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“Adotando o meio ambiente por inteiro”
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Edição 168 - Outubro - R$ 11,00
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O CÊ E MEI VO O CÊ E MEI VO
Roteiro entre a Serra e o Mar No trajeto, oportunidade para cuidar da saúde em águas termais Páginas 10 e 11
Fontes passam a ser mais protegidas
Postos sem licença podem fechar
Usina no aterro é questionada
O setor rural se engaja na preservação dos recursos hídricos
Licença ambiental será exigida a todos os postos de gasolina do País
MP quer saber sobre usina de geração de energia
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Páginas 4 e 5
Edição 168 | Ano 09 Lages, Santa Catarina - Brasil Capa: Divulgação
Índice 4 E 5 | CRIAÇÃO DE USINA DE RECICLAGEM MP/SC quer saber mais sobre o projeto no Aterro Sanitário
Expediente Contato Rua: Presidente Roosevelt, 344 Centro – CEP: 88.504 – 020 Lages – Santa Catarina Fone: (49) 9148-4045 E-mail: vidaenatureza@brturbo.com.br www.vidaenatureza.com.br Diretor Geral Paulo Chagas Vargas
6 | POSTOS PODEM FECHAR Motivo: falta de licença ambiental
7 | PLANO MUNICIPAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS Chapecó cumpre prazo e institui Lei Municipal
Consultoria Ambiental Bióloga Ana Clarice Granzotto O. Vargas Jornalista Responsável Betina Pinto - Reg. SC 01940 - JP Diagramação e Projeto Gráfico Revista Vida & Natureza Caroline Colombo A. Costa Tiragem e Impressão 2.000 exemplares Gráfica Sul Oeste / Concórdia
10 - 11 | ÁGUAS TERMAIS EM GRAVATAL Um convite à qualidade de vida e à saúde
12 | ATENÇÃO AO PERÍODO DA PIRACEMA Pescas irregulares serão inibidas pela PMA “A Revista Vida & Natureza circula onde você nem imagina. Mas o importante é que ela sempre está onde o Meio Ambiente mais precisa: em suas mãos”.
Visão
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14 | AÇÕES NO DIA DA ÁRVORE Para comemorar ipês são plantados
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18 | ATITUDE PELA SUSTENTABILIDADE Empresa aplica ações ecologicamente corretas
“Ser um meio de comunicação referencial seguindo princípios e valores éticos, alcançando assim, a consciência na preservação da Natureza”.
Missão “Fazer com que todos tenham oportunidade de obter informações envolvendo o meio ambiente e atingir a consciência futura”.
PALAVRA DO EDITOR
PROMESSAS
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o campo econômico e administrativo, a presidenta Dilma Rousseff prometeu mundos e fundos e nada cumpriu. Pelo contrário. No campo ambiental, tenho séria desconfiança de que muito pouco deverá ser feito a partir do que ela tem dito. A mais nova promessa é de que, dentro das metas brasileiras, irá reduzir em 37% até 2025, e de 43% atém 2030, a emissão de gases de efeito estufa. Foi o que disse durante a Conferência das Nações Unidas, no último dia 27 de setembro, para a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, em Nova York. O ano-base utilizado para os cálculos, segundo ela, é 2005. Difícil acreditar. Sem nenhuma comprovação ela afirmou que Brasil tem feito grande esforço para reduzir as emissões de gás de efeito estufa, sem comprometer nosso desenvolvimento econômico e nossa inclusão social. A presidente citou ainda o que chamou de objetivos ambiciosos para o setor energético, com destaque para a garantia de 45% de fontes renováveis no total da matriz energética. No mundo, a média, segundo ela, é de 13%.
