Choice for Teens 2 - Manual do professor

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Manual do professor

Sumário Choice for Teens – Uma escolha que abre horizontes na escola   2 e no dia a dia  Apresentação da obra

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Refletindo sobre a aprendizagem da língua inglesa

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As escolhas pedagógicas: da informação ao conhecimento

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Conhecendo o material

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O papel da avaliação formativa como processo

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Referências bibliográficas

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Sugestões de leitura para o professor

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Conteúdo programático

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Notas por unidade

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Transcrições

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Choice for Teens — Uma escolha que abre horizontes na escola e no dia a dia Apresentação da obra Choice for Teens foi especialmente desenvolvido para atender às necessidades dos alunos do 3.o e 4.o ciclos (6.o ao 9.o ano) do Ensino Fundamental. A coleção foi elaborada de acordo com as diretrizes sistematizadas nos Parâmetros Curriculares Nacionais e com as perspectivas teóricas, metodológicas e linguísticas que desenham as potencialidades do aluno, tendo em vista o seu desenvolvimento em sala de aula e, na mesma esfera de importância, a sua atuação no mundo por meio da língua inglesa.

Em um breve panorama, a coleção revela em suas páginas que o ensino de língua estrangeira deve contemplar um processo contínuo e significativo, ao longo do qual o aluno é direcionado, a cada ano letivo do Ensino Fundamental, para a aprendizagem do idioma voltada tanto às habilidades de leitura e de escrita quanto ao crescente domínio de atos de comunicação oral. A partir da exposição do aluno a temas relacionados à sua experiência, ao mundo que o circunda e a textos autênticos ou estrategicamente adaptados, busca-se o reconhecimento de construções sintáticas, a expansão de vocabulário e a produção de blocos orais e escritos que contribuem para a construção da fluência no idioma, respeitando-se as competências linguísticas que caracterizam as particularidades dessa fase da aprendizagem. Assim, o alinhamento da coleção está associado, em um sentido mais amplo e significativo, ao refinamento das habilidades do aluno, especialmente na adequação à sua faixa etária e na sua capacitação para assumir os importantes desafios que estarão presentes no Ensino Médio. A contribuição de Choice for Teens está pautada na articulação de valores sociais, nas propostas de interdisciplinaridade e nos tópicos indispensáveis ao cenário do mundo atual. Esses são expressos pela construção de conhecimentos que surge do exercício constante da reflexão e principalmente pela experiência agradável e significativa de sala de aula. Essa prática imprime no aluno do Ensino Fundamental as condições necessárias para a sua interação com os demais membros de seu grupo e, numa posição mais desafiadora, com falantes nativos e não nativos de língua inglesa, fator presente no dia a dia do indivíduo exposto a um mundo cada vez mais sem fronteiras.

Refletindo sobre a aprendizagem da língua inglesa Existem inúmeros caminhos para que um idioma venha a fazer parte do repertório cultural e social de um indivíduo. Um deles prioriza a língua como um conjunto de regras formais que desenham o seu funcionamento. Tal visão valoriza, em primeiro lugar, a gramática normativa, que, de certa forma, instrumentaliza o aluno para o reconhecimento e a apropriação de estruturas. Outra via de aprendizagem é entender a língua a partir de sua constituição essencialmente social, colocando em evidência a inter-relação entre os indivíduos. Nessa perspectiva, a palavra assume um movimento amplo, capaz de construir situações de comunicação que integram as mais diversas redes de convivência em sociedade. Em nossos dias, é gratificante que o professor esteja próximo dessa concepção e de sua relevância para que as aulas de língua estrangeira possam, cada vez mais, dinamizar as propostas pedagógicas. Conscientes de tal importância, os autores de Choice for Teens demonstram sua preferência pelo uso da língua em ação e, na mesma escala de prioridade, garantem o teor sociointeracionista das unidades didáticas que integram cada volume da série. De tal composição, surge o elenco de competências desenvolvidas no processo de ensino-aprendizagem – competências de ordem gramatical, estratégica, sociolinguística e discursiva. Instrumentalizado com esses recursos que geram autonomia, o aluno será incentivado a edificar as bases de seus conhecimentos linguísticos no ambiente escolar e a projetar sua participação mais acentuada no mundo amplo e desafiador que está ao seu redor. Fica evidenciado, portanto, que a proposta da coleção é estreitar as relações entre teoria e prática, entre a sala de aula e as experiências do dia a dia, cuja inspiração encontra fundamento nas mais recentes linhas de reflexão pedagógica: “A aprendizagem, uma das características da ação e do pensamento humano, é a faculdade do indivíduo de se adaptar e de modificar seu comportamento para adquirir condutas e conhecimentos que lhe permitam agir no mundo, e suas representações.” (MORANDI, 2008, p. 110). A perspectiva posta em destaque abre um espaço agradável e produtivo para o professor e o aluno e justifica a concepção de aprendizado de língua

