Peixes do Cerrado - Parque Estadual da Serra Azul, Rio Araguaia, MT

Page 1



PEIXES

DO

CERRADO

PARQUE ESTADUAL DA SERRA AZUL RIO ARAGUAIA, MT



PEIXES

DO

CERRADO

PARQUE ESTADUAL DA SERRA AZUL RIO ARAGUAIA, MT PAULO CESAR VENERE VALDENER GARUTTI


© 2011 dos autores

COMISSÃO EDITORIAL Dirlene Ribeiro Martins Paulo de Tarso Martins Carlos Eduardo M. Bicudo (Instituto de Botânica SP) Evaldo L. G. Espíndola (USP SP) João Batista Martins (UEL PR) José Eduardo dos Santos (UFSCar SP) Michèle Sato (UFMT MT)

Direitos reservados desta edição RiMa Editora Fotos capa: Markos Alexandrou

Processo FAPEMAT: 300176/2010

V449p

Venere, Paulo Cesar Peixes do Cerrado – Parque Estadual da Serra Azul – Rio Araguaia, MT / Paulo Cesar Venere e Valdener Garutti – São Carlos : RiMa Editora, FAPEMAT , 2011. 220 p. il. ISBN – 978-85-7656-206-1

1. Peixes. 2. Cerrado. 3. Rio Araguaia. 4. PESA. I. Autores. II. Título. CDD – 597

www.rimaeditora.com.br

Rua Virgílio Pozzi, 213 Santa Paula 13564-040 São Carlos, SP Fone/Fax: (16) 3411-1729


AGRADECIMENTOS Os autores agradecem: ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela concessão da Bolsa de Pesquisador Visitante para o autor júnior, que possibilitou sua estadia junto ao Instituto de Ciências e Letras do Médio Araguaia (Campus Universitário do Araguaia UFMT); à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (FAPEMAT), não apenas pelos recursos que permitiram esta publicação, mas, fundamentalmente, pelos esforços que tem dedicado no sentido de apoiar a pesquisa no estado de Mato Grosso em suas diferentes facetas; à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), instituição que, de certa forma, propiciou condições para nos fixarmos nessa região, dando-nos a aportunidade de concluir um trabalho que preenche importante lacuna nos estudos ictiofaunísticos da grande área de Cerrado do Brasil Central; a Humberto Pereira Rêgo (Humbertão), que, apesar de não mais se encontrar entre nós, foi sempre um ferrenho defensor de nossos peixes, tendo se transformado de pescador inveterado a grande protetor do Araguaia, e Jason Leolino de Oliveira (Brutus), também um pescador inveterado, que hoje conduz ecoturistas que se aventuram pelo Araguaia ambos foram sempre grandes apoiadores e grandes amigos, sempre prontos a participar de nossos projetos, muitas vezes deixando seus afazeres pelo simples prazer de colaborar com a preservação desse maravilhoso rio Araguaia; a Valdésio de Oliveira (Valdésio), ex-aluno do curso de Ciências Biológicas da UFMT Pontal do Araguaia, que jamais mediu esforços para nos auxiliar no que fosse necessário; a Francisco Langeani (UNESP), Mário César Cardoso de Pinna (MZUSP) e Ricardo C. Benine, pela identificação de alguns gêneros/espécies de peixes; e, finalmente, ao Índio Xavante Marinho Temtré, pelo auxílio na citação de nomes populares dos peixes no seu idioma. Sem a colaboração dessas pessoas e instituições, este trabalho dificilmente teria sido concluído. Muito obrigado!


Paulo Cesar Venere Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de São Carlos UFSCar (1986). Recém-graduado, iniciou sua carreira como biólogo no Reservatório de Tucuruí (Pará, Brasil), onde trabalhou no levantamento de dados sobre a pesca comercial junto às colônias de pescadores locais. Cursou o mestrado em Ecologia e Recursos Naturais na UFSCar (1991), doutorado em Genética e Evolução nessa mesma instituição (1998) e pós-doutorado junto ao Departamento de Morfologia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) de Botucatu, SP. É professor associado da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). É ictiólogo, atuando principalmente com marcadores cromossômicos e moleculares em peixes de água doce, biologia de peixes, levantamento e caracterização da ictiofauna. É credenciado nos Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade da UFMT, Cuiabá, e Ecologia e Conservação da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Nova Xavantina, MT. Atualmente é bolsita de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Valdener Garutti Licenciado em História Natural (1971) pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São José do Rio Preto (SP), atual Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho UNESP. Mestre em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade de São Paulo USP (1983). Doutor em Ciências Biológicas (Zoologia) pela USP (1988). Livre-docente pela UNESP (1996). Experiência nas áreas de Sistemática Animal, Ecologia e Piscicultura, com ênfase na taxonomia do gênero Astyanax grupo bimaculatus (Characiformes: Characidae), Ecologia de Ecossistemas (especialmente em Ecologia de Peixes do alto rio Paraná) e cultivo intensivo do lambari (A. altiparanae). Atualmente é professor aposentado pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.


SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... PARQUE ESTADUAL

DA

IX

SERRA AZUL (PESA) ........................................................................................... 1

ÁREA DE ESTUDO ........................................................................................................................................................ 1 C LIMA ....................................................................................................................................................................... 2 G EOMORFOLOGIA ......................................................................................................................................................... 2 H IDROGRAFIA .............................................................................................................................................................3 T RIBUTÁRIOS DO R IO A RAGUAIA ........................................................................................................................... 3 TRIBUTÁRIOS DO RIO DAS MORTES ........................................................................................................................ 4 D IVERSIDADE DE AMBIENTES AQUÁTICOS ..........................................................................................................................5

FITOFISIONOMIAS ............................................................................................................................... 9 MARYLAND SANCHEZ & FERNANDO PEDRONI

METODOLOGIA ................................................................................................................................. 15 PEIXES DO PARQUE ESTADUAL DA SERRA AZUL: SINOPSE

NÚMERO DE ESPÉCIES POR FAMÍLIA E TOTAL ..................................................................................................................... 21 S INOPSE DAS ORDENS , FAMÍLIAS , SUBFAMÍLIAS , GÊNEROS E ESPÉCIES .................................................................................... 22 DESCRIÇÃO E C OMENTÁRIOS SOBRE AS E SPÉCIES .............................................................................................................. 32

ÍNDICE POR NOMES CIENTÍFICOS ......................................................................................................... 195 ÍNDICE POR NOMES XAVANTE ............................................................................................................. 197 ÍNDICE POR NOMES POPULARES .......................................................................................................... 199 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 201



INTRODUÇÃO Os peixes são conhecidos pelo grande público, principalmente, como fonte de alimento e lazer. Assim, a ideia que se faz da sua riqueza ou, de outra maneira, dos seus diferentes modelos e diferentes espécies, está relacionada na maioria das vezes somente aos peixes utilizados como alimento e, portanto, direta ou indiretamente com algum valor comercial. No lazer, apenas os peixes esportivos ou de grande porte são interessantes, ou eventualmente aqueles que apresentam alguma peculiaridade marcante. Em outras palavras, apenas os peixes que são comumente pescados são conhecidos do grande público. Os pequenos peixes, via de regra, ou os peixes que não caem nas redes, ou que não são atraídos pelas iscas dos apetrechos de pesca, passam despercebidos à maioria das pessoas. Eles são ilustres desconhecidos, mesmo para os pescadores profissionais experientes, diariamente nas barrancas dos rios, que nunca se preocupam em avaliar os tipos de peixes locais e desconhecem as formas que normalmente não são pescadas. A execução deste trabalho deixa claro que, no universo do grande público, poucos compreendem a riqueza e a diversidade efetivas dos peixes. Essa ideia prática traz no seu bojo um enorme equívoco. Os peixes de grande porte, de interesse comercial e, principalmente, na pesca esportiva, constituem geralmente o topo da cadeia alimentar daquele ambiente. Os pequenos peixes, ou os peixes que por sua morfologia/anatomia digestória não são pescados com os apetrechos convencionais, são importantes elos da cadeia alimentar e sua frequência de ocorrência interfere diretamente na disponibilidade dos peixões . Os peixões situados no ápice da cadeia alimentar resultam da disponibilidade dos demais elos da cadeia. Geralmente há relação direta: nos ambientes em que a cadeia alimentar é rica, a disponibilidade dos peixões também é elevada, e o local é conhecido como bom de pesca, piscoso. O inverso também é, infelizmente, verdadeiro. Pouca gente se dá conta de que para ter um ambiente piscoso é necessário ter uma cadeia alimentar rica. Rica significa ter abundância de organismos. E, geralmente, quando se tem abundância de organismos, tem-se também uma diversidade1 de organismos, ou seja, numerosas espécies de organismos, diferentes tipos de organismos.

1. No sentido literal, não no sentido ecológico. IX


A ocorrência dos diversos organismos animais e vegetais, que compõem a cadeia alimentar dos peixes, está diretamente associada às condições ambientais. Tipo e qualidade da água, solo, margens, vegetação ripária, substrato (fundo) do rio constituem-se em importantes componentes do ecossistema. É um erro fenomenal achar que os peixões são fruto isolado da natureza. Não. Não. E NÃO. Eles resultam da interação dos diversos organismos e da abundância de cada organismo. Portanto, querer preservar os peixões significa preservar todo um conjunto de organismos, incluindo os pequenos peixes, por exemplo. Significa preservar também o ambiente físico onde eles vivem. Neste manual, por tratar dos peixes de córregos, praticamente não há referência aos peixes de grande porte, particularmente os grandes bagres (filhote, pintado, piraíba, pirarara, surubim), ou aos grandes peixes de escamas (apapá-amarelo, cachorra, caranha, pirarucu). Não, não é esquecimento. Simplesmente porque esses peixes não habitam ou não adentram os córregos do Parque Estadual da Serra Azul (PESA), município de Barra do Garças, estado de Mato Grosso, ou seus pequenos afluentes. Mesmo que em épocas de águas altas. A ideia central do manual é tratar dos pequenos peixes que habitam as pequenas correntes de água do PESA. Ou seja, peixes que foram rigorosamente amostrados nos córregos do PESA, mesmo que em seus cursos inferiores e em épocas de águas altas. Aliás, a sazonalidade ambiental é marcante nessas correntes. Na época das chuvas, de dezembro a março principalmente, elas apresentam volumes consideráveis de água, e seus cursos inferiores ficam alagados pela subida do nível dos rios Araguaia, Garças e cabeceiras do rio das Mortes. Na época da seca, principalmente de julho a novembro, o volume é drasticamente reduzido, chegando algumas delas a secar completamente. Há uma ideia generalizada de que a riqueza dos peixes do bioma Cerrado seja elevada. Entretanto, poucos estudos estão disponíveis corroborando ou refutando essa hipótese. Soma-se a isto o fato de que a fauna de peixes do Cerrado também é pobremente conhecida sob o aspecto taxonômico, isto é, aquele que trata do nome das espécies e dos modelos de peixes, dentre outras coisas. Este manual é um dos trabalhos pioneiros da fauna de peixes de pequeno porte do Cerrado brasileiro. Não se tem a pretensão de que seja completo. Não, não é. Mas é um começo. Embora mais de uma centena e meia de espécies estejam presentemente relacionadas, aos autores fica a convicção de que muitas outras não estão incluídas. Ou porque ocupam um X


microambiente especializado e, portanto, não foram amostradas ao longo dos estudos de campo, ou porque a diagnose ampla ou a falta de diagnose clara de algumas espécies dificultou a identificação precisa. Isto requer uma revisão taxonômica, o que está fora do escopo deste manual. Para ter melhor noção do que representa a riqueza da fauna de peixes do PESA e seu entorno, basta lembrar que na grande bacia do Alto rio Paraná são consideradas cerca de três centenas e meia de espécies, das quais aproximadamente 310 são conhecidas formalmente. Na enorme bacia Araguaia-Tocantins, pouco mais de 300 espécies são referidas, das quais cerca de 135 têm a localidade-tipo situada nessa bacia (Reis et. al., 2003). Claramente, para a bacia Araguaia-Tocantins, o número de espécies referidas está muito abaixo da real riqueza de sua fauna piscícola. Entretanto, esses números refletem simplesmente o quanto é desconhecida, ainda. Infelizmente, também, não têm sido publicados estudos taxonômicos mais abrangentes. Na última década, poucas dezenas de novas espécies foram descritas para a grande bacia e, no presente levantamento, há referência a aproximadamente 15 delas a partir de 2000. Mas, apesar das limitações, o objetivo maior é divulgar a riqueza e a diversidade dos peixes de pequeno porte de uma restrita área do Cerrado e chamar a atenção do grande público para os pequenos peixes, sem os quais os peixões não existiriam. Oxalá as pessoas assumam posturas diferentes e realmente entendam que para preservar a natureza é preciso preservar o ambiente como um todo, e não apenas um segmento de organismos nele contido. A natureza é um conjunto dinâmico e não compartimentos estanques. A diminuição ou escassez dos peixões nos nossos rios simplesmente reflete as mudanças negativas ocorridas na natureza, que interferem em sua produtividade. A própria sobrepesca, pesca em excesso, é uma delas. Não se trata simplesmente de preservar a natureza para as futuras gerações. É imperioso que se preserve a qualidade de vida para a atual geração também. Quanto mais conhecermos o que está e o que se passa ao nosso redor, melhor será nossa qualidade de vida. O monitoramento da diversidade da fauna de peixes revelará a quantos anda a saúde ambiental, o que é importante na implementação das medidas corretivas. Trata-se de um indicador biológico importantíssimo. O leitor tem em mãos a oportunidade de conhecer a riqueza e a diversidade da fauna de uma minúscula área de Cerrado do Centro-Oeste brasileiro, o Parque Estadual da Serra Azul (PESA) e seu entorno. O PESA situa-se ao sul dos primeiros contrafortes da Serra do Roncador, o grande maciço do Brasil-Central. São informações reais, não especulativas. Com certeza, vão corroborar na sua tomada de decisão quanto ao modelo de desenvolvimento econômico e social que aí está. Não se é contra o desenvolvimento, absolutamente, mas que este seja sustentável. Que se concilie desenvolvimento, inclusa distribuição de renda , com XI


preservação e conservação da natureza. Que se concilie desenvolvimento com qualidade de vida. Que as medidas implementadas não impliquem a perda do patrimônio genético que a natureza nos disponibiliza, tesouro vivo que a mãe Terra levou milhares de anos para produzir. Trata-se de um bem que não é meu , não é seu , não é nosso . É da Humanidade. Não prive seus filhos, seus netos, enfim, seus descendentes, dessa grandeza incomensurável. Não há valor monetário para comprá-la. Não prive seu próprio futuro desses bens naturais únicos. Não prive os seus futuros anos (de vida) de ter qualidade de vida, a qual está intimamente relacionada à qualidade do ambiente. Faça sua parte. Procure entender como é e como funciona a natureza. Tome partido: o partido da qualidade, da sua vida e de seus descendentes, e acima de tudo o da autossustentabilidade do planeta Terra.

XII


PARQUE ESTADUAL ÁREA

DE

DA

SERRA AZUL (PESA)

ESTUDO

O Parque Estadual da Serra Azul (PESA) localiza-se inteiramente no município de Barra do Garças e está inserido no Leste do Estado de Mato Grosso, aproximadamente entre 15º45 -15o53 S e 52º07 -52o17 W. Ocupa área de 11.002,4 hectares e insere-se no bioma Cerrado. É integrante do planalto dos Guimarães, limitando-se ao norte com a depressão do Paranatinga, a leste com a depressão do Araguaia e a nordeste com o planalto dos Parecis. Pertence à drenagem da bacia Araguaia-Tocantins e está situado às margens do rio Araguaia. Essa área de preservação ambiental foi implantada em 31 de maio de 1994, de acordo com a Lei Estadual MT 6.439, e representa uma importante Unidade de Conservação (UC) na região leste do estado do Mato Grosso, incluindo em sua área diversas fitofisionomias do Cerrado brasileiro como matas de galeria, matas semidecíduas, cerrado sentido restrito, cerrado rupestre e veredas (FEMA, 2000).

Figura 1 Vista geral da entrada do PESA no município de Barra do Garças, MT. Foto: P. C. Venere.

1


CLIMA O clima é do tipo tropical chuvoso Aw, na classificação de Köppen, e caracteriza-se por duas estações bem definidas: uma chuvosa (outubro a abril) e outra seca (maio a setembro). A precipitação média anual é de 1.528 mm, e a temperatura média é de 25,5oC (Pirani et al., 2009).

GEOMORFOLOGIA A feição geomorfológica mais evidente do Parque Estadual da Serra Azul é o Planalto dos Guimarães, um conjunto de relevo de aspecto geralmente tabular, com altitudes médias de 535 m (Figura 2). O PESA está constituído predominantemente por sedimentos ordo-silurianos, do grupo Ivaí, e por sedimentos devonianos, do grupo Paraná. A cobertura é detríticolatéritica, do Terciário-Quaternário. O relevo suave apresenta formas tabulares amplas. Ocorrem cristas alongadas a nordeste, com uma grande variedade de feições erosivas de direção NW-SE e ocorrências de ravinamentos e vales estreitos formando pequenos canyons (FEMA 2000).

Figura 2 Diferentes paisagens mostrando alguns aspectos do relevo do PESA. Acima à esquerda, tem-se uma vista do parque obtida a partir da cidade de Barra do Garças. Abaixo à direita, observa-se uma parte da cidade vista do alto do PESA. Fotos: P. C. Venere. 2


HIDROGRAFIA O Parque Estadual da Serra Azul é uma importante área de recarga do aquífero. É rico em drenagens de 1a e 2a ordens, com padrões geralmente dendríticos, todos tributários da bacia hidrográfica dos rios Araguaia e das Mortes. Alguns córregos desembocam diretamente nos volumosos rios das Garças ou Araguaia; outros, no entanto, vão se juntado e somando suas águas em córregos maiores. As águas do Parque Estadual da Serra Azul, no geral, variam de ácidas a neutras, com baixa condutividade, e geralmente apresentam águas cristalinas durante os períodos de estiagem (FEMA, 2000). Os principais cursos de água, cujas nascentes situam-se na área do PESA, estão relacionados a seguir e podem ser visualizados na Figura 3.

