla Key - Renato Rocha - Rudy Rocha - Tereza Araujo - Victor Esses

LITERATURA - Euma Fernandes - Márcio Ceccarelli - Mariana Brasil - Natan Barreto - J.N.Paquet -Lígia Braz

- Márcia Mar -Nara Vidal Neves Hallam - Natan Barreto - Regina Mester - Silvia Roesch -Tiago Tonussi -Vera Lúcia de Oliveira - Vinicius Gubert

SHOW BRASILEIRO EM TURNÊ -Adriana Calcanhoto -Gilberto Gil -Jorge & Mateus -Maria Gadú -Milton Nascimento -Vanessa da Matta

CANTOR BRASILEIRO - UK - Divyarup Nascimento - Gui Tavares - Neto Pio - Menino Josué - Otto Mascarenhas - Sergio Ricardo

CANTORA BRASILEIRA - UK - Adma Newport - Angelita Jimenez - Jandira Silva - Leandra Varanda - Monica Vasconcellos - Rebeca Vallim

Veja a lista completa das categorias e concorrentes no site www.pressaward.com


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Brasuca de sucesso Depois de criar empresa de gerenciamento de casas que, segundo ele, movimenta £1 milhão ao ano, Rafael dos Santos lança livro dando dicas para quem pretende mudar de país

Bete Kiskissian

Reino Unido

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atural de Itajaí-SC, Rafael dos Santos, 32 anos, foi viver em São Paulo dos 18 aos 20 anos. Lá trabalhou como analista de suporte da Microsoft, até surgir o desejo de alçar novos voos, bem como conhecer culturas diferentes. Sendo assim, embarcou para Londres. Ao aterrissar, a primeira dificuldade foi a barreira da língua. Sem saber falar o idioma, teve que estudar bastante para se comunicar. A segunda foi a solidão. Com só um amigo morando aqui e trabalhando bastante, Rafael se sentia solitário. Já o terceiro desafio foi encarar o subemprego. “Meu primeiro emprego, em dezembro de 2001, foi como catador de copos num bar do Soho. Depois virei kitchen porter, faxineiro, garçom e promotor de fragrâncias, entre outros produtos,” conta. Até aqui a história de Rafael não seria diferente dos que deixam tudo para trás no Brasil e aterrissam em solo estrangeiro em busca de novas oportunidades. Mas, ao decidir usar o que aprendeu com a sua vivência dividindo casas em Londres e transformar isso em negócio, Rafael não somente se livrou do subemprego, mas vem se consagrando como um jovem empresário bem sucedido.

Novos horizontes

Tudo começou ao Rafael pesquisar os trâmites legais para abrir uma empresa em Londres. “Descobri que a Inglaterra é um dos países mais fáceis para se abrir uma empresa. Você só paga seus impostos 15 meses depois de montar o negócio. O governo providencia vários cursos de graça (administração, contabilidade básica, marketing, etc) para que você cresça. O pensamento do governo é que as pequenas empresas são o suporte da economia, tanto que 80% do comércio britânico é constituído de firmas com menos de 10 funcionários. Quanto 12

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mais uma pequena empresa tem sucesso, mais empregos ela vai gerar e mais impostos vai pagar. Todo mundo sai ganhando com essa mentalidade,” explica Rafael. Aproveitando essa facilidade e usando a experiência em dividir casas com outras pessoas, em 2004 Rafael apostou no ramo de aluguel de acomodações, oferecendo um serviço extra de troca de roupa de cama. Contudo, após pesquisar junto aos seus inquilinos, ele constatou que esse trabalho não estava sendo valorizado. À procura de outra tática para satisfazer o cliente e sair à frente da concorrência, ele teve uma ideia que mudou o rumo de seu negócio. “Entrei em contato com bancos e com a Orange. Dessa forma, quando alguém fechava um contrato de acomodação comigo, eu ajudava essa pessoa a abrir uma conta no Barclays e lhe dava um SIM card de graça (provido pela Orange). Percebi que trabalhar em parceria com outras empresas era a chave para o sucesso,” revela.

Colhendo os frutos

E foi apostando em parcerias, em ampla comunicação com o cliente, manutenção e limpeza de primeira em suas casas, que Rafael tem se destacado no ramo. Segundo ele, sua empresa, a londonup.com, gerencia mais de 25 casas, tem uma lista de 2 mil inquilinos desde que foi aberta, em 2005, e gira um capital avaliado em £1 milhão ao ano. Segundo o empresário, o site recebe cerca de 10 mil visitas por mês. O canal youtube.com/londonup163, onde podem ser encontradas dicas de como morar com estrangeiros, entre outros temas, também é outra vitrine da empresa. “Acredito no ditado que diz: quando um cliente está feliz ele fala para dois, quando está triste fala para dez. Portanto, quem trabalha com serviços ao público tem que ter a certeza de que esses dois recebam a notícia, não os outros dez,” diz.


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Brasil? Fico onde estou ou mudo para outro país? Outro projeto em andamento é o site roominthemoAlém dos negócios, outra paixão de Rafael é viajar. Ele contou já ter visitado 200 cidades em 30 países. on.com, uma comunidade para quem mora ou planeja Aliando a experiência de conhecer várias culturas às per- morar no exterior. Segundo o empresário, os membros guntas da irmã sobre dúvidas que surgem àqueles que vão poder se conectar entre eles e trocar informações vão viver fora do país, Rafael escreveu “Moving Abroad e conhecer pessoas que estão mudando para o mesmo país. A ideia é que assim One Step At A Time”, lançaas pessoas possam fazer do em junho em inglês pela um amigo antes mesmo de Panoma Press. Uma versão chegarem ao novo destino. em chinês está prevista para Neste site será também poseste mês e a de português sível fazer reservas de quarpara o final de agosto. to ou apartamento no munNo livro, Rafael ressaldo inteiro, começando pelas ta as cinco fases que todo principais capitais mundiais. mundo passa quando muda No momento, Rafael avide país: sa que já há uma competi- Decisão: quando, por ção online no roominthemoque e aonde ir? on.com. Aos interessados, - Pesquisa: aprendendo Uma das casas gerenciadas pela londonup.com pede-se criar um vídeo mosas partes práticas: dinheiro, trando porque a sua cidade ou país é o melhor lugar transporte, língua, etc. para se viver e colocar o material no site. Os prêmios - Mudança: a viagem, lidando com a nova cultura, para o ganhador serão uma viagem a Londres de quatro morando com estranhos, entre outros. - Upgrade: o processo vivido por aqueles que moram semanas com passagem aérea, hospedagem, curso de inglês e £500 em dinheiro. durante alguns anos no país. Para mais informações, acesse roominthemoon.com. - Direção: quando se começa a pensar: volto para o Reino Unido

Moving Abroad One Step At A Time

Dicas de Rafael Para quem está pensando em abrir um negócio:

• Faça uma pesquisa para saber o tamanho do seu mercado; • Veja se o seu produto será bem aceito; • Tente (se puder) não envolver amigos ou família nos negócios; • Entre em contato com networking groups que possam ajudar o seu neRafael: “Percebi que trabalhar em gócio, tanto com informaparceria com outras empresas era a ção como enviando clienchave para o sucesso” tes; • Faça parte de uma Câmara do Comércio.

7 passos para lidar com o choque cultural:

1. Passeie bastante assim que chegar para se familiarizar; 2. Faça amizade com ambos: os locais (pelo menos 1!), e com alguém de seu próprio país; 3. Vá para passeios e cafés (para conversar com seus novos amigos); 4. Seja positivo ao falar com as pessoas; 5. Encare os desafios do cotidiano; 6. Mantenha algumas das suas rotinas e algo especial 14

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de seu país de origem; 7. Mantenha um diário ou um jornal (escrito ou com imagens).

Quando você divide casa com estranhos: O que fazer:

1. Mostre que você sabe algo sobre o país deles; 2. Cozinhe para eles de vez em quando; 3. Convide-os para tomar uma bebida ou café; 4. Pergunte sobre as regras da casa (caso existam); 5. Tenha certeza de ter entendido as expressões idiomáticas para não ser mal entendido; 6. Faça uma limpeza depois de usar os utensílios; 7. Dê espaço aos seus amigos de casa (você não precisa estar conversando o tempo todo!).

O que não fazer:

1. Não generalize. As pessoas não são as mesmas e pelo fato de serem do mesmo país, não quer dizer que se comportam do mesmo jeito; 2. Não coma a comida dos outros sem autorização; 3. Não compartilhe seus itens sem autorização (produtos de beleza, sabão em pó, etc); 4. Não deixe bilhetes ou notas dando bronca nos outros inquilinos; 5. Não faça festas durante os dias de trabalho (segunda a sexta); 6. Não deixe o seu namorado ou namorada ficar mais tempo do que deve; 7. Não deixe suas coisas jogadas em áreas comuns.


