Revista SUMA Economica Maio 2016

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ISSN 0100-8595

sumaeconomica.com.br

CONSULTORIA E PUBLICAÇÕES MAIO DE 2016 | Edição: 456

Crise política agrava a recessão Recuperar a confiança é fundamental para estabilizar a economia


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Índice TAXA DE JUROS

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Juros altos, crédito escasso

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AÇÕES

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Mercado em alta

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EVOLUÇÃO E PREVISÕES

Recuperar a confiança é fundamental para estabilizar a economia

FUNDOS DE INVESTIMENTO Oscilação mantida

Menos prêmios distribuídos

VENDAS DO COMÉRCIO

PRODUÇÃO INDUSTRIAL Em busca de um “Brasil Mais Produtivo”

CÂMBIO & COMÉRCIO EXTERIOR

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Crise política agrava a recessão

SEGUROS

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PRINCIPAIS INDICADORES

Indústria melhora o seu déficit

Suma Economica

33 34 36 37 38

Difícil se superar

ECONOMIA INTERNACIONAL Dentro do previsto

AGRÍCOLA E COMMODITIES Produção global de grãos em queda

ATUALIZAÇÃO DE ATIVOS

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CENTRAL DE ATENDIMENTO AO CLIENTE: (0xx21) 2501-2001 www.sumaeconomica.com.br

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THE STATE OF THE ECONOMY

First Step: Recover Confidence

ANÁLISE DA CONJUNTURA Recessão = Crise política

A revista SUMA ECONOMICA é uma publicação mensal da COP EDITORA LTDA.

BANCO DE DADOS E PESQUISA ECONÔMICA: Fernando Lopes de Mello - redacao@suma.com.br

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Primeiro passo: recuperar a confiança

ESTATÍSTICA

WEB DESIGNER/INTERNET: Alessandra Moura - alessandra.moura.web@gmail.com

TRADUÇÃO: Melanie Siqueira

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BRIEFINGS

DIRETOR: Alexis Cavicchini - alexis@suma.com.br

COLABORAÇÃO: Alexis Cavichini Filho - Jorge Clapp - Laís Sá

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O ESTADO DA ECONOMIA

CIRCULAÇÃO: Otacílio Vieira Filho RIO DE JANEIRO: Rua Baronesa do Engenho Novo, 189 - Cep 20961-210 Engenho Novo - Rio de Janeiro - RJ. Tel.: (0xx21) 2501-2001 - Fax: (0xx21) 2501-2648 TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 45.000 exemplares. Todas as análises e estatísticas são cuidadosamente preparadas pela equipe da SUMA ECONOMICA, de acordo com os últimos dados disponíveis no seu fechamento. Contudo, o uso destas informações para fins comerciais e de investimento é de exclusiva responsabilidade e risco dos seus usuários.


O Estado da Economia the state of the economy

Primeiro passo: recuperar a confiança

C

onsiderando a expectativa de um novo governo, que por si só melhora os ânimos na economia, é provável que estejamos no fundo da recessão e que uma tênue recuperação comece no segundo semestre deste ano, se o futuro presidente - e a equipe - efetivamente levar a frente um programa de reformas que recuperem a confiança no governo. Isto seria o primeiro passo para a retomada dos investimentos que movimentam a economia, que possui expressivas somas de capital estacionado na dívida pública e em outros investimentos financeiros, enquanto as fábricas estão paradas e mais de 10 milhões de trabalhadores estão de braços cruzados, procurando uma oportunidade para trabalhar. É provável que as ações de um futuro governo, considerando que não ocorra um revés no impeachment, tenham três fases distintas.

A primeira, no período que antecede ao julgamento definitivo da Presidente Dilma pelo Senado. Nesta fase, deve prevalecer um conjunto de medidas que não sejam impopulares evitando atritos com grandes parcelas da opinião pública, que poderiam estimular o ativismo do PT. A segunda, após a confirmação, definitiva, do impeachment pelo Senado. Ai é onde devem se concentrar as medidas impopulares no curto prazo, mas que estabilizarão a economia no decorrer de muitos anos. Provavelmente deve durar de julho ou agosto deste ano (se o recesso parlamentar de meio de ano for suspenso para a votação final do impeachment) até maio ou junho de 2018. Aproximadamente dois anos. Por fim, uma terceira fase, após junho de 2018. Junto com a economia crescendo, se adicionaria um “pacote de bondades” para os eleitores que vão votar no segundo semestre do ano. Afinal, o PMDB é o único partido em que os políticos são suficientemente profissionais para superarem o PT neste quesito que ocorre na mesma época em todas as democracias do mundo. O que esperar nestas fases? É difícil projetar as ações de um futuro governo, pois em um governo de coalizão, que deve se integrar a uma base de aproximadamente 400 deputados, as decisões serão formuladas e reformuladas com

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velocidade, na medida em que dão certo, ou não, e dependem do aval de um grande número de aliados com ideias diferentes sobre o futuro, mas que se aglutinam em torno de um governo que permita ao país sair da crise. Após o fim da crise econômica, irão aflorar divergências. Entretanto, o mais provável é que: Fase 1 deste mês até a decisão final sobre o impeachment da presidente: - Restaure-se a confiança no Estado, com a nomeação de um ministério que transmita segurança a população em geral. - Haja uma redução nas despesas do Estado que não exijam um conflito com grandes parcelas da população. - Defina-se de uma política externa que insira o Brasil no mercado internacional, para a expansão da corrente de comércio e que tornem o país um novo polo de investimentos internacionais. - Inicie-se as discussões com o Congresso sobre um “Orçamento Impositivo”, onde o Congresso e o Executivo, efetivamente, façam, em conjunto, estimativas realistas de receitas e definam as escolhas de onde será aplicado o dinheiro. - Ocorram mudanças na legislação sobre concessões na área de infraestrutura, petróleo e outras que emperram a economia. Fase 2 de agosto/outubro de 2016 a junho/julho de 2018: - Haja uma reforma da previdência, com idade mínima da aposentadoria em 65 anos. - Ocorra um aumento da contribuição dos servidores públicos (onde realmente ocorre o déficit da previdência) para 14% da folha. - Concretize-se a consolidação do Funpresp - Fundo de Previdência Complementar do Servidor Público para os concursados que entraram após 2013.


O Estado da Economia the state of the economy

- As Concessões permaneçam em grande escala, de aeroportos, rodovias,ferrovias, petróleo, infraestrutura em geral e demais gargalos da economia. - Haja mudanças que flexibilizem a legislação trabalhista. - Tenhamos mudança de foco dos benefícios, e em particular do Bolsa-Família, para os 5% mais pobres da população, com redução das influências políticas, sobretudo no Nordeste, nas concessões destes benefícios. - Ocorra um aperto nos aumentos salariais, menos contratações e redução nos benefícios aos servidores públicos. - Havendo espaço político e um mínimo de convergência entre os interesses do governo federal, estadual e os diferentes segmentos empresariais, tenhamos uma reforma tributária, mas tímida. - Tenhamos uma redução paulatina dos juros no decorrer de 2017 e, em seguida, quedas intensas do fim de 2017/início de 2018, até as eleições para o Congresso e a para a Presidência, no mesmo ano. - Haja uma melhoria na oferta de crédito para as

empresas, na medida em que o governo concorrerá menos com o setor privado na demanda por dinheiro no mercado financeiro. Fase 3 de julho de 2018, em diante: - Aumentem os benefícios sociais, em particular no Nordeste. - Ocorram maiores transferências de verbas federais para os estados e, em particular, para os municípios. - Haja descompressão na remuneração dos servidores públicos. Em suma, o futuro do país, e da economia em particular, irá depender de uma equipe que seja eficiente, tenha diálogo com o Congresso, acelere as concessões em infraestrutura, diminuam o “Custo Brasil” e, em particular os juros, que impedem os investimentos e a alavancagem das empresas. Os discursos dos ministros - em potencial - estão na direção certa. Se implementarem, pelo menos, parte do que pretendem, a economia recuperar-se-á de forma significativa no decorrer dos dois próximos anos.

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The State of the Economy o estado da economia

First Step: Recover Confidence

C

onsidering the expectation of a new government, which alone improves the economic mood, it is probable that we are experiencing recession at it worst. A tenuous recovery might begin in the second half of this year, if the future president - and team - effectively take forward a reform program to recover confidence in the government. This would be the first step towards the resumption of investments that move the economy, which has significant amounts of stationary capital on public debt and other financial investments. Meanwhile, factories have stopped, and more than 11 million workers are idly, looking for a opportunity to work. It is likely that the actions of a future government, considering a setback in the impeachment process does not happen, have three distinct phases.

The first, in the run-up to the final judgment of President Dilma by the Senate. At this stage, it should prevail a set of measures that are not unpopular, avoiding friction with large portions of public opinion, which could stimulate the activism of PT. The second, after final confirmation of the impeachment by the Senate. This is the point where the focus of unpopular measures should take place, which will stabilize the economy over many years. It should probably last from July or August this year (if mid-year parliamentary recess is suspended for the final vote on impeachment) until May or June 2018. Approximately two years. Finally, a third phase, after June 2018, with the economy growing, a “kindnesses package” will be presented, aimed at the population who will vote in the second half of the year. After all, PMDB is the only party where politicians are professional enough to overcome PT in this regard, which occurs at the same period in worldwide democracies. What to expect in these phases? It is hard to project the actions of a future government. In a coalition government, which should be integrated to a base of approximately 400 members, decisions are formulated and reformulated with speed, to the extent of working or not, and depend on the approval of a large number

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of allies with different ideas about the future, but that coalesce around a government that will allow the country out of the crisis. After the economic crisis, diferences will emerge. However, the most likely: Phase 1 from this month until the final decision on the impeachment of the president: - Restore trust in the Government, with the appointment of ministries that transmit security to the general population. - Reduction in state expenditures that do not require conflict with large parts of the population. - Set up a foreign policy that insert Brazil in the international market for the expansion of bilateral trade and turn the country into a new pole of international investments. - Start-up discussions with Congress on an “Authoritative Budget” where the Congress and the Executive effectively set realistic revenue estimates and define where money gets applied. - Changes on concession legislation of infrastructure, oil, and others that hamper the economy. Phase 2 August / October 2016 to June / July 2018: - Pension reform, minimum retirement at age 65. - Increase on civil servants contribution (where social security deficit is truly present) to 14%. - Consolidation of Funpresp - Supplementary Pension Fund for Civil Servants - for those who entered after 2013. - Concessions remain in large-scale: airports, highways, railways, oil, general infrastructure, and other bottlenecks of the economy. - Changes for a more flexible labor legislation.


The State of the Economy o estado da economia

- Shift benefit focus, in particular Bolsa FamĂ­lia for the poorest 5% of the population - reducing political influence, especially in the Northeast, from the concessions of these benefits. - A tightening grip on pay, decrease hiring and benefits to public servants. - If there is political space and a minimum of convergence between the interests of the federal and state governments, and different business segments, we might have a tax reform, but shy. - Gradual reduction in interest rates during 2017 and then heavy falls by end of 2017 / early 2018, until the elections for Congress and for Presidency in the same year. - Improvement in the supply of credit to businesses, to the extent that the government will compete less with the private sector in the demand for money in the financial market.

Phase 3 July 2018 onwards: - Increased social benefits, particularly in the Northeast. - Major transfers of federal funds to states and, in particular, to municipalities. - Decompression in the remuneration of public servants. In short, the future of the country, and the economy in particular, will depend on a team that is efficient, dialogues with Congress, speed concessions in infrastructure, reduce “Brazil cost�, and in particular interest, which prevents investments and company leverage. The speeches of the potential ministers are in the right direction. If at least part of what is pretended is implemented, the economy will recover significantly over the next two years.

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Principais Indicadores main index

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Principais Indicadores main index

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Principais Indicadores main index

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Principais Indicadores main index

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Evolução e Previsões - Inflação progression & previsions - inflation

IGP-M

IGP-M/FGV

Período

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Índice

No mês

12 meses

Índice

TBF SELIC TR

No mês

12 meses

Ao Ano

Índice

No mês

12 meses

dez 95 123,82 0,71 15,24 121,01 2,66 - 38,96 138,62 1,34 31,62 dez 96 135,20 0,73 9,19 152,67 1,73 26,16 23,87 151,87 0,87 7,93 dez 97 145,66 0,84 7,74 189,10 2,80 23,86 42,08 166,59 1,31 9,69 dez 98 148,27 0,45 1,79 238,65 2,20 26,20 32,92 179,56 0,74 7,78 dez 99 178,08 1,81 20,11 297,55 1,55 24,68 20,98 189,84 0,30 5,73 dez 00 195,80 0,63 9,95 347,44 1,16 16,76 15,39 193,77 0,10 2,07 dez 01 216,11 0,22 10,37 406,04 1,34 16,87 18,02 198,18 0,20 2,27 dez 02 270,78 3,75 25,30 480,32 1,65 118,29 24,90 203,78 0,36 2,83 dez 03 294,32 0,61 8,69 587,23 1,33 22,26 16,50 213,29 0,19 4,67 dez 04 330,87 0,74 12,42 679,68 1,44 15,74 17,75 217,19 0,24 1,83 dez 05 334,84 -0,01 1,21 804,19 1,41 18,33 18,00 223,35 0,23 2,84 dez 06 347,73 0,32 3,83 921,17 0,96 14,55 13,25 227,90 0,15 2,04 dez 07 374,66 1,76 7,75 1.205,63 0,82 11,49 11,25 231,23 0,06 1,46 dez 08 411,40 -0,13 9,81 1.146,81 1,06 11,81 13,75 234,98 0,21 1,62 dez 09 404,36 -0,26 -1,72 1.255,13 0,71 9,45 8,75 236,46 0,05 0,63 dez 10 450,14 0,69 11,32 1.373,81 0,87 9,46 10,75 238,10 0,14 0,69 dez 11 473,09 -0,12 5,10 1.525,51 0,85 11,04 11,00 240,95 0,09 1,20 dez 12 510,04 0,68 7,82 1.649,82 0,51 8,15 7,25 241,64 0,00 0,29 dez 13 538,23 0,60 5,51 1.774,71 0,72 7,57 10,00 242,1 0,05 0,19 dez 14 558,00 0,62 3,69 1.954,33 0,90 10,12 11,75 244,19 0,11 0,86 jun 15 582,19 0,67 5,58 2.061,65 1,00 10,99 13,75 245,79 0,18 1,17 jul 15 586,20 0,69 6,96 2.083,92 1,08 11,21 13,75 246,35 0,23 1,30 ago 15 587,84 0,28 7,26 2.105,18 1,02 12,34 14,25 246,82 0,19 1,49 set 15 593,43 0,95 8,58 2.126,65 1,02 12,58 14,25 247,29 0,19 1,62 out 15 604,64 1,89 10,41 2.149,19 1,06 12,81 14,25 247,73 0,18 1,71 nov 15 613,83 1,52 10,69 2.170,25 0,98 12,05 14,25 248,06 0,13 1,69 dez 15 616,84 0,49 10,54 2.193,48 1,07 12,24 14,25 248,60 0,22 1,80 jan 16 623,87 1,14 10,96 2.214,97 0,98 12,36 14,25 248,92 0,13 1,85 fev 16 631,92 1,29 12,09 2.235,57 0,93 12,54 14,25 249,17 0,10 1,93 mar 16 635,15 0,51 11,57 2.259,27 1,06 12,69 14,25 249,72 0,22 2,02 abr 16 637,24 0,33 10,64 2.281,41 0,98 12,78 14,25 250,05 0,13 2,04 PREVISÕES mai 16 639,47 0,35 10,58 2.303,99 0,99 12,87 14,25 250,40 0,14 2,06 jun 16 642,03 0,40 10,28 2.326,57 0,98 12,85 14,25 250,72 0,13 2,01 jul 16 644,92 0,45 10,02 2.349,14 0,97 12,73 14,25 251,02 0,12 1,90 ago 16 648,14 0,50 10,26 2.372,40 0,99 12,69 14,25 251,37 0,14 1,85 set 16 651,71 0,55 9,82 2.396,12 1,00 12,67 14,25 251,75 0,15 1,80 out 16 654,64 0,45 8,27 2.419,84 0,99 12,59 14,25 252,10 0,14 1,76 nov 16 658,24 0,55 7,23 2.443,56 0,98 12,59 14,25 252,43 0,13 1,76 dez 16 662,19 0,60 7,35 2.467,26 0,97 12,48 14,25 252,73 0,12 1,66 jan 17 666,16 0,60 6,78 2.491,19 0,97 12,47 14,25 253,04 0,12 1,65 fev 17 669,83 0,55 6,00 2.515,86 0,99 12,54 14,25 253,39 0,14 1,69 mar 17 672,84 0,45 5,94 2.540,51 0,98 12,45 14,25 253,72 0,13 1,60 abr 17 675,53 0,40 6,01 2.565,15 0,97 12,44 14,25 254,03 0,12 1,59

