Revista Vida & Natureza

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O valor da água

A água pode mesmo terminar? Pág. 4 e 5

Programa Lixo Zero

Entre os melhores do Brasil Pág. 09

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Polícia Ambiental

Defesa integral ao meio ambiente Pág. 16 e 17

Mãos protetoras Família mantém 300 cães de rua. | Pág. 10 e 11

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ano

BIENTE AM

“Adotando o meio ambiente por inteiro”

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R$ 7,90

O CÊ E MEI VO


Edição 161 | Ano 09 Lages, santa catarina - brasil Crédito capa: paulo chagas

Índice 4 E 5 | Água: o que dizer? Hora de refletir sobre o uso

Expediente Contato Rua: Presidente Roosevelt, 344 Centro – CEP: 88.504 – 020 Lages – Santa Catarina Fone: (49) 9148-4045 E-mail: vidaenatureza@brturbo.com.br www.vidaenatureza.com.br Diretor Geral Paulo Chagas Vargas Consultoria Ambiental Bióloga Ana Clarice Granzotto O. Vargas

6 E 7 | Lages está segura Cidade está bem servida de água

8 | Reaproveitamento da água A ideia é utilizar água da chuva

Jornalista Responsável Betina Pinto - Reg. SC 01940 - JP Diagramação e Projeto Gráfico Revista Vida & Natureza Caroline Colombo A. Costa Tiragem e Impressão 2.000 exemplares Gráfica Tipotil

12 | Longa vida DO beija-flor Pássaro vive até 12 anos

13 | Araucárias ao chão Irresponsabilidade continua na Serra

“A Revista Vida & Natureza circula onde você nem imagina. Mas o importante é que ela sempre está onde o Meio Ambiente mais precisa: em suas mãos”.

Visão

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14 | PARQUE ECOLOGICO Aberto à educação ambiental

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15 | Horto municipal Mais de 230 mil mudas por ano

“Ser um meio de comunicação referencial seguindo princípios e valores éticos, alcançando assim, a consciência na preservação da Natureza”.

Missão “Fazer com que todos tenham oportunidade de obter informações envolvendo o meio ambiente e atingir a consciência futura”.


Palavra do Editor Bateu a preocupação

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ão somente entre os governantes, mas com certeza entre toda a população brasileira, a problemática da falta de água em grandes centros do país. Um risco gigante especialmente localizado na Região Sudeste, e atingindo inúmeras cidades da grande São Paulo, incluindo a Capital. Acendeu de vez a luz vermelha. O que mais indigna é que não foi por falta de aviso. Além da falta de água, a questão se estende ainda à produção de energia. Nesse caso, ainda mais preocupante. Um momento profícuo não só para pensar, mas para agir e tentar amenizar os reflexos que poderão ser ainda piores com o passar dos anos. m março, no dia 22, a ONU que vem se preocupando com a água, instituiu o Dia Mundial da Água, cujo objetivo principal é refletir, mas acima de tudo, estender a conscientização e a elaboração de medidas práticas para resolver o problema da falta de água, cada vez mais evidente. Afinal, parece que poucos ainda

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se deram conta de que apenas dois terços do planeta Terra é formado por este precioso líquido e que temos pouca quantidade, ou seja, de que 0,008%, do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo). E para piorar, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) está sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. ão há mais como deixar de lado. Esta situação é preocupante, pois poderá faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande parte da população mundial. Quanto à Santa Catarina, um estado em que ainda há água em abundância, porém, talvez por isso, poucos detêm a preocupação de zelar. Basta observar a ação dos municípios e ver quantos estão estimulando para os cuidados com as fontes e mananciais. Definitivamente, dá para contar nos dedos das mãos. Hora de autoridades abraçarem a causa com forte apelo educacional e de conscientização junto às suas comunidades. Caso contrário, a geração futura que aguarde pelo pior, e por culpa de quem?

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Paulo Chagas

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O valor estratégico da água • A crise hídrica que o país enfrenta pode ser a grande oportunidade para que se repensem os hábitos e se construa uma nova convivência social.

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foram canalizados e estão poluídos de tal forma que não servem nem mesmo para regar plantas, segundo especialistas. Isso mostra o descaso com que a sociedade e os governos sempre trataram um recurso estratégico e finito. ois, ao contrário do que ocorre no resto do mundo, nossa crise vem da abundância. O brasileiro consome, em média, 200 litros de água por dia, quando a quantidade diária ideal recomendada pela Organização das Nações Unidas (ONU) é de 110 litros. Por aqui, se gasta 215 litros para lavar carro com mangueira, 135 litros para tomar banho de ducha, 279 litros para lavar calçada. Tudo isso com água tratada.

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belecer um modo de utilização que permita nossa sobrevivência sem pôr em risco a sobrevivência dos demais seres. A crise hídrica pela qual se está passando pode ser a grande oportunidade para que a população repense seus hábitos e construa uma nova convivência social, mais solidária, participativa e compartilhada. (Por Jorge Abrahão - é diretor-presidente do Instituto Ethos)

Água mal distribuída

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as, há desperdícios maiores. Os distribuidores de água deixam pelo caminho 38% da água tratada no país. Isso equivale a 3,6 bilhões de litros perdidos anualmente. a agricultura, boa parte da água utilizada nas lavouras é perdida na evaporação, por conta da baixa eficiência tecnológica das fazendas. Os agrotóxicos também colaboram para diminuição dos recursos hídricos do país, pois contaminam lençóis freáticos e mananciais. Com isso, é preciso captar mais água para as lavouras, reduzindo a disponibilidade dela tanto para o campo quanto para as cidades, bem como comprometendo a qualidade dos rios e das espécies aquáticas. água é vital para todas as espécies vivas do planeta. Por isso, é preciso esta-