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Nome: Emilia Brumini Idade: 56 anos Local de origem: São Paulo Por que você resolveu vir morar em Londres? Porque estava sem perspectivas após ter trabalhado durante 30 anos. Sempre quis viver no exterior porque sou filha de italianos e me identifico com os valores europeus. Aqui me sinto em casa. Sempre fui preguiçosa para aprender inglês, porque desenho muito rápido (era ilustradora de propaganda) e achava que poderia viajar o mundo sem ter que falar línguas, que só desenhando seria suficiente para me expressar. Às vezes faço isso. Agora, adoro a língua e a cultura. Há quanto tempo você está aqui? Há 11 anos. Como foi a primeira reação ao chegar? O que você mais estranhou? A lua crescente na vertical, o sol se pondo às 9 da noite, os dias curtos de dezembro, as árvores sem folhas no inverno, a maionese que não derrete, as lojinhas pequeninas, a falta de expressão na cara dos ingleses, a falta do sorriso comum em cidades grandes. Além ainda do jeito discreto do inglês brigar no ônibus, as portas coloridas das casas, as paredes de “papelão”, pubs com chão molhado de cerveja. Sem contar ainda com os banheiros no andar de baixo, os basements que não têm janelas e o corpo pesado de tantas camadas de roupas do inverno que é sequinho, e não úmido. O que mais gosta e o que não gosta na cidade? Gosto do jeito que eles juntam o novo e o velho na arquitetura, da maneira simples que o inglês se apresenta. Por onde você passa em Londres, sempre há alguma arte acontecendo: grafite, dança, teatro, cinema, etc. Gosto da educação dos policiais e do ar cosmopolita que já me era familiar. Além das ruas planas, dos parques, dos becos cheios de história. Gosto do chá com leite, da educação em escolas que geram estudantes independentes, do jeito prático do inglês fazer acontecer. Gosto dos sales que são reais e não em “reais”. Nao gosto de subir e descer escadas, do comércio fechando às 5 da tarde, da tomada pesada de três pinos, das portas que você não sabe se abrem para dentro ou para fora, da falta de parapeitos nos prédios quando chove. E também do jeito que eles te enxotam do restaurante depois de duas horas, e do customer service, onde todos estão tão ocupados que não podem te atender. Qual o seu lugar predileto em Londres? Como estou feliz, me sinto bem em qualquer lugar, mas gosto da magia de Covent Garden e da Royal Opera House. 16

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Fale da sua rotina. Trabalha? Estuda? Nos últimos 10 anos não parei de fazer cursos. Fiz até o GCSE English e o GCSE Maths, para relembrar do que aprendi há 35 anos. Agora trabalho como assistente de classe numa escola primária. Estou adorando trabalhar com crianças, é um universo totalmente novo para mim. Já trabalhei como intérprete para a comunidade portuguesa e brasileira e ainda uso esses skills com estudantes brasileiros. Você já passou por alguma situação difícil, alguma “roubada” por aqui? Passei mais situações difíceis no Brasil do que aqui. Não me sentia totalmente brasileira durante meus 45 anos no Brasil. Aqui eu consigo viver em paz, andar na rua sem ter que estar alerta o tempo todo com aquela neurose de que alguém irá te assaltar. E se a gente esquecer a sacola na rua, vem trocentas pessoas te avisar. Respeito, né? Como conheceu a Real? Através da distribuição em restaurantes e bares brasileiros. Tem alguma sugestão ou tema de interesse que gostaria de ler na Real? Gostaria de uma matéria falando da readaptação dos brasileiros depois de passarem muito tempo aqui e que voltaram ao Brasil. Alguma dica para os recém-chegados em Londres? Vem pra cá e assimile a cultura. Esquece o Brasil e vive aqui. Quando voltar, vive lá. Se sentir saudade, já tem Facebook, Twitter e Skype, mais Viber e WhatsApp. A experiência está valendo a pena? Foi a melhor coisa que fiz na minha vida, pois morar no exterior abriu meus horizontes. O ser humano é o mesmo em qualquer lugar, com diferença de culturas. Não há país perfeito, porém aqui gosto e curto o cheiro de “decência” no ar. O que você mais sente falta do Brasil? Jabuticaba e palmito grande, praia de areia branca, pés de ipê amarelo, amigos e família. Pretende voltar para o Brasil? Vim com a intenção de ficar, porém não sabemos do amanhã. Mas não me vejo voltando pra lá não! Aqui é sujinho, mas água e sabão já existem.


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FLASH

Fotos: Ric Pereira

Primo Bar

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Primo Bar

Extreme Fashion Show

Primo Bar

Primo Bar

Giro pela capital

A coluna de julho começa eclética. Moda, futebol, jazz com sotaque brasileiro e um desafio de mestres na arte de fazer coquetéis. Nas páginas iniciais, você confere os cliques de Ric Pereira no Extreme Fashion Show, evento de moda promovido pela Alpha Church, no final de junho, que reuniu profissionais brasileiros que trabalham no setor em Londres; o Tournament of Champions, animado torneio de futebol promovido pela Planet Faith Sports; o show de Jandira Silva no tradicional 606 Jazz Club, em Fulham, e o National Cocktail Challenge, no Primo Bar, do Park Plaza Hotel Westminster. Extreme Fashion Show

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606 Jazz Club

606 Jazz Club

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Tournament of Champions

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Tournament of Champions

Tournament of Champions

Ric Pereira é fotógrafo brasileiro baseado em Notting Hill Gate, Londres, e trabalha em cobertura de eventos, produção de fotos comerciais e fotojornalismo há mais de 10 anos. Para conhecer mais sobre o trabalho de Ric Pereira, acesse www.ricpereira.com. julho 2013

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Fotos: Ric Pereira

Maria Gadú

Flash

A cantora e compositora Maria Gadú agradou em cheio aos fãs no show do dia 7 passado, no O2 Shepherds Bush Empire, em Londres. O espetáculo, promovido pela Global Village Productions, teve abertura da cantora Karina, e brindou o público com uma boa dose de MPB e samba. As duas cantoras ainda fizeram dobradinha no palco, para deleite da plateia.

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Fotos Tia Maria: Ric Pereira

Tia Maria

Tia Maria

Tia Maria

Canecão

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Tia Maria

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Canecão

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Foto: Ronaldo Batalini

O Brasileirão volta a mobilizar os brasileiros em julho e um dos points preferidos da galera para assistir aos jogos é o Canecão, em Camden Town. Em junho, durante a Copa das Confederações, até a DJ Sabrina Boing Boing deu o ar da graça por lá pra conferir um jogo da seleção. O Verão também está quente no Tia Maria, com uma seleção de shows variados durante a semana (confira programação completa na Agenda).


Fotos: Ric Pereira

St. Anne’s Church

St. Anne’s Church

St. Anne’s Church

St. Anne’s Church

Ronnie Scotts Jazz Club

Ronnie Scotts Jazz Club

Feliz aniversário!

Nada melhor do que celebrar o aniversário ao lado de familiares e amigos. Em junho, duas empresárias brasileiras comemoraram mais uma primavera em Londres. Jaciara Teotonio reuniu convidados na St. Anne’s Church, em Whitechapel, e Sania Costa celebrou ao lado de pessoas especiais no Ronnie Scotts Jazz Club, no Soho.

Ronnie Scotts Jazz Club

Ronnie Scotts Jazz Club

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Made In Brasil

Made In Brasil

Made In Brasil

Flash

Made In Brasil

Aqui tem Brasil

Coco Bamboo

Nada como curtir um final de semana de Verão com tempo bom, sol e o astral de Camden Town. Se você vai se aventurar pelas movimentadas ruas deste descolado bairro no norte de Londres, não deixe de bater cartão no Coco Bamboo e no Made in Brasil, tradicionais casas brasileiras que figuram entre as mais frequentadas do pedaço.

Coco Bamboo

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Coco Bamboo

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CULTURA

Crônica

por Clodie Vasli

Eu, você e todos nós

Cultura

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ucinara recém tinha se mudado para Londres e, por sorte, conseguiu um emprego. Ela não falava inglês, mas teve a coragem de se mudar para a Inglaterra mesmo assim. Era uma vencedora, mesmo antes de começar a lutar. Primeiro dia de trabalho: sua função era cortar pepinos. A cozinha era enorme e estava cheia de cozinheiros. Um era bonito. Os outros eram feios ou do tipo “só-em-último-caso-mesmo”. Um deles tinha cara de tarado. Jucinara seguia trabalhando, manuseando pepinos e cercada de homens. De repente, aconteceu: distraiu-se e foi lavar as mãos. Quando voltou, sua faca havia sumido. Entrou em pânico, pois não conseguia se comunicar. Não sabia que faca era “knife”. Foi então que, sem saber o que fazer, começou a gritar em português mesmo (era o jeito): “Faca!”, “Faca?”, “Faca!”. Houve um silêncio. Os cozinheiros entenderam outra coisa, pararam, olharam para ela e se olharam, uns já começando a rir. Jucinara queria dizer “minha faca”, mas acabou dizendo “faca” e “me”. Assim: “Faca me!”. Repetiu “Faca me”, aos berros, três vezes. O gerente entrou e presenciou os gritos de Jucinara, que segurava em suas mãos um enorme pepino. Ela não soube se explicar para o chefe e foi mandada embora no mesmo dia. 26

