Refrigério 9ª edição

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Ser filha... Deus de Ser mãe! batom Página 10

Página 15

ACHO QUE ATÉ O segredo do DEUS ME ACHA Casamento Página 30 FEIO… Página 26

A felicidade que você tem, mas não sabe. Página 34


Vila Celeste! “Que os corações de vocês não fiquem aflitos. Vocês confiam em Deus; agora confiem em Mim. Existem muitas moradas lá onde meu Pai mora, e eu vou preparar algumas para vocês. Quando tudo estiver pronto, então Eu virei buscar todos, para que possam sempre estar comigo, onde Eu estiver. Se fosse assim, Eu lhes diria. E vocês sabem aonde Eu vou e como chegar até lá.” “Não, nós não sabemos”, disse Tomé. “Não temos nem ideia de qual é o lugar para onde o Senhor vai; portanto, como podemos saber o caminho?” Jesus disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode chegar até o Pai, a não ser por mim. Se vocês soubessem quem Eu sou, então saberiam quem é o Pai!” Filípe disse: “Senhor, mostre-nos o Pai, e ficaremos satisfeitos”. Jesus respondeu: “Você nem sabe ainda quem Eu sou, Filipe, mesmo depois de todo esse tempo que tenho estado com vocês? Qualquer um que Me viu, viu o Pai! Portanto, como você está pedindo para ver meu Pai? Você não crê que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim? As palavras que eu digo não são propriamente minhas, mas do Pai que vive em Mim. E Ele faz a sua obra por meu intermédio. Basta vocês crerem nisto - que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim. Creiam nisto ao menos por causa dos poderosos milagres que Me viram fazer. Digo a vocês verdadeiramente que: qualquer um que crer em Mim, fará os mesmos milagres que Eu tenho feito, e ainda maiores, porque Eu vou para presença do Pai. Vocês 2

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podem pedir a Ele qualquer coisa, em Meu nome, e Eu o farei, e assim o Pai será glorificado através do Filho. Sim, peçam qualquer coisa, em Meu nome, e Eu o farei! Se vocês Me amam, obedeçam-Me; e Eu pedirei ao Pai e Ele dará a vocês outro Consolador, que nunca deixará vocês. É o Espírito Santo, o Espírito que conduz a toda a Verdade. O mundo em geral não O pode receber, porque não O procura e não O conhece. Mas vocês, sim, porque Ele mora em todos agora e um dia estará com vocês. Não, Eu não abandonarei vocês nem os

Eu estou lhes deixando um presente, a paz de espírito!

deixarei como órfãos - Eu voltarei para vocês. Daqui a pouco Eu terei ido embora do mundo, mas continuarei presente com vocês. Porque Eu viverei novamente - e vocês também. Quando Eu tornar a viver, vocês saberão que Eu estou em Meu Pai, vocês em Mim, e Eu em vocês. Aquele que Me obedece, esse é o que Me ama; e porque ele Me ama meu Pai o Amará; e Eu também, e Me revelarei aos que Me amam”. Judas (não Judas Iscariotes, mas o outro seguidor de Jesus com este nome), disse: “Por que o Senhor vai Se revelar somente a nós, os seguidores, e não ao mundo

em geral?” Jesus respondeu: “Porque só Me revelarei àqueles que Me amam e Me obedecem. O Pai também os amará, e Nós haveremos de vir e morar com eles. Todo aquele que não Me obedece, não Me ama. E lembrem-se: Não sou Eu que estou inventando esta resposta para a pergunta de vocês! É a resposta dada pelo Pai, que Me enviou. Eu digo estas coisas agora, enquanto ainda estou com vocês. Mas quando o Pai enviar o Consolador para Me representar - e por “Consolador” Eu quero dizer o Espírito Santo - Ele ensinará muitas coisas a vocês, e recordará também todas as coisas que eu mesmo tenho dito a vocês. Eu estou lhes deixando um presente - a paz de espírito! E a paz que Eu dou não é passageira como a paz que o mundo dá. Portanto, não se aflijam e nem tenham medo. Lembrem-se do que Eu lhes disse Eu vou embora, mas voltarei para vocês. Se vocês realmente Me amarem, ficarão muito contentes comigo, porque agora Eu posso ir para o Pai, que é maior do que Eu. Eu lhes disse estas coisas antes que elas aconteçam para que, quando acontecerem, vocês creiam em Mim. Não tenho muito tempo mais para falar com vocês, porque o príncipe do mal está se aproximando. Ele não tem poder sobre Mim. Porém Eu farei de espontânea vontade o que o Pai Me manda, para que o mundo saiba que Eu amo o Pai. Venham, vamos andando. Evangelho de João, 14:1-31 Bíblia Viva!


Gratidão, sim! G

ratidão é um dos sentimentos que precisamos cultivar diariamente. Poucos conseguem desfrutá-lo. A natureza humana corrompida não admite gratidão. Somos habilidosos na arte de reclamar, exigir, intimidar, e por aí vai. Responda-me: Quantas vezes por dia você agradece de bom grado e não apenas por “educação”? Quando conseguimos agradecer, reconhecemos que não somos autossuficientes, precisamos uns dos outros. A recomendação é: “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus...”. Deus quer que sejamos agradecidos, pois tudo colabora para o nosso bem; gerando saúde, equilíbrio emocional e paz espiritual. A gratidão alimenta relacionamentos saudáveis. Ela é fonte geradora de paz em todos os sentidos. “E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações, e sede agradecidos”. A Bíblia ensina a forma correta da gratidão sincera: “Dando sempre graças em tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo”. Quando agradecemos em nome de Jesus significa afirmar que O temos como Senhor da nossa vida, reconhecemos seu senhorio. A melhor maneira de agradecer a Deus pelas bênçãos recebidas é aceitando o seu plano redentivo para nossas vidas. “Precisamos ser extravagantes na gratidão, como o somos na petição”. Queremos ser seu parceiro nessa proposta, por isso, leia com um bom coração a oração que abre esta edição “Sob a Tua Mão”

(pág 06). Leia em voz alta, ouça cada palavra e interiorize como um compromisso seu, agora. Recomendo-lhe também, que preste especial atenção ao relato de um jovem, que por não conseguir encontrar sua “cara metade” e por se achar feio, imaginou que estivesse sendo boicotado por Deus e conclui: “Acho que até Deus me acha feio!”. Felizmente, ele compartilhou sua angústia com o reverendo Caio, que lhe abriu os olhos e o aconselhou a desfrutar da alegria na casa do Pai. Conheça essa história (págs 26 e 27). Certamente, você perceberá em todos os demais artigos o mesmo comprometimento nas entrelinhas, portanto, lhe recomendo, leia, leia e só pare lá no texto do José Maria “Simples Assim” (pág 42), e você perceberá que é muito simples o exercício da gratidão. Essa edição nos possibilita uma maior consciência sobre gratidão e os seus benefícios incontáveis, ao exercitá-la. Gratidão precisa fazer parte do nosso estilo de vida. Boa leitura e um abraço grande,

Mary Gláucia Ribeiro Psicóloga e Pedagoga Especialista em Gerontologia

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Águas das

Caminho

2 Vila Celeste! 5 Sob a tua mão 6 Servir: Privilégio de poucos 7 Conselhos para quem gosta ParteII

CNPJ: 30.451.835/0001-00 Inscrição Municipal: 617613 Direção Geral José Maria de Souza

Periodicidade Quadrimestral

Abrangência

Governador Valadares, Caratinga, Ipatinga, Coronel Fabriciano, Acesita, Teófilo Otoni, Conselheiro Pena, Resplendor, Vitória e Vila Velha (ES).

Tiragem 2500

Impressão Lastro Editora

8 Convivência e Rivalidade

Correção ortográfica e pesquisa

9 Crônicas de uma Olimpíada

karineesperanca@gmail.com

10 Ser filha...Ser mãe! 12 Palavras bem ditas 14 Tudo coopera para o bem... 15 Deus de batom 16 Oração ao Deus desconhecido 17 É hora de gargalhar 18 A voz do povo é a voz de Deus? 20 No Brasil, futebol é religião

Karine Carvalho Celia Cristina

tina052007@hotmail.com

Diagramação Genidar Riani

contato@genidar.com.br

Patricia Coelho

criacao@genidar.com.br

Atendimento ao leitor Isabel Gomes da Silva

Atendimento ao Cliente e Mídia José Maria de Souza

Pontos de Vendas Livraria Nova Aliança Rua Marechal Floriano, 1116 - Centro Telefone: (33) 3271.0164 Governador Valadares - MG

22 O Natal não é um só... 24 Não tenha medo do amor 25 Casa e Lar

Livraria Evangélica Belém Av. Marcos de Azevedo, 205 - Vila Rubim Telefone: (27) 3222.1015 Vitória - ES - distbelem@hotmail.com

26 Acho que até Deus me acha feio... 28 Sabedoria 29 Pontes ou Cercas? 30 O segredo do casamento 32 Porque precisamos de sabedoria 34 A felicidade que você tem, mas não sabe. 36 Você dá flores em vida? 38 Você é uma pessoa resiliente? 40 Brasil bem-aventurado! 42 Simples assim...

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Contatos

(33) 8416.8835 – Claro (33) 9132.3901 – TIM (33) 3084.3197 – Livre

jotafeviva@ig.com.br refrigeriopravoce@gmail.com refrigeriopravoce@hotmail.com http://revistarefrigerio.blogspot.com Site: http://issuu.com/revistarefrigerio

A missão principal da revista refrigério é apresentar argumentos e conteúdos que reforçam a proposta de espiritualidade Bíblica neotestamentária verificados na vida e ministério de Jesus Cristo e de todos os seus apóstolos e discípulos que fielmente experimentaram a veracidade dos seus ensinos acerca do amor a Deus, a si mesmo e ao próximo; sendo ELE, Jesus a referência e o marco inicial da prática do amor e da vontade de Deus, conforme ele mesmo ensinou e foi registrado por João o apóstolo no seu evangelho: “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros”. João 13:34 Desvencilhamos dos temas religiosos por conveniência editorial entendendo que para nada contribuem senão para confundir, fomentantando o sectarismo e o debate religioso inútil que amplia as distância entre as pessoas.


Sob a tua mão

Senhor Deus, dono do tempo e da eternidade, Teu é o hoje e o amanhã, o passado e o futuro. Ao acabar mais um ano, quero-te dizer obrigado por tudo àquilo que recebi de Ti. Obrigado pela vida e pelo amor, pelas flores, pelo ar e pelo sol, pela alegria e pela dor, pelo que é possível e pelo que não o foi.

construir. Apresento-te as pessoas que ao longo destes meses amei, as amizades novas e os antigos amigos, os que estão perto de mim e os que estão mais longe, os que me deram sua mão e aqueles que pude ajudar, os com quem compartilhei a vida, o trabalho, a dor e a alegria.