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Pedro França/Agência Senado

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região metropolitana de São Paulo terá de enfrentar daqui para a frente, e provavelmente durante alguns anos, mudanças radicais de hábitos em relação ao uso da água. Não é exagero afirmar que nada será como antes: tomar banho, lavar louça, dar descarga, escovar os dentes. Mas não só isso. Indústria, comércio e agricultura – setores que mais consomem esse recurso – também precisam trabalhar contra o desperdício. E governos, preparar-se melhor para enfrentar os desafios da gestão desse recurso estratégico para a própria vida de qualquer lugar. sabido que toda forma de vida deste planeta precisa de água. Ela é também essencial para o desenvolvimento socioeconômico. Mas é um recurso finito e distribuído de maneira desigual entre países e entre regiões. água cobre dois terços da Terra, mas apenas 25% desse volume são de água doce, a maior parte congelada em geleiras. Assim, só 1% da água doce existente é adequado ao consumo humano e está distribuído em rios, lagos e lençóis subterrâneos de difícil acesso. Brasil tem a maior reserva de água doce do mundo – 12%. Mas essa água não está distribuída igualmente pelo território. o entanto, de toda essa reserva, a maior parte localiza-se na Amazônia. Mesmo assim, a Grande São Paulo é cortada por vários rios que, se utilizados para abastecimento, poderiam diminuir o problema da escassez que nos afeta agora. Só que todos eles


Março, mês da água

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Fórum Mundial da Água em 2018

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capital federal, que concorria com Copenhague (Dinamarca), foi eleita durante em fevereiro de 2014, durante a 51ª Reunião do Quadro de Governadores do Conselho Mundial da Água (WWC), em Gyeongju (Coreia do Sul), para sediar o Fórum Mundial da Água de 2018. fórum ocorre a cada três anos e é o maior evento do mundo com a temática dos recursos hídricos. A campanha brasileira apresentou o tema ‘Compartilhando Água’, para integrar os assuntos discutidos nas edições anteriores do evento, dando continuidade aos debates já realizados sobre os desafios do setor de recursos hídricos. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), em agosto de 2013, uma equipe de avaliadores esteve

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em Brasília e produziu um relatório sobre infraestrutura de transportes, mobilidade urbana, rede hoteleira e locais para realização do fórum, que serviu de subsídio para que a cidade fosse a escolhida. próxima edição do evento organizado pelo WWC, em 2015, será em duas cidades da Coreia do Sul, Daegu e Gyeongbuk, com o tema ‘Água para Nosso Futuro’. O objetivo é destacar a temática dos recursos hídricos na agenda global e reunir organizações internacionais, políticos, representantes da sociedade civil, cientistas, usuários de água e profissionais do setor.

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Fontes: Agência Nacional de Águas/Agência Brasil

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elebrado mundialmente desde 22 de março de 1993, o Dia Mundial da Água foi recomendado pela ONU durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Eco-92, no Rio de Janeiro. As celebrações ao redor do mundo acontecem a partir de um tema anual, definido pela própria Organização, com o intuito de abordar os problemas relacionados aos recursos hídricos. ntre os temas já escolhidos para a data estão: água e energia, cooperação pela água, água e segurança alimentar, águas transfronteiriças, saneamento, água limpa para um mundo saudável, lidando com a escassez de água e água para as cidades: respondendo ao desafio urbano.

• Água e Desenvolvimento Sustentável é o tema escolhido pela Agência da ONU, do Dia Mundial da Água de 2015. O tema pautará as discussões do setor em todo o mundo.

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Lages está segura e bem servida de água • O município pode estar bem servido de água. No entanto, nada justifica os desperdícios e a falta de cuidado na preservação

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Estado de Sansistema ainda ta Catarina é deve melhorar, rico em potenpois, estão preciais hídricos. No entanto, vistos novos investimena falta de água é pontual tos de mais R$ 27 milhões em vários municípios, dena geração de energia, vido aos sistemas precásubestação de energia, substituição de rede e a rios de distribuição, e não instalação de novas adupor falta de pontos de toras e melhorar a resercaptação, o que compromete o abastecimento. vação, que atualmente é Em cidades do Oeste, a de apenas 28%. “Por oupreocupação é um pouco tro lado, com os atuais investimentos no Araucária maior, especialmente na e no Ponte Grande, e os região de Chapecó. que virão, Lages chegará ntre as providências, o Governo ao índice de 40% somendo Estado investe no esgoto tratado”, rete forte na instalação de força Benjamin. cisternas para armazenaSecretário “O maior problema é o sistema antigo mento de água em várias lembra que o que compromete a distribuição. O localidades do interior. Por primeiro resulsua vez, Chapecó, Xandesperdício está muito elevado, e é um tado dos investimentos xerê, Xaxim, e Cordilheira já foi sentido neste veponto que precisa de mais atenção” Alta avançam nos estudos rão. Não houve nenhum para investir mais de R$ registro de falta d’água 200 milhões na captação nos bairros. O sistema de milhões no sistema de distribuição de água, numa forma de garantir o de água e esgoto, na segurança distribuição está assegurado tamabastecimento futuro. bém com dois geradores, caso falte energética das redes e melhorias energia. Somente um acidente pode Serra Catarinense, por na estação de tratamento. causar problemas. Os geradores sua vez, é uma das regimbora Lages esteja seguões mais privilegiadas no têm potência para garantir a captara com relação ao abasquesito hídrico. O município de Lação de água, tratar e ainda bombetecimento, com a média ar para os reservatórios, e garantir ges, o maior da Região, não tem no momento, nenhuma preocupação, de 50 milhões de litros por dia, cap- água para as quase 47 mil ligações embora haja registros de que aos tados do Rio Caveiras, os sistema consumidoras. Há bastante tranquipoucos a questão vem se agravan- ainda carece de atenção, pois, o lidade. Lages não corre o risco de do, e que algo precisa ser trabalha- desperdício é alto, 41%. Em 2012, ficar sem água por longo tempo. O do exatamente para garantir abaste- era de 52%. A justificativa, segundo Rio Caveiras é uma fonte consistencimento às gerações futuras. E isso o secretário da Semasa, Benjamin te, livre de poluição nos pontos de tem sido feito. Nos últimos anos, a Schultz, é devido à rede ser de fer- captação, o que garante abundânSecretaria Municipal de Água e Sa- ro e bastante antiga, com mais de cia, e, além dele, há outras fontes neamento (Semasa) investiu nos 40 anos de uso. Porém, aos poucos próximas como a do Rio Canoas e poços artesianos. últimos dois anos cerca de R$ 21 elas vem sendo substituídas.