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Ilustração: Jonas Silva


Edivaldo ia na Popstarz toda semana e bebia sem arrependimentos. Tinha o direito, pois trabalhava duro a semana toda. Quando ia para a balada, era para se divertir pra valer. Solteiro, ele acabou de sair do Brasil e queria aproveitar a vida. Na festa, quando o dinheiro acabava, se fingia de catador de copos, mas só coletava aqueles que ainda tinham alguma cerveja. E ia bebendo o que encontrava pela frente. Achava que aquela gente era louca, deixando meia pint de cerveja para trás. Pensava: “Isso não pode ficar assim! Tanto brasileiro sem dinheiro para uma cerva no Brasil e os europeus desperdiçando deste jeito. Ah não! Abaixo o desperdício!” Saia bebendo tudo e ajudava assim a diminuir o desperdício de álcool no mundo. Uma sensação de dignidade o tomava, pois tinha, enfim, uma missão. De fato, era um missionário! Pegava o night bus para ir para casa e adormecia no ônibus. Sempre era acordado pelo motorista, já na garagem (a história se repetia). Edivaldo era uma figura! Leonora era lenta demais. Eu a chamava de “Lentanora”, só que ela não sabia. Ela começou a trabalhar no restaurante onde eu trabalhava, limpando as mesas e recolhendo as bandejas. Mas como aquela menina se movia devagar. Meu Deus! Nunca tinha visto ninguém assim. Enquanto eu limpava cinco mesas, ela terminava de limpar uma. E como ela sorria! Tudo acontecia muito lentamente, inclusive o movimento que fazia com a cabeça, ao sorrir, como se estivesse sempre concordando com alguma coisa. O cliente já tinha ido embora e ela ainda sorrindo. Parecia viver em estado de eterna graça. Enquanto eu, sem paciência, enlouquecido, corria e limpava tudo sozinho, Leonora parava e checava seu celular, sorrindo. Recebeu um email com o título “A importância de se manter a calma”. Quando eu estava prestes a explodir e a agarrá-la pelo pescoço, ela era mandada para o seu intervalo de almoço. Sorrindo, ela sempre comentava que o dia “estava lindo” e ia sentar-se no parque enquanto almoçava. Marlene ia trabalhar sempre muito bem vestida, maquiada, perfumada e com cabelo arrumado. Parecia estar indo a uma festa. Trabalhava dentro da Torre de Londres e era muito orgulhosa. Sua função era limpar as privadas. E lá se ia Marlene, com seu i-pod e luvas de borracha, limpar mais um vaso sanitário. Nunca sorria e sempre se olhava no espelho. Era uma donzela. O pior era quando entupia alguma privada. Marlene ficava com raiva. Depois da operação, precisava de ar fresco e ia fumar um cigarro. No fundo, não gostava dos turistas, pois faziam muito barulho e sujavam os banheiros. Pareciam uma epidemia. Se ela pudesse, trabalharia usando máscara cirúrgica para se proteger do contato com o povo. Ela era chique. “Cada um na sua, mas com alguma coisa em comum”, já dizia um antigo anúncio publicitário. Clodie Vasli é escritor. Seu primeiro livro, “De Passagem”, pode ser adquirido pelo website www.lulu.com julho 2013

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Apoio a projetos culturais Até outubro, a Embaixada em Londres recebe projetos na área cultural, que, se aprovados, podem receber financiamento ou usarem o espaço do órgão para sediar eventos

Shirley Nunes

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Foto: Culturart

Cultura

uem acompanha o site Culturart (www.culturart.co.uk) deve ter assistido à matéria com a ministra da Cultura, Marta Suplicy, que veio a Londres em dezembro passado, em uma viagem curta, para visitar o Southbank Centre, o Victoria & Albert Museum e conferir as parcerias realizadas entre o Reino Unido e o Brasil nas Olimpíadas de 2012. Naquela ocasião, a ministra aproveitou para conversar com alguns interlocutores da comunidade e se inteirar das

Reunião da ministra da Cultura, Marta Suplicy, com representantes da comunidade brasileira em Londres, em dezembro passado

experiências de cada um em Londres, já que estava há apenas dois meses no posto. O Culturart foi um destes interlocutores e apresentou algumas sugestões a Marta Suplicy. Leia mais em www.culturart.co.uk/ministra-da-cultura-marta-suplicy-vem-a-londres/ Como já estamos em julho de 2013 e nada foi sugerido pela Embaixada acerca do projeto Céu das Artes (citado durante o encontro com a ministra), o Culturart resolveu entrar em contato novamente e conseguiu conversar com a Seção Cultural do órgão. Infelizmente não tivemos oportunidade para “colaborar” com trabalhos futuros da Embaixada, nem receberemos qualquer apoio “financeiro e institucional”. Porém, durante a reunião, tivemos acesso a uma informação muito importante a todos os brasileiros residentes em Londres: toda pessoa física, artista ou não, pode apresentar um 28

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projeto cultural à Embaixada até outubro, tanto para obter financiamento para a execução do projeto, quanto para solicitar o espaço físico da entidade para a realização do evento. A terceira edição do Focus Brasil, por exemplo, um evento anual com o intuito de premiar pessoas da comunidade brasileira na Europa, será realizado na sede da Embaixada de 19 a 21 de setembro, provavelmente devido a esta possibilidade aberta pela Seção Cultural. Para os interessados em inscrever seus projetos para a avaliação da Embaixada e uso do espaço, o link abaixo tem as informações necessárias: embassyofbrazillondon.files.wordpress.com/2013/02/ projectproposal_2014.pdf Observe, entretanto, que é preciso apresentar o projeto até outubro deste ano e que o link indicado acima é para a submissão de projetos voltados para a área de arte moderna e designers. Caso esta não seja a sua área, note que no arquivo de PDF em link você vai encontrar os contatos das pessoas responsáveis por outras áreas culturais.

Contatos Embaixada do Brasil 020 7747 4576 14 – 16 Cockspur Street – London – SW1Y 5BL – UK Para projetos de arte, arquitetura, design e fashion: laura.barbi@itamaraty.gov.br gallery32.org.uk@googlemail.com Música e dança: Laura Barbi laura.barbi@itamaraty.gov.br 020 7747 4576 Literatura e teatro Elizabeth Fiuza anna.fiuza@itamaraty.gov.br 020 7747 4573 Cinema, música e dança: Renato Barcellos renato.barcellos@itamaraty.gov.br 020 7747 457


Marcelo Andrade lança “African Tree” CD do multi-instrumentista carioca tem participação de mais 70 artistas convidados

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multi-instrumentista carioca Marcelo Andrade lançou no dia 3 de julho, na casa de shows e artes The Forge, em Camden Town, o CD “African Tree”. Gravado através de um laptop durante as viagens do músico pela África e Brasil, o álbum conta com a participação de mais de 70 convidados, oriundos de quatro continentes. As composições de Andrade dialogam com a ilustração utilizada na capa do disco, engajando-se perfeitamente com o título ‘Árvore Africana’, em uma proposta musical mais ao estilo World Music, que reúne diversos significados utilizando instrumentos e elementos simples para passar sua mensagem. A crítica social ao homem e a valorização da natureza e seus elementos marcam muitas canções, porque trabalham a unidade do planeta e a proliferação da diversidade local. Todas as canções trazem uma história diferente, com participações particulares, e muita diversidade de ritmo e letra. Muitas delas mostram a brasilidade, mas com raízes da África, como acontece com “Barriga d’Água” (xote cantado por Geraldo Azevedo), “Razão de Ser” (bossa nova cantado por Jandira Silva) e “Samba das 8’ e “Bola de Cristal” (participação de Filó Machado, no piano e vocais). “Coco-Pera”, um coco com elementos de flamenco, tem participação de Damian Ximenez. Outras canções mostram elementos de natureza, com percussão fortemente presente, como “Samburá” (parceria com Josué Ferreira e Adria-

no Adewale) e “African Tree” (cantada por Kadialy Kouvate). A única canção instrumental é “Voo livre”, que também conta com um elemento da voz num pequeno solo. A faixa que fecha o CD é “Blackbird”, a única em inglês (composição de Paul McCartney e John Lennon), com vocais africanos de bombolulu singers, Giriama Tribe, Mombassa do Kenya e Brigette Amofah. No trabalho há ainda a participação de músicos residentes em Londres, como Rebeca Vallim, Leandra Varanda, Jonathan Preiss e Helder Pack. Produzido por Marcelo Andrade, a mixagem fica por conta de Chris Webster e Andres Lafone e a masterização, por Chris Webster. Para escutar trechos das canções, acesse: soundcloud.com/ourlandrecords/african-tree-samples

Trajetória

Nascido no Rio de Janeiro, Marcelo Andrade começou sua história musical estudando violino, piano, violão e cantando no coro “Canarinhos de Petrópolis”. Ao se mudar para Londres, em 1989, acrescentou violino jazz, saxofone, flauta e composição ao seu repertório. Ao longo de sua carreira, ele gravou e tocou com vários artistas, como Milton Nascimento e Corinne Bailey Rae e co-liderou seus próprios grupos, entre eles, London Latin Jazz Ensemble, Ohayo-Samba, Samburá, Saravah Soul e Jazzinho. julho 2013

