Revista Sou - edição 6

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Expediente

Quem somos

Diretora Executiva: Elisa Santos Diretor Comercial: Hamilton Garcia Editora: Gabriely Sant’Ana (Mtb 2912) Reportagem: Gabriely Sant’Ana Tayla Oliveira Bruna Miranda Edição de Arte: Sidnei Trancoso Renan Toledo Bernardo Tourinho Gabriela Gasparini

Diretor de Criação: Sidnei Trancoso Projeto gráfico e editoração: HM Propaganda www.hmpropaganda.com.br Fotografia: HM Propaganda e divulgação Colaborou nesta edição: Soraia Marracini Site: www.revistasou.com Facebook: revistasouguarapari Redação e Assinaturas: Rua Getúlio Vargas, 161, Ed. Diamante, Sala 4, Centro - Guarapari/ES CEP: 29.200-180 Telefax: 27 3361-4163 27 3114-0433 contato@revistasou.com

Filiado: Sindicato das Empresas de Jornais, Periódicos, Revistas e similares do Espírito Santo.

Queridos amigos,

S

empre que uma edição da Revista Sou vai para as ruas, um misto de sentimentos toma conta da nossa equipe: por um lado, um certo alívio e o orgulho de entregar mais um trabalho bem realizado e feito com todo o carinho e profissionalismo. Por outro, a dúvida: e agora, qual será a nossa próxima capa? E o friozinho na barriga se instala... Depois da repercussão com as capas da Zumba e do supertime para cuidar da sua saúde, parecia que o novo tema de destaque não sairia tão fácil. Mas, felizmente, a ideia surgiu logo em nossa primeira reunião de pauta: fazer uma seleção dos melhores sabores de Guarapari. E, confessamos, a reportagem foi bem disputada para saber quem iria cuidar dela, visto a natureza, digamos, “apetitosa” do tema. Com o recheio já pronto, hora de fazer a cobertura. E elaborar a capa foi outro prazer à parte, dessa vez com a presença de quase todo o time. Depois de um certo malabarismo para conciliar as agendas, reunimos nossos cinco chefs para uma sessão fotográfica na Casa Marracini. E o resultado não poderia ter sido melhor. Imagens espontâneas, que refletiram bem o clima de confraternização que tomou conta do local e, claro, que valorizaram as cores e texturas de cada prato. Mérito também do nosso fotógrafo e diretor de arte, Renan Toledo, que deu show. O único fato a se lamentar é que não seria possível publicar todas as imagens aqui nessa edição. Para preencher essa lacuna, a galeria com as melhores fotos da sessão e também o making off estão em nosso site (www.revistasou.com.br) e Facebook (fb.com/revistasouguarapari), onde você poderá apreciar tudo sem moderação. E que venha agora a edição nº 7! Boa leitura e até a próxima edição! Elisa Santos Diretora Executiva da Revista Sou

A Revista Sou é uma publicação da HM Propaganda. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do editor. Todos os direitos reservados.


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índice

Seções

DICAS CONSUMO INTELIGENTE SOU VIP PET É TUDO DE BOM BOM APETITE

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ENTREVISTA Guiados pela cumplicidade

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pág.

CAPA Mestres da gastronomia

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pág.

Reportagens SAÚDE: Como prevenir e tratar o refluxo ARTE: Benefícios do Teatro EDUCAÇÃO: Estimule seu filho a se divertir com brincadeiras de antigamente AUTOCONHECIMENTO: Normal? Não obrigado, prefiro ser feliz VIVA MELHOR: Emagrecendo em família COMPORTAMENTO: Uma família formada no ambiente de trabalho INCLUSÃO: mercado de trabalho também é lugar de portadores de necessidade especiais

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Beleza e Estética

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O que está fazendo

a cabeça dos homens ■ Cada vez mais os homens estão mais vaidosos, e são as celebridades que dão um empurrãozinho para a preocupação a mais com o visual, em especial ao corte de cabelo. Jogadores, sertanejos, pagodeiros são os principais ditadores de moda. Mesmo para os mais discretos um bom corte é essencial. Segundo a cabeleireira Viviane Luz Napp, proprietária do Espaço Vivi Napp, basicamente o que traduz os estilos escolhidos pelos cabeleireiros é a variedade e praticidade que com apenas um corte de cabelo consegue-se criar. São vários penteados para diversas ocasiões. “O cabelo com topete seja ele grande, médio ou pequeno é o preferido. Os penteados que remetem um estilo retrô com um toque moderno caíram no gosto dos homens brasileiros, por isso aparecem em diversas versões, desde o raspado na lateral até com fios compridos, pode ser mais estruturado ou nem tanto, jogado de lado ou penteado com finalizador”, afirma Viviane. Sobre a escolha do tamanho dos fios da parte superior da cabeça, fica por conta do seu estilo e paciência, pois o cabelo masculino também dá trabalho.

Cortes Feminino e Masculino Reconstrução Hidratação Cauterização Tinturas Maquiagem

A profissional chama atenção para a necessidade de tratar os cabelos. O resultado é um visual que atenda a expectativa de cada pessoa. Para um belo penteado, Viviane dá algumas dicas. “Pomadas, sprays e outros finalizadores ajudam para que você dê o estilo desejado a sua cabeleira”. Claro que os penteados mais comportados não saem de moda. Estes prevalecem e são sempre usados por pessoas que trabalham em lugares onde certa formalidade é exigida. Também podem ser uma opção para as pessoas que prezam pela discrição. Entre os cuidados diários para o cabelo do homem, é muito importante lavar os cabelos todos os dias para controlar a oleosidade, o que evita a caspa, a seborreia e outras dermatites do couro cabeludo. Lembrando que devido à questão hormonal, o cabelo masculino cresce mais rápido e mais brilhoso, além de mais resistente, porém tem uma tendência maior à calvície do que as mulheres. Por isso a importância dos cuidados com os cabelos. Evitar o uso de bonés e chapéus também é uma atitude amiga de um belo visual. Isso porque o cabelo fica abafado, favorecendo ao suor, e prejudicando a saúde dos fios. Para os homens que desejam assumir os cabelos grisalhos, é importante usar um shampoo

Sobrancelhas Mechas Escova Selagem Penteado Depilação Manicure e Pedicure

indicado para esse tipo de cabelo, caso contrário pode deixá-los amarelos.

Os penteados que remetem um estilo retrô com um toque moderno caíram no gosto dos homens brasileiros Serviço: Espaço ViviNapp Cabeleireira: Viviane Luz Napp Natural de Carazinho/RS 13 anos de profissão. Produtos de qualidade, revenda de produtos e consultora Mary Kay Endereço: Av. Beira Mar, 1922 Shopping Beira Mar – Loja 35, Praia do Morro, Guarapari/ES Telefone: 27 3262-7684

Viviane Napp


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Dicas O poder transformador da

por Bruna Miranda ■ Muitas mulheres podem não acreditar e nem se interessar por maquiagem, mas uma coisa não se pode negar: ela tem o poder de transformação. Podemos dizer que a forma mais fácil de transformar uma pessoa. Quase como em um passe de mágica, manchas são escondidas, olhares valorizados e lábios ficam mais atraentes. A especialista em maquiagem Anacéia Paganini blogueira no site Look Luxo (www.lookluxo.com), explica que existem diversos truques para disfarçar imperfeições e realçar qualidades, fazendo com que as mulheres se sintam melhor e com autoestima elevada. “Porque não existe mulher feia, existe mulher com pouca ou sem maquiagem. Não existe pele feia, nariz grande, falta de queixo, bochecha saliente, olhos saltados. Com maquiagem todo mundo se transforma na versão melhorada de si mesmo”, explica. É importante ressaltar que não adianta querer esconder totalmente um defeito, como a olheira, por exemplo, pois pode ficar com um aspecto falso. Por isso é importante chamar a atenção para o que você mais gosta no seu rosto, tirando o foco daquele detalhe indesejado. Anacéia comenta que ela mesma teve a autoestima melhorada quando começou a se interessar por maquiagem. “Sempre que saio as pessoas me perguntam sobre a minha make, e isso faz com que eu me sinta muito bem. Eu aconselho todas as mulheres a experimentarem o poder da maquiagem”.