Ofereço-te tudo o que fiz neste ano, o trabalho que pude realizar Mas também Senhor, hoje quero Te pedir perdão. Perdão pelo as coisas que passaram pelas minhas mãos e o que com elas pude tempo perdido, pelo dinheiro mal gasto, pela palavra inútil e o amor negado. Perdão pelas obras vazias e pelo trabalho mal feito, perdão por viver sem entusiasmo. Também pela oração que aos poucos fui adiando e que agora venho apresentar-te, por todos meus olvidos, descuidos e silêncios, novamente te peço perdão. Nos próximos dias começaremos um novo ano. Paro a minha vida diante do novo calendário que ainda não se iniciou e te apresento estes dias, que somente Tu sabes se chegarei a vivê-los. Hoje, peço-te para mim, meus parentes e amigos, a paz e a alegria, a fortaleza e a prudência, a lucidez e a sabedoria. Quero viver cada dia com otimismo e bondade, levando a toda parte um coração cheio de compreensão e paz. Fecha meus ouvidos a toda falsidade e meus lábios a palavras mentirosas, egoístas ou que magoem. Abre, sim, meu ser a tudo o que é bom. Que meu espírito seja repleto somente de bênçãos, para que as compartilhe por onde eu passar. Eu... Senhor! Alvo do teu amor em mais um ano.

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SERVIR: PRIVILÉGIO DE POUCOS É natural ao coração humano a busca de conforto, status, poder e tudo quanto vem agregado a estas realidades. Tiago, João e sua mãe foram até Jesus solicitar tais privilégios na consumação do reino de Deus. Jesus não disse nem que sim, nem que não, mas aproveitou para reforçar que o reino de Deus é reino de servos e, portanto, os servos são os verdadeiros governantes do mundo. No reino de Deus, o privilégio e o ônus de governar não são das “pessoas importantes”, mas dos servos, até porque, governar é servir. No reino de Deus, a maneira de governar não é exercendo domínio sobre os governados, mas servindo os governados, até porque, governar é servir. Na lógica do reino de Deus, o oposto também é verdadeiro: servir é governar. Para servir é necessário sair da zona de conforto, isto é, fazer o indesejado, dedicar tempo para tarefas pouco atraentes, assumir responsabilidades desprezadas pela maioria, fazer “o trabalho sujo”, enfim fazer o que ninguém gosta de fazer. Para servir é necessário vencer o orgulho, isto é, se dispor a ser tratado como escravo, ter os direitos negligenciados, ser desprestigiado, sofrer injustiças, conviver com quase nenhum reconhecimento, enfim, não se deixar diminuir pela maneira como as pessoas tratam os que consideram em posição inferior. Para servir é necessário abrir mão dos próprios interesses, isto é, pensar no outro em primeiro lugar, ocupar-se mais em dar do que em receber, calar primeiro, perdoar sempre, sempre pedir perdão, enfim, fazer o possível para que os outros sejam beneficiados ainda que às custas de prejuízos e danos pessoais. Não é por menos que em qualquer sociedade humana existem mais clientes do que servos. Servir não é privilégio de muitos. Servir é para gente grande. Servir é para gente que conhece a si mesma, e está segura de sua identidade, a tal ponto que nada nem ninguém o diminui. Servir é para gente que conhece o coração das gentes, de tal maneira que nada nem ninguém causa decepção suficiente para que o serviço seja abandonado. Servir é para quem conhece o amor, de tal maneira que desconhece preço elevado demais para que possa continuar servindo. Servir é para quem conhece o fim a que se pode chegar servindo e amando, de tal maneira que não é motivado pelo reconhecimento, a gratidão ou a recompensa, mas pelo próprio privilégio de servir. Servir é para gente parecida com Jesus. Servir é para muito pouca gente. www. ibab.com.br

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Conselhos para quem gosta Parte II Quem pensa que pode vencer na vida sozinho vai fracassar totalmente; quem procura ajuda e pede conselhos será bem sucedido. Todos gostam de dar um bom conselho e é formidável poder dizer a coisa certa na hora certa! Provérbios 15:21 e 22 BIBLIA VIVA

13 Não crie caso com a mulher ou 17 Não negligencie o quarto secreto

com o marido. Nem com o pai nem com a mãe. Nem com o irmão nem com a irmã. Caso eles criem com você, faça amor, não faça a guerra. O resto se resolve.

14 Não

jogue fora a utopia. Ninguém consegue viver sem acreditar que outro mundo é possível. Faça o possível e o impossível para que esse outro mundo possível se torne realidade.

11

Não deixe o trabalho e a religião atrapalharem sua vida. Cante sozinho. Leia poesias em voz alta. Participe de rodas de piada. Não tenha pressa de deixar a mesa após as refeições. Pegue crianças no colo. Ande sem relógio. Fuja dos beatos.

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Não enterre seus talentos. Nem que seu único tempo para usá-los seja da meia-noite às seis. Ninguém deve passar a vida fazendo o que não gosta, se o preço é deixar de fazer o que sabe. Útil não é quem faz o que os outros acham importante que seja feito, mas quem cumpre sua vocação.

onde você se encontra com seu eu verdadeiro eu e com Deus - ou viceversa. Aquele quarto é o centro do mundo - o mundo todo cabe lá dentro, pois na presença de Deus tudo está e tudo é.

18 Não perca Jesus de vista. Não

tente fazer trilhas novas, siga nos passos dEle. O caminho nem sempre será tão confortável e a vista tão agradável, mas os companheiros de viagem são inigualáveis.

15 Não deixe a monotonia tomar 19 Não caia na minha conversa. conta do seu pedaço. Ninguém consegue viver sem adrenalina. Preste bastante atenção naquilo que faz você levantar da cama na segundafeira: se for bom apenas para você, jogue fora ou livre-se disso agora mesmo. Caso não queira levantar da cama na segunda-feira, grite por socorro.

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Não deixe de dar bom dia para Deus. Nem boa noite. Mesmo quando o dia não tiver sido bom. Com o tempo você vai descobrir que quem anda com Deus não tem dias ruins, apenas dias difíceis.

Aliás, não caia na conversa de ninguém. Faça sua própria lista. Escolha bem seus mestres e suas referências. Examine tudo. Ouça seu coração - geralmente é ali que Deus fala. Misture tudo e leve ao forno.

20 Não fique esperando que sua

lista saia do papel. Coloque o pé na estrada. Caso não saiba por onde começar, não tem problema. O sábio disse ao caminhante que "não há caminho, faz-se caminho ao andar". Ed René Kivitz

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Convivência

e rivalidade Amem, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta. Então, a recompensa que terão será grande e vocês serão filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso para com os ingratos e maus. Lucas 6:35

E

is uma história que nem todos conhecem.

Refere-se a dois dos três tenores que encantaram o mundo, cantando juntos Mesmo quem nunca visitou a Espanha, conhece a rivalidade existente entre catalães e madrilenos; dado que os catalães lutam pela autonomia, numa Espanha dominada por Madrid. Pois bem. Plácido Domingo é madrileno. José Carreras é catalão. Devido a questões políticas, em 1984, Carreras e Domingo, tornaram-se inimigos. Sempre muito solicitados em todo o mundo, ambos faziam questão de exigir nos seus contratos, que só atuariam em determinado espetáculo se o adversário não fosse convidado. Em 1987, apareceu a Carreras um inimigo muito mais implacável que o seu rival, Plácido Domingo: Foi surpreendido por um diagnóstico

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terrível: leucemia. A sua luta contra o câncer foi muito difícil, tendo-se submetido a diversos tratamentos, a um transplante de medula óssea, além de uma mudança de sangue, que o obrigava a viajar mensalmente até aos Estados Unidos. Nestas circunstâncias, não podia trabalhar e apesar de possuir uma fortuna razoável, os elevadíssimos custos das viagens e dos tratamentos, dilapidaram as suas finanças. Quando não tinha mais condições financeiras, teve conhecimento da existência de uma fundação em Madrid, cuja finalidade era apoiar o tratamento de doentes com leucemia. Graças ao apoio da fundação “Formosa”, Carreras venceu a doença e voltou a cantar. Voltou a receber os altos cachês que merecia, e resolveu associar-se à fundação. Foi ao ler os seus estatutos, que descobriu que o seu fundador, maior colaborador e presidente da fundação era Plácido Domingo. Depressa soube que Domingo tinha criado a fundação para ajudá-lo e

que se tinha mantido no anonimato para que ele não se sentisse humilhado ao aceitar o auxílio do seu “inimigo”. Mas... O mais comovente foi o encontro de ambos. Surpreendendo Plácido Domingo num dos seus concertos em Madrid, Carreras interrompeu a atuação deste, subindo ao palco e humildemente, ajoelhou-se a seus pés, pediu-lhe desculpas e agradeceu-lhe publicamente. Plácido ajudou-o a levantar-se e com um forte abraço, selaram o início de uma grande e bela amizade. Mais tarde, uma jornalista perguntou a Plácido Domingo, porque criara a fundação “Formosa”, num gesto que além de ajudar um “inimigo”, ajudava também o único artista que poderia fazer-lhe concorrência. A sua resposta foi curta e definitiva: “Porque uma voz como aquela não poderia perder-se.” Esta é uma história real da nobreza humana e deveria servir-nos de inspiração e exemplo.


Crônicas de uma olimpíada

Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, Hebreus 12:1 Los Angeles, 1984. O estádio olímpico prende a respiração. Um vulto desengonçado surge das sombras do túnel de acesso à pista de atletismo. Um passo de cada vez, vai ganhando luzes e forma. Diante da multidão está um corpo trôpego que se esforça para cruzar a linha de chegada. Os paramédicos correm desordenados trocando olhares como quem busca discernimento para uma decisão nada fácil: até onde permitir aquela marcha aparentemente insana, uma espécie de via crucis. Sob os olhares atônitos e o foco das objetivas que rapidamente as colocaram no centro do palco, seguem aquelas pernas finas trançando uma por dentro da outra, sustentando um corpo que aos poucos vai se amontoando sobre si mesmo, equilibrado apenas pelos braços bambos e descoordenados. Aos poucos a atmosfera do Los Angeles Memorial Coliseum vai sendo envolvida pelo som das palmas, que explodem num vigoroso e definitivo aplauso quando a suíça Gabrielle Andersen-Schiess cruza o último dos 42.195 metros da maratona olímpica. Considero esta uma cena emblemática dos Jogos Olímpicos. Gabrielle Andersen-Cheiss jamais será esquecida. Seu lugar no olimpo está para sempre preservado. Permanece ao lado de Joan Benoit, ganhadora da medalha de ouro naquela batalha memorável. Na história figura como a mais vitoriosa das derrotas olímpicas. Dependesse de mim a legenda de sua foto seria simplesmente: “a vitória”. O maior vencedor olímpico não é o atleta que conquista a medalha de ouro, ou mesmo uma medalha, seja de prata ou bronze (Céus, que os medalhistas não me leiam!). A medalha de ouro é um detalhe que se submete a muitas variáveis. Na piscina de 50 metros a distância entre o ouro e a prata é apenas um piscar de olhos. Fatores genéticos, recursos tecnológicos, acompanhamento clínico, nutrição, condições físicas para o treinamento, equipe técnica, apoio financeiro e outros tantos acabam por afetar o resultado mais até que o talento, a dedicação e a disciplina de cada atleta. A maior batalha de um atleta olímpico não é contra seus adversários. Vencedor não é quem supera o outro, é quem supera a si mesmo. Parafraseando o sábio Salomão, “maior é aquele que conquista a si mesmo do que aquele que conquista uma medalha de ouro” (Provérbios 16.32). Talvez por essa razão o apóstolo Paulo tenha comparado a carreira da fé aos jogos olímpicos (1coríntios 9.24-27). No podium olímpico apenas um leva o prêmio. Mas no podium da vida todos podem ser coroados vencedores, mesmo aqueles que chegam por último, pois na vida não competimos uns contra os outros para chegar na frente, mas contra nossos próprios limites, simplesmente para chegar.

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Ser filha...