TRIBUTÁRIOS

DO

RIO ARAGUAIA

1. Córrego Fundo aproximadamente 25,0 km de extensão. Forma-se a oeste/sudoeste. Tem como principais afluentes que nascem no PESA os córregos da Onça (1a), Barreirinho (1b), da Lontra (1c) e do Peixinho (2). 2. Córrego Peixinho aproximadamente 4,3 km de extensão. Forma-se na porção sudoeste e por este quadrante corta parte da zona urbana de Barra do Garças. Desemboca na margem esquerda do córrego Fundo, tributário da margem esquerda do rio Araguaia. 3. Córrego Avoadeira aproximadamente 11,7 km de extensão. Forma-se nas porções centrais e corre para o limite sul. Corta parte da zona urbana de Barra do Garças. Desemboca diretamente na margem esquerda do rio Araguaia. É o principal formador de cachoeiras do Parque Estadual da Serra Azul cerca de uma dúzia delas, sendo que as mais conhecidas recebem as denominações de Pé da Serra, Usina, Gnomos, Bolo de Noiva, Amor e Prefeitura. Essas cachoeiras são muito utilizadas para atividades de lazer e turismo. O córrego Avoadeira tem em média 2 m de largura, fundo arenoso nas áreas planas e rochoso próximo às quedas d água. Em sua extensão existem nove declividades marcantes, que variam de 4 m a 17 m de altura. A profundidade média do córrego é 0,5 m e chega a 4 m na base de algumas cachoeiras.

3


4. Córrego das Águas Quentes aproximadamente 7,0 km de extensão. Nasce na porção Leste e desce por este quadrante, cortando parte da área urbana de Barra do Garças. Deságua diretamente no rio Araguaia. Em seu curso inferior apresenta fontes de águas quentes, exploradas pela municipalidade que ali construiu um balneário, muito visitado pela comunidade local e por turistas. 5. Córrego Fundo II aproximadamente 6,5 km de extensão. Nasce nas porções leste/sudeste do PESA, indo desaguar diretamente no rio Araguaia. Recebe águas do córrego Buritirana, que também nasce no PESA. Corta parte da zona rural de Barra do Garças. É curso intermitente, secando completamente na época seca. 6. Córrego Pitomba aproximadamente 16,5 km de extensão. Nasce na porção leste, sai por este quadrante e corta parte da zona rural de Barra do Garças. Desemboca na margem esquerda do rio Araguaia. 7. Córrego Ouro Fino aproximadamente 28,0 km de extensão. Nasce nas porções nordeste do PESA, sai por este quadrante e deságua diretamente no rio Araguaia. Recebe os córregos Água Limpa e das Araras, que nascem no Parque.

TRIBUTÁRIOS

DO

RIO

DAS

MORTES

8. Córrego José Dias nasce nas porções nordeste do PESA. É um importante afluente do córrego Grande. É um dos mais interessantes cursos de água por abrigar uma ictiofauna muito diversa.

Figura 3 Os principais cursos de água, cujas nascentes situam-se na área do PESA. Os cursos d água marcados com linhas brancas são tributários do rio Araguaia e os marcados com linhas amarelas são tributários do rio das Mortes. 4


9. Córrego Barro Preto aproximadamente 10,0 km de extensão. Nasce a nordeste do Parque. Deságua no córrego José Dias, que flui em direção ao córrego Grande, bacia do rio das Mortes. 10. Córrego Fogaça aproximadamente 38,5 km. Nasce a nordeste do Parque. Sai pelo limite norte e flui em direção ao ribeirão Ínsula, do qual é tributário. Tem vários pequenos afluentes de cabeceira situados no PESA. 11. Ribeirão Ínsula aproximadamente 40,7 km de extensão. Nasce na porção noroeste e sai pelo limite norte. Tem como afluentes que nascem no PESA os córregos Mata Seca, Aldeia, Araras e Barreiro. Faz parte dos tributários da margem direita do rio das Mortes. 12. Córrego Areia aproximadamente 11,5 km de extensão. Forma-se na porção oeste, por onde sai. Tem como afluentes que nascem no PESA os córregos Melancia, da Areia e Santa Rosa. Por sua vez, é afluente do Ribeirão Ínsula, drenagem da bacia do rio das Mortes.

DIVERSIDADE

DE AMBIENTES AQUÁTICOS

No Parque, ocorrem nascentes de mais de 20 córregos, com dezenas de belas cachoeiras (Figura 4) e uma diversidade fantástica de microambientes aquáticos. Os numerosos córregos do PESA apresentam uma marcante heterogeneidade ambiental. Os substratos podem ser rochosos, arenosos, argilosos, com muita matéria orgânica, passando por grande variedade de seixos rolados. Formam pequenas poças ou grandes poções de águas estagnadas ou correntosas.

Figura 4 Uma das dezenas de cachoeiras do córrego Avoadeira, situado dentro do PESA. Foto: P. C. Venere. 5


Apresentam desníveis pouco acentuados a cachoeiras com mais de 30 m de altura. Variam em profundidade de águas rasas a relativamente profundas, cerca de dois metros a cinco metros, em épocas de cheias (Figura 5). As margens podem ser desnudas, quando o cerrado rupestre chega até a linha d água, ou com vegetação de galeria. Em muitos trechos existe abundante vegetação de macrófitas aquáticas e algas que formam enormes tapetes submersos (Figura 6).

Figura 5 a) Cachoeira em área totalmente sombreada. b) Trecho com águas correntosas e fundo rochoso, em área totalmente iluminada. c) Cachoeiras Bolo de Noiva . d) Pé-da-Serra . Todas no córrego Avoadeira, PESA. Fotos: P. C. Venere. 6

Figura 6 Diferentes ambientes encontrados nos córregos do PESA. a) Trecho de nascente de um dos córregos do PESA. b) Substrato rochoso com águas correntosas e cristalinas. c) Trecho iluminado, com tapete submerso de algas filamentosas. Fotos: P. C. Venere.


Os córregos apresentam uma marcada sazonalidade em relação às suas vazões, podendo até ser intermitentes. No período da seca, muitas chegam a secar completamente. No período das águas, têm volumes aumentados 10, 20 ou mais vezes (Figura 7).

Figura 7 a) Região da foz do córrego Avoadeira em período de águas altas (ao fundo se observa uma das elevações que formam o PESA). b) Um trecho do córrego Fundo em período de estiagem. c) A mesma região mostrada em (a), porém de ângulo reverso (de costas para o PESA e de frente para o rio Araguaia, MT); além disso, a imagem retrata o córrego em período de estiagem. Fotos: P. C. Venere.

7



FITOFISIONOMIAS Maryland Sanchez & Fernando Pedroni* O Parque Estadual da Serra Azul apresenta diversas fitofisionomias do bioma Cerrado, como florestas de galeria, florestas semidecíduas, cerrado típico e, predominantemente, cerrado rupestre. No PESA já foram identificadas 761 espécies vegetais, incluídas em 289 gêneros e 107 famílias. As famílias que apresentam maior riqueza em espécies são Fabaceae (107), seguida de Myrtaceae (69), Asteraceae (50), Rubiaceae (37) e Malpighiaceae (31). 1. Mata de galeria não-inundável situa-se nos vales e acompanha os cursos d água. As matas de galeria apresentam trechos longos com topografia fortemente acidentada, sendo poucos os locais planos (Figura 8a e b). A textura do solo é arenoargilosa, o que lhe confere boa drenagem. A rochosidade pode variar entre 10% e 50%. O estrato arbóreo tem altura média de aproximadamente 9 m, podendo atingir até 30 m. Em alguns trechos, a mata é circundada por faixas de vegetação não florestal, ocorrendo transição abrupta para formações savânicas. Em alguns locais, a vegetação circundante é mata semidecídua, localizada na parte mais alta do relevo. Na mata de galeria, ocorrem 116 espécies pertencentes a 45 famílias, 66 gêneros. As famílias mais ricas são Fabaceae (20 espécies) Myrtaceae (12) e Rubiaceae (6). Apresentaram maiores abundâncias as famílias Rubiaceae (111 indivíduos), Leguminosae (53) e Sapotaceae (42). Dentre as arbóreas, destacam-se espécies como angico (Anadenanthera falcata), copaíba (Copaifera langsdorffii) e mamoninha-do-mato (Mabea fistulifera). Algumas espécies herbáceas e arbustivas são exclusivas desse ambiente, ocorrendo nas margens (Tococa formicaria) ou nas corredeiras (Augusta longifolia) (Figura 8c e d).

* Curso de Ciências Biológicas, Campus Universitário do Médio Araguaia, Universidade Federal de Mato Grosso, Pontal do Araguaia, MT. 9


2. Mata semidecídua A floresta estacional semidecidual (Figura 9a) localiza-se nas partes mais altas do PESA (648 m) e ocorre em relevo com inclinação entre 10o e 30o. A superfície do solo é recoberta com serapilheira, o que propicia condições à propagação de fogo. O solo tem textura areno-argilosa com rochosidade variando entre 2% e 10%. A grande maioria das árvores apresenta altura entre 4 e 16 m, mas ocorrem indivíduos com até 32 m. Nessa fitofisionomia, ocorrem 97 espécies pertencentes a 89 gêneros e 49 famílias de plantas arbóreas. As famílias mais ricas são Fabaceae (16 espécies), Rubiaceae, Sapotaceae, Sapindaceae (5 cada) e Myrtaceae (4). Dentre as arbóreas, as mais abundantes são o tarumanzinho Figura 8 a) e b) Mata de galeria não inundável do córrego Avoadeira em trechos de topografia plana. c) e d) Augusta longifolia (Rubiaceae). Fotos: MS & FP. (Cordia selowiana), cafeeiro-do-mato (Coussarea hydrangeifolia), guatambu (Aspidospermum subincanum), jatobá-da-mata (Hymenaea courbaril) e angico (Anadenanthera falcata) (Figura 9b). O subosque é formado principalmente pelo estrato de regeneração, composto pelas plântulas e jovens do componente adulto da floresta. No entanto, muitas espécies herbáceas, arbustivas e trepadeiras ocorrem tipicamente nesse ambiente, como variadas espécies de orquídeas (Habenaria spp.), marantáceas (Calathea spp.), malpiguiáceas (Peixotoa cordistipula) (Figura 9c) e pteridófitas (Lygodium venustrum). 10


Figura 9 Mata semidecídua. a) Aspecto do subosque da mata. b) Tronco e copa do angico (Anadenanthera falcata). c) Peixotoa cordistipula, uma das espécies de trepadeira que ocorrem nesta fitofisionomia. Fotos: MS & FP.

3. Cerrado sentido restrito Ocorre como pequenas manchas no alto da serra (557 a 562 m de altitude), em relevo relativamente plano (Figura 10a). O solo predominante é o latossolo com textura areno-argilosa, profundo e com boa drenagem. Nessa fitofisionomia do PESA, já foram registradas 86 espécies lenhosas, incluídas em 60 gêneros e 37 famílias. As famílias com o maior número de espécies são Fabaceae (16 espécies), Myrtaceae (15), Annonaceae, Apocynaceae e Malpighiaceae (4 cada).

Figura 10 Cerrado sentido restrito no PESA. a) Aspecto geral de sua vegetação. b) Mirindiba (Buchenavia tomentosa). c) Lixeirinha (Davilla elliptica). d) Sensitiva (Mimosa sp.). e) Pitanga (Eugenia sp.). Fotos: PC, MS & FP. 11


As espécies lenhosas mais abundantes nessa fitofisionomia são a mirindiba (Buchenavia tomentosa) (Figura 10b), folha de serra (Ouratea spectabilis), fruta-de-ema (Licania humilis), tapinhoã (Mezilaurus crassiramea) e lixeirinha (Davilla elliptica) (Figura 10c). Inúmeras espécies arbustivas de menor porte, herbáceas e trepadeiras (aproximadamente 127) compõem a vegetação que permeia o estrato lenhoso, podendo-se destacar a copaibinha (Copaifera oblongifolia), sensitivas (Mimosa spp.) (Figura 10d), pitangas (Eugenia spp.) (Figura 10e) e senes (Chamaecrista spp.). 4. Cerrado rupestre O cerrado rupestre diferencia-se dos demais subtipos fitofisionômicos do cerrado sentido restrito pelo tipo de substrato (solos rasos com constantes afloramentos rochosos) (Ribeiro & Walter, 2008). No PESA, ocorre desde as partes mais baixas da serra até as altitudes mais elevadas, em relevo com forte declividade (Figura 11a). Os solos litólicos, originados da decomposição de arenito e quartzitos, são pobres em nutrientes com pH ácido e baixo teor de matéria orgânica. As famílias com o maior número de espécies são Fabaceae (14), Myrtaceae (8), Vochysiaceae (7), Malpighiaceae (5), Rubiaceae (4), Apocynaceae (3) e Nyctaginaceae (3). As espécies mais abundantes são Qualea parviflora, Salvertia convallariaeodora, Davilla elliptica e Plathymenia reticulata. Na vegetação lenhosa, a maioria dos indivíduos apresenta alturas entre 2 e 4 m. Além disso, possui um rico componente formado por plantas arbustivas, herbáceas e trepadeiras que somam 306 espécies. Dentre essas, pode-se destacar a canela-de-ema (Vellozia flavicans) (Figura 11b), barba-de-bode (Bulbostylis paradoxa) (Figura 11c) e catuaba (Anemopaegma arvense) (Figura 11d). Figura 11 Aspecto da vegetação de um cerrado rupestre no Parque Estadual da Serra Azul. Fotos: MS & FP. 12


5. Veredas Podem ser encontradas em nascentes de alguns córregos, mas ocorrem predominantemente na parte final das matas de galeria onde o leito se torna indefinido. Ocorrem sobre solos hidromórficos e saturados durante a maior parte do ano. Um dos elementos mais marcantes que compõem a vegetação das veredas é o buriti (Mauritia flexuosa) (Figura 12a). Na região, ocorre também uma espécie arbórea de distribuição amazônica (Qualea ingens) seletiva de ambientes brejosos (Figura 12b e c). Além disso, agrupamentos densos de gramíneas e ciperáceas dominam o componente herbáceo das veredas.

Figura 12 Vista geral de um pequeno trecho de vereda em região próxima à área de influência do Parque Estadual da Serra Azul. Fotos: PC, MS & FP.

13



METODOLOGIA Constam deste manual as espécies efetivamente capturadas durante o período 2005-2006, por meio de coletas amostrais (qualitativas) realizadas nos diferentes riachos e córregos que drenam o Parque Estadual da Serra Azul (PESA) e na maioria de seus pequenos afluentes localizados no entorno que se apresentam como dependentes diretos dessa rica área de preservação. Com a finalidade de ter um quadro mais rico sobre os pequenos peixes habitantes de córregos de Cerrado na região, algumas coletas foram também expandidas para outros pequenos córregos que fazem parte das mesmas microbacias, ainda que alguns deles, como, por exemplo, o Taquaralzinho, tenham suas nascentes na Serra do Taquaral, uma extensão da Serra Azul. O material coletado encontra-se depositado nas instituições: 1. Museu de Ictiologia do Médio Araguaia (MIMA), constituído e mantido pelo Grupo de Estudos de Peixes do Médio Araguaia (GEPEMA) da Universidade Federal de Mato Grosso Campus Universitário do Araguaia, Pontal do Araguaia, MT (UFMT-PROARAGUAIA); 2. Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP (MZUSP); e 3. Coleções do Departamento de Zoologia e Botânica (DZSJRP) da Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, São José do Rio Preto, SP (UNESP-IBILCE). Para a execução dos trabalhos, a medida inicial implementada foi solicitar no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) a competente licença para a coleta e transporte do material (Licença no 068/2005 DIFAP/IBAMA). A seguir, com apetrechos diversos (anzóis, peneiras, tarrafas, pequenas redes de arrasto, puçás), os peixes foram capturados. Após a captura, foram imediatamente colocados em recipientes com formol 10% para a fixação. É conveniente observar que a colocação dos peixes de imediato na formalina auxilia na preparação do material para posteriores análises. As nadadeiras ficam distendidas e as escamas bem aderidas, minimizando suas perdas. Assim, as contagens dos raios das nadadeiras e escamas da linha lateral e do corpo ficam facilitadas. O formato natural do peixe também é preservado. Vale esclarecer ainda que formol 10% é a concentração mais adequada para esse tipo de trabalho. Enrijece e desidrata as peças sem deformá-las. É obtido a partir do formol concentrado, ou seja, aquele que tem entre 36-38% de formaldeído em sua concentração (o formol comercial geralmente tem 37%). Como se trata de uma solução gasosa, esta é a concentração máxima do 15


gás na solução. Assim, ao preparar formol 10%, deve-se pegar uma parte do formol 37% e adicionar nove partes de água destilada ou água comum limpa. Um erro muito frequente, com consequências danosas para estudos posteriores dos peixes, é preparar a solução considerando uma regrinha de três simples a partir do formol concentrado. O material fica excessivamente enrijecido, quebradiço e deformado. Em exemplares maiores de 6-7 cm de comprimento total, deve-se injetar intraperitonialmente formol 10%, com o emprego de uma seringa hipodérmica. Exemplares acima de 12-15 cm devem receber injeções também nos músculos (carne). O material deve permanecer na solução de formol 10% por um período nunca inferior a 72 horas (três dias). Não há período máximo para a retirada das peças dessa solução, desde que se esteja usando realmente formol 10%. Quando se vai realizar a triagem do material, que é a etapa seguinte, deve-se lavá-lo em água corrente por pelo menos uma hora. Se o material for volumoso, devese lavar por pelo menos um dia. O objetivo da lavagem é retirar o excesso de formol das peças, para facilitar o manuseio. Cuidado ao manusear formol: é produto cancerígeno. Portanto, esteja em ambiente aberto ou arejado e ventilado ( evite inalar seus gases ) e use sempre luvas ou pinças (evite o contato com a pele). Após a fixação, a etapa seguinte é a triagem do material. É aconselhável executá-la logo após a lavagem. Triagem significa separar espécies ou modelos diferentes de peixes, dentro do material amostrado. O número de espécies varia, dependendo do ambiente pesquisado. Há ambientes mais e outros menos diversificados. A triagem feita de imediato é facilitada porque o material ainda conserva a coloração original, especialmente nos primeiros dias da fixação. Assim, as manchas, máculas, listras, faixas, cor de nadadeiras, etc. são caracteres evidentes (bons indicadores) e que facilitam a separação das espécies ou modelos. Isto é importante porque a próxima etapa, a conservação, utiliza álcool etílico 70oGL (graus Gay-Lussac), cerca de 70%. Álcool etílico é o álcool comum disponível em supermercados sob a denominação de álcool etílico hidratado. O álcool dissolve cromatóforos (pigmento que dá a coloração) com facilidade, o que torna os exemplares descoloridos e esbranquiçados. Os pigmentos negros são os que mais resistem. Os vermelhos e amarelos são os mais afetados e dissolvem-se mais facilmente. O correto é preparar álcool 70oGL com o emprego do alcoômetro. Na falta desse instrumento, pode-se tentar obter o álcool 70oGL com o seguinte procedimento: pegar um litro de álcool etílico hidratado [INPM 92,8o (=98oGL)] e acrescentar 325 ml de água destilada ou comum limpa. Justamente pelo fato de o álcool descaracterizar a coloração dos exemplares, tomou-se o cuidado de, após cada coleta, no retorno ao laboratório, separar representantes das diferentes espécies amostradas, com a forma geral do corpo e a coloração 16