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Evolução e Previsões - Câmbio

progression & previsions - exchange rates

DÓLAR X EURO

US$-OFICIAL US$-MÉDIO US$-PARALELO

Período Valor Final

No mês

No Ano

12 meses Valor Final

No mês

No Ano

12 meses Valor Final

No mês

12 meses

Ágio

dez 95 0,973 0,61 14,98 14,98 0,968 0,52 13,85 13,85 1,000 2,56 13,94 2,83 dez 96 1,039 0,6 6,88 6,88 1,037 0,67 7,15 7,15 1,120 2,28 11,99 7,75 dez 97 1,116 0,59

7,40

7,40 1,114 0,63 7,48 7,48 1,215 4,29

8,48 8,83

dez 98 1,209 0,6249 8,25 8,25 1,206 1,01 8,26 8,26 1,290 3,21 6,16 6,73 dez 99 1,789 -6,95 48,06 48,06 1,843 -4,51 52,75 52,75 1,950 -3,46 51,21 9,00 dez 00 1,955 -0,21 9,30 9,30 1,963 0,77 6,53 6,53 2,180 5,31 11,75 11,49 dez 01 2,320 -8,24 18,69 18,69 2,363 -7,08 20,37 20,37 2,600 -1,52 19,28 12,05 dez 02 3,533 -2,86 52,26 52,26 3,626 1,39 53,43 53,43 3,670 1,94 41,16 3,88 dez 03 2,889 -2,03 -18,23 -18,23 2,925 0,41 -19,32 -19,32 3,000 0,00 -18,26 3,84 dez 04

2,654 -2,81

-8,13

-8,13 2,718 -2,44 -7,08 -7,08 3,030 -0,33

1,00 14,16

dez 05 2,341 6,07 -11,79 -11,79 2,285 3,34 -15,93 -15,93 2,530 3,27 -16,50 8,09 dez 06 2,138 -1,42 -8,67 -8,67 2,150 0,09 -5,91 -5,91 2,300 -4,17 -9,09 7,57 dez 07 1,771 -0,73 -17,17 -17,17 1,786 0,90 -16,93 -16,93 2,000 0,00 -13,04 12,91 dez 08 2,337 0,17 31,96 31,96 2,394 5,69 34,04 34,04 2,500 11,11 25,00 6,97 dez 09 1,741 -0,51 -25,50 -25,50 1,750 0,81 -26,90 -26,90 1,860 0,54 -25,60 6,82 dez 10

1,666 -2,91

-4,31

-4,31 1,693 -1,17 -3,26 -3,26 1,820 0,00

-2,15 9,24

dez 11 1,876 3,59 12,61 12,61 1,837 2,62 8,51 8,51 2,030 5,18 11,54 8,22 dez 12 2,043 -3,04 dez 13

8,90 8,90 2,078 0,48 13,12 13,12 2,180 -3,54 7,39 6,70

2,343 0,77 14,68 14,68 2,345 2,18 12,85 12,85 2,520 1,20 15,6 7,55

dez 14 2,656 3,75 13,36 13,36 2,639 3,57 12,54 12,54 2,860 4,00 13,49 7,68 jun 15 3,013 -2,39 13,44 36,83 3,112 1,63 17,92 39,24 3,300 -2,08 39,83 6,34 jul 15 3,394 9,38 27,79 49,71 3,223 3,57 22,13 44,85 3,650 0,30 35,10 7,54 ago 15 3,647 7,45 37,31 62,81 3,514 9,02 33,16 54,94 3,870 6,03 61,92 6,11 set 15 3,973 8,94 49,59 62,10 3,906 11,15 48,01 67,42 4,200 8,53 59,09 5,71 out 15 3,859 -2,87 45,29 57,90 3,880 -0,66 47,03 58,50 4,070 -3,1 57,14 5,46 nov 15 3,851 -0,21 44,99 50,43 3,776 -2,68 43,08 48,19 4,060 -0,25 47,64 5,43 dez 15 3,905 1,40 47,03 47,03 3,871 2,51 46,68 46,68 4,160 2,46 45,45 6,53 jan 16 4,043 3,53

3,53 51,88 4,052 4,68 4,68 53,83 4,290 3,13 50,00 6,11

fev 16

1,92

3,980 -1,56

38,29 3,974 -1,92

2,66 41,12 4,140 -3,50

35,29 4,02

mar 16 3,559 -10,58 -8,86 10,94 3,704 -6,79 -4,31 18,00 3,750 -9,42 10,29 5,37 abr 16

3,451 -3,03 -11,63

15,26 3,566 -3,72 -7,88 17,19 3,550 -5,33

10,59 2,87

PREVISÕES mai 16 3,480 0,84 -10,88 9,47 3,470 -2,69 -14,36 13,32 3,620 1,97 7,42 4,00 jun 16 3,520 1,15

-9,86 16,83 3,500 0,86 -9,58 12,47 3,660 1,10 10,91 4,00

jul 16 3,570 1,42

-8,58

ago 16 3,600 0,84

-7,81 -1,29 3,580 0,84 -7,52 1,88 3,740 0,81 -3,36 4,00

set 16 3,620 0,55

-7,30 -8,88 3,610 0,83 -6,74 -7,58 3,760 0,53 -10,48 4,00

out 16 3,640 0,55

-6,79 -5,68 3,620 0,28 -6,48 -6,70 3,780 0,53 -7,13 4,00

nov 16 3,670 0,82

-6,02 -4,70 3,650 0,83 -5,71 -3,34 3,820 1,06 -5,91 4,00

dez 16 3,700 0,82

-5,25 -5,25 3,690 1,09 -4,68 -4,68 3,850 0,79 -7,45 4,00

5,19 3,550 1,43 -8,29 10,15 3,710 1,37

1,64 4,00

jan 17 3,720 0,54

0,54 -7,99 3,710 0,54 0,54 -8,44 3,870 0,52 -9,79 4,00

fev 17 3,750 0,80

1,35 -5,78 3,740 0,81 1,36 -5,89 3,900 0,78 -5,80 4,00

mar 17 3,800 1,33

2,70

abr 17 3,850 1,31

4,05 11,56 3,820 1,06 3,52 7,12 4,000 1,27 12,68 4,00

6,77 3,780 1,07 2,44 2,05 3,950 1,28

5,33 4,00

Revista Suma Economica

13


Evolução e Previsões - Inflação progression & previsions - inflation

IPCA

INPC

Período

14

Índice

No mês

IPCA

12 meses

Índice

No mês

DIEESE

12 meses

Índice

No mês

IPC - FIPE

12 meses

Índice

No mês

dez 95 1.255,58 1,65 21,98 1.244,20 1,56 22,41 161,15 1,89 46,19 145,71 1,21 dez 96 1.370,05 0,33 9,12 1.363,20 0,47 9,56 183,81 0,38 14,07 160,34 0,17 dez 97 1.429,51 0,57 4,34 1.434,42 0,43 5,22 195,05 0,18 6,11 168,07 0,57 dez 98 1.465,07 0,42 2,49 1.458,17 0,33 1,66 195,97 0,15 0,47 165,07 -0,12 dez 99 1.588,58 0,74 8,43 1.588,53 0,60 8,94 214,73 0,80 9,57 179,32 0,49 dez 00 1.672,33 0,55 5,27 1.683,43 0,59 5,97 230,22 0,82 7,21 187,18 0,26 dez 01 1.830,22 0,74 9,44 1.812,61 0,65 7,67 251,93 -0,16 9,43 200,51 0,25 dez 02 2.100,00 2,70 14,74 2.039,73 2,10 12,53 284,51 2,39 12,93 220,40 1,83 dez 03 2.318,06 0,54 10,38 2.229,43 0,52 9,30 311,69 0,32 9,55 238,40 0,42 dez 04 2.460,23 0,86 6,13 2.398,88 0,86 7,60 335,68 0,54 7,70 254,06 0,67 dez 05 2.584,41 0,40 5,05 2.535,37 0,36 5,69 350,90 0,19 4,53 265,55 0,29 dez 06 2.657,12 0,62 2,81 2.615,02 0,48 3,14 359,89 0,65 2,56 272,30 1,04 dez 07 2.794,11 0,97 5,16 2.731,58 0,74 4,46 377,15 1,09 4,79 284,21 0,82 dez 08 2.975,21 0,29 6,48 2.892,81 0,28 5,90 400,83 0,10 6,28 301,75 0,16 dez 09 3.097,60 0,24 4,11 3.017,55 0,37 4,31 417,02 0,08 4,04 312,76 0,18 dez 10 3.297,87 0,60 6,47 3.195,86 0,63 5,91 445,82 0,65 6,91 332,82 0,54 dez 11 3.498,38 0,51 6,08 3.403,69 0,50 6,50 473,04 0,50 6,11 352,14 0,61 dez 12 3.715,20 0,74 6,20 3.602,42 0,79 5,84 503,34 0,43 6,41 370,14 0,78 dez 13 3.921,86 0,72 5,56 3.815,35 0,92 5,91 533,69 0,44 6,03 384,54 0,65 dez 14 4.166,13 0,62 6,23 4.059,82 0,78 6,41 569,63 0,52 6,73 404,56 0,30 mai 15 4.415,52 0,99 8,76 4.276,56 0,74 8,47 596,48 0,57 7,33 426,28 0,62 jun 15 4.449,52 0,77 9,31 4.310,35 0,79 8,89 601,31 0,81 8,19 428,29 0,47 jul 15 4.475,32 0,58 9,81 4.337,07 0,62 9,56 607,02 0,95 8,48 431,93 0,85 ago 15 4.486,51 0,25 9,88 4.346,61 0,22 9,53 607,39 0,06 8,53 434,34 0,56 set 15 4.509,39 0,51 9,90 4.370,09 0,54 9,49 610,30 0,48 8,80 437,21 0,66 out 15 4.544,12 0,77 10,33 4.405,92 0,82 9,93 615,06 0,78 9,10 441,06 0,88 nov 15 4.594,56 1,11 10,97 4.450,42 1,01 10,48 621,34 1,02 9,64 445,73 1,06 dez 15 4.635,91 0,90 11,28 4.493,15 0,96 10,67 626,12 0,77 9,92 449,39 0,82 jan 16 4.705,91 1,51 11,31 4.550,21 1,27 10,71 637,39 1,80 10,95 455,55 1,37 fev 16 4.750,62 0,95 11,08 4.591,16 0,90 10,36 641,92 0,71 10,20 459,60 0,89 mar 16 4.771,52 0,44 9,91 4.610,90 0,43 9,39 644,74 0,44 9,31 464,06 0,97 PREVISÕES abr 16 4.797,76 0,55 9,73 4.633,96 0,50 9,16 648,29 0,55 9,31 466,38 0,50 mai 16 4.821,75 0,50 9,20 4.654,81 0,45 8,84 651,53 0,50 9,23 468,24 0,40 jun 16 4.845,86 0,50 8,91 4.678,08 0,50 8,53 655,11 0,55 8,95 469,88 0,35 jul 16 4.867,67 0,45 8,77 4.696,80 0,40 8,29 658,39 0,50 8,46 472,00 0,45 ago 16 4.887,14 0,40 8,93 4.713,23 0,35 8,43 661,02 0,40 8,83 473,89 0,40 set 16 4.911,57 0,50 8,92 4.734,44 0,45 8,34 664,00 0,45 8,80 475,31 0,30 out 16 4.933,67 0,45 8,57 4.753,38 0,40 7,89 666,65 0,40 8,39 476,97 0,35 nov 16 4.960,81 0,55 7,97 4.777,15 0,50 7,34 669,65 0,45 7,78 478,88 0,40 dez 16 4.990,57 0,60 7,65 4.805,81 0,60 6,96 673,00 0,50 7,49 481,03 0,45 jan 17 5.023,01 0,65 6,74 4.834,65 0,60 6,25 676,70 0,55 6,17 483,68 0,55 fev 17 5.058,17 0,70 6,47 4.868,49 0,70 6,04 680,76 0,60 6,05 486,10 0,50 mar 17 5.085,99 0,55 6,59 4.895,27 0,55 6,17 684,51 0,55 6,17 488,77 0,55

Revista Suma Economica

12 meses 23,17 10,04 4,83 -1,79 8,64 4,38 7,13 9,92 8,17 6,57 4,53 2,54 4,37 6,17 3,65 6,41 5,80 5,11 3,89 5,21 7,61 8,07 8,82 9,06 9,55 10,10 10,51 11,08 10,81 10,45 10,74 10,08 9,84 9,71 9,28 9,10 8,71 8,14 7,44 7,04 6,18 5,77 5,33


