Alternativa de combate ao javali
Mobilização pela inscrição ao CAR
Governo estuda medidas para conter a proliferação
A proposta é evitar atraso na regularização
Páginas 10 e 11
Página 14
Proteção à Mata Atlântica
Lages promove Natal sustentável
Bom Jardim da Serra na lista dos protetores
Quase 100% da decoração vêm do reciclável
Página 12
Página 17
Desastre ambiental de Mariana
Lama tóxica deixou um rastro de destruição à vida. Páginas 4 à 6.
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“Adotando o meio ambiente por inteiro”
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Edição 170 - Dezembro - R$ 11,00
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Edição 170 | Ano 09 Lages, Santa Catarina - Brasil Capa: Divulgação
Índice 4, 5, 6 E 7 | ESPECIAL: TRAGÉDIA DE MARIANA Consequências do maior desastre ambiental do país
Expediente Contato Rua: Presidente Roosevelt, 344 Centro – CEP: 88.504 – 020 Lages – Santa Catarina Fone: (49) 9148-4045 E-mail: vidaenatureza@brturbo.com.br www.vidaenatureza.com.br Diretor Geral Paulo Chagas Vargas
8 | DE OLHO NO AMBIENTE Espera-se o cumprimento da promessa
10 E 11 | JAVALIS AINDA SEM COMBATE Governo estuda forma de conter a proliferação
Consultoria Ambiental Bióloga Ana Clarice Granzotto O. Vargas Jornalista Responsável Betina Pinto - Reg. SC 01940 - JP Diagramação e Projeto Gráfico Revista Vida & Natureza Caroline Colombo A. Costa Tiragem e Impressão 2.000 exemplares Gráfica Sul Oeste / Concórdia
12 | CIDADE ATUANTE NA PRESERVAÇÃO Bom Jardim da Serra entre os que mais protegem o bioma
14 | CONCLAMAÇÃO PARA O CAR Atraso no Cadastro Ambiental Rural “A Revista Vida & Natureza circula onde você nem imagina. Mas o importante é que ela sempre está onde o Meio Ambiente mais precisa: em suas mãos”.
Visão
DEZEMBRO 2015
16 | SIMPÓSIO INTERNACIONAL Um dia inteiro de debates sobre sustentabilidade
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17 | LAGES FAZ NATAL SUSTENTÁVEL Toda a decoração é ambientalmente correta
“Ser um meio de comunicação referencial seguindo princípios e valores éticos, alcançando assim, a consciência na preservação da Natureza”.
Missão “Fazer com que todos tenham oportunidade de obter informações envolvendo o meio ambiente e atingir a consciência futura”.
PALAVRA DO EDITOR
COMPROMETIMENTO
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m se tratando de meio ambiente, o que mais preocupa é o falta de consciência, e principalmente comprometimento da maioria da população, em todos os recantos do mundo. Embora as políticas que apregoam a necessidade de cuidar ou preservar a natureza estejam na legislação, a atitude da proteção recai a poucos, infelizmente. O problema é a falta de comunicação e informação que possam avançar para dentro das famílias, e delas, partir a verdadeira consciência. Outro dia ouvi alguém dizer: “afinal, como é que a população futura vai receber o planeta?”. É um questionamento que cabe às pessoas de agora refletirem. Nós seremos sim os verdadeiros culpados ou responsáveis pelo que os seres que ainda nem vieram ao mundo vão encontrar, seja na conservação ou destruição dos recursos naturais. Caso você refletir um pouco, verá o quanto a nossa influência sobre o futuro será primordial na preservação. Caso contrário, além de condenarmos as novas gerações, seremos amaldiçoados por não termos cumprido nossa obrigação de ter preservando enquanto havia tempo.
E o que se espera, é que agora, nestes dois dias de discussão (30/11 e 11/12 de 2015), em Paris, os 196 países membros que se reuniram na Conferência das Partes (COP), tenham efetivamente entrado em um consenso sobre qual será o rumo que a Convenção de clima irá dar ao Planeta. É preciso, mais do que nunca, que os acordos definidos globalizem os problemas, que o evento tenha valido a pena, e possa substituir o esvaziado e combalido Protocolo de Kyoto, único instrumento legal da Convenção. Por parte das organizações e movimentos sociais talvez esta tenha sido a última COP de clima com grande mobilização nas ruas. Por isso a agenda parisiense foi tão relevante, para que possa nos dar ânimo e força, e criado espaços de convergência e propostas concretas que deem continuidade às sínteses, ao mesmo tempo em que pavimentem os caminhos futuros.