natural preservadas para serem fotografadas. Isso sempre foi feito no próprio dia ou no dia seguinte à coleta, desde que os exemplares já apresentassem certa rigidez corporal, o que facilita a realização da fotografia. Após a escolha, os peixes foram montados em suporte fino (agulha hipodérmica fixada a pequeno ímã), na posição desejada, para não ficarem em contato com o papel camurça azul utilizado como pano de fundo. Esse material foi escolhido por não deixar reflexos na fotografia. Todas as fotos foram obtidas com câmeras digitais (Nikon Colpix, Nikon 3.000 e Canon) que possuem dispositivos para fotos na função macro, uma vez que grande parte dos peixes retratados no presente trabalho é de porte pequeno. Sempre que possível utilizou-se iluminação natural, pois isso garante melhor coloração do material a ser fotografado. Concluída a sessão fotográfica, as fotos foram então trabalhadas no programa Adobe Photoshop 7.0.1, tomando-se o cuidado de, em hipótese alguma, gerar qualquer artifício que pudesse alterar ou distorcer alguma característica diagnóstica da espécie. Na etapa posterior, os exemplares de cada espécie, ou de cada modelo, foram acondicionados em frascos individuais com álcool 70oGL, devidamente rotulados ou etiquetados, e estocados (armazenados) em ambiente arejado, sem luminosidade. A luz também atua na descoloração dos cromatóforos, tornando os espécimes esbranquiçados. A etapa subsequente corresponde à identificação dos peixes. É realizada com auxílio de literatura específica: chaves dicotômicas e/ou descrição das espécies. De qualquer forma, é um trabalho árduo, especialmente quando se examinam peixes procedentes de bacias hidrográficas pouco estudadas sob o aspecto taxonômico. Muitas vezes, somente o especialista daquele grupo de peixes consegue resultado confiável. Tem sido comum a descoberta de espécies novas, isto é, espécies não conhecidas ainda da Ciência. No caso da bacia hidrográfica do Araguaia-Tocantins, tem-se como certo a existência de muitas espécies não descritas. Portanto, a identificação executada no presente trabalho foi aquela possível de ser realizada no momento. Não se tem a pretensão de que a pesquisa esteja concluída, mas sim de que este trabalho seja apenas um começo. As informações taxonômicas disponibilizadas neste manual resumem-se ao mínimo indispensável e estão restritas àquelas consideradas imprescindíveis para o reconhecimento das espécies. Reitera-se que não se trata de trabalho eminentemente taxonômico, mas de divulgação geral. Entende-se que é preciso saber o que se tem, o que de fato existe, para preservar e conservar melhor, incluindo a implementação de medidas adequadas para cada ambiente. Julga-se oportuno esclarecer que o nome científico é composto por duas palavras. A primeira, sempre com inicial maiúscula, refere-se ao gênero. A segunda, sempre com inicial minúscula, refere-se à espécie. Ambas devem ser escritas em destaque no texto, 17


negrito ou itálico. Algumas espécies neste manual são referidas simplesmente pelo nome do gênero seguido de sp., ou porque não se conseguiu uma identificação mais precisa da espécie, ou porque não corresponde a nenhuma descrição disponível, conhecida. Junto com o nome científico podem estar disponíveis outras informações taxonômicas, como o nome do autor da espécie (quem a descreveu) e a data de publicação. Esta foi uma regra seguida na elaboração do presente manual. Quando o(s) nome(s) do(s) autor(es) segue(m) o nome científico sem nenhum sinal entre eles, isso significa que aquela espécie foi descrita originalmente naquele gênero. Por exemplo, Pristigaster cayana Cuvier, 1829 indica que Cuvier descreveu a espécie P. cayana em uma publicação no ano de 1829, dentro do próprio gênero Pristigaster, o que é considerado válido até hoje. Por outro lado, quando o(s) nome(s) do(s) autor(es) vem(êm) entre parênteses, isso significa que a espécie foi descrita originalmente em outro gênero. Por exemplo, Colomesus aselus (Müller & Troschel, 1849) indica que Müller & Troschel (dois autores) descreveram a espécie C. asellus em um gênero diferente de Colomesus, no ano de 1849 (esses autores descreveram-na dentro do gênero Chelichthys). Entretanto, estudos posteriores revelaram que a espécie em questão tem características genéricas de Colomesus e, por isso, o gênero foi mudado. O nome do(s) autor(es) continua(m) o(s) mesmo(s), assim como a data, porém ambos devem estar dentro do parênteses. Entre o nome do autor e a data sempre há uma vírgula. O nome do autor e a data não fazem parte do nome científico, mas são informações complementares que enriquecem e valorizam o trabalho. Uma outra situação é o nome(s) do(s) autor(es) seguido(s) de in e um ou mais nomes. Isto significa que o(os) autor(es) decreve(m) a espécie em publicação de terceiro(s). Por ex., Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard in Freycinet, 1824): a espécie R. quelen foi descrita por Quoy & Gamard (dois autores) na publicação de Freycinet de 1824. Se você tiver de se referir a alguma espécie, animal ou vegetal, não importa, procure inteirar-se dessas questões fazendo referência ao(s) autor(es) e a data quando da primeira referência no texto. Outro detalhe interessante é o significado dos sufixos FORMES, IDAE e INAE. Os táxons terminados em FORMES são da categoria ordem; os terminados em IDAE se referem à família; e os terminados em INAE são da categoria subfamília. A referência aff. entre o gênero e a espécie significa que a espécie em questão é parecida, ou seja, semelhante (próxima) à espécie citada, porém, claramente não corresponde àquela espécie. A referência cf. é utilizada quando a espécie em questão se encaixa na descrição da espécie, porém sua localidade-tipo e sua ocorrência geográfica conhecidas são de outra bacia hidrográfica; portanto, pode ser essa espécie. O gr. indica que a espécie é daquele grupo de peixes: significa que são várias espécies próximas e de difícil identificação ou que não existe revisão taxonômica recente para o grupo. 18


O nome popular que acompanha cada espécie neste manual é o nome corrente na região objeto da pesquisa. O nome na linguagem da etnia Xavante é uma homenagem aos povos indígenas que vivem na área e uma tentativa de resgatar um pequeno traço da cultura indígena, pressionada e dilapidada pelo avanço da civilização do homem branco. Infelizmente, o espaço do índio é cada vez menor no Brasil, e sua cultura está lamentavelmente fadada ao desaparecimento. As informações relacionadas à alimentação são provenientes de exames estomacais qualitativos efetuados e da literatura disponível, assim como as informações relativas à ocorrência de dimorfismo sexual, isto é, machos e fêmeas diferirem externamente. Esta última informação é suprimida quando não se coletaram exemplares suficientes, especialmente no período reprodutivo, ou quando, aparentemente, não há informação disponível na literatura. O tamanho apresentado para cada espécie corresponde ao encontrado na literatura ou o medido em exemplares capturados na presente pesquisa. Na maioria das vezes refere-se ao comprimento padrão, isto é, comprimento medido da ponta do focinho até o começo (base) da nadadeira caudal (excluída a nadadeira caudal). A sequência de apresentação dos grupos maiores Ordens, Famílias e Subfamílias segue a ordem filogenética, de acordo com o livro CHECK LIST OF THE FRESHWATER FISHES OF SOUTH AND CENTRAL AMÉRICA (CLOFFSCA), organizado por Reis et al. (2003). A sequência vai dos grupos considerados menos evoluídos , cientificamente falando, mais primitivos, para os mais evoluídos , isto é, mais derivados. Dentro de cada Família ou Subfamília, a sequência seguida para os gêneros e espécies é alfabética. Fica aqui outra sugestão para o leitor: quando se referir a espécies pertencentes a vários grupos, animais ou vegetais, além de informar o(s) nome(s) do(s) autor(es) das espécies e a data, organize a relação na sequência filogenética. Você enriquece e valoriza consideravelmente seu trabalho. A informação sobre a importância de cada espécie está baseada no exame do conteúdo estomacal de peixes carnívoros, em pesquisas junto às comunidades ribeirinhas, mercados de peixes e feiras livres, aquariofilistas e literatura. A referência a potencial para aquariofilia é utilizada quando a espécie, por alguma característica (de cor, estrutura ou forma, comportamento, etc.), sobressai-se dentre as demais.

19



PEIXES DO PARQUE ESTADUAL DA SERRA AZUL: SINOPSE NÚMERO Família

DE ESPÉCIES POR FAMÍLIA E TOTAL Esp.

Família

Esp.

1. Potamotrygonidae

01

20. Callichthyidae

05

2. Engraulidae

01

21. Loricariidae

17

3. Pristigasteridae

01

22. Pseudopimelodidae

02

4. Parodontidae

02

23. Heptapteridae

07

5. Curimatidae

07

24. Pimelodidae

05

6. Prochilodontidae

01

25. Doradidae

04

7. Anostomidae

08

26. Auchenipteridae

03

8. Chilodontidae

02

27. Gymnotidae

02

9. Crenuchidae

01

28. Sternopygidae

02

10. Hemiodontidae

05

29. Rhamphichthyidae

01

11. Gasteropelecidae

01

30. Apteronotidae

01

12. Characidae

50

31. Rivulidae

01

13. Acestrorhynchidae

02

32. Poeciliidae

01

14. Erythrinidae

02

33. Belonidae

01

15. Lebiasinidae

01

34. Synbranchidae

01

16. Ctenoluciidae

01

35. Sciaenidae

01

17. Cetopsidae

01

36. Cichlidae

12

18. Aspredinidae

01

37. Achiridae

01

19. Tricho mycteridae

06

38. Tetraodontidae Total de espécies

01 162

21


SINOPSE

DAS ORDENS, FAMÍLIAS, SUBFAMÍLIAS, GÊNEROS E ESPÉCIES

RAJIFORMES Potamotrygonidae Potamotrygon aff. motoro (Natterer in Müller & Henle, 1841). CLUPEIFORMES Engraulidae Anchoviella cf. carrikeri Fowler, 1940. Pristigasteridae Pristigaster cayana Cuvier, 1829. CHARACIFORMES Parodontidae Apareiodon argenteus Pavanelli & Britski, 2003. Parodon pongoensis (Allen, 1942). Curimatidae Curimata inornata Vari, 1989. Curimatella immaculata (Fernández-Yépez, 1948). Cyphocharax gouldingi Vari, 1992. Cyphocharax notatus (Steindachner, 1908). Psectrogaster amazonica Eigenmann & Eigenmann, 1889. Steindachnerina amazonica (Steindachner, 1911). Steindachnerina gracilis Vari & Vari, 1989. Prochilodontidae Prochilodus nigricans Agassiz, 1829. 22


Anostomidae Abramites hypselonotus (Günther, 1868). Laemolyta fernandezi Myers, 1950. Leporellus vittatus (Valenciennes, 1850). Leporinus cf. klausewitzi Géry, 1960. Leporinus friderici (Bloch, 1794). Leporinus sp.1 Leporinus geminis Garavello & Santos, 2009 Schizodon vittatus (Valenciennes, 1850). Chilodontidae Caenotropus labyrinthicus (Kner, 1858). Chilodus punctatus Müller & Troschel, 1844. Crenuchidae Characidium aff. zebra Eigenmann, 1909. Hemiodontidae Anodus orinocensis (Steindachner, 1887). Bivibranchia velox (Eigenmann & Myers, 1927). Hemiodus gracilis Günther, 1864. Hemiodus microlepis Kner, 1858. Hemiodus unimaculatus (Bloch, 1794). Gasteropelecidae Thoracocharax cf. stellatus (Kner, 1858). Characidae Iguanodectinae Iguanodectes spilurus (Günther, 1864).

23


Bryconinae Brycon falcatus M端ller & Troschel, 1844. Serrasalminae Metynnis argenteus Ahl, 1923. Myleus torquatus (Kner, 1858). Serrasalmus spilopleura Kner, 1858. Aphyocharacinae Aphyocharax alburnus (G端nther, 1869). Aphyocharax sp.1 Characinae Acestrocephalus acutus Menezes, 2006. Charax leticiae Lucena, 1987. Cynopotamus tocantinensis Menezes, 1987. Galeocharax gulo (Cope, 1870). Phenacogaster sp. Roeboides myersii Gill, 1870. Stethaprioninae Poptella compressa (G端nther, 1864). Tetragonopterinae Tetragonopterus aff. argenteus Cuvier, 1816. Tetragonopterus chalceus Spix & Agassiz, 1829. Cheirodontinae Serrapinnus micropterus (Eigenmann, 1907). Triportheinae Triportheus albus Cope, 1872. Triportheus auritus (Valenciennes in Cuvier & Valenciennes, 1850). Triportheus trifurcatus (Castelnau, 1855). 24


Incertae Sedis Astyanax argyrimarginatus Garutti, 1999. Astyanax asuncionensis Géry, 1972. Astyanax elachylepis Bertaco & Lucinda, 2005. Astyanax sp.1 Astyanax sp.2 Astyanax xavante Garutti & Venere, 2009. Bryconops alburnoides Kner, 1858. Bryconops cf. giacopinii (Fernández-Yépez, 1950). Bryconops cf. melanurus (Bloch, 1794). Creagrutus figueiredoi Vari & Harold, 2001. Creagrutus menezesi Vari & Harold, 2001. Creagrutus seductus Vari & Harold, 2001. Exodon paradoxus Müller & Troschel, 1844. Hemigrammus aff. levis Durbin, 1908. Hemigrammus cf. rodwayi Durbin, 1909. Hemigrammus levis Durbin, 1908. Hyphessobrycon aff. maculicauda Ahl, 1936. Hyphessobrycon aff. tenuis Géry, 1964. Hyphessobrycon eques (Steindachner, 1882). Jupiaba polylepis (Günther, 1864). Knodus sp. Moenkhausia cf. comma Eigenmann, 1908. Moenkhausia collettii (Steindachner, 1882). Moenkhausia dichroura (Kner, 1858). Moenkhausia lepidura (Kner, 1858). 25


Moenkhausia oligolepis (G端nther, 1864). Moenkhausia pyrophthalma Costa, 1994. Moenkhausia sp. Salminus hilarii Valenciennes, 1850. Thayeria boehlkei Weitzman, 1957. Acestrorhynchidae Acestrorhynchus falcatus (Bloch, 1794). Acestrorhynchus microlepis (Schomburgk, 1841). Erythrinidae Hoplerythrinus unitaeniatus (Agassiz, 1829). Hoplias cf. malabaricus (Bloch, 1794). Lebiasinidae Pyrrhulina australis Eigenmann & Kennedy, 1903. Ctenoluciidae Boulengerella cuvieri (Agassiz in Spix & Agassiz, 1829). SILURIFORMES Cetopsidae Cetopsis coecutiens (Lichtenstein, 1819). Aspredinidae Bunocephalus sp. Trichomycteridae Trichomycterinae Ituglanis macunaima Datovo & Landim, 2005. Stegophilinae Henonemus intermedius (Eigenmann & Eigenmann, 1889). 26


Ochmacanthus sp. Parastegophilus sp. Pseudostegophilus sp. Vandelliinae Vandellia cirrhosa Valenciennes, 1846. Callichthyidae Aspidoras pauciradiatus (Weitzman & Nijssen, 1970). Brochis splendens (Castelnau, 1855). Corydoras araguaiaensis Sands, 1990. Corydoras maculifer Nijssen & Isbr端cker, 1971. Megalechis personata (Ranzani, 1841). Loricariidae Hypoptopomatinae Hisonotus sp. Parotocinclus britskii Boeseman, 1974. Loricariinae Farlowella aff. oxyrryncha (Kner, 1853). Loricaria sp.1 Loricaria sp.2 Loricaria sp.3 Rineloricaria hasemani Isbr端cker & Nijssen, 1979. Spatuloricaria sp. Sturisoma aff. nigrirostrum Fowler, 1940. Hypostominae Hypostomus aff. cochliodon Kner, 1854. Hypostomus faveolus Zawadzki, Birindelli & Lima, 2008. 27


Hypostomus sp.1 Hypostomus sp.2 Pterygoplichthys cf. gibbiceps (Kner, 1854). Pterygoplichthys joselimaianus (Weber, 1991). Squaliforma emarginata (Valenciennes, 1840). Ancistrinae Hemiancistrus spilomma Cardoso & Lucinda, 2003. Pseudopimelodidae Microglanis sp. Pseudopimelodus cf. pulcher (Boulenger, 1887). Heptapteridae Imparfinis mirini Haseman, 1911. Mastiglanis asopos Bockmann, 1994. Phenacorhamdia somnians (Mees, 1974). Pimelodella sp.1 Pimelodella sp.2 Pimelodella sp.3 Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard, 1824). Pimelodidae Hemisorubim platyrhynchos (Valenciennes in Cuvier & Valenciennes, 1840). Megalonema platicephalum Eigenmann, 1912. Pimelodus cf. blochii (Valenciennes in Cuvier & Valenciennes, 1840). Propimelodus araguayae Rocha, Oliveira & Py-Daniel, 2007. Sorubim lima (Bloch & Schneider, 1801). Doradidae Anadoras regani (Steindachner, 1908). 28


Hassar orestis (Steindachner, 1875). Hassar wilderi Kindle, 1895. Leptodoras cf. cataniai Sabaj, 2005. Auchenipteridae Ageneiosus inermis (Linnaeus, 1766). Auchenipterus nuchalis (Spix & Agassiz, 1829). Parauchenipterus galeatus (Linnaeus, 1758). GYMNOTIFORMES Gymnotidae Electrophorus electricus (Linnaeus, 1766). Gymnotus cf. carapo Linnaeus, 1758. Sternopygidae Eigenmannia cf. trilineata López & Castello, 1966. Sternopygus macrurus (Bloch & Schneider, 1801). Rhamphichthyidae Gymnorhamphichthys petiti Géry & Vu-Tân-Tuê, 1964. Apteronotidae Apteronotus albifrons (Linnaeus, 1766). CYPRINODONTIFORMES Rivulidae Rivulus zigonectes Myers, 1927. Poeciliidae Pamphorichthys araguaiensis Costa, 1991.