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Rio Caveiras com capacidade de bombeamento de 50 milhões de litros

fotos Paulo Chagas

Através do Centro Operacional, Lages tem absoluto controle de todo o sistema de distribuição

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De Olho no Ambiente

Reaproveitamento da água da chuva • A água da chuva não é regulamente usada, principalmente em prédios públicos

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constatação é do deputado estadual Fernando Coruja. Diante da constatação, ela acaba de apresentar Projeto de Lei que dispõe sobre a implantação de um Sistema de Reaproveitamento da Água da Chuva, para utilização, não potável, nos prédios públicos da administração direta e indireta do Estado de Santa Catarina.

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Mata ciliar Santa Catarina bem que poderia também programar o plantio de árvores para comemorar do Dia Mundial da Água, a exemplo do Paraná. O estado vizinho vai plantar 1 milhão de árvores nativas nas margens dos rios. A iniciativa é parte do projeto de revitalização de matas ciliares, iniciado em novembro de 2014. O projeto deve abranger todos os municípios do estado e plantar 90 milhões de mudas no prazo de três anos. Será que SC não precisa de uma ação assim?

Verde nas ruas Lages, através da Secretaria de Meio Ambiente poderia planejar o plantio de árvores em toda a cidade. As ruas são desertas de verde. O concreto predomina. Existem municípios de Santa Catarina em que o verde deve estar contemplado em todos os projetos urbanização. Em Lages não.

oruja justificou o projeto dizendo que “estamos diante de uma crise sem precedentes no abastecimento de água em algumas regiões do país. E enquanto esperamos a criação de uma política específica para a questão da água em Santa Catarina, sugiro a prática de medidas capazes de diminuir o consumo, a curto prazo”.

Foi em vão a conversa dos parlamentares catarinenses com os dirigentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no último dia 25 de fevereiro, em Brasília. A visitação continua proibida, até que seja feito um plano de manejo seja feito. Um novo estudo técnico já está sendo providenciado. Enquanto isso, os municípios, principalmente, o de Urubici vão seguir amargando prejuízos.

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deputado observa que a presente falta de água é agravada pela cultura do desperdício que ainda predomina entre nós. “Diariamente, milhões de litros de água tratada são desperdiçados em usos que poderiam muito bem ser substituídos pela água reaproveitada”.

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a opinião de Coruja, cabe ao Estado, por meio de sua administração direta e indireta, iniciar uma ação efetiva, de modo a reverter esse quadro de desperdício que agride o meio ambiente e ameaça a própria sobrevivência no planeta.

Em vão

Fábio Ramos

Coruja não quer que aconteça em SC, o que vem acontecendo em São Paulo

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A Organização Mundial de Saúde prevê que as alterações climáticas causarão mais 250.000 mortes em todo o mundo entre 2030 e 2050, sobretudo devido à malária, diarreia, exposição solar e mal nutrição. Estas serão piores nos países em desenvolvimento, onde as pessoas estão mais expostas a estes elementos, mas não deixarão de visitar o chamado Primeiro Mundo. No ano passado, mais de 300 especialistas climáticos desenvolveram uma análise exaustiva ao aquecimento global nos Estados Unidos.

água captada servirá para todas as formas de uso que não envolvam o consumo direto por seres humanos, tais como lavagem de calçadas, pátios ou pisos, veículos e para uso em descargas de vasos sanitários e irrigação de jardins.

Lucimar Franceschine

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Aquecimento global

Deputados Gabriel Ribeiro e Carmen Zanotto com o ICMBio


Reconhecimento: programa Lixo Orgânico Zero entre os 20 melhores do país • Lages alcançou essa posição em pouco mais de dois anos de atuação. Méritos aos parceiros que acreditaram na proposta do projeto PAULO CHAGAS

taria de Educação, Katja Volkert Dal Pont, praticamente todas as escolas reaproveitam o lixo orgânico.

Como funciona o projeto

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Sílvia Oliveira, do SESC Lages, uma das abnegadas no desenvolvimento do projeto

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Sabemos porque chegamos nesse ponto. Não é somente porque temos uma proposta simples e acessível a qualquer cidadão. Os parceiros que acreditaram e abraçaram o projeto foram os grandes protagonistas desta caminhada de sucesso”, comenta Silvia Oliveira, responsável pela Educação Complementar do Sesc e integrante do projeto.