Paulo Chagas
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Porém, não são somente as pessoas comuns da sociedade que precisam fazer a sua parte. No mundo está para acontecer uma nova discussão. E, o que se percebe, é que falta de vontade política dos países membros da Convenção Quadro das Nações
Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), em especial os países desenvolvidos. Eles precisam enfrentar seriamente os problemas provocadores e provenientes da crise climática. A constatação é triste. Depois de mais de duas décadas de negociações pouco tenha sido feito.
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DEZEMBRO 2015 FOTOS: ANTONIO CRUZ/ AGÊNCIA BRASIL
Mariana: As consequências do maior desastre ambiental do Brasil Por Caio Santos - Jornalistas Livres
• Entre o luto e a saudade: um panorama do maior desastre ambiental do Brasil. Entenda as consequências da enxurrada de lama de rejeito da mineração
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uem chega em Gesteira, distrito rural no município de Barra Longa, MG, nunca vai imaginar que antes passava um córrego com água cristalina e havia um campo verde amplo na frente, onde bois e cavalos pastavam. Porque quem chegar hoje em Gesteira não verá um pasto, nem um animal ou um riacho. Verá apenas uma gigantesca lagoa de barro escuro onde antes era um vale. Os moradores descrevem para mim, entre o luto e a saudade, a paisagem onde cresceram e que, provavelmente, nunca mais verão na vida.
“Antes esta paisagem daqui era tudo verdinho com uma pastagem e tinha um rio com água clarinha. Acabou tudo.” — diz Clau-
diano da Costa, morador de Gesteira. Mais de trinta dias após a queda das barragens da mineradora Samarco, ainda se desconhece todas as extensões do impacto ecológico liberado na forma de 62 milhões de litros de lama residual da mineração. O barro de rejeitos saiu de Bento Rodrigues, na cidade histórica de Mariana, em Minas, e ainda percorrerá mais de 850 km até chegar ao mar, deixando um rastro de destruição à fauna, à flora e às comunidades que estiverem em seu caminho. Só é preciso observar a área destruída — seja do leito do rio, seja do espaço — para compreender que é um dos maiores desastres ambientais na história do Brasil. No entanto, ainda há muitas perguntas buscando entender como esta tsunami de lama afetou todo um ecossistema. Aqui está um panorama do que já sabemos.
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Lama Tóxica?
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ara ter compreensão do impacto é preciso primeiro entender qual é o conteúdo da enxurrada de lama que vêm das minas. Segundo a mineradora Samarco, as barragens apenas continham rejeitos de minério de ferro e manganês, misturados basicamente com água e areia. A empresa insiste que o material é inerte, não causando danos ao ambiente ou à saúde. No entanto, análises do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Baixo Guandu, ES, mostram a presença de diversos metais pesados na água do Rio Doce, como arsênio, mercúrio e chumbo.
Estes elementos são extremamente tóxicos ao ambiente e à saúde humana, sendo absorvidos nos corpos dos diferentes organismos e dificilmente eliminados. Normalmente, eles acumulam nos tecidos de seres vivos e, com o tempo, na própria cadeia alimentar. Ao ingerir a carne ou folhas contaminadas, o metal pesado não é processado, envenenando o bicho ou pessoa que consumiu a comida intoxicada. Com o tempo, os metais pesados podem gerar problemas sérios à saúde, como câncer, úlceras e danos neurológicos. Na tarde de sábado, 14/11, o governador de Minas Gerais, Fernan-
do Pimentel, apresentou um laudo da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) negando a existência de metais pesados na água e contrariando os laudos de Baixo Guandu. Nesta quinta-feira, 12/11, uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) também foi coletar amostras da lama e da água no Rio Doce para apurar o grau da devastação e verificar, entre outros aspectos, a presença de metais pesados. Ainda resta esperar os resultados da investigação dos cientistas mineiros, que devem chegar no decorrer da semana
O Fim da Vegetação
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o entanto, mesmo sem arsênio e mercúrio e ao contrário do que a mineradora sugere, a lama está longe de ser inofensiva. Apesar da presença do ferro e manganês não significar um perigo à saúde, estes elementos causam consequências profundas à terra. “O ferro (e o manganês) tem uma facilidade muito grande de reação, sendo um ligante por sua própria
natureza. No caso, essa lama vai formar uma capa muito dura devido à presença do ferro. A tendência é fazer uma ligação muito forte e ficar sobre a superfície formando uma crosta” — diz a professora do Instituto de Geociências da UFMG e especialista em geologia ambiental, Leila Menegasse. Segundo ela, esta cobertura poderá impedir a infiltração da água e também cobrirá a própria vegeta-
ção, tornando o ambiente estéril. “As raízes ficam soterradas, desaparece a possibilidade da fotossíntese porque a água fica muito turva e as folhas ficam todas fechadas pela deposição de materiais. As plantas que entrarem em contato com essa lama certamente irão morrer” acrescenta o professor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, Francisco Barbosa.
