Revista TRYNA n.02

revista

Ano I, Num. 2 Agosto, 2015

Compartilhando conhecimento que transforma

Consciência Ecológica ∆ Nutrição ∆ Projetos Sociais Espiritualidade (Universalista) ∆ Receitas Poesia ∆ Práticas Integrativas e Complementares

& editor Tiago Nogueira Nascimento publishere

editor de texto

Daniela Yamazaki Ono & Frederico Floeter diretor de arte

designer

agradecimentos

Deus, Elisabeth Nogueira, Daniela Yamazaki Ono, Mauro Lemes, Yuki Yamazaki, Seiiti Ono, Renan Albertini, Frederico Floeter, André Luiz Fronza, Paula Lumi, Nathalia Soares, Raquel Rivello, Amarantha Ribas, Eliete M.M. Fagundes, J.Gonçalves Machado, Léia Fortes Salles, Mestre I Ming, Olga Corte Bacaycoa, Roberta Mattos.

jornalista responsável

Renan Albertini | MTB 55.391/SP colaboradores

Amarantha Ribas, André Luiz Fronza, Daniela Yamazaki Ono, Eliete M.M. Fagundes, Frederico Floeter, J.Gonçalves Machado, Léia Fortes Salles, Mestre I Ming, Olga Corte Bacaycoa, Renan Albertini, Tiago Nogueira.

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O conteúdo desta revista é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.

Caro Leitor Inspire lentamente, prenda o ar nos como será explicado pela pesquisadopulmões por alguns segundos, e expi- ra Léia Salles em uma matéria comre lentamente... pleta sobre Florais, reforçando que ...mantenha a respiração tranquila para o segredo é tratar a pessoa como um colocar em prática o Zazen, estilo de todo e não apenas a doença. meditação praticado pela Monja Coen, Em nossa sessão sobre Nutrição, a que tem uma história inspiradora de médica nutróloga Amarantha Ribas transformação pessoal e de encontro traz uma matéria fantástica sobre o com o seu Eu Maior.

“Coco: Fruto Sagrado”. E para acabar Já o Budismo será contado por Olga com os mitos, 21 perguntas sobre hoBacaycoa, da Sociedade Budista do meopatia são respondidas pela ProBrasil - a filosofia milenar tem como fessora Eliete M.M. Fagundes. princípios fazer o Bem e purificar a Mente. Mantendo as raízes no Oriente, Com Amor, esta edição da TRYNA traz ainda uma Equipe TRYNA matéria com Mestre I Ming, especia- Boa leitura! lista em Feng Shui, que revela as dicas de como trazer mais harmonia aos perguntas@revistatryna.com.br ambientes. revistratryna.com.br E é a harmonia da alma e da persofacebook.combr/revistatryna nalidade que nos mantém saudáveis,

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COLABORADORES

Drª Amarantha Ribas — Médica, especialista em Nutrologia, pós-graduada em Anatomia Patológica e Nutrologia com Licenciatura plena em Ciências Biólogicas, Naturologista www.nutrocoaching.com.br

Eliete M. M. Fagundes — Fundadora, professora e coordenadora dos Cursos de Extensão e Pós Graduação em Ciência da Homeopatia, Instituto Tecnológico Hahnemann / Homeobrás. homeopatias.com

Frederico Floeter — Designer gráfico, artista e produtor cultural com foco em criação editorial, educação e projetos sociais. É adepto de terapias integrativas. É o responsável pelo design da TRYNA. fredericofloeter.org

Léia Fortes Salles — Enfermeira de formação é Doutora em Ciências da Saúde e especialista em Medicina Integrativa, Iridologia e Terapia Floral.

Olga Corte Bacaycoa — Professora de yoga formada em Yogic Studies pela Bihar Yoga Bharati (India). Diplomada em Profª de Yoga pela The International Sivananda Yoga Vedanta Centre (Canadá) e pelo Instituto Sivananda DLS (São Paulo).

Mestre I Ming — Engenheiro Civil, é aprendiz de Feng Shui desde os 15 anos de idade (atualmente tem 72 anos).

Atualmente é consultor e Professor de Feng Shui e escritor. www.sociedadefengshui.com

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SUMÁRIO 6

Budismo: origem, essência e principais escolas

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Terapia floral

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O Feng Shui deseja Boa Sorte a você!

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Coco: fruto sagrado

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21 perguntas que você gostaria de fazer sobre homeopatia para a professora Eliete M. M. Fagundes

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Monja Coen: o poder da meditação

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Receitas

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Dicas / Agenda

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Produzir sem degradar: o meio ambiente agradece!

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Um pouco de poesia 7

ESPIRITUALIDADE

Budismo: origem, essĂŞncia e principais escolas

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Por Olga Corte Bacaycoa

“Evitar todo o mal, cultivar o bem e purificar a mente – este é o ensinamento dos Buddhas.”

(Dhammapada, v.183)

H

á 2.500 anos surgia na Índia isto ele foi chamado “mestre de devas um mestre perfeitamente e humanos”. iluminado1. Seu nome: SiBuda, Dhamma e Sangha constidarta Gautama, que ficou conheci- tuem as chamadas Três Joias do Budo simplesmente como O Buda. Sua dismo ou os Três Refúgios. mensagem foi a de todos os outros O Buda foi um ser humano como Budas: não fazer o mal, fazer o bem qualquer um de nós. É dito, no entane purificar a mente. to, que no decorrer de muitas e muitas Durante os 45 anos que se segui- vidas, enquanto era um ser não ilumiram à sua iluminação, até sua morte, nado, ele desenvolveu os paramis ou o Buda percorreu a pé uma grande paramitas, que são as virtudes que extensão da Índia, ensinando inces- criaram o campo mental apropriado santemente o Dhamma a monges e para a iluminação. monjas, a religiosos de outras seitas Ele nasceu em Kapilavastu, cacomo brâmanes, jainistas e ascetas pital de uma pequena república aos em geral; a reis e a homens comuns: pés dos Himalaias. Sua família era comerciantes, pescadores e chefes de abastada e influente, e seu destino família. Muitas dessas pessoas vieram teria sido ocupar o governo de sua a se tornar seus discípulos, quer como terra natal se não tivesse abandonaparte da Sangha, quer como leigos. do tudo para tornar-se um samana.

Ele ensinou não apenas àqueles Os samanas eram buscadores espirique buscavam a iluminação que ele tuais, desvinculados dos benefícios e próprio tinha alcançado, como tam- obrigações da vida mundana e também àqueles que desejavam simples- bém do bramanismo, a religião então mente ser mais felizes nesta e em vi- dominante. das futuras. O Buda também ensinou Como parte das Três Joias, o teros devas, seres celestiais que o procu- mo “Buda” representa também o Buda ravam em horas tardias da noite, por potencial que trazemos dentro de nós.

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1 “Perfeitamente iluminado” – usa-se esta expressão para diferenciar o Buda como alguém que redescobriu por si só a lei do Dhamma que estava perdida ou esquecida pelo mundo e ensinou-a a todos de forma clara.

2 A única coisa não condicionada é o nibana ou nirvana 3 Nibanaou Nirvana

Dhamma pode ser entendido como aquilo que o Buda realizou em sua iluminação; a lei natural do mundo que governa tanto as coisas materiais como as mentais e espirituais.

O termo Sangha às vezes é utilizado de forma genérica, porém como terceiro termo da joia tríplice, refere-se à arya-sangha ou comunidade dos que estão trilhando o caminho da iluminação: monges e monjas e também leigos nesta situação.

O que o Buda ensinou?

Buda disse que: (1) todas as coisas são condicionadas, ou seja, frutos de causas e circunstâncias2; (2) todas as coisas são impermanentes, pois causas e circunstâncias também mudam a todo momento; (3) por serem impermanentes as coisas são desprovidas de uma essência, de alguma característica eterna e imutável; (4) a vida é insatisfatória e a causa da nossa insatisfatoriedade tem três raízes: cobiça, raiva e ignorância; (5) nossos pensamentos, palavras e atos geram consequências nesta e em vidas futuras: essa é a lei de retribuição kármica;o sofrimento, tanto quanto a liberação, estão na mente; (6) é a mente que deve ser cultivada, purificada, pela meditação e iluminada pela sabedoria; (7) a liberação da mente e saída do sansara - “roda” de nascimentos, velhice e morte em vidas sucessivas que é mantida pelos nossos karmas – é possível, isto equivale ao Nibana ou Iluminação3.

Principais escolas ou ramos do Budismo e suas práticas Devido às diferentes interpretações dos ensinamentos e influências culturais dos países por onde o Budismo se espalhou, desenvolveram-se três principais ramos ou linhas do Budismo: a Theravada, a Mahayana e a Vajrayana. Esta última às vezes é considerada como parte da Mahayana. As crenças e as práticas não são tão diferentes, mas a disciplina monástica varia bastante em cada uma das escolas.