A

inda se encontram bem presentes nas minhas lembranças os sentimentos que tomaram conta de mim quando o médico abriu meu exame de sangue e declarou: “Você está grávida!” As lágrimas teimosamente correram pelo meu rosto ali mesmo! O médico entendeu que era emoção pela alegria. Era sim! Mas junto com a alegria misteriosa de conceber também havia a preocupação de não saber ser mãe. O medo de não dar conta de cuidar de um bebê! Enfim, um misto confuso de melancolia e alegria era constante nos dias que se seguiram.

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O que eu não sabia na época é que, antes de ser mãe, é importante ser filha. Não estou me referindo à filiação biológica, mas sim ao de ter sido “amaternada”, afetiva e amorosamente, de forma perceptível na fase de formação para a vida. Algumas mães são apenas pessoas funcionais que providenciam tudo que uma criança dependente precisa, como alimentos, vestuário, educação e saúde. Mas não constroem um vínculo com a criança de forma visceral, dando a ela a segurança da aceitação, proteção e acolhimento amoroso. Chamo estes filhos de

órfãos afetivos! Uma mulher órfã afetiva necessita antes de tudo, adotar a si mesma com um tratamento bondoso e cheio de misericórdia. Em outras palavras, antes de gerar filhos é necessário gestar a si mesma amorosamente, quebrando assim os laços gelados da indiferença recebida, que é capaz de fazer tudo na preservação da vida no corpo, mas não dispensa uma presença amorosa que alimenta a alma. Nós, seres humanos, temos a capacidade terrível de repetir em nossas próprias vidas os maus comportamentos que nos foram dirigidos no passado. Assim muitas mulheres continuam dispensando a si mesmas uma dureza que fará muito mal quando elas tiverem que lidar com toda a complexidade da maternidade. A tarefa não é tão fácil quanto parece porque, para ser “grávida de si mesma”, é necessário reconhecer o desamparo da orfandade afetiva. E este desamparo pode vir à tona com sintomas de solidão e a sensação de que a morte está próxima. Fugimos destes sintomas procurando coisas, que mesmo sendo legítimas e essenciais à vida, tem a função de cobrir esta falta afetiva com disfarces que trazem uma falsa segurança, que se quebrará com a responsabilidade que a chegada de um filho requer.


Ser mãe!

Lembro-me de uma pessoa, que vou chamar de Rose, que buscou ajuda porque acreditava que não tinha nascido para ser mãe, mas já tinha um filho de seis meses. Quando

bem claro que Deus é a fonte do amor. Eu tive uma mãe que não conseguiu ser afetiva comigo o suficiente para que eu estivesse pronta para a maternidade na vida adulta. Fiquei desesperada quando me dei conta do vazio que isto deixa na vida. Mas um dia, enquanto lia

“O que eu não sabia na época em que engravidei é que , antes de ser mãe , é importante ser filha”.

descobri que ela, já aos seis anos, não podia brincar porque tinha que cuidar do irmão recém-nascido, lhe disse: “Na verdade você nasceu primeiro para ser filha. E, quando você tinha que ser apenas filha, teve que ser “mãe” do seu irmão!” Rose estava entristecida e cansada; no entanto, seus exames clínicos não apresentavam nada fora do normal. Não foi difícil para Rose perceber que se sentia mesmo como uma criança que precisava de uma terceira pessoa na tarefa de dar conta do bebê que chegara. Enfim, nesta situação, ela precisava de alguém que pudesse “amaterná-la”, para que ela “amaternasse” seu filhinho. Quem não percebeu esta necessidade antes, de tal forma que tenha aprendido a suprir as próprias necessidades, poderá precisar de atenção e ajuda triplicada, tanto do marido como dos amigos e parentes que estão próximos, para que a mãe possa se recuperar emocionalmente e se fortalecer, inclusive fisicamente, para continuar as responsabilidades da criação de filhos. A notícia animadora vem de João, o discípulo do amor, que em sua primeira carta aos cristãos, deixa

as Escrituras Sagradas, descobri esta verdade. E se Deus é a origem do amor, as pessoas com as quais temos vínculos são apenas meios por onde este amor pode ou não chegar até nós. Daquele dia em diante tirei o foco da inabilidade da minha mãe e voltei os olhos para as pessoas que podiam e queriam me amar! A falta do passado pode ser uma realidade na vida que não tem como ser mudada. Mas a vida presente pode ser reescrita de forma amorosa com o cuidado recebido de pessoas que escolheram nos amar. É possível cuidar maternalmente de si mesma na vida adulta. E também adotar e aceitar o amor maternal de outras mulheres que estão disponíveis e são capazes disto. E assim haverá recursos para dar aos filhos o amor que não se recebeu enquanto criança. Esther Carrenho psicóloga clínica e escritora

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Palavras bem ditas “O que me incomoda não é a opressão dos maus... mas a indiferença dos bons”

“Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma...” (Fernando Pessoa)

Martin Luther King “Se eu gosto de poesia? Gosto de gente, bichos, plantas, lugares, chocolate, vinho, papos amenos, amizade, amor. Acho que a poesia está contida nisso tudo.” Carlos Drummond de Andrade

“Não consigo viver em preto e branco” “Nenhuma palavra alcança o mundo, eu sei. Ainda sim, escrevo.” (Mia Couto)

“Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra” (Adélia Prado)

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(Nietzsche)

Amar é renunciar viver em si, por si e para si. Amar é viver para o outro e pelo outro. [François Varillon]

“Tenho em mim todos os sonhos do mundo.” (Fernando Pessoa)


Quando você chegar à conclusão de que não tem mais nada a não ser Deus, então você se tornará consciente de que Deus é suficiente. Maude Royden

A parte mais difícil Na arte de poetar É onde esconder as asas Quando as mãos param de rabiscar (Wania)

Não per��bes o teu pecado? Pois fica sabendo que o teu pecado con�iste exata�ente �isso: em não �er o teu pecado. [Ra��ero Cantala�essa]

“Foi a soberba que transformou os anjos em demônios, mas é a humildade que torna os homens em anjos”. (Agostinho)

“Uso as palavras para entender meus silêncios” (Manoel de Barros)

“Humildade é pensar menos em si mesmo” (C.S. Lewis)

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Tudo coopera para o bem...

E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Romanos 8.28

A afirmação de que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus pode apontar na direção de um manipulador de circunstâncias, uma espécie de solucionador de problemas, na esteira da crença popular que afirma que quando Deus fecha uma janela, abre uma porta. Isso nos faz crer que quando alguma coisa ruim acontece, das duas, uma, ou Deus transforma a coisa ruim em coisa boa, ou usa a coisa ruim para fazer acontecer uma coisa boa, o que no fim das contas 14 Refrigério

dá quase na mesma. Mas há outra tradução possível, mais coerente com o todo das Escrituras: em todas as coisas Deus coopera juntamente com aqueles que o amam, para trazer à existência o que é bom. Nesse caso, a ação de Deus não tem como objeto as circunstâncias, mas as pessoas, que, tocadas por Deus, saberão enfrentar suas circunstâncias. Isso me faz lembrar outra crença popular: quem anda com Deus é capaz de fazer do limão uma limonada. www.ibab.com.br


Deus de batom

Em 1945, um grupo de soldados britânicos libertou do poderio germânico um campo de concentração chamado Bergen-Belsen. Um deles, o tenente-coronel Mercin Willet Gonin, condecorado pelo exército inglês com a Ordem do Serviço Distinto, relatou em seu diário o que foi encontrado ali. Sou incapaz de uma descrição apropriada do circo de horrores em que meus homens e eu haveríamos de passar o mês seguinte da nossa vida. O lugar é um deserto inóspito, desprotegido como um galinheiro. Há cadáveres espalhados por todo lado, alguns em pilhas enormes, às vezes isolados ou pares no mesmo local em que caíram. Levei algum tempo para me acostumar a ver homens, mulheres e crianças tombarem ao passar por eles. Sabia-se que 500 deles morreriam por dia e que outros 500 ao dia continuariam morrendo durante semanas antes que alguma coisa que estivesse ao nosso alcance fazer causasse algum impacto. De qualquer forma, não era fácil ver uma criança morrer sufocada pela difteria quando se sabia que uma traqueostomia e alguns cuidados a teriam salvado. Viam-se mulheres se afogarem no próprio vômito porque estavam fracas demais para se virar de lado, homens comendo vermes agarrados a meio pedaço de pão pelo simples fato de que precisavam comer vermes se quisessem sobreviver e, depois de algum tempo, eram incapazes de distinguir uma coisa da outra. Pilhas de cadáveres, nus e obscenos, com uma mulher fraca demais para ficar de pé se escorando neles enquanto preparava sobre uma fogueira improvisada a comida que havíamos dado a ela; homens e mulheres agachados por toda parte a

céu aberto, aliviando-se. Em uma fossa de esgoto boiavam os restos de uma criança. Pouco depois que a Cruz Vermelha britânica chegou, embora talvez sem ter nenhuma relação esse fato, chegou também uma grande quantidade de batom. Não era em absoluto o que queríamos. Clamávamos por centenas e milhares de outras coisas. Não sei quem pediu batom. Gostaria muito de descobrir quem fez isso; foi um golpe de gênio, de habilidade pura e natural. Creio que nada contribuiu mais para aqueles prisioneiros de guerra que o batom. As mulheres se deitaram na cama sem lençol e sem camisola, mas com os lábios escarlates. Podia-se vê-las perambulando por todo lado sem nada, a não ser um cobertor em cima dos ombros, mas com os lábios bem vermelhos. Vi uma mulher morta em cima da mesa de autópsia cujos dedos ainda agarravam um pedaço de batom. Enfim alguém fizera algo para torná-las humanas de novo. Era gente, não mais um simples número tatuado no braço. Enfim, podiam se interessar pela própria aparência. O batom começou a lhes devolver a humanidade. Porque, às vezes, a diferença entre o céu e o inferno pode ser um pouco de batom. Extraído do livro DEUS E SEXO, de Rob Bell, Editora Vida, 2010. 15 Refrigério


A oração ao Deus desconhecido Por Nietzsche Antes de prosseguir no meu caminho E lançar o meu olhar para frente Uma vez mais elevo, só, minhas mãos a Ti, Na direção de quem eu fujo. A Ti, das profundezas do meu coração, Tenho dedicado altares festivos, Para que em cada momento Tua voz me possa chamar. Sobre esses altares está gravada em fogo Esta palavra: a“ o Deus desconhecido” Eu sou Teu, embora até o presente Me tenha associado aos sacrílegos. Eu sou Teu, não obstante os laços Me puxarem para o abismo. Mesmo querendo fugir Sinto-me forçado a serví-Te. Eu quero Te conhecer, ó Desconhecido! Tu que me penetras a alma E qual turbilhão invades minha vida. Tu, o Incompreensível, meu Semelhante. Quero Te conhecer e a Ti servir. Uma tradução feita por Leonardo Boff de uma oração escrita por Nietzsche. Muitos só conhecem de Nietzsche a frase “Deus está morto”. Não se trata do Deus vivo que é imortal. Mas do Deus da metafísica, das representações religiosas e culturais, feitas apenas para acalmar as pessoas e impedir que se confrontem com os desafios da condição humana. Esse Deus é somente uma representação e uma imagem. É bom que morra para liberar o Deus vivo. Mas não devemos confundir imagem de Deus com Deus como realidade essencial. Essa oração que

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aqui se publica é desconhecida por muitos, até por estudiosos do filósofo. As fontes em alemão de onde fiz a tradução. No original, com rimas, é de grande beleza. Friedrich Nietzsche (18441900) em Lyrisches und Spruchhaftes (1858-1888). O texto em alemão pode ser encontrado em Die schönsten Gedichte von Friederich Nietzsche, Diógenes Taschenbuch, Zürich 2000, 11-12 ou em F. Nietzsche, Gedichte, Diógenes Verlag, Zurich 1994.