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A ocorrência da língua enquanto instrumento de inserção social, associada aos pressupostos da análise do discurso, está presente nos princípios que regem as atividades da coleção, dinamizando as condições de assimilação e agregando elementos de desafio às unidades desenhadas em cada volume. Amparados por esse viés, os fatores que determinam o domínio de uma língua estão intrinsecamente relacionados a um entendimento de aprendizagem que considera a relevância das estruturas linguísticas em vista da prática do idioma em situações comunicativas. Sob um olhar de síntese, “a complexidade da linguagem mostra que ela não se reduz a um sistema ou código, de modo que um procedimento puramente estrutural não basta. Tratá-la como atividade situada representa um esforço teórico necessário e produtivo.” (ARAÚJO, 2004, p. 215). Com esse enfoque crítico, e no que se refere à operacionalização das reflexões tecidas até aqui, cabe elencar algumas observações que podem auxiliar o professor em relação ao tratamento dos desafios existentes na sala de aula, conforme ressalta o excerto teórico acima apresentado:

◗◗ O ensino de línguas não pode ser reduzido ao uso mecânico de regras gramaticais ou ao estudo do léxico sem marcas de contextualização.

◗◗ A comunicação vai além da mera citação de enunciados. Comunicar-se significa criar situações que favoreçam a interação entre indivíduos no exercício da cidadania e na liberdade de expressão.

◗◗ A língua é caracterizada como um fenômeno exclusivamente humano, com papéis específicos na escola e na vida em sociedade.

◗◗ As unidades didáticas possibilitam contextualizar textos orais e escritos. Assim compreendidas,

elas representam a construção de conhecimentos que têm início na sala de aula e se estendem a situações cotidianas.

◗◗ As mais diversas manifestações linguísticas, expressas pelos gêneros discursivos, imprimem relevância no processo de ensino-aprendizagem e abrem novos caminhos para a realização de futuras experiências no âmbito da comunicação. Com o uso da coleção, o professor perceberá que a tentativa de traduzir tais pressupostos em atos pedagógicos está presente nas páginas de Choice for Teens, o que garante o caráter inovador do material, elaborado em consonância com as mais recentes tendências do ensino de línguas.

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considerando um suporte teórico sólido e aberto para maximizar a prática. Portanto, “é assim que a inflexão pragmática da análise do discurso tem levado seus protagonistas a reintegrar toda sorte de discurso com vistas a iluminar situações diferentes: discursos produzidos nas situações de trabalho, discursos midiáticos, discursos pronunciados em situações de aprendizagem – todas essas abordagens redefinidas que supõem e acarretam novas teorizações” (SARFATI, 2010, p. 132). Tal recorte teórico dialoga com as necessidades urgentes de nossos dias, no sentido de que a língua estrangeira seja efetivamente transformada em uma forma eficaz de expressão.

As escolhas pedagógicas: da informação ao conhecimento Língua e pensamento são fenômenos indissociá­ veis. O aluno de hoje, em seu constante exercício de múltiplas interações com o mundo exterior, deve encontrar em sua vivência escolar materiais didáticos que favoreçam a transformação do pensamento em palavras, com um ritmo dinâmico e eixos temáticos articulados, além da experiência prazerosa que possa enriquecer o contexto educacional com foco no aprendiz. É nessa dimensão que Choice for Teens contribui para a aprendizagem da língua, priorizando estratégias de compreensão e produção e estimulando o aluno a assumir, com mais propriedade, sua condição de sujeito falante e atuante em seu meio. A sala de aula é um laboratório que viabiliza o processo de múltiplas interações descrito acima. Especificamente com relação ao ensino de língua estrangeira, o professor tem acesso a diversos métodos e abordagens que atendem ao propósito de sistematizar as possíveis formas de materialização da língua, sob a perspectiva da didática e da comunicação bem-sucedida. O elenco de estratégias é amplo, e a escolha desses meios está sujeita a um conjunto de olhares menos ou mais favoráveis em relação às correntes pedagógicas que caracterizam a escola de hoje. O destaque de Choice for Teens recai sobre o recorte abaixo e revela as linhas teórico-metodológicas que dão forma à prática docente na coleção:

◗◗ Cognitivismo: enfatiza a busca do conhecimento pelo ser humano, em oposição à simples resposta aos estímulos ou formas apresentados como objeto de estudo. 3

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◗◗ Construtivismo: considera os conhecimentos

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prévios do aluno como essenciais para a construção da aprendizagem.