Evolução e Previsões - Inflação progression & previsions - inflation

IGP-DI

IGP - FGV

Período

Índice

No mês

IPA - FGV

12 meses

Índice

No mês

IPC - FGV

12 meses

Índice

No mês

INCC - FGV

12 meses

Índice

No mês

dez 95 123,10 0,27 14,71 113,84 -0,61 6,38 136,71 1,57 25,91 138,68 0,86 dez 96 134,62 0,88 9,36 123,06 1,21 8,10 152,22 0,44 11,34 151,94 0,59 dez 97 144,70 0,69 7,49 132,65 0,87 7,80 163,23 0,56 7,23 162,29 0,23 dez 98 147,17 0,98 1,71 134,64 1,74 1,50 165,96 0,09 1,67 166,76 0,05 dez 99 176,59 1,23 19,98 173,53 1,60 28,88 181,08 0,60 9,11 182,11 1,04 dez 00 193,89 0,76 9,80 194,46 0,85 12,06 192,34 0,62 6,21 196,06 0,64 dez 01 214,07 0,18 10,41 217,57 -0,09 11,88 207,61 0,70 7,94 213,40 0,34 dez 02 270,62 2,70 26,42 294,62 3,14 35,41 232,83 1,94 12,15 240,86 1,70 dez 03 291,37 0,60 7,67 313,10 0,74 6,27 253,60 0,43 8,92 275,59 0,16 dez 04 326,71 0,52 12,13 359,08 0,48 14,68 269,53 0,63 6,28 306,02 0,51 dez 05 330,74 0,07 1,23 355,62 -0,14 -0,96 282,81 0,46 4,93 326,92 0,37 dez 06 343,26 0,26 3,78 370,93 0,11 4,31 288,65 0,63 2,06 343,38 0,36 dez 07 370,37 1,47 7,90 405,92 1,90 9,43 301,96 0,70 4,61 364,54 0,59 dez 08 404,10 -0,44 9,11 445,59 -0,88 9,77 320,28 0,52 6,07 407,78 0,17 dez 09 398,30 -0,11 -1,44 427,39 -0,29 -4,09 332,86 0,24 3,93 421,06 0,10 dez 10 443,33 0,38 11,31 486,51 0,21 13,83 353,59 0,72 6,23 453,78 0,67 dez 11 465,55 -0,16 5,01 506,53 -0,55 4,12 376,07 0,79 6,36 487,73 0,11 dez 12 503,37 0,66 8,13 554,19 0,74 9,41 397,44 0,66 5,68 523,44 0,16 dez 13 531,17 0,69 5,52 582,25 0,78 5,06 419,84 0,69 5,64 565,78 0,10 dez 14 551,26 0,38 3,78 594,87 0,30 2,17 448,56 0,75 6,84 605,07 0,08 mai 15 572,12 0,40 4,83 614,00 0,19 3,30 473,48 0,72 8,60 625,05 0,95 jun 15 576,01 0,68 6,21 616,64 0,43 5,02 477,36 0,82 9,13 636,55 1,84 jul 15 579,35 0,58 7,42 620,40 0,61 6,74 479,89 0,53 9,60 640,05 0,55 ago 15 581,67 0,40 7,78 623,13 0,44 7,16 480,94 0,22 9,73 643,82 0,59 set 15 589,93 1,42 9,29 635,71 2,02 9,52 482,96 0,42 9,65 645,24 0,22 out 15 600,31 1,76 10,56 650,84 2,38 11,32 486,63 0,76 10,01 647,56 0,36 nov 15 607,45 1,19 10,61 660,02 1,41 11,29 491,50 1,00 10,40 649,76 0,34 dez 15 610,13 0,44 10,68 662,20 0,33 11,32 495,83 0,88 10,54 650,41 0,10 jan 16 619,46 1,53 11,62 672,99 1,63 12,87 504,65 1,78 10,59 652,95 0,39 fev 16 624,33 0,79 11,91 678,65 0,84 13,36 508,49 0,76 10,36 656,48 0,54 mar 16 627,02 0,43 11,05 681,16 0,37 12,38 511,03 0,50 9,37 660,68 0,64 PREVISÕES abr 16 629,18 0,34 10,41 683,20 0,30 11,48 513,07 0,40 9,14 663,65 0,45 mai 16 631,60 0,39 10,40 685,25 0,30 11,61 515,38 0,45 8,85 668,30 0,70 jun 16 634,41 0,45 10,14 687,99 0,40 11,57 517,96 0,50 8,51 671,97 0,55 jul 16 636,98 0,40 9,95 690,40 0,35 11,28 520,29 0,45 8,42 676,00 0,60 ago 16 639,97 0,47 10,02 693,85 0,50 11,35 522,37 0,40 8,61 679,38 0,50 set 16 643,24 0,51 9,04 697,67 0,55 9,75 524,72 0,45 8,65 682,44 0,45 out 16 646,62 0,53 7,71 702,20 0,65 7,89 526,56 0,35 8,20 684,49 0,30 nov 16 649,95 0,52 7,00 706,42 0,60 7,03 528,66 0,40 7,56 686,89 0,35 dez 16 653,46 0,54 7,10 710,65 0,60 7,32 531,31 0,50 7,16 688,95 0,30 jan 17 656,95 0,54 6,05 714,56 0,55 6,18 534,23 0,55 5,86 691,70 0,40 fev 17 660,30 0,51 5,76 718,14 0,50 5,82 537,17 0,55 5,64 694,81 0,45 mar 17 663,74 0,52 5,86 722,09 0,55 6,01 539,85 0,50 5,64 697,59 0,40

12 meses 31,48 9,56 6,81 2,76 9,20 7,66 8,85 12,87 14,42 11,04 6,83 5,04 6,16 11,86 3,25 7,77 7,48 7,32 8,09 6,94 5,73 6,97 6,76 7,30 7,38 7,58 7,47 7,49 6,93 7,17 7,20 7,19 6,92 5,57 5,62 5,52 5,77 5,70 5,71 5,92 5,93 5,84 5,59

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Análise da Conjuntura conjuncture analisys

Recessão = Crise política No Brasil, as crises políticas sempre estiveram ligadas a grandes recessões. Foi assim no fim do Império, em 1930 e na deposição de Fernando Collor. Era questão de tempo até o Governo Dilma estourar por má gestão

T

odos os novos governos são recebidos com esperança. Com isto, ganham até seis meses de bônus, na expectativa de mudanças que atenuem a situação econômica e melhore a vida de todos. Logo, até o fim de 2016 a administração Temer terá uma paz, se os primeiros 100 dias focarem o principal problema do país neste momento, que é o descontrole das despesas públicas, tendo, como consequência, taxas de juros que inviabilizam as atividades das empresas, provocando um desemprego que ultrapassa 10 milhões de pessoas. O que esperar deste novo governo? Como em todos os inícios, o discurso é positivo.Com o tempo, e as interações com as diferentes bases de apoio, a realidade costuma mudar as ações.Contudo, o mais provável é que o novo governo procure, efetivamente, levar a frente o que tem antecipado, pois são as alternativas com mais chances de serem bem sucedidas. Retomada da economia Se o governo Temer começar bem, o fundo do poço

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desta recessão situar-se-á entre abril e junho deste ano. E, como a base de comparação com outros anos está muito deprimida, e existe imensa capacidade ociosa na economia, no segundo semestre o ambiente econômico começará a melhorar. O ano de 2017, contudo, dependerá das medidas a serem adotadas. Despesas públicas e juros Despesas públicas e juros estão ligados umbilicalmente. Um governo que arrecade cerca de 40% do PIB em impostos e ainda consiga ter um déficit de 10% do PIB é um prodígio em gastos públicos. No Brasil, estes limites foram ultrapassados. Portanto, existe muita margem para redução de despesas. Enquanto o governo for grande tomador de dinheiro os juros continuarão muito altos. A queda nos juros dependerá de menos demanda de recursos por parte do governo, empresas e órgãos estatais. E isto exigirá tempo, pois são tão entrelaçadas as relações entre o governo central com estes órgãos e empresas que se exigirá muito esforço, político e administrativo, para separar as contas e reduzir custos.


Análise da Conjuntura

conjuncture analisys

Concessões e privatizações

recursos e tecnologias, proporcionalmente, muito superiores aos da Índia.

As concessões são a forma mais fácil e de menor atrito político para qualquer governo transferir para o setor privado negócios que são um ônus para o setor público, devido à má gestão. É o caso dos aeroportos e de outras concessões, mesmo no governo do PT. Logo, quanto maior for o empenho da administração Temer em realizar concessões em aeroportos, estradas, petróleo e outras áreas, menos pesado ficará o governo e, certamente, ainda irá gerar caixa. As privatizações, provavelmente serão coadjuvantes e ocorrerão onde a gestão for um descalabro e houver espaço político. Como existe um excesso de capitais no mundo que faz com que as aplicações financeiras nos EUA, na Europa e no Japão tenham retornos negativos - existe uma quantidade imensa de recursos que poderão afluir ao país com a confiança de uma estabilidade nas regras do jogo. Havendo a abertura de mercado às construtoras estrangeiras e sendo implantado o seguro de performance na execução das obras, a movimentação de negócios em obras e, em seguida, a própria disponibilidade das infraestruturas serão uns dos ramos mais dinâmicos da economia do país. Serão as oportunidades da década. Integração internacional

do

Brasil

na

economia

Os governos Lula e Dilma deram um foco político nas relações internacionais, privilegiando países com poucas chances de manter uma corrente comercial saudável com o Brasil. Ao mesmo tempo, privilegiaram uma taxa de câmbio irreal, que destruiu a indústria nacional, para tentar segurar a inflação. Foram quase duas décadas perdidas. Alterar o eixo da Diplomacia para os grandes mercados, que têm potencial de consumo e poder de compra, além de abrir uma janela de oportunidades para as empresas exportadoras, permite um acesso privilegiado aos bancos e fundos de investimentos internacionais. A experiência da China, que atualmente se repete, de forma embrionária, na Índia, é um exemplo de como a corrente de comércio alavanca o PIB como um todo e permite levantar recursos em grande quantidade e a custos relativamente baixos, indistintamente, tanto para empresas exportadoras quanto para as que atuam no mercado doméstico. Se o governo entrante conseguir ganhar a confiança do mercado internacional poderá se beneficiar de um fluxo de

Pois o país asiático, apesar da grande população e de “bolsões” de pessoal com boa formação tecnológica e cultural, ainda convive com uma massa gigantesca de pobreza, que se acumulou durante os sucessivos governos da família Nehru-Gandi - que dirigiu o país desde a independência - com um gigantismo do Estado, intervenções e empresas estatais ainda mais complexas do que no Brasil. Desmontar este legado está sendo difícil para os indianos. Fluxo de Capitais e paridade real/dólar Os benefícios do comércio internacional para as empresas brasileiras, contudo, dependem fundamentalmente da paridade real/dólar. Com uma indústria descapitalizada e abalada por anos sucessivos de crise, custo do capital altíssimo, carência de infraestrutura e falta de canais de distribuição no exterior, a cotação real/dólar é a única forma, no curto prazo, de permitir uma inserção de produtos e serviços brasileiros no mercado internacional, o que exigirá uma cotação de R$ 3,80 a R$ 4,00, por dólar. O problema é que o fluxo de capitais para o Brasil tende a aumentar muito, o que reduziria o valor do dólar. A solução de comprar moeda estrangeira pelo Banco Central parece esgotada, considerando que as reservas estão altíssimas e o custo da dívida é imenso. O mais provável talvez seja uma “fila” de entrada de capitais, similar ao que fez o Chile durante os anos de bonança, que continuam a garantir uma situação privilegiada para o país. Inflação a aplicações financeiras Atravessando a maior recessão da história recente - desde o início da República - e um Banco Central que tende a ser ainda mais conservador do que o atual, os juros para aplicações em títulos públicos tendem a continuar altos, para, em conjunto com a redução nas despesas públicas e o restabelecimento da confiança no governo, a inflação possa retornar ao patamar de 5%, mantendo tendência de queda. Ou seja, pelo menos no decorrer deste ano a queda nas taxas dos títulos públicos tende a permanecer próximas do patamar atual. Só com uma redução da demanda do setor público por dinheiro - e consequentemente das taxas - e uma reorganização do mercado de crédito, com a ampliação do mercado livre, é que os juros para empresas terão uma redução expressiva. Logo, ainda durará o “calvário” para as empresas que precisam levantar recursos no mercado interno. Revista Suma Economica

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Taxa de Juros interest rates

Juros altos, crédito escasso Em 2015, a União, os estados, os municípios, as empresas e os órgãos estatais captaram 72% do fluxo total de empréstimos feitos no mercado interno. Com esta “expulsão”, ou empurrão das empresas para fora do mercado, a crise de crédito agravou-se e aprofundou a recessão

P

ortanto, os juros estão altos e o crédito escasso para as empresas privadas, e tendem a continuar assim, até se conseguir uma redução expressiva da demanda de dinheiro pelo setor público. Um novo governo precisará, além de tempo, fazer um corte profundo nas despesas. A figura 1 apresenta o déficit primário - de R$ 10,6 bilhões - no primeiro trimestre deste ano. A primeira vez de um déficit no início do ano. E, considerando a queda da arrecadação em abril, os próximos resultados serão piores. Logo, é fácil prever que o governo terá que reduzir, substancialmente, o custo da dívida pública. O “como” só tem uma reposta: terá que reduzir os juros que paga sobre a dívida. O “quando” é uma interrogação. O mais provável é que se mantenham os juros

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básicos no patamar atual de 14,25%, enquanto os efeitos dos juros, combinados com uma recessão fortíssima e com a expectativa positiva em relação ao novo governo, ajudam a reduzir a inflação. Este será um “namoro” de, no máximo, seis meses, após o qual, independente do resultado sobre a inflação, os juros terão que cair rápido, em conjunto com o aumento na oferta de crédito, para permitir que a economia deslanche em 2017 e 2018. Se a economia não se deslanchar, irão por terra todos os esforços do PMDB e demais oposicionistas, aumentando as chances do PT nas próximas eleições presidenciais. Logo, o “prazo político” máximo para a equipe econômica é março/abril de 2017. Aumento no crédito livre? Uma redução consistente para as empresas,


Taxa de Juros interest rates

Mercado internacional

sobretudo de pequeno e médio porte, só existirá com um aumento substancial no total de dinheiro disponível no mercado livre de crédito. O que só ocorrerá na medida em que se reduza a demanda de dinheiro pelo setor público e ocorra um redirecionamento de recursos, hoje alocados no BNDES e em outras instituições.

Os juros negativos, atualmente, são a realidade em quase 30% do PIB mundial. E, nos demais países, com raras exceções, como no Brasil, estão muito baixos.

No momento, como mostra a figura 2, desta análise, os dois mercados, de crédito livre e direcionados, estão em queda, contudo, continuam praticamente do mesmo tamanho, embora o livre atenda a mais de 30 milhões de empresas e uma infinidade de pessoas físicas; enquanto o direcionado atende a um público seletivo e pequeno.

Nos EUA, o Federal Reserve continua procrastinando qualquer decisão sobre o aumento nas taxas. E, no Japão, os eleitores do Partido Social Democrata, no poder, pressionam os seus deputados para conseguirem uma solução política-econômica para levarem as taxas de juros negativas para apenas zero, com a qual a maior parte dos eleitores concorda.