Leonardo Boff

leonardoboff.wordpress.com


É hora de gargalhar!

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A voz do povo é a voz de Deus? Ganhei coragem!

Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos. Isaías 55:8-9

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“Mesmo o mais corajoso entre nós só raramente tem coragem para aquilo que ele realmente conhece“, observou Nietzsche. É o meu caso. Muitos pensamentos meus, eu guardei em segredo. Por medo. Albert Camus, ledor de Nietzsche, acrescentou um detalhe acerca da hora quando a coragem chega: “Só tardiamente ganhamos a coragem de assumir aquilo que sabemos“. Tardiamente. Na velhice. Como estou velho, ganhei coragem. Vou dizer àquilo sobre que me calei: “O povo unido jamais será vencido“: é disso que eu tenho medo. Em tempos passados invocava-se o nome de Deus como fundamento da ordem política. Mas Deus foi exilado e o “povo“ tomou o seu lugar: a democracia é o governo do povo... Não sei se foi bom negócio: o fato é que a vontade do povo, além de não ser confiável, é de uma imensa mediocridade. Basta ver os programas de televisão que o povo prefere. A Teologia da Libertação sacralizou o povo como instrumento de libertação histórica. Nada mais distante dos textos bíblicos. Na Bíblia o povo e Deus andam sempre em direções opostas. Bastou que Moisés, líder, se distraísse, na montanha, para que o povo, na planície, se entregasse à adoração de um bezerro de ouro. Voltando das alturas Moisés ficou tão furioso que quebrou as tábuas com os 10 mandamentos. E há história do profeta Oséias, homem apaixonado! Seu coração se derretia ao contemplar o rosto da mulher que amava! Mas ela tinha outras idéias. Amava a prostituição. Pulava de amante a amante enquanto o amor de Oséias pulava de perdão a perdão. Até que ela o abandonou... Passado muito tempo Oséias perambulava solitário pelo mercado de escravos... E que foi que viu? Viu a sua amada sendo vendida como escrava. Oséias não teve dúvidas. Comprou-a e disse: “Agora você será minha para sempre...“ Pois o profeta transformou a sua desdita


amorosa numa parábola do amor de Deus. Deus era o amante apaixonado. O povo era a prostituta. Ele amava a prostituta. Mas sabia que ela não era confiável. O povo sempre preferia os falsos profetas aos verdadeiros, porque os falsos profetas lhes contavam mentiras. As mentiras são doces. A verdade é amarga. Os políticos romanos sabiam que o povo se enrola com pão e circo. No tempo dos romanos o circo era os cristãos sendo devorados pelos leões. E como o povo gostava de ver o sangue e ouvir os gritos! As coisas mudaram. Os cristãos, de comida para os leões, se transformaram em donos do circo. O circo cristão era diferente: judeus, bruxas e hereges sendo queimados em praças públicas. As praças ficavam apinhadas com o povo em festa, se alegrando com o cheiro de churrasco e os gritos. Reinhold Niebuhr, teólogo moral protestante, no seu livro O homem moral e a sociedade imoral observa que os indivíduos, isolados, têm consciência. São seres morais. Sentem-se “responsáveis“ por aquilo que fazem. Mas quando passam a pertencer a um grupo, a razão é silenciada pelas emoções coletivas. Indivíduos que, isoladamente, são incapazes de fazer mal a uma borboleta, se incorporados a um grupo, tornam-se capazes dos atos mais cruéis. Participam de linchamentos, são capazes de pôr fogo num índio adormecido e de jogar uma bomba no meio da torcida do time rival. Indivíduos são seres morais. Mas o povo não é moral. O povo é uma prostituta que se vende a preço baixo. Meu amigo Lisâneas Maciel, no meio de uma campanha eleitoral, me dizia que estava difícil porque o outro candidato a deputado comprava os votos do povo por franguinhos da Sadia. E a democracia se faz com os votos do povo... Seria

maravilhoso se o povo agisse de forma racional, segundo a verdade e segundo os interesses da coletividade. É sobre esse pressuposto que se constrói o ideal da democracia. Mas uma das características do povo é a facilidade com que ele é enganado. O povo é movido pelo poder das imagens e não pelo poder da razão. Quem decide as eleições – e a democracia - são os produtores de imagens. Os votos, nas eleições, dizem quem é o artista que produz as imagens mais sedutoras. O povo não pensa. Somente os indivíduos pensam. Mas o povo detesta os indivíduos que se recusam a ser assimilados à coletividade. Uma coisa é o ideal democrático, que eu amo. Outra coisa são as práticas de engano pelas quais o povo é seduzido. O povo é a massa de manobra sobre a qual os espertos trabalham. Nem Freud, nem Nietzsche e nem Jesus Cristo confiavam no povo. Jesus Cristo foi crucificado pelo voto popular, que elegeu Barrabás. Durante a Revolução Cultural na China de Mao-Tse-Tung, o povo queimava violinos em nome da verdade proletária. Não sei que outras coisas o povo é capaz de queimar. O nazismo era um movimento popular. O povo alemão amava o Führer. O mais famoso dos automóveis foi criado pelo governo alemão para o povo: o Volkswagen. Volks, em alemão, quer dizer “povo“... De vez em quando, raramente, o povo fica bonito. Mas, para que esse acontecimento raro aconteça é preciso que um poeta entoe uma canção e o povo escute: “Caminhando e cantando e seguindo a canção...“ Isso é tarefa para os artistas e educadores: O povo que amo não é uma realidade. É uma esperança. Rubem Alves

Fonte: livro “O amor que acende a lua”

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No Brasil futebol e religiao P

arece mentira, mas foi verdade. No dia 1°/Abr/2010, o elenco do Santos atual campeão paulista de futebol foi a uma instituição que abriga trinta e quatro pessoas. O objetivo era distribuir ovos de Páscoa para crianças e adolescentes, a maioria com paralisia cerebral. Ocorreu que boa parte dos atletas não saiu do ônibus que os levou. Entre estes, Robinho (26a), Neymar (18a), Ganso (21a), Fábio Costa (32a), Durval (29a), Léo (24a), Marquinhos (28a) e André (19a) todos os ídolos super-aguardados. O motivo teria sido religioso: a instituição era o Lar Espírita Mensageiros da Luz, de Santos-SP, cujo lema é Assistência à Paralisia Cerebral Visivelmente constrangido, o técnico Dorival Jr. tentou convencer o grupo a participar da ação de caridade. Posteriormente, o Santos informou que os jogadores não entraram no local simplesmente porque não quiseram. Dentro da instituição, os outros jogadores participaram da doação dos 600 ovos, entre eles, Felipe (22a), Edu Dracena (29a), Arouca (23a), Pará (24a) e Wesley (22a), que conversaram e brincaram com as crianças. Eis que o escritor, conferencista e Pastor (com P maiúsculo) Ed René Kivitz, da Igreja Batista de Água Branca (São Paulo), fez uma análise profunda sobre o ocorrido e escreveu o texto No Brasil, futebol é religião, que abaixo tenho o prazer de compartilhar.

Jornalista: Ana Kaye www.jornalorebate.com

O

s meninos da Vila pisaram na bola. Mas prefiro sair em sua defesa. Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles. O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros. Por isso, cada vez mais me convenço que o Cristianismo implica a superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade, em detrimento das categorias da religião. A religião está baseada nos ritos,

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dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé. A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas e cada uma das tradições de fé. Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas

das outras, promove o sectarismo e a intolerância.

o inferno; ou se Deus é a favor ou contra à prática do homossexualismo; ou mesmo se você tem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião. Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião. Quando você fica perguntando se a instituição


social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, você está discutindo religião. O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância. A religião coloca de um lado os adoradores de Allá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adoradores de Shiva, de Krishna e devotos do Buda, e por aí vai. E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixem de existir enquanto outros e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio através do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por Deus. Mas, quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão,

misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas. E quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz. Os valores espirituais agregam pessoas, aproxima os diferentes, faz com que os discordantes no mundo das crenças se dêem as mãos no mundo da busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero, e inclusive religião. Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus. Quando você vive no mundo da espiritualidade que a sua religião ensina ou pelo menos deveria ensinar, você desce do ônibus e dá um ovo de páscoa para uma criança que sofre a tragédia e miséria de uma paralisia mental.

Ed René Kivitz, cristão, pastor evangélico, e santista desde pequenininho. “Amo como ama o amor.” Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo? (Fernando Pessoa) “Cuidado com as pessoas. Elas não falam tudo o que pensam e nem sempre sentem tudo o que falam...”

“...quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade...”

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O Natal não é um só...

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Natal não é um só: um é o Natal do egoísmo e da tirania, outro é o Natal da abnegação e da diaconia; um é o Natal do ódio e do ressentimento, outro é o Natal do perdão e da reconciliação; um é o Natal da inveja e da competição, outro é o Natal da partilha e da comunhão; um é o Natal da mansão, outro é o Natal do casebre; um é o Natal do prazer e do amor, outro é o Natal do abuso e da infidelidade; um é o Natal no templo com orquestra e coral, outro é o Natal das prisões e dos hospitais; um é o Natal do shopping e do papai Noel, outro é o Natal do presépio e do menino Jesus. O Natal não é um só: um é o Natal de José, outro é o Natal de Maria; um é o Natal de Herodes, outro é o Natal de Simeão; um é o Natal dos reis magos, outro é o Natal dos pastores no campo; um é o Natal do anjo mensageiro, outro é o Natal dos anjos que cantam no céu; um é o Natal do menino Jesus, outro é o Natal do pai dele. O Natal de José é o instante sublime quando toma no colo o Messias. A partir daquela primeira noite jamais conseguiria dormir em paz. Sob seus olhos e sua responsabilidade cresceria aquele de quem falaram a Lei e os profetas. Era de José a tarefa de ensinar ao menino a respeito de sua verdadeira identidade. Enquanto recitava o profeta Isaías: “Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará. E repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do SENHOR. E deleitar-se-á no temor do SENHOR; e não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos. Mas julgará com justiça aos pobres, e repreenderá com eqüidade aos mansos da terra; e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará ao ímpio, e a justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade o cinto dos seus rins”, dizia ao garoto, “esse aí é você, meu filho”. O Natal de Maria é um canto de redenção: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador”. O Magnificat anuncia a redenção de geração em geração, obra das mãos do Deus que visita e abençoa os humildes e pobres, mas humilha e despede de mãos vazias os poderosos e prepotentes. Uma redenção que transborda a subjetividade do foro íntimo e se esparrama pelo chão das sociedades injustas, atravessando o tempo e fazendo livres nossos filhos e os filhos dos nossos filhos. O Natal do anjo mensageiro é proclamação de boas notícias a todos: José, Maria, pastores no campo e todos os que inclinarem seu ouvido e coração para ouvir. Menos para o menino Jesus. A boa notícia de