Participação das escolas

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lém da comunidade, o programa teve a adesão de 96 escolas municipais, entre Centros de Educação Infantil Municipal (Ceims), Escolas Municipais de Educação Básica (Emebs) e Escolas Municipais de Educação Fundamental (Emefs), estas no interior do município. De acordo com a engenheira agrônoma da Secre-

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programa Lixo Orgânico Zero, desenvolvido em instituições e escolas municipais e estaduais de Lages há dois anos, foi selecionado pelo Ministério do Meio Ambiente, em um grupo de 20 projetos em todo o Brasil, como uma “Ação Referência Educares”. Isso significa que o programa está entre as 20 melhores ações de educação ambiental do país, que promovem soluções para os resíduos sólidos gerados nas cidades. projeto Lixo Orgânico Zero é uma iniciativa com diversos parceiros, como as Secretarias Municipais do Meio Ambiente e da Educação, Gerência Regional de Educação (Gered), Serviço Social do Comércio (Sesc), Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV/Udesc), organizado a partir do Grupo Garis. “É um orgulho para nós termos alcançado essa posição em pouco mais de dois anos de atuação.

programa Lixo Orgânico Zero, iniciado no fim de 2012, tem como principal objetivo destruir todos os resíduos orgânicos gerados pelo município (1.100 toneladas por mês) na sua origem, próximo dos locais onde foi gerado, ou seja, em cozinhas de residências, condomínios, escolas e comércio, retirando esse resíduo do circuito tradicional da coleta pública de lixo e reduzir o custo do serviço em mais de R$ 2 milhões. tilizando-se do sistema de minicompostagens ecológicas, que foi desenvolvido pelo projeto, está sendo possível destruir grandes quantidades de resíduos (200 a 300 kg/metro quadrados/ano) em pequenos espaços como canteiros, jardineiras e vasos, sem que os resíduos fiquem visíveis e sem produção de odor desagradável, insetos e chorume. mistura com outros resíduos orgânicos abundantes, e de difícil decomposição, além do baixo custo e facilidade de manejo deste sistema, são os responsáveis pelo sucesso desta tecnologia, totalmente sob controle social. “Os lageanos estão mostrando que através de simples ações do dia a dia, a nossa cidade pode se tornar referência nacional, mostrando que o lixo não será mais um problema”, diz Silvia.

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O que leva uma família a cuidar de

300 cães? • A família se dedica inteiramente aos cuidados dos animais, que em parte são abrigados na própria casa e outros em canis numa chácara. Todos são bem tratados e livres para adoção.

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xistem pessoas que são capazes de fazer coisas que parecem loucura, quase inexplicáveis. É o caso de uma família, em Lages (SC), que abriga cerca de 300 cães de rua. Não só isso, alimenta e dá todo o atendimento veterinário quando é preciso, sem se importar com os custos. O consumo de ração gira em torno de 120 a 140 quilos por dia. Nesse caso, para se ter ideia, os gastos mensais somam em média R$ 12 mil. Recursos estes bancados pessoalmente pela protetora, a advogada Ângela Aparecida Rosa, que é também mantenedora da ONG Anjos Caninos. história teve um começo a partir da sensibilidade e amor aos animais, pelos próprios pais de Ângela, o seu José Euclides Rosa (75) e dona Iolita Waltrick Rosa (68). Conforme conta, em meados de 2007, um cachorro apareceu em frente ao prédio que residem, com a pata quebrada. Foi o suficiente para providenciar imediatamente os cuidados ao animal machucado. Um segundo caso, o salvamento de um cachorrinho jogado ao piche quente. Já um terceiro, simplesmente foi deixado à sua porta, e ao ser adotado, se percebeu que estava muito doente, com diabetes e tinha convulsões, precisando ser tratado com insulina e outros medicamentos. Depois desses três, não se sabe a razão foram chegando mais, e mais.

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“Talvez tivessem descoberto que a gente gostava de cachorros e que os protegíamos. Então foram deixando até mesmo caixas cheias de filhotes à nossa porta. E assim fomos abrigando um a um”, ressalta com naturalidade, a advogada Ângela. uriosamente, conforme a protetora conta, cada animal deixado perto do prédio, dificilmente ele vai embora. Parece que fica ligado espiritualmente com a gente, e não sai da frente de casa até ser amparado. “Eu e meus pais amamos a vida animal. Os cães têm valores e sentimentos. Tenho certeza que se os humanos tivessem a mesma sensibilidade dos animais, não haveria violência”, diz. - O objetivo não é o de aparecer. Mas sim apenas cuidar dos cães abandonados. Ela sabe que é uma utopia pensar assim, mas o seu maior sonho é não ver mais nenhum cãozinho perdido e abandonado na cidade.