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Cultura

Shirley Nunes


Milhões de pessoas vão às ruas do país reivindicar melhoria nos serviços públicos, protestar contra os gastos com a Copa do Mundo e pedir o fim da corrupção e da impunidade

Capa

Da Editoria

O

mês de junho de 2013 vai ficar marcado como um dos mais importantes na história do Brasil, quando milhões de pessoas foram às ruas protestar contra as mazelas da nação. Desde a “geração dos cara-pintadas”, em 1992, que culminou com o impeachment do então presidente Fernando Collor, que o país não assistia a um fenômeno popular de tal porte. Desta vez, as vozes não tinham (e não têm, pois as manifestações ainda pipocam pelo país neste mês de julho) um objetivo comum, mas demonstram um descontentamento geral com a má qualidade dos serviços públicos, os gastos com a realização da Copa do Mundo, a corrupção e a impunidade que marcam o cenário político do país, entre vários outros temas. O estopim que desencadeou a série de protestos foram as manifestações convocadas em São Paulo pelo Movimento Passe Livre, pedindo a revogação do au-

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mento na tarifa do transporte público na capital paulista. A onda se espalhou pelo território nacional e no dia 20 de junho houve protestos em 438 cidades de todos os estados brasileiros, segundo levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM). Quase 2 milhões de brasileiros fizeram manifestações naquele dia, até em municípios de 5 mil e 10 mil habitantes. A primeira vitória da pressão popular foi a revogação do aumento na tarifa do transporte público em dezenas de cidades brasileiras. A derrubada da PEC 37 na Câmara, que limitaria os poderes do Ministério Público nas investigações criminais, também foi outra demanda atendida pelo clamor das ruas. A presidente Dilma Rousseff acena com um plebiscito para discutir a reforma política, mas o assunto gera polêmica, pois não há consenso sobre as questões que devem ser abordadas na consulta popular.

Fotos: Agência Brasil

O gigante acordou


No meio do caminho, a Copa

A Copa das Confederações ficou no meio do fogo cruzado entre manifestantes e a polícia nas cidades que sediaram jogos, gerando confrontos em Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Fortaleza. Membros da Fifa se disseram surpresos com os protestos, mas garantiram a realização da Copa de 2014 no Brasil. A violência, porém, não ficou restrita às cidades-sede da Copa das Confederações. Em muitas capitais e cidades de porte médio a violenta ação da polícia durante os protestos gerou críticas. Vândalos e marginais também se aproveitaram das manifestações em algumas cidades para depredar o patrimônio público e saquear lojas. A repercussão mundial dos protestos levantou dúvidas sobre as condições do país para sediar a Copa no ano que vem, quando 32 seleções e milhares de turistas de todo o mundo estarão no país. O governo, porém, garante que o Brasil estará preparado para a competição.

Fenômeno das redes sociais

Para o pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Luiz Antonio Joia, que estuda o fenômeno da e-participação (ação política pela rede social), o fenômeno dos protestos brasileiros é algo inédito no país, graças à internet e às redes sociais. “Esse movimento é a cara da web. Ele é anárquico, sem dono e impessoal, que se autorregula e suporta qualquer coisa. É a transposição da World Wide Web [o sistema da internet] para o mundo real. É surpreendente e imprevisível”, ponderou.

O professor defende que a rede mudou a concepção de tempo e de espaço das pessoas e as relações sociais, tornando-se um ator no processo de reivindicações. “Você passa a saber tudo o que acontece em tempo real, o que faz com que as pessoas se engajem numa velocidade absurda. A tecnologia não gera o fenômeno, ela o amplifica”, comentou. Ele lembrou do movimento Diretas Já, que demorou cerca de um mês para ser organizado, enquanto o movimento atual, com o que chama de “boca a boca digital”, levou dias para ser orquestrado. Se, por um lado, a característica anárquica dos movimentos é surpreendente, a falta de liderança e de pauta do movimento criam uma questão complexa, segundo o professor. “Você pode ter na mesma passeata duas pessoas lutando por coisas totalmente opostas. Diferentemente da Primavera Árabe e de movimentos na Europa, no Brasil não há uma pauta”, lembrou. De acordo com o pesquisador, esse cenário pode apresentar risco para o movimento. “O perigo da falta de foco é que oportunistas e partidos políticos podem apropriar-se desse movimento. É importante que as pessoas digam o que querem e, sobretudo, como querem, como implantar esse projeto”. Como acadêmico, Joia se diz entusiasmado com os recentes acontecimentos. “Não dá para prever o que vai acontecer, pode não dar em nada, mas deixará uma semente. São sinais que devemos acompanhar e depois tirar lições que sirvam para nossos alunos e para a sociedade”.

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Filhos que não fogem à luta Brasileiros espalhados por todo o mundo deram o seu apoio às manifestações que tomaram conta do país em junho (e que continuam acontecendo no Brasil também este mês), exigindo a redução nas tarifas do transporte, o fim da corrupção e mais investimentos em setores fundamentais como saúde e educação, entre outras reivindicações. E os brasucas em Londres não fugiram à luta. No dia 18 de junho, cerca de duas mil pessoas se concentraram na região de Westminster num protesto pacífico, que terminou em frente à Embaixada do Brasil na capital inglesa. As fotos são de Ric Pereira.

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BRASIL

Visão do Brasil

AS MANIFESTAÇÕES Alberto Luiz Schneider

N Brasil

os últimos dias o Brasil legou ao mundo um acontecimento político que os brasileiros mais jovens apenas viam na TV, com imagens e notícias geradas desde o Cairo, Istambul, Atenas, Lisboa, Madri ou Nova Iorque (Wall Street). Depois de longo refluxo – que data do impeachment de Fernando Collor, em 1992, e antes disso, da campanha das Diretas Já, em 1984 – o país assiste novamente grandes mobilizações de rua. Os progressos sociais e o crescimento econômico da era Lula/Dilma – com alguma distribuição de renda e sensível diminuição da pobreza extrema – acabaram por retrair as múltiplas demandas, próprias de uma sociedade plural, formada por diferentes sensibilidades e tradições políticas, além de diferentes interesses concretos. O que houve nos últimos dias foi uma comunhão de agendas políticas, que explodiram a partir de uma luta pontual: a oposição ao aumento das passagens dos ônibus, movimentos que já vinha m ocorrendo em várias capitais, mas que explodiram a partir das grandes mobilizações de São Paulo – e daí país afora. Antes dos dias quentes de junho, já havia uma difusa insatisfação na sociedade brasileira. Descontentamento à direita, por causa da “derrocada ética do petismo” e considerável má vontade em relação às políticas de inclusão social – como o Bolsa-Família – tidas como “populistas”. À esquerda, a insatisfação dá-se em relação aos megaeventos (Olimpíadas e Copa), às grandes obras, como Belo Monte, a aliança do governo com o agronegócio, etc. À direita e à esquerda se pode perceber acentuada antipatia em relação a lideranças políticas como Sarney, Renan Calheiros, Maluf, antes aliados dos tucanos, hoje aliados ao PT (amanhã aliados de qualquer governo que se viabilize politicamente). Pesou também a crescente demanda da população por melhorias na qualidade dos serviços prestados pelas diferentes esferas de governo (municipal, estadual e federal). Para a maioria das pessoas, essas agendas se misturam e aparecem nas manifestações, seja sob o signo das cores nacionais, seja sob as bandeiras dos partidos de esquerda. O Movimento Passe Livre, fagulha inicial dos protestos, conseguiu agregar força justamente por ser

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Foto: Aktron / Wikimedia Commons Máscara: David Loyd


uma organização de baixa identidade ideológica, ainda que mais próxima dos grupos de esquerda. A vitória do movimento foi notável, porque colocou o problema do transporte público no centro da agenda política. É preciso lembrar que, em São Paulo, o programa original de expansão do metrô previa a entrega de 450 km de vias até 1990. Em 2013, o governo estadual apresenta 90 km. A “máfia dos ônibus”, que há anos controla o negócio, precisa ser enfrentada pela prefeitura. É um tema de grande interesse para os mais pobres. A multidão de tribos que tomou parte das manifestações não foi liderada nem pelas tradicionais formas de organização política (sindicatos, partidos, entidades estudantis), nem pelas novas formas (vinculadas ao terceiro setor, como as ONGs), mas sim pelas redes sociais, amplificada por jovens que jamais haviam participado de manifestações de ruas. É difícil explicar um movimento tão complexo, surpreendente e recente, mas é de se levar em conta o ciclo de agitações juvenis que corre o mundo. O professor Giuseppe Cocco (UFRJ) chama ciclo de “revoluções 2.0”, cuja alimentação não se dá pela velha imprensa, mas diretamente pelas redes sociais. É importante notar que as manifestações não são especificamente contra o governo Dilma – exceto o ruído de grupos mais conservadores e alguns grupos de extrema esquerda – mas contra um imenso estado de coisas, que engloba todas as esferas de governo, e de representação, incluindo os partidos, a situação e as oposições. Em termos mais sociológicos, é possível afirmar que há, na sociedade brasileira, uma multidão de trabalhadores urbanos, mobilizados na economia de serviços, que há pouco tempo entraram na vida econômica e social do país. Antes, estavam fora da economia e da política, e agora que ingressaram no mercado e na vida civil têm demandas que não são apenas salariais, mas de serviços públicos, saúde, educação e transporte. Não é sem significado que o movimento emergiu, justamente, na área de transporte. O fato de a economia estar, senão em crise, ao menos em ritmo lento, implica na diminuição do investimento social. Convém notar que o governo Lula/Dilma foi capaz de gerar uma mobilidade social ascendente nos níveis de rendimento de mais de 50 milhões de pessoas, conseguiu também incluir novas gerações no ambiente educacional por meio de escolas técnicas e universidades, ampliou o crédito aos mais pobres, melhorando de forma expressiva as condições de vida da “camada de baixo” da pirâmide social, mas não conseguiu operacionalizar reformas urbanas – onde vive a maioria da população. E talvez não vá conseguir, inclusive porque faltam recursos, agora que a economia está praticamente estagnada. Em outras palavras, a renda cresceu de forma considerável, gerando aquisição de bens (inclusive simbólicos), que implicaram em sensação (real e fundamentada) de bem-estar. Mas as condições de moradia, locomoção, saúde e educação continuam, senão es-