◗◗ Socioconstrutivismo: debruça-se sobre as interações sociais, levando o aluno a ser construtor e transformador da realidade. Nos quatro volumes da coleção, o professor encontra uma rica variedade de atividades, presentes em unidades e seções amplamente articuladas, cujos princípios de elaboração dialogam com questões metodológicas e conceituais presentes nas tendências mencionadas anteriormente, que priorizam a competência comunicativa do aluno e despertam suas habilidades cognitivas e interacionais. Em suma, fundamentado por múltiplas vias pedagógicas, o objetivo maior da coleção é potencializar o processo de autonomia no aluno, considerando-se a construção de sua desenvoltura nos atos de comunicação do dia a dia e também em discussões que exigem uma percepção mais reflexiva ou criativa. Nesse quadro que se delineia, a aprendizagem da língua inglesa não se reduz à simples reprodução de enunciados, mas é revestida de uma concepção integradora, que abrange dimensões mais complexas e determinantes para o uso do idioma.

Conhecendo o material A coleção compõe-se de quatro volumes, organizados em:

◗◗ Livro do aluno ◗◗ Livro do professor ◗◗ CD-Rom do aluno (com gravações de textos, atividades de compreensão oral, exercícios de revisão e jogos interativos)

◗◗ CD do professor pós-adoção (com sugestões de atividades extras e avaliações)

LIVRO DO ALUNO As páginas introdutórias de cada volume atendem ao propósito de apresentar o estudo da língua inglesa como uma jornada interessante e prazerosa, levando o aluno a reconhecer a importância do idioma, que aparece em contextos diversificados e construídos levando-se em conta as experiências relevantes à sua faixa etária. As unidades estão divididas em seções estrategicamente elaboradas para que a aprendizagem da língua aconteça de forma natural e significativa, em uma combinação de temas atraentes e geradores de

discussão, sob a perspectiva da interdisciplinaridade, além de recortes teóricos da língua e exercícios práticos com teor adequado de reflexão. O livro do aluno é composto por:

Starting Point Unidade de abertura a ser trabalhada no início do ano letivo. No volume 1, a leitura da imagem de um mapa-múndi é explorada, levando os alunos a fazer interpretações por meio de seu conhecimento de mundo. Conhecimento esse que pode ter sido adquirido formalmente, em instituições de ensino, ou informalmente, pelos meios de comunicação, viagens, internet ou interação com outras pessoas. Vale ressaltar que o conhecimento de mundo não é o mesmo para todas as pessoas, já que é construído nas experiências e vivências individuais e coletivas. Portanto, todo tipo de conhecimento trazido pelos alunos deve ser respeitado e valorizado. A partir do volume 2, Starting Point pretende fazer uma revisão do conteúdo que foi abordado no volume anterior, gerando assim mais uma oportunidade para a consolidação do que foi aprendido. Em sua unidade de abertura, Choice for Teens traz sempre um jogo, outro recurso do processo de ensino-aprendizagem que permite ao aluno desenvolver diferentes competências e habilidades: a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, o levantamento de hipóteses, o respeito às tentativas e às respostas divergentes, a tolerância ao erro e a análise do processo e não somente do resultado. Além disso, o jogo motiva o aluno a usar mais a inteligência, a jogar bem, a esforçar-se para superar obstáculos cognitivos e emocionais.

12 unidades regulares com: Starter O objetivo desta seção é introduzir o tema de cada unidade e seus conteúdos linguísticos correspondentes. Inserida em um contexto próximo da realidade, a língua em recorte é apresentada por meio de gêneros textuais diferentes, levando o aluno à prática imediata de estruturas gramaticais e de vocabulário que serão expandidos ao longo da unidade.