29


BELONIFORMES Belonidae Pseudotylosurus microps (Günther, 1866). SYNBRANCHIFORMES Synbranchidae Synbranchus marmoratus Bloch, 1795. PERCIFORMES Sciaenidae Pachypops fourcroi (La Cepède, 1802). Cichlidae Aequidens tetramerus (Heckel, 1840). Biotodoma aff. cupido (Heckel, 1840). Crenicichla aff. johanna Heckel, 1840. Crenicichla labrina (Spix & Agassiz, 1831). Crenicichla reticulata (Heckel, 1840). Crenicichla sp.1 Heros aff. efasciatus Heckel, 1840. Hypselecara temporalis (Günther, 1862) Laetacara araguaiae Ottoni & Costa, 2009 Mesonauta festivus (Heckel, 1840). Retroculus lapidifer (Castelnau, 1855). Satanoperca jurupari (Heckel, 1840).

30


PLEURONECTIFORMES Achiridae Hypoclinemus mentalis (G端nther, 1862). TETRAODONTIFORMES Tetraodontidae Colomesus asellus (M端ller & Troschel, 1849).

31


DESCRIÇÃO

E

COMENTÁRIOS NOME

SOBRE AS

COMUM:

ESPÉCIES

arraia, arraia-de-fogo, raia.

NOME XAVANTE: têpêbö. NOME CIENTÍFICO: Potamotrygon aff. motoro (Natterer in Müller & Henle, 1841). FAMÍLIA: Potamotrygonidae. TAMANHO: pode atingir mais de 70,0 cm de diâmetro do disco. ALIMENTAÇÃO: carnívora, com preferência por peixes e crustáceos.

Diâmetro do disco: 64,5 cm

DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos apresentam clásper ou pterigopódio, i.e., uma modificação das nadadeiras pélvicas e que serve como órgão copulador. É uma estrutura dotada de sulco, por onde fluem os espermatozoides durante a cópula. É de caráter permanente (vide fotos comparativas de macho e fêmea).

COMENTÁRIOS: esqueleto cartilaginoso; corpo e cabeça achatados, em forma de disco, revestidos por diminutas escamas placóides (daí a sensação de lixa ao tocá-la); nadadeiras peitorais profundamente modificadas, formando uma orla em volta do disco, unidas na parte anterior do focinho; cauda estreita, distintamente separada do disco, e de tamanho aproximadamente igual ao diâmetro do disco; espinhos médio-dorsais relativamente grandes na cauda, geralmente dispostos em uma série longitudinal; fenda bucal situada ventralmente; cinco pares de aberturas branquiais situadas na região ventral; um par de olhos situados dorsalmente; uma abertura de cada lado do olho, o espiráculo. Superfície dorsal do disco variando de marrom-oliváceo a cinzaescuro, com manchas ocelares amarelas ou alaranjadas circundadas de negro, maiores na região central do disco e diminuindo de tamanho em direção às margens. As raias são ovovivíparas, i.e., a fecundação e o desenvolvimento são internos, mas sem a formação de uma placenta, de maneira que a fêmea libera filhotes; cerca de três meses de 32


gestação. Na cópula, o macho introduz apenas um clásper. Preferem águas paradas, relativamente rasas e de substrato arenoso ou argiloso, no qual permanecem apoiadas ou semienterradas. Espécie pouco frequente ou rara nos cursos superior e médio, ocorrendo mais nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, principalmente na época das águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia.

Vista ventral: macho (detalhe do clásper) e fêmea.

33


CP: 6,8 cm

NOME

COMUM:

manjuba, sardinha-de-gato.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe awaipópare.

Anchoviella cf. carrikeri Fowler, 1940.

FAMÍLIA: Engraulidae.

TAMANHO: até 6,8 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, com preferência por pequenos peixes e crustáceos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo alongado e comprimido lateralmente; recoberto por escamas ciclóides, grandes; focinho cônico e prolongado num pequeno rostro acima da boca, a qual é estreita e largamente fendida para trás; dentes em série única no dentário e no pré-maxilar; nadadeira caudal furcada. Corpo algo prateado; faixa lateral prateada conspícua no flanco. Espécie frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, onde adentra principalmente em período de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

34


NOME

COMUM:

papuda.

NOME XAVANTE: pedzarébétó mrã. N OME

CIENTÍFICO :

Pristigaster cayana Cuvier,

1829. FAMÍLIA: Pristigasteridae. TAMANHO: até 14,5 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: insetívora, alimentando-se principalmente de insetos terrestres. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

CP: 11,6 cm

COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto, comprimido lateralmente e recoberto por escamas ciclóides; peito desenvolvido, com quilha pré-ventral; espinho pré-dorsal (firmemente inserido na musculatura) presente; nadadeiras pélvicas e adiposa ausentes; escamas perfuradas da linha lateral ausentes; boca ligeiramente voltada para cima, com dentes bem desenvolvidos em ambas as maxilas e dentes diminutos sobre a língua; caudal bifurcada, com lobos longos. Corpo prateado homogêneo, em sua maior parte. Espécie frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, principalmente em épocas de águas altas. IMPORTÂNCIA: esta espécie não é muito apreciada como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

35


CP: 3,7 cm

NOME

COMUM:

canivete.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pedzatórewawi.

Apareiodon argenteus Pavanelli & Britski, 2003.

FAMÍLIA: Parodontidae.

TAMANHO: até 7,6 mm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: raspadores de algas e organismos que se desenvolvem sobre elas (epífitos), junto ao substrato. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo fusiforme; boca subinferior e fenda bucal (vista ventralmente) reta; mandíbula na forma de pá e desprovida de dentes; nadadeiras peitorais e pélvicas largas, permitindo boa aderência ao substrato; linha lateral completa, 40-42 escamas. Listra longitudinal negra estreita correndo sobre a linha lateral e quatro a cinco barras transversais negras no dorso; área prateada abaixo da faixa negra. Preferem águas correntes, rápidas, com cerca de 0,20 a 1 m de profundidade, e bem iluminadas. Permanecem sobre o substrato, raspando e ingerindo o epilíton (organismos que se desenvolvem sobre as rochas, especialmente algas). Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 36


CP 7,8 cm

NOME

COMUM:

canivete.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pedzatóre.

Parodon pongoensis (Allen, 1942).

FAMÍLIA: Parodontidae.

TAMANHO: até 10,7 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, raspadores de algas e organismos que se desenvolvem sobre elas (epífitos), junto ao substrato. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo fusiforme; boca subinferior e fenda bucal (vista ventralmente) reta; mandíbula em forma de pá e desprovida de dentes anteriormente, mas com dois ou três dentes de cada lado; dentes com muitas cúspides arredondadas; nadadeiras peitorais e pélvicas largas, permitindo boa aderência ao substrato; linha lateral completa. Duas listras longitudinais escuras no flanco do corpo, entremeadas por faixa clara: uma delas no dorso, outra na região mediana do corpo, estendida desde os olhos até a extremidade dos raios caudais medianos; flanco inferior esbranquiçado. Preferem águas correntes, rápidas, com cerca de 0,20 a 0,50 m de profundidade, e bem iluminadas; permanecem sobre o substrato, raspando e ingerindo o epilíton. Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA; abundante nas áreas abertas, de águas rápidas e substrato rochoso. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 37


NOME

COMUM:

branquinha.

NOME XAVANTE: da watsa. NOME

CIENTÍFICO:

Curimata inornata Vari, 1989.

FAMÍLIA: Curimatidae. TAMANHO: até 13,6 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: iliófaga, i. e., alimenta-se de partículas dispersas no substrato, principalmente micro-organismos de origem animal ou vegetal e matéria orgânica em deCP 13,0 cm composição; por isso, muitos autores preferem classificá-la como detritívora. Estes peixes possuem um aparelho digestório adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua alimentação. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo pouco alongado, recoberto por escamas ciclóides, menores acima da linha lateral e maiores abaixo desta; boca inferior, desprovida de dentes; linha lateral completa, 55 a 60 escamas perfuradas; nadadeira caudal nua, bifurcada. Coloração prateada uniforme, sem máculas. Espécie rara nos cursos superior e médio dos córregos do PESA, mas frequente no inferior, principalmente em períodos de águas altas. IMPORTÂNCIA: os curimatídeos, de maneira geral, formam grandes cardumes que migram rio acima, principalmente na época da reprodução. Nesta oportunidade, podem ser capturadas em grande quantidade, representando boa parcela na pesca de subsistência. Constituem elo importante nas cadeias alimentares, uma vez que formam parte avultada dos peixes forrageiros. Por esse comportamento, podem ser consideradas espécies-chave na ciclagem de nutrientes nos ambientes onde são encontradas.

38


CP 7,2 cm

NOME

COMUM:

branquinha.

NOME

CIENTÍFICO:

Curimatella immaculata (Fernández-Yépez, 1948).

NOME XAVANTE: pe awaipó. FAMÍLIA: Curimatidae.

TAMANHO: até 9,3 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: iliófaga, i. e., alimenta-se de partículas dispersas no substrato, principalmente micro-organismos de origem animal ou vegetal e matéria orgânica em decomposição; por isso, muitos autores preferem classificá-la como detritívora. Esses peixes possuem um aparelho digestório adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua alimentação. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios. Os machos emitem um tipo de ronco na época em que se encontram prontos para a eliminação dos gametas. COMENTÁRIOS: corpo relativamente alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, desprovida de dentes; linha lateral completa, com menos de 50 escamas; nadadeira caudal bifurcada, com lobos inteiramente recobertos por escamas pequenas. Coloração prateada uniforme, sem máculas. Espécie pouco comum nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas frequente no inferior, principalmente em períodos de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 39


CP 6,7 cm

NOME

COMUM:

branquinha.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: penhãnãre.

Cyphocharax gouldingi Vari, 1992.

FAMÍLIA: Curimatidae.

TAMANHO: até 8,7 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: iliófaga, i. e., alimenta-se de partículas dispersas no substrato, principalmente micro-organismos de origem animal ou vegetal e matéria orgânica em decomposição; por isso, muitos autores preferem classificá-la como detritívora. Esses peixes possuem um aparelho digestório adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua alimentação. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo alongado, relativamente alto, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides, relativamente grandes; boca terminal desprovida de dentes; linha lateral completa, 30-33 escamas; nadadeira caudal nua. Coloração prateada uniforme, com mácula negra na base da nadadeira caudal (o que facilita o reconhecimento da espécie). Espécie pouco frequente nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas abundante no inferior, principalmente em períodos de águas altas; comum nas lagoas marginais. IMPORTÂNCIA: pode ser esporadicamente consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 40


NOME

COMUM:

branquinha.

NOME XAVANTE: pe adzarébétómrã. NOME

CIENTÍFICO:

Cyphocharax notatus (Steindachner, 1908).

FAMÍLIA: Curimatidae. TAMANHO: até 12,3 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: iliófaga, i. e., semelhante aos deCP 7,1 cm mais curimatídeos. Trata-se de peixes que se alimentam de partículas dispersas no substrato, que podem ser de composição variada, desde micro-organismos até matéria orgânica em decomposição. Possuem aparelho digestório adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua alimentação. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios. Os machos emitem um tipo de ronco na época em que se encontram prontos para a eliminação dos gametas. COMENTÁRIOS: corpo alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides; boca desprovida de dentes, em posição anterior; linha lateral completa, 30-35 escamas; nadadeira caudal nua, bifurcada, pontuda. Coloração prateada uniforme. É a única espécie do gênero com pigmentação na porção distal dos raios da nadadeira dorsal, além de máculas na porção distal dos lóbulos da nadadeira caudal, o que facilita seu reconhecimento. Pouco frequente no curso superior dos riachos e córregos do PESA, mas abundante nas lagoas marginais ao longo do curso médio dos córregos que fluem em direção ao rio das Mortes. IMPORTÂNCIA: também representa um importante elo nas cadeias alimentares, uma vez que se constitui em parcela considerável dos peixes forrageiros nos ambientes onde se encontra.

41


NOME

COMUM:

branquinha

NOME XAVANTE: pe anhõhi ware. NOME

CIENTÍFICO:

Psectrogaster amazonica Eigenmann & Eigenmann, 1889.

FAMÍLIA: Curimatidae. TAMANHO: até 16,7 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: iliófaga, i. e., semelhante aos demais curimatídeos. Trata-se de peixes que CP 13,0 cm se alimentam de partículas dispersas no substrato cuja composição é variada, desde micro-organismos até matéria orgânica em decomposição. Possuem aparelho digestório adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua alimentação. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal desprovida de dentes; região pós-ventral quilhada com escamas terminando num processo espiniforme; linha lateral completa, 41 a 62 escamas; nadadeira caudal nua, bifurcada. Coloração uniforme sem máculas, esverdeada acima da linha lateral, prateada abaixo. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas frequente no inferior, principalmente em períodos de águas altas. IMPORTÂNCIA: atinge porte maior que as espécies dos gêneros Cyphocharax e Steindachnerina, e, portanto, desempenha papel ligeiramente maior na pesca de subsistência. Como as demais forrageiras, P. amazonica representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

42


NOME

COMUM:

branquinha.

NOME XAVANTE: penhãnãrehöi re. NOME

CIENTÍFICO:

Steindachnerina amazonica (Steindachner, 1911).

FAMÍLIA: Curimatidae. TAMANHO: até 9,9 cm de comprimento padrão. A LIMENTAÇÃO : esta também é uma espécie iliófaga, i.e., semelhante aos demais CP 9,2 cm curimatídeos. Trata-se de peixes que se alimentam de partículas dispersas no substrato. As partículas podem ser de composição variada, desde micro-organismos até matéria orgânica em decomposição. Possuem aparelho digestório adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua alimentação. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides; boca subinferior, desprovida de dentes; linha lateral completa, 36-41 escamas; nadadeira caudal nua, bifurcada, com os raios longos do lobo inferior de coloração mais escura. Coloração prateada uniforme, com indistinta faixa lateral negra na altura da linha lateral e mácula negra na base da porção mediana dos raios da nadadeira dorsal. Espécie pouco frequente nos cursos superiores dos riachos e córregos do PESA; abundante nas pequenas lagoas marginais dos cursos médios; e abundante nos cursos inferiores, principalmente em períodos de águas altas. IMPORTÂNCIA: por ser de pequeno porte, esta espécie não desempenha papel importante na pesca. Como as demais forrageiras, S. amazonica representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

43


CP 10,2 cm

NOME

COMUM:

branquinha.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe adzarébépré.

Steindachnerina gracilis Vari & Vari, 1989.

FAMÍLIA: Curimatidae.

TAMANHO: até 10,2 cm de comprimento padrão.

ALIMENTAÇÃO: iliófaga, i.e., semelhante aos demais curimatídeos. Alimenta-se de partículas dispersas no substrato, cuja composição é variada desde micro-organismos de origem animal ou vegetal até matéria orgânica em decomposição. Possui aparelho digestório adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua alimentação. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides; boca inferior, desprovida de dentes; linha lateral completa, 50-54 escamas; nadadeira caudal nua, bifurcada com o lobo inferior escuro. Coloração geral prateada uniforme; nadadeira dorsal com mácula enegrecida na porção mediano-basal. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas frequente no inferior, principalmente em períodos de águas altas. IMPORTÂNCIA: por ser de pequeno porte, essa espécie não desempenha papel importante na pesca. Como as demais forrageiras, S. gracilis representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde é encontrada. 44


NOME

COMUM:

papa-terra, curimatã.

NOME XAVANTE: petómrã. NOME

CIENTÍFICO:

Prochilodus nigricans Agassiz,

1829. FAMÍLIA: Prochilodontidae. TAMANHO: até 37,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: iliófaga, i.e., raspadora de algas e comedora de matéria orgânica finamente particulada. CP 10,2 cm

DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos. COMENTÁRIOS: corpo relativamente alongado e recoberto por escamas ctenóides; boca terminal, com lábios espessos, móveis e providos de numerosos dentículos, dispostos em uma única série lateralmente e em duas séries medialmente; membranas branquiais unidas entre si e livres do istmo; espinho pré-dorsal presente; nadadeira adiposa presente; linha lateral completa, 44-49 escamas; nadadeira caudal bifurcada. Espécie frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, principalmente nos períodos de águas altas. IMPORTÂNCIA: bastante consumida como alimento; potencial para aquariofilia; de grande importância nos elos das cadeias alimentares dos ambientes onde vive.

45


NOME

COMUM:

piauzinho.

NOME XAVANTE: pe a wa rãmire. N OME

CIENTÍFICO :

Abramites hypselonotus (Günther, 1868).

FAMÍLIA: Anostomidae. TAMANHO: até 14,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: onívora, principalmente vermes, algas, plantas aquáticas e crustáceos. D IMORFISMO SEXUAL óbvios.

SECUNDÁRIO :

sem traços

CP 8,9 cm

COMENTÁRIOS: corpo alto e comprimido, recoberto por escamas ciclóides; cabeça afunilada; boca pequena, terminal, com três dentes assimétricos cuspidados no pré-maxilar e três incisiviformes, de borda lisa, no dentário; nadadeira caudal com escamas apenas na base; linha lateral completa, 37-40 escamas. Corpo atravessado por oito barras inclinadas irregulares a terceira fundindo-se com a quarta, e continuando-se na base da nadadeira dorsal. Ocupa sempre posição de 45o, com a cabeça voltada para baixo. Espécie rara nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: espécie muito atraente, não só pelo belo padrão de colorido, mas também pelo hábito de manter seu corpo inclinado, sendo assim bastante interessante para o comércio aquariofilista. Como as demais espécies de pequeno porte, Abramites também representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

46


CP 17,4 cm

NOME

COMUM:

piau-de-loca, piau-boca-fina.