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THERAVADA Esta escola tem como base o Cânone Pali, compilação dos ensinamentos budistas tradicionais constituído pelo Tipitaka4 e coloca ênfase na tomada dos cinco preceitos e na prática do Nobre Caminho Óctuplo.

Os preceitos são considerados treinamentos e os Cinco Preceitos são o treinamento mínimo para um budista leigo: abster-se de matar, abster-se de tomar o que não é dado, abster-se de conduta sexual incorreta, abster-se de mentir, abster-se do uso de intoxicantes que levam à desatenção.

O Nobre Óctuplo Caminho é um conjunto de oito práticas que atuam simultaneamente criando um campo mental propício à iluminação. Está dividido em três partes e cada uma das partes dá sustentação às demais: A primeira é chamada de sila, compreendendo os aspectos morais e éticos: palavra correta ou hábil, a ação e modo de vida corretos ou hábeis. A segunda parte refere-se a samadhi ou meditação, compreendendo o esforço correto, plena atenção e concentração corretos ou hábeis. A terceira parte a ser cultivada tem a ver com a sabedoria: a compreensão ou ponto de vista corretos e o pensamento ou intenção corretos que nos direcionam no caminho.

Meditação: Algumas das meditações praticadas na linha Theravada, como Vipassana e Shamatha são também praticadas em outras escolas, especialmente do Budismo Tibetano. A meditação Vipassana pode também ser feita em pé ou caminhando.

Levar o que absorvemos na meditação formal para a vida diária é objetivo de todas as correntes do Budismo.

No Budismo Theravada utilizamos também a Meditação de Metta ou de Bondade Amorosa, em que formulamos o desejo de que todas as pessoas estejam bem felizes e em paz. Essas pessoas são divididas em categorias – o próprio indivíduo, família, amigos, pessoas desconhecidas, inimigos etc. Ao final irradiamos o sentimento de bondade amorosa para todos os seres e em todas as direções.

O ideal é que essas técnicas de meditação sejam aprendidas com alguém de mais experiência, pois facilmente o iniciante poderá enganar-se.

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4 Tipitaka ou 3 cestos: VinayWa Pitaka, as regras da comunidade monástica; o Sutta Pitaka, coleção dos discursos do Buda e de alguns de seus discípulos mais próximos e Abhidhamma Pitaka, coleção de textos doutrinários sobre o Sutta Pitaka.

A escola Mahayana coloca ênfase na figura do Bodhisattva.

Essa palavra originalmente era utilizada para designar o Buda antes de sua iluminação, porém, no budismo Mahayana designa qualquer budista sério que busca a iluminação praticando as paramitas ou perfeições, mas que renuncia a entrar em nibbana (ou nirvana) até que todos os seres sejam salvos. Suas principais motivações são a compaixão e a sabedoria. Nesta escola, originalmente foram consideradas seis paramitas ou perfeições: generosidade; disciplina moral, tolerância ou paciência, esforço ou energia, meditação e sabedoria. Mais tarde foram aceitas no cânone mais quatro paramitas: meios hábeis ou compassivos, aspiração, manifestação de poder espiritual e conhecimento.

Existem vários sub-ramos da escola Mahayana, mas uma das que tem mais evidencia é o Budismo Zen, levado da Índia para a China e desta para o Japão. Recebeu influências do Taoísmo e da cultura japonesa tradicional.

A principal prática do Zen é o Zazen. O Zazen não é uma meditação em sentido estrito, pois nele não há um “objeto de meditação”. Fazer zazen é permanecer num estado livre de pensamentos, porém alerta e atento, em que a mente, entretanto, não é dirigida para nenhum objeto e não se apega a nenhum conteúdo (shikantaza)7.

VAJRAYANA A escola Vajrayana contém elementos do Mahayana, porém incorporou práticas do Tantra que influenciou tanto o Yoga como o Budismo. Também dá uma grande ênfase ao Caminho do Bodhisattva ou aperfeiçoamento dos paramitas, que é um tema bem frequente de palestras e estudos8.

Essa escola se desenvolveu principalmente no Tibete, combinando elementos da cultura local com o Tantra e o Budismo original. Além do ideal do Bodhisattva, pratica também meditação em diversas formas, como o Vipassana, o Samatha ou Shamata, visualizações e canto de mantras.

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MAHAYANA

O que o Budismo nos ensina Todas as qualidades saudáveis para a mente e para a personalidade em geral como generosidade, plena atenção, energia, esforço, paciência e aceitação da morte são acolhidas e estimuladas pelo Budismo.

Os leigos, de maneira geral tomam os três refúgios, cumprem os cinco preceitos, estudam e meditam.

As práticas budistas em qualquer de suas modalidades criam harmonia no meio em que vivemos protegendo-nos, ao mesmo tempo, de pensamentos e ações que trazem consequências kármicas desagradáveis nesta e em vidas futuras.

Por fim, gostaria de destacar a prática da meditação como uma ferramenta característica do budismo: é ela que nos permite realizar, por nós mesmos, as verdades ensinadas pelo Buda.

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TERAPIAS INTEGRATIVAS

Terapia floral

foto: shutterstock foto: shutterstock

Por LĂŠia Fortes Salles

A

saúde é o resultado do equilíbrio físico e psicológico, do bem-estar social e econômico, além da harmonia interior. Esse equilíbrio só ocorre com a observância das leis naturais.

A terapia floral é a utilização das essências das flores para cuidar de aspectos mentais, emocionais e comportamentais das pessoas. Pode ser usada no nosso cotidiano, de forma preventiva ou curativa, promovendo melhora na nossa qualidade de vida.

Sua proposta básica é respeitar a personalidade do ser humano, restaurando-a ao seu estado positivo, tratando a pessoa, não a doença. Ela faz parte de um campo emergente de terapias vibracionais, de características não invasivas, sendo uma importante alavanca de cura que amplia o universo de ação dos profissionais da saúde.

As essências florais, feitas a partir de plantas silvestres, flores e árvores do campo, tratam as desordens da personalidade e não de condições físicas. As essências têm o propósito de harmonizar o corpo etéreo, emocional e mental.

Segundo a Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopáticos, essência floral é um suplemento integrativo para a saúde, elaborado a partir de flores e outras partes de vegetais, minerais e radiações de ambientes, obtidas pelo método de extração solar, ambiental ou decoctiva, seguido por diluição.

Para a sua realização não são empregadas a matéria física da planta, mas sim a energia sutil da flor. O po-

Saúde é a harmonia entre a alma e a personalidade. A doença resulta do conflito entre a alma e a personalidade.

tencial energético das flores é o que fundamenta essa terapia. As flores colocadas na água imprimem nela padrões que correspondem aos níveis da consciência.

Estas substâncias visam tratar a causa da doença em um nível sutil.

Para Edward Bach, criador do primeiro sistema de florais que se tem conhecimento, o corpo é um espelho a refletir a personalidade da mente e são os estados psicológicos que geram doenças.

Além dos florais de Bach, existem vários sistemas de florais, como os Florais da Califórnia, do Alasca, da Austrália, da Holanda, do Deserto, do Pacífico, do Havaí, entre outros. Também contamos com sistemas florais nacionais, como por exemplo, Filhas de Gaia, Mata Atlântica - Araretama, Minas e Gabriel, St. Germain.

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FLORAIS DE BACH Os florais de Bach foram desenvolvidos pelo médico inglês Edward Bach nos anos 30. Ele nasceu em Moseley, na Inglaterra, em 1886. Sua trajetória profissional demonstra sua transformação do “médico do corpo” para “médico da alma”. Após formar-se em Medicina em Birminghan, iniciou sua carreira como médico alopata, bacteriologista e imunologista em grandes hospitais de Londres e serviu na primeira guerra mundial como médico.

Em seguida foi convidado para trabalhar como imunologista no Hospital Homeopático de Londres e ao dedicar-se a homeopatia, percebeu a influência da personalidade nos problemas físicos. Neste período desenvolveu os “Nosódios de Bach”.

Insatisfeito com a medicina da sua época, abandonou a sua carreira bem sucedida e isolou-se na floresta, tornando-se um “herbalista”, desenvolvendo e tratando com as essências das flores. Sua filosofia permeia todo o seu trabalho e deve ser lembrada para um bom entendimento do sistema que ele criou:

Saúde é a harmonia entre a alma e a personalidade. A doença resulta do conflito entre a alma e a personalidade.

A menos que a causa real da doença seja suprimida, a sua cura não será bem sucedida.

A doença é um caminho, ela ensina a verdade. O autoconhecimento ajuda a nos curar e prevenir as doenças.

Todo ser está aqui para progredir conforme seus esforços. A cura ocorre pela correção das nossas falhas.

As doenças reais e básicas do homem são certos defeitos como orgulho, crueldade, ódio, egoísmo, ignorância, instabilidade e ambição.

O medo e o egoísmo intensificam a doença. Quando estamos absorvidos pela vontade de ajudar não temos tempo para pensar nas enfermidades pessoais.

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A enfermidade é um inimigo comum, em que cada um de nós, ao dominar um fragmento dela, estará não só ajudando a si próprio, mas a toda a humanidade.