Words in Action Esta seção oferece ao aluno a possibilidade de expandir o vocabulário previamente apresentado na seção Starter  e também de entrar em contato com o novo conteúdo lexical da unidade. Por meio de exercícios práticos e dinâmicos e jogos de integração (Break Time), o aluno é gradativamente direcionado a apreender o significado das palavras em estudo.

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Esta seção tem por objetivo apresentar o conteú­ do gramatical da unidade e propor atividades para a prática desse conteúdo. As explicações em português criam um contexto agradável para o aluno e sugerem uma forma prática de observação sobre como o conhecimento de estruturas auxilia na aquisição gradativa de fluência no idioma. As atividades diversificadas contêm um teor adequado e pontual de reflexão para que o aluno, ao rea­ lizar as tarefas propostas, adquira uma visão clara e lógica dos aspectos gramaticais trabalhados. Watch Out traz informações que ajudam os alunos a realizar os exercícios. Refere-se a algum aspecto da estrutura da língua, vocabulário e/ou pronúncia de palavras.

Skills Work Listening (volumes 1 e 2) Com textos breves, variados e de teor autêntico, a seção é destinada a aprimorar a capacidade de compreensão auditiva. Os exercícios priorizam a seleção, por parte do aluno, dos elementos mais significativos do texto oral apresentado na unidade, promovendo um considerável nível de desafio nas atividades e, gradativamente, capacitando o aluno a ouvir textos produzidos por diversos falantes da língua inglesa.

Speaking (volumes 1 e 2) A comunicação oral é um dos elementos mais significativos no processo de aprendizagem de uma língua. Na consideração de tal aspecto, esta é uma das últimas seções da unidade e tem a intenção de proporcionar ao aluno a prática oral de recortes da língua que são imprescindíveis para a construção da fluência em inglês. Além de funções específicas de comunicação, aspectos relacionados à fonologia do idioma são apresentados de forma prática e lúdica.

Reading Com textos autênticos, por vezes adaptados criteriosamente às necessidades do aluno do Ensino Fundamental, a seção desenvolve as capacidades de leitura partindo de uma interpretação mais geral (conhecida em inglês como skimming) até um nível de interpretação mais específico (denominado scanning). Os exercícios variados, voltados à compreensão do texto e ao estudo do vocabulário, contribuem para formar leitores mais instrumentalizados

no sentido de identificar as informações exigidas pelas atividades propostas. De modo semelhante, tais estratégias podem ser projetadas para a prática de leitura na língua materna. Open Your Mind tem por objetivo acionar o conhecimento de mundo dos alunos e levá-los a refletir e discutir sobre o tema que será apresentado. Para isso, as perguntas principais podem ser desdobradas em perguntas mais específicas que auxiliam o aluno quanto à organização de suas ideias e à formulação de seus argumentos e conclusões.

Writing

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Language Practice

A seção prioriza diversos gêneros textuais para inserir a prática da escrita, tais como registrar preferências pessoais, informações sobre família e amigos, atividades na escola e no dia a dia, aspectos marcantes sobre o país e o mundo, eventos culturais, etc. O aluno é convidado a produzir textos que consolidam o tema em estudo e servem como preparação para a produção escrita que será exigida ao longo de sua trajetória escolar.

Stop and Check Seis unidades de revisão, uma a cada duas unidades regulares, com o objetivo de organizar e sistematizar o que foi trabalhado com os alunos no que se refere à gramática e ao vocabulário. As unidades de revisão apresentam projetos (dois deles com letras de música) que permitem o trabalho em grupo ou em dupla, fazendo com que eles exercitem a coo­ peração, a convivência com a diferença, a tolerância, enfim, a melhoria das relações interpessoais.

Workbook Com duas páginas destacáveis para cada unidade, o Workbook é composto por exercícios variados, dos mais objetivos até os mais desafiadores, visando atender às necessidades diferenciadas do professor e dos alunos, de acordo com a realidade da sala de aula. O professor pode recolher as tarefas e usá-las como instrumento de avaliação, por exemplo.

Grammar Reference Trata-se de um recurso extra que contribui para trabalhar a autonomia do aprendiz, permitindo que ele tenha material de estudo dentro e fora da sala de aula. Traz a sistematização dos pontos gramaticais estudados nas unidades de forma clara e compreen­ sível, além de novos exercícios que dão ao aluno a oportunidade de aprofundar o aprendizado. 5

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Cross Curricular Project Ao final de cada volume de Choice for Teens, um infográfico (representação visual de informação) permite o trabalho interdisciplinar, garantindo a construção do conhecimento de maneira global e incentivando os alunos a construir relações entre os diferentes conteúdos presentes nas diversas disciplinas do currículo. As sugestões de como desenvolver os projetos com os infográficos estão disponíveis no CD pós-adoção do professor.

