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METADE DO QUÊ?

"Dar voz às diferenças é uma maneira de amplificar a necessidade de mudança"

50podeserconsideradoumnúmeroque representa a metade de algo a ser alcançadodesde um status a um estado de espírito, ou até mesmo a idade propriamente dita A quinquagésima edição do Senso (in)comum, em especial, marca o retorno às atividades presenciais da 12° turma de Jornalismo na Universidade, após dois anos de encontros e desafiosremotos.

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Mais uma vez, é preciso refletir sobre asociedadeemquevivemosequal queremos construir para o futuro. Perceber quem são as pessoas ao nosso redor, é um exercício empático de olhar para outras culturas e vivências, além de compreender que elas também moldam nossos cidadãos. Quando falamos de futuro, é para exercer a nossa liberdadeeexporosideaisquepensamos,afim de fomentar a reflexão dos brasileiros para eleger nossos representantes. Em ano de eleiçõeseCopadoMundo,umacoisanãopode faltar: consciência.

Mesmo que não pareça, há esperança, ainda mais quando a educação - mesmo com o desmonte - resiste e desenvolve cientistas que buscam até curar o câncer. Em contrapartida, alguns insistem em relutar contra a ciência e fazem uso de dispositivos que colocam em risco a própria saúde, mas, seria essa uma escolha racional? Percebemos, então, que a tecnologia pode ser uma grande aliada e, ao mesmo tempo, a perdição de muitos que asubestimam.

A equipe do Senso (in)comum não só buscadarvisibilidadeàsvozessilenciadasdentro da Universidade, como ressalta a saúde para além da física e reforça o respeito aos limites do corpo e da mente. Também pautamos como a resistência representa um ato democrático e justificávelnocombateàviolência.

Assim, o jornal laboratorial do curso de Jornalismo da UFU pretende continuar sendo um espaço de construção e luta, com ointuito de transformar o despercebido em informação. E como forma de gritar pelos invisibilizados, prezar pela ciência e torcer para as diversas curas - inclusive a da ignorância - para nós, 50 será o número da denúncia, crítica, exposição e esperança.

O Ovo Da Serpente

A violência contra movimentos pela terra e moradia no Triângulo Mineiro explicita a estreita relação entre o fascismo e o Estado democrático de direito rizar a violência institucional, como nas frequentes tentativas de criminalização da luta pela terra. Nesse cenário, é possível entender a situação como algo singular na história política brasileira

“O assassinato de Daniquel é um marco. Pela primeira vez na região, a polícia muda seu papel nos casos de violência contra os militantes. Deixa de ser um agente de negligência, em que reforçava a vulnerabilidade dos movimentos, e de 2016 para cá se torna um agente ativo, promovendo a violência”.

Outro acontecimento recente na região do Triângulo Mineiro aponta para a mesma problemática Em 2013, três lideranças de um movimento camponês foram assassinadas por criminosos em cidade próxima à Uberlândia, em um episódio conhecido por "Chacina de São José dos Cravos''. Se aprofundando no caso, fica explícito que, mesmo em “plena democracia” o Estado agiu de maneira conivente com a violência. Pensar em ambos os casos de maneira conjunta torna possível observar que:

Esta fala, de um dos representantes do MTST de Minas Gerais, se refere ao assassinato de Daniquel de Oliveira, 41 anos. Coordenador da ocupação Fidel Castro, em Uberlândia, foi executado por policiais em março de 2020. Infelizmente, ele não foi o primeiro e não será o último militante violentado em nosso país. Esse tipo de atuação, cotidiana, fez parte de todo o processo de estruturação do Estado brasileiro, sendo explicitada em episódios como este.

A brutalidade do caso ecoa nas movimentações do atual governo, que constantemente faz esforços para milita-

São elas que permitem a operacionalidade deste projeto político quando este se apropria do aparato do Estado.

O Fascismo não é algo externo à nossa democracia. Muito pelo contrário, são suas contradições estruturais que garantem sua existência.

A DISCUSSÃO CONTINUA NO SITE DO SENSO (IN) COMUM. PARA CONFERIR O CONTEÚDO COMPLETO, APONTE SEUDISPOSITIVO PARAOQR CODEABAIXO.

Reitor: Valder Steffen Jr - Diretora da Faced: Geovana Ferreira Melo - Coordenadora do Curso de Jornalismo: Christiane Pitanga - Professores: Ana Cristina Spannenberg, Christiane Pitanga, Gerson de Souza, Nicoli Tassis e Nuno Manna - Jornalista Responsável: Ana Cristina Spannenberg - Editores-Chefes: Angélica Neiva e Brenda Mesquita - Editores: Gabriel Reis e Vinícius Pereira (Ciência e Tecnologia), Isabella Breve e Ulisses Fernandes (Cultura), Felipe Braga e Paulo Félix (Esporte), e Janaina Bernardino e Júlia Vidotti (Política) - Opinativos: Bruna Villela, Isabella Vasconcelos e Leíse Alves Pereira - Checagem: Bernardo Júnior, Giovanna Trovó, Maria Eduarda Marrama, Mariana Palermo, Monique Ferreira e Vitória Caregnato - Foto e Arte: Estela Araújo, Leandro Júnior, Maria Eduarda Koyama e Sarah Aguiar - Revisão: Camila Karen, Ketlen Kelly, Luisa Cardoso, Pedro Bueno, Sabrina Paiva, Sofia Cunha, Vitoria Freitas e Yasmin Mohamad - Redes

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