NOME

CIENTÍFICO:

Laemolyta fernandezi Myers, 1950.

NOME XAVANTE: pedzató uwa. FAMÍLIA: Anostomidae.

TAMANHO: até 25,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: herbívora, principalmente vegetais terrestres, algas filamentosas e restos orgânicos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas ciclóides; boca pequena, sub-superior, com quatro dentes assimétricos cuspidados no pré-maxilar e quatro planos no dentário; nadadeira caudal com escamas apenas na base; linha lateral completa, 49-58 escamas. Corpo com quatro barras transversais escuras, conspícuas ou não. Espécie pouco frequente nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, porém frequente nos cursos inferiores, principalmente no período de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra. 47


CP 10,0 cm

NOME

COMUM:

solteira.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: danhôhuiwa.

Leporellus vittatus (Valenciennes, 1850).

FAMÍLIA: Anostomidae.

TAMANHO: até 24,5 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: insetívora. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas ciclóides; boca pequena, com quatro dentes assimétricos, não cuspidados no pré-maxilar e no dentário; lobos da nadadeira caudal recobertos por escamas pequenas. Mancha negra na nadadeira dorsal e barras negras inclinadas na nadadeira caudal. Espécie muito rara nos riachos e córregos do PESA; encontrada em córregos com corredeiras e pedrais onde busca seu alimento. Pode também ser capturada nas corredeiras do rio Araguaia, logo abaixo da foz do córrego Avoadeira que drena o PESA. IMPORTÂNCIA: também é espécie vistosa, com um colorido incomum; logo, potencialmente importante para aquariofilia; consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar de peixes maiores. 48


CP 9,5 cm

NOME

COMUM:

piau, piauzinho, piau-três-pintas.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pedzatódzarebepré.

Leporinus cf. klausewitzi Géry, 1960.

FAMÍLIA: Anostomidae.

TAMANHO: até 25,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, com preferência para frutos, sementes e larvas de insetos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; as fêmeas alcançam maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas ciclóides, grandes; boca pequena, com quatro dentes assimétricos, não cuspidados no pré-maxilar e no dentário; nadadeira caudal com escamas apenas na base; linha lateral completa, 37 a 41 escamas. Corpo com três máculas escuras conspícuas, arredondadas sobre a linha lateral (o que a diferencia facilmente de Leporinus sp.1 e Leporinus geminis); nadadeiras adiposa e anal negras (o que a distingue prontamente de L. friderici). Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA e também pouco frequente nos inferiores. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 49


CP 11,4 cm

NOME

COMUM:

cabeça-gorda, piau-três-pintas.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pedzatódzarebepré.

Leporinus friderici (Bloch, 1794).

FAMÍLIA: Anostomidae.

TAMANHO: até 40,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, com preferência para frutos, sementes e larvas de insetos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; as fêmeas alcançam maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas ciclóides, grandes; boca pequena, com quatro dentes assimétricos, não cuspidados no pré-maxilar e no dentário; nadadeira caudal com escamas apenas na base; linha lateral completa, 37 a 41 escamas. Corpo com três máculas escuras conspícuas, arredondadas sobre a linha lateral (o que a diferencia facilmente de Leporinus sp.1 e L. geminis); nadadeira adiposa amarelo-avermelhada e anal amarelada (o que a distingue prontamente de L. cf. klausewitzi). Espécie frequente nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA e abundante nos inferiores, principalmente nos períodos de vazante, na foz de diversos córregos que deságuam no Araguaia, quando formam grandes cardumes que são intensivamente pescados juntamente com L. trifasciatus. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; importante na pesca turística; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 50


CP 9,4 cm

NOME

COMUM:

aracu, aracu-pintado, piauzinho.

NOME

CIENTÍFICO:

Leporinus sp.1.

NOME XAVANTE: pedzató. FAMÍLIA: Anostomidae.

TAMANHO: até 12,4 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: herbívora, principalmente folhas, flores, frutos, sementes e algas filamentosas. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; as fêmeas alcançam maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas ciclóides, grandes; boca pequena, com três dentes assimétricos, não cuspidados no dentário e quatro no pré-maxilar; nadadeira caudal com escamas apenas na base; linha lateral completa, 36 a 37 escamas. Máculas escuras conspícuas sobre a linha lateral e acima e abaixo nos flancos, cuja forma principal é horizontalmente ovalada (o que a diferencia facilmente de L. friderici, L. cf. klausewitzi e L. geminis). Espécie de porte pequeno; machos maduros com 9,6 cm. Frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; pelo seu padrão de máculas pode desempenhar importante papel na aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos riachos e córregos que habita. 51


CP 13,9 cm

NOME

COMUM:

piau, piau-loqueiro.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pedzatóware.

Leporinus geminis Garavelo & Santos, 2009.

FAMÍLIA: Anostomidae.

TAMANHO: até 13,9 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frutos e sementes e larvas de insetos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; as fêmeas alcançam maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo alongado, relativamente espesso, recoberto por escamas ciclóides, grandes; boca subinferior, pequena, com quatro dentes assimétricos, não cuspidados no pré-maxilar e quatro no dentário; nadadeira caudal com escamas apenas na base; linha lateral completa, 37 a 42 escamas. Corpo de coloração castanho-amarelada no dorso e prateada na porção abaixo da linha lateral (o que a diferencia facilmente de L. friderici, L. cf. klausewitzi e Leporinus sp.1); manchas escuras ocasionais, alongadas, na altura da linha lateral; nadadeiras dorsal, ventral e adiposa escuras; caudal bifurcada, com borda avermelhada. Espécie pouco frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, onde ocorre principalmente no período de águas altas. Corresponde a Leporinus sp.2 citada por Santos & Jegu, 1989. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 52


17,0 cm CP 17,0CPcm

NOME

COMUM:

piau-cagão, piau-vara.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pedzató wawi tópré.

Schizodon vittatus (Valenciennes, 1850).

FAMÍLIA: Anostomidae.

TAMANHO: até 35,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: herbívora, principalmente raízes, folhas, frutos, sementes e algas filamentosas. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas ciclóides; boca pequena, terminal, quatro dentes multicuspidados no pré-maxilar e quatro no dentário; linha lateral completa, 43 a 45 escamas; quatro fileiras de escamas acima da linha lateral e quatro abaixo; nadadeira caudal com escamas apenas na base. Quatro barras transversais escuras no corpo e uma faixa escura sobre o flanco. Espécie pouco frequente nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas abundante nos inferiores, principalmente no período de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; importante na pesca turística no final das águas altas, quando é facilmente capturada na foz de vários córregos afluentes do rio Araguaia; representa importante elo na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 53


NOME

COMUM:

cabeça-dura, durinho, escama-grossa.

NOME XAVANTE: pe ahöihöi ré. NOME

CIENTÍFICO:

Caenotropus labyrinthicus (Kner,

1858). FAMÍLIA: Chilodontidae. TAMANHO: até 15,2 cm de comprimento padrão (alguns aquaristas citam até 20,0 cm). ALIMENTAÇÃO: omnívora, alimentando-se de pequenos invertebrados, algas e detritos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

CP 13,1 cm

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas crenuladas, grandes; cabeça afilada; boca pequena, com dentes minúsculos fracamente implantados nos lábios; nadadeira caudal com escamas apenas na base; linha lateral completa, 29-30 (raramente 27 ou 28) escamas perfuradas. Numerosas máculas puntiformes escuras pequenas pelo corpo prateado e faixa longitudinal interceptada na região umeral por mácula escura. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas frequente no inferior, principalmente em períodos de águas altas. Comum nas lagoas marginais. IMPORTÂNCIA: por ser de pequeno porte, esta espécie não desempenha papel relevante na pesca. Como as demais forrageiras, Caenotropus representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive; além disso, por seu padrão de colorido, é uma espécie interessante para a aquariofilia.

54


CP 5,4 cm

NOME

COMUM:

durinho, escama-grossa.

NOME

CIENTÍFICO:

Chilodus punctatus Müller & Troschel, 1844.

NOME XAVANTE: pe anh rãrã. FAMÍLIA: Chilodontidae.

TAMANHO: até 7,9 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, alimentando-se de pequenos invertebrados, algas e detritos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas ciclóides, grandes; cabeça afilada; boca pequena, com dentes minúsculos fracamente implantados nos lábios; nadadeira caudal com escamas apenas na base; linha lateral completa, 28-29 escamas. Numerosas máculas puntiformes escuras pelo corpo e pela nadadeira dorsal; dorsal e caudal avermelhadas; olho com barra horizontal preto-avermelhada. Espécie frequente nas lagoas marginais dos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: esta espécie não desempenha papel de destaque na pesca. Como as demais forrageiras, Chilodus representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive; além disso, pelo seu porte e pelo padrão de colorido, é muito requisitada para a aquariofilia. 55


CP 4,5 cm

NOME

COMUM:

durinho.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pedzató uihö rã.

Characidium aff. zebra Eigenmann, 1909.

FAMÍLIA: Crenuchidae.

TAMANHO: até 4,9 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres, pedaços de folhas e flores. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo alongado, estreito e roliço; nadadeiras peitorais e ventrais largas, com as quais se apoia no substrato; boca pequena, subinferior; linha lateral completa, 36-38 escamas. Flanco do corpo com oito a dez faixas transversais; faixa estreita longitudinal negra do focinho, passando pelo olho, até o fim do pedúnculo caudal; mancha avermelhada na parte superior do opérculo; dorsal alaranjada nos raios proximais. Prefere águas correntes, com cerca de 0,20 a 0,50 m de profundidade. Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: interessante para a aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos córregos onde vive. 56


CP 25,0 cm CP 25,0 cm

NOME

COMUM:

lapixó-banana.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: wató.

Anodus orinocensis (Steindachner, 1887).

FAMÍLIA: Hemiodontidae.

TAMANHO: até 27,5 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: zooplanctívora, ingerindo principalmente cladóceros e copépodos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides, pequenas; boca terminal; fenda bucal (vista ventralmente) arredondada; dentes ausentes tanto na maxila superior quanto na mandíbula; linha lateral completa, com 94-116 escamas perfuradas; nadadeira caudal nua, bifurcada, pontuda. Corpo prateado; mácula escura no meio do flanco, atrás da dorsal. Espécie rara nos cursos superiores e médios dos riachos e córregos do PESA, mas frequente nos cursos inferiores no período de águas altas. IMPORTÂNCIA: apreciada na pesca de subsistência; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 57


CP 10,4 cm

NOME

COMUM:

lapixó.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe adzarébeprere.

Bivibranchia velox (Eigenmann & Myers, 1927).

FAMÍLIA: Hemiodontidae.

TAMANHO: até 15,2 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas e invertebrados em geral. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo alongado, prateado, recoberto por escamas ciclóides, pequenas; fenda bucal (vista ventralmente) arredondada; dentes tricúspides na maxila superior; mandíbula desprovida de dentes; linha lateral completa, 110 a 120 escamas; nadadeira caudal nua, bifurcada, lobos pontudos, avermelhados. Corpo algo prateado; faixa prateada no flanco. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas frequente no inferior, principalmente em períodos de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

58


CP 12,0 cm

NOME

COMUM:

voador, cruzeiro-do-sul.

NOME

CIENTÍFICO:

Hemiodus gracilis Günther, 1864.

NOME XAVANTE: pe adzarébétsitsa ridi. FAMÍLIA: Hemiodontidae.

TAMANHO: até 16,3 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: espécie adaptada a se alimentar raspando algas do substrato, sendo por isso também classificada como iliófaga, uma vez que o alimento é ingerido juntamente com partículas de diferentes naturezas dispersas no substrato. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo alongado, baixo, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal; fenda bucal (vista ventralmente) arredondada; maxila superior não protráctil, com dentes multicúspides e de coroa larga; mandíbula desprovida de dentes; linha lateral completa, 45-47 escamas (o que a diferencia facilmente de H. microlepis e H. unimaculatus); nadadeira caudal nua, bifurcada, pontuda. Mácula médio-lateral, prolongando-se para trás como uma faixa até a margem do lobo caudal inferior (o que também a distingue prontamente de H. microlepis e H. unimaculatus); uma faixa estreita inconspícua também no lobo caudal superior; lobos vermelhos, principalmente o inferior; máculas negras na adiposa e anal; cerca de três barras escuras inconspícuas no dorso do corpo. Espécie frequente no curso inferior dos riachos e córregos do PESA e comum nas lagoas marginais. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; representa importante grupo de peixes com grande potencial para a aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 59


CP 18,0 cm

NOME

COMUM:

voador, voador-escama-fina, jutuarana.

NOME

CIENTÍFICO:

Hemiodus microlepis Kner, 1858.

NOME XAVANTE: pe a wa õ. FAMÍLIA: Hemiodontidae.

TAMANHO: até 23,9 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, ingerindo organismos bentônicos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides pequenas; boca terminal; fenda bucal (vista ventralmente) arredondada; maxila superior não protráctil e com dentes multicúspides e de coroa larga; mandíbula desprovida de dentes; linha lateral completa, 120-148 escamas (o que facilmente a diferencia de H. gracilis e H. unimaculatus); nadadeira caudal nua, bifurcada, pontuda. Corpo prateado; mácula médio-lateral arredondada (o que também a distingue prontamente de H. gracilis). Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde vive.

60


CP 14,2 cm

NOME

COMUM:

voador, lapixó.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe adzarébé watsa.

Hemiodus unimaculatus (Bloch, 1794).

FAMÍLIA: Hemiodontidae.

TAMANHO: até 21,5 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, ingerindo organismos bentônicos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides, pequenas no flanco superior e grandes no inferior (o que a diferencia facilmente de H. gracilis e H. microlepis); fenda bucal (vista ventralmente) arredondada; maxilar superior não protráctil e com dentes multicúspides e de coroa larga: mandíbula desprovida de dentes; linha lateral completa, 71-77 escamas (o que também a distingue de H. gracilis e H. microlepis); nadadeira caudal nua, bifurcada, pontuda. Corpo prateado; lobos da caudal com faixa escura, larga no inferior (o que a separa prontamente de H. microlepis); mácula médio-lateral (o que prontamente a diferencia de H. gracilis). Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas frequente nos inferiores no período de águas altas. IMPORTÂNCIA: apreciada como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 61


NOME

COMUM:

papudinha.

NOME XAVANTE: pedzapótówatsédé. NOME

CIENTÍFICO :

Thoracocharax cf. stellatus (Kner, 1858).

FAMÍLIA: Gasteropelecidae. TAMANHO: até 6,7 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: insetívora, principalmente insetos terrestres. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.

CP 6 cm

COMENTÁRIOS: corpo alto e excessivamente comprimido; peito muito desenvolvido, em virtude da expansão do osso coracóide; boca ligeiramente superior, com duas séries de dentes no pré-maxilar; nadadeira peitoral muito longa, atingindo a ponta dos primeiros raios da anal; nadadeiras ventrais (pélvicas) diminutas; nadadeira adiposa presente; linha lateral inclinada, voltando-se em direção à origem da anal. Corpo prateado. Espécie frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, em épocas de águas altas. IMPORTÂNCIA: espécie bastante interessante para a aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

62


CP 6,2 cm

NOME

COMUM:

piabinha.

NOME

CIENTÍFICO:

Iguanodectes spilurus (Günther, 1864).

NOME XAVANTE: pe awãpá. FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 10,2 mm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas e insetos. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: não foi possível a confirmação da existência de ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas de machos maduros no material examinado. COMENTÁRIOS: corpo alongado, comprimido lateralmente; escamas pequenas, ciclóides; membranas branquiais unidas entre si mas livres do istmo; boca terminal, série única de dentes no dentário; pré-maxilar com série única, porém com dente deslocado para fora junto à sínfise; linha lateral completa, 62 a 68 escamas; nadadeira adiposa presente; anal longa, 35 a 37 raios ramificados. Corpo prateado, mácula negra nos raios medianos e no lobo superior da caudal. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA, mas comum nas lagoas marginais. IMPORTÂNCIA: elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive, além de representar uma espécie potencialmente interessante para a aquariofilia. 63


NOME

COMUM:

voadeira.

NOME XAVANTE: pehöire a. N OME

CIENTÍFICO :

Brycon falcatus Müller & Troschel, 1844.

FAMÍLIA: Characidae. TAMANHO: até 37,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, ingerindo peixes, crustáceos, insetos aquáticos e terrestres, pedaços de folhas, flores, frutos e sementes.

CP 18,5 cm

DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros geralmente apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-se ásperas; é caráter transitório. COMENTÁRIOS: corpo relativamente alongado, forte, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com três séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e duas no dentário, sendo a externa composta por dentes multicúspides e a interna composta por um par de dentes cônicos pequenos junto à sínfise e afastada dele. Posteriormente, uma fileira de dentes cônicos muito pequenos e pouco visíveis; linha lateral completa, 51 a 64 escamas; nadadeira caudal nua. Corpo algo prateado; mancha umeral negra; caudal com faixa negra transversal e alaranjada nos raios medianos; adiposa avermelhada; mancha avermelhada sobre a pupila. Espécie rara nos cursos superiores, frequente nos médios e abundante nos inferiores dos riachos e córregos do PESA, principalmente no período de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; principalmente os indivíduos jovens representam bom potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

64


NOME

COMUM:

pacu, pacu-marreca.

NOME XAVANTE: pedzapótó a. NOME

CIENTÍFICO:

Metynnis argenteus Ahl, 1923.

FAMÍLIA: Characidae. TAMANHO: até 14,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: herbívora, preferencialmente frugívora, i. e., comedora de frutos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo alto, comprimido lateralmente e recoberto por escamas pequenas, ciclóides; quilha pré-ventral dotada de espinhos; espinho pré-dorsal CP 6,2 cm presente; base da nadadeira adiposa longa, mais ou menos igual à distância que a separa da dorsal; boca terminal, com duas séries de dentes no prémaxilar e no dentário; a série interna do dentário constituída por um único dente junto à sínfise. Corpo prateado. Espécie abundante nas lagoas marginais que se formam ao longo dos cursos médios e inferiores dos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

65


NOME

COMUM:

pacu-branco.

NOME XAVANTE: pedzapódó. NOME

CIENTÍFICO:

Myleus torquatus (Kner, 1858).

FAMÍLIA: Characidae. TAMANHO: até 30,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: herbívora, preferencialmente frutos e sementes. DIMORFISMO vios.