Existem diversas técnicas que ajudam a transformar a fisionomia com os chamados contornos. “Esses são os grandes aliados para mudar o formato do rosto, que é um pó mais escuro para contornar, que ajuda a afinar o nariz, o rosto, diminuir ou aumentar o queixo. Por exemplo, quem tem nariz grande pode contornar e iluminar o meio para dar a impressão que ele é menor. Então fica ao critério da mulher escolher o que ela quer valorizar ou disfarçar”.

sob medida

■ Quem não deseja ter uma roupa feita sob medida? Uma peça exclusiva e que não vai ter o risco de encontrar outra pessoa usando o mesmo modelo? Pois é, fugir de uma situação desagradável como essa fica difícil quando a roupa é comprada em uma loja que as peças são fabricadas em série. Foi pensando nisso que a designer de moda Regiane Alfenas decidiu começar a produzir peças exclusivas para ocasiões especiais. Ela explica

que, primeiramente, é preciso entender o que a cliente deseja, através de uma conversa. “Quando a gente junta o contexto que é a ocasião, o perfil da cliente e o orçamento, conseguimos projetar uma roupa única e exclusiva para essa pessoa”. Depois disso é esboçado o desenho da peça, com algumas observações em relação ao que vai ficar bom ou não em relação ao corte, caimento, materiais etc. Como suporte, a estilista usa revistas de moda, um livro especializado importado da Itália e algumas amostras de tecido. O próximo passo é encaminhar tudo para uma profissional da área de modelagem, que elabora os moldes e faz os cortes de tecido. A estilista fica responsável por fazer as provas da peça na cliente, realizando as correções e ajustes necessários. A roupa demora cerca de 15 dias para ficar pronta, dependendo da complexidade do modelo. Regiane destaca que tudo é pensado com carinho para sair exatamente como a cliente sonha, não importando o tipo físico. “O interessante é que não temos padrão, a cliente não precisa

ter complexo com o corpo, porque vamos criar uma roupa que vai valorizar o tipo físico dela. Queremos que a cliente se sinta bem, bonita e elegante”. O principal objetivo, então, é fazer com que a roupa seja a realização de um sonho para a cliente. “Para a gente, a roupa é um sonho, queremos realizar esse sonho com todo o cuidado e exatamente como a cliente idealizou, para que ela não fique frustrada”, arremata a designer. Serviço Endereço: Avenida Joaquim da Silva Lima, 556, Ed. Maestri, loja 12, Centro de Guarapari Telefone: 3361-6470 Email: regianealfenasestilista@hotmail.com Facebook: Regiane Alfenas Boutique


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Sou Vip Inteligente Consumo

Cuide bem do seu patrimônio por Gabriely Sant’Ana

■ O planeta Terra é nosso patrimônio e nossa casa, que recebemos de herança. Por isso vale a pena fazermos nossa parte para tentar garantir uma melhor qualidade de vida agora e deixar um mundo melhor para o futuro e as próximas gerações. Você pode ajudar, em primeiro lugar, adotando algumas atitudes simples, como, por exemplo, usar menos o automóvel. Se você vai a algum lugar perto de sua casa, por que não ir a pé e evitar, assim, que um pouco mais de CO2 seja lançado na atmosfera? Fazer transporte solidário também ajuda, além de contribuir para reduzir os congestionamentos, que causam tanto estresse. Economize energia, tomando banhos menos demorados, ficando menos tempo no computador e apagando as luzes dos ambientes que não estão ocupados é uma boa pedida. A água também deve ser usada com mais cuidado. A água da máquina de lavar pode ser aproveitada reutilizada para a limpeza da casa,

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da calçada, da garagem, etc. A que, às vezes, sobra em uma garrafinha pode ser jogada num canteiro de plantas ou mesmo num vasinho: a planta agradece e você evita o desperdício de simplesmente jogar água fora no meio da rua. A redução do consumo da água também acarreta redução no consumo de energia elétrica, que é outro item a ser conservado, já que sua geração afeta o meio ambiente e o planeta também. Não jogue lixo na rua, pois isso entope bueiros e quando chove podem ocorrer inundações. Aproveite materiais para reciclagem, como potes de margarina, que podem servir para guardar sobras de alimentos na geladeira e no freezer. O papel também pode ser reaproveitado. Imprimir dos dois lados de uma folha e depois juntar o que não será mais usado e doar para uma cooperativa de reciclagem evita desperdícios e ainda pode gerar renda para pessoas carentes. Vamos RECICLAR e REUTILIZAR!

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Refluxo:

como identificar e tratar por Tayla Oliveira

■ Vômitos e engasgos constantes, irritabilidade, tosses, dificuldade em ganhar peso e soluços são sintomas do refluxo gastroesofágico (RGE), que é causado principalmente pela imaturidade do sistema digestivo dos bebês. A doença está cada vez mais presente na rotina das mamães e tem sido motivo de muitas idas ao pediatra. Segundo pesquisa da Datafolha, o refluxo atinge 12% da população brasileira, o que corresponde a 20 milhões de pessoas. Desses, 80% são crianças. “O refluxo pode acontecer desde o nascimento como também surgir com o tempo. Alguns, inclusive, nascem com o que chamamos de refluxo fisiológico, que é aquele que não classificamos como doença. Eles apenas regurgitam ou vomitam, mas sem consequências para o seu desenvolvimento. Já o refluxo doença envolve outros sintomas”, diferencia a pediatra Dra. Neuza Marchesi. Ela explica que o diagnóstico é muito mais clínico que laboratorial. “O exame para identificar o refluxo, o Phmetria Esofágica, dura 24h e consiste na colocação de uma sonda no nariz, na parte inferior do esôfago. E por ser um exame difícil e que causa incômodo, é realizado em último caso. Neste momento de diagnóstico contamos com a ajuda da mãe, que deve observar os sintomas do filho”. O tratamento é realizado com alimentação, correção postural, medicamentos e, em último caso, por meio de cirurgia. “Tudo vai depender do tipo de refluxo, mas adaptações na alimentação, como a troca do leite, a seleção de alguns alimentos juntamente com a correção da postura normalmente ajudam e quando não está funcionando evoluímos para intervenções com medicamento e se necessário a cirurgia. No caso da última opção optamos por realizar o exame de Phmetria para ter certeza que é a melhor solução”, finaliza. De acordo com especialistas, o refluxo pode evoluir para doenças mais graves como a esofagite (inflamação da mucosa do esôfago), que pode predispor o paciente ao câncer

de esôfago, nos casos mais avançados. Por isso a importância em ficar atento quanto aos sintomas. CASOS DOS BEBÊS Izabella Ferreira Alves, atualmente com 13 anos, começou a sofrer bem pequena com alguns sintomas que levaram ao diagnóstico de refluxo. Com um ano de vida, sua mãe, Elizangela Ferreira de Souza Alves, 37 anos descobriu que a dificuldade no ganho de peso, os constantes quadros de pneumonia, tosse e atelectasia (parte do pulmão para o funcionamento) eram decorrentes da doença. “Desde um ano de idade até os cinco, quando ela operou, foram oito pneumonias, além dos problemas respiratórios que ela começou a desenvolver. Então iniciamos o tratamento, com medicamentos e mudanças na

alimentação. Como não resolveu a solução foi operar”, conta a mãe. Depois da operação, Izabella não teve mais problemas de refluxo e corrigiu algumas intolerâncias como à lactose e também ao corante, e passou a se alimentar com comidas ácidas. O suco de laranja foi a primeira refeição após a operação, e comprovou o sucesso da cirurgia. Maria Eduarda, de apenas 9 meses, foi diagnosticada com refluxo no primeiro mês de vida. No caso dela, não foi necessário recorrer à cirurgia. “Ela golfava muito após se alimentar. E após exames, a médica diagnosticou o reflexo. O tratamento foi simples. Ela tomou medicamentos e substituímos o leite comum por um especial”, revelam os pais, João Batista Dias e Simone Bispo Lisboa.

O refluxo pode acontecer desde o nascimento como também surgir com o tempo. Alguns, inclusive, nascem com o que chamamos de refluxo fisiológico, que é aquele que não classificamos como doença. Eles apenas regurgitam ou vomitam, mas sem consequências para o seu desenvolvimento. Já o refluxo doença envolve outros sintomas

Dra. Neuza Marchesi, pediatra


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A IMPORTÂNCIA

DO SONO

por Dra. Alessandra Soares CRM-ES 11972 Médica Otorrinolaringologista Especialista em Medicina do Sono (Associação Brasileira de Medicina do Sono e Associação Médica Brasileira)