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Rio Doce Morto
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Quem se aproximar do Rio Doce, seja em Minas seja no Espírito Santo, verá ele amarronzado, escuro e com diversos detritos boiando. Essa imagem não é apenas feia e desagradável, ela também é extremamente danosa à vida aquática. Esse barro, mesmo diluído, torna á água turva e barra a passagem de raios solares, escurecendo o rio e impedindo que algas façam fotossíntese. O baixo nível de oxigênio na água é insustentável para os animais, fazendo com que, em um ato de desespero, muitos peixes simplesmente pulem fora d’água.
Se em cima cadáveres boiam, embaixo o rio encolhe. “Toda essa área que recebeu uma carga de segmentos irá sofrer um processo de deposição de material no fundo do rio. Isto vai aumentar a altura da calha e, a grosso modo, vai entupir o rio” explica o coordenador do Centro de Pesquisas Hidráulicas, Carlos Barreira Martinez. O processo é intensificado pela destruição da mata auxiliar, ainda existindo a possibilidade de a lama cobrir as nascentes, diminuindo consideravelmente o volume da água. Este perda não significa apenas menos água, mas
compromete sua qualidade e a torna imprópria para o uso. Os mananciais oriundos do Rio Doce são usados para abastecer diversas comunidades rurais, seja para o uso pessoal, seja para irrigação de plantações ou consumo pelo gado. Essas comunidades rurais serão profundamente afetadas e não poderão recorrer ao rio mais. Mesmo considerando apenas a população urbana, a enxurrada de lama passa por, no mínimo, 23 cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo, o que representa meio milhão de pessoas com a torneira seca.
Milhares de pessoas sem água
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cidade mais afetada pelos rejeitos da Samarco é também a maior da bacia do Rio Doce: Governador Valadares, MG, com 280 mil habitantes. Mesmo a 300 km de Mariana, sua SAAE, em laudo preliminar da água, encontrou um nível de turbidez oitenta vezes maior do que o tolerável, além de níveis de ferro que chegaram a superar treze mil vezes o tratável. Esta con-
dição insalubre do rio fez com que o abastecimento de água fosse cortado no domingo, 08/11. Dois dias após a interrupção, a prefeita Elisa Costa declarou estado de calamidade pública. “Todo o dia esse caos. Todo dia gente transportando água. Todo mundo carregando água como pode”, descreve de Marcos Renato, habitante da cidade. Em longas filas, a população gasta horas em pontos
de distribuição de água, sofrendo, além da seca e da sede, das altas temperaturas. “Estamos atendendo normalmente nas unidades de saúde e nos preparando para possíveis doenças que venham a surgir pela falta de água e pelo uso da água contaminada. Enfim, a situação aqui não está nada fácil” comenta Flávia França, médica local e membro da Rede de Médicas e Médicos Populares.
Um Oceano Inteiro Afetado É importante lembrar que o rio não é só água em movimento, mas também funciona como transporte de nutrientes para o mar, que acabam sustentando diversos organismos. Coincidentemente, na foz do Rio Doce, ocorre também o encontro de correntes marinhas do Sul e do Norte, formando um “rodamoinho” de água de cerca de setenta quilômetros de diâmetro. Esta área é rica em nutrientes e também reúne espécies marinhas
de todo o mundo. Por isso, segundo o diretor da Estação de Biologia Marinha Augusto Ruschi, o biólogo e ecólogo André Ruschi, a foz do Rio Doce se torna uma dos maiores pontos de desova de peixes marinhos do mundo. “É o maior criadouro do Oceano Atlântico. Todos os grandes peixes do Oceano, do hemisfério sul e norte, vêm para lá se reproduzir, sendo um fenômeno impar. É uma das regiões marinhas mais importantes
do planeta e, da costa brasileira, é a mais sensível de todas”. A chegada de diversos rejeitos da mineração significa um risco para todo o ecossistema do oceano. Como ainda resta a chance da presença de metais pesados na lama, há a possibilidade de contaminação da imensa biodiversidade do local. Todos os seres vivos, desde o minúsculo plâncton ao gigante marlim, podem acabar envenenados por estes elementos.