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Ações stocks

Mercado em alta No mês de abril o Ibovespa apresentou nova alta, desta vez de 7,7%, o que representa uma alta acumulada de 24,35% no ano, fechando o mês aos 53.911 pontos Evolução da bovespa

E

ssa alta observada nos últimos meses foi estimulada evidentemente pelo cenário político, no qual fica cada vez mais próxima e real uma possibilidade de mudança na condução

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da política econômica brasileira, o que por si só anima os mercados, uma vez que, conforme pode ser lido nos demais artigos da presente revista, a economia brasileira passa um de seus piores


Ações stocks

momentos desde a Proclamação da República, nos já longínquos 1889. Considerando a indicação de Henrique Meirelles para Ministro-Líder da área econômica no governo Michel Temer, o mercado será de alta, por um longo período de tempo, convivendo com as oscilações, realizações de lucros e sobressaltos costumeiros. Embora o mercado tenha se valorizado substancialmente, desde fevereiro deste ano, a realidade é que os preços das ações, como um todo, estão baixos, quando se considera os múltiplos das empresas brasileiras com os de companhias dos mesmos setores no mercado internacional. Concretizando-se a expectativa de mudanças, os investidores nacionais antecipar-se-ão nas compras - como tem ocorrido - e serão suportados, no decorrer dos meses seguintes, por um aumento no fluxo do capital internacional, que tem estado relativamente retraído, considerando a imensa liquidez do mercado internacional. No decorrer de 2017, considerando que o déficit público esteja controlado e a inflação em torno de 5% ao ano, os juros básicos sobre a dívida pública podem cair ao nível de 11%, ou menos, dando um novo impulso no preço das ações. Ou seja, temos um potencial de alta de pelo menos dezoito meses. O que pode dar errado? Um cenário alternativo é a não concretização de Meirelles à frente do Ministério da Fazenda, ou a sua saída em curto prazo de tempo, o que parece pouco factível, considerando a personalidade do provável ministro, pela sua persistência e capacidade em superar desafios. E, pelo fato de que o futuro presidente não tem alternativa. Ou acerta, ou abre caminho para a volta do PT ao poder. Alternativas investimentos

para

estratégia

pessoal e outros custos fixos. Ou seja, a rentabilidade tende a aumentar, com a economia crescendo e, as empresas, na medida em que as taxas de juros caiam, aumentando a tomada de empréstimos. 2. Seguradoras - As ações do setor têm se valorizado, mas estão aquém dos seus potenciais. O setor continuou crescendo durante a maior parte da crise; ano a ano aumenta a sua participação no PIB e abre novos mercados. 3. BB, Petrobras e Vale - Um número considerável de investidores avalia que comprar ações destas empresas permitirá um ganho elevado e rápido nos dias imediatamente posteriores à posse do novo presidente. Em relação ao BB, mesmo que o ganho imediato não se realize, a ação é firme para os meses seguintes. Quanto à Petrobras e à Vale, já se valorizaram mais de 50% desde fevereiro. Logo, uma valorização rápida tem chances de ocorrer, mas se houver uma frustração a valorização da empresa será mais lenta do que o das empresas mais competitivas. E quem tem um lucro de 50% com os papéis, com qualquer notícia negativa, vende as ações para embolsar o lucro. 4. Concessionárias - O próximo governo abrirá um amplo leque de concessões. As empresas com experiência e bem sucedidas nas rodadas anteriores são boas candidatas a alavancarem os seus negócios com novas concessões. A CCR, assim como outras operadoras de concessões, merece atenção. 5. Para quem pensa em longo prazo - ano de 2017 - e quer se antecipar, as empresas de consumo voltarão a brilhar se os juros básicos caírem com intensidade.

MERCADO DE AÇÕES

de

O mercado em geral está barato. Contudo, sugerimos que você considere: 1. Bancos - Os investidores, na nossa avaliação, estão subavaliando os papéis de bancos, considerando que podem perder muito com a inadimplência e/ou a queda dos juros. A realidade é que os bancos estão provisionados, a recuperação na economia permitirá que a maior parte das empresas que estão “rolando dívidas” possa se recuperar e; os bancos vivem de spreads, alavancagem dos ativos e; as taxas cobrem, cada vez mais, as despesas com Revista Suma Economica

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Fundos de Investimento mutual funds

Oscilação mantida Março volta ao ritmo da captação líquida COMPORTAMENTO DA INDÚSTRIA DE FUNDOS

E

março, a indústria de fundos de investimento registrou captação líquida de R$ 19,9 bilhões, mantendo a trajetória do ano de oscilações no comportamento do mercado, já que janeiro apresentou entrada líquida, fevereiro registrou resgate líquido, voltando março a ter o comportamento do primeiro mês do ano.

ações tiveram rendimento significativo no terceiro mês do ano, como, por exemplo, de FMP-FGTS, Mono Ação e Setoriais. Em Renda Fixa, carteiras de duração mais longa tiveram boa valorização, caso do tipo Duração Alta Soberano. No trimestre, este fundo apresentou uma valorização de 8,42%.

O destaque ficou para os fundos de Renda Fixa com entrada líquida de R$ 21,5 bilhões, concentrado praticamente em um único fundo, o Corporate, o que foi determinante para o comportamento do setor no último mês do primeiro trimestre. As demais categorias tiveram pouca oscilação tanto para o lado da captação líquida, quanto para o de saída líquida.

O patrimônio líquido da indústria de fundos chegou, em março, a R$ 3,100 trilhões, considerando os fundos Off-Shore.

Registra-se o resgate líquido de R$ 2,3 bilhões em Multimercados e a captação líquida de R$ 2,7 bilhões em Previdência. No trimestre, a liderança é da Renda Fixa com R$ 40,5 bilhões. Na outra ponta, o resgate líquido é liderado pela categoria Multimercados, com R$ 12,1 bilhões. O total de aplicações no ano chegou a R$ 1,035 trilhão, contra R$ 1,005 trilhão em resgates. Com a boa valorização do Ibovespa, alguns fundos de

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CAPTAÇÃO LÍQUIDA POR CATEGORIA NO MÊS DE MARÇO


Seguros insurance

Menos prêmios distribuídos Comportamento foi do primeiro mês do ano

E

m janeiro, de acordo com a FenaPrevi, o setor de seguros registrou R$ 2,11 bilhões em prêmios, o que representou uma queda de 1,7% em relação ao movimento do mesmo mês do ano passado. Dentre os desempenhos positivos podemos destacar o ramo Vida, com R$ 935,89 milhões e alta de 3,08%. Com um crescimento significativo de 98,7%, o ramo Viagem fechou janeiro com R$ 26,07 milhões em prêmios. Pelo lado negativo, queda de 23,51% no ramo Prestamista, com movimento de R$ 436,32 milhões. As indenizações aos segurados atingiram R$ 573,97 milhões, um pouco acima do que foi registrado no mesmo período do ano passado. Pela pesquisa, 46,7% do total dos prêmios ficou concentrado em São Paulo, seguido pelo Rio de Janeiro, com 9,4% e pelo Rio Grande do Sul, com 8,6%. Completam o quadro dos cinco primeiros estados, Minas Gerais (7,6%) e Paraná (6,3%). Nenhum outro estado possui participação maior do que 3,0%. Dados da Fenacap De acordo com a Federação Nacional de Capitalização (Fenacap), a receita do setor de capitalização alcançou R$ 3,072 bilhões no primeiro bimestre deste ano.

MERCADO DE SEGUROS GERAIS - Em R$ milhões Jan. a fev. 2015

Jan. A fev. 2016

Var. %

Automóveis

4.965

4.762

-4,1

Patrimoniais

1.975

2.161

9,4

DPVAT

2.190

2.477

13,1

Habitacional

792

544

10,7

Transportes

459

474

3,2

Riscos Financeiros

390

378

-5,8

Responsabilidades

256

249

-2,9

Outros

426

533

25,1

11.153

11.578

3,8

Segmentos (Prêmio Direto)

Total Seguros Gerais Fonte: Susep

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Vendas do Comércio retail sales

Difícil se superar

U

Crise aumenta as incertezas

m dado alarmante, mas já esperado, sobre inadimplência foi divulgado pelo Serasa em abril e mostrou a complicada situação em que o consumidor vive no momento, com incertezas e queda de confiança. A inadimplência atingiu, em março, a 60 milhões de brasileiros, totalizando uma dívida de R$ 256 bilhões. Mais de 2 milhões de pessoas entraram na lista de devedores no primeiro trimestre deste ano, levando o total de inadimplentes a 41% da população adulta (mais de 18 anos). Há um ano, dentro dessa pesquisa trimestral da entidade, o total era de 55,6 milhões de brasileiros endividados. O destaque vai para a quantidade de pessoas até dois salários mínimos que estão negativados em agências de crédito. Cerca de 40,0% do total. Com o aumento do desemprego (projeção da CNC de perda de 3,3% no emprego do varejo em 2016) e da inflação, era esperada uma elevação da quantidade de inadimplentes, sobretudo neste início de ano, onde incidem vários impostos e os reflexos das vendas natalinas. Porém, o número tão elevado surpreendeu. O cenário caótico da economia e da política que gera o aumento da inadimplência, também reflete na confiança do consumidor e do empresário brasileiro. Dados não estão nem um pouco favoráveis. Vendas em queda, renda estagnada e desemprego em alta. A inflação cede por queda na demanda do consumidor, mas se olharmos bem, a inflação mais importante, a dos alimentos, não demonstra sinais aparentes de retração. Com isso, o consumidor, ao ir às compras no supermercado, não sente uma melhora e permanece descrente com os rumos da economia.

VENDAS DO VAREJO NO BRASIL

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Os dados gerais de confiança do consumidor e do empresário estão em níveis muito baixos, como apontou a Associação Comercial de São Paulo, com seu índice atingindo a mínima histórica em março com relação ao comportamento do consumidor paulista. Os índices da FGV também não demonstram reação neste cenário de incertezas, e a confiança do empresário mantém-se fraca sem grandes perspectivas de melhor no curto prazo, traduzindo-se em novos investimentos ou aumento significativo das contratações. Nessa conjuntura, as projeções para as vendas do varejo permanecem em torno de uma queda de 4,5% em 2016. Demanda do consumidor por crédito De acordo com o Serasa, a demanda do consumidor por crédito caiu 0,4% em março na comparação com o mesmo mês de 2015. Frente ao mês de fevereiro, houve alta de 8,4%, pelo fato de o Carnaval ter diminuído o número de dias úteis do segundo mês do ano. O resultado acumulado do trimestre aponta uma elevação de 1,0%. Na análise por renda, as faixas até R$ 500 / mês e entre R$ 500 e R$ 1000 / mês tiveram queda na comparação com o mesmo mês do ano passado. As outras quatro faixas tiveram alta. Frente ao mês de fevereiro, alta generalizada. O resultado acumulado aponta queda trimestral apenas na faixa até R$ 500 / mês. Por região, em março houve alta no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com quedas no Norte e Nordeste, isto frente ao mesmo mês de 2015. Na comparação com fevereiro,


Vendas do Comércio retail sales

todas tiveram crescimento. O resultado acumulado do ano aponta crescimento no Sul, no Sudeste e no Centro-Oeste. Vendas no varejo de materiais de construção De acordo com a Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção (Anamaco), as vendas de matérias de construção no varejo caíram 4,0% em março na comparação com o mesmo mês do ano passado. Frente ao mês de fevereiro foi detectada uma alta de 8,0%. A Associação ficou satisfeita com os números frente ao mês anterior, pois já previa uma melhora nas vendas depois do Carnaval. Com a situação do país ficando mais clara em termos políticos e econômicos, o varejo do setor espera melhorar as vendas no decorrer do ano. A Anamaco ainda trabalha com uma alta de 6,0% em 2016. Vendas de veículos De acordo com a ANFAVEA, o licenciamento de veículos novos foi de 179,2 mil unidades em março, queda de 23,6% frente ao mesmo mês de 2015, Na comparação com fevereiro, alta de 22,1%. O resultado acumulado do

primeiro trimestre aponta queda de 28,6%, com 481,3 mil unidades comercializadas. Para caminhões houve queda de 25,4% na comparação com o mesmo mês de 2015, com 4,8 mil unidades. Sobre fevereiro, alta de 25,8%. No trimestre, 13,1 unidades comercializadas e retração de 32,1%. Números do IBGE para FEVEREIRO Em fevereiro, as vendas do comércio caíram 4,2% na comparação com o mesmo mês de 2015. O destaque negativo ficou para o ramo de Equipamentos e Materiais de Escritório com retração de 17,3%. Todos os outros ramos também apresentaram queda nesta base de comparação. Frente ao mês de janeiro, as vendas do varejo tiveram alta de 1,2%, revertendo a trajetória de queda nesta base. O setor mais influente no resultado foi a alta de 5,0% em Móveis e Eletrodomésticos. O resultado acumulado em 12 meses mostra uma queda de 5,3%. No primeiro bimestre, a retração foi de 7,6%. Para o varejo ampliado, as vendas de fevereiro tiveram queda de 5,6% na comparação com o mesmo mês de 2015. As vendas de veículos tiveram queda de 6,6% enquanto a retração da construção civil ficou em 11,1%.

Revista Suma Economica

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Produção Industrial industrial production

Em busca de um “Brasil Mais Produtivo” Novo programa foi lançado em abril

N

o mês passado, o governo brasileiro lançou o programa Brasil Mais Produtivo, com o intuito melhorar a produtividade em cerca de três mil pequenas e médias empresas que deverão ser contempladas pelo programa e que passam por momentos difíceis resultantes da crise atual. Numa primeira fase, empresas que possuam entre 11 e 200 empregados e sejam dos ramos moveleiro, vestuário, calçados, metalmecânico, alimentos e bebidas serão as contempladas. O orçamento é de R$ 50 milhões e os atendentes do Senai serão responsáveis pela consultoria às empresas principalmente nas áreas de logística, e na otimização das linhas de produção. Do montante total a ser investido, apenas R$ 10 milhões ficarão a cargo do governo federal, com o restante dividido entre o Senai, a Apex e a ABDI. Os custos para as empresas serão de R$ 18 mil, sendo

VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL

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Revista Suma Economica

15 mil subsidiados, e o restante podendo ser pagos com o cartão Bndes, por exemplo. Receita menor De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, os resultados do setor no início do ano foram bastante desfavoráveis e a tendência é de que este seja mais um ano de queda nas vendas. O faturamento de fevereiro foi 24,1% menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado e não há perspectivas de melhora no curto prazo. Isto poderia acontecer se o real permanecesse desvalorizado, e ainda acima dos R$ 4,00, pois o setor externo seria um desafogo importante. No segundo mês do ano, as exportações até subiram e as importações caíram, mas o déficit permanece alto. Esta conjuntura de déficits significativos deve continuar mesmo com as


Produção Industrial industrial production

importações em queda pela menor atividade interna, já que o real voltou a trabalhar em torno de R$ 3,50, o que não deve fomentar os embarques. A Abimaq, sem perspectivas para uma melhora substancial do déficit comercial prevê que neste ano tenhamos uma queda de 12% na Formação Bruta de Capital Fixo e de 6% no faturamento.

Produção de aço bruto Em março, a produção nacional de aço bruto atingiu 2,506 milhões de toneladas, queda de 9,5% frente ao mês de março do ano passado. No primeiro trimestre, a retração foi de 12,3% com 7,391 milhões de toneladas produzidas. Deste total, foram 2,932 milhões de toneladas em laminados planos e 2,152 milhões de toneladas em laminados longos.

Indústria de cimento Em março, as vendas de cimento caíram 16,1%, atingindo 4,9 milhões de toneladas. O resultado do trimestre ficou em 13,9 milhões de toneladas. Em 12 meses, retração de 10,9%, com 62,3 milhões de toneladas vendidas. O Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (Snic) prevê uma queda entre 12% e 15% neste ano em uma conjuntura de dificuldades enfrentadas pela construção civil, tanto no aspecto econômico, quanto no político. As vendas de materiais de construção caíram 17% em março na comparação com o mesmo mês de 2015, segundo a Associação Brasileira de Materiais de Construção (Abramat). A previsão do ano é de retração de 4,5% nas vendas, podendo ser maior caso a economia e a política não fiquem aclaradas no curto prazo.

O maior produtor continua sendo Minas Gerais, com 36% do mercado no primeiro trimestre, seguido do Rio de Janeiro e Espírito Santo. As vendas no mercado interno caíram 23,8% no terceiro mês do ano, chegando a 1,474 milhão de toneladas. No trimestre, 3,981 milhões de toneladas vendidas, retração de 23,1% frente ao período entre janeiro e março do ano passado. Produção automobilística De acordo com a Anfavea, a produção de veículos atingiu 195,3 mil unidades em março, queda de 23,7% em relação ao resultado do mesmo mês do ano passado. Frente ao mês de fevereiro, alta de 42,6%. No trimestre foram 482,3 mil unidades, queda de 27,8% frente ao mesmo período de 2015.