tagnadas, avançando a passos de cágados, contrastando com os investimentos em megaeventos. (Esses eventos não são necessariamente negativos, nem são os culpados pelas condições que o país atravessa, mas geram em parte da população a sensação de uma desagradável escala de prioridades). Antes de 2008, a conjuntura econômica mundial favoreceu, via valorização das commodities, a economia brasileira. Já não é mais o caso. Há uma sensação de que o governo Dilma está imobilizado, o que não é exato, aliás. O governo tomou medidas importantes: baixou juros (inclusive comprando brigas com grandes bancos privados); alterou as regras de remuneração da poupança; empenhou-se em viabilizar a modernização dos portos; baixou o custo da energia, etc. Esse “ensaio de desenvolvimento”, nas palavras de André Singer, ainda não deu resultado, e não é possível saber se vai dar, inclusive porque não depende só do governo, mas também da conjuntura internacional. As manifestações já deram resultados: os royalties do petróleo vão para educação (75%) e para saúde (25%); a presidente fala em plebiscito para destravar a reforma política; o Congresso começou a votar medidas antes bloqueadas; as caras passagens de ônibus, sobretudo para os mais pobres, caíram em diversas cidades; a questão do transporte público entrou definitivamente na pauta; os governos estaduais começam a segurar o aumento das tarifas das estradas privatizadas.

Dois cenários se desenham:

a) o governo Dilma consegue viabilizar reformas que atendam às ruas (ao menos em parte, sobretudo as demandas progressistas), mantendo seu capital político e sua base eleitoral, rumando para uma reeleição segura; b) o governo não consegue dar respostas eficazes, contando com barulhenta oposição de esquerda (movimentos sociais, sindicatos, estudantes, partidos de extrema esquerda) e forte oposição de direita (classe média conservadora, PSDB, DEM, etc., setores radicalmente pró mercado, agronegócio), culminando na vitória do PSDB ou de setores que eventualmente se aliem ao tucanato, como Marina Silva e Eduardo Campos. Uma coisa é certa: o governo Dilma não será mais como seria. Os governos Alckmin, em São Paulo, e Cabral e Paes, no Rio, terão de dar respostas à sociedade sob o risco de trombarem com as urnas. Gostemos ou não, o país está vivo e pulsa.

Alberto Luiz Schneider graduou-se em História pela UFPR, possui mestrado pela PUC-SP e doutorado pela UNICAMP. É pós-doutor pelo King’s College London e pela USP. Foi professor visitante da Tokyo University of Foreign Studies. Atualmente é professor colaborador no Departamento de História da USP. julho 2013

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Camden Fringe Criado em 2006, o festival vem crescendo ano após ano e chega à oitava edição com uma programação repleta de atrações

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oitava edição do Camden Fringe, de 29 de julho a 25 de agosto, vai agitar o borough de Camden, com uma programação cultural variada com shows musicais, comédia stand—up, sketch de comédia, dança, cabaré, poesia e várias atrações também para a garotada. O festival, criado pela dupla Zena Barrie e Michelle Flower, que trabalha há mais de 10 anos em atividades culturais, teve como motivação a realização de um evento alternativo ao famoso Festival Fringe de Edimburgo, na Escócia. Desde a primeira edição, em 2006, que contou com 57 apresentações no

Da Editoria

Herding Cats no Etcetera Theatre

profissionais experientes das mais diversas áreas culturais, mas também tem como característica principal oferecer oportunidades para novos nomes do cenário artístico. “O poderoso Fringe de Edimburgo pode ser de renome internacional, mas seu rival no Sul (Camden Fringe) está ganhando confiança a cada ano. Este rápido crescimento do festival serve como algo de uma incubadora para seu rival, atrair e promover uma série de novos talentos a cada

Para a garotada, The Amazing Adventures of Captain Wetpants

ano. Quer encontrar o Ricky Gervais, Stewart Lee ou Jimmy Carr de amanhã? Não procure mais”, sentenciou a Shortlist magazine. Os eventos acontecem em bares, teatros, como o Etecetera Theatre, Canal Café Theatre e o Collection Theatre, e outros locais, como o London Jewish Cultural Centre. Confira a programação completa, com as atrações, locais e preços dos ingressos no site www.camdenfringe.com.

Comédia - Four Femmes on the Thames

Etecetera Theatre, o Camden Fringe tem crescido ano a ano. Em 2012, os eventos aconteceram em 18 locais diferentes do bairro, o que demonstra o sucesso do festival. “Uma mistura nervosa da comédia, teatro, dança e um monte de outras coisas legais, pontilhados em torno de alguns dos locais mais conhecidos de Camden. De origens humildes, o Camden Fringe é agora um estrondoso evento que cresce a cada ano”, elogiou a TNT Magazine em recente crítica sobre o evento. A programação abre espaço para 36

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COCO BAMBOO

MADE IN BRASIL

CANECÃO


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AGENDA

Baladas, bares e restaurantes

Às terças-feiras, Hungry Tuesday, com 50% off na comida. Quinta Feira: MPB ao vivo, das 20h à meia-noite. Às sextas, forró pé-de-serra ao vivo, das 21h à 1h da manhã. Aos sábados, pagode, axé e DJ, das 22h à 1h da manhã. Aos domingos, roda de samba das 20h até a meia-noite. Reservas: 020 7622 3602 – www.tapiocahouse.co.uk

O pub brasileiro tem atrações variadas durante a semana, seja no cardápio, na telona ou na pista de dança. Aos domingos, reúna a torcida para acompanhar as rodadas do Brasileirão. 17 York Way – Camden Town London N7 9QG Reservas: 020 7485 4738 - www.canecaolondon.com

O CocoBamboo Bar & Restaurante traz no seu menu a fusão da culinária brasileira e caribenha. Nos finais de semana, DJs brasileiros animam o público até às 2 da manhã. Aos domingos, 2ªs e 6ªs, música brasileira ao vivo das 19h às 23h. 48 Chalk Farm Road (NW1 8AJ) Reservas: 020 7267 6613 - www.cocobamboo.co.uk

Agenda

O Harém London Club acontece todo o primeiro sábado do mês num espaço com dois pisos de pura diversão, com DJs tocando o melhor da música brasileira e hits internacionais. 25 Moorgate, London EC2R 6AR (a quatro minutos das estações de Moorgate e Bank) Reservas e informações: www.haremlondon.com Facebook.com/haremlondonclub

De segunda a domingo, uma variada programação embala as noites na tradicional casa brasileira em Londres, pertinho da estação de Holborn. Os mais diferentes ritmos nacionais fazem do Guanabara uma referência verde e amarela na capital britânica. Além, claro, do cardápio com as delícias nacionais e os drinks que fazem a cabeça de brasucas e gringos. Parker Street, Corner of Drury Lane, London WC2B 5PW Reservas: 020 7242 8600 www.guanabara.co.uk

Programação variada de shows ao vivo de quarta a domingo. Confira a agenda completa no site do Made in Brasil. 12 Inverness Street, Camden Town, London NW1 7HJ Reservas: 020 7482 0777 – madeinbrasil@hotmail.co.uk www.made-in-brasil.co.uk

Informação, entretenimento e diversão... com conteúdo cie Anun bar, o seu ou café nte! ura resta 38

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020 8133 6823 vendas@revistareal.com


Agenda UK Shirley Nunes

The II AmaZonArt Summer Festival

O AmaZonArt dedica-se ao ensino de música para promover a transformação social e o intercâmbio cultural. Os recursos captados no projeto são usados para ​​ promover a educação musical, concebida como um meio de educação para alcançar a transformação social em áreas menos abastadas da Amazônia brasileira. O II Festival AmaZonArt de Verão: Solidariedade é Cultura acontece de 7 a 17 de julho em vários locais. Todos os concertos são livres, mas doações de £ 7 a £10 são bemvindas, pois vão ajudar a financiar os projetos no Brasil. Alguns dos destaques da programação: 15 de julho, às 19h30 - Chamber music concert @ Bloomsbury Central Baptist Church (235 Shaftesbury Avenue, WC2H 8EP) 17 de julho, às 19h30 - Chamber Groups: Latin America music no mesmo local acima Mais info: www.amazonart.info

