![](https://assets.isu.pub/document-structure/220311113035-1ce47e72e882fbbab627cfac9978e031/v1/91954e5bd62823ec5a1a84cbe2949311.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
6 minute read
Bibliografia Comentada
ALVES, Castro. O navio negreiro. Tragédia no mar. In: Antologia poética. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1971. Este poema é citado na terceira atividade proposta, ao se tratar das intertextualidades de O grumete e o tupinambá com outras obras da literatura nacional.
BELLEI, Sérgio Luiz Prado. Monstros, índios e canibais. Ensaios de crítica literária e cultural. Florianópolis: Editora Insular, 2000. Este livro trabalha com esses “habitantes de fronteiras” que foram culturalmente definidos a partir da monstruosidade, do primitivismo selvagem e do canibalismo. A obra discute a necessidade de se legitimar práticas culturais que foram excluídas por séculos a favor do modo de vida europeu – considerado superior e civilizado – e, ao mesmo tempo, pretende denunciar as numerosas violências cometidas contra povos os mais diversos.
Advertisement
BENJAMIN, Walter. Sobre o conceito de História. Edição crítica. São Paulo: Alameda, 2020. Este livro reúne, pela primeira vez, a tradução em nossa língua das quatro principais versões das famosas teses de Walter Benjamin sobre a História. Nos textos, está a urgente necessidade de se repensar a História pelo ponto de vista dos vencidos. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília, MEC/ CONSED/ UNDIME, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_ EF_110518_versaofinal_site.pdf Acesso em: 23 dez. 2020. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica.
CASTRO, Eduardo Viveiros de. O mármore e a murta: sobre a inconstância da alma selvagem. In: A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2002. Este texto é uma excelente referência para se pensar o perspectivismo ameríndio em nossos dias. O pesquisador parte de fatos históricos: ao tentarem catequizar os tupinambás, os jesuítas tinham dificuldades quanto à “inconstância” daqueles índios, pois, ao mesmo tempo em que absorviam aspectos culturais novos, retornavam aos seus costumes. O ensaio também trabalha com os sentidos de vingança e antropofagia.
DAHER, Andrea. Brasil francês - As singularidades da França equinocial (1612-1615). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007. Neste livro, é analisada a cristianização e a ocidentalização de indígenas brasileiros a partir de um estudo da colônia francesa do Maranhão. A obra também acompanha o destino de seis tupinambás em Paris, onde chegaram levados por padres. Em busca de se entender melhor os confrontos entre alteridades, os relatos de viajantes da época são uma fonte preciosa em nossos dias.
DEL PRIORE, Mary. Monstros e maravilhas no Brasil colonial. In: Esquecidos por Deus. Monstros no mundo europeu e ibero-americano (séculos XVI-XVIII). São Paulo: Companhia das Letras, 2000. Esta obra oferece um panorama das mentalidades que ajudaram a criar um extenso imaginário em torno da fauna e da flora do Novo Mundo, revelando em que medida nossa espécie é capaz de projetar medos e angústias em suas próprias fabulações. O texto sugerido é referência para os que desejam entender o imaginário do Brasil colonial.
DIAS, Gonçalves. I-Juca-Pirama, seguido de Os Timbiras. Porto Alegre: L&PM, 1997. Neste poema épico-dramático está a trajetória da recuperação da honradez de I-Juca-Pirama frente a seu pai e à tribo dos timbiras. Este poema é mencionado em algumas atividades deste material.
FONSECA, Pedro Carlos Louzada. Visões fundadoras da bestialização da antropofagia ameríndia; Hans Staden e a retórica do canibalismo em carne e osso. In: Bestiário e discurso do gênero no descobrimento da América e na colonização do Brasil. Bauru: Edusc, 2011. Os dois textos sugeridos trazem uma crítica ao androcentrismo europeu que imperou durante os diferentes processos de colonização nas Américas, com destaque para o peso da visão moralizadora cristã dos invasores sobre os modos de vida de povos que eles encontravam, sobretudo os praticantes de rituais antropofágicos. GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina. Porto Alegre: L&PM, 2010. Este livro é um clássico sobre a dependência e a vassalagem da qual a América Latina tem sido vítima há séculos: espanhóis, portugueses, ingleses, holandeses, franceses e, no século passado, os norte-americanos, são alguns dos povos que, para o autor, propiciaram cenários de submissão e espoliação nos países pobres do Novo Mundo.
LESTRINGANT, Frank. A oficina do cosmógrafo ou A imagem do mundo no Renascimento. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009. Esta obra traz interessantes capítulos sobre a visão Renascentista que imperou na exploração do Novo Mundo, com destaque à chamada “invenção do Brasil”.
