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Propostas de Atividades 1
Linguagens e suas tecnologias: Língua Portuguesa
Pré-leitura
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Professor, a pré-leitura é o momento em que você apresentará a obra aos alunos. Você pode realizar, nesse momento, um bate-papo em que ressalte aspectos históricos da França Antártica. Pode ainda falar de Villegagnon, dos tupinambás e de seu chefe Cunhambebe, e até mesmo do conhecido episódio da prisão de Hans Staden pelos indígenas no litoral brasileiro. Todos esses são tópicos que dialogarão com o conteúdo do romance de Adriano Messias. Você pode ainda exibir, para sua turma, algum trecho de um dos filmes que constam na seção “Sugestões de referências complementares”, página 26. Também não deixe de aproveitar as dicas bibliográficas que estão no final do material, assim como os textos da seção “Aprofundamento”, página 22. Tudo isso serve como ponto de apoio para você desenvolver boas ideias que estimulem os estudantes à leitura do livro. Algumas das atividades propostas neste material podem até mesmo ser adaptadas por você para etapas de pré-leitura.
Leitura
Por se tratar de um romance, combine com os seus alunos um prazo específico para que eles possam ler O grumete e o tupinambá (uma a duas semanas, por exemplo). Neste momento, enumere no quadro alguns aspectos que os estudantes podem observar na narrativa à medida que forem avançando na leitura: a) tempo e espaço; b) tipo de narrador; c) eixo temático principal; d) aspectos históricos abrangidos pela obra. Peça também para que eles estabeleçam relações do livro com outras obras que retratam o Brasil no século XVI.
Pós-leitura
Professor, no Ensino Médio, todo momento de pós-leitura de um livro deve se voltar ao exercício da capacidade crítica, expressiva e avaliativa dos alunos. Como jovens, eles podem ser opinativos e ter suas preferências de uma maneira muito clara, mas nem sempre conseguem expressá-las a contento. Portanto, a melhor maneira de realizar esse encontro é solicitando que todos façam comentários de maneira espontânea, porém, com um mínimo de direção de sua parte, como orientador. Pense em estabelecer previamente alguns critérios que os estudantes devem analisar ao lerem a obra, mas, ao mesmo tempo, fuja de algo muito didático, como fichamentos e resumos. A leitura literária deve ser um momento de fruição e, se os adolescentes forem fazê-la pensando em uma prova ou exame, não será tão prazerosa. No dia em que promover um primeiro debate sobre o livro, explique que não basta dizerem se gostaram ou não. Os comentários têm de ir além do gosto pessoal: devem refletir algo da própria personalidade de quem leu a obra. As atividades a seguir consideram que os alunos já tenham lido a obra. São, portanto, atividades complementares que vão funcionar a partir da leitura realizada. Apesar de algumas propostas serem sugeridas tanto para leitura quanto para pós-leitura, sinta-se livre para fazer as adaptações que julgar convenientes.
Atividade 1: I-Juca-Pirama – os timbiras de Gonçalves Dias e os de hoje
Professor, esta atividade é sugerida para pré-leitura. Entretanto, você pode adaptá-la para uma atividade de leitura ou de pós-leitura.
Um trecho do poema I-Juca-Pirama, de Gonçalves Dias – escritor filho de uma guajajara com um português – antecede a primeira parte do livro O grumete e o tupinambá. Apesar de formalmente assumirem a função de epígrafe, os versos escolhidos vão além, contextualizando previamente o leitor sobre o tipo de encontros que o livro propõe. Leia com seus alunos o excerto em questão, que se encontra na página 21 da obra de Adriano Messias. Pergunte a eles se já haviam lido aquele trecho. Depois, informe que se trata de uma das incursões de Gonçalves Dias, poeta da primeira fase do Romantismo brasileiro, no campo do indianismo. Professor, para saber um pouco mais a respeito do assunto, leia na página 22, em “Aprofundamento”, o texto “Gonçalves Dias e o indianismo”. Em um segundo momento, os estudantes irão escutar uma leitura do poema. A campanha Pequenas leituras, promovida pela Academia Brasileira de Letras, a ABL, oferece a declamação de parte de I-Juca-Pirama pela atriz Dira Paes, e está disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=ikQjXEZEW0 A seguir, ofereça à turma o texto informativo “Timbira”, disponível no link: https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Timbira. Ele compõe uma enciclopédia virtual sobre as etnias indígenas em nosso país. Neste site dos Povos Indígenas do Brasil, o PIB, você ainda vai encontrar muitos outros textos bastante elucidativos. Após as três etapas anteriores terem sido realizadas, peça aos alunos que façam comparações e atualizações sobre como os indígenas são descritos no texto literário e no informativo. O objetivo aqui é também mostrar que textos são como janelas para se ver e entender o outro.