Hermeto Pascoal

Workshop com Gandaia Arts

Liderada pela diretora artística Mariana Pinho, a Gandaia Arts promove um workshop com aula de percussão com Simone Sou (foto), em preparação ao Carnaval de Notting Hill, que terá a participação do Maracatudo Mafuá. O grupo desfila nos dias 25 e 26 de agosto no tradicional evento que leva mais de um milhão de pessoas às ruas do famoso bairro londrino. A aula será das 13h30 até 17h no dia 30 de julho. Os valores variam entre £15 e £18. Mais informações: 116-118 New Cross Road, SE14 5BA info: 07540567236/ gandaia@me.com

Frescobol

O compositor e multi-instrumentalista Hermeto Pascoal vem a Londres para fazer dois shows na casa jazzística Ronnie Scotts, nos dias 17 e 19 de julho. Pascoal vem acompanhado de sua banda, que tem como componentes: Aline Morena (cantora, percussão corporal), Itiberê Zwarg (baixista e percussionista), André Marques (piano, flauta e percussão), Vinícius Dorin (sax, flauta e percussão), Fábio Pascoal (percussão e direção de palco) e Márcio Bahia (percussionista). Os ingressos variam entre £35 e £55. Mais info: Ronnie Scotts (47 Frith Street, W1D 4HT) / www.ronniescotts.co.uk

Um grupo de frescobol baseado no sul de Londres está à procura de brasileiros para integrarem a equipe, que se encontra todos os domingos para jogar no Crystal Palace National Sports Centre. Os próximos encontros da turma acontecerão em agosto, nos dias 4, 11 e 25, das 16h às 17h, no seguinte endereço: Ledrington Road, SE19 2BB.

Confira mais eventos em julho em Londres no Brazilian Events Guide: www.culturart.co.uk

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PERSONALIDADES Será que ele é?

As novas das celebridades Maria Oller

O que seria somente a ida de um astro ao show de uma estrela virou um verdadeiro bafafá. No último dia 28 de maio, Cristiano Ronaldo esteve no show de Rihanna em Portugal, tirou uma foto com a cantora e publicou em sua conta no Twitter. Logo a mídia começou a especular um affair entre os dois, mas a diva, ao invés de desmentir, soltou um comentário pra lá de polêmico. “Tenho muitos amigos gays e apoio a diversidade sexual”, disse Rihanna à revista espanhola Vanitatis. Famoso pela vaidade, Ronaldo namora a modelo russa Irina Shaik desde 2010. Ai, ai, ai...

Xuxa na fila da cegonha?

“Identidade Frota” promete

Personalidades

Segundo o jornal “O Dia”, a apresentadora Xuxa estaria pensando em ter mais um filho depois de engatar o romance com o ator Junno Andrade. A publicação diz que ela tinha óvulos armazenados em um laboratório e teria pedido a retirada do material para tentar ter um novo bebê. A empresária da cinquentona Xuxa, Mônica Muniz, negou a informação, mas disse que ela poderia engravidar a qualquer momento. “Xuxa ainda não entrou na menopausa”, afirmou. Uau! Será que a Sasha, filha de Xuxa com o ator Luciano Szafir, vai ganhar um(a) irmãozinho(a)?

Angelina linha dura

Em vias de oficializar a sua união com o bonitão Brad Pitt, Angelina Jolie é quem define a lista de convidados. Diz o “The Sun” que ela está tentando barrar alguns amigos do ator na cerimônia. Uma listinha básica que poderia até ser de nomes indicados ao Oscar: Johan Hill, Quentin Tarantino, Philip Seymour-Hoffman e, pasme, até George Clooney, um dos melhores amigos de Brad. O motivo? Bebem muito! Quem vai ganhar essa queda de braço?

Sempre envolvido em polêmicas, Alexandre Frota promete mais alvoroço com a biografia “Identidade Frota, a Estrela e a Escuridão”, prevista para ser lançada em outubro. Na obra, escrita por Pedro Henrique Peixoto, Frota relata suas experiências profissionais na TV, intimidades e conquistas, entre elas a jornalista Marília Gabriela. “Aconteceu de ficarmos juntos por uma noite, sensacional. Ela é inteligente, boa de papo e amiga. Foi muito gostoso, mesmo por uma noite”, disse Frota ao comentar o assunto com o “Ego”, do Globo.com. “Sou de uma geração em que todo mundo ficava com todo mundo, nos libertamos sexualmente e naquela época não havia essa fiscalização da genitália alheia que se tem hoje. Parece que houve um retrocesso, tudo tem que ter um nome e um sobrenome”, disse Gabi à revista “Época”, confirmando o affair.

Família Soprano de luto

O ator James Gandolfini, 51 anos, que morreu no mês passado depois de sofrer um ataque cardíaco fulminante quando passava férias em Roma, deixou a maior parte de sua fortuna de US$ 70 milhões para seu casal de filhos. Segundo o jornal New York Post, o filho da estrela da série “A família Soprano”, Michael, de 13 anos, receberá a maior parte da fortuna quando completar 21. O resto dos bens de Gandolfini serão divididos entre sua esposa, irmãs e filha.

O que as celebs andam dizendo por aí... “Alguém escreveu que minha mulher estava twittando em um funeral. Isso não é verdade, mas eu vou twittar durante o funeral dele...”

Do ator Alec Baldwin, ao se envolver numa polêmica com o jornalista George Stark, do DailyMail, pelo Twitter

“Minha mulher e eu estivemos no funeral para prestar homenagem a um velho amigo e alguns ingleses tóxicos escreveram essa m... Eu vou te encontrar George Stark, sua rainha tóxica, eu vou te f.... Se eu colocar o meu pé na sua b... tenho certeza de que irei muito fundo.”

Alec Baldwin, pegando ainda mais pesado com o jornalista inglês. Depois da repercussão de seus maus modos no Twitter, o ator decidiu deletar a sua conta na rede social

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junho 2013

“A tecnologia avança loucamente, mas o ser humano vai a passos de tartaruga.”

Matheus Nachtergaele, ao UOL, sobre as intolerâncias do mundo atual.

“Se viadagem fosse doença, a Band era um hospital.”

Da humorista, Dani Calabresa, no “CQC”, brincando sobre o projeto conhecido como “cura gay”, derrubado na Câmara

“Desde que minha filha ganhou um iPhone, ela parou de falar comigo.”

Madonna, ao programa “Good Morning America”, sobre como controla os filhos.

“Já cansei de falar quantas vezes eu me casei.”

Gretchen, ao Jornal “Extra”, sobre seu 17º casamento

“Só tenho oito pares de sapatos.”

Emma Watson, ao Jornal “Daily Mail”, condenando o consumo exagerado das celebridades


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MODA

Extreme Fashion Show Fotos: Ric Pereira

Queen’s land

Hellen Grasso

Moda

U

m evento organizado pela fotógrafa Jessiane Salgado e pela Alessandra Benza, em junho, reuniu vários profissionais que trabalham na área de moda em Londres. O Extreme Fashion Show teve no desfile de abertura um vestido da estonteante Marta Medeiros. Os looks foram bem extravagantes e cada estilista trouxe em cada peça a origem das suas raízes. Uma das designers que me chamou atenção foi a Anila Mejzini. Ela é da Albânia e com um trabalho fabuloso na estamparia. Anila conseguiu de um jeito tão sublime, e ao mesmo tempo marcante, deixar o azul mesclar no branco. O tecido, não muito pesado e nem tão perto da seda, foi marcado por desenhos que pareciam rachaduras, mas ao invés de lembrar seca, a cor azul conseguiu dar um choque no pensamento e fazer lembrar a água, criando totalmente o contraste da forma da estampa. Os cortes eram retos e os olhos eram direcionados para os ombros. Algumas peças tinham um corte com uma pequena transparência, deixando a pele transparecer de forma sensual. Designers que atraem os olhos através dos seus cortes, se preocupando com cada detalhe para deixar o corpo feminino ainda mais singelo, tem um público garantido que vai aplaudir de pé toda a coleção. Outra estilista que me chamou atenção foi a Susana Tatevosjan, da Estônia. Suas cores são mais fechadas e quase todas as peças são de um comprimento que alongam a

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silhueta. Ela tem uma característica singular: muita sobreposição. Quase todas as peças são compostas por outras que acompanham possivelmente por baixo da primeira peça. As cores nos looks lembram

um Outono com folhas no chão e céu cinzento. Os fotógrafos Ric Pereira, com sua experiência de muitos anos na área; Karen Lohana, responsável por capturar cada detalhe,


Fotos: Karen Lohana

Peça da estilista Marta Medeiros

Criação de Anila Mejzini

Criação da estilista Susana Tatevosjan

e Jessiane Salgado eternizaram cada momento desse maravilhoso evento. Em termos de beleza, a maquiagem ficou por conta de Romana Pavaneli, que em minha

Peça de Susana Tatevosjan

opinião é a melhor maquiadora brasileira que atua nessa área tão competitiva em Londres. Ela sabe exatamente como ligar a linha tênue que existe entre a arte da ma-

quiagem com o profissionalismo. A música ficou por conta do DJ Heberson Medeiros, proporcionando a todos a um adorável ambiente de desfile de moda.