VARIAÇÃO DO EMPREGO INDUSTRIAL

Revista Suma Economica

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Produção Industrial industrial production

Para caminhões, a produção chegou a 5,3 mil unidades no terceiro mês do ano, alta de 6,9% frente ao mês anterior e retração de 23,2% frente ao mesmo mês de 2015. Nos três primeiros meses do ano foram 15,19 mil unidades produzidas, queda de 35,2%. As montadoras têm enfrentado um período de alta capacidade ociosa em seus parques e com uma perda de postos de trabalho significativa. Os estoques estão altos e o único dado mais positivo vem das exportações, que crescem em termos de volume, mas ainda têm retração em valor. Números do IBGE Em fevereiro, a produção industrial brasileira caiu 9,8% frente ao mesmo mês de 2015, puxada pela retração significativa de 25,8% na produção de Bens de Capital e de 29,3% em Bens de Consumo Duráveis. Por ramo, as retrações mais significativas pelo peso no índice nessa base de comparação ficaram com Máquinas e Equipamentos, Veículos Automores, Equipamentos de Informática e Materiais Elétricos e Produtos Têxteis. Frente ao mês de janeiro houve queda de 2,5%, que já era esperada pelo menor número de dias úteis. O resultado acumulado em 12 meses indica queda de 9,0%, com um desempenho fraquíssimo em Bens de Capital e em Bens de Consumo Duráveis. No bimestre, a retração é de 11,8%. Números regionais Em fevereiro, o destaque frente ao mesmo mês do ano passado ficou para o estado do Mato Grosso, com alta de 18,1%. Além deste estado, a produção paraense cresceu 15,4% sendo as duas únicas altas nesta base de comparação. Por outro lado, queda de 26,2% na produção industrial pernambucana e de 25,0% na amazonense. Na comparação com janeiro, a maior queda foi apresentada pela indústria baiana: -7,9%. A maior alta foi 6,2% apresentada pela indústria do Pará. O estado também é destaque no resultado acumulado do primeiro bimestre, com alta de 12,8%, seguido do Mato Grosso, com 8,1%, com ambos também lideres em médias móveis de 12 meses. Pernambuco e Amazonas lideram a retração bimestral entre janeiro e fevereiro: -28,0%.

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Revista Suma Economica

PRINCIPAIS SEGMENTOS INDUSTRIAIS


Produção Industrial industrial production

INDICADORES DA PRODUÇÃO REGIONAL

Revista Suma Economica

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Produção Industrial industrial production

NÍVEL DE ATIVIDADE INDUSTRIAL Geral

Acumul. Período até o mês jan

12 meses

Extrativa Mineral

Acumul. até o mês

12 meses

Transformação

Acumul. até o mês

12 meses

Bens de Capital

Acumul. até o mês

12 meses

Bens Intermediários

Acumul. até o mês

12 meses

Bens de Consumo

Acumul. até o mês

12 meses

5,65 -1,92 2,56 0,29 5,86 -2,06 17,27 -9,74 4,03 -1,04 4,58 -0,43

fev

1,11 -1,88 -3,68 -0,78 1,42 -1,95 13,31 -7,34 -0,32 -1,49 -0,28 -0,38

mar

-0,47 -1,95 -4,85 -1,50 -0,20 -1,98 9,82 -6,33 -0,77 -1,42 -2,79 -0,98

abr

1,62 -1,07 -6,52 -2,47 2,14 -0,98 13,37 -4,42 0,42 -0,89 -0,22 -0,24

mai

1,66 -0,54 -7,16 -3,45 2,22 -0,36 13,25 -2,34 0,23 -0,68 0,30 0,32

jun

1,92 0,18 -6,4 -3,54 2,45 0,42 13,78 0,28 0,38 -0,20 0,72 0,75

jul

2,03 0,64 -5,81 -3,66 2,53 0,90 14,15 2,44 0,40 -0,08 1,00 1,19

ago

1,55 0,65 -5,23 -3,68 1,98 0,92 13,54 4,64 0,13 -0,20 0,41 0,87

set

1,64 1,13 -4,58 -3,28 2,03 1,41 14,58 7,83 0,16 0,07 0,37 0,88

out

1,55 0,95 -4,38 -3,84 1,92 1,24 14,88 9,86 0,07 -0,19 0,20 0,26

nov

1,44 1,05 -3,85 -3,40 1,76 1,32 14,2 11,55 0,21 0,01 -0,04 -0,12

dez/13 1,15 1,15 -4,07 -4,07 1,47 1,47 13,33 13,33 -0,02 -0,02 -0,21 -0,21 jan

-2,44 0,52 -0,84 -4,28 -2,54 0,82 2,48 12,14 -2,69 -0,53 -3,58 -0,83

fev

1,28 1,11 -0,04 -3,47 1,36 1,40 8,02 12,48 -0,81 -0,10 1,65 -0,03

mar

0,40 2,10 3,70 -1,60 0,10 2,60 -0,90 8,90 -0,60 0,70 3,00 3,20

abr

-1,20 0,80 3,90 -0,70 -1,80 1,00 -4,80 5,50 -1,50 -0,30 0,60 1,60

mai

-1,60 0,20 4,70 0,60 -2,40 0,20 -5,80 4,10 -1,80 -0,80 -0,10 1,10

jun

-2,60 -0,60 4,10 1,00 -3,40 -0,80 -8,30 1,20 -2,20 -1,20 -1,90 -0,30

jul

-2,80 -1,20 4,40 1,80 -3,60 -1,60 -7,80 -0,10 -2,50 -1,80 -2,00 -0,80

ago

-3,10 -1,80 4,90 2,70 -4,00 -2,30 -8,80 -2,40 -2,60 -2,00 -2,50 -1,40

set

-2,90 -2,20 5,40 3,50 -3,90 -2,90 -8,20 -4,30 -2,50 -2,20 -2,20 -1,70

out

-3,00 -2,60 5,50 4,50 -4,00 -3,40 -8,80 -6,90 -2,50 -2,20 -2,20 -2,00

nov

-3,20 -3,20 5,40 4,60 -4,20 -4,10 -8,80 -8,50 -2,90 -2,90 -2,30 -2,20

dez/14

-3,20 -3,20 5,70 5,70 -4,30 -4,30 -9,60 -9,60 -2,70 -2,70 -2,50 -2,50

jan

-5,20 -3,50 10,40 6,40 -7,30 -4,70 -16,40 -10,90 -2,40 -2,70 -7,40 -2,90

fev

-7,10 -4,50 10,90 7,20 -9,30 -5,90 -21,10 -13,50 -3,20 -3,00 -10,30 -4,60

mar

-5,90 -4,70 10,30 7,30 -7,90 -6,10 -18,00 -13,80 -2,80 -3,20 -8,40 -5,00

abr

-6,30 -4,80 10,50 7,80 -8,40 -6,30 -19,70 -14,50 -2,90 -3,00 -9,10 -5,40

mai

-6,60 -5,30 9,90 7,90 -9,00 -6,90 -20,60 -15,80 -3,40 -3,20 -9,60 -6,20

jun

-6,30 -5,00 9,40 8,40 -8,30 -6,60 -20,00 -15,40 -3,10 -3,10 -8,60 -5,60

jul

-6,60 -5,30 8,40 8,10 -8,50 -7,00 -20,90 -16,80 -3,40 -3,20 -8,70 -6,20

ago

-6,90 -5,70 7,70 7,70 -8,80 -7,40 -22,40 -18,40 -3,70 -3,40 -8,80 -6,50

set

-7,40 -6,50 7,30 7,30 -9,20 -8,20 -23,60 -20,40 -4,10 -3,90 -9,10 -7,50

out

-7,80 -7,20 6,30 6,50 -9,60 -9,00 -24,50 -22,30 -4,50 -4,40 -9,50 -8,60

nov

-8,10 -7,70 4,70 5,20 -9,70 -9,30 -25,10 -24,10 -4,90 -4,60 -9,50 -9,00

dez/15

-8,30 -8,30 3,90 3,90 -9,90 -9,90 -25,50 -25,50 -5,20 -5,20 -9,40 -9,40

jan

-13,80 -9,00 -16,80

fev/16

-11,80 -9,00 -14,60 -0,60 -11,30 -10,20 -30,80 -27,10 -10,10 -6,30 -29,00 -20,00

1,30 -13,30 -10,40 -35,90 -27,00 -11,90 -6,00 -11,90 -9,90

- Variação Acumulada até o mês: compara a produção acumulada no ano, de janeiro até o mês de referência do índice, com igual período do ano anterior. - Variação Acumulada em 12 meses: compara a produção acumulada nos últimos 12 meses de referência do índice, com igual período do ano anterior.

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Revista Suma Economica


Câmbio & Comércio Exterior exchange rates & foreing commerce

Indústria melhora o seu déficit Números são do Instituto de estudos para o Desenvolvimento Industrial

D

e acordo com o Iedi, no primeiro trimestre de 2016, o déficit comercial da indústria de transformação ficou em US$ 2 bilhões, após ter ficado em US$ 14,7 bilhões no mesmo período do ano passado. Foram US$ 26,8 bilhões em exportações e US$ 28,8 bilhões em importações. Deficitária desde 2008, a tendência é de que, neste ano, a indústria de transformação deva apresentar saldo zero ou positivo. Além da retração das importações, está havendo, mesmo que de maneira tímida, uma recuperação de alguns setores, como automóveis, além de começar, também de maneira gradual, um processo de substituição de importações em ramos com têxtil e calçadista. A manutenção do câmbio favorável será importante para o mercado exportador para consolidar a recuperação. Esta retomada é lenta e tem como um dos pilares esta

valorização do dólar frente ao real. Para o Iedi, o efeito do câmbio é mais rápido em alguns setores, como têxteis, calçados e celulose, além do automobilístico. Veículos têm retomada O setor automobilístico, que saltou de um déficit de US$ 1,5 bilhão para um saldo de US$ 203 milhões na comparação entre os primeiros trimestres de 2015 e 2016, poderá se sustentar no ano de 2016 tanto por uma recuperação dos embarques, quanto também pela queda das importações. As vendas de automóveis e de veículos de carga para Argentina e México foram fundamentais para o saldo apresentado no primeiro trimestre do ano. Além disso, as importações caíram 38,9%, influenciadas pelo câmbio e pela retração do mercado interno.

BALANÇA COMERCIAL

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Câmbio & Comércio Exterior exchange rates & foreing commerce

Números das transações correntes e do IDP Em março, as transações correntes tiveram um déficit de US$ 856 milhões, menor resultado negativo desde agosto de 2009, e abaixo do previsto pelo Banco Central. No primeiro trimestre, o déficit chegou a US$ 7,591 bilhões, com uma ajuda significativa das exportações. Em 12 meses, o resultado negativo chegou a USS 41,374 bilhões, ou -2,39% do PIB. O governo manteve a sua projeção para o ano de 2016 em US$ 25 bilhões, o que representaria -1,59% do PIB. O IDP em fevereiro ficou em US$ 5,557 bilhões, levando o resultado do primeiro trimestre para US$ 16,933 bilhões. Em 12 meses o IDP chegou a US$ 78,859 bilhões, ou 4,45% do PIB. Câmbio sofre bastante intervenção do BC A turbulência na política nacional levou a uma intensa movimentação no mercado de câmbio, com o Banco Central participando ativamente do mercado para segurar o dólar no que parece ser o seu piso “virtual”, R$ 3,50. O movimento de compra de bilhões de dólares em swaps foi frenético em alguns dias, como na semana pósimpeachment, com a maior intervenção já registrada, e, sobretudo, quando havia a percepção de que a moeda norte-americana poderia romper esse piso, o que frequentemente acontecia quando o Banco Central ficava por um ou dois dias sem atuar.

COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO

Período

Exportações

Importações

no mês

no mês

12 meses

12 meses

em US$ milhões

Saldo Com.

no mês

dez /13 20.846 242.178 18.192 239.617 2.654 jan/14 16.027 242.238 20.084 239.694 -4.057 fev 15.934 242.622 18.059 240.931 -2.125 mar 17.628 240.930 17.516 239.294 112 abr 19.724 240.023 19.218 236.891 506 mai 20.752 238.953 20.040 235.873 712 jun 20.468 238.141 18.103 235.154 2.365 jul 23.025 240.358 21.450 233.899 1.575 ago 20.465 239.398 19.297 232.998 1.168 set 19.617 238.163 20.556 234.694 -939 out 18.330 233.672 19.507 231.519 -1.177 nov 15.646 228.457 17.996 230.029 -2.350 dez 17.491 225.101 17.198 229.031 293 jan/15 13.704 222.779 16.878 225.844 -3.174 fev 12.092 218.937 14.934 222.716 -2.842 mar 16.979 218.288 16.521 221.803 458 abr 15.156 213.720 14.665 217.249 491 mai 16.769 209.737 14.008 211.224 2.761 jun 19.628 208.899 15.101 208.204 4.527 jul 18.526 204.400 16.147 202.893 2.379 ago 15.485 199.430 12.796 196.383 2.689 set 16.148 195.962 13.204 189.023 2.944 out 16.049 193.681 14.053 183.566 1.996 nov 13.806 191.842 12.609 178.102 1.197 dez 16.783 191.134 10.543 171.453 6.240 jan/16 11.246 188.676 10.323 164.898 923 fev 13.348 189.931 10.305 160.271 3.043 mar 15.994 188.944 11.559 155.311 4.435 abr 15.374 189.150 10.513 151.157 4.861

12 meses 2.561 2.544 1.691 1.636 3.132 3.080 2.987 6.459 6.400 3.469 2.519 -1.572 -3.930 -3.065 -3.779 -3.515 -3.529 -1.487 695 1.507 3.047 6.939 10.115 13.740 19.681 23.778 29.660 33.633 37.993

Crescimento:

SALDO DA BALANÇA COMERCIAL

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Revista Suma Economica

Mês/mesmo mês ano ant.