Sem dúvida um belo discurso. O problema é a prática. De qualquer forma, quem ouviu, no caso o secretário-executivo da rede de ONGs Observatório do Clima, Carlos Rittl, tanto que ele considera uma indicação positiva, já que o Brasil é um dos maiores emissores. Porém, ainda classifica a proposta da Presidenta como sendo insuficiente, já que o potencial de redução do país seria maior do que o anunciado. Os demais anúncios feitos por Dilma incluem a participação de 66% de fonte hídrica na geração de eletricidade; a participação de 23% de fontes renováveis, eólica, solar e biomassa na geração de energia elétrica; o aumento de cerca de 10% na eficiência elétrica; e a participação de 16% de etanol carburante e demais fontes derivadas da cana-deaçúcar no total da matriz energética. São sim metas ambiciosas para um país em desenvolvimento. Será preciso muita vontade em fazer o que prometeu. A fiscalização precisa ser consistente e não deve deixar que tais metas se esvaziem. Chega de discursos vazios.
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Paulo Chagas
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MP/SC questiona projeto de usina de tratamento de resíduos sólidos • A proposta da iniciativa privada está gerando preocupação entre os ambientalistas de Lages, pois, vai contra tudo o que já foi feito em termos de avanços no programa de resíduos sólidos do município Lages
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ecentemente um empresário, Douglas Zapelini, apresentou um projeto de uma usina para tratamento de resíduos sólidos, com intenção de instalação em Lages junto ao aterro sanitário municipal, às margens da BR-116. De acordo com a proposta, a empresa, especialista em biocombustível, energia elétrica e madeira biosintética, receberá o lixo dentro da área do aterro sanitário, sendo responsável pela reciclagem e produção do material originado com os resíduos. Aparentemente o projeto surge como uma ótima alternativa no aproveitamento dos resíduos sólidos. Porém, técnicos e ambientalistas de Lages, acreditam que o projeto prevê a instalação de equipamentos de incineração visando a geração de energia.
Em razão disso, o Ministério Público, através do promotor da Curadoria do Meio Ambiente de Lages, Renee Braga, irá questionar a proposição da empresa de iniciativa privada, bem como o Prefeito Municipal. A primeira questão a ser considerada é a de que o projeto não está previsto na elaboração do Programa de Resíduos Sólidos, e foge completamente da Política Nacional de Resíduos Sólidos. “A queima ou incineração de resíduos e o depósitos em aterros sanitários só pode ocorrer em último caso”, salienta o promotor. Caso realmente o projeto se encaminhe para a incineração, o Promotor Público explica que o processo carece realmente de um grande gasto para a que a produção energética seja positiva. Disse que ainda para que a queima seja viável, precisa de muito material
seco, ou seja, com a utilização de materiais reciclados, e que se for essa a ideia, ela é equivocada. A incineração só deve ser utilizada em algumas situações, como numa ilha, por exemplo, em que a reciclagem se torna completamente inviável, e a queima dos resíduos se torna mais barata e viável. A cidade de Lages é dona de um território privilegiado e conta com inúmeras empresas que trabalham com reciclagem; pessoas dependem dos materiais coletados nas ruas, além da execução da própria compostagem. São fatores que resolvem em 99% a problemática do resíduo urbano. “Não há justificativa técnica e nem legal. Vai contra tudo o que prega a Lei”, e nada justifica a adoção dessa tecnologia em Lages, ressalta o Promotor. DIVULGAÇÃO
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O que mais pode ser contextualizado a respeito do assunto DIVULGAÇÃO
Promotor de Meio Ambiente Renee Braga questiona a instalação de usina de tratamento de resíduos sólidos em Lages. E caso o Município prossiga com a ideia, a questão deverá ser contestada na Justiça
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Em Maringá (PR), população protesta contra a incineração do lixo
iante da crescente geração diária de lixo em nosso país, a incineração vinculada à geração de energia elétrica tem sido apresentada ao poder público e à sociedade como uma grande alternativa para solucionar o problema da gestão dos resíduos sólidos urbanos (RSU). Contudo, trata-se de um assunto controverso, pois, a incineração interfere com outros processos de recuperação energética contida no lixo, como reutilização, reciclagem e compostagem, gerando problemas de ordens sociais e econômicas. Além disso, é necessário considerar outras variáveis: o contexto regional, o clima, as dimensões territoriais, os índices demográficos, as características dos resíduos, entre outras. Além disto, o resíduo urbano brasileiro possui maior percentual de orgânicos, e maior teor de umidade que os países europeus, por exemplo. No controle dos processos de incineração deve-se atentar para a Convenção de Estocolmo 2001, sobre Poluentes Orgânicos Persistentes. O Brasil assinou o texto da Convenção, em 22/04/2001, na Suécia, com outros 120 Países. A Convenção de Estocolmo apresenta como objetivo proteger a saúde humana e o meio ambiente dos efeitos danosos dos POPs, promovendo sua utilização, comercialização, manejo e descarte de maneira sustentável e ambientalmente correta. Em Porto Alegre, RS, há um projeto de lei que proíbe a utilização de tecnologia de incineração no processo de tratamento e destinação final de RSU da coleta convencional’. Por fim, sobre as instalações das usinas de incineração de lixo como solução para o problema ambiental, há receios de que se tornem um problema de saúde pública.