Deus aos homens a quem quer bem, é também vaticínio de morte para o menino na manjedoura. Ao divulgar que na cidade de Davi nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor, o anjo mensageiro desperta a ira de Roma, seus governantes e imperadores. Somente César é Salvador, filho de Deus e Senhor. Mas de agora em diante estaria presente no mundo aquele cujo reino jamais terá fim. A pedra profetizada por Daniel, solta pela mão de Deus para esmagar todos os reinos deste mundo já rolava na história, e atendia pelo nome de Jesus. As espadas romanas derramaram sangue inocente (os impérios deste mundo sempre derramam sangue inocente), mas o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, sobreviveu para desfazer a grande mentira: a Pax nunca foi romana. O Natal dos anjos cantores definiu que Deus somente é glorificado nos céus quando há paz na terra entre os homens. Desde então, Natal é necessariamente compromisso com a justiça, convocação para a reconciliação, outorga de perdão. Os pastores no campo deixaram seus rebanhos, que guardavam do mal, movidos pelo ímpeto da curiosidade e pelo impulso do maravilhamento, e quem sabe, guiados pela intuição de que naquela noite em Belém o mal estava acuado, reforçando as frágeis trancas das portas de seus territórios, sabendo já que seus dias eram contados. Havia irrompido o tempo quando o lobo e o cordeiro dormiriam juntos, e nenhum espírito tenebroso ousaria ferir a noite do nascimento do príncipe da Paz. E o Natal dos três reis Magos? O Natal dos três (que não eram necessariamente três) reis (que não eram reis) magos (que não eram magos) foi tempo de adoração. Estudiosos dos corpos celestiais, viram a estrela no Oriente, e foram em busca do rei dos judeus, para o adorar. Trouxeram consigo ouro, incenso e mirra, pois sabiam que adorar é servir, doar, presentear. O menino que recebeu presentes enquanto na manjedoura distribuiu entre os pobres as suas riquezas e nos ensinou: quem deseja me dar um presente que o faça a um dos meus pequeninos. Assim, até hoje, os adoradores de Jesus se espalham no mundo distribuindo riquezas, abençoando os que sofrem, suprindo os pobres, promovendo a justiça e sinalizando a paz. O Natal não é um só. O menino Jesus também teve seu Natal. E assim o explicou: Eu vim para que tenham vida; eu vim buscar e salvar o que se havia perdido; eu não vim para ser servido, mas para servir e dar a minha vida em resgate de muitos. O Jesus do primeiro Natal até hoje segue seu caminho batendo em todas as portas e dizendo “quem ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, cearei com ele, e ele comigo”. 23 Refrigério


Não tenha medo do amor Se sem amor nada aproveita, então, sem amor não há vida, pois, caso qualquer coisa gerasse vida, o amor seria apenas outra alternativa de vida como existência.

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uando Paulo disse que o amor era o caminho sobremodo excelente, ele não dizia que sem amor há um caminho de vida, ainda que inferior. Não! Afinal, João decretou que Deus é amor, e, também, que aquele que ama conhece a Deus, e que quem não ama jamais o viu. O amor não é romântico e nem fantasioso. O amor lida com o que é; sem ficção. Nele cabe o romance quando essa é a relação, mas suas bases são bases de verdade e realidade. Amar é segundo Jesus, uma decisão espiritual a ser praticada em relação a tudo e todos. No entanto, o amor tem que ser como o de Jesus. Amor diferente do amor de Deus não é amor. Pode-se ver Jesus escolhendo amigos livremente. No entanto, Ele nunca escolheu a quem amar. Ele amava quem Ele via e passava o Seu caminho. Sim! Amava sempre. Amou os amigos e discípulos, mas amou a todos os inimigos. E quando se diz que Ele amou alguém, como foi com o “jovem rico”, se o vê amando sem romance. Não! Ele ama apenas com amor, não com emoções empolgadas. Também se vê que no amor de Jesus o objeto do amor, o “jovem rico”, mesmo amado, é deixado seguir o seu caminho de autoengano. Afinal, o amor deixa livre sempre. De fato, o amor não é dono de nada e nem de ninguém. Quem ama não possui e nem é possuído.

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O amor não é um encontro de serpentes famintas engolindo uma a outra. Amar o inimigo é uma decisão, assim como amar a mulher que um dia se amou e se ama. Entre homem e mulher o amor quase sempre surge como paixão, desejo e encantamento; porém, somente se mantém como amor mesmo, o qual não tem nada a ver com as miragens iniciais do amor embrionário, se for alimentado pela decisão de amar. Muitas vezes ouço as pessoas dizerem que querem um amor. Penso: Não quer amor nada. Quer apenas um Pet para possuir e ser possuído. Afinal, quem ama não quer nunca um amor, pois pode amar a todos, indiscriminadamente. Quem quer um amor quer uma posse, quer um objeto, quer um domínio de propriedade humana. Cada dia mais é minha convicção que aquele que cresce em amor cresce em tudo na vida; da mente aos atos de vida verificável. Quem quer expandir a mente deve amar, pois, somente no amor pode-se crescer para atingir o que quer que seja nosso maior potencial nesta vida e na vida porvir. É triste ver que as pessoas creiam que o amor é apenas um confeito de bolo fraterno e humano, sem que vejam que o amor é a própria vida, e que um ser humano estará tanto mais vivo quanto mais amar com o único amor que existe em projeção eterna: o amor de Deus, que é aquele que tudo

sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta; e que jamais acaba. O amor pode mudar de configuração conforme a relação. Porém, uma coisa que o amor não sabe é desamar. Não há mistério. Sim! Vida é amor; e quem ama está no caminho de todas as coisas. O amor é a síntese única de tudo o que faz a existência acontecer. E se estamos falando da vida no espírito, nada há que possa ser real e verdadeiro sem amor. Portanto, quem quer vida eterna, que busque amar; fazendo as decisões do amor todos os dias. Sim! Sem nunca se arrepender do amor. www.caiofabio.net

Afinal, o amor deixa livre sempre. De fato, o amor não é dono de nada e nem de ninguém. Quem ama não possui e nem é possuído.


Casa e Lar Casa é uma construção de cimento e tijolos. Lar é uma construção de valores e princípios. Casa é o nosso abrigo das chuvas, do calor, do frio... Lar é o abrigo do medo, da dor e da solidão. Casa é o lugar onde as pessoas entram para dormir, usar o banheiro, comer. Onde temos pressa para sair e retardamos a hora de voltar. O lar é o lugar onde os membros da família anseiam por estar nele, onde refazem suas energias, alimentam-se de afeto e encontram o conforto do acolhimento. É onde temos pressa de chegar e retardamos a hora de sair. Numa casa criamos e alimentamos problemas. O lar é o centro de resolução de problemas. Numa casa moram pessoas que mal se cumprimentam e se suportam. Num lar vivem companheiros que, mesmo na divergência, se apóiam e nas lutas se solidarizam.

Numa casa nascem muitas lágrimas. Num lar plantam-se sorrisos. A casa é um nó que oprime, sufoca... O lar é um ninho que aconchega.

Casa é local de dissensões, conflitos, discórdia... No lar as dissensões, os conflitos, existindo, servirão para esclarecer e engrandecer.

Se você ainda mora em uma casa, lhe convido a transformá-la, com urgência, em um lar...

Numa casa desdenha-se dos nossos valores. No lar sonhamos juntos.

...E que Jesus seja sempre o seu convidado especial!

Numa casa há azedume e destrato. Num lar sempre há lugar para a alegria.

Texto de: Abigail Guimarães

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ACHO QUE ATÉ DEUS ME ACHA FEIO… Pastor, Estou muito ansioso, a ponto de "explodir". Tenho 38 anos, nasci em berço evangélico e até hoje estou nesse caminho. O meu grande problema é que nunca namorei, devido a minha aparência que não agrada nenhuma mulher (tenho 1,60 e de pouca aparência), até hoje sou virgem e não sou homossexual! O meu desejo de amar uma moça e ser amado é muito grande. Não aguento mais orar, estou perdendo a fé e a esperança. A palavra de Deus parece não fazer mais efeito para mim. Em provérbios 19:14 diz “... a esposa prudente vem do Senhor". Por que será que o Senhor me rejeitou essa benção? Será que fiz algo de errado? Não foi Ele que me fez feio assim? Tenho dúvidas se realmente Deus me ama. Aliás, eu não entendo esse amor de Deus. A uns Ele dá tudo de bom. A outros, nada. Estou muito mal, mal mesmo. Já cheguei até pedir um câncer para Deus, para ir embora dessa terra. Só não cometo suicídio porque tenho medo de ir para o inferno. Mas se a Bíblia garantisse que o cristão que cometesse suicídio não perdesse a salvação, já teria tomado veneno. Pastor, não sei mais o que fazer. Se depender de mim para conquistar uma mulher... Tô perdido! Estou revoltado e muito magoado. Pastor, tenho 38 anos e não sei o que é ser beijado por uma mulher! Não tenho condições de pagar um psicólogo. Todos os meus amigos (da igreja) já se casaram. Quando os vejo felizes com suas esposas, fico feliz por eles, mas choro por mim. Não vou mentir... Masturbo-me também. É irresistível. Estou quase ficando louco. 26 Refrigério

Caio, por favor, me dê uma orientação. Não sei o que fazer; e a vida passa muito depressa. A cada dia fico mais deprimido. Apesar de "cansado", continuo orando. Se possível responda-me. Gosto muito das suas ideias. Acho você um homem muito usado por Deus. Muito obrigado pela sua atenção. Resposta: Amado amigo: Graça e Paz! De fato, não conheço mulher sadia que deseje casar-se ou mesmo sair com um homem deprimido, depressivo (“pra baixo”) — que só não se mata por medo do inferno, que não crê que é amado nem por Deus, quanto mais pelos humanos, e, entre esses, menos ainda pelas mulheres; e que se vê como uma anomalia divina, que morre de pena de si mesmo, que tem solidária inveja da felicidade dos amigos; e que oferece como referência de normalidade uma vida sepultada no templo e na instituição, na qual já foi tudo e já fez de tudo, embora ache Deus muito estranho e injusto. Mas isso não importa para tal homem, pois, segue a Deus por medo, tem raiva de ser quem é; de ser virgem, de não ser capaz de gerar interesse em mulher alguma; e que, mesmo assim, continua perseverante nesse caminho de amargura e de morte em vida, transferindo sempre a culpa para Deus; enquanto deixa que a alma fique do tamanho do corpo pequeno; e que o espírito meça 1.60 de altura; e que a vida seja virgem de alegria e prenha de tristeza; e que o suicídio seja uma maravilhosa alternativa de livramento, mas que é também sabotado por Deus. Se você fosse mulher você sairia com você homem? Seja sincero!