MARIZ, Vasco; PROVENÇAL, Lucien. Villegagnon e a França Antártica. Uma reavaliação. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005. Este livro é um estudo biográfico sobre o líder da expedição francesa que aportou à Baía de Guanabara para instalar uma colônia.
MESSIAS, Adriano. O monstruoso e o fantástico na estranheza das Américas. In: Todos os monstros da Terra: bestiários do cinema e da literatura. São Paulo: Educ/ Fapesp, 2016. Neste capítulo, o autor discorre sobre a presença do imaginário europeu amalgamado ao imaginário autóctone americano para a conformação de visões de mundo que nos assombraram por séculos: preconceitos em relação aos indígenas, entendimentos deturpados da fauna, da flora e do relevo estão entre os pontos de análise.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/220311113035-1ce47e72e882fbbab627cfac9978e031/v1/3c77be9bffbaff7d3b9321ee3b5c4e63.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
NAGIB, Lucia. Werner Herzog. In: O cinema como realidade. São Paulo: Estação Liberdade, 1991. A pesquisadora analisa com propriedade vários filmes do alemão Werner Herzog, com destaque para Aguirre, a cólera dos deuses e Fitzcarraldo.
QUEIROZ, Dinah Silveira de. A muralha. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1969. O primeiro capítulo deste romance está indicado como sugestão na atividade 6 de Língua Portuguesa, página 18.
SÁ, Lúcia. Literaturas da floresta: textos amazônicos e cultura latino-americana. Rio de Janeiro: Eduerj, 2017. As quatro partes desta obra aludem às quatro tradições da planície amazônica que mais influenciaram os escritores sul-americanos: macro-caribe, tupi-guarani, sistema tukano-arauaque do Alto Rio Negro e arauaque ocidental.
TAUNAY, Afonso d’Escragnolle; Mary del Priore (Org.). Monstros e monstrengos do Brasil. São Paulo: Editora Schwarcz, 1998. Este livro traz compilações da fauna fantástica brasileira, nas quais o pesquisador Afonso de Taunay – filho do visconde de Taunay – confere respeito e valor cultural ao imaginário sobre nosso país, demonstrando simpatia pelos relatos antigos. THEVET, André. As singularidades da França Antártica. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp, 1978. Nesta obra clássica, o cronista e naturalista André Thevet oferece a narração de sua viagem de ida da França até o litoral brasileiro e a busca pelo polo antártico. O itinerário implica na chegada à Baía de Guanabara e na fundação do Forte Coligny. Há relatos de usos e costumes indígenas, bem como descrições da fauna e da flora, dentre outros.
TODOROV, Tzevetan. A conquista da América. A questão do outro. São Paulo: Martins Fontes, 2019. Todorov conta a história da descoberta e conquista da América para tratar da questão do outro: o encontro entre o “civilizado” mundo cristão europeu e o “selvagem” Novo Mundo pagão é, para o autor, o fato mais importante da história ocidental. A partir desse paradigma, ele trata da complexa questão do choque de culturas.
VIEIRA, Padre Antônio. Sermão de Santo Antônio. In: Sermões. Texto integral. São Paulo: Três Livros e Fascículos, 1984. Este sermão está indicado como sugestão na atividade 6 de Língua Portuguesa, página 18, e sobre ele há um breve texto na seção “Aprofundamento”, página 24.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/220311113035-1ce47e72e882fbbab627cfac9978e031/v1/b1168ebb8db5049b4d96320f8a4b34eb.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Este Material Digital do Professor foi elaborado por Adriano Messias.
ADRIANO MESSIAS é pesquisador nas áreas de semiótica, educação e ciências da comunicação. Tem pós-doutorado e doutorado em comunicação e semiótica, tendo sido pesquisador visitante em várias universidades estrangeiras, dentre elas, a Universidade Paris 8 e a Universidade Autônoma de Barcelona. É também autor de mais de cem livros de ficção e ganhou prêmios importantes, como o Jabuti.
Conteúdo baseado na obra O grumete e o tupinambá – romance da França Antártica, do autor Adriano Messias, com ilustrações de Carlos Caminha.
Créditos do Material Digital
Editor: Rafael Borges de Andrade Supervisão pedagógica: Maria Zoé Rios Fonseca Assistente editorial: Olívia Almeida Preparação de texto e revisão: Alice Bicalho e Olívia Almeida Ilustrações: Carlos Caminha Diagramação: Mário Vinícius Silva
![](https://assets.isu.pub/document-structure/220311113035-1ce47e72e882fbbab627cfac9978e031/v1/e7aed90c95b43947c3307ad6bc1c19f8.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
RHJ Livros LTDA.
Rua Helium, 119 – Nova Floresta – Belo Horizonte/MG CEP: 31140-280 – Telefone: (31) 3334-1566 editorarhj@rhjlivros.com.br www.rhjlivros.com.br