Recuperação? sudeste enfrenta é um agravador deste cenário, atrasando muito uma possível revitalização do Rio Doce. Obviamente, a biodiversidade animal e vegetal da região não pode esperar décadas para ver o rio novamente. “O conjunto de seres vivos vai estar todo ameaçado e vários desses organismos vão desaparecer, ainda que, vamos esperar, seja localmente. Eventualmente alguns desses organismos podem ter a chance de voltarem a colonizar essas áreas. Para que isso aconteça, vai precisar de tempo. No entanto, outros organismos não vão ter a chance de colonizar porque requer um tempo muito mais longo para que as cadeias alimentares se restabeleçam” explica o professor do ICB da UFMG, Francisco Barbosa. Ele estima que o começo dessa recuperação só irá acontecer em um
futuro distante, precisando de 20 a 30 anos para a maioria dos diversos processos se sucederem. Mas, se este prazo já é muito grande no continente, no oceano, ele é ainda maior. O especialista em biologia e ecologia marinha, André Ruschi lembra que a chegada de nutrientes ao oceano depende dos ciclos da maré, definidos pelos movimentos dos astros, como a lua e o sol: “A cada onze anos, com as enchentes, as cheias carregam grandes quantidades do material do rio para o mar”. Como a região também é onde ocorre a confluência de espécies e correntes de todo o Oceano Atlântico, sendo uma das áreas de maior biodiversidade no mundo, o impacto, segundo o cientista, representará um atraso de séculos ao ecossistema. Reportagem: Caio Santos
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Restam ainda muitas dúvidas em relação a como e quanto o ambiente será afetado pela lama da Samarco. Mas uma merece destaque: é possível recuperar o estrago? Ainda é muito cedo para afirmar com certeza, porém se estipula que o volume de água do rio talvez será o primeiro a normalizar. “A natureza é muito mais forte do que podemos imaginar. Com o passar do tempo e muito lentamente os rios vão se recuperando. A vida dos tributários vai voltar a ocupar o rio e ele, em uma ou duas décadas, vai se recuperar. O que é muito tempo.” afirma o coordenador do Centro de Pesquisas Hidráulicas, Carlos Barreira Martinez. No entanto, para que isto ocorra é necessário que a lama se dilua e escorra para outras áreas, o que só é possível com a ação da chuva. A estiagem que a região
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DE OLHO NO AMBIENTE
Desmatamento
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DIVULGAÇÃO
a viagem aos Estados Unidos, no final de junho deste ano, em declaração conjunta dos governos do Brasil e dos Estados Unidos, a presidente Dilma Rousseff assinou compromisso de, até 2030, recuperar 120 mil km² de florestas. Ela se comprometeu ainda a zerar o desmatamento ilegal em 15 anos. Por outro lado, o governo brasileiro diz no documento que as fontes renováveis, tanto para geração de energia como para biocombustíveis, devem representar entre 28% e 33% do total de recursos usados, também até 2030. A meta não inclui a energia hidrelétrica. São exemplos de fontes renováveis o sol, vento e a biomassa. A intenção é diminuir o uso de fontes que se esgotam, como petróleo e carvão. Infelizmente, é difícil de acreditar. A prática é que gera incerteza. Há promessa também de fazer estoque de carbono por meio de reflorestamentos e da restauração florestal, atingindo mais de 12 milhões de hectares até 2030. Quem viver verá. Caso se cumpra o prometido, por certo, o Brasil poderá usufruir dos benefícios, inclusive, o da redução das emissões de gases de efeito estufa.
Energia positiva
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m evento paralelo a 21ª Conferência das Partes (COP 21), realizado na Embaixada brasileira em Paris, gestores públicos e pesquisadores apontaram a renovação da matriz energética brasileira como uma das principais medidas para que o País atinja a meta de corte de emissões apresentada às Nações Unidas. No País, as fontes renováveis correspondem, hoje, a 78% da geração de energia --a expectativa do Ministério de Minas e Energia é que esse percentual chegue a 84,4% até o fim de 2015. O dado supera em mais de três vezes a média mundial, com apenas 20,3% de fontes renováveis e mais de 40% provenientes do carvão.
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epois de aproximar as pessoas dos locais em que vivem ou de lugares em que nunca estiveram por meio do Google Street View, uma nova ferramenta tecnológica promete mostrar a situação real dos seis ambientes naturais brasileiros. Trata-se do MapBiomas, plataforma desenvolvida pelo Observatório do Clima, rede de ONGs que atuam na agenda climática do Brasil, em parceria com o Google. A ferramenta deverá mostrar a situação real da Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal, através de análise de dados e imagens de satélites, com resolução de até 30 m x 30 m, no período de 1985 a 2017. Na primeira etapa, a ser executada ainda esse ano, serão analisadas imagens captadas entre 2008 e 2015. No próximo ano, o período a ser analisado será de 1985 a 2015 e, em 2017, serão analisadas as imagens até 2016, com detalhamento.