O terapeuta deve ser um estudioso das leis da natureza e ter uma sincera vontade de ajudar o próximo.

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Em toda sua obra Dr. Bach tentou mostrar como a saúde e a enfermidade estão intimamente ligadas com a maneira que uma pessoa vive e a necessidade de fazer mudanças no estilo de vida. Ensinava que tudo que ocorre no corpo físico estava diretamente relacionado com a forma de pensar do indivíduo e com as suas circunstâncias espirituais e emocionais. Assim, mostrava a importância de aprendermos a nos responsabilizar pela nossa saúde. As essências florais ajudam e apoiam o processo de mudança.

O Dr. Bach desenvolveu 38 essências florais e afirmava que “o medicamento deve atuar sobre as causas e não sobre os efeitos, corrigindo o desequilíbrio emocional no campo energético”.

A Terapia Floral desponta como uma modalidade de tratamento vibracional, uma intervenção com uso de essências florais, com possibilidades de facilitar e implementar o processo de desenvolvimento pessoal, tanto em situações específicas de sofrimento, como sendo recurso de amadurecimento individual e evolução.

Algumas prefeituras e estados aprovam este tipo de terapia, como por exemplo, a Prefeitura de São Paulo - Lei Nº 13.717 de 2004(9) e o Estado do Rio de Janeiro - Lei Nº 5.471 de 2009(10).

Outro documento importante sobre os florais escrito pelo Dr. Gonzalo Vecina Neto, o então Secretário da Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, libera os florais de inspeção pela Anvisa por não se tratar de medicamento.

COMPORTAMENTO, EMOÇÃO E DOENÇA É cada vez maior a aceitação de que inúmeras doenças são desencadeadas ou exacerbadas por comportamentos e emoções, como a ansiedade, a instabilidade e o mau humor.

Métodos que minimizem estes tipos de comportamentos certamente ajudarão na prevenção de inúmeras doenças que tenham origem nos fatores emocionais ajudando na diminuição da dor, alergias, alterações do hábito intestinal e de outros sintomas.

Sobre ansiedade e terapia floral, foram encontradas algumas pesquisas. Uma delas aponta que houve diminuição dos escores de ansiedade, em adolescente queimado, com 20

Os florais ampliam a consciência, favorecendo o autoconhecimento, o relacionamento consigo mesmo e com os outros para que possamos viver com paz, amor, alegria, equilíbrio e aproveitando as lições da vida.

rais teve uma diminuição maior e estatisticamente significativa no nível de ansiedade em comparação ao grupo placebo, concluindo que as essências florais tiveram efeito positivo na diminuição da ansiedade.

Os florais ampliam a consciência, favorecendo o autoconhecimento, o relacionamento consigo mesmo e com os outros para que possamos viver com paz, amor, alegria, equilíbrio e aproveitando as lições da vida.

Ao estabilizar nossos pensamentos e emoções, diminuímos as possibilidades da instalação das doenças psicossomáticas e, por consequência, o aspecto físico melhora. E também, com uma maior consciência e entendimento, aumentam as chances de um desenvolvimento pessoal e espiritual.

o uso de essências florais. Foram utilizas essências florais do sistema Bach, Califórnia, Bush e Alasca. Outra compara dois grupos de indivíduos ansiosos, um recebeu florais e o outro, placebo. A essência utilizada neste estudo foi o Rescue Remedy, do sistema Bach, que é formado de cinco flores: Impatiens, Clematis, Star of Bethlehem, Cherry Plum e Rock Rose. Houve redução significativa da ansiedade nos indivíduos que apresentavam altos níveis de ansiedade no grupo que recebeu os florais.

Um estudo realizado na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo teve como objetivo observar os efeitos dos florais Impatiens, Cherry Plum, White Chestnut e Beech, do sistema Bach, em pessoas ansiosas. O grupo que fez uso das essências flo21

O Feng Shui deseja Boa Sorte a vocĂŞ!

Por Mestre I Ming

“É um conjunto de atividades que abrange arquitetura, decoração, design, construção, paisagismo, psicologia, terapia e gestão empresarial e familiar.”

Feng Shui é para os chineses a arte de atrair boa sorte e realização dos desejos mais profundos, partindo da observação da Natureza e contando com a ajuda do vento (Feng) e da água (Shui).

Você sabe responder... ...qual é o imóvel bom para você morar? ...q ual seria uma boa localização para implantar a sua construção? ...qual seria a cor adequada para decorar a sua casa? ...qual é a melhor maneira de colocar os seus móveis?

O Feng Shui tem as respostas. Esta Arquitetura Sagrada do Oriente equilibra seus ambientes, trazendo sucesso, amor, saúde e felicidade. Ele tem contribuído muito com o setor empresarial, orientando na obtenção do sucesso e minimização de resultados insatisfatórios.

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COMO FUNCIONA A APLICAÇÃO DO FENG SHUI O Feng Shui é uma oportunidade para entrar em harmonia com o universo no qual se habita, podendo ser aplicado em reformas, novas construções, paisagismos, decoração de interiores, orientação sobre ambientes e orientação espiritual.

Uma consultoria de Feng Shui normalmente é feita da seguinte forma: 1. Uma pré-análise astrológica com data e hora de nascimento das pessoas que moram ou trabalham no ambiente.

2. Análise do local em relação aos campos magnéticos, distribuições dos móveis, situação da vizinhança do imóvel, decoração de interiores, cores aplicadas, entre outros.

3. Sugestões, propostas e alternativas combinadas com as pessoas da casa.

4. Elaboração de palavras auspiciosas (prósperas, que trazem as esperanças e bons efeitos) para programar a boa sorte, as quais são escritas em um papel vermelho.

Por meio de técnicas orientais, o Feng Shui possibilita organizar as energias do ambiente, trazendo os cinco elementos da natureza - Fogo, Terra, Metal, Água e Madeira - para os lugares corretos, proporcionando o equilíbrio (Yin-Yang) dos espaços e, consequentemente, do indivíduo. Esta arte é para quem se preocupa em organizar o mundo, aplicando o sistema chinês de regras e suas classificações. Não se trata de uma religião e não possui dogmas, nem superstições. É uma filosofia, ou seja, sabedoria de vida. É a aplicação de técnicas simples em que, manipulando as energias do ambiente, é possível melhorar e modificar as sensações de bem-estar.

“Devemos sempre manter as energias em situação harmônica.”

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“As coisas se expandem de acordo com nossa vontade, tendo desenvolvimento como uma expansão do vento.”

— ditado popular chinês

OS ELEMENTOS DO FENG SHUI Feng Shui Reiki A palavra Reiki é de origem Chinesa, usada no idioma Japonês como Kanji (caracteres da língua japonesa, adquiridos a partir de caracteres chineses), e resultam da união de fonemas REI e KI: REI significa força espiritual, a essência energética cósmica que a tudo interpenetra. KI é a energia do sopro vital, sem o KI não há vida.

A atividade do Feng Shui ligada com Reiki é muito frequente e primordial, portanto denomina-se Feng Shui Reiki. Estas aplicações são dirigidas para o ambiente, para a pessoa ou para objetos tais como talismã, vestuários, utensílios, entre outros.

Papel vermelho É uma poderosa ferramenta para aplicação imediata do Feng Shui. É feito com um papel vermelho de tonalidade brilhante e seus escritos são feitos com letra de cor preta. As palavras 26

representam os desejos das pessoas. Para surtir seus efeitos benéficos e trazer sorte para a casa, as letras devem ser necessariamente bonitas, escritas com seriedade, entusiasmo e especialmente com muita esperança no coração.

E como funciona?

O Papel Vermelho funciona vinculado ao poder da mente. No momento em que as frases são escritas, você deseja, cria e materializa sua ideia. Um quadro contendo o Papel Vermelho pode ser pendurado na parede para você olhar, ler, fazendo com que o pensamento direcione para realizar o que está escrito.

As forças divinas do Papel Vermelho provêm da administração da energia dos Cinco Elementos - Fogo, Terra, Metal, Água e Madeira. A cor vermelha do papel representa o Fogo e as letras pretas, a Água. Jogando-se Água em cima do Fogo, possibilitamos a ebulição. É pela ebulição que as coisas efetivamente acontecem e nos trazem resultados satisfatórios.

Guia Astral A análise das influências astrológicas no desenvolvimento das capacidades individuais é feita a partir das técnicas fornecidas pela Escola de Quatro Pilares (ano, mês, dia e hora). As influências são resumidas em um Guia Astral, que serve para consultas nas aplicações do Feng Shui. Há duas funções de tarefas - de Cálculo e de Aplicação – como se fosse uma atividade da construção, na qual existe o engenheiro calculista e o engenheiro de execução.

Sua elaboração tecnicamente especializada informa as características, cores favoráveis, pessoas que podem favorecer para realizar um bom negócio, emoções que trazem aprendizado para um aprimoramento pessoal, formas favoráveis, direções favoráveis e outros, apresentando técnicas para ativar relacionamentos, estudos, negócios e a saúde.