LIVRO DO PROFESSOR O livro para uso do professor contém as respostas dos exercícios e um manual com orientações para a implementação das atividades de cada unidade.

O papel da avaliação formativa como processo Há inúmeras concepções que definem o processo avaliativo no ambiente escolar. Uma das mais marcantes está associada à avaliação que valoriza, de modo extremamente acentuado, a produção do aluno em etapas definidas das unidades didáticas para efeito de classificação ou aprovação: “Dando ênfase à função classificatória, a avaliação concorre para a fragmentação do trabalho pedagógico, ao transmitir ao aluno a ideia da separação, da seleção e da rotulação. É pela prática da avaliação que o processo de ensino se impõe de forma autoritária. A realidade da sala de aula está permeada por essa concepção de avaliação que se distancia de sua função diagnóstica e volta-se para a classificação, despendendo grande esforço em tarefas burocráticas e de poder hierárquico” (VEIGA, 2005, p. 152). Em contrapartida, existe outra vertente que prioriza o processo de aprendizagem e, dessa forma, faz uso da avaliação formativa como parte do processo. Esse trânsito de conceitos é um convite à reflexão sobre os aspectos que podem contribuir para a aplicação favorável de práticas avaliativas. A proposta de uma avaliação somativa, que possa favorecer um constante redirecionamento na aprendizagem da língua, aparece na coleção nos dois grandes componentes descritos a seguir.

Componente oral Partindo-se do pressuposto de que Choice for Teens é uma coleção que enfatiza as habilidades de leitura e escrita, o componente oral surge como uma seção que introduz o aluno do Ensino Fundamental à oralidade da língua de modo natural e produtivo.

Na seção intitulada Speaking, as atividades de prática oral são adequadas aos objetivos do curso, constituindo-se, pois, em propostas de trabalho pedagógico que favorecem o exercício da avaliação contínua. Em cada unidade, o aluno produz breves enunciados que fazem parte de contextos de comunicação mais amplos e que, nessa fase, funcionam como elementos introdutórios para a aquisição de fluência. O professor, ao promover a correção sugerida no manual, seja na esfera da estrutura ou do uso da língua, é convidado a estimular a percepção do aluno quanto à apropriação de tais enunciados em contextos distintos. Por exemplo, na maioria das unidades, a produção oral acontece em uma perspectiva informal, típica do dia a dia, com a presença da língua que registra tal cenário. Mostrar ao aluno como a língua ocorre é primordial para a sua construção de conhecimentos e para a sua formação cidadã.

Componente escrito O conjunto de atividades que integra a produção escrita em Choice for Teens contempla aspectos específicos da língua – sintaxe e semântica – e também questões sobre o seu uso, levando o aluno a compor os primeiros traços de uma visão mais integradora do idioma. Sabe-se que a avaliação com foco acentuado na precisão gramatical e semântica pode contribuir para a expansão de conceitos imprescindíveis para a fluência do falante. Contudo, o teor reflexivo e não mecanicista presente na diversidade de exercícios escritos para a coleção sugere uma visão avaliativa que imprime relevância ao processo de aprendizagem como fonte geradora de direcionamentos e redirecionamentos para a prática docente. Desse modo, por meio da correção de exercícios de estruturas gramaticais, compreensão de texto ou vocabulário, o professor pode aproveitar a oportunidade para ampliar a conscientização sobre o uso da língua considerando-se tais aspectos. A correção do conteúdo, enriquecida com as sugestões referentes a cada unidade, presentes no manual do professor, valoriza a função diagnóstica do processo de avaliação, fazendo com que o aluno, em seu nível pessoal de percepção, consiga estabelecer relações com a língua inglesa além de sua materialidade. A seção destinada à escrita, com o objetivo de produzir enunciados em contexto, encontra espaço propício para a prática avaliativa contínua. Nesse processo, o professor pode estimular o aluno a investir na criação de enunciados mais sofisticados, com base nas estruturas já apresentadas, e transformar a prática da avaliação em uma oportunidade de maximizar o prazer da criação textual.

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