■ Atualmente as pessoas andam tão atarefadas, estressadas e ansiosas que dormir parece ter se tornado um luxo. Mas entenda por que o sono é tão necessário e por que cada um tem o seu próprio tempo de descanso. Seu amigo acorda às 5 horas da manhã no maior pique para correr no parque depois de ter dormido durante seis horas, enquanto você se arrasta para fora da cama às 7 horas, depois de oito de repouso. Dormir é uma tarefa muito específica, cada um precisa de um tanto de horas na cama. “Os chamados pequenos dormidores, cerca de 2% das pessoas, necessitam apenas de cinco a seis horas por noite. Já os grandes dormidores, outros 2%, de dez a onze. A maior parte da população está nesse intervalo”, explica a otorrinolaringologista e médica especialista em Medicina do Sono Dra. Alessandra Soares. Para descobrir de que tipo você é, pergunte ao seu corpo. “A fórmula prática é aproveitar as férias para deitar quando tiver vontade e levantar quando não sentir mais sono, sem pressão de horário ou compromissos. Assim, poderá perceber quantas horas de sono necessita.” O difícil é, depois das férias, manter o ritmo ideal, já que há pressões por todos os lados que levam ao sono de baixa qualidade. Mas é natural que a quantidade de horas necessárias de sono mude com o passar dos anos. Recém-nascidos dormem até 20 horas por dia. “Já os idosos costumam ter períodos mais fragmentados, entram poucas vezes na fase de sono profundo”, explica a Dra. Alessandra Soares. Uma pesquisa, coordenada por Derk-Jan Dijk, professor da Universidade de Surrey, no Reino Unido, comprovou exatamente isso. No estudo feito com voluntários, adultos mais velhos dormiram cerca de 20 minutos menos do que os indivídu-

os de meia-idade, que, por sua vez, dormiram 23 minutos menos do que os adultos mais jovens. QUESTÃO DE QUALIDADE A insônia e os pesadelos são os problemas de sono mais comuns em mulheres. Já os homens, reclamam do ronco. O problema não é a queda progressiva no tempo dormido que vem com a idade. Isso é fisiológico. O que faz mal para o corpo são as horas em que nos mantemos acordados de modo não natural. Há situações na vida que impedem a pessoa de dormir bem por um período, como um filho recém-nascido ou um projeto importante a finalizar no trabalho. Os efeitos negativos desaparecem depois de algumas semanas de sono de qualidade. O corpo se recupera. Os problemas financeiros são mais difíceis de serem tratados, mas os de saúde têm solução. “Entre estes distúrbios, o mais presente é a apneia, que é quando a respiração interrompe-se várias vezes durante o sono, trazendo sérias consequências a todo o organismo”, diz a Dra. Alessandra Soares. A breve parada respiratória acontece porque os músculos da garganta relaxam, bloqueando a entrada do ar. As interrupções na respiração provocam também ligeiros despertares e a pessoa fica sonolenta o dia todo. Esse distúrbio pode ser tratado principalmente com uma mudança de hábitos como emagrecer e parar de fumar. Quando isso não resolve, há soluções mais invasivas, como o uso de um aparelho que mantém a garganta aberta enquanto se dorme, reposicionando a mandíbula, cirurgias ou o uso de CPAP. “A falta de repouso adequado traz efeitos como cansaço, sonolência durante o dia, irritabilidade, dor de cabeça e até redução da libido”, diz

a Dra. Alessandra. “Há ainda outras consequências ao organismo que nem sempre são notadas, como alterações da pressão arterial, da glicemia e da temperatura corporal”, completa. Além disso, dormir pouco também engorda. O pouco sono interfere no mecanismo hormonal, fazendo que o organismo produza mais hormônios que disparam a fome. Pequenos intervalos de descanso, mesmo que a pessoa esteja acordada, ajudam a memória a fixar o que acabou de ouvir, segundo estudo realizado no departamento de Psicologia e Centro de Ciências Neurais da Universidade de Nova York, nos EUA.

Algumas atitudes podem ajudar a dormir melhor ou a evitar a insônia. - Não ingerir bebidas com cafeína depois das 18h. - As bebidas alcoólicas também devem ser evitadas. Apesar de proporcionarem uma sensação de sonolência, impedem que a pessoa alcance o sono profundo. - Não tire cochilos durante o dia. - Tome um bom banho morno. - Não faça exercícios físicos depois das 20h, porque eles estimulam o metabolismo e deixam a pessoa “ligada”. - Vá para a cama somente quando estiver com sono. Não fique virando de um lado para o outro. Se não conseguir dormir, levante e faça algo relaxante, à meia-luz. - Use o quarto apenas para dormir, não para trabalhar ou comer. Tenha uma boa noite de sono !!!!!!!!!!!!!!


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14 Sou Vip CALDO DE ARTES Música, teatro, Ddança, poesia e caldos saborosos. Tudo oferecido pelo IDEG – Instituto de Divulgação Espírita de Guarapari em uma noite pra lá de agradável. Foi o primeiro Caldo de Artes, que aconteceu no Space Hall. Quase 200 pessoas puderam curtir atrações com mensagens sobre o amor de Jesus.

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SUCESSO Clientes e amigos, prestigiando a loja My Dreams.


Arte 15

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Benefícios do

teatro

para o desenvolvimento social por Tayla Oliveira

■ Integrar, incentivar o trabalho em equipe e o empreendedorismo, promover o intercâmbio cultural e ainda desenvolver o compromisso social dos participantes. Esses são apenas alguns dos muitos benefícios do teatro, além do mais conhecido e grande responsável por atrair pais e filhos a investirem na modalidade: tornar o adolescente, jovem ou qualquer um disposto a aprender as técnicas do teatro, mais desinibido. Em Guarapari, a promoção do teatro faz parte do calendário escolar do Darwin há 12 anos. “O projeto de aprendizagem reúne conhecimentos de língua portuguesa, arte e literatura. Sem contar toda a experiência adquirida através da vivência em cada etapa. Os alunos

passam a ser responsáveis por tudo, desde a escolha do texto e adaptação até a parte financeira, a busca por patrocínios, produção de cenário até a hora mais esperada que é a apresentação”, explica a Coordenadora Pedagógica da escola, Waldecir Gaigher Loureiro. As diretoras gerais deste ano, Letícia Rocio e Sarah Sad, ambas com 16 anos, são responsáveis pela integração e organização que envolve duas turmas de 2ºs anos e aproximadamente 60 alunos. “É desafiador assumir um compromisso como esse. Somos convidados a lidar com situações novas para nós. Primeiro é trabalhar com dinheiro, os desafios de como arrecadar a quantia necessária, fazer com que nossos colegas se comprometam,


16 Arte

tenham responsabilidade e dedicação. Porque no final nosso compromisso é com as pessoas que vão nos assistir”, explicam. Além de aproximar escola e alunos, os pais são grandes parceiros. “Todos os anos nos surpreendemos com essa participação dos pais. Eles ajudam financeiramente, com a força e estímulo que dão aos seus filhos. E muitos deles mergulham de cabeça e ajudam na confecção do cenário, das roupas. O resultado é positivo tanto no rendimento escolar, como na relação em casa. É maravilhoso ver o sorriso deles e perceber a alegria após

a última sessão. É uma sensação de dever cumprido e de muito aprendizado”, finaliza a coordenadora. A OPERA DO MALANDRO. Este ano, a peça de Teatro acontece no dia 03 de outubro, em duas sessões, no Auditório do Sesc, e traz a Opera do Malandro, um clássico do Chico Buarque. O enredo levanta questões políticas e também a respeito do jeitinho boêmio. Max Overseas, contrabandista internacional tem de lidar com a nova era da malandragem, guiada pelo colarinho branco e pelos chefes de estado. Um conflito entre dinheiro proveniente de suborno e jeitinho boêmio.


Educação 17

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Estimule seu filho a

se divertir com as

brincadeiras de antigamente por Tayla Oliveira

As crianças já nascem conectadas, mas os pais devem estar atentos para evitar os excessos de tecnologia e estimularem as atividades ao ar livre. Trocar os computadores, tablets e smarthfones por brincadeiras ditas de antigamente pode ser ainda mais divertido. ■ Você já brincou de pular corda, bolinha de gude, pique esconde, bambolê e caça ao tesouro? O resgate dessas atividades e de outras muito comuns há alguns anos e em cidades do interior, além de divertir a garotada, estreita os laços entre pais e filhos e auxilia no desenvolvimento das crianças. “Quando incentivamos essas brincadeiras e levamos os pequenos aos parquinhos, por exemplo, mostramos a elas alternativas muito mais saudáveis do que o uso exclusivo da tecnologia para as atividades lúdicas. As crianças precisam de experiências diversificadas para que a aprendizagem e socialização ocorram da melhor maneira possível”, explica a psicóloga especialista em Terapia de Família e Casais, Tatielly Baião Bonan. O acompanhamento torna a brincadeira ainda mais importante. Segundo Tatielly, os responsáveis oferecem um modelo de conduta quanto às regras sociais que precisam ser aprendidas. “Isso ocorre quando os pais ensinam aos filhos a esperarem a vez de jogar, a não abandonarem a brincadeira quando estão perdendo, e ainda, a não quebrarem os brinquedos”, esclarece. O acesso aos aparelhos eletrônicos pode ajudar no desenvolvimento intelectual e motor das crianças, porém, o uso abusivo prejudica o exercício da criatividade e cria uma relação de dependência. Neste momento, os pais devem ajudar os filhos a desenvolverem o uso saudável dos recursos tecnológicos, já que

os pequenos não dispõem de autocontrole. Primeiro passo. Por mais que a tecnologia pareça ser mais atrativa para a criançada que ‘brincadeiras de rua’, o primeiro passo para promovê-las deve ser dos pais, professores e babás. “Para nós adultos que tivemos uma infância diferente, é muito simples imaginar que um graveto é uma espada, ou que caminhos desenhados na caixa de areia formam uma grande cidade. Inicialmente, as crianças precisam de estímulos e da presença de adultos sugerindo as atividades”, ressalta a psicóloga. Depois desse primeiro incentivo, as crianças começam a aproveitar o espaço e as relações que se estabelecem em parquinhos, praças e encontros com outras crianças.

o desenvolvimento dele”, afirma Silvana. Na casa de Marisete Alves da Silva já é regra. Duas vezes na semana o parquinho faz parte da rotina e a Julia Alves, de dois anos e nove meses faz questão de lembrar. “Ela não pode ver o parquinho que pede para ir, mas ela sabe que tem de ir a creche, então levamos apenas dois dias na semana. É uma atividade que faço questão de incluir no dia a dia da Julia, pois é um momento em que ela interage com outras crianças e gasta a energia”, finaliza. Confira em nosso site dicas de atividades para fazer com a criançada em casa, no quintal e na praia.