1,43

---

-28,31

---

890,02

---

Em 12 meses

---

-11,49

---

-30,42

---

237,74


Economia Internacional international economy

Dentro do previsto PIB chinês do primeiro trimestre cresce 6,7%

O

PIB da China cresceu 6,7% no primeiro trimestre deste ano, um pouco abaixo do desempenho registrado no último período do ano anterior, quando a alta foi de 6,8%. Este foi o pior desempenho trimestral desde o primeiro trimestre de 2009, auge da crise internacional, quando a elevação foi de 6,2%. Apesar dos estímulos do governo, com cortes nos juros (que devem permanecer no curto prazo) e investimentos em infraestrutura, os números não deverão voltar aos de anos anteriores, mostrando que a tendência é de que a economia comece a trabalhar com taxas de crescimento em torno de 6,0% e 7,0% neste e nos próximos anos. No primeiro trimestre, o mercado imobiliário foi importante para o desempenho da economia, mas este setor, sozinho, não deve dar sustentabilidade para o PIB em 2016. Com isso, as projeções são de que, nos próximos trimestres, a alta possa se aproximar dos 6,0%, caso outros ramos, em parceria com o imobiliário, não deem sustentação para economia. Um desses suportes poderá vir da produção industrial, que cresceu 6,8% em março na comparação com o mesmo mês do ano passado. No primeiro bimestre, a alta foi de 5,4%. A indústria é um setor que está diretamente ligado ao movimento do governo em relação aos estímulos para a economia. Aos poucos ela tenta absorver essas medidas e tenta entrar em um ritmo de crescimento sustentado e que ajude na manutenção

do crescimento favorável do PIB. Essa pequena melhora de março é um alento, mas ainda insuficiente para dizer se o resultado das medidas é concreto. Outro indicador que tem mantido um desempenho estável, mas favorável, é as vendas do comércio. Em março a alta foi de 10,5% na comparação com o mesmo mês de 2015, um pouco acima do que havia registrado no primeiro bimestre e em linha com as previsões de analistas e do governo. Os gastos dos consumidores é outro fator relevante para o sucesso das medidas do governo. Projeções do FMI O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou, em meados de abril, novas projeções para a economia internacional neste e no próximo ano. Em janeiro, a previsão para o crescimento global de 2016 era de 3,4%. Agora, está em 3,2%. A revisão dos números ocorreu tanto nos dados das economias avançadas quanto nos números dos emergentes. Os países ricos devem crescer 1,9% neste ano, após uma primeira projeção de alta de 2,1%. Para os emergentes, a previsão inicial era de 4,3%, mudada agora para uma elevação de 4,1%. Importante destacar que a maioria dos países importantes teve queda nas suas projeções, caso, por exemplo, dos EUA, que passou agora a ter estimado um crescimento de 2,4% ante uma projeção de 2,6% feita em janeiro.

Revista Suma Economica

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Produção Agropecuária

livestock & agricultural production

Produção global de grãos em queda Previsão foi do Conselho Internacional de Grãos

O

ICG (Conselho Internacional de Grãos) previu, no início do mês passado, que a produção mundial de grãos forrageiros e trigo para o ciclo 2016/2017 atinja 1,997 bilhão de toneladas. Caso o montante seja confirmado, ficaria 0,45% menor do que o registrado no período anterior que terminou com uma safra de 2,006 bilhões de toneladas.

mesmo mês de 2015. Entre janeiro e março, a produção total foi de 7,349 mil unidades, retração de 52,2%. Para as exportações, foram 979 unidades embarcadas, estabilidade frente aos números de março do ano passado. No acumulado no primeiro trimestre, queda de 23,2%, com 1,811 mil unidades exportadas. Safra nacional de cana-de-açúcar

Para o ICG, teremos um recuo na safra de trigo de 2,9%, levando a colheita para 713 milhões de toneladas. O consumo deverá ser maior do que a produção, levando a uma perda nos estoques de passagem, que devem fechar o período 2016/2017 em 211 milhões de toneladas. Essa perda na colheita do trigo será um pouco compensada pela alta de 2,16% na produção de milho, que deve fechar o ciclo com 993 milhões de toneladas. Para a soja, a projeção é de uma produção de 320 milhões de toneladas, queda de 0,92% frente ao resultado de 2015/2016. Queda nas vendas de máquinas agrícolas De acordo com a Associação Nacional de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas de máquinas agrícolas caíram 43% em março, na comparação com o mesmo mês do ano passado, fechando em 2,752 mil unidades. No trimestre, a retração atingiu 44,0%, com 6,658 mil unidades comercializadas. No mês de abril, houve a Agrishow em Ribeirão Preto, e houve expectativas positivas para as vendas, mas até a redação da matéria não havia dados compilados sobre os negócios realizados. A produção total de máquinas agrícolas em março ficou em 2,801 mil unidades, queda de 52,6% frente ao resultado do

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2015/2016 de cana-de-açúcar ficou em 665,6 milhões de toneladas, conforme divulgado no quarto e último levantamento. O montante representou uma alta de 4,9% frente ao resultado do ciclo 2014/2015. A área ficou em 8,6 milhões de hectares, queda de 3,9%. Foram 33,5 milhões de toneladas de açúcar produzidas no período, com 30,5 bilhões de litros de etanol (19,3 bilhões para o hidratado e 11,2 bilhões para o anidro). Ainda de acordo com a Conab, a safra brasileira 2016/2017 de cana-de-açúcar deverá alcançar 691 milhões de toneladas, o que representaria uma alta de 3,8% frente ao período 2015/2016. A área a ser colhida deve chegar a 9 milhões de hectares. Segmentando por produto, o açúcar deve realizar uma produção de 33,4 milhões de toneladas, podendo chegar a 37,5 milhões de toneladas, caso melhorem as expectativas para a área de colheita. Para o etanol anidro, a tendência é de uma produção de 11,7 bilhões de litros, alta de 4,7%. Para o hidratado, a tendência é de uma redução de 3,4%, chegando a 18,6 milhões de litros.

PREÇOS NO MERCADO ATACADISTA (*) - ÚLTIMA COTAÇÃO DISPONÍVEL PRODUTOS CARNE BOVINA (R$/Kg) Traseiro (carne de primeira) Dianteiro (carne de segunda) FRANGO (R$/Kg) OVOS (Dúzia/branco gde) SOJA Grão (R$/60 Kg) Farelo (R$/Kg) Óleo Refinado (R$/18.000ml) SUÍNOS (R$/Kg) Carcaça CAFÉ ARÁBICA (R$/60Kg) CACAU/BA (R$/@)

JUN

JUL AGO

SET

Revista Suma Economica

NOV

DEZ/15

JAN

FEV MAR ABR/16

11,20 8,10 3,82 2,30

10,60 8,20 3,90 2,36

10,60 8,10 4,27 2,32

11,30 7,70 4,59 2,16

11,70 7,60 4,33 2,41

11,70 7,90 4,68 2,51

12,20 7,70 4,96 2,64

12,00 8,00 4,19 2,70

12,40 7,80 4,38 3,03

11,80 8,50 4,34 3,13

11,50 8,00 2,71 2,85

55,50 0,98 55,00

55,50 1,10 55,08

55,50 1,17 52,70

55,50 1,32 56,84

55,50 1,28 55,79

55,50 1,18 55,50

55,50 1,25 67,19

55,50 1,34 60,74

55,50 0,97 65,84

55,50 0,91 64,63

55,50 1,16 68,73

5,10 417,11 128,00

4,90 435,24 125,00

5,30 445,05 126,25

6,75 472,90 147,00

6,30 471,99 141,00

6,15 465,53 152,00

6,10 495,55 150,00

5,40 497,22 139,00

4,80 480,61 147,00

4,90 487,18 145,00

4,50 450,15 156,00

(*) Cotações do mercado de São Paulo, salvo as especificadas.

34

OUT


Commodities COMMODITIES - BOLSA DE CHICAGO* SOJA EM GRÃOS FARELO DE SOJA

US$ cents/ bushel

Var% Mensal

US$/t curta

Var% Mensal

ÓLEO DE SOJA

US$ cents/ LBS-peso

Var% Mensal

TRIGO

US$ cents/ bushel

out 964,63 -0,70 335,64 0,30 32,79 1,52 nov 1.032,14 7,00 383,98 14,40 32,72 -0,21 dez/14 1.030,87 -0,12 366,48 -4,56 32,06 -2,02 jan 1.002,45 -2,76 338,06 -7,75 32,18 0,37 fev 1.047,80 4,52 358,38 6,01 33,42 3,85 mar 980,75 -6,40 326,27 -8,96 31,07 -7,03 abr 971,39 -0,95 316,81 -2,90 31,37 0,97 mai 953,54 -1,84 307,42 -2,96 32,84 4,69 jun 965,67 1,27 321,05 4,43 33,48 1,95 jul 1.011,29 4,72 355,54 10,74 31,66 -5,44 ago 927,12 -8,32 331,02 -6,90 28,55 -9,82 set 876,48 -5,46 309,38 -6,54 26,81 -6,09 out 891,09 1,67 306,63 -0,89 28,38 5,86 nov 866,49 -2,76 290,55 -5,24 27,88 -1,76 dez/15 879,92 1,55 275,47 -5,19 30,82 10,55 jan 873,01 -0,79 270,80 -1,70 30,00 -2,66 fev 871,32 -0,19 264,32 -2,39 31,16 3,87 mar 893,14 2,50 269,87 2,10 32,48 4,24 abr/16 962,89 7,81 297,28 10,16 33,95 4,53

Var% Mensal

MILHO

US$ cents/ bushel

Var% Mensal

511,19 1,77 349,41 3,13 541,78 5,98 373,17 6,80 610,60 12,70 401,44 7,57 543,59 -10,97 388,10 -3,32 519,09 -4,51 383,68 -1,14 506,92 -2,34 386,20 0,66 502,05 -0,96 373,99 -3,16 492,21 -1,96 360,97 -3,48 518,89 5,42 364,40 0,95 547,04 5,48 409,82 12,64 498,82 -8,81 382,00 -6,79 489,89 -1,79 379,46 -0,66 506,99 3,49 383,52 1,07 495,50 -2,27 366,31 -4,49 479,71 -3,19 370,98 1,27 473,20 -1,36 361,84 -2,46 438,21 -7,39 345,98 -4,38 466,95 6,56 364,29 5,29 470,96 0,85 372,68 2,30

BOLSA DE NOVA IORQUE* AÇÚCAR

US$ cents/ LBS-peso

Var% Mensal

CACAU EM AMÊNDOAS

US$/t curta

Var% Mensal

CAFÉ EM GRÃOS

US$ cents/ LBS-peso

Var% Mensal

SUCO DE LARANJA

US$ cents/ LBS-peso

Var% Mensal

ALGODÃO

US$ cents/ LBS-peso

Var% Mensal

set 14,60 -8,12 3.181,95 -1,07 188,58 0,32 145,34 0,08 66,12 1,72 out 16,47 12,81 3.061,13 -3,80 205,05 8,73 138,41 -4,77 63,72 -3,63 nov 15,88 -3,58 2.870,63 -6,22 188,18 -8,23 136,29 -1,53 61,13 -4,06 dez/14 14,99 -5,60 2.920,36 1,73 175,60 -6,69 145,42 6,70 60,56 -0,93 jan 15,06 0,47 2.872,10 -1,65 169,24 -3,62 143,28 -1,47 59,32 -2,05 fev 14,51 -3,65 2.922,10 1,74 154,90 -8,47 133,12 -7,09 63,18 6,51 mar 12,82 -11,65 2.834,86 -2,99 136,95 -11,59 119,82 -9,99 62,53 -1,03 abr 12,94 0,94 2.828,86 -0,21 138,41 1,07 116,25 -2,98 65,03 -0,80 mai 12,06 -6,80 3.051,05 7,85 132,61 -4,19 116,20 -0,04 65,15 5,03 jun 11,75 -2,57 3.200,09 4,88 131,79 -0,62 119,06 2,46 64,55 -0,92 jul 11,88 1,11 3.276,73 2,39 125,62 -4,66 121,42 1,98 65,57 1,58 ago 10,67 -10,19 3.094,76 -5,55 127,14 1,21 128,93 6,19 65,14 -0,66 set 11,29 5,81 3.237,95 4,63 118,95 -6,44 119,42 -7,38 61,56 -5,50 out 14,15 25,33 3.129,95 -3,34 125,12 5,19 124,91 4,60 62,54 1,59 nov 14,88 5,16 3.305,95 5,62 118,14 -5,58 145,15 16,20 61,67 -1,39 dez/15 15,00 0,81 3.294,95 -0,33 121,92 3,20 145,37 0,15 63,71 3,31 jan 14,29 -4,73 2.894,63 -12,15 117,02 -4,02 130,98 -9,90 61,79 -3,01 fev 13,31 -6,86 2.846,50 -1,66 116,44 -0,50 130,70 -0,21 59,40 -3,87 mar 15,42 15,85 3.011,14 5,78 125,74 7,99 128,93 -1,35 57,48 -3,23 abr/16 15,19 -1,49 3.001,43 -0,32 122,98 -2,20 134,77 4,53 61,64 7,24 * Os valores indicados nestas tabelas se referem à média mensal dos contratos de primeiro futuro negociados nas Bolsas de Chicago e Nova Iorque. Por representarem futuros diferentes, em alguns casos, a variação mensal nem sempre indica a real posição do mercado, devendo ser utilizada apenas como referência.

Revista Suma Economica

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Atualização de Ativos assets actualization