Compatibilidade Energética Por meio de cálculo nos Cinco Elementos de duas pessoas, o estudo do Feng Shui também é capaz de dizer se aquelas são compatíveis ou não no relacionamento, nos negócios, na amizade, entre outros.

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Dicas para um bom Feng Shui SALA DE ESTAR A posição dos sofás não deve ser de modo que os ocupantes do imóvel fiquem de costas à porta de entrada. A posição correta é em direção à porta, como se estivesse “abraçando” quem entra, tornando um ambiente seguro, prazeroso e estável.

QUADROS Dê preferência a quadros com temas alegres e prósperos que atraem boas energias.

VIGAS EXPOSTAS Não permanecer em baixo de uma viga permanentemente, seja sentada ou dormindo. Pois o efeito da viga sobre uma pessoa produz uma pressão devido ao efeito aerodinâmico das energias vitais. Neste caso a viga é prejudicial à nossa saúde.

ESPELHOS Não é bom quando o espelho reflete uma pessoa ou um casal enquanto dormem ou quando estão sentados na cama. Isso causa tensões emocionais nas pessoas.

Se o espelho estiver virado para o lado de fora da casa, ajuda a refletir as imagens ruins da rua. Podemos colocar espelhos dentro da casa para receber as boas imagens externas, como as de jardins, flores e montanhas agradáveis.

CAMA O local exato e favorável para colocarmos a cama é em diagonal à porta do quarto, dando condição para que a pessoa deitada possa ver quem adentra o local.

Nunca instale uma cama embaixo da janela, pois o vento dispersa as energias emitidas pela pessoa que ali dorme.

Deve-se evitar beliches ou o uso de cama embutida embaixo de guarda-roupa, porque cria o mesmo efeito de uma viga.

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FOGÃO Uma viga exposta sobre o fogão bloqueia a energia dos alimentos. A energia Qi (energia da Vida) dispersa se colocarmos o fogão atrás de janelas. Se o vaso sanitário encontra-se em andar superior, ele não pode ser colocado na mesma direção na qual está o fogão, na parte de baixo. Isso atinge negativamente a riqueza.

SALA DE JANTAR Ampliamos a sensação de abundância e fartura de uma sala de jantar quando colocamos um espelho, duplicando a imagem dos alimentos. Esse recurso é usado comercialmente, sendo muito bem-vindo. Além disso, produz a sensação de espaço ampliando uma sala de jantar pequena.

ESCADAS A escada não deve estar em frente da porta principal ou do quarto. Abaixo de uma escada é sempre um local de acúmulo de energia Yin, logo deveremos criar ali algo bonito, como um jardim de pedras e plantas que exijam pouca água e o ideal é usar pedras brancas (energia Yang) – pedras escuras representam a energia Yin. Manchas de umidade, comuns em baixo da escada devem ser rapidamente eliminadas.

BANHEIRO A porta do banheiro e o vaso sanitário não devem abrir diretamente para a sala de estar ou de visitas. Estando no pavimento superior, o vaso sanitário não deve ser colocado exatamente acima de uma mesa de jantar, um fogão, uma cama ou um altar. A limpeza e a ventilação são obviamente necessárias e a presença de espelho é muito recomendável e benéfico.

ODORES Num ambiente, o odor deveria ser observado com muita seriedade. Um mau cheiro pode causar um rebaixamento do faturamento de um estabelecimento comercial ou causar doenças para os integrantes de uma moradia.

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Coco: Fruto Sagrado Por Amarantha Ribas

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a Índia, o coco é considerado um fruto sagrado com muitas propriedades medicinais.

Os benefícios associados ao seu uso são reconhecidos e valorizados pela Ayurveda (medicina tradicional indiana, um dos sistemas medicinais mais antigos da humanidade). Em sânscrito, o coqueiro é chamado de kalpavriksha, que significa “árvore que fornece tudo que é necessário para a vida”.

Já no Brasil, o coqueiro cultivado predominantemente no litoral da Região Nordeste - local de sua introdução pelos portugueses - é utilizado de diversas formas. Todas as suas partes, como raiz, caule, folha, inflorescência e fruto são empregados para fins artesanais, alimentícios, nutricionais, agroindustriais, medicinais e biotecnológicos, entre outros.

Além da água, o coco também oferece outros derivados comestíveis como polpa, leite, óleo, farinha e também o açúcar. Todos estes produtos apresentam efeitos benéficos ao organismo.

A polpa do coco, por exemplo, é rica em fibras, o que auxilia no bom funcionamento intestinal, sendo tradicionalmente usada para tratar queimaduras na Ásia.

Nas próximas páginas, conheça as propriedades em cada uma das suas variações.

Em sânscrito, o coqueiro é chamado de “kalpavriksha”, que significa “árvore que fornece tudo que é necessário para a vida” 31

LEITE DE COCO Quanto ao leite de coco, pode-se dizer que este substitui com vantagens o leite de vaca, o de soja e também as fórmulas lácteas infantis. Na verdade, os ácidos graxos de cadeia média (ácido caprílico e ácido láurico) contidos no leite e no óleo de coco são os mesmos encontrados no leite materno. Por ser rico em triglicerídeos de cadeia média (TCM) é assim mais fácil de ser digerido e metabolizado pelo organismo sendo rapidamente convertido e utilizado como energia. ÓLEO DE COCO O óleo de coco, que pode ser extraído de forma caseira do leite de coco, extremamente conhecido na mídia por suas inúmeras propriedades, é comumente dividido em duas amplas categorias: refinado e virgem. O óleo refinado é tipicamente obtido do coco seco, chamado de copra. O óleo de coco virgem é obtido a partir de cocos frescos.

Como elevadas temperaturas e solventes químicos não são empregados, o óleo virgem mantém seus fitoquímicos naturais, responsáveis pelos seus suaves sabor e aroma sendo mais benéfico para a saúde. A forma de produção artesanal e orgânica é também muito superior à industrial.

O óleo de coco virgem pode ser utilizado como tempero de saladas, adicionado a frutas ou qualquer outro preparo culinário. Pode também ser tomado direto da colher após as refeições. É um produto inigualável em relação aos outros óleos utilizados na cozinha sendo um anti-inflamatório natural, protetor cardiovascular e corretor do perfil lipídico, o colesterol - LDL (Low Density Lipoproteins), denominado como o “mau colesterol” e HDL (High Density Lipoprotein), considerado o colesterol bom. Cozinhar com óleo de coco não cria qualquer subproduto nocivo.

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foto: shutterstock

Benefícios do consumo regular do coco e seus derivados Redução dos níveis de colesterol total bem como do risco de desenvolver arteriosclerose e doenças cardíacas, doenças degenerativas e câncer Prevenção de infecções por bactérias, fungos e vírus Melhoria na digestão e a absorção das vitaminas lipossolúveis, minerais (principalmente cálcio e magnésio) e aminoácidos, assim como, potencialização na utilização de glicose no sangue e da absorção de insulina Proteção do corpo contra radicais livres, evitando os danos prematuros do envelhecimento (é um antioxidante natural)

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garantindo reposição imediata de todos os nutrientes minerais presentes no organismo. Ajuda a evitar câimbras, fraqueza muscular e a equilibrar o sistema circulatório. Substitui com vantagens os isotônicos comerciais disponíveis no mercado para o esporte, devido à sua capacidade de repor eletrólitos cujo equilíbrio é quase o mesmo que o do sangue humano.

Sua composição básica apresenta 93% de água, 5% de açúcares, além de proteínas, vitaminas e sais minerais, sendo uma bebida leve, refrescante, pouco calórica podendo ser consumida por todas as idades. A água de coco apresenta composição de aminoácidos semelhante a do leite de vaca, porém com maior porcentagem de arginina, alanina, cistina e serina, e de outros aminoácidos em menores proporções.

O conteúdo mineral da água de coco mostra modificações durante o processo de maturação do fruto, composição do solo onde a planta é cultivada bem como variedade e safra. O potássio é o eletrólito mais abundante seguido pelo sódio contendo ainda cálcio, magnésio, cloreto, ferro, cobre e enxofre. Na verdade, o fruto serve como um filtro produzindo água mineral estruturada, ultrapassando mais facilmente as membranas corporais e tornando-se altamente absorvível, seja pela pele, mucosas ou pelo tubo digestivo e então relacionando-se diretamente com as águas estruturadas do interior de nossas células.

ÁGUA DE COCO A água de coco in natura, bebida tropical obtida da parte líquida do fruto do coqueiro (Cocus Nucifera L.), e é um alimento funcional com inúmeras propriedades medicinais.

Além do poder bactericida sobre a pele, é benéfica em casos de picadas de insetos, alívio em queimaduras e, sobretudo, nos processos de purificação e desintoxicação do corpo. Considerada como fonte de juventude por conter o fitohormôniocitocinina (substância com efeito rejuvenescedor nas células humanas), o uso regular de água de coco sobre a pele aumenta sua elasticidade e evita a formação de rugas. É também importante para os efeitos vitalizantes e regeneradores celular nos nossos músculos, ligamentos, articulações, tendões e ossos.