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 1
Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas (artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de discursos nos diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participação social, o entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da realidade e para continuar aprendendo.
HABILIDADE
(EM13LGG103) Analisar o funcionamento das linguagens, para interpretar e produzir criticamente discursos em textos de diversas semioses (visuais, verbais, sonoras, gestuais).
Um quarto momento será o da leitura em voz alta, realizada por algum aluno, dos seguintes textos introdutórios do livro O grumete e o tupinambá: “Escritor navegante” (páginas 8 e 9), a nota sobre a palavra “grumete” (página 7), a relação das figuras históricas presentes na obra (páginas 10 e 11) e as “Notas explicativas” (página 13). Ao finalizar esse breve conjunto de leituras, pergunte aos estudantes que impressões prévias eles conseguem ter sobre O grumete e o tupinambá. Trata-se de uma atividade de pré-leitura, mas é possível que eles comentem, por exemplo, sobre o texto da quarta capa ou sobre as ilustrações, já que sempre se dá uma folheada em uma obra antes de ela ser lida. Também os estimule a tecer relações entre a epígrafe de I-Juca-Pirama e o provável panorama geral que já pode ser apreendido do livro de Adriano Messias. Professor, para esta mesma atividade, você também pode ler outro texto que está disponível na seção “Aprofundamento”, página 23, intitulado “Breves comentários sobre representações dos índios na literatura brasileira”. E, se quiser, também o use como um enriquecimento para a turma.
Atividade 2: Outro? Para quem? Depende do ponto de vista
Professor, esta atividade é sugerida como atividade de leitura ou de pós-leitura, mas você pode também adaptá-la para pré-leitura. Ela também é sugerida como atividade externa, motivando os alunos a irem ao encontro da comunidade.
Para aprimorar essa discussão com sua turma, você pode fazer a leitura prévia do texto “Alteridade”, que consta na página 24 da seção “Aprofundamento”.
Você vai precisar das imagens a seguir, as quais pode obter pesquisando na internet por nome do artista e obra: • A primeira missa (1858-1860)
Victor Meirelles • Desembarque de Cabral em Porto Seguro em 1500 (1922)
Oscar Pereira da Silva • Fundação de São Vicente (1899)
Benedito Calixto • Caça ao tigre (1835)
Rugendas • Cena de canibalismo ou Canibais (1592)
Théodore de Bry • Aldeia de caboclos no Cantagalo (séc. XIX)
Debret
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 2
Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitando as diversidades e a pluralidade de ideias e posições e atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia, na igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza.
HABILIDADE
(EM13LGG203) Analisar os diálogos e os processos de disputa por legitimidade nas práticas de linguagem e suas produções (artísticas, corporais e verbais).
Peça aos alunos para apreciarem as representações dos indígenas nas obras (você pode empregar outras pinturas, se quiser).
Após escutar os comentários, explique a eles que uma das estratégias de se dominar os povos ameríndios – o “outro” para os europeus – foi retratá-los, por um lado, como seres inferiores (a exemplo das gravuras de antropofagia dos tupinambás de Théodore de Bry). Outras perspectivas empregavam um olhar mais positivo, o que se dava por um viés mitológico e idílico. Após finalizadas as considerações, escreva no quadro algumas questões para o registro das apreciações sobre as imagens históricas. Peça que cada aluno as responda individualmente e por escrito. Elas também servem de orientação para que você conclua a atividade: a. Como o outro/ a alteridade (o indígena) está representado(a) em cada imagem? Destaque representações que poderiam ser associadas a caricaturas do “bom selvagem” e do “mau selvagem”. b. Quais das obras apresentadas poderiam ser exemplos do chamado indianismo patriótico ou nativista (aquele que exaltava o indígena como figura mítica para a construção de uma certa identidade brasileira)? c. Se o artista da obra fosse um indígena retratando a presença do invasor, que elementos você imagina que estariam presentes na imagem produzida? Quais seriam as possíveis diferenças de perspectiva? d. Como as visões de mundo e o contexto social e histórico do pintor se refletem em cada obra? e. De que maneira imagens como essas orientaram determinadas visões sobre os índios que até hoje permanecem entre nós? f. Essas representações pictóricas vão ao encontro de sua imagem pessoal sobre os indígenas? Você tem uma visão diferente da dos pintores? Explique-a. A atividade será encerrada com uma exposição, na comunidade, de reproduções de imagens históricas contendo as análises realizadas pelos alunos. Ela pode ser realizada em local público: centro social ou cultural, salão de eventos, praça, etc.