Prêmio de Jornalismo
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astante louvável a proposta da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), em valorizar os profissionais da imprensa catarinense que constroem trabalhos jornalísticos com o tema ambiental. No último dia 3 de novembro, foram entregues as premiações aos escolhidos na 8ª edição do Prêmio, nas categorias Mídia Impressa, Mídia Eletrônica e Internet. Ao todo, foram 115 reportagens inscritas nas três categorias. Cada vencedor ganhou R$ 5 mil e as menções honrosas R$ 2 mil cada. Os 23 vencedores regionais receberam troféus e certificados. DIVULGAÇÃO
A promessa
Estratégias para com a do
acabar praga
JAVALI na Serra
Técnicos do Governo do Estado de Santa Catarina estão atentos à problemática da proliferação do javali em várias regiões do território catarinense, mas precisam efetivar as técnicas apontadas
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Governo de Santa Catarina estuda alternativas técnicas, seguras e ambientalmente corretas para acabar com uma praga que vem destruindo plantações na região serrana. Durante o Ciclo de Palestras Estratégicas na noite de segunda-feira, 23 de novembro, na Associação Empresarial de Lages (Acil), o secretário de Estado adjunto da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, foi questionado sobre o
assunto e destacou as ações do Governo para solucionar o problema que vem causando prejuízos aos produtores rurais. Na Acil, Airton Spies explicou que, após audiência pública realizada no primeiro semestre deste ano, em Lages, por proposição do deputado estadual Gabriel Ribeiro, foi criado um grupo de trabalho para elaborar um relatório sobre a situação e sugerir alternativas. Assim, a Secretaria da Agricultura prepara junto com a Polí-
cia Militar, Polícia Ambiental, Polícia Federal e Ibama um conjunto de ações para ampliar o abate nas propriedades. Três principais estratégias são estudadas e devem ser colocadas em prática. Já na terça-feira, 24, o secretário de Desenvolvimento Regional de Lages, João Alberto Duarte, tratou do assunto com o novo comandante da Polícia Ambiental de Lages, major Adair Alexandre Pimentel, e com o sargento Alexandre Rodolfo.
Estratégias para facilitar a caça, armadilhas e até o uso da tecnologia
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primeira estratégia consiste em estimular e facilitar o abate por parte dos caçadores devidamente registrados, obtendo a autorização junto à Polícia Ambiental. A segunda é incentivar os produtores rurais a fazerem o controle, já que conhecem a rotina de hábitos e circulação dos javalis em suas propriedades. Neste caso, a própria Secretaria da Agricultura poderia oferecer treinamento e até subvencionar armadilhas específicas para a captura dos animais.
A terceira estratégia a ser adotada diz respeito à captura de fêmeas dos javalis. Elas receberiam um chip e seriam soltas. E como a tendência é de as fêmeas se juntarem em grupo aos demais membros da espécie, isso facilitaria o trabalho dos caçadores, que poderiam rastreá-las por meio de um sinal emitido por antena, localizá-las e abater vários animais ao mesmo tempo. A utilização de equipes especializadas para patrulhamentos e abates também é estudada junto ao comando da Polícia Militar.
“O javali é uma espécie exótica e representa não apenas um risco econômico à produção agropecuária. A sua presença em excesso compromete espécies nativas como os pássaros, já que o javali come os ovos dos ninhos, afeta os catetos e outros animais importantes para o ecossistema. As estratégias de abate são muito coerentes, bem discutidas, com conhecimento técnico e científico e precisam ser feitas com a maior urgência possível”, diz Airton Spies.
Abate deve respeitar o bem-estar animal “Se vamos abater muitos animais, poderia parecer uma coisa óbvia transportar essa carne para vender no mercado. Mas como não temos a inspeção nesse processo, não temos uma alternativa que nos dê segurança, por isso a comercialização é proibida”. (Por Pablo Gomes – Jornalista Gerência de Comunicação da SDR Lages)
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O javali é um mamífero de médio a grande porte que pode chegar aos 167 cm de comprimento e a 130 kg de peso. São por isso, animais de grande robustez física exibindo uma forma arredondada, mas com patas curtas e fortes.
deria gerar uma ação contrária aos interesses dos produtores, que precisam se livrar dessa praga, mas sem crueldade. Isso tudo deve ser feito dentro de padrões que respeitem o bem-estar animal e sejam reconhecidos pela sociedade como uma prática necessária, porém, feita com o devido rigor técnico e sanitário”, diz o secretário. Sobre a carne dos javalis mortos, Airton Spies lembra que o Estado não pode, por legislações sanitárias, permitir o consumo de produtos não inspecionados fora dos estabelecimentos de abate.