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Eles aprenderam a se vestir Passado e presente em harmonia na moda masculina inglesa Márcio Rodrigo Delgado - @marcio_delgado

P

atenção aos detalhes”, acredita Kaushal Niraula, um dos participantes da semana de moda masculina de Londres, evento que em junho, durante apenas três dias, reuniu mais de 130 estilistas exibindo suas coleções para a Primavera-Verão de 2014.

Moda

Fotos: Walterlan Papetti

or mais de 300 anos, a moda masculina britânica tem sido uma fonte inesgotável de estilo e inovação vestindo reis, aristocratas, rebeldes e boêmios muito antes do termo moda sair das ruas para a passarela – e nos últimos anos, da passa-

Mistura: estilista Nick Tentis mostrou nova coleção em antigo salão de eventos

rela direto para as ruas. E com tanta demanda e atenção, os homens têm escolhido mais o que entra no seu guarda-roupa. “O público masculino está muito mais exigente. Ele agora sabe o que é moda e como se vestir. E isso aumenta a pressão na hora de criar. Foi-se o tempo que homens não escolhiam roupas com muito cuidado e 44

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“Moda masculina não tem que ser sem graça. É apenas o caso de dosar qualidade na medida certa e saber o limite entre a criatividade e o comercial”, diz o estilista James Long, que durante o mesmo evento optou por uma coleção masculina que tem como inspiração o helltrack, modalidade esportiva que combina diferentes terrenos, subidas, descidas e até mudanças climáticas


para testar a resistência dos competidores. Entre cores, zíperes e abotoaduras, o interesse por trás do negócio da moda vai além do espelho. Ano passado, segundo dados do British Fashion Council, a indústria de vestuário masculino movimentou, nada modestas, £10 bilhões. As cifras milionárias nem de longe lembram os tem-

costura, como a Saville Row, e áreas com uma mistura de influências como a Carnaby Street sobreviveram à moda popular e continuam sendo associadas a tradicional indústria têxtil inglesa. Mas a alta costura do país, no qual o regime ainda é a monarquia, está bem mais democrática do que na época em que roupas com bons acabamentos e cor-

Mercado: designer James Long tenta equilibrar criatividade com apelo comercial

pos menos glamourosos quando, em 1910, grifes inglesas como a Burberry produzia casacos à prova d’agua para expedições em locais de clima pouco convidativos como a Antártida e o Pólo sul. Porém, quatro anos mais tarde, ao criar o longo casaco marrom que se tornaria a sua peça de roupa mais conhecida, a empresa iniciou uma história de sucesso que passou pelos campos de batalha da primeira guerra e chegou a Hollywood, em 1942, quando o ator Humphrey Bogart apareceu vestindo o mesmo casaco no filme Casablanca. De lá para cá, muita coisa mudou e outros acessórios também entraram para a lista de itens criados na Grã-Bretanha, como as famosas botas Wellington, chapéus e o clássico terno de três peças. Ruas da alta

tes criativos eram reservadas à aristocracia e à realeza. Recentemente, o estilista Nick Tentis, que produz ternos milimetricamente alinhavados em um atelier localizado na Saville Row, mostrou a sua nova coleção, ‘Uptown Rudeboy’, no luxuoso Café Royale Hotel, um salão de eventos decorado ao melhor estilo Luiz XVI, em Green Park. Mas as comparações com o passado terminaram aí mesmo. O toque contemporâneo, com cores claras e roupas que podem ser facilmente usadas na vida real, deram o tom do evento, com modelos que poderiam ter saído de uma estação do metrô ou do time de futebol do bairro. Uma forma excêntrica - e bem inglesa - de mostrar que na moda, o novo e o velho podem conviver pacificamente. julho 2013

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MOTORES

Híbrido roda 111 km com um litro de diesel Modelo XL1 da Volkswagen percorreu o trecho com apenas um litro de diesel no ciclo europeu de consumo rodoviário

Motores Turismo

Devaldo Gilini Júnior

Fotos: Divulgação

V

encer desafios faz parte do trabalho diuturno da indústria. Em especial quando se coloca a meta pública e ambiciosa de produzir um automóvel capaz de superar 100 km com apenas 1 litro de combustível. No recente Salão de Genebra, a Volkswagen demonstrou que o seu XL1 foi além. Conseguiu, no ciclo europeu de consumo rodoviário, até 111 km com apenas um litro de diesel. Difícil de reproduzir em situação real de trânsito, porém, pelo menos, três vezes mais econômico que o melhor dos atuais modelos com motor a combustão. Nascido como L1, em 2002, de uma ambição de Ferdinand Piech, então presidente e hoje chairman do grupo, o carro é para dois passageiros, tem só 1,15 m de 46

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altura e incrível coeficiente aerodinâmico de 0,19. Trata-se de um híbrido plugável em tomada, do tipo em paralelo, que associa motor turbodiesel de dois cilindros (0,8 l/48 cv/12 kgf∙m) a um elétrico (27 cv/10,2 kgf∙m). Curiosamente, há semelhanças com o protótipo do Fusca, projetado por Ferdinand Porsche (avô de Piech): tração traseira, rodas bem finas e ausência do óculo traseiro. A VW ainda não definiu preço (no mínimo, US$ 50 mil com incentivos fiscais), nem nível de produção, mas há rumores de que o carro será apenas alugado, solução igual à adotada no primeiro elétrico da GM, o EV1, de 1996 a 1999, bem como pelo atual Honda FCX Clarity, elétrico com pilha a hidrogênio.


Novo Palio e Grand Siena 2014

Sucesso de vendas e referência ao longo dos anos dentro do mercado brasileiro, Novo Palio e Grand Siena chegam com novos conteúdos. Como destaque, ambos recebem na lista de equipamentos opcionais o novo rádio Connect com Audio Streaming para todas as versões. Ele permite ao cliente conectar seu celular com o sistema de áudio do carro, via Bluetooth®, e tocar suas músicas armazenadas no aparelho. O usuário também poderá controlar as músicas pelas teclas de comando

no volante. Visando trazer ainda mais requinte e contraste, o interior do Novo Palio das versões Attractive 1.0 e 1.4 ganharam um novo Insert Molding Inox. Enquanto a versão Essence recebeu novas rodas 15” em sua lista de opcionais. O Grand Siena também traz novidades em seu espaçoso porta-malas: além do sistema Logo Push, de série em todas as versões e que permite a sua fácil abertura, agora a tampa do porta-malas se abre automaticamente até o fim do curso, proporcionando ainda mais conforto ao cliente.

Focus Eletric

Novo A3 Sportback

A Ford abriu um novo capítulo na sua história, com o início de produção do Focus Electric na fábrica de Saarlouis, na Alemanha - o primeiro veículo totalmente elétrico da marca feito na Europa. O modelo com emissões zero encabeça a linha de veículos elétricos e altamente eficientes da Ford na Europa, que será acompanhado pelo lançamento do híbrido plug-in C-MAX Energi no ano que vem e do novo Mondeo Hybrid logo depois. Desenvolvido como veículo global dentro do plano One Ford, o Focus Electric tem um conjunto avançado de motor elétrico e bateria de íons de lítio que gera 143 cv e atinge a velocidade máxima de 136 km/h. Ele é produzido na América do Norte desde dezembro de 2011 e estará disponível para os consumidores europeus a partir de agosto próximo. O novo Focus Electric é equipado com um carregador de bordo totalmente integrado de 6,6 kW, que oferece uma autonomia de cerca de 100 km com carga de 2 ou 3 horas, ou autonomia de 150 km com carga de 3 a 4 horas em uma fonte de 32 A.

A Audi anunciou o preço de um dos modelos mais esperados da marca no mercado brasileiro. O novo Audi A3 Sportback vai custar R$ 94.700,00 na versão Attraction 1.4 TFSI. A versão Ambition 1.8 TFSI terá preço de R$ 124.300,00. Com valores bastante competitivos para o segmento, o novo compacto premium de cinco portas deverá ser o campeão de vendas da empresa no Brasil. Graças a tecnologia de construção de baixo peso da montadora, Audi ultra, o novo Audi A3 Sportback ficou 90 quilos mais leve do que a versão anterior. Equipado com motor 1.4 TFSI, o hatch pesa apenas 1.300 kg. No interior um dos pontos altos é a unidade MMI Navigation Plus com MMI Touch, localizada no console central, com painel de controle táctil integrado, botão de pressão e rotativo para acesso mais intuitivo às funções disponíveis. Este sistema oferece ao motorista uma maneira inteligente de controlar as funções de navegação e do telefone, além de permitir “escrever” letras ou números com um simples toque e movimento do dedo. O compartimento de bagagem oferece 380 litros de capacidade na configuração básica e 1.220 litros com os bancos rebaixados. julho 2013

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ESPORTE

Brasil volta ao Top 10 Depois do título da Copa das Confederações sobre a Espanha, com direito a olé no Maracanã, seleção sobe no ranking da Fifa