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Postos de gasolina sem licença ambiental poderão ser fechados • A ANP passa a exigir licença ambiental para todos os postos de gasolina do Brasil, e cerca de 40% correm o risco de serem fechados
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ção do setor, cerca de 30% a 40% dos 40 mil postos do país, hoje, ainda não conseguiram licenças ambientais nos órgãos estaduais ou municipais. A nova regulamentação exige itens como tanques de armazenamento com paredes duplas, piso impermeabilizado e canaletas em volta das bombas para captar água ou combustível. O procedimento de avaliação nos estabelecimentos que envolvem comércio de combustíveis é a vistoria e perícia no local, para se atestar as condições físicas de enquadramento em relação à legislação vigente.
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partir de 19 de outubro, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) exigirá dos postos de gasolina a licença ambiental de operação e o laudo de vistoria do Corpo de Bombeiros, como documentos obrigatórios. Em decorrência disso, cerca de 16 mil postos de combustíveis em todo o Brasil correm o risco de fechar. A importância dessa determinação diz respeito a se procurar evitar, entre outros itens relacionados à segurança, a contaminação do lençol freático, rios e nascentes, em casos de vazamentos. De acordo com estimativas da ANP e da Fecombustíveis, Federa-
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Centenas de postos poderão ser fechados, caso não providenciem as licenças ambientais
O prazo para emissão da licença depende diretamente do cumprimento das condições estabelecidas. A ANP não vai prorrogar o prazo. Mas ressaltou que os postos que não conseguirem o licenciamento definitivo poderão apresentar um termo de compromisso ou de ajuste de conduta. Os empreendimentos licenciados terão um prazo máximo de dois anos, contados a partir da data da emissão da Licença Prévia, para solicitar a Licença de Instalação, e o prazo máximo de três anos para iniciar a implantação de suas instalações, sob pena de caducidade das licenças concedidas.
Município institui o Plano Municipal de Resíduos Sólidos
FOTOS ARQUIVO / DIVULGAÇÃO PMC
• Município cumpriu a meta dentro do prazo e instituiu a sua Lei Municipal, e destaca a necessidade de a população também compartilhar
Chapecó
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Prefeito José Caramori sancionou em setembro a Lei nº 6.758, que Institui o Plano Municipal de Resíduos Sólidos (PMRS). A partir de agora as ações para minimizar a geração de resíduos, controlar e reduzir os riscos ao meio ambiente e assegu-
Processo democrático
o final de 2015. Chapecó cumpriu o prazo e instituiu sua Lei Municipal. Agora, poder público, moradores, recicladores e empresas têm suas responsabilidades delineadas e bem definidas quando o assunto é lixo. “O compromisso é coletivo. Juntos contribuiremos para melhorar a qualidade de vida das pessoas e do meio ambiente”, destaca o Prefeito.
sários, vereadores, representantes de entidades, universitários e ambientalistas. Toda a comunidade foi convidada a contribuir de forma voluntária e participar de todas as etapas, desde o levantamento de dados e a elaboração do diagnóstico da realidade do lixo em Cha-
pecó, até a definição das metas e construção do plano final. “A participação da sociedade foi decisiva em todo o processo”, concluiu o Vice-Prefeito, Luciano Buligon.