SEXUAL SECUNDÁRIO :

sem traços ób-

COMENTÁRIOS: corpo bastante elevado, comprimido lateralmente e recoberto por escaCP 13,6 cm mas ciclóides, pequenas; boca terminal, com duas séries de dentes no pré-maxilar e no dentário: a série interna do dentário é constituída por um único dente junto à sínfise; quilha pré-ventral, dotada de espinhos; espinho pré-dorsal presente; caudal emarginada; base da nadadeira adiposa curta, menor que a distância que a separa da dorsal; nadadeira anal falcada. Coloração prateada uniforme; extremidades das nadadeiras anal e caudal negras; espécie frequente na parte baixa dos riachos e córregos do PESA, no período de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

66


NOME

COMUM:

piranha.

NOME XAVANTE: wa watópré. NOME

CIENTÍFICO:

Serrasalmus spilopleura Kner,

1858. FAMÍLIA: Characidae. TAMANHO: até 23,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente peixes, insetos e invertebrados. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo alto, fortemente comprimido lateralmente e recoberto por escamas CP 8,0 cm ciclóides, pequenas; quilha serrilhada no peito formada por espinhos; perfil dorsal anterior reto sobre a cabeça; boca ligeiramente superior, com dentes tricúspides em série única no pré-maxilar e no dentário; nadadeira anal longa e adiposa de base curta. Manchas negras difusas pelo corpo; caudal com faixa negra submarginal, a ponta dos raios clara; anal com faixa escura submarginal menos conspícua. Espécie frequente e numerosa nas lagoas marginais dos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; classicamente inferida como elo importante na cadeia alimentar de jacarés.

67


CP 3,1 cm

NOME

COMUM:

piaba, piabinha.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe atõmõtsiwaptó.

Aphyocharax alburnus (Günther, 1869).

FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 3,5 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas, crustáceos, larvas (inclusive de peixes) e insetos aquáticos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

os machos maduros apresentam ganchos na nadadeira anal, provavelmente um caráter transitório.

COMENTÁRIOS: corpo estreito e comprimido lateralmente; boca terminal; dentes tricúspides, cúspide mediana maior, em série única na mandíbula (13-20 dentes) e na maxila (9-20 dentes); nadadeira adiposa presente; nadadeira caudal nua; origem da nadadeira anal atrás da vertical da origem da dorsal; dorsal próxima da metade do corpo; linha lateral incompleta. Corpo prateado; mancha umeral negra lembrando uma barra (o que a diferencia facilmente de Aphyocharax sp.1); conspícua caudal vermelha; demais nadadeiras incolores (o que a distingue prontamente de Aphyocharax sp.1). Espécie pouco frequente nos cursos superiores e médios dos riachos e córregos do PESA, mas comum nos inferiores. IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 68


CP 2,7 cm

NOME

COMUM:

piaba, piabinha.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe adzarébéwaprú.

Aphyocharax sp.1.

FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 3,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas, crustáceos, larvas e insetos aquáticos e terrestres. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

os machos maduros apresentam ganchos na nadadeira anal, provavelmente um caráter transitório.

COMENTÁRIOS: corpo estreito e comprimido lateralmente; boca terminal; dentes tricúspides, com a cúspide mediana maior, em série única na mandíbula e na maxila; nadadeira dorsal próxima da metade do corpo; origem da anal atrás da vertical da origem da dorsal; adiposa presente; caudal nua; linha lateral incompleta. Corpo prateado; caudal, anal e pélvicas vermelhas (o que a distingue facilmente de A. alburnus); sem mácula umeral (o que também a distingue prontamente de A. alburnus). Espécie rara nos riachos e córregos do PESA, mas comum nas lagoas marginais. IMPORTÂNCIA: aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

69


CP 8,7 cm

NOME

COMUM:

cigarra, cachorrinha.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: (pe a)ai útémãnhãr wa.

Acestrocephalus acutus Menezes, 2006.

FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 10,2 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente peixes. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

os machos sexualmente maduros apresentam ganchos na nadadeira anal.

COMENTÁRIOS: corpo com perfil dorsal moderadamente elevado, sem gibosidade, comprimido; escamas pequenas, ctenóides; boca terminal; fenda bucal oblíqua, grande; sem dentes no palato; duas fileiras de dentes na mandíbula; linha lateral completa, 7077 escamas; anal 29-35 raios. Corpo algo prateado; mácula negra na origem da nadadeira dorsal; mácula losangular negra, grande, no pedúnculo caudal, não estendida até a extremidade dos raios caudais medianos; mácula negra no mento; faixa prateada ao longo do flanco. Espécie rara nos riachos e córregos do PESA drenados para o Araguaia, mas comuns em cabeceiras de alguns tributários da bacia do rio das Mortes. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar de peixes maiores. 70


NOME

COMUM:

cacunda, saicanga, cigarra.

NOME XAVANTE: pedzarébérã. NOME

CIENTÍFICO:

Charax leticiae Lucena, 1987.

FAMÍLIA: Characidae. TAMANHO: até 10,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente peixes, insetos e outros invertebrados. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos sexualmente maduros das espécies deste gênero e de gêneros relacionados geralmente apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-se ásperas; é caráter transitório.

CP 9,0 cm

COMENTÁRIOS: corpo com perfil dorsal moderadamente elevado, com gibosidade, comprimido; escamas pequenas, ciclóides; origem da anal à frente da origem da dorsal; boca terminal; fenda bucal oblíqua, grande, sem dentes no palato; uma única fileira de dentes na mandíbula e na maxila; a mandíbula possui quatro dentes caniniformes intercalados por vários dentes menores; na maxila isso se repete; entretanto, quando a boca se fecha, os dentes caninos da maxila se encaixam entre os caninos da mandíbula; maxilar com dentes cônicos pequenos em toda a sua extensão; linha lateral completa, 50-60 escamas; anal longa, 49-57 raios. Corpo prateado; mácula negra próxima da região umeral; mácula negra na base da caudal, não estendida até a extremidade dos raios caudais medianos. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA, mas comum nas lagoas marginais. IMPORTÂNCIA: pode ser consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

71


CP 11,3 cm

NOME

COMUM:

cacunda, cigarra.

NOME

CIENTÍFICO:

Cynopotamus tocantinensis Menezes, 1987.

NOME XAVANTE: pe wanh pti a. FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 21,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: piscívora, principalmente pequenos peixes. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos sexualmente maduros apresentam ganchos na nadadeira anal, provavelmente um caráter transitório. COMENTÁRIOS: perfil dorsal muito elevado atrás da cabeça, formando uma gibosidade bem característica; corpo revestido por escamas ctenóides, pequenas; boca terminal; dentário com duas séries de dentes, a externa formada por quatro dentes grandes, anteriormente, e vários dentes pequenos, posteriormente; a série interna com um a três dentes pequenos; anal longa, 40-45 raios. Corpo prateado; mancha umeral negra trapezoidal conspícua; faixa prateada ao longo do flanco. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar de peixes maiores. 72


CP 12,9 cm

NOME

COMUM:

cacunda, saicanga.

NOME

CIENTÍFICO:

Galeocharax gulo (Cope, 1870).

NOME XAVANTE: pe wanh ptihöirã. FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 22,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos, adultos e larvas, camarões e peixes. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos sexualmente maduros das espécies desse gênero geralmente apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-se ásperas; é caráter transitório. COMENTÁRIOS: perfil dorsal do corpo moderadamente elevado, sem gibosidade; comprimido; escamas pequenas, ctenóides; fenda bucal ampla, oblíqua; dentário com duas séries de dentes, a externa com quatro dentes grandes, anteriormente, e vários dentes pequenos, posteriormente, a série interna formada por 7 a 11 dentes pequenos; linha lateral completa, 80-89 escamas; anal longa, 36-43 raios ramificados. Corpo prateado; mácula negra na região umeral; faixa prateada no flanco; pequena mácula negra no pedúnculo caudal. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde está presente. 73


CP 3,1 cm

NOME

COMUM:

piaba, piabinha.

NOME

CIENTÍFICO:

Phenacogaster sp.

NOME XAVANTE: pe a po redza õnõ. FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 5,1 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos e pedaços de folhas e frutos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

material insuficiente para exame deste caráter.

COMENTÁRIOS: corpo com perfil dorsal moderadamente elevado, revestido por escamas pequenas, ciclóides; pseudotímpano presente; boca terminal; fileira única de dentes no dentário e em duas séries no pré-maxilar; maxilar com muitos dentes; origem da anal atrás da origem da dorsal; linha lateral completa, 37-39 escamas. Mancha umeral negra mais ou menos arredondada mais próxima do pseudotímpano do que da origem da nadadeira dorsal; mácula grande no pedúnculo caudal e na base da caudal, estendida até a extremidade dos raios caudais medianos; lobos da caudal, anal, dorsal e adiposa avermelhados. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA e comum, mas não abundante, nas lagoas marginais. IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra. 74


CP 8,1 cm

NOME

COMUM:

piaba-bocuda.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe atöire.

Roeboides myersii Gill, 1870.

FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 18,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: lepidófaga. i.e., comedora de escamas, que retira de outros peixes. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

não detectado no material amostrado e, aparentemente, não existente.

COMENTÁRIOS: corpo com perfil dorsal moderadamente elevado, com gibosidade, comprimido; escamas pequenas, ciclóides; origem da anal à frente da origem da dorsal; boca terminal; fenda bucal oblíqua, grande, sem dentes no palato; dentes nas maxilas e dentes localizados fora da boca; linha lateral completa, 86-99 escamas; anal longa, 42 a 55 raios. Corpo prateado; mácula umeral negra algo trapezoidal. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA, mas comum nas lagoas marginais. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar de peixes maiores. 75


NOME

COMUM:

piaba.

NOME XAVANTE: pe atetere. NOME

CIENTÍFICO:

Poptella compressa (Günther,

1864). FAMÍLIA: Characidae. TAMANHO: até 6,8 mm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos e sementes. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros apresentam ganchos na nadadeira anal, i.e., as nadadeiras tornam-se ásperas; é caráter transitório.

CP 5,0 cm

COMENTÁRIOS: corpo ovalado muito alto (50,6 a 61,7% do comprimento padrão), muito comprimido, recoberto por escamas ciclóides; espinho pré-dorsal; boca terminal; prémaxilar com duas séries de dentes, a externa 4 dentes, interna 5; linha lateral completa, 35-36 escamas; 28 a 34 raios ramificados na anal; caudal recoberta por pequenas escamas. Corpo prateado, uniforme; faixa prateada no flanco. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA, mas abundante nos cursos inferiores em períodos de águas altas. IMPORTÂNCIA: elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

76


NOME

COMUM:

piaba.

NOME XAVANTE: pedzapótó atö. NOME

CIENTÍFICO:

Tetragonopterus aff. argenteus Cuvier, 1816.

FAMÍLIA: Characidae. TAMANHO: até 11,2 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes, insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e de peixes. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: não observados traços óbvios.

CP 6,7 cm

COMENTÁRIOS: corpo comprimido e muito alto, altura 1,5 a 2 vezes o comprimento padrão; escamas ciclóides; área pré-ventral achatada; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma no dentário; quatro a seis dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, muito curva na porção anterior, 30-35 escamas; nadadeira anal longa, 3641 raios (o que a diferencia facilmente de T. chalceus); nadadeira caudal nua. Corpo prateado; duas manchas umerais difusas, verticalmente muito alongadas; mácula negra em forma de barra na base da nadadeira caudal; nadadeiras peitorais, dorsal e caudal incolores; pélvicas e início da anal avermelhadas (o que também a distingue prontamente de T. chalceus). Espécie frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, principalmente no período de águas altas. IMPORTÂNCIA: pode ser consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde está presente.

77


NOME

COMUM:

piaba.

NOME XAVANTE: pe adzapótó waipópê. NOME

CIENTÍFICO :

Tetragonopterus chalceus Spix & Agassiz, 1829.

FAMÍLIA: Characidae. TAMANHO: até 9,7 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes, insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e de peixes.

CP 5,0 cm

DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: não detectado no material amostrado. COMENTÁRIOS: corpo alto e comprimido lateralmente; escamas ciclóides; área pré-ventral achatada; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; geralmente cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, muito curva na porção anterior, 29-34 escamas; nadadeira anal longa, 32-33 raios (o que a diferencia facilmente de T. aff. argenteus); nadadeira caudal nua. Corpo prateado; duas manchas umerais difusas verticalmente alongadas; nadadeiras incolores (o que também a distingue prontamente de T. aff. argenteus). Espécie frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, principalmente na época de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde é encontrada.

78


CP 2,3 cm

NOME

COMUM:

piaba, piabinha.

NOME

CIENTÍFICO:

Serrapinnus micropterus (Eigenmann, 1907).

NOME XAVANTE: pe adzarébétórã. FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 2,6 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmentos de folhas e flores, algas filamentosas e insetos aquáticos. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., são ásperas; é caráter transitório, relacionado ao período reprodutivo. COMENTÁRIOS: corpo comprimido; boca terminal; dentes multicúspides em série única na mandíbula e na maxila; dentes do prémaxilar com cúspides agudas, a mediana maior; nadadeira adiposa presente; nadadeira caudal nua; linha lateral incompleta. Conspícua mácula losangular negra, grande, no pedúnculo caudal e na base da caudal. Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar nos ambientes onde é encontrada. 79


CP 11,6 cm

NOME

COMUM:

sardinha.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe ahöirãre.

Triportheus albus Cope, 1872.

FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 15,1 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frutos, sementes e insetos adultos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides, grandes; peito expandido e comprimido, formando uma quilha ventral desde o istmo até a nadadeira anal; nadadeira peitoral muito longa; boca terminal, com duas ou três séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e duas no dentário, a interna com um único par de dentes cônicos junto à sínfise; linha lateral completa, 31-32 escamas (o que a diferencia facilmente de T. auritus, 42 a 45), baixa, correndo na segunda ou terceira série de escamas acima da base da nadadeira ventral. Corpo prateado, homogêneo; caudal com borda enegrecida, principalmente no superior. Espécie frequente e numerosa nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, em época de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 80


CP 21,5 cm

NOME

COMUM:

sardinha-facão, sardinha-comprida.

NOME

CIENTÍFICO:

Triportheus auritus (Valenciennes in Cuvier & Valenciennes, 1850).

NOME XAVANTE: pe ahöire. FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 24,2 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frutos e insetos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo alongado e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides, grandes; peito expandido e comprimido, formando uma quilha ventral desde o istmo até a nadadeira anal; nadadeira peitoral muito longa; boca terminal, com três séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e duas no dentário, das quais a interna com apenas um par de dentes cônicos junto à sínfise; linha lateral completa, 40-46 escamas (32 a 35 em T. albus), baixa, correndo na segunda ou terceira série de escamas acima da base da nadadeira ventral. Corpo prateado nos flancos; dorso amarronzado; nadadeira caudal emarginada, com borda negra (o que facilmente a diferencia de T. trifurcatus). Espécie frequente e abundante nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, em época de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde é encontrada. 81


CP 11,4 cm

NOME

COMUM:

sardinha.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe ahöirãre.

Triportheus trifurcatus (Castelnau, 1855).

FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 16,3 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frutos, sementes e insetos adultos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides, grandes; peito expandido e comprimido, formando uma quilha ventral desde o istmo até a nadadeira anal; nadadeira peitoral muito longa; boca terminal, com duas ou três séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e duas no dentário, a interna com um único par de dentes cônicos junto à sínfise; linha lateral completa, 32-34 escamas (42 a 45 em T. auritus), baixa, correndo na segunda ou terceira série de escamas acima da base da nadadeira ventral. Corpo prateado; raios caudais medianos negros, prolongados em forma de filamento (o que a diferencia facilmente de T. albus e T. auritus); nadadeira caudal com lobos amarelados. Espécie frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, em época de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde é encontrada. 82


NOME

COMUM:

piaba-do-rabo-vermelho.

NOME XAVANTE: pe adza ratató. NOME

CIENTÍFICO:

Astyanax argyrimarginatus Garutti, 1999.

FAMÍLIA: Characidae. TAMANHO: até 12,9 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes, insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e de peixes.

CP 12,9 cm

DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornamse ásperas; é caráter transitório. COMENTÁRIOS: corpo alto, comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 42 a 46 escamas (até 40 em A. asuncionensis, A. xavante e Astyanax sp.2; acima de 48 em A. elachylepis e Astyanax sp.1); nadadeira caudal nua. Conspícua mancha umeral negra horizontalmente ovalada (em A. elachylepis, A. xavante e Astyanax sp.1 é vertical e difusa); duas barras verticais marrons na região umeral; mancha negra no pedúnculo caudal estendida à extremidade dos raios caudais medianos; faixa lateral negra no flanco do corpo, bordeada por faixas prateadas (o que a diferencia facilmente das demais espécies do gênero tratadas aqui); nadadeiras caudal e anal vermelhas, especialmente a primeira (o que também a diferencia prontamente das demais espécies). Espécie frequente e abundante nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

83


NOME

COMUM:

piaba-listrada.

NOME XAVANTE: pe adza ratató uwa. NOME CIENTÍFICO: Astyanax asuncionensis Géry, 1972. FAMÍLIA: Characidae. TAMANHO: até 10,5 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes, insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e de peixes.

CP 6,5 cm

DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornamse ásperas; é caráter transitório. COMENTÁRIOS: corpo alto e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 34 a 40 escamas (42 a 46 em A. argyrimarginatus; 48 a 52 em A. elachylepis e Astyanax sp.1); 26 a 35 raios na nadadeira anal (23 a 26 em A. xavante); nadadeira caudal nua. Conspícua mancha umeral negra horizontalmente ovalada (nas demais espécies do gênero aqui tratadas é vertical, exceto em A. argyrimarginatus e Astyanax sp.3); duas barras verticais marrons na região umeral; uma mancha negra no pedúnculo caudal estendida à extremidade dos raios caudais medianos; cromatóforos concentrados no centro da escama, originando linhas longitudinais paralelas padrão listrado (o que a diferencia das outras espécies referidas, particularmente Astyanax sp.2). Espécie rara nos riachos e córregos do PESA (somente um exemplar foi coletado no período). IMPORTÂNCIA: pode ser consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 84


NOME

COMUM:

piaba, piaba-do-rabo-vermelhoamarelo.

NOME XAVANTE: pe aumrãtãhi. NOME

CIENTÍFICO:

Astyanax elachylepis Bertaco & Lucinda, 2005.