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Reclamações e problemas

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anter tantos animais assim sob proteção exige mais do que amor e dedicação. Precisa da compreensão da sociedade, especialmente dos vizinhos. Somente no prédio onde reside, no Bairro Coral, ela e os pais mantêm mais de 60 cães dentro e fora

dos apartamentos, dividindo o mesm deles. Ângela assegura que o bemanimais está entre as necessidades. – cômodos são deles prioritariamente”. T e o número crescente de cães em p central da cidade têm resultado em rec e denúncias. Ela conta que a Polícia e rio Público já a “visitaram” diversas vez dessas denúncias foi feita por minh irmã, que mora aqui ao lado”, disse com

ONG Anjos Caninos

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á cerca de quatro anos c registrar uma ONG, a Anjos com estatuto e tudo dentr Foi a maneira que encontrou para te para proteger os animais sem tantas ções contrárias externas. Assim, pa a maioria do cães, arrendou uma c construiu 30 canis. Para tomar conta contratou um funcionário que limpa ta os animais mas somente durante a Tanta dedicação assim tem lhe cust Além dos gastos financeiros, não tem férias e nem finais de semanas livres. Ângela está ligada diretamente aos dos pais e dos animais. “No quesito a


Adoção e visitações

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odo o trabalho é voltado para que os animais tenham um novo lar. As adoções acontecem sempre. Ao longo desses sete ou oito anos de atenção aos cães de rua, cerca de 5 mil já passaram pela proteção dela e dos pais. Os atuais 300 tornaram-se o limite. A doação de um, representa a abertura de uma nova vaga. Para adotar a pessoa precisa assinar um termo de adesão, o que pode ser feito em qualquer dia e em qualquer hora. O animal sai castrado, desverminado e chipado. “Aos poucos estamos nos organizando. Queremos que nossos canis se tornem ponto de visitação, onde as pessoas possam conhecer nosso trabalho, e assim, deixem de lado o conceito de que o lugar é um simples depósito de animais”, conclui Ângela. Quem quiser colaborar ligue: (49) 9982-3092 (49) 3223-4132 e 3223-1724

Cabe à tratadora cuidar da limpeza do local e dar comida aos cães

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conseguiu s Caninos, ro da Lei. er suporte s intervenara abrigar chácara e a de tudo e alimena semana. tado caro. m gozo de . A vida de cuidados ambiental,

tomo todos os cuidados. As unidades plásticas de ração vão para a reciclagem. Tudo conforme orientação da Prefeitura”, salienta.

FOTOS Paulo Chagas

mo espaço -estar dos – “Todos os Tanto zelo plena zona clamações e o Ministézes. “Uma ha própria m tristeza.

Tem outros protetores nas ruas que, assim como eu adotam e cuidam dos animais. Seria preciso uma sede e um grupo forte de pessoas em Lages para abraçar a causa e resolver esse problema. São poucas as doações. Mas agora, o governador Raimundo Colombo determinou que dessem atenção e auxílio à ONG

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O encanto do beija-flor

• Apensar de muito pequeno, medindo de seis a doze centímetros, o beija-flor consegue viver em média 12 anos

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beija-flor, também conhecido como colibri, cuitelo, chupa-flor, pica-flor, chupa-mel, binga, guanambi, guinumbi, guainumbi, guanumbi1 e mainoĩ, é uma ave da família Trochilidae e inclui 108 gêneros. Existem 322 espécies conhecidas. No Brasil, alguns gêneros recebem outros nomes, como os rabos-brancos do gênero Phaethornis ou os bicos-retos do gênero Heliomaster. Duas espécies de beija-flor extinguiram-se no passado recente: esmeralda-de-brace (Chlorostilbon bracei) e esmeralda-de-gould (Chlorostilbon elegans). ão aves de pequeno porte, que medem em média de seis a doze centímetros de comprimento e que pesam de dois a seis gramas. O bico é normalmente

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longo, mas o formato preciso varia bastante com a espécie e está adaptado ao formato da flor que constitui a base da alimentação de cada tipo de beija-flor. Uma característica comum é a língua bifurcada e extensível, usada para extrair o néctar das flores.

Características

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esqueleto e constituição muscular dos beija-flores estão adaptados de forma a permitir um voo rápido e extremamente ágil. São as únicas aves capazes de voar em marcha-ré e de permanecer imóveis no ar. O batimento das asas é muito rápido e as espécies menores podem bater as asas de setenta a oitenta vezes por segundo. Em contraste, as patas dos

beija-flores são pequenas demais para a ave caminhar sobre o solo. As fêmeas são, em geral, maiores que os machos, mas apresentam coloração menos intensa. Vivem, em média, doze anos e seu tempo de incubação é de treze a quinze dias. alimentação dos beija-flores é baseada em néctar (cerca de noventa por cento) e artrópodes, em particular moscas e formigas. Tal como a maioria das aves, o sentido do olfato não está muito desenvolvido nos beija-flores; a visão, no entanto, é muito apurada. Além de poderem identificar cores, os beija-flores são dos poucos vertebrados capazes de detectar cores no espectro ultravioleta.

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(Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre)

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advogado João Matias, de Lages, tem como hobbie a fotografia. É dele o registro do beija-flor em pleno voo. A foto é rica em detalhes. Curiosamente, ao andar por uma rua em Lages teve uma oportunidade rara, ao conseguir que um beija-flor deixasse, por alguma razão, ser apanhado e permanecesse em sua mão, num tempo suficiente para fazer o registro. Mostrou a algumas pessoas que por ali andavam. O bonito foi que passou a mão várias vezes sobre ele como se o bichinho gostasse da carícia. Em seguida, ainda segundo o João, o beija-flor começou a mover as asas, rapidamente, ainda na sua mão e voou. Ele considerou ser uma dádiva da natureza.