Pode ser utilizada em casos de pacientes com disenteria, cólera e outros tipos de diarreia severa ou moderada, em que os níveis de potássio podem estar baixos no organismo. Serve ainda de veículo adequado para reidratação oral em casos de desidratação pediátrica. É também útil como diurético e tem sido testada no tratamento de pedras nos rins. Aliada em casos de enjoos, como na gravidez e nos tratamentos de quimioterapia, pode até mesmo inibir o aparecimento de células neoplásicas na medula óssea, promovidas por agentes genotóxicos. É rica em sais minerais e nutrientes, sendo considerada um isotônico natural. Ideal para repor os líquidos e os sais perdidos através do suor durante a prática de atividades físicas, 35

21 perguntas que vocĂŞ gostaria de fazer sobre homeopatia para a professora Eliete M. M. Fagundes 36

1 O que é homeopatia? É um sistema terapêutico, criado há mais de 200 anos, utilizado em quase todos os países e que trabalha como tratamento preventivo e também de doenças crônicas ou em crises agudas. Harmoniza as características mentais e emocionais que podem levar ao surgimento de doenças físicas, bem como identifica as principais predisposições hereditárias positivas e as que podem adoecer.

4 Qualquer pessoa pode fazer?

Sim, desde gestantes, bebês, idosos podem se beneficiar. Procure um homeopata que também trate o que se chama de “Miasmas”, que é esta predisposição hereditária que temos dos antepassados.

5 Quais doenças podem ser tratadas com a homeopatia?

Qualquer doença em qualquer fase, pois a homeopatia trabalha a causa mental e emocional do problema.

Mesmo que o indivíduo esteja sem condições de recuperação física, haverá uma melhor condição de poder enfrentar o problema e o mais importante: lucidez até o último instante de vida e consciência de que o fim de sua vida física está próximo.

2 Como é a formação do homeopata?

Através de cursos de extensão e de especialização Lato Sensu abertos a qualquer área do conhecimento, não mais apenas a área médica.

3 Como é o tratamento com homeopatia? É um tratamento que visa, acima de tudo, identificar as principais características da personalidade da pessoa e as suas tendências herdadas a algum tipo de adoecimento. O homeopata associa estas informações a uma substancia homeopática que tenha o maior percentual de similitude possível com o indivíduo e começa o processo de harmonização.

6 Como é a consulta? É somente através de perguntas que a cada retorno vão se aprofundando mais e mais no histórico de vida da pessoa e de seus antecedentes. Todos os fatos importantes, de várias gerações são revistos, bem como detalhes mínimos desde o nascimento até a vida diária da pessoa.

Não existem exames, toques nem diagnósticos.

7 O que são florais?

São remédios feitos exclusivamente de flores, não são homeopatia, são sistemas diferentes.

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8 O tratamento com florais faz parte da homeopatia?

Não, os florais têm uma forma diferenciada de fabricação e de tratamento, pois se a pessoa está com ódio, é dado um floral para despertar o amor; se está triste, para despertar a alegria, etc.

Na homeopatia, quando a pessoa tem ódio, temos que descobrir a causa deste ódio e a substância deve conter em sua Matéria Médica aquele tipo de ódio específico (contra si mesmo, ou do pai, da mãe, de um chefe, do marido, contra a vida, etc). Ela tem que tomar consciência da origem do seu ódio para se harmonizar, não esconder no inconsciente como a alopatia faz com remédios químicos.

11 Quais as correntes terapêuticas da homeopatia?

• Existe a unicista que é um remédio homeopático para toda a vida, não aconselho, pois mudamos a cada instante.

• Existe a Complexista – indicam vários remédios em um único vidro, o que é também desaconselhável porque fere as leis da homeopatia que é um único remédio por frasco.

• Existe a Kentiniana – que indica os remédios em dinamizações (escala de potência dos remédios) muito elevadas (CH30 CH200) em início de tratamento podendo causar danos se este não for o remédio mais adequado à pessoa.

• Existe a homeopatia Hahnemanniana ou Metafísica – que trata da forma mais próxima ao que o criador do sistema homeopático, Hahnemann descobriu e deixou registrado em seus inúmeros livros a sua vasta experiência. A forma do tratamento e consulta é como foi explicado nas perguntas acima.

Começa o tratamento com dinamizações baixas e trata os miasmas e a similitude da pessoa.

9 O tratamento com homeopatia elimina o tratamento tradicional?

Não, é complementar, é integrativo, não substitui nenhum outro tratamento, nem interfere.

10 Crianças e idosos podem fazer o tratamento?

Sim, haverá imensos benefícios para ambos. A criança é o ideal dos ideais, pois crescerá com seu sistema imunológico fortalecido, o que impedirá adoecimentos profundos e garantirá uma vida longa, saudável e lúcida em idade avançada. Mas nunca é tarde, sempre é hora de iniciar, mesmo se há o pior dos diagnósticos de doença.

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12 O começo do tratamento com homeopatia pode piorar a doença?

Cada caso é um caso, pode acontecer alguma manifestação como pode nunca ocorrer, depende de muitos fatores. Mas se a similitude e a dinamização do remédio estiver o mais apropriado para a pessoa e o caso for mais simples, dificilmente a manifestação de limpeza do organismo se processa com agravamento. Se ocorrer no mental, pode ser uma vontade de chorar ao rememorar um trauma, algum prurido, etc.

Nada que possa colocar em risco a pessoa, é como nossos avós que se tratavam com homeopatia diziam: “está jogando para fora”, mas de forma harmônica e individualizada.

Neste momento, a pessoa começa a sentir grande bem-estar, felicidade, vontade de trabalhar, de viver, de construir um mundo melhor.

14 Os remédios da alopatia podem ser usados junto com os homeopáticos?

Sim, pois a homeopatia tem uma ação na origem da doença, bem diferente da ação alopática.

13 Qual a diferença entre homeopatia e alopatia?

A alopatia trata apenas os sintomas físicos depois que se materializaram nos órgãos e no caso da psiquiatria, suprime as manifestações mentais e emocionais sem se preocupar com a causa. Na homeopatia se não houver a priorização da causa do adoecimento físico ou mental, procure um outro homeopata! Não pense que “qualquer homeopata serve!”.

16 A homeopatia pode ser considerada uma medicina preventiva? Por quê?

Porque o bom homeopata sempre procura pesquisar e tratar as predisposições hereditárias bem como está atento a todos os acontecimentos marcantes da vida da pessoa que possam vir a despertar alguma destas heranças que devem ser harmonizadas.

15 O tratamento homeopático pode provocar alguma reação alérgica?

Não, porque não trata com produtos químicos e sim com a configuração eletromagnética do elemento químico. É mais que nanotecnologia. Se alguém sentir algum leve prurido após tomar um determinado remédio homeopático é porque no seu histórico pessoal houve uma escabiose (sarna) por exemplo, que pode ter sido adquirida em sua vida bem como herdada de antepassados e que precisava limpar para prevenir algum futuro problema.

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17 Tem que tomar bolinhas de hora em hora durante o tratamento homeopático?

Não, o melhor são as gotas, que normalmente se coloca duas ou três em um gole de água e toma-se 2 vezes ao dia por 20 ou 30 dias, depois retorna-se ao homeopata para avaliação.’

20 Os remédios homeopáticos são menos agressivos para o organismo que os alopáticos?

Sim, pois não possuem elemento químico físico, não poluem o ambiente, não intoxicam e são extremamente baratos. A função número um deles é que a configuração eletromagnética da substancia, que possui um padrão vibratório específico, peculiar a ela, entra em ressonância com o padrão vibratório da pessoa e estimula todos os seus sistemas, a partir do aumento da vibração dos seus átomos, moléculas, etc.

18 A homeopatia é eficiente para tratar as doenças crônicas?

Sim, pois prioriza a causa, o por quê ela se manifestou e, dependendo do histórico de cada pessoa, poderá ajudar a harmonizar fisicamente se ainda for possível ou tornar a sua mente mais lúcida.

21 Quais mitos e verdades sobre a homeopatia?

• Mito Que a ação é lenta •V erdade a ação é ultra-rápida, especialmente em doenças de origem energética, como traumas, sustos, choques mentais por assaltos, explosões.

• Mito Que se bem não faz, também mal não faz.

•V erdade se não estiver de acordo com a pessoa e a dinamização for muito alta, pode gerar patogenesia, ou seja, reações indesejáveis.

•M ito que precisa acreditar para fazer efeito.

•V erdade age também, em crianças, pessoas sem lucidez, nas plantas, solos e águas

19 Qual a composição dos remédios?

São individuais e preparados a partir dos reinos animal, vegetal, mineral, substâncias sintéticas e órgãos.

Existem milhares de substâncias a disposição e na realidade ainda nem chegamos ao milésimo do que poderia ser feito.

PARA MAIS INFORMAÇÕES CONSULTE UM MÉDICO OU TERAPEUTA HOMEOPATA DE SUA PREFERÊNCIA.