FAMÍLIA: Characidae. TAMANHO: até 14,4 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes, insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e de peixes.

CP 6,8 cm

DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos apresentam ganchos nas nadadeiras dorsal, anal, peitorais e pélvicas, i.e., as nadadeiras são ásperas o ano todo. COMENTÁRIOS: corpo alto e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 48 a 52 escamas (34 a 40 em A. asuncionensis; 34 a 37 em A. xavante; 35 a 39 em Astyanax sp.2); nadadeira caudal nua. Mancha umeral negra vertical difusa (o que a diferencia facilmente de A. argyrimarginatus, A. asuncionensis e Astyanax sp.2); conspícua mancha negra nos raios caudais medianos (o que a diferencia prontamente de Astyanax sp.1); mancha prateada grande no pedúnculo caudal (em material vivo) ou negra em material conservado; nadadeira caudal nua, com extremidades dos lóbulos avermelhados e região intermediária amarelada (o que também a distingue rapidamente de Astyanax sp.1). Espécie frequente e abundante nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

85


NOME

COMUM:

piaba.

NOME XAVANTE: pe adza ratatóuptabi. NOME

CIENTÍFICO:

Astyanax sp.1.

FAMÍLIA: Characidae. TAMANHO: até 11,9 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes, insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e de peixes.

CP 11,1 cm

DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: machos maduros apresentam ganchos nas nadadeiras dorsal, anal, peitorais e pélvicas, i.e., as nadadeiras são ásperas; é caráter sazonal. COMENTÁRIOS: corpo alto e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 48 a 52 escamas (34 a 40 em A. asuncionensis; 34 a 37 em A. xavante; 35 a 39 em Astyanax sp.2); 29 a 34 raios na nadadeira anal (23 a 26 em A. xavante); nadadeira caudal nua. Mancha umeral negra vertical difusa, entre duas barras claras (horizontalmente ovalada em A. argyrimarginatus, A. asuncionensis e Astyanax sp.2); mancha negra difusa nos raios caudais medianos (conspícua em A. elachylepis); caudal acinzentada (o que a diferencia facilmente de A. elachylepis); dorsal avermelhada; mancha vermelha horizontalmente alongada sobre a pupila. Espécie frequente tão somente em uma corrente do PESA, o córrego Grande, integrante da bacia do rio das Mortes. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

86


NOME

COMUM:

piaba.

NOME XAVANTE: pe aumrãtãhi. NOME

CIENTÍFICO:

Astyanax sp.2.

FAMÍLIA: Characidae. TAMANHO: até 8,6 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes, insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e de peixes.

CP 8,4 cm

DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornamse ásperas; é caráter transitório. COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto e comprimido lateralmente, prateado, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 35 a 39 escamas (42 a 46 em A. argyrimarginatus; 48 a 52 em A. elachylepis e Astyanax sp.1); 23 a 29 raios na nadadeira anal (26 a 35 em A. asuncionensis); nadadeira caudal nua. Conspícua mancha umeral negra horizontalmente ovalada (nas demais espécies do gênero aqui tratadas é vertical, exceto em A. argyrimarginatus e A. asuncionensis); duas barras verticais marrons na região umeral; mancha negra no pedúnculo caudal estendida à extremidade dos raios caudais medianos; cromatóforos espalhados na escama (o que a diferencia facilmente de A. asuncionensis); nadadeiras pélvicas, dorsal e caudal algo avermelhadas. Espécie frequente e abundante nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

87


CP 4,7 cm

NOME

COMUM:

piaba, piabinha.

NOME

CIENTÍFICO:

Astyanax xavante Garutti & Venere, 2009.

NOME XAVANTE: pe auptabi. FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 6,3 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes, insetos aquáticos e terrestres e larvas de insetos aquáticos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo alto e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 34 a 37 escamas (48 a 52 em A. elachylepis e Astyanax sp.1); 23 a 26 raios na nadadeira anal (26 a 35 em A. asuncionensis; 29 a 34 em Astyanax sp.1); nadadeira caudal nua. Mancha umeral vertical difusa (horizontalmente ovalada em A. argyrimarginatus, A. asuncionensis e Astyanax sp.2); mancha negra nos raios caudais medianos. Espécie frequente e abundante apenas em uma corrente do PESA, o córrego Avoadeira, a montante da cachoeira Pé da Serra. IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 88


CP 5,2 cm

NOME

COMUM:

piaba, piabinha.

NOME

CIENTÍFICO:

Bryconops alburnoides Kner, 1858.

NOME XAVANTE: pe adzarébewatsi. FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 6,5 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: insetívora, principalmente insetos terrestres e aquáticos. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: nas espécies B. cf. giacopinii e B cf. melanurus, os machos maduros apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-se ásperas. Ainda que não se tenha coletado indivíduos com esse dimorfismo, supõe-se que B. alburnoides também apresente tal característica em épocas de reprodução. COMENTÁRIOS: corpo comprido, estreito; osso maxilar muito longo, sua borda anterior forma um ângulo quase reto com a borda do prémaxilar, curva-se abruptamente para trás e segue em linha aproximadamente paralela à do osso pré-maxilar; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; quatro a seis dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 42-46 escamas; nadadeira dorsal amarelada (o que a diferencia facilmente de B. cf. giacopinii e B. cf. melanurus); nadadeira caudal nua. Base da caudal com mancha negra estendida até a extremidade dos raios caudais medianos; lobo superior da caudal amarelado (o que também a distingue prontamente de B. cf. giacopinii e B. cf. melanurus). Espécie frequente, mas não abundante, principalmente em uma corrente do PESA, o córrego Grande, afluente do rio das Mortes. IMPORTÂNCIA: pode ser consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 89


CP 8,4 cm

NOME

COMUM:

piaba, piabinha.

NOME

CIENTÍFICO:

Bryconops cf. giacopinii (Fernández-Yépez, 1950).

NOME XAVANTE: pe adzarébéw . FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 8,4 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: insetívora, principalmente insetos terrestres e aquáticos. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornamse ásperas; é caráter transitório. COMENTÁRIOS: corpo comprido, estreito; osso maxilar muito longo, sua borda anterior forma um ângulo quase reto com a borda do pré-maxilar, curva-se abruptamente para trás e segue em linha aproximadamente paralela à do osso pré-maxilar; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; quatro a seis dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 44-46 escamas; nadadeira caudal nua. Nadadeira dorsal avermelhada (o que a diferencia facilmente de B. alburnoides); raios medianos da caudal e lobo superior da caudal negros; mancha amarelo-alaranjada no primeiro terço do lobo superior da caudal e mancha negra larga nos raios medianos até a extremidade (o que a distingue facilmente de B. cf. melanurus). Espécie frequente e abundante nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos córregos onde vive. 90


CP 5,9 cm

NOME

COMUM:

piaba, piabinha.

NOME

CIENTÍFICO:

Bryconops cf. melanurus (Bloch, 1794).

NOME XAVANTE: pe adzarébépré. FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 12,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: insetívora, insetos terrestres e aquáticos. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornamse ásperas; é caráter transitório. COMENTÁRIOS: corpo comprido, estreito; osso maxilar muito longo, sua borda anterior forma um ângulo quase reto com a borda do pré-maxilar, curva-se abruptamente para trás e segue em linha aproximadamente paralela à do osso pré-maxilar; boca terminal, duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; quatro a seis dentes na série interna do prémaxilar; linha lateral completa, 44-48 escamas; nadadeira caudal nua. Nadadeira dorsal avermelhada (o que a diferencia facilmente de B. alburnoides); adiposa amarelo-alaranjada; raios medianos da caudal negros e lobo superior da caudal vermelho nos terços proximal e mediano (o que a distingue prontamente de B. cf. giacopinii). Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos córregos onde vive. 91


CP 6,0 cm

NOME

COMUM:

piaba, piabinha.

NOME

CIENTÍFICO:

Creagrutus figueiredoi Vari & Harold, 2001.

NOME XAVANTE: po redza õtõwaipó. FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 6,4 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres e fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: machos maduros com ganchos no 2o raio não ramificado e em todos os raios ramificados da nadadeira anal. COMENTÁRIOS: corpo estreito, comprimido lateralmente; boca ligeiramente inferior, com cinco dentes na fileira primária de dentes do pré-maxilar (o que a diferencia facilmente de C. menezesi, que possui seis); 9-10 raios ramificados na nadadeira anal (o que a distingue prontamente de C. seductus, 11 a 13); linha lateral completa, 36-38 escamas. Mancha umeral difusa verticalmente alongada; faixa longitudinal prateada conspícua; nadadeira caudal suavemente vermelho-pálido. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: esta espécie pode ser consumida como alimento e representa um importante elo na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 92


CP 6,0 cm

NOME

COMUM:

piaba, piabinha.

NOME

CIENTÍFICO:

Creagrutus menezesi Vari & Harold, 2001.

NOME XAVANTE: pó rédza õnõ. FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 7,5 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres e fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

machos maduros com ganchos em todos os raios ramificados da nadadeira anal.

COMENTÁRIOS: corpo estreito, comprimido lateralmente; boca ligeiramente inferior, com seis dentes (raramente sete) na fileira primária de dentes do pré-maxilar (o que a diferencia facilmente de C. figueiredoi, que possui cinco); 9-10 raios ramificados na nadadeira anal (o que a distingue prontamente de C. seductus, 11 a 13); linha lateral completa, 38-41 escamas. Mancha umeral difusa verticalmente alongada; mancha avermelhada sobre o olho; faixa longitudinal prateada no flanco; nadadeiras dorsal e caudal suavemente avermelhadas. Espécie frequente, porém pouco numerosa, nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 93


CP 5,7 cm

NOME

COMUM:

piaba.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe atetedzaréberã.

Creagrutus seductus Vari & Harold, 2001.

FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 7,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres e fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

machos maduros com ganchos nos seis primeiros raios ramificados da nadadeira anal.

COMENTÁRIOS: corpo estreito e comprimido lateralmente; boca ligeiramente inferior, com seis ou sete dentes (raramente cinco) na fileira primária de dentes do pré-maxilar; 11 a 13 raios ramificados na nadadeira anal (o que a diferencia facilmente de C. figueiredoi e C. menezesi, 9 a 10); linha lateral completa, 38 a 39 escamas. Mancha umeral negra verticalmente alongada, situada acima da linha lateral. Vive em sintopia com as duas outras espécies do gênero, C. figueiredoi e C. menezesi; das três, é a espécie mais frequente nos riachos e córregos do PESA. Exemplares topótipos (procedentes da localidade-tipo) foram examinados. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; representa um importante elo na cadeia alimentar dos ambientes onde está presente.

94


NOME

COMUM:

miguelinho.

NOME XAVANTE: pe a udzétó. NOME

CIENTÍFICO:

Exodon paradoxus Müller & Troschel, 1844.

FAMÍLIA: Characidae. TAMANHO: até 7,5 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: lepidófaga, i.e., comedora de escamas.

CP 7,0 cm

DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos têm os raios das nadadeiras anal e dorsal ligeiramente mais longos que as fêmeas; as fêmeas atingem tamanho e peso maiores que os machos. COMENTÁRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas ciclóides; boca subinferior; fechada expõe os dentes do prémaxilar: dois dentes frontais, grossos, fortes, seguidos por outros voltados para fora, e duas fileiras mais internas cujos dentes estão voltados para dentro; dentário também com dentes expostos: a fileira externa com dentes proporcionalmente grandes, fortes, voltados para fora, e uma fileira interna com dentes menores e voltados para dentro; nadadeira caudal com escamas apenas na base; linha lateral completa, 35 a 40 escamas. Grande mácula negra, conspícua, arredondada, um pouco à frente da metade do corpo e outra, larga, no pedúnculo caudal; nadadeiras dorsal, caudal e anal avermelhadas. Espécie frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, quando começam as chuvas e as águas turvam. Comuns em lagos marginais no médio e baixo rio Araguaia. IMPORTÂNCIA: a tonalidade avermelhada das nadadeiras associada às máculas laterais negras tornam essa espécie interessantíssima para a aquariofilia.

95


CP 2,8 cm

NOME

COMUM:

piaba, piabinha.

NOME

CIENTÍFICO:

Hemigrammus aff. levis Durbin, 1908.

NOME XAVANTE: pe a uptabirã. FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 4,8 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres, fragmentos de folhas e flores. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros das espécies desse gênero geralmente apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-se ásperas; é caráter transitório. COMENTÁRIOS: corpo relativamente estreito e comprimido lateralmente (mais alto que em H. levis), recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; linha lateral incompleta; nadadeira caudal recoberta com pequenas escamas. Faixa lateral prateada no flanco do corpo; mancha negra difusa no dorso da cabeça; mancha negra difusa nos raios caudais medianos (em H. levis é larga, conspícua). Espécie frequente e abundante nas lagoas marginais dos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: interessante para a aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde está presente.

96


CP 2,8 cm

NOME

COMUM:

piaba, piabinha.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe a uptabirã.

Hemigrammus cf. rodwayi Durbin, 1909.

FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 5,3 cm de comprimento padrão.

ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres, fragmentos de folhas e flores. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros das espécies desse gênero geralmente apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-se ásperas; é caráter transitório. COMENTÁRIOS: corpo relativamente estreito e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; linha lateral incompleta; nadadeira caudal recoberta com pequenas escamas. Mancha negra algo horizontalmente ovalada conspícua, grande, sobre o pedúnculo caudal e raios caudais medianos (o que a diferencia fácilmente de H. aff. levis e H. levis). Espécie frequente e abundante nas lagoas marginais dos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde está presente.

97


CP 3,5 cm

NOME

COMUM:

piaba, piabinha.

NOME

CIENTÍFICO:

Hemigrammus levis Durbin, 1908.

NOME XAVANTE: pe a uptabirã. FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 4,8 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres, fragmentos de folhas e flores. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros das espécies desse gênero geralmente apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-se ásperas; é caráter transitório. COMENTÁRIOS: corpo relativamente estreito e comprimido lateralmente (mais estreito que em H. aff. levis), recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; linha lateral incompleta; nadadeira caudal recoberta com pequenas escamas. Faixa lateral prateada no flanco do corpo; mancha negra larga, conspícua, nos raios caudais medianos (em H. aff. levis é negra difusa). Espécie frequente e abundante nas lagoas marginais dos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde está presente. 98


CP 2,7 cm

NOME

COMUM:

piaba, piabinha.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe a udzé.

Hyphessobrycon aff. maculicauda Ahl, 1936.

FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 4,3 cm de comprimento padrão.

ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e de peixes e algas. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros das espécies desse gênero geralmente apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-se ásperas; é caráter transitório. COMENTÁRIOS: corpo relativamente estreito e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; linha lateral incompleta; nadadeira caudal nua, com escamas apenas na base. Corpo avermelhado (o que a diferencia facilmente de H. aff. tenuis); mácula negra no pedúnculo caudal, conspícua, grande; nadadeiras vermelhas/avermelhadas; nadadeira dorsal sem manchas (mancha negra conspícua, grande, em H. eques). Espécie frequente e abundante nos riachos e córregos e lagoas marginais do PESA. IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde está presente. 99


NOME

COMUM:

piabinha.

NOME XAVANTE: pe a uptabirã. NOME

CIENTÍFICO:

Hyphessobrycon aff. tenuis Géry, 1964.

FAMÍLIA: Characidae. TAMANHO: até 2,8 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e de peixes e algas.

CP 2,8 cm

D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : os machos maduros das espécies desse gênero geralmente apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-se ásperas; é caráter transitório. COMENTÁRIOS: corpo relativamente estreito e comprimido lateralmente (mais alto que em H. aff. maculicauda e H. eques), recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; linha lateral incompleta; 22-25 raios na anal; nadadeira caudal nua, com escamas apenas na base. Corpo prateado ou acinzentado (o que a distingue prontamente de H. aff. maculicauda); mancha umeral negra vertical difusa ou inconspícua; mancha negra conspícua, grande, no pedúnculo caudal e base da caudal (o que a diferencia facilmente de H. eques); caudal e anal levemente avermelhadas; nadadeira dorsal sem manchas (mancha negra conspícua, grande, em H. eques). Espécie frequente e abundante nas lagoas marginais de alguns riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde está presente.

100


CP 2,1 cm

NOME

COMUM:

piabinha.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe awaipóre.

Hyphessobrycon eques (Steindachner, 1882).

FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 3,1 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e peixes e algas. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO :

não observado.

COMENTÁRIOS: corpo relativamente estreito e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; linha lateral incompleta; nadadeira caudal nua, com escamas apenas na base. Mancha umeral negra vertical difusa; mancha negra conspícua, grande, na nadadeira dorsal (o que a diferencia facilmente de H. aff. maculicauda e H. aff. tenuis); caudal vermelha/avermelhada, anal levemente avermelhada. Espécie frequente, mas não abundante, nas lagoas marginais de alguns riachos e córregos do PESA, drenagem para a bacia do rio das Mortes. IMPORTÂNCIA: aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde está presente. 101


CP 5,4 cm

NOME

COMUM:

piaba-espinhuda.

NOME

CIENTÍFICO:

Jupiaba polylepis (Günther, 1864).

NOME XAVANTE: pe anhõ utu ware. FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 6,1 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes, insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e de peixes. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

não observado.

COMENTÁRIOS: corpo alto e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; espinhos pélvicos presentes; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 39 a 45 escamas; nadadeira caudal nua. Corpo prateado; mancha umeral negra algo arredondada, deslocada para o meio do corpo; faixa lateral prateada. Espécie frequente nos riachos e córregos e numerosa nas lagoas marginais do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 102


CP 5,5 cm

NOME

COMUM:

piaba.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe auptabitóm udzé.

Knodus sp.

FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 6,5 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres (incluindo larvas), fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO :

não observado.

COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca subinferior, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; quatro dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 38-40 escamas; nadadeira adiposa presente; nadadeira caudal com lobos arredondados recobertos por escamas pequenas, até cerca de 2/5 de sua extensão. Faixa longitudinal enegrecida difusa no flanco, estendida à extremidade dos raios medianos da caudal; nadadeira anal arroxeada. Uma das espécies mais frequentes e abundantes nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 103


NOME

COMUM:

piaba.

NOME XAVANTE: pe adza ratatódzapódó. NOME

CIENTÍFICO:

Moenkhausia cf. comma Eigenmann, 1908.