No parquinho... A diversão é garantida, muitas risadas, novas amizades, interação com os coleguinhas. Os momentos ao ar livre são positivos para pais e crianças. “Eu acho essencial que as crianças façam novas amizades, tenham contato com a natureza. Como eu não tenho quintal em casa procuro trazer meus filhos sempre que posso. O Stanley da Silva Monteiro tem um ano e seis meses e adora o parquinho e amiguinhos que encontra na pracinha”, conta a mãe Núbia Aparecida da Silva Monteiro. A babá Silvana Torezone Gonçalves, leva todos os dias o pequeno Nicolas de Paula Simões, de apenas um ano e cinco meses ao parquinho. “A mãe do Nicolas faz questão que eu inclua essa atividade no dia a dia dele. É um momento em que ele interage com os coleguinhas, gasta energia, corre, fica descalço. E isso é muito positivo para

Núbia Aparecida, mãe de Stanley. (acima). Marisete Alves mãe de Julia Alves, de dois anos e nove meses. (abaixo)


18 Entrevista

C

ump Guiados pela por Tayla Oliveira

■ Quem nunca ouviu a voz dos dois conhecidos vendedores da Mega Sena, ou já não os viu andando pelas ruas do Centro de Guarapari? A mineira Renata Magalhães Barcelos, 31 anos e o guarapariense Marcos Aurélio Ribeiro Barcelos, 42, sempre apoiados um ao outro e por vezes com o auxílio do filho Getúlio, de 12 anos cumprem a missão de mais um dia: driblar os problemas que a vida apresenta. O casal, vítima de glaucoma congênito, é casado há 13 anos e desde então enfrenta o desafio de sobreviver diante de todas as dificuldades com a falta de mobilidade urbana, as burocracias da área pública e a falta de solidariedade da maioria das pessoas. Revista Sou: Como vocês se conheceram? Marcos: Tudo começou em Belo Horizonte, quando estudávamos no Instituto São Rafael – Instituição governamental destinada a cegos – onde cursávamos o ensino fundamental em 2001. Eu era casado com outra pessoa, mas acabei me separando. Logo depois Renata engravidou e viemos morar em Guarapari. Hoje somos unidos pelo nosso filho, pela cumplicidade, pelo amor e pela vontade de seguir em frente, e com a certeza de que vamos superar mais um dia. Renata: Também unidos pelos estudos. Hoje fazemos supletivo à distância, uma maneira de continuar os estudos e uma forma de incentivar nosso filho e mostrar o quanto é importante buscar conhecimento. Estudar é fundamental e proporciona uma vida melhor. E nós queremos isso para ele, um bom emprego e uma realidade diferente da nossa.


Entrevista 19

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plicidade Como é a história de vocês com o glaucoma? Marcos: Eu tenho glaucoma de nascença, cheguei a fazer alguns tratamentos, raspagem, cirurgias, mas como eu tinha uma família pouco esclarecida, que morava no meio rural, não consegui dar continuidade ao tratamento. Eu cheguei a ganhar um resíduo de visão no olho esquerdo, mas aos 10 anos fiquei totalmente cego. Renata também tem a doença desde que nasceu. Antigamente não se tinha muitos recursos e os disponíveis não eram acessíveis a todos. O filho de vocês, o Getúlio, também é portador do glaucoma? Renata: O Getúlio também nasceu com problema na visão. Ele já fez vários tratamentos desde um ano de idade e passou por quatro cirurgias. Atualmente o glaucoma dele está estabilizado. Embora seja um problema hereditário, quando diagnosticado logo após o nascimento, as chances de cura aumentam bastante. Marcos: Mesmo assim é necessário fazer o acompanhamento. Mas é complicado marcar consulta. Se quem não possui limitações físicas já sente dificuldade imagina nós. Para tentar um encaminhamento para um oftalmologista foi uma novela. O Hospital Infantil não faz o procedimento, no Posto de Saúde não tem pediatra e o clínico geral não fornece o documento. Só conseguimos após contato com a Assistente Social. E para tudo isso, tivemos de depender da boa vontade dos motoristas de ônibus parar no ponto ou de alguém fazer o sinal para nós.

O ser humano está sempre sonhando em ganhar na Mega Sena, ficar rico, mas nunca pensa na dificuldade que os outros têm ou que ele possa ter. É preciso ter em mente que o material é supérfluo

Vocês recebem ajuda e apoio das pessoas? Renata: Graças a Deus recebemos a ajuda de muita gente. Temos apoio da Igreja Católica, de Grupos Espíritas e de vários segmentos da sociedade e é graças a eles que por muitas vezes conseguimos enfrentar toda a burocracia e as falhas da sociedade. Até porque, somente com a aposentadoria por invalidez que recebemos não é possível manter a casa. Precisamos vender os bilhetes da Mega Sena – para isso é necessário que o tempo esteja bom –, e contamos com a ajuda das pessoas de coração bom. Marcos: Diante das nossas condições e por solidariedade de alguns profissionais, ganhamos por diversas vezes consultas particulares, mas não conseguimos ter acesso aos medicamentos e exames por não possuir uma receita do Sistema Único de Saúde (SUS). É bem difícil depender da área pública atualmente.

Além desses obstáculos, quais são as maiores dificuldade enfrentadas por vocês? Marcos: A dificuldade que todas as pessoas com deficiência enfrentam é a mobilidade urbana. Os problemas são os mesmos e se arrastam por anos, tanto no transporte coletivo, como nos pontos, que não possuem estrutura, as calçadas quebradas, com buracos, sem falar das dificuldades em encontrar a faixa de pedestre. O que eu sempre falo é que os problemas não são as calçadas, porque se existe degrau, nós sabemos que precisamos subir ou descer. Eu sempre critico aquilo que se coloca na calçada, porque o que se põe está agora e pode não ter depois. Renata: E novamente nos esbarramos com a área pública. Quando Marquinhos teve um AVC, há um ano e meio, ficamos novamente a mercê. Se tivesse esperado o SAMU ele talvez não estivesse sobrevivido. O socorro demorou e não chegou, talvez por morarmos longe. Graças a Deus tivemos ajuda de uma pessoa que nos ajuda muito. Em meio a esse cenário, o que vocês sentem mais falta? Marcos: O ser humano está sempre sonhando em ganhar na Mega Sena, ficar rico, mas nunca pensa na dificuldade que os outros têm ou que ele possa ter. É preciso ter em mente que o material é supérfluo. Precisamos ser solidários com as pessoas, saber de que maneira podemos auxiliar alguém. Porque amanhã qualquer um de nós pode ser vítima de problemas. Todos só pensam no material e esquecem o que é o mais importante, que é a vida.


20 Entrevista Marcos, mesmo sem ter a visão, você nunca deixou de lutar pelos seus direitos. O que você aprendeu com tudo isso? Marcos: Eu já fui presidente comunitário e vice-presidente da Associação de Cegos em Vila Velha. Sempre busquei reivindicar e trazer melhorias para mim e para todos que estavam a minha volta. Vejo que muitas pessoas, mesmo com plena saúde, usam a desculpa que estão ocupadas e que trabalham muito e não tem tempo. Mas acredito que além de ser nosso direito é também nosso dever correr atrás do que é nosso. Não podemos ficar parados esperando que alguém olhe por nós. Quais são os planos daqui para frente? Marcos: O desafio agora é arrumar a documentação da nossa casa em Setiba – mais uma briga com a burocracia – para vender e comprar um imóvel próximo ao Centro. Porque quanto mais velhos nós ficarmos, mais vamos sentir dificuldades em nos deslocarmos.

Vocês estão sempre juntos, apoiando um ao outro. Essa parceria é importante na condição de vocês? Renata: Sim, sem dúvida. Nós precisamos estar sempre juntos. Dependemos um do outro e é isso que buscamos passar para o nosso filho. A cultura do ser humano não ensina a ser solidário, enquanto na verdade todos nós, independente de ser deficiente físico ou não, dependemos de quem está ao nosso lado.

Precisamos ser solidários com as pessoas, saber de que maneira podemos auxiliar alguém. Porque amanhã qualquer um de nós pode ser vítima de problemas. Todos só pensam no material e esquecem o que é o mais importante, que é a vida.