ÍNDICE GERAL DE PREÇOS - FGV - (BASE: ABRIL 2016 = 1,00) Ano Jan

Fev Mar Abr Mai

Jun

Jul Ago

Set

Out Nov Dez

1950 - 1,408472 1,408472 1,435752 1,450254 1,435895 1,421679 1,393802 1,355839 1,320194 1,320194 1,286739 1951 1,263987 1,222424 1,212723 1,183144 1,159945 1,159945 1,159945 1,194588 1,182761 1,17105 1,159455 1,147976 1952 1,126571 1,086375 1,076685 1,076685 1,076685 1,067081 1,057563 1,038864 1,038864 1,038864 1,038864 1,004704 1953 0,99673 0,988819 0,980971 0,95798 0,95798 0,965706 0,943072 0,92822 0,894239 0,881024 0,856194 0,850243 1954 0,827084 0,80534 0,784167 0,774104 0,740769 0,731986 0,723306 0,710517 0,706279 0,686374 0,686374 0,670942 1955 0,659727 0,649338 0,649338 0,642273 0,632158 0,632158 0,632158 0,625899 0,613026 0,601006 0,592124 0,589178 1956 0,589178 0,577625 0,561346 0,553596 0,553596 0,53643 0,520301 0,513624 0,503059 0,486989 0,47932 0,473636 1957 0,471749 0,4523 0,4523 0,454117 0,45594 0,45594 0,45594 0,45594 0,452322 0,454138 0,452329 0,449185 1958 0,442547 0,436006 0,434269 0,428274 0,422361 0,4153 0,414058 0,407137 0,399154 0,387528 0,374423 0,327579 1959 0,324657 0,311871 0,291196 0,28661 0,280715 0,277113 0,274369 0,268463 0,256657 0,249666 0,244053 0,2358 1960 0,232774 0,229334 0,22374 0,220217 0,216749 0,216316 0,215026 0,211017 0,204672 0,196989 0,187609 0,181968 1961 0,178225 0,175074 0,174203 0,17062 0,162495 0,160093 0,157728 0,155244 0,14771 0,141621 0,130888 0,124774 1962 0,120438 0,114268 0,112358 0,110588 0,110038 0,105806 0,101932 0,098295 0,09488 0,093294 0,091018 0,084747 1963 0,0798 0,073413 0,069257 0,064787 0,064019 0,061145 0,058568 0,056153 0,054202 0,051425 0,048468 0,046426 1964 0,043839 0,039424 0,036914 0,03437 0,032922 0,032056 0,030705 0,02894 0,028042 0,027016 0,025877 0,024162 1965 0,022859 0,02177 0,021136 0,01994 0,019511 0,019203 0,018976 0,018459 0,01824 0,017795 0,017515 0,017273 1966 0,016984 0,015829 0,015413 0,015007 0,014347 0,013997 0,013764 0,013311 0,013063 0,012682 0,012458 0,012347 1967 0,012237 0,01171 11,502783 11,222227 10,991408 10,77589 10,669198 10,470263 10,366597 10,173304 10,082561 9,904284 1968 9,815941 9,474846 9,316466 9,089235 8,867547 8,797169 8,524389 8,456735 8,331759 8,208629 7,969543 7,914144 1969 7,85913 7,750621 7,591206 7,538437 7,486035 7,382677 7,237919 7,054502 6,922965 6,793882 6,628177 6,549582 1970 6,549582 6,45279 6,363699 6,245043 6,226364 6,128311 5,99639 5,896156 5,763593 5,650581 5,567075 5,522892 1971 5,47906 5,392775 5,313079 5,198707 5,121879 5,026378 4,91337 4,840759 4,797581 4,731342 4,675239 4,62895 1972 4,592212 4,515449 4,426911 4,357196 4,309788 4,271346 4,224873 4,166541 4,109015 4,064307 4,024067 3,99213 1973 3,964379 3,898111 3,851889 3,798707 3,746259 3,705499 3,672447 3,636086 3,600085 3,56444 3,511764 3,470122 1974 3,432366 3,335633 3,247939 3,108075 2,957255 2,857252 2,801227 2,768011 2,732489 2,686813 2,647106 2,605419 1975 2,549334 2,494456 2,438373 2,399974 2,357538 2,309048 2,259343 2,212872 2,1526 2,104203 2,056894 2,014588 1976 1,971221 1,911951 1,834885 1,769417 1,706284 1,648584 1,605242 1,546476 1,485568 1,43672 1,403046 1,376886 1977 1,345929 1,297907 1,257662 1,206969 1,159432 1,119143 1,097199 1,074632 1,060841 1,043108 1,014696 0,988983 1978 0,967694 0,943171 0,912158 0,883874 0,85481 0,828305 0,799522 0,777745 0,757298 0,738827 0,718005 0,699129 1979 0,688797 0,664862 0,641139 0,605992 0,583807 0,570682 0,551383 0,528145 0,499192 0,463502 0,440591 0,417227 1980 0,388841 0,36614 0,351382 0,329627 0,311852 0,293094 0,276764 0,255082 0,238618 0,226608 0,210602 0,195909 1981 0,184994 0,17354 0,159945 0,148925 0,141161 0,13292 0,127196 0,121024 0,113424 0,10792 0,103372 0,098169 1982 0,094575 0,08897 0,083227 0,077637 0,07366 0,069425 0,064282 0,060587 0,057265 0,055222 0,052693 0,050184 1983 0,047298 0,043393 0,040745 0,037007 0,033889 0,031761 0,028282 0,024962 0,022672 0,0201 0,01774 0,016366 1984 0,01521 0,013852 0,012335 0,011214 0,010297 0,009456 0,008659 0,00785 0,007098 0,006424 0,005705 0,005191 1985 0,004698 0,004172 0,003786 0,003359 0,003134 0,002928 0,002696 0,002476 0,002172 0,00199 0,001826 0,001588 1986 0,001403 0,001191 1,03545 1,045909 1,052011 1,048655 1,043127 1,036596 1,02299 1,01196 0,998087 0,974123 1987 0,905656 0,808332 0,70838 0,615983 0,512977 0,402082 0,319417 0,292159 0,279578 0,25882 0,232857 0,203422 1988 0,17553 0,147331 0,125228 0,105982 0,088076 0,073698 0,060993 0,050183 0,040833 0,032469 0,02545 0,019887 1989 15,429607 11,298775 10,106239 9,696094 9,219449 8,176169 6,449609 4,677697 3,427387 2,467166 1,766046 1,224125 1990 0,819416 0,476682 0,277665 0,153136 0,137548 0,126105 0,115675 0,102387 0,090664 0,081157 0,071091 0,060528 1991 0,051975 0,043336 0,035783 0,033365 0,030684 0,028804 0,026219 0,023238 0,020121 0,017317 0,01376 0,010942 1992 0,008958 0,007063 0,005659 0,004689 0,003955 0,00323 0,002661 0,002186 0,001742 0,001367 0,001094 0,000881 1993 0,000712 0,000553 0,000437 0,000342 0,000267 0,000202 0,000154 0,116932 0,08757 0,063924 0,047302 0,034537 1994 0,025354 0,017831 0,012521 0,008645 0,006069 0,004305 8,077538 6,477057 6,267715 6,172048 6,018575 5,873499 1995 5,84021 5,761849 5,696341 5,59507 5,469277 5,447487 5,308407 5,192104 5,125978 5,181943 5,170052 5,102193 1996 5,088454 4,998973 4,961267 4,950376 4,915965 4,834741 4,776468 4,724966 4,724966 4,718831 4,708473 4,695326 1997 4,654367 4,581972 4,562808 4,510487 4,484031 4,470619 4,439542 4,43555 4,437325 4,411299 4,396351 4,360162 1998 4,330283 4,292509 4,29165 4,281802 4,287376 4,277537 4,265594 4,281865 4,289156 4,290014 4,291302 4,29904 1999 4,257318 4,208916 4,029985 3,95174 3,950555 3,964033 3,924008 3,862593 3,807385 3,752228 3,682626 3,591755 2000 3,548113 3,512288 3,505627 3,499328 3,494785 3,471526 3,439538 3,363522 3,3034 3,280763 3,268669 3,255971 2001 3,231412 3,215655 3,204759 3,179325 3,1438 3,130028 3,084987 3,035807 3,008728 2,997338 2,954498 2,932213 2002 2,926945 2,921394 2,916145 2,912941 2,892692 2,860935 2,812007 2,755518 2,691988 2,622747 2,51679 2,37792 2003 2,315404 2,266227 2,230758 2,194332 2,185372 2,200112 2,215622 2,220062 2,206382 2,183456 2,173891 2,163506 2004 2,150602 2,133534 2,110738 2,091289 2,067513 2,037762 2,011809 1,989133 1,963412 1,954033 1,943731 1,927922 2005 1,917949 1,911641 1,904024 1,885359 1,875793 1,880494 1,888995 1,896581 1,911683 1,914172 1,902188 1,895931 2006 1,894605 1,881061 1,882191 1,890699 1,890321 1,883165 1,870631 1,867457 1,859831 1,855379 1,840471 1,83004 2007 1,825294 1,817479 1,813308 1,809327 1,806798 1,803912 1,799234 1,792601 1,768026 1,747579 1,73457 1,716546 2008 1,691678 1,675095 1,668753 1,657153 1,638799 1,608558 1,57872 1,561234 1,56719 1,561568 1,54473 1,54365 2009 1,550472 1,550317 1,552335 1,565485 1,564859 1,562047 1,567062 1,577156 1,575738 1,571808 1,572437 1,571337 2010 1,573068 1,557338 1,540546 1,530902 1,519958 1,496464 1,491393 1,488119 1,471928 1,455913 1,44107 1,418655 2011 1,413144 1,399429 1,386123 1,377718 1,370864 1,370727 1,372511 1,373198 1,364872 1,354712 1,349315 1,343537 2012 1,345691 1,341666 1,342605 1,335129 1,321648 1,309729 1,300754 1,281279 1,264961 1,253926 1,257825 1,254689 2013 1,246462 1,241867 1,239388 1,235558 1,2363 1,232356 1,223061 1,221351 1,215759 1,199446 1,191937 1,188609 2014 1,180464 1,175761 1,165851 1,148848 1,143701 1,148871 1,156155 1,162549 1,161852 1,16162 1,154806 1,14179 2015 1,137467 1,129897 1,12394 1,110503 1,10038 1,095996 1,088593 1,082316 1,078004 1,062910 1,044527 1,032243 2016 1,027721 1,012234 1,0043 1,000000

36

Revista Suma Economica


Briefings

Volume do setor de serviços De acordo com o IBGE, o volume do setor de serviços apresentou queda de 4,0% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2015, mantendo a trajetória de queda. No ano, retração de 4,5%. Em 12 meses o resultado apontou uma queda de 3,7%. Em receita, houve alta de 1,9% frente ao mês de fevereiro de 2015, com o resultado acumulado em 12 meses fechando em alta de 1,2%. No bimestre, alta de 0,9%. O destaque no volume de serviços ficou para Serviços de Transporte Aéreo com alta de 14,2% no segundo mês do ano, seguido por Transporte Aquaviário, com crescimento de 11,7%. Pelo lado negativo, queda de 10,4% em Serviços Audiovisuais. Em receita, o melhor resultado ficou para Outros Serviços Prestados às Famílias, com elevação de 16,6%. Por estado, os destaques foram Rondônia, com alta de 16,5% no volume de serviços, seguido por Roraima, com crescimento de 9,8%. Pelo lado negativo a maior queda foi apresentada pelo Paraná: - 6,9%.

Comportamento da Demanda por crédito por parte das empresas De acordo com o Serasa Experian, a demanda das empresas por crédito caiu 5,0% em março na comparação com o mesmo mês de 2015. Frente a fevereiro de 2016, houve alta de 15,3%. O resultado acumulado no primeiro trimestre aponta uma queda de 9,3%. Por porte de empresa, todas apresentaram queda em março na comparação com o mesmo mês de 2015, com retrações de dois dígitos em Médias e em Grandes Empresas. Frente ao mês de fevereiro, a categoria Grandes Empresas apresentou estabilidade, com Micro e Pequenas Empresas tendo uma alta de 16,9%. Crescimento também em Médias Empresas: 1,9%. O resultado acumulado do ano aponta queda nas três modalidades, mas uma queda menos significativa do que era apresentada pelo primeiro bimestre. Na análise por setor, houve retração generalizada na procura por crédito frente ao mês de março de 2015. Na comparação com fevereiro, alta de dois dígitos em todas as pesquisadas. O resultado nos três primeiros meses do ano aponta retração em todos os setores, sendo a da indústria a mais significativa. Na pesquisa por região, frente ao mês de março do ano passado, alta no Sul e no Norte. Na comparação com fevereiro, elevação de dois dígitos em todas as pesquisadas. O resultado do primeiro trimestre aponta para uma retração também de dois dígitos apenas no Centro -Oeste e no Sudeste. No Norte, no Sul e no Nordeste, retração de um dígito.

Venda de fertilizantes De acordo com a Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda), as vendas internas de fertilizantes atingiram 1,73 milhão de toneladas em março, queda de 1,9% frente ao resultado do mesmo mês do ano passado. No trimestre, houve um aumento de 6,8%, com 5,97 milhões de toneladas comercializadas. Para a Anda, o resultado de melhora entre janeiro e março foi impulsionado pela maior demanda para as culturas do milho safrinha e do café, sobretudo para fertilizantes potássicos e nitrogenados. O principal mercado comprador no trimestre foi Mato Grosso (1,19 milhão de toneladas) seguido de Minas Gerais e Paraná. Para a produção, a Anda apontou uma retração de 2,07% entre janeiro e março, com 2,05 milhões de toneladas. As importações no período chegaram a 4,19 milhões de toneladas, alta de 7,8%. As exportações caíram 37,7% e ficaram em 66,49 mil toneladas no primeiro trimestre.

Revista Suma Economica

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Estatística statistics

PRINCIPAIS HAVERES FINANCEIROS Período

Base Monetária

fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez/14 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez/15 jan fev mar/16

224 671 228 014 222 463 214 772 222 859 223 595 231 345 238 409 231 028 241 626 263 529 238 525 238 816 240 656 235 030 239 513 231 959 225 063 231 716 228 447 239 621 242 847 263 529 240 329 252 560 242 530

MI 315 426 309 269 308 576 303 211 305 351 301 817 306 376 311 515 312 267 326 195 351 148 321 241 318 574 314 336 305 619 304 345 304 256 298 414 296 482 294 545 297 518 310 146 333 679 308 020 305 167 299 190

Depósitos de poupança 608 080 612 885 615 952 620 301 626 947 634 329 638 452 643 389 647 479 653 702 662 700 663 691 661 401 660 047 650 496 650 375 650 618 648 915 650 622 646 606 645 788 647 105 656 557 658 776 649 485 647 264

Títulos privados (I)

M2

1 014 996 1 030 085 1 051 902 1 055 886 1 074 788 1 088 528 1 094 799 1 102 330 1 112 184 1 120 462 1 126 150 1 132 365 1 147 414 1 151 727 1 176 805 1 178 673 1 195 374 1 200 893 1 212 645 1 255 047 1 237 289 1 256 603 1 281 239 1 285 684 1 291 213 1 302 830

Cotas de fundos de renda fixa (2)

1 938 502 1 758 512 1 952 238 1 786 095 1 976 431 1 791 581 1 979 397 1 825 335 2 007 086 1 851 774 2 024 675 1 875 145 2 039 627 1 920 431 2 057 233 1 939 173 2 071 931 1 961 961 2 100 358 1 975 885 2 139 998 1 976 698 2 117 296 2 002 400 2 127 390 2 033 518 2 126 110 2 068 976 2 132 920 2 094 130 2 133 393 2 142 503 2 150 249 2 160 769 2 148 222 2 187 229 2 159 749 2 196 010 2 166 198 2 209 992 2 180 596 2 256 980 2 213 853 2 255 440 2 271 475 2 278 165 2 252 480 2 298 403 2 245 866 2 340 611 2 249 284 2 399 966

Operações compromissadas com títulos federais (3)

134 133 119 400 140 597 140 806 127 756 151 678 189 669 193 070 192 267 198 785 193 889 205 757 182 982 174 323 174 911 184 152 165 162 159 489 161 530 163 270 176 798 180 555 195 771 204 565 216 718 218 686

M3 3 831 148 3 857 733 3 908 609 3 945 538 3 986 136 4 051 498 4 149 727 4 189 477 4 226 159 4 275 028 4 310 585 4 325 452 4 343 800 4 369 409 4 401 961 4 460 048 4 476 180 4 494 940 4 517 288 4 539 460 4 614 373 4 649 848 4 745 411 4 755 448 4 803 195 4 867 936

Títulos federais (Selic)

Títulos estaduais e municipais

M4

630 836 645 569 624 371 624 163 728 577 679 183 683 370 673 809 706 960 735 140 707 957 740 144 714 144 770 412 760 439 774 030 806 376 833 099 776 947 778 651 765 883 780 218 813 947 844 363 818 660 835 803

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

4 461 983 4 503 302 4 532 981 4 569 701 4 714 713 4 730 681 4 833 098 4 863 285 4 933 118 5 010 168 5 018 541 5 065 597 5 057 944 5 139 821 5 162 400 5 234 078 5 282 556 5 328 039 5 294 235 5 318 111 5 380 256 5 430 066 5 559 357 5 599 811 5 621 855 5 703 739

Fonte: Banco Central do Brasil * Dados preliminares. (1) Inclui depósito a prazo, letras de câmbio, letras hipotecárias e letras imobiliárias. (2) Exclui lastro em títulos emitidos primariamente por instituição financeira. (3) As aplicações do setor não-financeiro em operações compromissadas estão incluídas no M3 a partir de agosto de 1999, quando eliminou-se o prazo mínimo de 30 dias, exigido em tais operações desde outubro de 1991.

REMUNERAÇÃO DO CAPITAL NOMINAL

out

nov

dez jan 15

fev

REAL*

mar

abr no 16 ano

Bolsa (SP) 1,80 -1,63 -3,93 -6,79 5,48 16,97 7,70 24,36 CDB (Pré 30 dias) (I) 1,05 1,10 1,05 1,05 1,06 0,99 0,98 4,14 Poupança (2) 0,72 0,63 2,60 0,68 0,63 0,73 0,63 0,60 Overnight (3) 1,16 1,06 4,35 1,11 1,06 1,16 1,06 1,00 Ouro (Spot-BM&F) -0,53 -5,88 2,65 4,80 11,48 -9,35 -0,35 5,54 US$ Comercial -2,65 0,63 1,82 1,68 -0,48 -10,12 -4,43 -13,08 US$ Paralelo -3,10 -0,24 2,46 3,12 -3,50 -9,42 -5,33 -15,13 TR (4) 0,22 0,13 0,68 0,18 0,13 0,22 0,13 0,10 IGP-M (FGV) 0,51 0,33 3,30 1,89 1,52 0,49 1,14 1,29 Fonte: Bovespa, BVRJ, Bacen, BM&F, Anbid, FGV e Centro de Informações da Gazeta Mercantil. (1) Taxa líquida realizada no primeiro dia útil do mês. (2) Rendimento para cadernetas com aniversário no dia 1o do mês subsequente. (3) Taxa efetiva. (4) Taxa no período entre o dia 1o do mês ao primeiro dia do mês seguinte. (*) Em relação ao IGP-M (FGV).