Não, meu irmão! Você não sairia com você mesmo! E veja que em momento algum eu mencionei o seu tamanho ou feiúra física (segundo você) como impedimentos para nada. Ora, não mencionei por que eles de fato não são impedimentos para nada. Um tetraplégico de bem com a vida, grato, feliz no coração, inspirador, cheio de vida para além do corpo, e que ande em fé e esperança em relação a todas as coisas, jamais terá qualquer problema para encontrar uma mulher; e, no caso da pessoa tetraplégica ser uma mulher, também não terá dificuldade para encontrar um homem. Seu tamanho e sua feição ou forma física, nada significam. De fato, eles ou serviram você com a desculpa para essa horrível atitude existencial, psicológica e espiritual que você tem hoje; ou, então, tornaram-se os álibis que você usa a fim de continuar transferindo a culpa de tudo para Deus, ao invés de ver que o homem feio é esse que você mesmo está modelando pela desesperança, pelo mau-humor, pela incredulidade existencial, pela amargura e pela devoção odiosa para com Deus. Sim! É mais fácil dizer que o problema é físico, pois, sendo físico, é, portanto, também fixo. Mas se você admitisse que o físico não fosse problema, mas sim o psicológico e espiritual, teria também que aceitar que nessa dimensão todo feio pode ficar belo, todo amorfo pode ganhar linda expressão e forma; posto que nada é fixo, pois no coração cada dia tem sua própria forma; e o que dá forma ao ser interior — é fé, esperança e amor. Assim, meu mano, seu problema é seu olhar; é sua mente, é sua falta de gratidão, é sua amargura, e é esse espírito de autocomiseração e medo, os quais movem sua existência para trás;


ao mesmo tempo em achatam você para um tamanho existencial mínimo. Entretanto, mudar em tais coisas, convertendo a mente ao olhar da fé e da esperança grata, não é algo que o Cury, o Lair e o Coelho possam realizar por você, com todas as técnicas de autoajuda. De fato ninguém pode. Nenhum truque psicológico pode operar tal mudança na mente e na atitude existencial. De fato, somente uma entrega radical da vida a Deus, e não à religião; seguida de uma vida que se permita re-aprender a pensar e a olhar para a vida segundo o olhar de Jesus, conforme o Evangelho — mudará a vida pela mudança do nascer de novo. Você precisa de fé, não de altura; de amor, não de beleza; e de esperança, não de uma mulher. Você precisa encontrar o amor de Deus por você, pois, do contrário, nenhuma mulher jamais amará você neste mundo. Quem amará a quem nem mesmo Deus ama? Quem se amará se nem mesmo Deus o ama? Quem amará alguém se não ama a própria vida?

Sugiro que você leia o Novo Testamento todo, em seqüência, como se você nunca o tivesse lido na vida. E leia rápido, com pressa, como quem tem que ler logo e fim de devolver o livro. Faça isto e me diga dentro de 1 ano se você conseguiu continuar a ser a mesma pessoa. Além disso, sugiro que você aprenda a dançar. Para você dançar será a melhor terapia. Sim. Entre numa aula de dança

de salão e aprenda Tango, Merengue, Salsa, Samba, Foro, Bolero, Valsa, e dança livre. Ninguém que aprende a dançar fica do jeito que você está. O interesse pela dança liberará muitas forças psicológicas contidas em você; e dará uma sadia dose de sensualidade sensorial à sua alma, o que poderá abrir espaço para uma também sadia manifestação de pulsão

sensual em você; e, assim, gerar em você aquele necessário prazer em você mesmo; pois, quem não tem prazer em si mesmo, não dá e nem provoca desejo de prazer e encontro em ninguém. Além disso, a dança também mostrará a você as inúmeras possibilidades de um corpo que expressa leveza e alegria em seus movimentos. Ora, tudo o que estou dizendo aqui é simplesmente que o coração alegre aformoseia-a o rosto, conforme nos ensina o livro de Provérbios. Assim, meu irmão, encontre o que acima lhe afirmei e você se tornará um homem interessante em qualquer lugar. Deixe a alegria tirar sua virgindade. Deixe o bom humor tirar você para dançar. E aceite o convite da gratidão para celebrar a música de cada instante. Desse modo, eu sei que você encontrará alguém, mas apenas e tão somente se antes você se encontrar em Deus. Creia e viva! Esta é uma palavra de vida!

Nele, que nos chama à dança na casa do Pai, Reverendo Caio Fabio

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Sabedoria O homem que encontra a sabedoria e descobre a verdade é um homem feliz! A sabedoria produz muito mais benefícios do que o ouro ou a prata mais finos. Ela vale mais do que pedras preciosas; não existe nada neste mundo que valha tanto quanto ela. Veja o que ela oferece ao homem! Uma vida longa e tranquila, riquezas e honras, Prazer e paz por onde quer que o homem vá. A sabedoria é como uma árvore cujos frutos dão vida a quem come; feliz é a pessoa que sempre come esses frutos! A sabedoria foi o meio pelo qual o Senhor criou a terra e os astros em todo o universo. Com Seu grande conhecimento, Ele fez as fontes brotarem na terra e as chuvas caírem das nuvens. Meu filho, tenha sempre estas duas coisas em vista: a verdadeira sabedoria e a capacidade de tomar

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decisões certas. Se você possuir essas duas qualidades, terá sempre forças renovadas. Elas são como uma medalha de honra. Elas o levarão por caminhos seguros, onde você não tropeçará. Elas lhe darão um sono tranquilo à noite. Não precisará ter medo de problemas inesperados nem dos planos de homens maus, “A sabedoria produz muito mais benefícios do que o ouro ou a prata mais finos. Ela vale mais do que pedras preciosas; não existe nada neste mundo que valha tanto quanto ela.”

porque o Senhor mesmo vai proteger você. Ele não deixará que você caia em qualquer armadilha. Nunca deixe de ajudar a quem precisa de ajuda, se você puder ajudar. Nunca diga a outra pessoa: "Passe aqui amanhã e eu lhe

darei isso", se você puder fazer agora mesmo. Não faça planos maus contra seu vizinho porque ele confia em você. Não se envolva em discussões com pessoas que nada fizeram de errado contra você. Não fique com inveja dos homens violentos nem imite esse tipo de gente. Sabe por quê? Porque o Senhor odeia o homem perverso mas reserva sua amizade mais profunda para os justos. O Senhor lança Sua maldição sobre o perverso e sua família, mas derrama bênçãos sobre a família do justo. Deus despreza e humilha os que zombam dEle. Aos humildes, porém Ele dá o Seu grande amor. Quem tem a sabedoria do Senhor receberá honra sobre honra mas os que desprezam a sabedoria serão cobertos de vergonha. Provérbios 3:13-35 Biblia Viva


D

Pontes ou Cercas?

ois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida de trabalho lado a lado. Mas agora tudo havia mudado. O que começou com um pequeno mal entendido, finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio. Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta. “Estou procurando trabalho. Sou carpinteiro. Talvez você tenha algum serviço para mim.” “Sim, disse o fazendeiro. Claro! Vê aquela fazenda ali, além do riacho? É do meu vizinho. Na realidade, do meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais supor tá-lo. Vê aquela pilha de madeira ali no celeiro? Pois use para construir uma cerca bem alta.” “Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão a pá e os pregos.” O irmão mais velho entregou o material e foi para a cidade. O homem ficou ali cortando, medindo, trabalhando o dia inteiro. Quando o fazendeiro chegou, não acreditou no que viu: em vez de cerca, uma ponte foi construída ali, ligando as duas margens do riacho. Era um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou: “Você foi atrevido construindo essa ponte depois de tudo que lhe contei.” Mas as surpresas não pararam ai. Ao olhar novamente para a ponte viu o seu irmão se aproximando de braços abertos. Por um instante permaneceu imóvel do seu lado do rio.

O irmão mais novo então falou: “Você realmente foi muito amigo construindo esta ponte mesmo depois do que eu lhe disse.” De repente, num só impulso, o irmão mais velho correu na direção do outro e abraçaram-se, chorando no meio da ponte. O carpinteiro que fez o trabalho, começou a fechar a sua caixa de ferramentas. “Espere, fique conosco! Tenho outros trabalhos para você.” E o carpinteiro respondeu: “Eu adoraria, mas tenho outras pontes a construir...” Já pensou como as coisas seriam mais fáceis se parássemos de construir cercas e muros e passássemos a construir pontes com nossos familiares, amigos, colegas do trabalho e principalmente nossos inimigos... Muitas vezes desistimos de quem amamos por causa de mágoas e mal entendidos. Vamos deixar isso de lado, ninguém é perfeito, mas alguém tem que dar o primeiro passo. Construa pontes ao seu redor! “O manejar da vela não consiste em que se deixe o barco, simplesmente, ser impulsionado pelo vento; a arte do marinheiro que tripula o barco veleiro consiste, pelo contrário, em saber utilizar a força do vento fazendo que oriente o barco em uma determinada direção, em saber inclusive, muitas vezes, navegar contra o vento” Você é a unica pessoa que pode ter a atitude de mudar as coisas em sua vida... independente da área....e buscando ajuda de Deus você pode!

Ele nos deu este mandamento: Quem ama a Deus, ame também seu irmão. Se alguém afirmar: "Eu amo a Deus", mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. 1 João 4:21 e 23 29 Refrigério


O segredo do Casamento M

eus amigos separados não cansam de me perguntar como eu consegui ficar casado trinta anos com a mesma mulher. As mulheres, sempre mais maldosas que os homens, não perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo. Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo. Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário. Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas, dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue. Hoje em dia o divórcio é inevitável, não

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dá para escapar. Ninguém aguenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade, já estou em meu terceiro casamento - a única diferença é que me casei três vezes com a mesma mulher. Minha esposa, se não me engano, está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes do que eu. O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arrancarabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher. O segredo no fundo, é renovar o casamento, e não procurar um casamento novo. Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia a dia do casal. De tempos em tempos, é preciso renovar a

relação. De tempos em tempos, é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, voltar a se vender, seduzir e ser seduzido. Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial? Há quanto tempo não fazem uma lua de mel, sem os filhos eternamente brigando para ter a sua irrestrita atenção? Sem falar nos inúmeros quilos que se acrescentaram a você, depois do casamento. Mulher e marido que se separam perdem 10 quilos num único mês, por que vocês não podem conseguir o mesmo? Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse um casamento novo, você


certamente passaria a frequentar lugares desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guardaroupa, os discos, o corte de cabelo e a maquiagem. Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe de seu cônjuge. Vamos ser honestos: ninguém aguenta a mesma mulher ou marido por trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas. Muitas vezes não é sua esposa que está ficando chata e mofada, são os amigos dela (e talvez os seus), são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração. Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo círculo de amigos. Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos

custos necessários para renovar um casamento. Mas, se você se separar, sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas, e você ainda terá a pensão dos filhos do casamento anterior. Não existe essa tal “estabilidade do casamento”, nem ela deveria ser almejada.

O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher.

O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos. A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma “relação estável”, mas saber mudar junto. Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensando fazer no início do casamento. Você faz isso constantemente no trabalho, por que não fazer na própria família? É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo. Portanto, descubra o novo homem ou a nova mulher que vive ao seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo e interessante par. Tenho certeza de que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças. Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso, de vez em quando é necessário casar-se de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par. STEPHEN KANITZ www.kanitz.com.br / http://blog.kanitz.com.br

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Por que precisamos de sabedoria

Uma amiga confidenciou-me, que aos 18 anos ainda obedecia ao pai, mesmo discordando em alguns casos do que ele lhe pedia. Coisas realmente absurdas em pleno século XXI; como não ter e-mail por exemplo. O que você diria para essa jovem? Desobedeça a seu pai? E, se essa jovem fosse sua filha, o que você gostaria que eu lhe dissesse? Exatamente ontem, visitei um senhor de 75 anos. Seu filho caçula tentou matar uma pessoa e depois tentou cometer suicídio. Nenhum dos dois morreram. Estão se recuperando em hospitais

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aqui da cidade. O que você diria para um pai nessa situação? Por esta e outras razões, acho que no nosso mundo não faltam conhecimentos. Somos a geração do conhecimento. Temos a internet, as bibliotecas, as livrarias, os infinitos títulos de literatura especializada, os cursos, as graduações e pós-graduações, os vídeos didáticos, as pesquisas de ponta e a tecnologia de última geração. Para poucas perguntas a humanidade considera ainda não ter respostas. Tudo parece ao alcance das mãos. Ao alcance dos dedos.