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Mestres da

boa comida por Gabriely Sant’Ana

■ Para nós, seres humanos, comer é mais do que uma necessidade do organismo. É uma fonte de prazer. Ao sentarmos à mesa, podemos esquecer problemas, socializar e até mesmo meditar. Enfim, ao degustar um bom prato, nos sentimos “mais gente”. Quando saímos para comer – sem desmerecer a comida caseira, por favor – muitas vezes esse deleite se torna ainda maior, graças à companhia dos amigos, familiares ou mesmo a dois, que deixam tudo com um sabor a mais, além é claro de poder estar em um ambiente diferente e com um serviço especial. Pensando nisso, a Revista Sou conversou com um renomado time de chefs e proprietários de restaurantes que apresentaram as grandes estrelas de seus cardápios. Há pratos para todos os gostos: desde a culinária mais refinada, passando pela oriental, light e até para quem deseja uma refeição mais prática. Mas todos têm um ponto em comum: o desejo de inovação e o brilho no olho no momento de falar sobre essa arte milenar que nos tornou o

que somos: amantes e dependentes da boa comida. Locais que, se você ainda não conhece, com certeza vai aprovar e sempre pedir bis. Casa Marracini: gastronomia sem medo de ousar Localizado na parte central de Guarapari, mas longe do burburinho está um simpático restaurante onde a atmosfera é fina e ao mesmo tempo despretensiosa. A música ambiente é da melhor qualidade. “Criamos um lugar aconchegante, onde queremos que nossos clientes tenham vontade de ficar, com uma comida que eles tenham vontade de repetir. Cozinho para eles com o mesmo carinho que cozinho para a minha família”, diz a chef e proprietária, Soraia Marracini. Além de massas, são servidos pratos à base de frutos do mar, peixe, frango e carne, em um menu com mais de 50 opções, tudo a um preço acessível e feitos com ingredientes selecionados entre os melhores fornecedores. “Preparamos re-


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www.revistasou.com ceitas de família, como um frango feito com bacon e queijo cimel, flambado no vinho, que é criação da minha mãe”. Ela apresenta como destaques o Carré Francês (cordeiro) servido com risoto de pera, gorgonzola e nozes ou acompanhado de polenta, ervilhas frescas e regado com molho de vinho, incluídos no cardápio há pouco mais de um mês. “É uma carne extremamente nobre e de sabor delicado, o melhor corte do cordeiro”; o Badejo da Casa, que vem acompanhado de molho de camarões e brócolis refogado, “um dos pratos mais nobres que servimos”; e o Filé de Frango Especial, servido com queijo e mel flambado ao vinho, “uma receita de família de sabor surpreendente, ensinada por minha mãe”, orgulha-se a chef. Soraia afirma que o sucesso da casa e dos pratos se deve a dois fatores. “O primeiro é que o cozinho para meus clientes com o mesmo carinho que sempre cozinhei para minha família e meus amigos íntimos. Segundo é que eu gosto sempre de inovar e, felizmente, os frequentadores da Casa também estão sempre dispostos a experimentar o novo, o diferente. Eles sabem que aqui podem contar tanto com o ‘clássico da mamma’ como a mais fina gastronomia. E essa foi a minha intenção ao abrir o restaurante”, arremata. Yakisoba Du Chef: joias no prato Nada resume melhor esse prato criado pelo chef Gustavo Angieuski, do Yakisoba Du Chef, do que a palavra joia. O Yakissoba Gold é uma preparação suntuosa, com direito a camarões rosa nº 0, champingnons, castanhas e outros acompanhamentos igualmente nobres. Tudo coberto por folhas de ouro 24 quilates comestível importadas da Suíça. Segundo Gustavo não existe nenhum outro restaurante que sirva um prato parecido, nem mesmo em outros países. “Sou pioneiro em trabalhar com ouro na culinária no Espírito Santo. Hoje existem outras preparações, mas geralmente são em doces e sobremesas”, conta. E não pense que são apenas salpicos de ouro que enfeitam o yakissoba, palavra que significa “macarrão frito em molho” em mandarim. São vários pedaços, que fazem o prato reluzir à meia luz. Outro destaque é a mistura de nove temperos que dão o sabor único das outras oito preparações servidas

no restaurante (as outras são Carne, Vegetariano, Misto, Frango, Du Chef, Camarão, Camarão Du Chef e Yakito). O condimento é guardado a sete chaves por Gustavo. “Não revelo a ninguém, pois fui eu mesmo quem criei essa combinação após muita pesquisa e testes”, destaca. E a história da criação do prato é igualmente brilhante. “Logo que abri o estabelecimento decidi que precisava fazer algo diferente para chamar a atenção do público. Então uma noite, depois de pedir muito a Deus, a ideia veio em um sonho. Mas nem por isso foi fácil. Tive que fazer muitas pesquisas e até viajei ao Rio de Janeiro para encontrar o fornecedor do ouro comestível”. Depois do Yakissoba Gold – que faz parte do cardápio fixo – Gustavo tomou gosto pela inovação e frequentemente lança versões limitadas com ingredientes especiais, como o de lagostim, de carne seca e banana da terra e o de flores comestíveis. “Se um cliente deseja uma receita customizada, primeiro eu faço um teste de sabor e se aquele ingrediente harmonizar bem, sirvo para o cliente ou até mesmo incluo no cardápio, se fizer muito sucesso”. Cozinha Capixaba: sabor na medida Esqueça os gratinados e os molhos. Quem disse que comida saudável não pode ser saborosa? Pois essa é a proposta da Comida Fitness, oferecida pelo Restaurante Cozinha Capixaba. A novidade, que promete agradar tanto aos marombeiros quanto quem deseja fazer refeições mais leves, consiste em preparações

elaboradas por nutricionistas sem sal ou temperos artificiais, cozidas no vapor e de baixa caloria. “Mas nem por isso elas são ‘sem gosto’. Isso porque caprichamos na variedade de temperos naturais, como hortelã, salsa, manjericão e alecrim. Vale lembrar que sal demais mata o sabor do prato, além de fazer muito mal à saúde. Por isso, a comida fitness também é ideal para hipertensos, quem tem diabetes ou precisa perder peso”, salienta a proprietária do restaurante, Eunice Rosa. Todos os dias, são servidas cinco opções de almoço, diferentes e o cliente pode escolher se deseja comer no local (prato executivo) ou levar em marmitex. “Também temos disk-entrega”, completa Eunice. O espaço também oferece café da manhã e lanches pré-treino, ficando aberto das 7h às 18 horas. Segundo a proprietária, o próximo passo é fazer parcerias com academias, clínicas de nutrição e lojas de suplementos. “O guarapariense está cada vez mais preocupado com a sua saúde e com o corpo. Mas não basta só fazer exercícios, é preciso comer a comida certa para potencializar o treino. Isso nossos clientes podem encontrar aqui”, convida.


24 Capa Sushi House: delícias da Terra do Sol Nascente Ao abrir o seu próprio negócio, Leandro Vasconcelos Cardoso, não imaginava que ele poderia dar tão certo em tão pouco tempo. Há cinco anos fazendo sushis, sashimis, temakis e uramakis, entre outras delícias da Terra do Sol Nascente para terceiros, em março de 2013 ele inaugurou o seu serviço de delivery. Logo em novembro, foi a vez de abrir as portas do primeiro Sushi House, localizado na Rua Joaquim da Silva Lima, no Centro. E agora, em agosto, menos de um ano e meio depois de fazer sua primeira entrega, ele abre as portas de um novo espaço, com mais conforto e uma decoração mais caprichada, também no Centro, próximo à pracinha do Bradesco. Muita coisa mudou nesse período, exceto uma: a companhia da sua especialidade: o Combinado Salmão Super. “São 61 peças, todas tendo o salmão como base. É um combinado de sabor suave e bem agradável e que os clientes sempre pedem, desde a época do delivery. Virou meu cartão de visitas, literalmente”. Leandro destaca outro prato, mais recente no cardápio e que também faz muito sucesso. “É o Fire Hot, um “sushi frito” com tartare de salmão e geleia de pimenta, de paladar bem marcante”, explica.