FOTOS João Matias

Quieto sobre a mão


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• Por mais que a Legislação Ambiental seja aplicada, há quem a ignore e tente burlá-la

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a Serra Catarinense, num dos municípios que mais há registro de derrubada de árvores nativas em toda a região, uma nova área, de 4,13 hectares de mata nativa foi devastada em uma fazenda situada na Localidade de São Geraldo. O flagrante feito pela guarnição da Polícia Militar Ambiental de Lages, a partir de uma denún-

cia anônima. Na propriedade rural foram localizadas 428 toras da espécie Pinheiro Brasileiro, cortadas. s policiais fizerem a análise da área devastada, e calcularam mais de 30 metros cúbicos de área destruída atingindo ainda uma área de preservação permanente de 0,35 hectares. O proprietário do local foi multado

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em R$59mil e responderá admirativamente e criminalmente pelo crime ambiental. A madeira apreendida foi doada para a Associação de Desenvolvimento da Microbacia (ADM), da localidade de Campina Dorgelo, interior de São José do Cerrito, e será usada para a construção de um galpão, o qual abrigará as maquinas utilizada pelos agricultores.

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Mais de 400 araucárias são derrubadas


COMDEMA

Parque ecológico deverá inaugurar a nova sede • O prédio administrativo conta com salas de recepção, de administração, de educação ambiental, cozinha e depósito

projeto para implantar uma segunda estrutura com área de alimentação e lanchonetes, para que os visitantes possam passar todo o dia sem se preocupar com deslocamento”, afirma o gerente. antiga sede, às margens da BR-282, será cedida à Polícia Ambiental para continuidade dos projetos de educa-

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Sandro Scheuermann

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altam poucos detalhes para que a nova sede do Parque Natural Municipal João José Teodoro da Costa Neto, no bairro São Paulo, esteja em perfeitas condições para o atendimento ao público. O prédio já está concluído e os gestores buscam agora recursos para aquisição do mobiliário. O projeto foi apresentado pelo gerente do parque, Giovanni Tomazelli, ao Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema) durante reunião extraordinária, no último dia 12 de fevereiro. prédio conta com salas de recepção, de administração, de educação ambiental, cozinha e depósito. Os móveis estão sendo planejados em sintonia com o propósito do parque, em estilo rústico, com materiais renováveis, madeira reaproveitada e tratada. “Futuramente teremos um

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Conheça o parque

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Educação e do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV). Durante as visitas agendadas pelas escolas ao parque, os alunos terão aulas teóricas e práticas sobre o projeto. ma estufa será construída para que tenha a possibilidade de plantio de mudas e trabalhos de compostagem realizados pelos próprios alunos. “Ao final serão distribuídas mudas de hortaliças como incentivo à confecção de uma composteira em suas casas, com objetivo de diminuir a emissão de lixo orgânico no aterro sanitário”, explica a bióloga da secretaria de Meio Ambiente, Michelle Pelozato.

ção ambiental com agentes mirins. A vegetação nativa do terreno em torno da sede foi recuperada com o plantio de árvores doadas pelo Centro Vianei, no ano passado. Foram plantadas cerca de 400 mudas de ipê amarelo e árvores frutíferas originárias da região, com a participação dos alunos da rede municipal. Equipes da Secretaria de Meio Ambiente realizou trabalho de paisagismo no local e a implantação de um espelho d’água em frente ao prédio, atraindo aves exóticas e pássaros.

Lixo Orgânico Zero

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nova sede do parque ecológico contribuirá com o programa Lixo Orgânico Zero, desenvolvido nas escolas através de parceria entre as Secretarias de Meio Ambiente e de

parque ecológico tem uma extensão de aproximadamente 234 hectares, ocupados por mata atlântica e de floresta de araucárias, fazendo parte das 12 existentes no país. Esta é uma área de proteção intensiva e de preservação do bioma da região, com zona de recuperação e manejo. Muitos animais nativos e exóticos povoam o parque, como o leão baio, símbolo da região. Suas pegadas foram fotografadas pelos biólogos que pesquisam no local. espaço conta com área de recreação, com passeios e trilhas, acompanhadas por um guia, com cerca de cinco quilômetros de aventuras em meio à mata e cascatas, e projetos de educação ambiental, com visitas de estudantes, universitários, pesquisadores e comunidade. As visitas podem ser programadas e agendadas pelo telefone (49) 3224-3142, do Centro de Educação Ambiental Ida Schmidt.

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(Por Aline Tives – Ascom Lages)


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Luciano Da Luz/Divulgação/PMC

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Horto produz mais de 230 mil mudas ao ano

Chapecó – O Horto Botânico Municipal de Chapecó é o responsável pela produção de mudas de flores da estação, plantas ornamentais e árvores nativas, utilizadas nos trabalhos de ajardinamento dos espaços públicos da cidade. m 2014, o Horto foi responsável pela produção de 230 mil mudas, que embelezaram parques, praças, pontos turísticos, equipamentos públicos, rótulas e canteiros centrais de ruas e avenidas. As plantas são produzidas

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em duas estufas, uma com 50m2 e outra com 15m2. A estrutura física dispõe ainda de um barracão destinado aos setores de repicagem e armazenamento de insumos e ferramentas, além da área administrativa. “O trabalho é realizado por dez funcionários, devidamente treinados e capacitados, que viabilizam o plantio,

o cultivo e o destino de cada planta, observando o manejo mais adequado e correto para cada espécie”, destaca o Secretário de Serviços Urbanos, Jayme Bordignon. lém da produção de mudas, a equipe técnica do Horto é responsável ainda pelos serviços de podas de árvores em vias e espaços públicos. No ano passado foram atendidas 660 solicitações deste porte.