Texto: Vanessa Hubner
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O Plano de Resíduos Sólidos foi construído num processo de participação popular, que contou com o apoio do Consórcio Iberê. O trabalho envolveu lideranças comunitárias, recicladores, empre-
rar o correto manuseio e destinação final dos resíduos são lei em Chapecó. A elaboração do PMRS atende à Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei 12.305, de 02 de agosto de 2010, que destaca a responsabilidade compartilhada do poder público e dos geradores de resíduos. O objetivo é que todos os Municípios tenham o seu Plano até
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DE OLHO NO AMBIENTE
Escola de Cães-Guias
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Atenta
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editoria da Revista Vida e Natureza está muito atenta aos desdobramentos sobre a proposta da implantação de uma usina de reciclagem dentro do aterro sanitário de Lages (SC). O Ministério Público e ambientalistas chamam atenção para a questão que pode não ser exatamente o que estão propondo, ou seja, o caminho será o da incineração dos resíduos. Caso realmente seja isso, e parece que já há comprovação, Lages estará indo contra todos os avanços em seus programas de resíduos sólidos, além de comprometer a sobrevivência de cooperativas e famílias que vivem da reciclagem, entre outros problemas.
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pós sete anos sem ser realizado, a Fundação do Meio Ambiente (Fatma) relança o Prêmio Fritz Müller. A homenagem é voltada a empresas e instituições públicas que possuem trabalhos e projetos na área ambiental desenvolvidos em Santa Catarina. A volta do Prêmio é uma das ações da Fatma em comemoração aos 40 anos da Fundação. As empresas interessadas em participar têm que inscrever um case, com até 20 páginas, em formato PDF, com uma breve descrição da empresa e o trabalho feito na área ambiental, mostrando os resultados. Fotos e documentos que comprovem as ações devem ser anexadas ao documento.
Preocupante
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á para contar nos dedos o número de Chefes de Executivos Municipais que acompanham de perto os cuidados e programas ambientais em suas cidades. Gostei muito da fala do ex-prefeito de Curitiba, Cássio Taniguchi ao palestrar em Lages. Conforme disse, para a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável, é preciso ter em mente, sempre, a preservação do meio ambiente, além do bom uso do solo. Algo que foi feito em Curitiba. Resumidamente, uma cidade que não preserva, não oferece qualidade de vida à população.
CASSIANE FOLLMER
Cães-Guia serão treinados em escola especial
ma iniciativa de alunos da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) visa ajudar a viabilizar a construção do centro de treinamento da Escola Helen Keller, organização beneficente com sede em Balneário Camboriú, que prepara e doa gratuitamente cães-guias para deficientes visuais. A ideia desenvolvida por 33 estudantes do sétimo termo noturno de Administração, curso ofertado no Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), em Florianópolis. O objetivo do Projeto Guiando Vidas é captar recursos para a conclusão da obra, iniciada no ano passado. A construção contará com instalações especiais para treinamento dos cães e a sede da escola. Como a escola já dispõe de parte dos recursos – a mão-de-obra inclusive já está contratada – a principal meta dos alunos é contribuir com a aquisição e a doação de materiais. Trata-se da primeira escola do gênero na América Latina, reconhecida pela Federação Internacional de Escolas de Cães-Guias. A entidade é mantida totalmente por meio de doações.
Prêmio Fritz Müller
Modelo de usina incineração em Porto União (SC) não é aceito em Lages
Belezas natur da Serra a
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Em qualquer época do ano, da Serra ao Litoral, os prazeres visuais da natureza encantam quem se aventura a conhecer os inúmeros lugares. Entre eles, Gravatal e suas termas, recomendáveis até para o bem estar e à saúde do corpo.
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rais sem limites ao Litoral S
FOTOS DIVULGAÇÃO
anta Catarina é realmente um estado abençoado pelas suas belezas naturais. Em qualquer época do ano, o turismo abre oportunidades de viagens curtas, mas com chance de contemplar lugares impressionantes ligando da Serra ao Litoral. Em baixas temporadas, por exemplo, as cidades da Serra como São Joaquim, Urupema, Urubici e Bom Jardim da Serra, têm o frio como atração, e com hotéis e pousadas bastante atrativas. Seguindo em frente, a descida da Serra do Rio do Rastro, com seu Mirante, é simplesmente exótica e magnífica pelo visual que a natureza proporciona.