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secretário da Agricultura descarta a morte de javalis por envenenamento, pois a prática, ainda que utilizada em outros países para combater porcos selvagens que também atacam plantações, pode ocasionar a intoxicação de animais de outras espécies e, além disso, seria interpretada como um ato muito cruel. “Os animais não podem sofrer durante o abate. Não se pode matar uma fêmea amamentando seus filhotes nem deixar um animal agonizando por vários dias seguidos devido a um tiro mal disparado. Isso po-
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Bom Jardim da Serra está entre três cidades brasileiras que mais preservam a Mata Atlântica • Fundação SOS Mata Atlântica lançou hotsite ‘Aqui Tem Mata’, que mostra de forma interativa índices de desmatamento de 3.429 cidades no período 2013-2014
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ançado no dia 11 de novembro pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Atlas dos Municípios da Mata Atlântica traz os dados mais recentes sobre a situação de cidades do Estado de Santa Catarina. O município de Bom Jardim da Serra foi a cidade catarinense que mais preservou o bioma no período de 2000-2014, com 93% de vegetação natural, em comparação com a área original – o que a coloca na terceira posição no ranking nacional de preservação. Já a capital do Estado, Florianópolis, é a segunda capital com maior área proporcional de vegetação natural do país, com 25%. A vegetação natural inclui, além das florestas nativas, os refúgios, várzeas, campos de altitude, mangues, restingas e dunas.
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A cidade do Estado com número mais expressivo de desflorestamento entre 2000 e 2014 foi Itaiópolis, com 5.805 hectares de supressão de vegetação nativa.
Neste ano, os dados atualizados e o histórico das cidades abrangidas pela Lei da Mata Atlântica poderão ser acessados no hotsite ‘Aqui Tem Mata’, que acaba de ser lançado e apresenta de forma simples e interativa as áreas remanescentes de Mata Atlântica no país. Com opções de busca por localidade, mapas interativos e gráficos, a ferramenta está disponível para web, tablets e celulares, permitindo que os dados estejam acessíveis a qualquer usuário e possam ser reutilizados com finalidades de educação e defesa da proteção da floresta.
Atualmente, a Mata Atlântica é a floresta mais ameaçada do Brasil, com apenas 12,5% da área original preservada. O ranking de desmatamento do Atlas dos Municípios, com dados de 3.429 cidades brasileiras, é encabeçado pela cidade piauiense de Eliseu Martins, que teve supressão vegetal de 4.287 hectares (ha) no período entre 2013 e 2014. Por outro lado, outras duas cidades desse Estado, Tamboril do Piauí e Guaribas, lideram
a lista das cidades mais conservadas, com 96% da vegetação natural. No recorte do período 2000-2014, a cidade campeã de desmatamento no Brasil é Jequitinhonha, com 8.708 hectares desmatados. (Por Máquina Public Relations)
1° Tamboril do Piaui PI - Bioma: 17,6% Vegetação Natural: 96%
2° Guaribas PI - Bioma: 59,3% Vegetação Natural: 96%
3° Bom Jardim da Serra SC - Bioma: 100% Vegetação Natural: 93%
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Seminário aborda arte e educação ambiental
Chapecó - Artistas, educadores, ambientalistas e técnicos participaram entre os dias 24 e 25 de novembro, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo De Nes, do II Seminário: Arte-educação ambiental e qualidade de vida por meio da pedagogia de projetos. O evento foi uma iniciativa da Associação de Cultura, Educação, Meio Ambiente e Tecnologia (Acemat), desenvolvido com o apoio da Prefeitura de Chapecó, por meio da Secretaria Municipal de Educação. O objetivo do encontro foi contribuir com as ações da Rede Municipal de Ensino, por meio de atividades que
estimulem ações dentro da escola, a partir de projetos que incentivam a consciência ecológica. A ideia é sensibilizar os estudantes da através do contato com o meio ambiente, orientações, recuperação de áreas degradadas, viabilização de projetos, oficinas pedagógicas, palestras educativas, plantio de árvores e flores, trilhas de interpretação ambiental, entre outras ações que estimulem a consciência ambiental. A intenção é que essas ações sejam realizadas, na prática, nas escolas. O evento contou ainda com exposição de banners e lançamento
da 2ª edição da revista Práticas de Educação Ambiental: Arborização na Qualidade de Vida. De acordo com a Secretária Municipal de Educação, professora Astrit Tozzo, “é sempre um privilégio ser parceiro de ações tão importantes e que fazem a diferença na formação dos alunos. Enfatizar, desenvolver e estimular ações que incentivam a consciência ecológica é uma construção que inicia cedo na escola e que trará grandes resultados para o futuro do meio ambiente”, disse.
Texto: Camila Almeida/ Divulgação/ PMC.