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Av. Pedro Severino Jr, 153, Vila Guarani - São Paulo Segunda a Sexta das 08:30 às 18:30 hs Sábados das 9:00 às 13:00 hs Tels: (11) 5581-0889​/ (11) 5581-0513 Fax: (11) 5581-6799 —­—— atendimento@farmaciaaspen.com.br facebook.com/aspenfarmacia farmaciaaspen.com.br 41

ESPIRITUALIDADE

Monja Coen: o poder da meditação

foto: divulgação

Por Equipe TRYNA

“E que sejamos todos iluminados pela sabedoria perfeita” — monja coen

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pessoa de origem não-japonesa a assumir a presidência da Federação das Seitas Budistas do Brasil. Atualmente é missionária oficial da Tradição Sotoshu de Zen Budismo, com sede no Japão. Sua agenda é cheia e passa por compromissos no seu templo, o Zendo Brasil, a programas na rádio, ações sociais e educacionais, como palestras em ambientes corporativos, cujo objetivo é divulgar o princípio da não-violência e a criação de uma cultura de paz, justiça, cura da Terra e de todos os seres vivos.

“Você viu a lua cheia? Hoje é dia de lua cheia. E vamos apreciá-la. Ás vezes, nós queremos apreciar coisas tão grandes e precisamos começar pelas coisas pequenas”, diz ela. É sempre com palavras simples e serenidade na voz que Monja Coen convida seu público para reflexão. Nesta entrevista concedida para a Revista TRYNA, ela compartilha sua história de vida, seus conhecimentos, fala sobre meditação e o poder desta prática em prol da mudança que queremos ver no mundo.

á aquelas almas raras que passam da mera competência à sabedoria, e então operam em benefício da própria sociedade em vez de um grupo político ou um negócio específico. Elas são livres para pensar muito, muito longe. Seus pensamentos incluem o bem-estar da humanidade como um todo, não um único grupo. Elas veem as pessoas como Nós, não como Nós e Eles. E deixam um legado para as futuras gerações – esses são os líderes de quem nos lembraremos um século ou mais depois. Este trecho, retirado do livro Foco, de Daniel Goleman, descreve parte da crença e da essência de Monja Coen.

Brasileira, jornalista de formação e alto senso crítico, ela marcou sua vida por uma busca constantemente de ideais que fizessem sentido para sua existência e, hoje, de outras pessoas, sendo missionária dos aprendizados que acumulou e continua colecionando no tempo, tendo como base os fundamentos do Zen Budismo. Em 1997, foi a primeira mulher e primeira 43

TRYNA: O que a levou a seguir uma vida dentro do Budismo, de meditação e espiritualidade?

MONJA COEN: Foi a própria meditação. Eu me interessei pelas práticas meditativas porque elas me levavam ao autoconhecimento. Vi pessoas inteligentes e com boa capacidade de comunicação que praticavam meditação: poetas, músicos, escritores. Eu me questionava muito se a existência tinha algum significado. Existe Deus? Tive, então, uma afinidade muito grande com o Zen Budismo quando o conheci. Foi no Zen Center de Los Angeles (ZCLA) onde tudo começou. Lá estudei até ser ordenada monja, em 1983 – o que aconteceu depois de muita persistência e convencimento. Neste ano fui para o Japão, onde dediquei 12 anos para a vida religiosa, entre estudos e práticas, concluindo minha formação na tradição Sotoshu. Na época, fui convidada para ficar em um templo no Monte Fuji para receber estrangeiros, apresentando a cultura japonesa e preparando pessoas para entrar em outros mosteiros. Não pretendia voltar para o Brasil, mas quando conheci o monge japonês com que me casei, ele me convenceu que deveríamos voltar para o Brasil com a missão de disseminar o budismo a fim de atender a colônia japonesa. O que era para ser temporário me fez compreender que era para ficar, assim como estou aqui até hoje.

T: Você conta que precisou de muita persistência e convencimento até ser nomeada monja. Como foi isso?

MC: Essa procura espiritual que eu tinha era muito grande.

Para me entregar ao Budismo abri mão do meu emprego e fiquei aprendendo em uma comunidade zen budista de Los Angeles. Eu era empregada da casa do meu professor budista e da sua família. Eu meditava de maneira incessante. A convivência ajudou-o a perceber que fazia sentido aceitar minha inserção na vida monástica. Insisti muito e pedi para ser monja inúmeras vezes, inclusive para a minha mãe, que sempre seguiu a doutrina católica. Um dia ela me disse “filha, se o que você quer é o que você chama de Deus, eu te abençoo”. Neste mesmo período fui nomeada monja por este professor e dei sequência aos estudos no Japão. Lá vivenciei um processo muito rico de crescimento. Sofri muitas discriminações por ser mulher, por não ter 44

uma origem budista de família, por mal falar a língua. E eu nunca havia percebido que sofrer discriminações era tão doloroso. Levei muitos anos para entender isso, o que me fez olhar para as pessoas com mais respeito, aprendi a não esperar que elas fossem quem eu esperava que fossem. Fui aprendendo a doutrina até me pós graduar em um mosteiro, como professora de outros monges.

T: E o que a levou a escolher o Zen Budismo?

MC: No Budismo, o que me inspirou foi o zazen – o ato de sentar e meditar. Descobrir essa meditação foi uma coisa extraordinária. Fiz parte de várias frentes de meditação e acredito que elas foram meu ponto de evolução para chegar ao zazen. Mudanças fisiológicas aconteceram comigo no decorrer do tempo, provocando mudanças internas de purificação. Li um livro sobre ondas mentais, que trazia uma maneira científica para obter o Estado Alfa. Se a Ciência diz que é possível, eu também digo que é, mas, como dizia um professor meu, “por que entrar pela janela?”. Resolvi então procurar a minha forma de entrar e sair “pela porta” quando eu quisesse. E a meditação é você com você, a mente com a própria mente.

T: Qual o poder da meditação para você?

MC: Eu acredito que o processo meditativo é a grande revolução e possibilidade de mudança do mundo. Na hora que eu entro em contato com aquilo que sou em verdade - antes de entrar em contato com meu ego – percebo o que de fato existe: como ser humano, tenho todos os aspectos da vida na terra em mim. Essa percepção nos expande para a compreensão da harmonia e da criação de um universo de não-violência. E esse universo não é fechado a mosteiros.

Meditar é transformar a nossa forma de olhar a vida e, a partir desse novo olhar, mudamos nossas atitudes no mundo.

Nós vamos criando respostas da realidade, às vezes com palavras, com gestos e atitudes que nem sentimos que temos.

Os neurocientistas dizem que temos apenas 5% de livre arbítrio, o resto é condicionado desde que estamos no ventre materno. Quando eu sento em meditação, eu vejo todos esses condicionamentos. Se eu perceber algo que não funciona bem, preciso modificar primeiro em mim e não os outros.

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T: Ou seja, no seu ponto de vista, a meditação é capaz de afetar toda uma humanidade. Como colocar em prática?

MC: Procuro colocar tudo que eu leio em prática. Como eu me torno a mudança que eu quero no mundo? Gosto muito dessa afirmação de Gandhi. Cada um de nos é um elemento de transformação no mundo. Eu sou um átomo, na hora que eu mudo tudo se modifica. Quando eu me liberto, passo a ser mais gentil com o mundo, respeito a natureza e o que eu sou na natureza. Você vê as pessoas querendo ser parte de comunidades alternativas, viverem em grupos aos quais se identificam. Mas que comunidade é essa? Eu vivo numa comunidade. Da minha cidade, do meu estado, do Brasil, do planeta terra. Você já está em uma comunidade. Como começar essa transformação por aí? Quando as pessoas incomodam, como você é capaz de acolhê-las no seu coração? Em vez de eu ficar com raiva, no momento em que eu acolho no meu coração, o meu relacionamento começa a mudar. Mesmo com uma pessoa violenta e agressiva, quando a acolho, o sentimento dela comigo se modifica. É levar um novo olhar para a realidade, de acessar a consciência verdadeira para que possamos nos tornar seres mais felizes e melhores. Vamos começar a olhar as coisas boas que estão acontecendo. Rezar por quem eu não gosto é um treino, não é deixar ser enganado e nem deixar que se passe por cima, mas é perceber que existe no outro a doação, a bondade, a sabedoria perfeita. A nossa intenção do bem reflete na teia da vida. De repente vemos na nossa época, grupos que ainda não conseguem fazer isso. Será que lá no fundo eu também não sou assim? Eu não deixo de ser amigo das pessoas porque elas não concordam comigo?

E isso nós vemos entre os torcedores de time de futebol, na política recente no Brasil quando as pessoas estavam divididas entre partidos, e por aí vai. Esse conhecimento não é para ficar fechado em mosteiros.

T: Como o acolhimento acontece em uma sociedade que valoriza cada vez mais a superficialidade, o materialismo, o individualismo e a autoimagem?