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Atividade 3: O dinamismo histórico e social da língua: antropofagias
Professor, esta atividade é sugerida como atividade de leitura ou de pós-leitura.
O livro O grumete e o tupinambá permite várias intertextualidades e interdiscursividades com a literatura brasileira. Além da primeira estrofe de I-Juca-Pirama, de Gonçalves Dias, você encontra uma segunda epígrafe na página 75, na forma de breve citação do artigo de Oswald de Andrade, quando este foi publicado no primeiro número da Revista de Antropofagia, em 1928. Também existem outras alusões a textos literários, como no primeiro parágrafo do primeiro capítulo do livro: “Estávamos em pleno mar”, que repete o mote dos primeiros versos das quatro primeiras estrofes do poema O navio negreiro: Tragédia no mar, de Castro Alves: “‘Stamos em pleno mar… Doudo no espaço”; “Stamos em pleno mar… Do firmamento”, “Stamos em pleno mar… Dois infinitos” e “Stamos em pleno mar… Abrindo as velas” (cf. ALVES, 1971, p. 189).
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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 4
Compreender as línguas como fenômeno (geo)político, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo suas variedades e vivenciando-as como formas de expressões identitárias, pessoais e coletivas, bem como agindo no enfrentamento de preconceitos de qualquer natureza.
HABILIDADE
(EM13LGG401) Analisar criticamente textos de modo a compreender e a caracterizar as línguas como fenômeno (geo)político, histórico, social, cultural, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso.
Primeiramente, pergunte aos alunos quais intertextualidades implícitas e explícitas eles podem detectar em O grumete e o tupinambá. É possível que eles lhe tragam até mesmo outras referências. Em seguida, ofereça a eles trechos dos três textos mencionados e peça para que analisem, por escrito, a pertinência de cada um deles no enredo de O grumete e o tupinambá. Oriente-os a salientarem a presença dos excertos como parte do instrumental dinâmico de reflexões e alterações históricas e sociais que é um idioma. Como sugestão, deixamos estas perguntas: a. Qual a relação da primeira epígrafe (primeira estrofe do poema I-Juca-Pirama) com a primeira parte do livro de Adriano Messias? b. Qual a relação da segunda epígrafe (a citação do Manifesto Antropófago ou Manifesto Antropofágico) com a segunda parte do livro de Adriano Messias? c. A qual tipo de antropofagia o poema I-Juca-Pirama se refere?
d. A qual tipo de antropofagia o texto de
Oswald de Andrade se refere? e. Como cada um dos tipos de antropofagia (a da ritualística tupinambá e a da cultura brasileira) está manifesto e exemplificado no livro de Adriano
Messias? f. Que tipo de intertextualidade há entre a primeira linha do primeiro capítulo de O grumete e o tupinambá, “Estávamos em pleno mar”, para com os versos-mote das quatro primeiras estrofes do poema O navio negreiro: Tragédia no mar, de Castro Alves? g. De que maneira as obras literárias contemporâneas se tornam influenciadas pelas do passado, ou homenageiam obras de outras épocas? Dê exemplos de outros livros que você tenha lido e que tenha proporcionado este mesmo tipo de reflexão. Ouça as respostas dadas por seus alunos e encerre a atividade fazendo um resumo no quadro do que os alunos escreveram individualmente.
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Língua Portuguesa: Todos os campos de atuação social
Atividade 4: O livro, o leitor, a leitura
Professor, esta atividade é sugerida como atividade de leitura ou de pós-leitura.