Termas do Gravatal
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bro um precedente para recomendar a você que deve estar curioso sobre Gravatal. Além de ter as melhores águas termais do mundo, não deve deixar de aproveitar as delícias oferecidas pelo Hotel Internacional Termas do Gravatal. Construído numa área verde de aproximadamente 2 mil m², atrela todas as preocupações conservacionistas quanto ao meio ambiente, à qualidade do espaço, cercado de mata nativa. Com uma construção delineada por características arquitetônicas e culturais das culturas portuguesa, italiana e alemã. Um lugar que fica exatamente entre a Serra e o Mar.
Água medicinal
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água termal tem uma vazão de 2 mil litros por segundo à temperatura de 37º. O local é considerado o maior complexo hidromineral do Sul do País; muito rica em fluoretos e propriedades medicinais únicas, incrivelmente relaxantes e rejuvenescedoras. Um santo remédio para as dores do corpo e dos ossos.
Rumo ao litoral
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or fim, o visitante ainda fica aberto a vários roteiros que o leva à Serra do Rio do Rastro, São Martinho, Laguna, e outras coisas como um simples passeio de charrete. E, deixando Gravatal, o turismo ainda pode curtir o litoral e apreciar a balé das baleias francas em praias como Laguna, Itapirubá e Imbituba. Ou seja, em poucos dias, em uma viagem de 300 a 400 quilômetros pode-se viver um circuito completo, mesmo longe da estação mais quente. Uma experiência única e que pode ser muito bem aproveitada em família, e com reservas de economia ao seu bolso. Para concluir, vale dizer que Santa Catarina dispõe de opções e rotas turísticas além do que se imagina. Vale a pena visitar. Uma viagem de ida e volta, completa.
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m direção ao litoral, a sugestão de uma parada obrigatória, em Gravatal. Um destino que propicia um clima ameno, mesmo no inverno, e um local que pode ser muito bem aproveitado para sentir os benefícios das águas termais que, com seus 37 graus em média, espantam o frio e agem em benefício à Saúde. Um dos mais belos recantos do Estado, e que pode ser visitado em qualquer época do ano. Aliás, Gravatal é uma cidade muito aconchegante e bonita. Bem estruturada e com ampla vocação para o turismo.
Hotel Internacional
Por outro lado, o Hotel Internacional dispõe, além das inúmeras formas de explorar a água hidromineral, trilhas para caminhada, campo de futebol, churrasqueira externa, quadra de tênis, lagos para pesca, ilha dos macacos, canchas de bocha, salão de convenções, sala de jogos, saunas centro de terapias naturais, enfim, um lugar inesquecível, e bem pertinho, a apenas 200 km de Lages.
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Fiscalização na Serra durante a Piracema
DIVULGAÇÃO PMA
• Neste ano a Polícia Ambiental vai contar com o auxílio do helicóptero Águia 4 para supervisionar os pescadores do alto
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s fiscalizações para combater a pesca ilegal estão ainda mais intensificadas nos rios Caveiras, Pelotas e Canoas, que fazem parte da bacia do rio Uruguai, isto porque, iniciou no dia 1º de outubro de 2015, o período da Piracema, época de reprodução dos peixes. Até o dia 31 de janeiro está proibida a captura com redes e tarrafas, o transporte e o armazenamento de espécies nativas. Já a pesca com caniço e linha é permitida desde que os peixes sejam para
consumo próprio. Quem for flagrado desrespeitando a lei deverá pagar multa de R$700,00 e mais R$20,00 por quilo d peixe apreendido, além de responder a um processo criminal. “Respeitar esse período é de fundamental importância, pois estamos garantindo a reprodução dos peixes e contribuindo para perpetuação da espécie”, explica o Major da 4° Cia de Polícia Militar Ambiental de Lages, Frederick Rambusch. No ano passado, foram abordados pela equipe de patrulhamento
aquático mais de oitenta pescadores na região, o que resultou na apreensão de equipamentos de pesca. Para este ano a fiscalização da piracema deve contar com auxílio do helicóptero Águia 4 da 5° Cia de Aviação da Polícia Militar, que deve auxiliar a Polícia Ambiental na localização de acampamentos ilegais. “Este auxílio será de extrema importância, principalmente em casos de fuga, auxiliando na captura de quem descumprir a lei”, diz Rambusch.