Mas ao nosso mundo falta sabedoria. Sabedoria que vem do céu pra questões da vida. Conhecimento e sabedoria são coisas diferentes. Conheço pessoas estudadas e inteligentíssimas que ainda não encontraram o caminho da sabedoria. Suas vidas estão desmoronando e seus relacionamentos não são saudáveis. Sofrem com os desafios da vida e não apresentam qualquer organização pessoal. Só a sabedoria ensina a transformar informações em vivência e conteúdos em soluções.


Dentre as muitas razões pelas quais precisamos de sabedoria, destaco quatro: 1. Preciso de sabedoria porque boa parte dos meus problemas eu mesmo crio. Tomo decisões precipitadas, falo o que não deveria, envolvo-me com quem não poderia. Sou meu principal adversário e, não raras vezes, boicoto-me em meus sonhos e anseios mais profundos. Se tivesse sabedoria, pensaria antes de agir ou não agiria com o ânimo exaltado. Falaria com mais propriedade e não me permitiria semear frutos que não desejo colher. 2. Preciso de sabedoria porque boa parte dos meus problemas eu poderia ter evitado. Não sou culpado por eles. Se fizer uma análise imediata, sem demoras serei

capaz de identificar quem o é. Mas, numa análise um pouco mais séria e responsável, descubro que, conquanto não tenha originado o problema, poderia tê-lo evitado de algum modo. Se tivesse sabedoria, seria mais conciliador, perdoador, proativo e dedicado à oração. 3. Preciso de sabedoria porque boa parte dos meus problemas já poderia estar resolvido. O sábio não fica chorando o leite derramado, mas logo inicia o processo pelo qual restaura o quebrado ou reconstrói o destruído. Não quer dizer que não me entristecerei pelos prejuízos vividos, mas que recomeçarei a cada queda experimentada. Se tiver sabedoria, confiarei mais em Deus, sua soberania e seu poder para levantar o caído.

4. Preciso de sabedoria porque boa parte dos meus problemas ainda exigirá muito de mim. É a mais pura verdade. Independentemente de culpas, méritos, fé ou planos. No mundo temos aflições. Se formos sábios, aprenderemos com as lutas e deixaremos a ansiedade diante do altar de Deus. Ele é fiel e cuida de nós. Todos precisamos de conhecimento. Muito mais, porém, de sabedoria. Para chegarmos àquele, basta aproveitarmos os muitos recursos à disposição. Para chegarmos a esta, basta que peçamos a Deus. Como disse Tiago: “Se alguém necessita de sabedoria, peça a Deus, que a todos dá liberalmente”. Milton Paulo Espiritualidade na prática vineyardcafe.com.br

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A felicidade que você

Felicidade

é um conceito relativo e difícil de mensurar. Se perguntarmos a várias pessoas o que é felicidade para elas, cada uma responderá não segundo padrões objetivos que visem estabelecer um sentido comum, aplicável a todos os seres humanos, mesmo porque isso não é possível,

Li certa vez que um grupo de psicólogos, economistas e sociólogos concluiu em uma pesquisa que a felicidade pode ser alcançada por quem ganha acima de setenta e cinco mil dólares por ano. mas responderá segundo as expectativas mais latentes em seus corações no momento. Alguém muito pobre, certamente 34 Refrigério

responderá que felicidade é ter uma boa condição financeira, um bom salário. Alguém muito doente diria que é ter saúde, alguém solitário, que é ter companhia e a lista é grande. O fato é que somos seres desejantes e nossa noção de bem estar não se resume só ao preenchimento de nossas necessidades básicas, mas a cada dia fazemos um upgrade em nossas expectativas tendo ou não concretizado as outras. Note que a noção de bem estar, de alegria depende em muito de algo que falta a cada um e, independentemente de qualquer padrão ou lógica, torna-se a felicidade a ser buscada. Li certa vez que um grupo de psicólogos, economistas e sociólogos concluiu em uma pesquisa que a felicidade pode ser alcançada por quem ganha acima de setenta e cinco mil dólares por ano. Ledo engano. Como entender os muitos ricos e deprimidos, infelizes no casamento, frustrados na criação dos filhos, inquietos com as quedas na bolsa de valores, cheios de palpitações, tremores em torno dos olhos porque estabeleceram para si que a felicidade é ter sempre mais. Alguns com pouco dinheiro também padecem dos mesmos males, porque querem chegar onde eles estão ignorando que lá também existem muitas dores e aflições de espírito. Se isso trouxesse mesmo a felicidade, os nascidos ricos, príncipes e princesas estariam no paraíso. Como encontrar a felicidade então? Eu acredito que o lugar é dentro de nós. Pois ela, na verdade, não d e p e n d e da objetividade da vida, mas da subjetividade do coração. O caminho mais curto, então, é o


tem, mas não sabe. da gratidão que reconhece a vida como dádiva, o poder andar, falar, brincar, conviver, amar e ser amado. A gratidão a Deus por sermos inteligentes, conscientes de nossa existência e, por isso mesmo, satisfeitos com ela. Um bom exercício é nos imaginarmos perdendo coisas que sabemos que nos alegram, mas que, de tão comuns, aprendemos a ignorar. A frase “Eu era feliz e não sabia” define muito esse fato da experiência humana. Só depois de perder é que conseguimos perceber o quanto aquilo era importante, principalmente depois de forçarmos uma mudança por meio de alguma escolha. Há muita gente infeliz não porque lhes falta saúde, um teto, comida, companhia, mas porque s e a p e g a ra m a u m i d e a l d e felicidade que, como toda fantasia, traz prazer enquanto é fantasia, mas não quando vira realidade. Nos sonhos que temos acordados, construímos um mundo perfeito em que tudo funciona a nosso

A frase “Eu era feliz e não sabia” define muito esse fato da experiência humana. Só depois de perder é que conseguimos perceber o quanto aquilo era importante, principalmente depois de forçarmos uma mudança por meio de alguma escolha.

favor, por nós e para nós. É aqui que alguém mesmo podendo ser feliz, condena-se a infelicidade porque não se contenta com o bem estar em sua alma, pois tem metas a cumprir para sua vida. Como uma empresa que precisa sempre crescer, gerar lucro, esta pessoa vê a quietude como mediocridade e as pessoas em volta, a família, os amigos, o cônjuge tornam-se pequenas demais para ela. Sua vida é pouca e sente que precisa fazer e acontecer. Alguns desses, a certa altura da vida, começam a perceber o que realmente importa e tornamse mais humildes e felizes com a vida que têm. Outros se tornam amargos por não ter conseguido cumprir as metas para a sua “pessoa/ empresa”, mas, felizmente, muitos que dos que conseguem cumprir estas metas, concluem que a felicidade não estava nelas, mas sempre esteve ao seu alcance em cada momento de suas vidas. Acredite que você pode ser feliz com a vida que tem. Construa sua vida, seus relacionamentos com simplicidade. Aprenda a curtir o dia a dia, o dormir, o levantar, o vento no rosto, o canto dos pássaros, as rodas de conversa, a vida em família, o marido, a esposa, os filhos e os amigos. Tudo isso é muito bom. Você só precisa aprender a valorizar e a vivenciar. Ser feliz é sim uma escolha a ser feita, mas quando não a fazermos a vida decide por nós, o que é sempre muito arriscado. Seja feliz por opção e, Deus lhe abençoe. Sérgio Luiz do Espírito Santo E-mail: sergioluesp@hotmail.com

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Você dá Flores E

m seu livro Jesus Coach, Laurie Beth Jones escreveu: Meu amig o Joe Mathews compartilhou comigo uma história comovente. A esposa de seu melhor amigo recebeu o diagnóstico de câncer terminal e lhe disseram que tinha pouco tempo de vida. Joe contou que observou, admirado, Dan e a esposa Christine, passando a viver cada dia com uma pureza e um amor tremendo. Quando ela estava quase no fim da vida, Joe finalmente reuniu coragem para perguntar uma coisa a Christine: - Qual é a sensação de viver cada dia sabendo que está morrendo? Ela se apoiou em um dos cotovelos e, em seguida, lhe perguntou:

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em Vida? - Joe, qual é a sensação de viver cada dia fingindo que você não está morrendo? A primeira coisa que me chamou a atenção foi perceber como frequentemente ouvimos de pessoas que, às por tas da mor te, se conscientizaram e passaram a dar valor às pessoas amadas e a tratá-las com o respeito e a dedicação que sempre mereceram. Antes assim do que nunca. Mas da perspectiva de Christine, estamos caminhando para a morte todos nós, independentemente de estarmos doentes ou não. Conversava há alguns dias com um amigo e ele me dizia que uma das artimanhas mais utilizadas pelo diabo para anular o efeito que a

nossa vida pode ter é a de deixarnos constantemente ocupados. Estamos sempre correndo para manter as tarefas e compromissos em dia, para ler todos os e-mails, responder todos os recados, seguir todos os tweets, visitar todos os sites, assistir todos os filmes, arquivar todos os arquivos. Quando não é em casa, é no trabalho, na igreja, na escola, no shopping, no supermercado, na associação, no trânsito. Quando vemos passou o dia e estamos esgotados sem condições de dedicar atenção a quem realmente importa. Isso tudo me fez lembrar um pregador que sempre falava que nunca tinha visto um caminhão de mudança seguindo uma procissão


de enterro. Dizia isso para lembrar que as coisas materiais e posições sociais conquistados duramente durante a vida nada significam se, para consegui-los, você teve que afastar para longe as pessoas que ama. A segunda coisa que me chamou a atenção é: por que não tratamos as pessoas que amamos sempre da maneira correta? Por que temos esta atitude insana de deixar para amanhã? Estamos sempre correndo atrás de alguma coisa que nós achamos que, quando conseguirmos, compensará todas as vezes que fomos omissos? Pior ainda, por que tantas vezes, conscientemente, ignoramos e negamos aos nossos amados a nossa presença, carinho e atenção? Cada vez que perdemos a oportunidade de tratar com valor e respeito aos nossos amados é uma chance perdida de tornar a vida, deles e nossa, boa, agradável e significativa. A terceira coisa que me chamou a atenção é que o casal em questão teve a oportunidade de saber quando

a morte estava chegando e, por isso, tiveram a opor tunidade de desenvolver um comportamento que tornou aqueles últimos dias significativos para ambos. Mas quem disse que a morte sempre manda aviso prévio? A música “Flores em Vida”, de Paulo César Baruk, nos alerta para as tantas oportunidades perdidas e para o sentimento de perda e arrependimento que fica quando a morte leva inesperadamente a quem amamos. Ficamos dolorosamente conscientes que já não poderemos mais expressar o apreço, o carinho e o valor que deveríamos. É curioso que, na maioria das vezes, não ficamos cobrando o que não recebemos, mas o que dói é o fato de que não mais podemos dar aquilo que poderíamos ter dado no tempo devido. Não retenha o amor. Não economize o carinho. Não guarde o elogio e a apreciação. Não deixe de perdoar. Esforce-se para estar junto. Transmita a sua confiança ao olhar a

pessoa que ama. Alegre o ambiente ao sorrir com sinceridade e satisfação por estar com ela. Use palavras positivas e cheias de esperança. Com certeza, ao viver assim, poderemos olhar para trás e saber que fizemos tudo o que deveríamos ter feito e vivido da maneira que deveríamos ter vivido com aqueles a quem amamos. Vinicios Torres

“Os dias em que vivemos são maus; por isso aproveitem bem todas as oportunidades que vocês têm.”