Para o chef, Guarapari sempre teve uma tradição de restaurantes japoneses, mas não dá para negar que o hábito de comer usando hashis aumentou muito do ano passado para cá. “Muita gente pensa que comida japonesa é tudo igual, mas não é. Meu objetivo é sempre inovar, oferecendo o melhor produto possível a um preço justo. O guarapariense está com um paladar cada vez mais treinado para a culinária japonesa e me sinto muito feliz por contribuir com esse movimento”. Kebab’s: Segredos aprendidos na Europa Até alguns anos atrás, quem quisesse comer kebab tinha de esperar uma viagem à Europa ou, quem sabe, se aventurar em uma barraquinha de churrasco grego que, na teoria, pode ser encarado apenas como um parente próximo. Porém, desde 2012, esse prato típico árabe tem endereço certo em Guarapari: na lanchonete de mesmo nome, localizada em Muquiçaba. Como explicam os proprietários Karla Miranda e Franklin Arpini, muito mais do que uma comida rápida, trata-se de uma opção de lanche saudável e nutritiva, que leva no recheio carne mista especial (alcatra, peito de frango e pedaços de bacon) com salada de alface, tomate e cebola, além dos molhos de yogurte natural temperado e molho levemente picante. “Aprendemos a receita na Itália, onde moramos por seis anos e ao voltarmos para Guarapari, resolvemos investir no negócio por se tratar de algo inédito por aqui”, conta Franklin. Ele explica que a carne é temperada, colocada no espeto e grelhada lentamente. O corte é feito em lascas, o que também dá uniformidade à preparação. “Na Europa, normalmente é usada a carne de cordeiro, mas aqui preferimos desenvolver uma receita própria, mais adequada ao paladar brasileiro. O bacon, por exemplo, além de dar mais sabor, umedece a carne”. Outro diferencial do kebab está nos ingredientes altamente selecionados – o pão, por exemplo, é preparado na própria casa com trigo especial importado diretamente da Itália. A massa é feita todos os dias, garantindo uma textura leve e macia.

Destaque também para as pizzas da casa, feitas com massa italiana (preparada com o mesmo trigo usado na massa do kebab). A pizza é aberta à mão, sem o uso de rolo, o que deixa a massa mais aerada. As recomendações da casa são a Pizza Kebab e a Portuguesa Especial. Kebab’s Pizza Bar Kebab Endereço: R. Everson de Abreu Sodré, 807 - Muquiçaba Telefone: 27 3362-5284 Casa Marracini Endereço: R. Fernando de Abreu, 121, Parque Areia Preta Telefone: 27 3261-1616 Yakisoba Du Chef Endereço: R. Santana do Iapó, Muquiçaba Telefone: 27 9 9970-0520/ 27 9 8177-8323 Cozinha Capixaba Endereço: R. Carlos Santana, 106, loja1, Ed. Elizabeth Haddad, Parque Areia Preta Telefone: 27 3114-0688 / 27 3362-0533 27 9 9777-7313 Sushi House Endereço: R. Joaquim da Silva Lima, nº 123 (Ed. Nelson Amorin), Centro. Telefone: 27 3262-8734/ 27 9 9725-3020 27 9 8869-0802


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por Gabriely Sant’Ana

■ De perto, ninguém é normal, já disse Caetano Veloso... Mas por que será que nos esforçamos tanto em ser assim? A resposta pode estar em uma tese elaborada pelo psicólogo e antropólogo brasileiro Roberto Crema e pelo filósofo, psicólogo e teólogo francês Jean-Ives Leloup. Segundo eles, a humanidade pode estar sofrendo uma epidemia global: a normose ou a obsessão doentia por ser normal. Isso porque, desde que nascemos, fomos condicionados a acreditar que devemos seguir um determinado padrão para sermos aceitos na sociedade. O que é diferente pode causar constrangimento, então toda a nossa realidade foi criada de modo a que não nos distanciássemos desses padrões. E o que é ser normal hoje? É se formar na escola, escolher um curso e ingressar na faculdade, fazer estágio, subir de cargo de tempos em tempos, arrumar um par, se casar, ter filhos, comprar uma casa, mobiliá-la e provavelmente passar bons

anos pagando por tudo isso. Um estilo de vida que pode ser interessante para muita gente. Mas por outro lado, existem pessoas que não se encaixam nessa sequência de expectativas e acham um desperdício ter que viver conforme os padrões alheios. Por causa dessa educação e da influência cultural que tivemos, somos tomados por um grande medo do fracasso que nos impede de seguir uma nova direção – mesmo tendo certeza que ela poderia nos trazer muito mais satisfação e felicidade. O fantasma do “E se...” nos persegue: “E se tudo der errado?”, “E se meus pais ficarem decepcionados?”, “E se eu não conseguir manter o meu padrão de vida?”... Como encontrar respostas satisfatórias para essas questões é algo difícil, geralmente paramos, damos um passo para trás e assim deixamos aqueles sonhos serem somente sonhos, tornando-nos, por isso “normóticos”. A normose na História.

Segundo Roberto Crema, “a normose ocorre quando o contexto social que nos envolve caracteriza-se por um desequilíbrio crônico e predominante”. Ela sempre existiu, mas torna-se epidêmica em períodos de grandes transformaçõ es culturais – quando o que era normal subitamente passa a parecer absurdo, ou até desumano. Foi o que aconteceu no final do período romano, em relação à perseguição de cristãos, ou no início da Idade Moderna, com o fim da Inquisição, ou no século 19, com a perda de sustentação moral da escravidão. E é o que está acontecendo de novo, com a crise dos nossos sistemas de produção, trabalho e valores. “O novo modelo é ainda embrionário, e os visionários dessa possibilidade ainda são minoria”, diz. A necessidade de ser aceito

Por causa da influência cultural que tivemos, somos tomados por um grande medo do fracasso que nos impede de seguir uma nova direção

é a força motora das ações normóticas. E junto com esta necessidade caminha o medo de sermos rejeitados quando somos autênticos. Como alguém que decide trabalhar apenas meio período para poder ficar mais tempo com os filhos ou aquele pai de família que, mesmo ganhando o suficiente para fornecer educação, moradia e alimentação, é considerado vagabundo e louco por, em plena quarta-feira ensolarada, deixar as crianças faltarem à aula e levá-las à praia. “Mas em dia de semana? As crianças vão faltar aula?”, a sociedade diz. Sim, por que não? De repente, ele acha que um dia em contato com a natureza será melhor para seus filhos do que horas sentados em sala de aula. Será que não é ele o saudável, e doentes são os que julgam sua atitude?

Existe cura? A cura da normose é individual, mas alguns esforços coletivos podem ajudar. Um bom primeiro passo seria a instalação de um novo modelo educacional. A escola poderia ser o lugar onde as crianças descobrem suas verdadeiras vocações - em vez de tentar padronizar os alunos e convencê-los a serem “normais”. Algo similar começa a acontecer no mundo corporativo. Um exemplo clássico é o do Google, cuja sede na Califórnia, conta com salas de jogos, videogames, espaços ao ar livre e tempo reservado para que cada funcionário desenvolva seus próprios projetos. É fato que a cura da normose não vai ser resultado de uma ou outra iniciativa isolada - ela só vai ser possível quando houver no mundo gente suficiente disposta a questionar tudo o que achamos normal. Por isso, a resposta (e a revolução) começa dentro de nós mesmos. Quer construir o seu próprio caminho ou continuar seguindo a maré?

NORMAL? Não, obrigado. Prefiro ser feliz

26 Autoconhecimento


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28 Viva Melhor

em ■ Família que engorda unida, também pode emagrecer unida? Sim! Mas para que isso aconteça é preciso, muitas vezes, uma completa mudança de estilo de vida. Afinal, com um dia a dia corrido, é cada vez mais difícil que pais e filhos sentem juntos à mesa para uma refeição saudável. O mais prático – e nem por isso melhor – é cada um se alimentar do seu jeito e aí, em mais ou menos tempo, a balança irá cobrar o seu ônus. Segundo a nutricionista Letícia Matrak, cerca de 85% da obesidade é explicada por uma combinação de fatores sendo o maior causador os hábitos alimentares aprendidos em família. “Em menos de 10% dos casos, o ganho de peso pode ser devido a causas orgânicas, como distúrbios hormonais ou tumores”, explica. Letícia afirma que os padrões alimentares se repetem a cada geração. Por isso, os pais precisam inserir hábitos saudáveis dando exemplo para os filhos, incluindo diariamente alimentos novos e nutritivos. Vale lembrar também que as necessidades nutricionais variam de acordo com a idade: o que é bom para filhos adolescentes não é necessariamente o mais adequado para os que estão na primeira infância. E Gustavo e Ivete Guimarães, pais de Gabriel, 13 anos, conhecem bem o que é isso. Há dois anos, a família toda iniciou um processo de reeducação alimentar visando primeiramente a saúde do adolescente. “Além do sobrepeso, descobrimos em consultas que ele estava com as taxas de insulina muito altas, e se não fizéssemos nada, o Gabriel poderia adquirir diabetes”, conta Ivete. O pai, Gustavo, também aderiu ao projeto por uma vida mais saudável, deixando o cigarro de lado e aderindo às atividades físicas. “Antes, eu era muito relaxado com a comida e completamente sedentário. Nunca tive problemas com o peso, mas depois que deixei de fumar, acabei engordando e fiquei com a circunferência abdominal acima do aceitável. Vi que era a hora de mudar e também ajudar

família

por Gabriely Sant’Ana

meu filho a se alimentar melhor. Não há nada mais eficiente para moldar os filhos do que nós mesmos darmos o exemplo”. O resultado de tanta dedicação é perceptível. Além de perder medidas, todas as taxas de Gabriel normalizaram e a família acabou se tornando ainda mais unida. “Em Guarapari, temos uma grande vantagem que é poder almoçar juntos em casa todos os dias. E eu faço o máximo para que isso aconteça, pois também não dá margem para que a gente se alimente mal fora”, dá o exemplo. O adolescente admite que, às vezes, sente falta dos doces, biscoitos e refrigerantes fora de hora, mas sabe que isso foi o melhor para ele. “Já me acostumei e sei que não é proibido comer besteira, mas isso tem que ser de vez em quando, não todos os dias”, ensina.