MC: Eu sou o que eu tenho. Você tem, tem, tem e continua faltando. E nesse continuar faltando que você começa a procurar práticas que tragam sentido. Não há nada fixo 46

foto: divulgação foto: duda groisman

Monja Coen em uma cerimônia Obon (acima); em fala no TEDxVila Mada (abaixo) 47

nem permanente neste mundo. O que é importante na vida? O que tem significado? Buda dizia que os seres humanos apreciam a vida após a crise e podem ser comparados a quatro tipos de cavalos: primeiro cavalo, ao ver a sombra do chicote, galoO pa. Este seria o ser humano que ao ouvir sobre sofrimento e dor de seres desconhecidos, começa a apreciar sua vida.

O segundo cavalo, precisa ser chicoteado na pele para galopar. É a pessoa que precisa sentir a dor ou o sofrimento de alguém conhecido (mas não muito íntimo) para começar a apreciar sua vida. Começa uma mudança de consciência.

O terceiro cavalo precisa ser chicoteado até cortar o pêlo e penetrar a carne. Alguém que só começa a apreciar a vida depois de perder ou sofrer muito com as dificuldades de alguém muito amado ou próximo.

O quarto cavalo só é capaz de galopar quando o chicote o fere até o osso. Essas pessoas só conseguem apreciar a existência quando percebem que ela está quase a se acabar. É quando você vai ao médico e se depara com o fim da sua existência. O que foi o que eu fiz? E aí você começa a apreciar cada instante. Não há reclamações, nem resmungos.

Que tipo de cavalo é você?

Que tipo de cavalo você pode se tornar? Às vezes nós só apreciamos quando estamos perdendo. Precisamos rir no sorriso do outro, chorar com o outro, participar e fazer o bem. Estamos todos na mão de Buda, somos protegidos e abençoados. Precisamos ser essa mão de Buda, acordar esses sentimentos – aquilo que é essência na nossa vida, que é maravilhosa. Mesmo no sofrimento, podemos apreciar esse momento que é a vida.

Todos nós temos essa capacidade. Quando você olha para o céu, é o momento de silencio. Quando a gente imprime práticas meditativas, você contempla o céu de uma forma ainda maior.

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T: No Budismo, consciência plena é uma crença fundamental, sendo praticada num simples ato de apreciar o céu. Como isso é representado?

MC: No Budismo, presta-se atenção em cada detalhe. Nós, os monges, fazemos a própria comida, limpamos a cozinha.

O chão é sagrado e o sagrado está em toda parte. Como você faz o seu melhor em cada instante, sem comparar com o outro e se dedicar completamente ao que esta fazendo.

Porque é você que está fazendo e é sua vida que está ali e a vida é breve. Se minha fé é profunda e firme, nada incomoda. Se minha fé é forte, a escolha do outro, independente da crença, também tem grande valor. A fé verdadeira entrega a confiança, a gratidão em aprender a agradecer. E o nosso sistema, o Eu Maior, fica mais consciente das palavras e do que fazemos. A oração é um caminho para você se libertar: aquilo que você faz com intenção e com presença absoluta para você se tornar cada uma das palavras que contemplar.

T: O que pensamos e sentimos influencia na nossa saúde física, mental e espiritual?

MC: A nossa falsa ideia de um eu separado – que ganha, que perde, que luta – é um Eu Menor e o estopim de todos os males. Se ele mantém a sua função desta forma, a maior doença é a delusão. E delusão significa afastar da verdade.

Ela pode criar outras doenças no seu sistema, afinal vivemos pelas coisas nas quais acreditamos. Toda ação que deixa marca de muito tempo, vinda da ganância, raiva e ignorância sem limites, não é benéfica ao ser humano. A partir destes vão surgindo todos os outros: os rancores, o ciúmes, a inveja, por isso precisamos transformar a raiva em compaixão e compreensão. Tendo feito o arrependimento, você entra novamente no nível da grande pureza. Você é mais do que um nome. Nos identificamos com papéis o tempo todo e os papéis não são fixos. Precisamos fluir, para gerar a alegria de viver e ter uma vida plena.

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foto: shutterstock

Espiritualidade, terapias integrativas, vegetarianismo e veganismo revistatryna.com.br facebook.com/revistatryna

RE CEI TAS Por André Luiz Fronza Catarinense, designer gráfico por formação e vegetariano por convicção. Apaixonado por fotografia, arte, cinema, viagens e tudo que me faz sentir mais vivo e humano. Acredito que muitos problemas mundiais, tanto ambientais quanto de saúde, podem ser resolvidos na cozinha.

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Brigadeiro Quando falamos da culinária brasileira não podemos deixar de lado o famoso brigadeiro, que cá entre nós, é uma verdadeira paixão de muitos. Porém essa guloseima é um tiro no pé quando analisamos seu valor nutricional, a receita tradicional leva laticínios e açúcar refinado, o que o torna extremamente prejudicial para a saúde já que contém muita gordura e calorias.

Mas a partir de hoje esqueça a versão tradicional nada saudável e se encante com esse brigadeiro alternativo muito gostoso e nutritivo. É para comer sem culpa! O sabor e a textura lembram muito o tradicional. Para fazer é bem simples, basta colocar todos os ingredientes na panela em fogo baixo e mexer até a mistura ficar homogênea. Caso queira praticidade mesmo, sugiro comer de colher, nem precisa fazer as bolinhas.

DICAS Se você tem a biomassa guardada na geladeira ou congelada, primeiro é necessário esquentar ela para voltar ao seu estado original de pasta cremosa. Isso pode ser feito mexendo ela em fogo baixo com um pouco de água, depois utilize normalmente na receita.

Depois de fazer as bolinhas você pode cobrir os brigadeiros com o que preferir, eu utilizei amêndoas, nozes e chia.

INFORMAÇÕES Preço médio da receita: R$12,00 Rendimento médio: 18 brigadeiros Dificuldade: Fácil Tempo de preparo: 15 minutos + 3 horas na geladeira Não contém glúten Vegana 52

foto: divulgação

INGREDIENTES

PREPARO

1 xíc. de biomassa de banana

Coloque todos os ingredientes numa panela e leve ao fogo baixo mexendo sempre para não grudar. Caso não queira fazer as bolinhas, não precisa colocar o óleo de coco;

1/2 xíc. de açúcar mascavo 1/2 xíc. de chocolate meio amargo ralado 2 colheres de sopa de óleo de coco derretido (ou outro óleo vegetal) caso queira fazer as bolinhas

Quando a mistura estiver homogênea e mais pesada de mexer, desligue o fogo e espere esfriar.

Não se preocupe se a massa estiver mole e grudenta, depois de refrigerada ela irá ficar consistente e fácil de modelar as bolinhas. Se quiser comer o brigadeiro de colher, você pode parar por aqui e cair de boca na panela, mas se quiser fazer as bolinhas, continue seguindo a receita por favor; Transfira o brigadeiro para um recipiente com tampa e leve à geladeira até ficar consistente, isso pode levar de 3 a 5 horas; Depois, retire da geladeira, faça as bolinhas e utilize uma cobertura de sua preferência.

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Cream cheese de castanha A castanha de caju é gostosa não só pelo seu sabor, mas também pela sua cremosidade. Depois de ficar de molho na água por um tempo (no mínimo 4 horas), e depois de bater no liquidificador, as castanhas ficam muito cremosas e perfeitas para serem usadas como substituto do cream cheese tradicional. E temperadas com sal, suco de limão e levedura de cerveja, ficam irresistíveis! É muito prático fazer essa receita, só são necessários 4 ingredientes e fica pronto em menos de 15 minutos. Basta colocar todos os ingredientes no liquidificador e triturar até ficar homogêneo. Dessa simplicidade toda surgirá um creme de castanha com sabor azedinho e encorpado. Perfeito para passar no pão e em torradas.

NOTA Essa receita rende 2 xícaras de cream cheese e dura em média de 3 a 4 dias na geladeira.

INFORMAÇÕES Preço médio da receita: R$ 10,00 Rendimento médio: 2 xícaras Dificuldade: Fácil Tempo de preparo: 4 horas castanhas de molho + 15 minutos Não contém glúten Vegana 54

foto: divulgação

INGREDIENTES

PREPARO

1 xíc. e 1/2 de castanha de caju crua e sem sal de molho por no mín. 4 horas

Escorra a água das castanhas que foram deixadas previamente de molho e lave-as em água corrente;

4 colheres de chá de suco de limão 1 colher e 1/2 de chá de levedo de cerveja (também conhecido como levedura de cerveja) 1 colher de chá de sal

Coloque todos os ingredientes no liquidificador juntamente com 100 ml de água. Bata até ficar bem cremoso e homogêneo; Experimente e ajuste os temperos se necessário.

Transfira para um pote com tampa e conserve na geladeira.

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Dicas TRYNA

foto: divulgação

Estamos de olho para trazer o que há de melhor: livros, filmes, produtos, restaurantes, lugares para conhecer, entre outras dicas escolhidas especialmente para você.