Professor, este é um exercício de caracterização e análise do livro O grumete e o tupinambá, e seu objetivo é revelar o entendimento da obra pelo leitor. Para isso, peça aos alunos que explorem o livro em sentido amplo. Eles deverão, em pequenos grupos, responder o questionário a seguir: a. Como se dá a produção de um livro? Quais são as etapas pelas quais um livro passa desde o original até sua comercialização?
PRÁTICAS
Leitura, escuta, produção de textos (orais, escritos, multissemióticos) e análise linguística/semiótica.
HABILIDADE
(EM13LP01) Relacionar o texto, tanto na produção como na leitura/escuta, com suas condições de produção e seu contexto sócio-histórico de circulação (leitor/ audiência previstos, objetivos, pontos de vista e perspectivas, papel social do autor, época, gênero do discurso etc.), de forma a ampliar as possibilidades de construção de sentidos e de análise crítica e produzir textos adequados a diferentes situações.
b. Como eram os livros voltados para jovens há cem anos? E há cinquenta anos? E há dez anos? O que será que mudou em termos de formatos e conteúdos? c. Já houve censura em obras literárias brasileiras ou estrangeiras em nosso país? Quando? Por quê? Dê alguns exemplos. d. Você acha que o brasileiro é um bom leitor? O que mais se lê em nosso país? e. A obra de Adriano Messias está voltada a um público específico? Ou vários públicos podem lê-la? Fale um pouco sobre o(s) tipo(s) de leitor(es) previsto(s) por uma obra. f. A qual época o livro O grumete e o tupinambá pertence? g. Qual o gênero do livro? E o(s) subgênero(s)? h. Quais são os principais pontos de vista do livro no que diz respeito à relação entre os colonizadores franceses e os indígenas tupinambás? Como suas interações se deram no enredo? Como as questões ligadas à alteridade foram construídas pelo autor e como elas se resolvem? Existem conflitos culturais? Como eles se manifestam? Quais seriam os principais “encontros” e “desencontros” de alteridades presentes na obra? i. Quais reflexões o livro de Adriano Messias lhe permitiu sobre a época da presença francesa no litoral fluminense? Para que os alunos respondam as questões a) e b), eles podem fazer pesquisas na internet em busca de mais conhecimentos. Uma excelente fonte para os alunos, sobretudo para a questão d), é o contato com a 5ª edição da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, disponibilizado no site a seguir: https://www.prolivro.org.br/5a-edicao-deretratos-da-leitura-no-brasil-2/a-pesquisa5a-edicao/. Basta que eles preencham uma ficha com nome e e-mail para terem acesso ao download de todos os resultados. Esta pesquisa oferece um panorama do que e do quanto o brasileiro tem lido.
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Língua Portuguesa: Campo das práticas de estudo e pesquisa
Atividade 5: Reportagem científica
Professor, esta atividade é sugerida como atividade de leitura ou de pós-leitura.
Nesta proposta, seus alunos irão produzir um breve texto científico que pode ter viés ensaístico. Ele pode ser realizado em duplas ou individualmente, mas evite grupos grandes. O objetivo é despertar o gosto pela pesquisa e pela capacidade de se ler, pensar, fazer aferições, considerações e tirar conclusões. Uma das carências de muitos estudantes que entram no Ensino Superior no Brasil está relacionada à interpretação de textos. Como material de leitura, você pode empregar alguns dos livros sugeridos na bibliografia comentada. Ainda que os alunos leiam, por exemplo, um capítulo de dois livros diferentes para realizarem uma análise comparativa, isso é muito melhor do que lerem apenas resumos ou resenhas. Estimule-os a valorizarem o tempo de leitura e pesquisa e explique como isso será relevante para a vida profissional deles. Algumas sugestões de temas que podem ser abordados nos textos analíticos: a) as peculiaridades da França Antártica; b) a França Antártica e a França Equinocial; c) a literatura de aventura; d) romances históricos na literatura brasileira; e) filmes que retratam o Brasil no século XVI; f) visões sobre os indígenas no Brasil colônia e no Brasil contemporâneo; g) panorama das etnias indígenas no Brasil; h) políticas de inclusão para os povos indígenas brasileiros. Os estudantes podem ainda escolher outro tema, sempre buscando áreas de interesses pessoais – o que torna a pesquisa muito mais interessante. O texto produzido deve ter minimamente a estrutura de um texto científico. Trabalhe com seus alunos formulações de raciocínio lógico e dedutivo e estabeleça um número mínimo de caracteres por texto, explicando as regras básicas de citação bibliográfica da ABNT. Você deverá estabelecer um cronograma para que a turma realize a leitura, a pesquisa e a escrita dos textos. Nesse ínterim, os alunos podem recorrer a você para obterem mais orientações. Em uma data determinada, os textos devem ser apresentados em mesas de discussão na forma de um seminário em que todos debaterão.