Esporte

Foto: Laurence Griffiths/Adidas Images/Getty Images

Da Editoria

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A maioria dos campeões da Copa das Confederações deve estar no Mundial 2014

epois do tetracampeonato na Copa das Confederações, com direito a um passeio sobre a Espanha na final, a seleção brasileira deu um salto no ranking da Fifa. No último dia 4, a Fifa divulgou a nova classificação e o Brasil saiu do vexatório 22º lugar, sua pior performance na história, para o nono lugar, com 1.095 pontos, retornando ao Top 10 após mais de um ano de ausência (a última vez fora a quinta posição, em junho de 2012). Mesmo após ter tomado 3 a 0 na final do Maracanã, a Espanha manteve a liderança do ranking, com 1.532 pontos. A Alemanha (1.273) permanece na segunda colocação, seguida por Colômbia (1.206), que ultrapassou a Argentina (1.204) e assumiu o terceiro posto. Em quinto segue a Holanda (1.180) e em sexto aparece agora a Itália (1.142). Terceira colocada na Copa das Confederações, a Azzurra ganhou duas posições em relação a última lista. Portugal (7º, com 1.099), Croácia (8º, com 1.098)) e Bélgica (10º, com 1.079) completam a relação dos dez primeiros. O ranking começou a ser feito pela Fifa em agosto de 1993, quando o Brasil ficou em oitavo. A Espanha está na liderança desde setembro de 2011 e a Alemanha ocupa o segundo lugar desde julho de 2012. O Brasil caiu muito no ranking por não disputar as eliminatórias para a Copa 2014, já que será o país-sede. 48

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Time dos Sonhos

O Brasil foi o grande destaque na seleção da Copa das Confederações, divulgada pela Fifa no início de julho, com 7 jogadores e o técnico Luiz Felipe Scolari eleitos por internautas do mundo inteiro. Julio César, Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva, Paulinho, Neymar, Fred e Luiz Felipe Scolari estão no “Dream Team” da competição. Completam a “escalação” os vice-campeões espanhóis Sergio Ramos, Iniesta e Fernando Torres; e o italiano Pirlo. Apesar do sucesso da seleção, Felipão garantiu que o grupo para a Copa 2014 ainda não está fechado. “A gente não promete que seja esse grupo no Mundial, eu nunca escondi deles (jogadores). A porta está sempre aberta para grandes jogadores e a gente vai ver o momento, como está jogando, porque a partir de agora a gente vai fazer observações nos jogos no Brasil e na Europa para ver quais são os melhores jogadores para nossa seleção em 2014”, disse o técnico. Mesmo garantindo que pode haver mudanças, a verdade é que o bom ambiente criado pelo grupo durante a Copa das Confederações e a empatia do time com a torcida contam a favor dos 23 atletas que disputaram o torneio. Poucas vagas, portanto, estão em aberto e a maior expectativa é saber se nomes como Kaká, Ronaldinho Gaúcho e Robinho ainda podem voltar a sonhar em vestir a amarelinha. A seleção volta a campo no dia 14 de agosto, no Estádio Jakob-Park, em Basel, na Suíça, num amistoso contra os suíços.


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PALAVRAS CRUZADAS

A origem das palavras cruzadas

Palavras Cruzadas

A brincadeira que inspirou um dos passatempos mais populares de nossos tempos data do século IV a.C. Nos laterculus, como o jogo era conhecido, os antigos romanos tinham de formar palavras cruzando-as de maneiras que constituíssem palíndromos - isto é, podiam ser lidas tanto na vertical quanto na horizontal, ou de frente para trás e vice-versa. “As inscrições mais antigas desse jogo foram encontradas nas ruínas de Pompéia, a cidade italiana destruída no ano 79 pela erupção do Vesúvio”, afirma o designer de jogos Luiz Dal Monte Neto. Nos moldes atuais, porém, as palavras cruzadas apareceram pela primeira vez no jornal New York World, em 22 de dezembro de 1913. O inglês Arthur Wynne, responsável pela seção “Diversão” do jornal, recebeu a incumbência de inventar um jogo especialmente para a edição dominical. Wynne baseou-se em um passatempo que conhecera quando criança e que tinha regras semelhantes às dos laterculus romanos. Mas, em vez de fornecer as palavras que deveriam ser cruzadas, Wynne resolveu dar apenas dicas e criou um diagrama na forma de um losango. Uma década depois, a criação de Wynne já estava em jornais europeus, além de em todo o continente americano. 52

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Mテエnica

Mテ年ICA

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Associação Brasileira de Iniciativas Educacionais no Reino Unido (ABRIR) Fornece orientação sobre professores (seleção, contratação, treinamento, qualificação), currículo, material didático/paradidático e rede de contato com outros grupos no Reino Unido. abrir.info@yahoo.co.uk www.abrir.org.uk Associação Brasileira no Reino Unido (ABRAS) Assistência em todos os assuntos relacionados à vida dos brasileiros no Reino Unido, inclusive atendimentos na área de imigração. 59 Station Road – NW10 4UX 020 8961 3377 info@abras.org.uk www.abras.org.uk Casa do Brasil em Londres Oferece orientação jurídica e psicológica, serviços de intérpretes, tradução juramentada e convênios médicos e dentários. 21 Foley Street London W1W 6DR Telefone: 020 7580 0133 Fax: 020 7637 1045 info@casadobrasil.org.uk www.casadobrasil.org.uk Citizens Advice Bureau ONG que oferece aconselhamento em diversas áreas, com vários escritórios no Reino Unido. www.citizensadvice.org.uk

dação de Proteção e Defesa do Consumidor) do Reno Unido, orientando em relação aos direitos e a quaisquer problemas que o consumidor possa vir a enfrentar. www.consumerdirect.gov.uk Embaixada do Brasil em Londres 14-16 Cockspur Street, perto da Trafalgar Square (London SW1Y 5BL) 020 7747 4500 info@brazil.org.uk www.brazil.org.uk Embratel Ligações a cobrar para o Brasil. 0800 890 055 Emergência: disque 999 Para contatar a polícia, bombeiros e ambulância. A chamada é gratuita. Gay Switchboard Informações sobre acomodação, ‘civil partnership’, imigração e legislação, entre outros. 020 7837 7324 (24h) Home Office Immigration &Nationality Directorate Whitgift Centre Wellesdey Road – Croydon CR19 1AT Concessão e extensão de vistos: 087 0606 7766 Solicitação de formulário para extensão de visto: 087 0241 0645 Immigration Advisory Service (IAS) Orientação jurídica em inglês sobre pedidos de vistos. County House: 190 Great Dover Street - 2º andar London SE1 4YB 020 7967 1200 www.iasuk.org

Consulado Brasileiro na Inglaterra 3 Vere Street (quase esquina com Oxford Street) London W1G 0DH Telefone: 020 7659 1550 Fax: 020 7659 1554 www.cglondres.itamaraty.gov.br/pt-br

Serviços pelos direitos da mulher latino-americana (LAWRS) Ajuda mulheres que sofrem de maltratos e violência doméstica. 52-54 Feathrstone St. - London EC1 8RT 020 7336 0888 - 0844 264 0682 lawrs@lawrs.org.uk www.lawrs.org.uk

Consumer Direct O Consumer Direct funciona como uma espécie do nosso Procon (Fun-

Legal Advice Centre Presta orientação e oferece informações práticas legais gratuitas aces-

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sando-se o site www.legal-advice-centre.co.uk/askus/ Money Claim Money claim é um serviço on-line que pode ser utilizado caso alguém lhe deve dinheiro. Você também pode receber orientações caso esteja sendo processado na justiça por débito. A página da Money claim na internet é www.moneyclaim.gov.uk Naz Vidas A ONG oferece acesso gratuito às clínicas que cuidam da saúde sexual, onde os pacientes contam com o auxílio de intérpretes e podem fazer exames que incluem testes de HIV, HPV, sífilis, gonorreia, hepatites A, B e C e clamídia. Serviço gratuito de apoio, assistência e aconselhamento sobre Aids. 30 Blacks Road London W6 9DT 020 8834 0232 jose@naz.org.uk www.naz.org.uk Projeto Latino-Americano para portadores de deficiência 020 7793 8399 www.ladpp.org.uk Shelter Entidade que presta serviços de aconselhamento relacionados a moradia. Se você tem problemas com o seu landlord ou com a sua imobiliária, pode acionar este serviço gratuito para buscar orientação. O Shelter também tem informações sobre housing benefit, council housing, compra, aluguel e outras questões. 0808 800 4444 england.shelter.org.uk/ Transport for London Planejamento de jornada em metrôs, trens e ônibus. 020 7222 1234 www.tfl.gov.uk UK Concil for International Student Affairs Informações para estudantes estrangeiros sobre vistos, cursos,bolsas de estudo e assuntos relacionados ao ensino no Reino Unido. 020 7107 9922 www.ukcosa.org.uk


Brasil

Tetracampeão da Copa das Confederações

(1997 – 2005 – 2009 – 2013)

Em pé: Paulinho, David Luiz, Julio Cesar, Fred e Tiago Silva - Agachados: Neymar, Daniel Alves, Oscar, Marcelo, Hulk e Luiz Gustavo

Foto: Mowa Press



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