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Revista Suma Economica

out -0,09 -0,84 -1,21 -0,78 -2,42 -4,54 -4,99 -1,71 -

nov

dez 15

jan fev mar

abr 16

no ano

-3,15 -4,42 -7,93 4,19 16,46 7,37 21,06 -0,42 0,56 -0,09 -0,23 0,48 0,65 0,84 -0,89 0,24 -0,51 -0,69 0,21 0,30 -0,70 -0,46 0,67 -0,08 -0,29 0,65 0,73 1,05 -7,40 2,16 3,66 10,19 -9,86 -0,68 2,24 -0,89 1,33 0,54 -1,77 -10,63 -4,76 -16,38 -1,76 1,97 1,98 -4,79 -9,93 -5,66 -18,43 -1,39 -0,27 -1,01 -1,19 -0,29 -0,20 -2,62 -


Estatística statistics

TAXAS DE CÂMBIO DIVERSAS - (ABRIL/16) Dólar EUA

Data 1 4 5 6 7 8 11 12 13 14 15 18 19 20 22 25 26 27 28 29

Euro

3,5799 3,5871 3,6581 3,6749 3,6921 3,6385 3,5284 3,5406 3,5429 3,5126 3,5276 3,5904 3,5538 3,5503 3,5829 3,5472 3,5301 3,5295 3,4992 3,4508

Iene Japonês

Libra Esterlina

TAXAS DE CÂMBIO

Franco Suiço

4,0764 0,03195 5,0852 3,7345 4,0843 0,03226 5,1224 3,7381 4,1644 0,03324 5,1795 3,8249 4,2 0,03352 5,2044 3,8525 4,2046 0,03419 5,2003 3,8665 4,1501 0,03358 5,1325 3,8163 4,027 0,03269 5,0241 3,7009 4,0352 0,03262 5,0436 3,7102 3,9975 0,03244 5,0398 3,6718 3,9566 0,03217 4,9707 3,634 3,9844 0,03243 5,0152 3,648 4,0658 0,03298 5,1257 3,7264 4,0424 0,03256 5,1168 3,7042 4,0221 0,03242 5,1036 3,6722 4,0272 0,03214 5,1554 3,6657 3,9991 0,03193 5,141 3,6415 3,9957 0,03174 5,1585 3,6344 3,9965 0,03172 5,1368 3,6349 3,9628 0,03224 5,1032 3,6123 3,9484 0,03228 5,0464 3,5953

* Taxa de venda no mercado comercial (valores das moedas estrangeiras em reais).

TAXAS DE CÂMBIO DIVERSAS - (MÉDIA MENSAL) Euro

Iene Japonês

abr 2,23277

3,083785

0,0217935

3,73857

2,52974

mai 2,220882

3,049057

0,0218280

3,740119

2,4989047

Período

Dólar EUA

Libra Esterlina

jun 2,23547 3,038875 0,021901 3,778175

Franco Suiço

2,4954

jul

2,22464 3,011269 0,021864 3,797382 2,478543

ago

2,268028

set 2,332868

3,020176

0,0220347

3,787861

3,008827 0,0217404 3,803759

libor e prime

2,4933285 2,4916

out 2,448260 3,103778 0,0226726 3,935104 2,5696826 nov 2,548365 3,17785 0,0219185 4,020665

2,642765

dez/14 2,639363 3,252540 0,0221104 4,127359 2,7050590 jan 2,634228 3,061585 0,0222871 3,991290 2,8134428 fev 2,81645 3,194677 0,023715 4,317872 3,0085222 mar 3,139477 3,39541 0,026076 4,694031 3,2051863 abr 3,04322 3,291465 0,025459 4,555045

3,16928

mai 3,061715

3,41516

0,0253315

4,73656

3,285

jun 3,111738

3,492157

0,02516

4,849604

3,3389761

jul 3,223143

3,546195

0,0261469

5,015960

3,3780521

ago 3,514304

3,914180

0,0285828

5,474319

3,6301857

set 3,906457

4,386543

0,0325176

5,991552

4,0172476

out 3,880138

4,357085

0,03233

5,952823

4,0070095

nov 3,77646

4,044915

0,030776

5,73408

3,736225

dez/15 3,87113 4,215818 0,031823 5,803886 3,8929909 jan 4,05235

4,40097

0,0342925

5,83418

4,02339

fev 3,973742

4,403415

0,0346947

5,675857

4,0001210

mar 3,703918

4,121318

0,032807

5,2770

3,7733090

abr/16 3,565845 4,047025 0,032555 5,105255

3,70423

Revista Suma Economica

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Estatística statistics

R$/US$ NO FINAL DO MÊS (ÚLTIMO DIA ÚTIL) ano jan

fev

mar

abr

mai

jun

jul

ago

set

out

nov dez

1993 15.720,00 19.858,00 25.121,00 32.268,00 41.700,00 54.336,00 71.153,00 94.652 128.070 174.000 235.980 326.105 1994 458,66 637,45 913,34 1.302,28 1.875,20 2.750,00 0,94 0,889 0,853 0,846 0,845 0,846 1995 0,842 0,851 0,896 0,913 0,906 0,922 0,936 0,951 0,954 0,962 0,967 0,973 1996 0,979 0,984 0,988 0,993 0,998 1,004 1,011 1,017 1,022 1,028 1,033 1,039 1997 1,046 1,052 1,059 1,064 1,072 1,077 1,083 1,092 1,096 1,103 1,11 1,116 1998 1,124 1,13 1,137 1,144 1,15 1,157 1,163 1,177 1,186 1,193 1,201 1,209 1999 1,983 2,065 1,722 1,661 1,724 1,769 1,789 1,916 1,922 1,953 1,923 1,789 2000 1,802 1,769 1,747 1,807 1,827 1,8 1,775 1,823 1,844 1,909 1,96 1,955 2001 1,971 2,045 2,162 2,185 2,36 2,305 2,431 2,552 2,671 2,707 2,529 2,32 2002 2,418 2,348 2,324 2,363 2,522 2,844 3,428 3,022 3,895 3,645 3,637 3,533 2003 3,526 3,563 3,353 2,89 2,966 2,872 2,965 2,966 2,923 2,856 2,949 2,889 2004 2,941 2,914 2,909 2,945 3,129 3,107 3,027 2,934 2,857 2,856 2,731 2,654 2005 2,693 2,595 2,666 2,531 2,404 2,35 2,39 2,364 2,222 2,254 2,207 2,341 2006 2,216 2,135 2,172 2,089 2,3 2,164 2,176 2,139 2,174 2,143 2,169 2,138 2007 2,125 2,118 2,05 2,034 1,929 1,926 1,878 1,962 1,839 1,744 1,784 1,771 2008 1,76 1,683 1,749 1,687 1,629 1,592 1,567 1,634 1,914 2,115 2,333 2,337 2009 2,316 2,378 2,315 2,178 1,973 1,952 1,873 1,886 1,778 1,744 1,75 1,741 2010 1,874 1,811 1,781 1,731 1,817 1,801 1,757 1,756 1,694 1,701 1,716 1,666 2011 1,673 1,661 1,629 1,573 1,58 1,561 1,556 1,587 1,854 1,688 1,811 1,876 2012 1,739 1,709 1,822 1,892 2,022 2,021 2,050 2,037 2,031 2,031 2,107 2,043 2013 1,988 1,975 2,014 2,002 2,132 2,216 2,290 2,372 2,230 2,203 2,325 2,343 2014 2,426 2,333 2,263 2,236 2,239 2,202 2,267 2,240 2,451 2,444 2,560 2,656 2015 2,662 2,878 3,208 2,994 3,179 3,103 3,394 3,647 3,973 3,859 3,851 3,905 2016 4,043 3,980 3,559 3,451

REAL/DÓLAR (MÉDIA MENSAL) ano jan

fev

mar

abr

mai

jun

jul

ago

set

out

nov dez

1993 14.059,14 17.868,59 22.469,25 28.728,94 37.040,31 48.106,46 62.773,24 82,74 111,189 151,225 205,801 279,3852 1994 390,823 550,807 768,12 1.109,56 1.585,48 2.296,26 0,933 0,899 0,865 0,846 0,842 0,85 1995 0,847 0,841 0,889 0,912 0,897 0,914 0,929 0,942 0,953 0,96 0,963 0,968 1996 0,975 0,981 0,986 0,99 0,995 1,001 1,007 1,013 1,019 1,025 1 1,037 1997 1,043 1,049 1,057 1,061 1,068 1,075 1,081 1,088 1,094 1,1 1,107 1,114 1998 1,12 1,127 1,133 1,141 1,148 1,155 1,161 1,172 1,181 1,188 1,194 1,206 1999 1,502 1,914 1,897 1,694 1,684 1,765 1,8 1,881 1,898 1,97 1,93 1,843 2000 1,804 1,775 1,742 1,768 1,828 1,808 1,798 1,809 1,839 1,88 1,948 1,963 2001 1,955 2,002 2,089 2,192 2,297 2,376 2,466 2,511 2,672 2,74 2,543 2,363 2002 2,378 2,42 2,347 2,32 2,48 2,714 2,935 3,11 3,342 3,806 3,576 3,626 2003 3,438 3,591 3,447 3,119 2,956 2,883 2,88 3,002 2,923 2,861 2,914 2,925 2004 2,852 2,93 2,905 2,906 3,1 3,129 3,037 3,003 2,891 2,853 2,786 2,718 2005 2,625 2,598 2,705 2,579 2,453 2,413 2,373 2,368 2,294 2,256 2,211 2,285 2006 2,274 2,162 2,152 2,129 2,178 2,248 2,189 2,156 2,169 2,148 2,158 2,15 2007 2,138 2,096 2,089 2,032 1,982 1,932 1,883 1,966 1,899 1,801 1,77 1,786 2008 1,774 1,728 1,707 1,689 1,66 1,619 1,591 1,612 1,799 2,173 2,266 2,394 2009 2,307 2,313 2,314 2,206 2,061 1,957 1,933 1,845 1,82 1,738 1,726 1,75 2010 1,78 1,841 1,786 1,756 1,813 1,806 1,77 1,759 1,719 1,683 1,713 1,693 2011 1,675 1,668 1,659 1,586 1,613 1,587 1,564 1,597 1,75 1,772 1,79 1,837 2012 1,79 1,718 1,795 1,855 1,986 2,049 2,029 2,029 2,028 2,030 2,068 2,078 2013 2,031 1,973 1,983 2,002 2,035 2,173 2,252 2,342 2,270 2,189 2,295 2,345 2014 2,382 2,384 2,326 2,233 2,221 2,235 2,225 2,268 2,333 2,448 2,548 2,639 2015 2,634 2,816 3,139 3,043 3,062 3,112 3,223 3,514 3,906 3,880 3,776 3,871 2016 4,052 3,974 3,704 3,566 - Até fevereiro de 1986 a moeda foi o cruzeiro (CR$). - Em março de 1986 a moeda possou a se chamar cruzado (Cz$), após o corte de 3 zeros. - Em janeiro de 1989 a moeda passou a se chamar cruzado novo (NCz$). - Em março de 1990 a moeda volta a ser o cruzeiro, sem o corte de zeros. - Em agosto de 1993 a moeda passa a se chamar cruzeiro real (CR$) com o corte de 3 zeros. - Em julho de 1994 a moeda passa a se chamar real após atingir CR$ 2.750 em junho de 1994.

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Estatística statistics

RESUMO ECONÔMICO 2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

5,1

-0,1

7,5

3,9

1,9

3,0

0,1

-3,8

9,81 5,91

-1,72 4,31

11,32 5,91

5,10 6,50

7,82 5,84

5,51 5,91

3,69 6,41

10,54 10,67

197.953 173.148 24.805

152.252 127.637 64.615

201.915 181.768 20.147

256.040 226.247 29.793

242.578 223.183 19.395

242.034 239.748 2.286

225.101 229.145 -4.044

188.676 171.461 923

Produção Industrial variação anual (em %)

3,1

-7,1

10,2

0,4

-2,3

2,1

-3,0

-8,3

Vendas do Varejo variação anual (em %)

9,1

5,9

10,9

6,7

8,4

4,3

2,2

-4,3

Taxa de Desemprego média anual (em %)

7,9

8,0

6,7

6,0

5,5

5,4

4,8

6,9

Dólar Final última cotação do ano - PTAX (em R$)

2,337

1,741

1,666

1,876

2,043

2,343

2,656

3,905

Dólar média anual - PTAX (em R$)

1,836

1,998

1,760

1,675

1,955

2,158

2,354

3,331

Meios de Pagamento Ampliados - M4 (em R$ bilhões)

2.242

2.604

3.038

3.550

4.103

4.459

4.993

5.559

37.550,31

68.588,41

69.304,81

56.754,08

60.952,08

51.507,16

50.007,41

43.349,96

Desempenho primário do Governo Central (em R$ milhões)

71.401

39.436

78.773

93.525

88.263

76.994

1.063

-60.727

Investimento Direto no País (em US$ milhões)

43.886

30.443

88.452

101.158

86.607

69.181

96.895

75.075

Mercado de Commodities Bolsa de Chicago - Média anual Trigo (US$ cents/bushel) Milho (US$ cents/bushel) Soja (US$ cents/bushel) Farelo de Soja (US$ /ton curta) Óleo de Soja (US$ cents/libra)

803,35 527,77 1.234,12 333,06 51,71

535,55 375,22 1.019,28 326,06 35,92

585,87 428,79 1.049,22 298,55 42,00

713,66 676,83 1.318,64 344,57 55,22

752,81 691,33 1.461,56 427,98 52,34

686,00 571,94 1.390,88 426,08 45,93

588,78 416,60 1.234,01 414,77 36,89

508,39 379,12 947,83 319,72 30,71

Mercado de Commodities Bolsa de Nova York - Média Anual Açúcar (US$ cents/LBS-peso) Cacau (US$ cents/ton. curta) Café (US$ cents/LBS-peso) Suco de Laranja (US$ cents/LBS-peso) Algodão (US$ cents/LBS-peso)

12,10 2.545,79 132,97 106,54 64,50

17,79 2.789,83 126,06 93,11 57,27

22,33 2.937,34 163,89 144,10 93,21

27,02 2.926,41 252,21 174,45 136,60

21,58 2.342,56 175,55 139,11 79,99

17,40 2.401,46 126,32 134,28 83,48

16,26 3.003,56 177,89 148,08 76,29

13,08 3.087,45 133,40 127,74 63,08

PIB (em %) Inflação anual (em %) IGP-M (FGV) IPCA (IBGE) Balança Comercial (em US$ milhões) Exportações Importações Saldo Comercial

Ibovespa fechamento anual (pontuação)

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