> para conhecer Templo Shin Budista, em Brasília/DF Inaugurado em 6 de outubro de 1973 e tombado em dezembro de 2014, a arquitetura do prédio original e o Sino Bonshô são preservadas e não podem sofrer alterações. Seguindo a tradição japonesa, todos os anos, o templo realiza a festa Urabon, que ficou conhecido como a Quermesse do Templo Budista: a última edição recebeu mais de 50 mil pessoas.

Informações: www.terrapuradf.org.br 56

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> para conhecer Chagdud Gonpa Khadro Ling, em Três Coroas/RS Trata-se de uma organização sem fins lucrativos, destinada ao estudo e prática do Budismo Tibetano. Fundado em 1995, o templo fica no topo da montanha na cidade de Três Coroas (RS), a 32 km de Gramado, fazendo parte do roteiro turístico da Serra Gaúcha. Construído e ornado dentro das tradições artísticas tibetanas, o local abriga retiros e cerimônias budistas, monumentos – como estátuas, estupas, rodas de oração e uma réplica de uma Terra Pura –abertos à visitação gratuita. Um restaurante tibetano recebe os visitantes a poucos metros do templo.

Informações: www.kl.chagdud.org foto: divulgação

> para conhecer Mosteiro do Morro da Vargem, Zenkoji, em Ibiraçu/ES O local se estabeleceu seguindo a secular escola Soto Zen. A vida no Mosteiro Zen é cercada por rigorosa disciplina, voltada para a leveza das posturas e a liberdade da mente, e não para a estagnação. O bom humor é marca registrada no cotidiano dos monges.

Brincadeiras, respostas inesperadas e vivacidade nos mínimos gestos são tradições no zen budismo. Construído em meio a Mata Atlântica, qualquer pessoa pode experimentar a rotina do mosteiro. No local, a alimentação é ovolactovegetariana, elaborada pelos próprios participantes.

Informações: www.mosteirozen.com.br 57

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> para conhecer Sociedade Budista do Brasil, em Rio de Janeiro / RJ Fundada em 1955 por um grupo de estudiosos do Budismo, começou com encontros em um endereço residencial. Sua fundação oficial é de 1967. No início sua missão foi divulgar todas as escolas budistas, porém, no decorrer de sua existência, consolidou-se como um espaço de divulgação e prática dos Ensinamentos da escola Theravada, ou dos Anciãos.

Informações: www.sociedadebudistadobrasil.org > para conhecer Zendo Brasil, em São Paulo/SP Templo segue a linha do Zen Budismo e está localizado em Perdizes. O Zendo Brasil surge como um espaço cultural e religioso, promovendo ações cujo objetivo é ensinar as práticas meditativas do zazen para iniciantes e para quem quer aprofundar no assunto. Semanalmente há palestras ministradas pelos monges do templo, sendo que uma vez por mês o tema é apresentado pela própria Monja Coen, dirigente do local. O espaço traz ambientes próprios para meditação e altares para a realização de cerimônias, incluindo casamentos.

Informações: www.zendobrasil.org.br > para conhecer Templo Zu Lai, em Cotia/SP Considerado o maior templo budista da América do Sul, o Zu Lai foi fundado em 1992 começando em um pequeno sítio. Desde 2003, são 10 mil m² de área construída em uma área total de 150 mil m² - num belo jardim encontram-se os dezoito Arhats, os monges iluminados. Seu projeto foi inspirado no estilo arquitetônico oriental dos palácios da Dinastia Tang, integrando aspectos da arquitetura ocidental moderna. Os trabalhos foram desenvolvidos em conjunto por arquitetos chineses, taiwaneses, japoneses e brasileiros e as obras foram concluídas em outubro de 2003, fazendo surgir, assim, a “Terra Pura” do Budismo Humanista na América do Sul. Um ônibus sai aos domingos, próximo a Estação Liberdade do Metrô com viagem de ida e volta ao templo.

Informações: www.templozulai.org.br 58

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> para ler A Sabedoria da Transformação: Reflexões e experiências, por Monja Coen Em textos leves e bem-humorados, Monja Coen convida o leitor a rever a si mesmo, valores e conceitos, costumes e hábitos e vivenciar uma experiência humana com mais amor e prosperidade. Ensinamentos simples para buscar a paz interior com diversas histórias, personagens e citações nos fazem refletir sobre as nossas atitudes no dia a dia. No decorrer do livro, descobrimos que através do desafio da vida humana, podemos encontrar um caminho de prática que nos leve ao nosso eu verdadeiro.

Onde encontrar? Zendo Brasil e livrarias.

R$29,90.

> para ler Zazen — A Prática Essencial Do Zen, por Comunidade Budista Zendo Brasil O passo a passo para o zazen, a meditação tradicional do zen, que se faz sentado diante de uma parede, com os olhos abertos e em absoluto silêncio. Quais os fundamentos e propósitos deste método? Como fazê-lo da melhor forma? Neste guia ilustrado conheça sobre essa modalidade da tradição Soto Zen, um pouco da história dos seus mestres fundadores, textos clássicos sobre o zazen, respostas às perguntas mais frequentes, além de exercícios para facilitar a prática. Um livro para leigos, iniciantes e para aqueles que desejam se aprofundar no conhecimento do Zen e no tesouro dos ensinamentos de Buda.

Onde encontrar? Zendo Brasil e livrarias.

R$25 a R$36.

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CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA

Produzir sem degradar: o meio ambiente agradece!

Por WWF-Brasil

A

50 km de Brasília, em Planaltina ou, mais especificamente, na comunidade Pipiripau II mora a agricultora Fátima Cabral. Nasceu no Rio Grande do Sul, mas foi no Cerrado que construiu sua vida e onde conheceu a importância de conservar o solo e a água.

D. Fátima, como todos a conhecem, vive às margens da bacia do rio Pipiripau, que abrange uma área de 235 km² na região nordeste do Distrito Federal, e que tem grande importância para as regiões administrativas de Planaltina e Sobradinho, pois fornece água para mais de 200 mil pessoas.

Trabalhar de forma sustentável sempre foi algo que a agricultora defendeu em sua propriedade, mas faltava conhecimento e ferramentas para colocar as ações em prática.

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Matéria públicada no site da WWF no dia 27 de julho de 2015. Acesse em http://www.wwf.org.br/ informacoes/?46822/Produzir-sem-degradar-omeio-ambiente-agradece

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foto: shutterstock

Na região, o plantio convencional (com uso de agrotóxicos) ainda é muito forte e poucos são os produtores que têm a consciência ambiental pela preservação do rio. “A água é imprescindível. Cada vez que eu tenho contato com a água, eu me encho de um profundo sentimento de gratidão por ter este recurso tão precioso. Esse foi o principal motivo para eu decidi colocar em prática a produção agroecológica”, disse Fátima.

Por meio do Programa Água Brasil, ela foi uma das escolhidas para ser beneficiária e implementar uma Unidade Demonstrativa em sua propriedade. Ali, foram restaurados 10 hectares com o plantio de 18 mil mudas em uma área próxima à nascente do Ribeirão Pipiripau. Além disso, a estrada foi arrumada, terraços foram implementados e uma cerca foi construída para impedir o acesso do gado à região próxima ao rio, que acaba degradado o solo e, consequentemente, provocando danos ao rio.

Em um ano, já é possível perceber a diferença do volume de água que corre no rio Pipiripau. “É emocionante ver a mudança depois da restauração. Hoje temos árvores com 5 metros de altura e o rio voltou a correr com muito mais água do que antes. Dá até pra ver os peixinhos de volta”, conta.

Todo este trabalho valeu a pena. Além de produzir de forma agroecológica e harmoniosa com o meio ambiente, D. Fátima já conseguiu criar uma rede de produtores interessados em participar deste movimento pela sustentabilidade. Dentre os projetos futuros estão, por exemplo, a criação de uma cooperativa de alimentos orgânicos e a disseminação dessas práticas para as crianças.

“Meu sonho é mobilizar a juventude, pois são eles que vão realmente participar desta transformação pelo meio ambiente, pois têm mais consciência e são os futuros habitantes deste planeta, portanto, são os maiores beneficiados”, finaliza.

UM POUCO DE POESIA

Por quê

V

Por J. Gonçalves Machado

Quem não conhece a chegada

da primavera espelhando na natureza

o seu sorriso feliz?

Quem não sabe que o verão

também é contagiante?

Quando olhamos o infinito

Sentimos estranha sensação no nosso ego engasgado num grito, que se vai morrendo lentamente...

No nosso por quê!

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UM POUCO DE POESIA

Foresteiros

I

Por J. Gonçalves Machado

Às vezes pergunto,

quem somos neste planeta Terra, (forasteiros!?)

Mas, precinto

Que viemos dalguma galáxia ou dimensão há milênios de anos,

adaptando paulatinamento

à vida terráquea.

No silente, Busco no meu ego Todas as remiscências.

Sinto-me estranho E não recordo nada deste planeta.

Meditando profundamente Encontraremos esta interrogação, quem somos, forasteiros?

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