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DIVULGAÇÃO
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equipe de Educação Ambiental da Fundação do Meio Ambiente (Fatma) chegou na segunda-feira, 21/09, a São Joaquim. O objetivo das visitas é conscientizar os estudantes sobre a importância da preservação do meio ambiente. O atendimento às escolas do município transcorreu até na sexta-feira, 25. A programação do Eco-ônibus, projeto criado em 2005, consiste em apresentação institucional sobre a Fatma e suas atribuições, exibição de vídeos sobre problemas ambientais e distribuição de diversos materiais educativos, como livros de colorir e distribuição de cartilhas temáticas relacionadas à poluição, fauna, flora, pesca e queimadas. As apresentações do projeto ocorrem em diversas cidades de Santa Catarina e segundo a coordenadora da Educação Ambiental, Marize Souza Conceição, foram atendidos, aproximadamente 9 mil estudantes neste ano. A estimativa é que até o final de 2015, mais 2 mil alunos terão acesso ao projeto.
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Eco-ônibus da Fatma chegou a São Joaquim
DIA DA ÁRVORE:
Margem do Carahá recebe mudas de ipê amarelo NILTON WOLFF E TONINHO VIEIRA
• Há três anos a administração municipal iniciou uma campanha de embelezamento dos acessos da cidade, com arborização e paisagismo de pontos estratégicos
O prefeito Toni Duarte fez questão de plantar a primeira árvore simbolicamente, como exemplo às crianças e a população
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m dois ou três anos as margens do rio Carahá, no trecho entre as Avenidas Dom Pedro II e Álvaro Neri dos Santos, no bairro Habitação, estarão floridas e arborizadas. Este será o resultado de uma ação realizada no dia 21 de setembro, pela prefeitura através da Secretaria de Meio Ambiente e demais parceiros, dia em que se comemora o Dia da Árvore. O plantio de 700 pés de ipê amarelo mobilizou a comunidade, instituições voluntárias e o próprio prefeito Toni Duarte, que fez questão de plantar a primeira árvore simbolicamente, como exemplo às crianças e a população,
que precisam se engajar nas causas ambientais. “Este é um dia de muita reflexão para todos nós acerca do meio ambiente e as questões de preservação. Não temos somente que plantar árvores, mas também dar o exemplo. A cidade que amamos depende do envolvimento de todos e estamos trabalhando neste sentido, tornando um ambiente agradável, florido e mais limpo. Cada planta no solo é uma esperança que se renova”, diz o prefeito.
Participação da comunidade
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mutirão contou com a participação do Lions Clube Copacabana e
do Grupo de Desbravadores, com cerca de 20 voluntários cada, além de turmas de alunos da Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Nicanor Rodrigues e secretários municipais. Já a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremav), do município de Atalanta (SC), e a empresa Klabin, de Otacílio Costa, na Serra, que foram parceiras do evento e doaram aproximadamente mil mudas de árvores. Além das 700 mudas de ipê, foram plantadas pela cidade 100 mudas de guabiroba e 200 de aroeira vermelha. A economia ao município com a doação chega a R$ 20 mil, que seria o custo das plantas.
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ONERES LOPES
• As experiências ambientais devem valorizar a rica Região dos Lagos
Inauguração da sede da Adrel em Capão Alto
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m ano e meio depois do lançamento da pedra fundamental foi inaugurado na tarde de segunda-feira (21/09) em Capão Alto, o Centro de Informações e Pesquisas Aplicadas em Turismo, Agroecologia e Sustentabilidade que passa ser também, sede da Agência de Desenvolvimento da Região dos Lagos (Adrel). A unidade funcionará como uma pré-incubadora de ações de fomento ao turismo, especialmente o ecológico. A Adrel é formada pelos municípios de Capão Alto, Campo Belo do Sul, Cerro Negro e Anita Garibaldi no lado de Santa Catarina e mais Pinhal da Serra, Esmeralda, Vacaria e Bom Jesus, no lado do Rio Grande do Sul. A obra foi construída com apoio da Baesa, Instituto Alcoa e Instituto Federal de Santa Catarina. A infraestrutura de negócios do Parque dos Lagos prevê hotéis, pousadas, resorts, centro de gastronomia e os produtos agrícolas típicos da região. Além de museus culturais e científicos, com temas dedicados a energia, água e experiências ambientais.