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• Estudantes despertam para a educação ambiental a partir de projetos organizados dentro das escolas
Região se mobiliza para agilizar as inscrições no CAR
ONERES LOPES
• Há municípios que estão muito atrasados no cadastramento. A preocupação é fazer com que se agilizem, pois, não vai haver mais prorrogação do prazo
Otacílio Costa é o município mais avançado com quase 60% cadastrados Lages - O primeiro Fórum Regional do Cadastro Ambiental Rural – CAR realizado na tarde de quinta-feira (03), no auditório da Amures superou todas as expectativas de participação de entidades regio-
nais. Ao menos 60 pessoas entre técnicos das prefeituras, sindicatos, associações rurais, Epagri, Polícia Ambiental e Udesc compareceram ao evento que objetiva inscrever os imóveis rurais numa base de dados
que integra todas as informações ambientais das propriedades. Segundo dados apresentados pelo engenheiro florestal da Amures André Bortolotto Buck e pelo coordenador de Agricultura da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Lages Denilson Padilha, a região da Amures ainda está bem defasada com as inscrições do CAR. O município mais avançado é Otacílio Costa com 59,83% das propriedades inscritas. Neste caso, um dos motivos é que a Klabin agilizou o cadastramento de suas propriedades. Mas há casos como Cerro Negro com apenas 10,44% e Bom Jardim da Serra com 14,1% de inscrições confirmadas. Na região da Amures, são 28.191 imóveis rurais que tem até início de maio para regularizar a situação perante o CAR. Caso contrário, o dono do imóvel sofrerá restrições por parte de órgãos públicos como não poder contratar operações de crédito e perder os benefícios do Pronaf.
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Lages conta com novo comandante da Polícia Ambiental
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Lages - Desde o dia 24 de novembro, Lages tem novo comandante da Polícia Ambiental. Trata-se do major Adair Alexandre Pimentel. O novo comandante substitui o major Frederick Rambusch, que passará a atuar no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Em contato com o secretário João Alberto, o major Adair Pimentel conversaram sobre as estratégias do Governo de SC de combate ao javali nas plantações da região e se colocaram à disposição um do outro para trabalharem juntos, assim como já ocorria com Rambusch. Pimentel se criou em Lages, onde atuou na própria Polícia Ambiental de 2001 a 2005. Depois, morou por dez anos em Gaspar, atuando no Batalhão da Polícia Militar em Brusque. Agora, retorna a Lages para ficar mais próximo dos seus familiares.
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LUANA MARTINS, HENRIQUE VIVAN E MARLON GODOI.
Universidade realiza Simpósio Internacional de Desenvolvimento Sustentável
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Lages - O “Simpósio Internacional de Desenvolvimento Sustentável”, ocorreu na quarta-feira, 18 de dezembro último junto ao Centro Universitário Facvest – Unifacvest. O evento realizado nos três turnos do dia reuniu cerca de 1,5 mil pessoas dentre docentes doutores e pós-doutores da própria instituição, além de convidados, mestres, pesquisadores e acadêmicos da Unifacvest. Com foco na sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, o evento pode ser acompanhado em tempo real via internet através do site http://www.unifacvest.net/. No período da manhã, ocorreram três mesas redondas, que foram mediadas pelo professor Dr Mario Cesar Brinhosa: 1ª) Sustentabilidade: Perspectivas, Empresas, Educação e Mulheres, com a participação dos professores Dr. José Correia Gonçalves e Léa Schwatz Back; prof. Dra. Maria Isabel Vieira Branco e prof. Dr. Miro Hildebrando. A Segunda mesa redonda, intitulada Bioética, Espaço Natural e
Sustentabilidade, com a participação dos professores doutores: Henrique Bitencourt; Mario Cesar Brinhosa e João Frederico Mangrich dos Passos; As atividades do período da manhã foram encerradas com as apresentações dos trabalhos da terceira mesa redonda do evento, Impacto Ambiental e Mobilidade Humana, integrada pela professora Dra. Maria Benta Cassetari Rodrigues e professor Dr José Vergílio da Silva. Prestigiaram o evento no período da manhã, o gerente de educação da GERED de Lages, Humberto Aloísio de Oliveira e o presidente da Associação de Imprensa da Serra Catarinense (ASSISC), jornalista Paulo Chagas. No período da tarde, foram feitas a apresentação de trabalhos organizados em quatro mesas redondas: 4ª) Ensino, Gestão, Tecnologia e Sustentabilidade; 5ª) Ciência, Meio Ambiente e Sustentabilidade; 6ª) Desenvolvimento, Realidade e Sustentabilidade; 7ª) Recursos Naturais, Mineração e Produção de Alimentos.