Efésios 5:16

Ação desamareladora para cabelos loiros, com mechas e grisalhos 37 Refrigério


Resiliente? ...sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança.

A palavra Resiliência vem do latim RESILIO, que significa “voltar ao normal”. Uma pessoa resiliente é alguém que tem uma capacidade maior de se portar positivamente diante a momentos de choque ou trauma e não quebrar-se emocionalmente. Segundo Grapeia “É a arte de transformar toda energia de um problema em uma solução criativa”. É importante saber que ser assim não quer dizer que você tem apenas que sorrir para o problema e dizer que tudo vai dar certo no final, significa conseguir uma solução eficaz para algo que não está certo ao invés de simplesmente ficar se lamentando pelo ocorrido. Significa também sempre tirar proveito da

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situação e aprender com tudo o que você viveu. Resiliência é um conceito da física, utilizado primeiramente pela engenharia que se refere a capacidade de um material sofrer tensão e recuperar seu estado normal, quando suspenso o “estado de risco”. No campo das relações humanas, é compreendido como um processo que excede a simples superação de experiências, já que permite ao indivíduo sair fortalecido por elas, superar, o que necessariamente promoveria a saúde mental. O termo Resiliência, apesar de guardar uma discussão a respeito de sua definição, vem sendo consensualmente utilizado como a capacidade humana para enfrentar, vencer e ser fortalecido ou transformado por

Imagen: Erik Johansson

Você é uma pessoa experiências de adversidade. Uma atitude resiliente significa ter uma conduta positiva apesar das adversidades, ou seja, soma-se à resiliência a capacidade de construção positiva, superação, re-significação dos problemas, flexibilidade cognitiva. A resiliência é ativada e desencadeia um processo positivo de construção, através da vivência das pessoas, instituições ou empresas. Fatores como: alcançar resultados positivos em situações de alto risco, manter competência sob ameaças e no caso de empresas, a ataques de concorrentes ou enfrentar situações inesperadas revertendo-as a seu favor, são como se recuperar de traumas. As pesquisas cada vez mais aprofundadas em resiliência mudaram a forma como


se percebe o ser humano, saindo de um modelo de risco, baseado nas necessidades e na doença, para um modelo de prevenção e promoção, baseado nas potencialidades e recursos que o ser humano tem em si mesmo e ao seu redor, considerando o indivíduo agente de sua própria ecologia e adaptação social. Nesta nova concepção, o indivíduo não apenas carece e adoece , mas é capaz de procurar seus próprios recursos e sair fortalecido das adversidades. A resiliência não pode ser confundida com invulnerabilidade. Ser resiliente não é ser invulnerável, não significa dizer que em outras circunstâncias o indivíduo não se abateria, pelo contrário, é ter a capacidade de se reerguer depois de atingido, de adaptar-se positivamente ao que lhe foi imposto, extraindo experiência das situações difíceis, enriquecendo de maneira única a vivência do indivíduo ou da empresa e depois, utilizar esse aprendizado para reverter a situação a seu favor.

O termo Resiliência, apesar de guardar uma discussão a respeito de sua definição, vem sendo consensualmente utilizado como a capacidade humana para enfrentar, vencer e ser fortalecido ou transformado por experiências de adversidade.

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Brasil bem-aventurado! D

iversos protestos se multiplicam pelo Globo afora, organizados por intermédio das redes sociais, dentre os quais merece destaque a “Primavera Árabe”, fortemente reprimida com bombardeios, tiros e mortes em combates, mas que, apesar disso, seguiu adiante e provocou a queda de vários regimes ditatoriais no Norte da África e Oriente Médio, em países onde a liberdade, sobretudo a religiosa, é igual a zero elevado ao quadrado. Em busca de uma reviravolta contra outra ditadura globalizada, surgiram diversos movimentos sociais pacíficos nos principais países da Zona do Euro, no entanto, desta vez, a luta travada é contra a implacável tirania do mercado financeiro, que alavancou assustadoramente a pobreza na Europa, a ponto de empurrar as pequenas economias da Grécia, Irlanda e Portugal para a beira do colapso. Na crise européia, os fatores mais preocupantes são a inação dos governantes, talvez despreparados para enfrentar a voz dos excluídos da sociedade de consumo e a inércia das autoridades monetárias, que causa forte inquietação e sucessivas quedas das bolsas de valores. Enquanto isso, através do movimento “Occupy Wall Street”, os norte-americanos

“...protestos se multiplicam pelo Globo afora, organizados por intermédio das redes sociais...”

também protestam nas ruas contra a desigualdade social e o desemprego, que trouxe reflexos negativos inclusive para Governador Valadares, a “vizinha” mineira mais próxima, famosa por exportar considerável mão de obra para a América do Norte. Segundo o editorial do 40 Refrigério

New York Times, do último dia 08/10, a “desigualdade extrema é a marca de uma economia disfuncional, dominada por um setor financeiro guiado em grande parte por especulação, trapaça e amparo governamental, tanto quanto por investimentos produtivos”. É incontroverso o fato de que esse cenário reflete uma nova crise mundial, já que os mercados atuam em escala global, restando, disso tudo, somente a certeza de que são as corporações transnacionais, como bancos e grandes empresas, quem ditam as regras de conduta para os governos constituídos, ainda que democraticamente eleitos, jogando por terra o ideal de que deveriam ser o “governo do povo, pelo povo, para o povo”. Todavia, extrai-se lamentável constatação de que o combustível que move o sistema financeiro mundial é a ganância, materializada por especulações diárias voltadas para o incessante ganho de capital, a qualquer custo, sem nenhum investimento na produção e na geração de empregos, sempre relegando o ser humano a segundo plano. Vale dizer, fica a nítida impressão de que os líderes mundiais “trabalham” apenas em prol de um seleto segmento privilegiado, ignorando solenemente a vontade popular. Por aqui, a insatisfação social tem sido externada pacificamente através de marchas contra a corrupção, a impunidade e a violência. Convém destacar, porém, que tais manifestações cairão no vazio, se o brasileiro não fizer uso da mais efetiva demonstração de liberdade de expressão que o cidadão pode dar como resposta aos desvios de conduta: exercendo a cidadania nas urnas, por meio da severa rejeição dos maus dirigentes políticos e (re)eleição de representantes realmente comprometidos com os interesses do povo. O sistema viciado, aliás, é alimentado justamente pelo descomprometimento de significativa parcela dos eleitores, seja em função do simples descaso no


processo de escolha ou até mesmo pela prática de crimes, visando algum proveito pessoal imediato, como a venda de

Segundo o New York Times... A“desigualdade extrema é a marca de uma economia disfuncional, dominada por um setor financeiro guiado em grande parte por especulação, trapaça e amparo governamental, tanto quanto por investimentos produtivos”.

votos. Ora, se não há quem venda ou quem suborne, os corruptos certamente serão levados a óbito por inanição. Caso contrário, de nada adiantará protestar, pois não haverá justiça humana que dê jeito se deixarem o rato tomando conta do queijo. A impunidade, por seu turno, é motivada, em grande parte, por uma legislação processual extremamente irracional, chegando-se às raias do absurdo de haver o registro da interposição de 600 recursos num único processo judicial, circunstância que não poderia ser admitida sequer no imaginário de um país sério. Por essa razão, como fazer leis não é atribuição do Poder Judiciário, tramita no Congresso Nacional a Proposta de Emenda Constitucional nº 15/2011, também conhecida como “PEC dos Recursos”, idealizada pelo ministro Cezar Peluso, atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). A proposta prevê a eficácia imediata das decisões judiciais a partir do julgamento em única ou última instância, quando realizado, por exemplo, nos Tribunais de Justiça ou nos Tribunais Regionais Federais, acabando com os recursos protelatórios ao STF e STJ e abreviando,

por consequência, a resposta ao jurisdicionado. A sociedade, entretanto, deve ficar atenta, pois entidades representativas da nobre classe dos advogados, que no passado já se prestaram, data venia, a papéis mais relevantes, resistem bravamente contra a aprovação da medida, à qual atribuem “flagrante afronta ao Estado de Direito”, como se a impunidade não configurasse ofensa bem maior aos cidadãos cumpridores dos seus deveres. Em resumo, aos homens de boa vontade, além do exercício sério e responsável da cidadania, englobando os direitos de votar, ser votado e de fiscalizar, cabe orar incessantemente para que se cumpram em nossa nação, em toda plenitude, os Salmos 33.12 e 127.1, a fim de se tornar, a cada dia, mais “bem-aventurado o Brasil, cujo Deus é o Senhor”, pois “se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela”. Lupércio Paulo Fernandes de Oliveira

Juiz de Direito titular da 7ª Vara Cível Juiz Eleitoral da 318ª Zona Eleitoral

Governador Valadares-MG. luperciofernandes@gmail.com

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V

Simples assim...

ivemos dias difíceis, agitados, angústias recorrentes, dificuldade para escolher ou decidir; cada próximo passo requer cautela! Ficar com medo, apavorar-se? O medo é inútil, o certo é ter bom ânimo e avançar com serenidade e confiança em Deus e no seu filho Jesus que nos diz “Não temas!” Diante das escolhas precisamos tomar as decisões certas, elas ditarão os rumos do nosso presente e futuro; busque aconselhar-se com Deus, creia que ELE está acessível a você, e isto lhe fará toda a diferença. A melhor decisão é amar, e isto não diz respeito a sentimentos vazios de sentido e propósito. Amar é uma decisão da vontade; vontade de agradar a Deus, de ser como Deus, pois Deus é amor. A graça Divina é a revelação visceral presente diariamente em torno de nós, é preciso muita insensibilidade para não doar um abraço, não sorrir, dar uma nova chance, ministrar uma bênção! Coisas maiores s ã o possíveis aos que crêem, foi Jesus quem disse. Meu chamado, é contribuir com Ele nas obras do seu reino, que aliás está dentro de nós. Há poder nas palavras, não ignore

isto, tudo que nos cerca, acessível aos sentidos está ai pelo simples pronunciar de Deus “haja”. Quanto a sua e a minha existência

Ele gastou tempo e usou as mãos para amassar o barro, fazendo de nós uma extensão dEle, tornando-nos alma vivente pelo sopro da sua boca. Portanto, sendo portadores da vida

de Deus tenhamos cuidado com o que sai de nossa boca, se são palavras de vida ou morte. Jesus disse que as palavras dEle são espírito e vida! Meramente pela palavra Ele ministrava cura e salvação aos seus ouvintes, portanto, sendo Ele, nossa referência cabe a nós fazermos o mesmo. Pare de olhar para Deus como se Ele estivesse lhe devendo alguma coisa, não é justo agir assim... Tenhamos o mesmo sentimento do salmista, que ao perceber tanta coisa boa de Deus na vida dele; reconhece: “que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito?” Portanto consciente de que estamos na dívida, proponho: Facilite os dias com palavras de esperança. Apague o fogo da angústia com palavras de refrigério. Ministre palavras de vida aos assediados pela morte. Enriqueça seu vocabulário com palavras novas, leia mais, sorria mais, não tenha medo de fazer diferente e melhor! Creia: o amor cobre uma multidão de pecados e restabelece a comunhão. Simples assim... Não é mesmo? José Maria de Souza

jotafeviva@ig.com.br

42 Refrigério


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Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá. O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará. Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos; quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá. Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino. Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido. Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor.


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