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Oportunidade para o turismo ecológico na Região dos Lagos
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Campanha visa destinar embalagens vazias de agrotóxicos
São José do Cerrito
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m dos mais sérios problemas ambientais no meio rural, a destinação de embalagens de agrotóxicos pas-
sou a ser foco de uma campanha coordenada pela Secretária Municipal de Produção Rural e Abastecimento de São José do Cerrito. O objetivo é reduzir os riscos de contaminação e conscientizar os pro-
dutores sobre os malefícios causados pelo emprego indiscriminado de agrotóxicos nas plantações. De acordo com o secretário de Produção Rural Jaison Prado, a campanha teve uma etapa importante na semana passada com apoio da Epagri, Associação das Revendas de Agrotóxicos da Região de Campos Novos e o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias. Outras ações do gênero estão sendo programadas para novas coletas de embalagens vazias de agrotóxicos. A coleta de embalagens foi dividida em dois grupos que percorreram o interior do município instruindo os usuários e recolhendo as embalagens. A orientação aos produtores foi especialmente sobre a destinação das embalagens vazias e os riscos que essas embalagens podem causar para a saúde das pessoas, além de poluição do meio ambiente.
Mico-leão-dourado na medalha de ouro dos Jogos Olímpicos OUTUBRO 2015
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oção aprovada durante o Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação quer que espécie bandeira da Mata Atlântica seja lembrada nos Jogos Olímpicos. O apelo é da ONG Conservação Internacional (CI). Ela pede para haja uma união em torno da utilização da imagem do micoleão-dourado na medalha de ouro dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio
de Janeiro. O objetivo é usar a espécie, que é símbolo da Mata Atlântica, endêmica do Rio de Janeiro e que está ameaçada de extinção, como vitrine para a conservação da biodiversidade do Brasil. Uma campanha para que o muriqui – espécie de primata da mata atlântica - fosse escolhido como mascote das Olimpíadas, foi sugerida, mas sem sucesso. A esperança
é que a nova ideia possa ter mais força na ação. Apesar do mascote da Copa do Mundo de Futebol de 2014 ter sido o tatu-bola, essa vitrine não se concretizou em ações para a proteção da espécie. O objetivo é mudar para os Jogos Olímpicos, e aproximar a sociedade da causa para que ela cobre das autoridades ações efetivas para conservação das espécies homenageadas.
Setor rural engajado na preservação dos recursos hídricos
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ara garantir a água de qualidade e suficiente para atender às necessidades do campo, da cidade e da rica biodiversidade brasileira, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC) participa do Programa Nacional de Proteção de Nascentes e incentiva os Sindicatos Rurais a se engajarem na mobilização do 1º Concurso de Proteção de Nascentes - proteja uma nascente em um dia. No Estado, a meta é proteger uma nascente por evento realizado
Concurso A iniciativa é destinada às Administrações Regionais do Senar e aos Sindicatos de Produtores Rurais filiados às Federações de Agricultura e Pecuária, que realizarem a proteção de nascentes em seus Estados, segundo os cinco passos indicados pelo programa. A premiação do concurso tem duas categorias: número de nas-
pela entidade, a partir desta segunda quinzena de setembro. O programa será realizado por meio de treinamento com 8 horas/aula, desenvolvidas em propriedade rural com nascente que será protegida com os cinco passos: identificar a nascente; cercá-la; limpar a área; controlar a erosão e replantar espécies nativas. De acordo com o superintendente do Senar/SC, Gilmar Antônio Zanluchi, os supervisores estão acompanhando o programa, de modo que todas as iniciativas de
proteção de nascentes sejam registradas e o programa possa ser avaliado como um todo. “A intenção é aperfeiçoar os conhecimentos relativos à preservação e recuperação dos recursos hídricos existentes nas propriedades rurais”, complementa. Entre os conteúdos apresentados no treinamento estão a importância da água, legislação ambiental, segurança e saúde no trabalho, cuidados com o meio ambiente, tipos de nascentes e formas de proteção.