Os pais precisam inserir hábitos saudáveis dando exemplo para os filhos, incluindo diariamente alimentos novos e nutritivos

Há três anos, Gustavo e Ivete mudaram hábitos para ajudar o filho Gabriel a ter mais saúde.

DICAS: • Não trazer guloseimas para dentro de casa já é um grande passo. Se possível, realizar as grandes refeições com a família reunida à mesa, sem que a criança ou adolescente fique assistindo TV enquanto está se alimentando. • Alimentos saudáveis são gostosos. Nunca faça trocas com a criança (se comer espinafre, te dou chocolate), pois comida não pode ser objeto de barganha. • Problemas familiares não são para serem resolvidos na hora da refeição, encontre outro momento para isso. • Programe atividades físicas para todos os membros da família, se possível no mesmo horário e encontre algum momento no final de semana para todos realizarem alguma atividade ao ar livre. Fonte: Letícia Matrak, nutricionista.


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30 Comportamento

Uma família ambiente de trabalho formada no

por Gabriely Sant’Ana

Na edição anterior, a Revista Sou falou sobre uma série de funcionários que são grandes parceiros das empresas, principalmente pela sua conexão pessoal com o empregador. Como o assunto é extenso e existem (felizmente) vários casos em nossa cidade, aqui está a segunda parte dessa reportagem sobre o mundo corporativo de Guarapari e a valorização do patrimônio mais importante para este: o capital humano. ■ Eles conhecem o negócio com a palma da mão e acompanharam grande parte da sua trajetória de crescimento. Os veteranos são colaboradores que além de armazenarem uma preciosa bagagem de conhecimento e experiência, criaram uma ligação de afeto e identificação com o local de trabalho, além de terem domínio sobre os serviços que executam e conhecerem processos de outras áreas. Isto os tornou capazes de serem multiplicadores da imagem da empresa junto aos funcionários mais recentes, trazendo mais ganhos à marca. Com a rotatividade nas empresas aumentando a cada dia, reter os veteranos é um grande desafio para as empresas. E para isso é preciso, principalmente, criar uma relação de troca com esses funcionários, buscando saber

quais são suas experiências e reconhecendo e valorizando-os por suas ações positivas. Isso porque nos últimos anos, a busca pela realização pessoal e profissional tornou-se mais importante para os trabalhadores do que a estabilidade e isso vai além da questão salarial. Mas e quando essa relação de fidelidade não acontece apenas com um ou dois funcionários de determinada empresa, mas com seis? Pois esse é o retrato das Lojas Bambino da Rede One Store Marisol, comandada pelos irmãos Alanir Maria Secchin Biazatti e José Amintas Biazatti. As veteranas são Maria Arlete Piumbini, com 17 anos de empresa, Léia Dolfino de Medeiros, 11 anos, Aldiene Oliveira Souza, 11 anos, Andreia Fernandes Serqueira, 21 anos, Simoni da Silva Batista Araújo, 18 anos. Além disso, Alanir conta com o auxílio do “Seu” Luís que atua como su-

porte de serviços internos e externos já há vários anos. A empresa nasceu como um negócio familiar, primeiramente comandado pela mãe e o pai deles, dona Elisa e o Sr. Edylio. Mas depois, quando existiu a necessidade de contratar funcionários, a empresária revela que ela analisava nas candidatas a “vontade e a energia no olhar de quem buscava uma oportunidade de desenvolver seus talentos”. “Elas vieram de setores bem opostos do seguimento das lojas como: açougue, cervejaria, lanchonete, casas de família, escritórios e vidraçaria, mas todas muito carismáticas e revestidas de prontidão para enfrentar os desafios de trabalhar no varejo de moda”, gosta de frisar. Para Alanir, cada uma tem um jeito especial de ser. “Busco criar as oportunidades para que elas acreditem em seus talentos e aprimorem seus dons,

dando capacitações de acordo com o perfil de cada uma”. A empresária completa que na formação da equipe sempre mostrou para cada funcionário a história familiar do grupo. “Desde a contratação, o funcionário conhece nossos valores: ética, valor pessoal, solidariedade, companheirismo e principalmente mostrados com nosso exemplo, o que vale mais do que palavras. Acredito que nossos colaboradores e nossa clientela são os principais agentes da realização dos nossos sonhos, meus e da minha família”, completa. Em contrapartida, todas as funcionárias são unânimes em afirmar seu amor tanto pela profissão quanto pela empresa. “Trabalhar aqui é um presente. Nos sentimos valorizadas e a Alanir é uma verdadeira mãe para a gente. Aqui não é trabalho, é prazer”, afirmam.

Desde a contratação, o funcionário conhece nossos valores: ética, valor pessoal, solidariedade e companheirismo


Pet é tudo de bom 31

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Apresentando:

O carrapato Médicas Veterinárias Aline Marcondes e Maria Isabel Itho por Tayla Oliveira

■ Apesar de ser um velho conhecido para muitos donos de animais, esse “bichinho” que incomoda tanta gente, e principalmente nossos amiguinhos pets, ainda é um mistério para muitos de nós que lidamos com ele diariamente. O carrapato é um ectoparasita de animais domésticos e silvestres, que necessita deles para concluir seu ciclo de vida e sobreviver. E ninguém tem dúvida que ele está presente no dia a dia de nossos companheirinhos. Fazendo uma analogia ao “piolho”, ele está presente em diversos ambientes, se espalha

facilmente entre os cães, principalmente em aglomerações, e tem grande resistência, ou seja, ele sobrevive longos períodos “adormecidos” no ambiente, à espera de um animal para parasitar e concluir seu ciclo de vida. As fêmeas de carrapato, os mais “gordinhos”, que esporadicamente encontramos em nossos cães, são capazes de colocar até 3.000 ovos na ovopostura. Daí a grande dificuldade de controle desses ácaros. Sua natureza já trabalha para que eles se reproduzam em grande quantidade e se espalhem facilmente, proporcionando a propagação da espécie. A principal espécie que acomete os cães é o Rhipicephalus sanguineus, que é considerado o principal transmissor da babesiose canina e da Erlichiose “doença do carrapato”, além de anemias e dermatites, entre outras doenças.

como COMBATER

O controle baseia-se em um conjunto de medidas, que devem ser feitas concomitantemente para o sucesso do tratamento. É indispensável tratar o(s) animal(is) e o ambiente juntos!!! A aplicação de banhos carrapaticidas nos cães, repetindo-se o tratamento duas ou três vezes com intervalos de 14 dias, ou a aplicação de medicamentos específicos, como os produtos Pour On ou Spot On, são colocados

ESTÉTICA ANIMAL

Dra Maria Isabel Itho CRMV-ES 667

Serviço: Cane&Gatto Veterinária Clínica Geral, Medicina Preventiva e Exames Laboratoriais R. Carlos Santana, nº 80 - Parque Areia Preta, Guarapari/ES (em frente ao Lab. Glab) 27 3114-0021 / 27 9 9934-9458

no dorso do animal e tem efeito adulticida e/ou inibidores de crescimento, sempre em conjunto com a limpeza e aplicação de acaricidas nas paredes e pisos dos locais onde o cão vive. Essas ações são a base do tratamento. Porém é importante não esquecer que cada caso merece ser avaliado individualmente. Diante de dúvidas ou para maiores informações procure seu veterinário de confiança. Dra Aline Marcondes CRMV-ES 746


32 Inclusão

também é lugar de portadores de necessidades especiais por Tayla Oliveira e Gabriely Sant’Ana ■ A palavra de ordem é incluir. E é seguindo essa tendência que os portadores de necessidades especiais estão cada vez mais presentes no mercado de trabalho. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 45,6 milhões de pessoas possuem pelo menos um tipo de deficiência, o que representa 23,92% da população. Considerando a parcela economicamente ativa, ‘306 mil são pessoas que se declaram com algum tipo de deficiência’, informa o Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE). Diversos incentivos por parte da lei e também de iniciativas privadas contribuem a favor para que esse número seja ainda maior. As leis que tratam de inclusão social dos deficientes remetem ao início da década de 1990, tendo desdobramentos importantes, como o direito ao trabalho digno e aplicação do princípio da isonomia. A reserva de cargos para pessoas com deficiência, por exemplo, aparece em vários dispositivos legais, como na Constituição Federal de 1988, Lei de Cotas, e em complementação quanto aos procedimentos sobre a fiscalização do trabalho. E com o intuito de ajudar as empresas na hora de cumprir a lei e ter em seus quadros de funcionários também pessoas portadoras de necessidades especiais, que a Samarco Mineração firmou compromisso de realizar o primeiro recenseamento de pessoas com deficiência no Espírito Santo. O projeto vai

consolidar e unificar as informações contidas nos sistemas de cadastro de prefeituras, instituições de atendimento a pessoa com deficiência e empresas que desejam aderir ao projeto. A inserção de todos no mercado de trabalho, inclusive dos portadores de necessidades especiais não é apenas um contraponto favorável da exclusão social, é também um sinônimo de solidariedade com o próximo e respeito entre as pessoas. Para que todos, sem exceção, façam parte tanto do mercado de trabalho, quanto de todos os ciclos e grupos que pretendem, é necessário que toda a população se una por um mundo com menos exclusão por parte das pessoas e mais inclusão e aceitação da sociedade.