Abertura Oficial No período da noite, na programação do Simpósio, a solenidade de abertura oficial, com a presença de autoridades convidadas e também o anfitrião e reitor da instituição, professor Geovani Broering. Na sequência, a palestra “Investigação Socioantropológica da Gestão, Administração e Economia da Educação”, ministrada pela professora Dra. Alicia Eugenia Olmos, de Córdoba (Argentina). Na mesma noite, o evento teve continuidade com a realização de mais duas mesas redondas: Educação, Acesso às Minorias e Espaço Urbano; e Sustentabilidade: Objeto, Cidadania, Biotecnia e Desenvolvimento Regional. Os trabalhos comunicados no Simpósio serão publicados pela revista Synthesis do Centro Universitário Facvest – Unifacvest, com a autorização dos autores. Texto: Adriana Palumbo
Natal Felicidade foca na preservação do meio ambiente
Lages - Além de reunir milhares de pessoas todos os anos no Centro e bairros, o Natal Felicidade é voltado à sustentabilidade, tanto que praticamente 100% dos motivos decorativos foram produzidos a partir da reciclagem de garrafas PET, reutilização de pneus em toda a extensão do Túnel Encantado da Rua Nereu Ramos e a utilização de lâmpadas de LED, que dão todo o brilho do evento, consumindo pouca energia. O evento inicia terça-feira (1), no largo da Catedral Diocesana. Estima-se que há cerca de R$ 800 mil somente em motivos decorativos das edições de 2013 e 2014 do Natal Felicidade, entre bolas, árvores, anjos, velas e luzes que fazem parte do patrimônio do muni-
cípio e, com sua conservação, garantem que mais pontos da cidade sejam decorados, com significativa economia de recursos. O Natal Felicidade está caminhando para ser um evento sustentável. Para tanto, receberá um selo de evento neutro Instituto Vianei, que mostrará a neutralização de impacto ambiental voltado à iluminação e toda a decoração. “Fizemos o inventário sobre a emissão de carbono que iria emitir na atmosfera. Convertemos esses dados em toneladas e com isso dispomos da plantação de árvores nativas nas propriedades de agricultores familiares e tribos indígenas, para neutralizar a emissão de gás carbônico do evento”, explica Luiz Henrique Pocai, do Instituto Vianei.
PAULO CHAGAS
• Estima-se que há cerca de R$ 800 mil somente em motivos decorativos das edições de 2013 e 2014 do Natal Felicidade, entre bolas, árvores, anjos, velas e luzes que fazem parte do patrimônio do município
O Natal Felicidade será o primeiro grande evento de Lages a neutralizar as emissões de carbono
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e segundo Luiz Henrique, este é o primeiro passo para que a cidade concretize ações socioambientais e futuramente possa expandir para outras regiões do Estado. “Queremos parabenizar ações desse cunho, para que empresas e eventos tenham essa visão e abram portas para essa iniciativa”, destaca. Durante o lançamento do Natal Felicidade, na manhã de sexta-feira (27), o prefeito Elizeu Mattos assinou o documento que formaliza essa parceria entre a administração municipal e o Instituto Vianei.
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VISÃO SUSTENTÁVEL
Produtor rural mineiro usou pneus para construir curral
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• A reutilização de materiais é uma alternativa barata e ecologicamente sustentável para sanar problemas do dia a dia. Pensando nisso, um produtor rural de Campos Gerais (MG) construiu um curral com pneus velhos economizando dinheiro e beneficiando o meio ambiente.
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onvencionalmente construído com madeira de reflorestamento, um curral de aproximadamente 300 metros quadrados, segundo João Batista Cândido, idealizador desta inovação, custa em média R$ 15.000,00, sem a mão de obra. A economia na construção do curral com pneus velhos foi tanta, que nas contas do produtor rural, foram gastos apenas R$ 300,00, uma vez que os pneus usados foram doados. Para construir o curral, foram necessários, além dos pneus velhos, algumas estacas de madeira reflorestada, pregos e uma motos-
serra para fazer as tiras com os pneus. A complexidade construção é bem baixa, o que fica evidente é a criatividade do produtor rural e a inovação promovida por ele. Além de economizar muito dinheiro esta ideia dá uma nova vida a um material que muitas vezes era inutilizado. Seguindo o exemplo, o vereador de Lages, Agessander Belezinha, através de Moção Legislativa, solicita ao Executivo Municipal, que seja criado parceria com agricultores da Região Serrana, para que utilizem pneus velhos, na construção de currais e outras bem feitorias, contribuindo para preservação do meio ambiente.
O problema dos pneus velhos Pneus jogados na natureza acumulam água no seu interior, servindo de local para a proliferação de mosquitos transmissores de doenças, como a dengue e febre amarela, e quando queimados podem causar incêndios, pois cada pneu é capaz de ficar em combustão por mais de um mês, liberando mais de dez litros de óleo no solo contaminando a água do subsolo aumentando a poluição do ar. Com essa ideia pode diminuir os efeitos de poluição.