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(Por Elizandra Buss – Ascom Chapecó)

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Polícia Ambiental como instituição protetora da natureza • Em Santa Catarina a Polícia Militar Aambiental foi crida em 1992, mas já atuava desde 1962, porém, com o nome de Polícia Florestal

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á muito tempo existe a preocupação legal como o Meio Ambiente no Brasil. A busca pela garantia ambiental e as mudanças na legislação acompanharam um movimento mundial intenso de conscientização coletiva sobre os impactos e efeitos ambientais, ocorridos a o longo do desenvolvimento da sociedade. O princípio de tudo, na questão ambiental, consiste no direito de existir um meio ambiente equilibrado, e, primordialmente, o desfrute das condições adequadas de uma vida saudável junto à natureza. Poder Público é um dos principais responsáveis na intervenção de condutas que possam prejudicar o meio ambiente. Lhe é cabida a fiscalização e orientação dos particulares quanto à utilização racional e a disponibilidade permanente do ambiente em que vivemos. E, nos tempos atuais, os problemas ecológicos despertam atenção da sociedade e merecem profundo reflexão. Mais que isso, no dever da proteção por parte do Estado, concentra-se, principalmente o poder da Polícia Ambiental.

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Em Santa Catarina

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olícia Militar Ambiental em Santa Catarina também se faz presente através de suas Unidades de Proteção Ambiental. No Estado, o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), é responsável pela fiscalização da flora, fauna, mineração, poluição e agrotóxicos, atuando em todo o território catarinense, através de pelotões destacados, situados em áreas estratégicas do território catarinense.

Histórico da Polícia Militar Ambiental

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Polícia Florestal do Estado de Santa Catarina surgiu pela primeira vez em 17 de Dezembro de 1962, tendo sua sede na cidade de Curitibanos. Em 1979 foi extinta, ressurgindo em 1983 com atribuição de policiamento de mananciais e florestal, sob responsabilidade da Polícia Militar de Santa Catarina. Em 1990, a Lei nº 8.039, criava a Companhia de Polícia Florestal, sendo sua instalação efetivada no dia 06 de maio de 1992, tendo sua sede no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, na Baixada do Maciambú, município de Palhoça. inda em 1992, a Polícia Florestal passou a se denominar Polícia de Proteção Ambiental, tendo sob suas atribuições a proteção do meio ambiente em todas as suas modalidades: flora, fauna, poluição, recursos hídricos e mineração. Em 27 de março de 1993 passou a se denominar Companhia de Polícia de Proteção Ambiental. m 04 de agosto de 2005, a Companhia de Polícia de Proteção Ambiental passa a ser denominada de Guarnição Especial de Polícia Militar Ambiental e no dia 22 de setembro de 2008, passa a ser denominada de Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), com sede em Florianópolis. O Batalhão de Polícia Militar Ambiental possui sete Companhias, distribuídas estrategicamente em todas as regiões do Estado, com intuito de prestar segurança de qualidade ao cidadão Catarinense.

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4ª Companhia em Lages

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ma dessas companhias, a 4ª, ligada ao 6º Batalhão de Polícia Militar de Lages e abrange 57 municípios da Serra Catarinense. Somente em Lages, 24 policiais atuam na atividade externa, ou seja, com patrulhamento constante no interior do município. Conta ainda com seis profissionais na área interna, atuando administrativamente. Os outros 26 permanecem nas unidades subordinadas, instaladas nas cidades de Curitibanos, Herval d’Oeste, Videira e Concórdia. esponsável por quase toda a Serra e Meio-Oeste de Santa Catarina, a Polícia Ambiental de Lages tem uma das maiores malhas viárias do Estado e trabalha na fiscalização a crimes ambientais, segurança das comunidades rurais e proteção à fauna e à flora da região. ossa reportagem conversou com o sargento João Célio Alves de Moraes, da Guarnição de Avanço de Emprego Ambiental (GAEA), sobre a rotina dos policiais ambientais. O enfrentamento ao tráfico de animais, desmatamento e transporte irregular de madeiras, caças e pescas predatórias, além do o abigeato (roubo de gado), são os crimes mais comuns na Região. O combate ocorre diariamente com o patrulhamento programado e também através de denúncias anônimas. Além disso, também trabalha em apoio às vítimas de desastres naturais como enchentes, deslizamentos de terra e ventos fortes.

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• A educação ambiental proporciona conhecimento a crianças da rede escolar, com idade entre 12 e 14 anos. A formação leva em torno de 9 meses

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Atividades

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epois de formados, os pequenos patrulheiros ambientais participam de inúmeras atividades, tais como, eventos de sensibilização em exposições, feiras, forças tarefas, com a função de esclarecer sobre as pre-

ocupações com o meio ambiente. Além disso, também participam de ações sociais através de campanhas em busca de agasalho e alimentos. Tudo feito com estudos de valores sobre a fome ou o clima da região. ação é sempre completa. A organização parte do planejamento, pontos de coleta, divulgação e a distribuição. A participação em palestras nas escolas também entra na rotina dos protetores mirins, especialmente em comunidades do interior. Os temas são variados: água, proteção de fontes, não caçar, proteger a floresta, etc. Na missão, ainda a necessidade de informar o quanto a Polícia Ambiental pode ser parceira e protetora na conservação de bens e da vida. “Importante dizer que os pais ficam sabendo de todas as etapas das atividades dos protetores, em muitos deles, mesmo um tempo depois não perdem o vínculo com as atividades”, lembrou o soldado Ilton.