45,6 milhões de pessoas possuem pelo menos um tipo de deficiência

23,92% da população brasileira

Colaboradores mais do que especiais Como destaca o gerente do supermercado Extrabom, Sebastião Luiz, a empresa não segue a Lei de Cotas, ela a ultrapassa. Atualmente são 15 funcionários na filial de Guarapari, lotados em diversos setores. “Quando é preciso contratar alguém, por exemplo, nós damos preferência para quem é deficiente. Eles são tão capazes quanto nós, isso quando não são mais”, diz. Ele destaca dois funcionários, Marco Aurélio Barbosa, 30 anos, e Fellipe Mattos Santos, 25 anos – ambos surdos – como seus grandes aliados. “O Marco Aurélio é mais antigo de casa, é meu braço direito e o Fellipe parece muito com ele e está seguindo os mesmos passos”. Apesar de não saber a Língua Brasileira de Sinais, o gerente afirma que sempre conseguiu se comunicar bem com os funcionários. “Na maioria das vezes os dois entendem através da leitura labial ou então faço mímicas (risos). Eles são muito inteligentes. Tê-los trabalhando comigo é motivo de orgulho e satisfação.” Em resposta, os dois funcionários se sentem muito agradecidos e afirmam que gostam muito do ambiente. “Eu aprendi minha função bem rápido, eles têm paciência em ensinar a gente. É um lugar muito bom de trabalhar e onde o surdo é


Inclusão 33

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imadamente x o r p a á h á st Ulisses neo trabalhando. um a “Eles Sebastião Luíz,sãosotão capazes quanto nós” bre Fellipe e Mar co Aurélio. respeitado. Aqui todo mundo é igual, não tem ninguém melhor do que ninguém”, diz Fellipe, que é embalador. Marco Antônio começou na mesma função, mas cresceu na empresa e hoje é responsável pela parte de reparos técnicos. Muito mais do que uma profissão, foi no supermercado que ele também encontrou a sua esposa. “A gente se conheceu aqui, ela era cliente. A gente conversava, eu ensinava a Língua de Sinais para ela e depois de um tempo, casamos”.

Família

Na rede de supermercados Santo Antônio, o incentivo não é diferente. Na condição de maior empregador da cidade com mais de 750 trabalhadores, em que mais de 30 são Portadores de Necessidades Especiais, a filosofia da empresa é manter as portas abertas para todos, inclusive para eles. Segundo os gestores, o intuito é que essa relação seja uma troca para ambas às partes e que eles se sintam produtivos, aspecto fundamental para a formação como pessoa e cidadão. Entre os valores da empresa está

que ‘todos merecem oportunidades iguais no mercado de trabalho, e devem ser reconhecidos pelo seu talento e competência’. Ulisses Ramos Vieira, 24, portador da Síndrome de Down, é um dos funcionários do Santo Antônio, e afirma que além de aprender no ambiente de trabalho, ele conhece muitas pessoas. “Eu amo trabalhar, todos me tratam muito bem e todo dia aprendo coisas novas. Aqui todos se preocupam comigo e cuidam de mim como se fizessem parte da minha família”, conta feliz.

Muitas vezes, os limites são colocados pela própria família, como é o caso de Ulisses, que era superprotegido pela mãe e irmã. O passo inicial foi da sua parente, Ana Amélia Bossatto. Ela alertou a família sobre a importância do jovem trabalhar. Com uma semana ele já estava no mercado. “Ulisses é um rapaz bonito, inteligente e que precisa estar inserido no contexto social. Ficar em casa o fazia mal. Após eu conversar com a mãe dele, eles resolveram distribuir o curriculum. Hoje ele é outra pessoa, mais alegre, se sente útil, tem muitas amizades, além de ter seu próprio dinheiro”, afirma. A irmã Joyce Ramos, 28, e a mãe Izabel, 64, ressaltam como a experiência está sendo importante para Ulisses. “Nós como família, com o objetivo de protegê-lo acabamos limitando. Mas com a ajuda da Ana Amélia vimos que Ulisses pode muito mais. Depois que ele começou a trabalhar ficou mais alegre, melhorou a fala, desenvolveu mais em diversos aspectos”, finalizam.


34 Solidariedade


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por Tayla Oliveira

Solidariedade 35


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Bom Apetite

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Chef Soraia Marracini, Restaurante Casa Marracini

Antepasto de

Receita 37

berinjela

■ Historiadores acreditam que a berinjela surgiu na Índia, e logo depois começou a ser cultivada na China. Aos poucos, foi conquistando o mundo todo. É um vegetal muito frequente em dietas vegetarianas, mas aos poucos, tem feito parte da alimentação de todos. É versátil, de preparo fácil e muito saborosa. Além de reduzir o colesterol, diminui a pressão sanguínea, é recomendada em casos de artrite, diabetes, prisão de ventre e muitos outros problemas de saúde.

Ingredientes: 5 berinjelas 2 colheres de chá de orégano 1 colher de chá de pimenta calabresa seca 1 cebola média picada 1 colher rasa de chá de pimenta do reino 150 ml de azeite de boa qualidade 6 dentes de alho fatiados 14 azeitonas pretas em lascas 50 ml de vinagre de arroz

Preparo:

27 3261-1616 fb.com/casamarracini

Corte a berinjela em cubos e ferva em água com um pouco de sal até ficar macia, mas não muito mole. Escorra e deixe esfriar completamente. Junte a cebola, o alho e todos os outros ingredientes. Tempere com sal à gosto, misture bem e coloque em um recipiente com tampa. Leve à geladeira por, no mínimo, cinco dias. Misture e prove o tempero para ver se precisa de mais sal. Deixe mais um dia e sirva com torradas, pão italiano ou Sírio. Dica da Chef: “Quanto mais tempo na geladeira, mais saboroso fica. Eu costumo deixar 10 dias.”


38 Crônica

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DECORAÇÃO

Um sorriso TRANS

FOR mador

■ Eu estava em uma fase muito complicada, nada estava dando certo na minha vida. Então uma amiga me convidou para visitar uma instituição de apoio a crianças com câncer. No primeiro momento eu disse que não iria. Imagina, minha vida já estava complicada demais, não queria ficar mais triste, ver crianças sofrendo, ia me fazer mais mal ainda. Então ela insistiu muito e acabou me convencendo. Foi aí que tive a experiência mais surpreendente e transformadora da minha vida. Quando cheguei, fiquei impressionada. O lugar, que achei que era triste, na verdade era um lugar lindo,

Moreira Móveis: (27) 3361-2294 My Dreams: (27) 2222-9700 Stylus Revestimentos & Acabamentos: (27) 3361-6277 / (27) 3262-8612

FLORICULTURA

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alegre e as crianças eram sorridentes e simpáticas. Nesse momento lágrimas escorreram dos meus olhos. Mas o melhor ainda estava por vir: enquanto estava parada, impressionada com tudo aquilo, vi uma menina com um sorriso mais lindo que já vi na vida, com uma simpatia e alegria contagiante. Eu achei que ela fosse uma voluntária, mas para minha surpresa, ela era uma das frequentadoras do lugar – tinha acabado de sair de uma sessão de radioterapia e estava com diversos furos nos braços e mesmo assim com um sorriso imenso no rosto. Ela tinha uma luz própria, transmitia uma coisa tão boa. Não me contive e a abracei. E aquele abraço me transformou, percebi o quanto estava errada, em reclamar tanto da minha vida, sem nenhum forte motivo. A partir daquele dia comecei a dar muito mais valor às pequenas coisas, e aprendi a não reclamar de qualquer coisa. Hoje sou uma pessoa muito melhor e mais feliz. Bruna Miranda

GASTRONOMIA

Casa Marracini: (27) 3261-1616 Cozinha Capixaba: (27) 3114-0688 / (27) 3362-0533 / (27) 9 9777-7313 Kebab’s: (27) 3362-5284 Sushi House: (27) 3262-8734/ (27) 9 9725-3020 / (27) 9 8869-0802 Yakisoba Du Chef: (27) 9 9970-0520/ (27) 9 8177-8323

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