PRÁTICAS
Leitura, escuta, produção de textos (orais, escritos, multissemióticos) e análise linguística/semiótica.
HABILIDADE
(EM13LP34) Produzir textos para a divulgação do conhecimento e de resultados de levantamentos e pesquisas – texto monográfico, ensaio, artigo de divulgação científica, verbete de enciclopédia (colaborativa ou não), infográfico (estático ou animado), relato de experimento, relatório, relatório multimidiático de campo, reportagem científica, podcast ou vlog científico, apresentações orais, seminários, comunicações em mesas redondas, mapas dinâmicos etc. –, considerando o contexto de produção e utilizando os conhecimentos sobre os gêneros de divulgação científica, de forma a engajar-se em processos significativos de socialização e divulgação do conhecimento.
Língua Portuguesa: Campo artístico-literário
Atividade 6: Literatura e visões de mundo
Professor, esta atividade é sugerida como atividade de leitura ou de pós-leitura.
Esta proposta implica em relacionar O grumete e o tupinambá a outras obras literárias no que diz respeito ao encontro entre o colonizador europeu e o indígena. Uma sugestão é a turma se dividir em pequenos grupos e cada um analisar o livro de Adriano Messias e alguma outra obra de livre escolha. Por exemplo, partindo-se do encontro de alteridades simbolizado pela amizade entre Jean e Îagûanharõ em O grumete e o tupinambá, os alunos podem fazer comparações com encontros de alteridades simbolizados por: a) Robinson Crusoé e Sexta-feira em algum capítulo de Robinson Crusoé, de Daniel Defoe; b) Iracema e Martim em algum capítulo de Iracema, de José de Alencar; c) Hans Staden e Cunhambebe em algum capítulo de Duas viagens ao Brasil, de Hans Staden. Os estudantes podem ainda analisar a defesa que Padre Antônio Vieira faz dos indígenas em Sermão de Santo Antônio aos peixes, e compará-la com o capítulo dezesseis de O grumete e o tupinambá, “A deglutição do Bispo Sardinha”. Sobre este sermão, você pode ler um breve texto na seção “Aprofundamento”, página 24. Outra sugestão seria compararem a representação dos indígenas no primeiro capítulo de A muralha, de Dinah Silveira de Queiroz, com as representações dos tupinambás no livro de Adriano Messias. Professor, ao propor a atividade, considere a estrutura da composição formal de cada texto, além do estilo (de época e de autor) e os aspectos discursivos que salientem, no âmbito da exegese textual, visões de mundo por parte dos personagens, por exemplo. É também pertinente fazer com que os alunos estabeleçam reflexões que cheguem até o panorama atual, ou seja, que eles compreendam de que maneira pensamentos dos séculos XVI, XVII ou XIX ainda se manifestam nas mentalidades brasileiras. Oriente seus alunos para que eles consigam identificar e separar diferentes visões de mundo de acordo com sua época e lugar.
PRÁTICAS
Leitura, escuta, produção de textos (orais, escritos, multissemióticos) e análise linguística/semiótica.
HABILIDADE
(EM13LP52) Analisar obras significativas das literaturas brasileiras e de outros países e povos, em especial a portuguesa, a indígena, a africana e a latino-americana, com base em ferramentas da crítica literária (estrutura da composição, estilo, aspectos discursivos) ou outros critérios relacionados a diferentes matrizes culturais, considerando o contexto de produção (visões de mundo, diálogos com outros textos, inserções em movimentos estéticos e culturais etc.) e o modo como dialogam com o presente.
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