centes protegidas, voltado para as Administrações Regionais, e melhor iniciativa de proteção de nascentes, para os Sindicatos Rurais. Serão consideradas para efeito de premiação as nascentes protegidas e as melhores iniciativas realizadas até o dia 15 de novembro de 2015. As Regionais do Senar poderão cadastrar as nascentes protegidas na página especialmente criada para o concurso, na qual
deverão preencher um formulário por nascente protegida. Os Sindicatos Rurais preencherão um cadastro específico que ficará sob responsabilidade da Regional do seu Estado. Os prêmios serão duas picapes compactas, cabine simples, zero km, ano 2015, uma para cada categoria. O resultado final do concurso será divulgado no dia 4 de dezembro de 2015.
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DIVULGAÇÃO
• Um concurso de proteção de nascentes motiva o meio rural de Santa Catarina. A proposta é do Senar/SC
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VISÃO SUSTENTÁVEL
Concessionária a caminho da sustentabilidade Lages
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baseadas nos princípios da sustentabilidade. Seguindo este princípio, o gerente da empresa Lages Comércio de Veículos Ltda (Translages), Michel Joest Khater adotou uma série de medidas com influência direta ao meio ambiente, não só pensando no conforto dos clientes e colaboradores, mas também, na contenção de custos gerados no consumo de água e energia. Tudo foi possível, a partir da reforma da concessionária, em que vários pontos tiveram melhorias. FOTOS DIVULGAÇÃO
o Brasil, a multiplicação de empresas que compartilham as boas práticas no tocante aos aspectos ambientais, tem sido um aspecto positivo. Ações de melhorias, desde que haja visão, podem elevar o conceito das atitudes, especialmente em concessionárias de automóveis, que, a partir de diagnósticos simples poderão desen-
volver planos de ações voltadas para a atuação em sustentabilidade. A General Motors do Brasil, anualmente premia concessionárias e fornecedores da Chevrolet, em reconhecimento às práticas de preservação de recursos naturais, quem gerem equilíbrio tanto ao desenvolvimento econômico quanto ao social. Em Santa Catarina, neste ano, a Uvel, de Brusque foi uma das três empresas premiadas. A premiação, além de difundir, estimula a aplicação prática de ações
Sem desperdício Captação da água da chuva
Separação do lixo
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odos os tipos de lixos recolhidos recebem atenção especial. Os recicláveis são recolhidos três vezes por semana em parceria com a prefeitura. Já os contaminantes são armazenados e encaminhados para uma empresa recicladora homologada, assim como o óleo retirado dos veículos, que também é coletado e destinado de forma correta à recicladora. Por toda a empresa, há lixeiras específicas para a coleta separada do lixo.
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m dos itens mais importantes foi a instalação de uma cisterna com capacidade para 10 mil litros. A água da chuva armazenada é suficiente para a lavagem dos veículos, e dos demais pontos como as oficinas. Além disso, o cuidado para que a água contaminada não seja despejada diretamente nas tubulações da rua. Ao ser utilizado na limpeza, a água escorre para caixas de purificação, onde ocorre a separação da areia, do óleo e das demais impurezas. Só depois escorre para a natureza.
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economia com energia e água é de quase 50%. Lâmpadas econômicas e sistemas hidráulicos foram instalados. A opção de novos vasos sanitários; torneiras automáticas; lâmpadas econômicas; de led, e até mesmo maior abertura de luz solar, foram essenciais no novo projeto. “Cada administrador precisa fazer a sua parte; tomar a decisões em prol do meio ambiente sem esperar pelos outros. E o primeiro passo é seguir todas as normas ambientais corretas, e assim, nos encaminharmos para ser uma emprese ambientalmente sustentável”, reforça Michel, lembrando que ainda há muito a ser feito.