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Protetores Ambientais Mirins atuam na educação ambiental

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Polícia Militar Ambiental trabalha em três pilares: fiscalização, prevenção ostensiva e a polícia caracterizada. É no quesito prevenção que entra um dos projetos mais importantes da corporação, o programa Protetor Ambiental, que atua fortemente no campo da educação. O Programa foi instituído primeiramente na cidade de Rio do Sul, em 1998. Em Lages a implantação ocorreu em 2002. Em todo o Estado já formou mais de 5 mil protetores. Somente na Região Serrana, o número ultrapassa de 600. Vale lembrar que os Protetores Ambientais são regularmente reconhecidos como um Pelotão da Polícia Militar Ambiental, e que podem ajudar a Polícia fiscalizando e fazendo denúncias. soldado Ilton Agostini Junior é um dos instrutores do Grupo de Educação Ambiental (GEA), do 4º Pelotão de Polícia Militar Ambiental, com sede

em Lages. Segundo ele, a educação é o carro chefe do Programa Protetor Ambiental, com diretrizes específicas, que dão, inclusive, mais segurança para os próprios policiais. Podem participar crianças entre 12 e 14 anos de toda a rede escolar, e que passam por uma avaliação rigorosa. O curso, normalmente patrocinado por alguma empresa, ao custo médio de R$ 20 mil, alcança 180 horas/aula, ou seja, longos nove meses. O investimento do patrocinador cobre todos os custos com alimentação, transporte, uniformes e outros materiais que os cerca de 30 alunos por turma, utilizam.

FOTOS Flávia Mota

Programa de Protetor Ambiental

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Parque Nacional de São Joaquim:

visitação proibida

• Pela lei do SNUC, Parque Nacional é uma categoria de Unidade de Conservação que deve ser aberta ao uso público São Joaquim - O Parque Nacional de São Joaquim fica em uma área que já era procurada pelos locais antes mesmo da sua criação em julho de 1961. Hoje, 53 anos depois ainda carece de plano de manejo, o documento essencial para o seu funcionamento e para abri-lo à visitação. Isso não impedia amplo acesso informal e, por isso, em 2012, o próprio ICMBio autorizou a visitação, baseado em uma interpretação mais liberal da lei que rege as áreas protegidas no Brasil, a lei do SNUC. Agora, a nova direção do órgão mudou de ideia e limitou a visitação de São Joaquim a apenas a um local, o morro da Igreja. Todas as atividades de trilhas, cavalgadas e ciclismo estão suspensas. m 2012, a leitura foi de que o artigo 28 do SNUC, podia ser interpretado de forma a ordenar a visitação pré-existente do parque. Permissão dada, desenvolveu-se uma indústria local de ecoturismo formal e organizada. Em 2013, São Joaquim tornou-se o 4º parque mais visitado do país, com cerca de 140 mil visitantes, atrás dos Parques Nacionais da Tijuca, Iguaçu e Brasília. m dezembro de 2014, Brasília mudou de ideia. Emitiu um parecer (Nota Técnica de 04/12) dizendo que a abertura à visitação colidia com a lei do Snuc, não só no Parque Nacional de São Joaquim, como também no Parque Nacional de Anavilhanas, no Amazonas, outro destino de ecoturismo cada vez mais bem-sucedido. m seguida ao parecer técnico de 04/dezembro, seguiuse um memorando assinado pelo diretor de Criação e Manejo de UCs do ICMBio, Sérgio Brant, rubricado pelo atual presidente do órgão, Roberto Vizentin, confirmando a decisão de “suspender as atividades de uso

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público”, devido ao que o memorando chama de “visitação desordenada”, que “tem causado degradação ambiental e impactos significativos em áreas frágeis da unidade”. suários do Parque e operadores de turismo locais se organizaram para resistir ao fechamento e criaram a comunidade no Facebook “Parque Nacional de São Joaquim - conhecer para preservar”. A história promete render e a proibição tem cara de contrassenso burocrático, que também passa um atestado de incapacidade: cinco décadas sem conseguir produzir o plano de manejo do parque.

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(Por Eduardo Pegurier e Daniele Bragança - ((O)) Eco)

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Movimento em favor da reabertura do parque

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utoridades, guias turísticos, empresários e representantes de entidades de classe estão fortemente unidos para reivindicar a reabertura do Parque Nacional de São Joaquim. O ecoturismo foi suspenso por determinação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), causando prejuízos a economia local. O relatório aponta que a “visitação desordenada tem causado degradação ambiental e impactos significativos em áreas frágeis”. Porém, a promotoria de justiça afirma que jamais recebeu qualquer denúncia relacionada a danos ambientais ocasionados pela exploração comercial do local. movimento em favor da reabertura do parque está sendo liderado pelo Instituo Serrano de Ecoturismo e Conservação da Natureza (Isecon). O deputado estadual Gabriel Ribeiro abraçou a causa, e tentará revogar a determinação do ICMBio. Porém, em recente reunião, em Brasília, o ICMBio não cedeu ao apelo do parlamento catarinense, e o Parque Nacional de São Joaquim permanecerá fechado para visitações até que um plano de manejado seja elaborado. Na audiência, no último dia 25/02, o presidente em exercício do órgão federal, Marcelo Marcelino, insistiu nos argumentos que embasaram a interdição do parque, apesar dos dados apresentados pelo Instituto Serrano de Ecoturismo e Conservação da Natureza (Isecon). or enquanto, ninguém pode visitar o parque. A medida vem afetando a atividade turística dos municípios abrangidos. A cidade mais prejudicada é Urubici, que possui a maior área da reserva.

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