FAMÍLIA: Characidae. TAMANHO: até 7,8 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes, insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e de peixes.

CP 7,3 cm

DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : os machos maduros apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-se ásperas; é caráter transitório. COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto (41,7-44,8% do comprimento padrão) e comprimido lateralmente, prateado e recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 43-45 escamas (o que a diferencia facilmente de Moenkhausia sp.2); 28-29 raios na nadadeira anal (o que também a distingue prontamente de Moenkhausia sp.2); nadadeira caudal com dois lobos pontudos, recobertos extensivamente por escamas pequenas. Mancha umeral difusa vertical na forma de barra, situada entre duas barras claras; nadadeiras dorsal, anal, caudal, adiposa e pélvicas avermelhadas. Espécie frequente em riachos e córregos do PESA que drenam para a bacia do rio das Mortes. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

104


NOME

COMUM:

lambari, piaba.

NOME XAVANTE: pe adzadzu. N OME

CIENTÍFICO:

Moenkhausia collettii (Steindachner, 1882).

FAMÍLIA: Characidae. TAMANHO: até 4,5 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes, insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e de peixes. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

CP 2,5 cm

os machos apresentam ganchos na nadadeira anal. É caráter transitório.

COMENTÁRIOS: corpo relativamente alongado, recoberto por escamas ciclóides; porte pequeno (o menor dentre as sete espécies referidas aqui para o gênero); boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 34 a 36 escamas; 22-25 raios na nadadeira anal; caudal com dois lobos, o superior mais pontudo que o inferior, recobertos por pequenas escamas, pelo menos até o meio. Faixa lateral negra conspícua desde o olho até o pedúnculo caudal (o que a diferencia facilmente das outras seis espécies de Moenkhausia tratadas aqui); nadadeira anal ligeiramente falcada. Espécie frequente e numerosa nos riachos e córregos do PESA, voltados para a bacia do rio das Mortes. IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

105


NOME

COMUM:

piaba.

NOME XAVANTE: tsiwaptó. N OME

CIENTÍFICO :

Moenkhausia dichroura (Kner, 1858).

FAMÍLIA: Characidae. TAMANHO: até 10,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes, insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e de peixes.

CP 6,4 cm

DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornamse ásperas; é caráter transitório. COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 34 a 39 escamas; nadadeira caudal com dois lobos algo pontudos, recobertos por escamas pequenas; corpo prateado; faixa prateada no flanco do corpo; porção distal dos lobos da caudal atravessada por faixa escura (o que a diferencia facilmente das demais espécies de Moenkhausia tratadas aqui). Espécie frequente e abundante nas lagoas marginais dos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

106


CP 5,9 cm

NOME

COMUM:

piaba.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: buru õtõpaihi.

Moenkhausia lepidura (Kner, 1858).

FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 8,4 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes e insetos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

material insuficiente par exame deste caráter.

COMENTÁRIOS: corpo alongado, estreito (mais estreito que as outras espécies de Moenkhausia referidas neste manual), recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 34 a 36 escamas; 19 a 22 raios ramificados na nadadeira anal; nadadeira caudal com dois lobos algo pontudos, recobertos por escamas pequenas. Mancha umeral negra vertical; faixa prateada no flanco; extremidade do lobo superior da caudal negra, precedida de mancha vermelha na porção intermediária (o que a diferencia facilmente das demais espécies de Moenkhausia tratadas aqui). Espécie frequente, mas não numerosa, nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra. 107


NOME

COMUM:

piaba.

NOME XAVANTE: da utsitsidzatómné. N OME

CIENTÍFICO :

Moenkhausia oligolepis (Günther, 1864).

FAMÍLIA: Characidae. TAMANHO: até 10,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes, insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e de peixes.

CP 5,8 cm

D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : os machos maduros apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-se ásperas; é um caráter transitório. COMENTÁRIOS: corpo alto e comprimido lateralmente (mais alto que M. pyrophthalma), recoberto por escamas ciclóides, grandes (o que a diferencia facilmente das demais espécies de Moenkhausia tratadas aqui, exceto M. pyrophthalma); boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 27-32 escamas; anal 25-26 raios; nadadeira caudal com dois lobos algo pontudos, recobertos por escamas pequenas, pelo menos até o meio. Conspícua barra vertical negra larga na base da nadadeira caudal (o que a diferencia facilmente das outras espécies referidas para o gênero). Espécie mais frequente do gênero, porém não numerosa, nos córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; espécie com predicados para ornamental e, por isso, interessante na aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

108


CP 3,1 cm

NOME

COMUM:

piaba.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe atõmõdzapré.

Moenkhausia pyrophthalma Costa, 1994.

FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 3,8 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes e insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e de peixes. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

material insuficiente para exame deste caráter.

COMENTÁRIOS: corpo estreito e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides, grandes; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral incompleta, 27-28 escamas, das quais somente as primeiras 7-11 perfuradas; nadadeira caudal com dois lobos algo arredondados, recobertos por escamas pequenas. Mancha umeral negra triangular difusa; barra vertical negra larga, algo difusa, na base da nadadeira caudal (o que a diferencia facilmente das demais espécies do gênero tratadas aqui; em M. oligolepis esta faixa é conspícua); olho avermelhado na porção superior (o que também a distingue prontamente das outras espécies de Moenkhausia referidas neste manual). Espécie frequente, mas não abundante, nas lagoas marginais dos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra. 109


NOME

COMUM:

piaba.

NOME XAVANTE: pe adzarebéwawa. NOME

CIENTÍFICO:

Moenkhausia sp.

FAMÍLIA: Characidae. TAMANHO: até 6,5 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes, insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e de peixes. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: não foi possível confirmar a existência de características sexuais externas entre os exemplares amostrados.

CP 5,7 cm

COMENTÁRIOS: corpo alto (43,0-47,5% do CP) e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 38-40 escamas (o que a diferencia facilmente de Moenkhausia oligolepis, 30-31); nadadeira caudal com dois lobos pontudos, recobertos por pequenas escamas; anal 31-34 raios ramificados. Corpo prateado; mancha umeral difusa vertical larga na forma de barra; mancha inconspícua na base dos raios caudais medianos; conspícua faixa lateral prateada. Espécie pouco frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, onde aparece principalmente no período de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

110


CP 15,5 cm

NOME

COMUM:

saicanga, dourado.

NOME

CIENTÍFICO:

Salminus hilarii Valenciennes, 1850.

NOME XAVANTE: pehöirewaw . FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 50,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, predadora voraz, alimentando-se principalmente de peixes. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, na fase reprodutiva; é caráter transitório; fêmeas atingem maior porte que machos. COMENTÁRIOS: corpo alongado, forte, recoberto por escamas ciclóides, pequenas; escamas com pontos escuros formando em conjunto linhas longitudinais em todo flanco; boca terminal com dentes cônicos dispostos em duas séries no dentário e no prémaxilar; nadadeira anal longa; linha lateral completa, 63 a 72 escamas. Caudal com raios medianos negros e lóbulos vermelhobordô; demais nadadeiras vermelhas/avermelhadas. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas frequente no inferior, principalmente em período de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde é encontrada. 111


CP 3,1 cm

NOME

COMUM:

piabinha.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: dawa rãm .

Thayeria boehlkei Weitzman, 1957.

FAMÍLIA: Characidae.

TAMANHO: até 3,2 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres, flores, frutos e sementes. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo relativamente alongado e recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; nadadeira adiposa presente; linha lateral interrompida; nadadeira caudal com pequenas escamas em sua base, bifurcada, lobos pontudos, sendo o inferior ligeiramente maior. Conspícua faixa negra no flanco, continuada no lobo inferior da caudal; flanco superior do corpo e raios inferiores da caudal amarelo-esverdeados. Espécie frequente, mas não abundante, nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

112


CP 13,2 cm

NOME

COMUM:

cachorra, cachorrinha.

NOME

CIENTÍFICO:

Acestrorhynchus falcatus (Bloch, 1794).

NOME XAVANTE: pe wanh pti a. FAMÍLIA: Acestrorhynchidae.

TAMANHO: até 27,2 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, predadora, principalmente peixes. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: focinho longo, muito maior que o diâmetro do olho; osso maxilar com dentes cônicos e dentes caniniformes na parte anterior; pré-maxilar com um ou dois forames onde se encaixam os dentes caniniformes da mandíbula; corpo recoberto por escamas ciclóides, pequenas; linha lateral completa, 80-105 escamas; nadadeira dorsal atrás da metade do corpo; adiposa presente; anal falcada; caudal com lobos pontudos, avermelhados. Coloração do corpo prateada; anal e pélvicas avermelhadas; máculas arredondadas na região umeral (o que a diferencia facilmente de A. microlepis) e na base dos raios caudais medianos. Espécie frequente, mas não abundante, em riacho do PESA drenado para a bacia do rio das Mortes. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra. 113


CP 9,5 cm

NOME

COMUM:

cachorra, cachorrinha.

NOME

CIENTÍFICO:

Acestrorhynchus microlepis (Schomburgk, 1841).

NOME XAVANTE: pe wanh pti a. FAMÍLIA: Acestrorhynchidae.

TAMANHO: até 22,4 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, predadora, principalmente peixes. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: focinho longo, muito maior que o diâmetro do olho; osso maxilar com dentes cônicos e dentes caniniformes na parte anterior; pré-maxilar com um ou dois forames onde se encaixam os dentes caniniformes da mandíbula; corpo recoberto por escamas ciclóides, pequenas; linha lateral completa, 95-130 escamas; nadadeira dorsal situada atrás da metade do corpo; adiposa presente; anal falcada; caudal com lobos pontudos, levemente amarelados. Mácula na base dos raios caudais medianos; faixa prateada conspícua no meio da lateral do corpo (o que a diferencia facilmente de A. falcatus). Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA, mas abundante nas lagoas marginais. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra. 114


CP 9,4 cm

NOME

COMUM:

iu-iu, jeju.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: dzutsú.

Hoplerythrinus unitaeniatus (Agassiz, 1829).

FAMÍLIA: Erythrinidae.

TAMANHO: até 25,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, predadora de peixes e larvas de insetos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo cilíndrico; mandíbula não se projetando claramente além da maxila superior, quando a boca está fechada; dentário e maxilar com dentes cônicos de tamanhos similares, apenas dois maiores situados na sínfise mandibular; nadadeira dorsal 11 a 12 raios; nadadeira caudal arredondada; nadadeira adiposa ausente; o sexto osso infraorbital fazendo parte da órbita. Faixa escura do opérculo até a nadadeira caudal. Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA da bacia do rio das Mortes, afluentes dos rios Corrente e Grande. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

115


CP 5,8 cm

NOME

COMUM :

traíra.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: dzu u é.

Hoplias cf. malabaricus (Bloch, 1794).

FAMÍLIA: Erythrinidae.

TAMANHO: até 49,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, predadora de peixes e larvas de insetos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; entretanto, as fêmeas atingem maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo grosso; nadadeira caudal arredondada; sem nadadeira adiposa; mandíbula ultrapassando francamente a maxila superior, quando a boca está fechada; dentes desiguais entre si: dentário com dentes caniniformes junto à sínfise e lateralmente; maxilar com dentes cônicos e caniniformes, na porção anterior; língua provida de dentículos; sexto infraorbital se constitui em uma placa óssea projetada para fora; nadadeira dorsal 12 a 15 raios. Pequenas barras negras inclinadas na lateral do corpo. Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA; abundante nas lagoas marginais. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

116


CP 3,1 cm

NOME

COMUM:

não conhecido.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe adzada rã.

Pyrrhulina australis Eigenmann & Kennedy, 1903.

FAMÍLIA: Lebiasinidae.

TAMANHO: até 5,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: insetívora, principalmente insetos terrestres e larvas de insetos aquáticos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: peixes pequenos, de corpo espesso recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes cônicos no dentário e no pré-maxilar; ausência de nadadeira adiposa e linha lateral; nadadeira dorsal mais próxima da base da caudal que da ponta do focinho, avermelhada, com mácula negra na porção mediana; anal avermelhada; faixa negra horizontal no focinho. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA, mas numerosa nas águas espraiadas e veredas. IMPORTÂNCIA: Pyrrhulina se apresenta como uma espécie interessante para aquariofilia; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde vive.

117


CP 19,5 cm

NOME

COMUM:

bicuda.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pêpa.

Boulengerella cuvieri (Agassiz in Spix & Agassiz, 1829).

FAMÍLIA: Ctenoluciidae.

TAMANHO: até 67,5 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, predadora, principalmente peixes. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo alongado, cilindriforme, roliço, ligeiramente comprimido, recoberto por escamas ctenóides; focinho pontudo, em forma de lança e dotado de expansão carnosa na porção distal superior; dentes em ambas as maxilas, cônicos, numerosos e de mesmo tamanho; nadadeira dorsal situada atrás do meio do corpo; linha lateral completa, 110 a 124 escamas. Corpo prateado; caudal negra e vermelha, com mácula mais escura na base dos raios caudais medianos. Espécie frequente e abundante nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, principalmente no período de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; os exemplares maiores são bastante interessantes na pesca esportiva; representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 118


CP 24,5 cm

NOME

COMUM:

candiru-açu.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: tsadahi uwawatsédé.

Cetopsis coecutiens (Lichtenstein, 1819).

FAMÍLIA: Cetopsidae.

TAMANHO: até 26,5 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: necrófaga, principalmente carne putrefata e peixes presos em redes. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo sem escamas ou placas, algo roliço; olhos pequenos, diminutos, sem margem orbital livre; boca distintamente inferior, dentes cônicos em três fileiras no pré-maxilar, uma no dentário; dentes também no palato; membranas branquiais unidas ao istmo; nadadeiras dorsal e peitorais com filamentos; caudal bilobada; sem nadadeira adiposa. Coloração do dorso cinza; ventre esbranquiçado. Corpo geralmente muito mucoso. Espécie que adentra o curso inferior de alguns riachos e córregos do PESA, em período de águas altas. IMPORTÂNCIA: alguns ribeirinhos consomem-na, mas, na maioria das vezes, pelo seu aspecto e comportamento, é rejeitada como alimento; em várias oportunidades, em casos de afogamento, exemplares desses peixes já foram encontrados dentro de cadáveres humanos. Seu hábito necrofágo a torna uma espécie de destaque nos rios amazônicos e elo importante na cadeia alimentar desses ambientes. 119


NOME

COMUM:

peixe-pedra.

NOME XAVANTE: pehöi rétede. NOME

CIENTÍFICO:

Bunocephalus sp.

FAMÍLIA: Aspredinidae. TAMANHO: até 7,3 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente peixes, invertebrados aquáticos e terrestres e restos orgânicos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: cabeça larga amplamente deprimida; corpo também deprimido; ambos com pele rugosa coberta por tubérculos queratinizados em vista dorsal (foto superior); superfície ventral lisa, desprovida de placas ou acúleos (foto inferior); corpo seguido por um pedúnculo caudal estreito, delgado; nadadeira dorsal com cinco raios; cintura escapular larga e forte; primeiro raio das peitorais com ganchos retrorsos; aberturas branquiais estreitas, reduzidas; três pares de barbilhões; boca terminal. Corpo de coloração mar rom-escura, com máculas negras. Espécie frequente e abundante nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: interessante para a aquariofilia; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde vive.

120

CP 7,1 cm


CP 6,5 cm

NOME

COMUM:

candiru.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe aurenhõwa uwa.

Ituglanis macunaima Datovo & Landim, 2005.

FAMÍLIA: Trichomycteridae.

TAMANHO: até 8,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: insetívora, principalmente insetos aquáticos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo alongado, sem escamas ou placas; boca terminal, cabeça algo deprimida; olho pequeno; opérculo relativamente grande; espinhos na região opercular (opérculo e interopérculo); barbilhão nasal no orifício anterior da narina e um par de barbilhões no canto da boca; nadadeira peitoral em contato com opérculo e interopérculo; dorsal sem espinho, atrás da metade do corpo; caudal levemente arredondada; peitoral i,4; pélvica i,4; caudal 5,5. Dorso e flanco do corpo marrons, com pequenas e numerosas pintas marrom-escuras; ventre creme. Hábitos noturnos. Vive entre raízes subaquáticas. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde se encontra.

121


CP 8,7 cm

NOME

COMUM:

candiru.

NOME

CIENTÍFICO:

Henonemus intermedius (Eigenmann & Eigenmann, 1889).

FAMÍLIA: Trichomycteridae.

TAMANHO: até 8,7 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: mucífaga e lepidófaga, i.e., comedora de muco e escamas de outros peixes. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo alongado, sem escamas ou placas; cabeça baixa, deprimida; boca larga, inferior, com numerosos dentes delicados em faixa ou fileira; espinhos no interopérculo e dois (espinhos) no opérculo; raios caudais procurrentes em pequeno número; nadadeira dorsal atrás da metade do corpo; origem da anal atrás da base da dorsal; olhos superiores, próximos um do outro; nadadeira caudal emarginada; nadadeira anal curta, 7 a 15 raios; nadadeira adiposa ausente. Dorso e flanco do corpo marrons-claros, com numerosas e pequenas pintas escuras; ventre creme. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde se encontra.

122


NOME

COMUM:

candiru.

NOME

CIENTÍFICO:

Ochmacanthus sp.

FAMÍLIA: Trichomycteridae. TAMANHO: até 5,8 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: mucífago, i.e., as espécies desse gênero são raspadoras do muco presente na superfície corporal dos demais peixes de seu ambiente. D IMORFISMO SEXUAL óbvios.

SECUNDÁRIO :

sem traços

COMENTÁRIOS: corpo alongado, sem escamas CP 4,2 cm ou placas; espinhos operculares e interoperculares presentes; cabeça baixa, deprimida; boca inferior, larga; numerosos dentes delicados em faixa ou fileiras; olhos superiores, próximos um do outro; nadadeira dorsal atrás da metade do corpo; numerosos raios procurrentes acessórios; origem da anal sob a base da dorsal; nadadeira caudal semelhante à de um girino; adiposa ausente. Coloração do corpo levemente amarronzada, uniforme, enegrecida apenas na parte dorsal posterior da cabeça, e algumas máculas negras no pedúnculo caudal e na caudal. Espécie rara nos riachos e córregos do PESA, mas comum nas lagoas marginais. IMPORTÂNCIA: além do seu interesse ecológico, pode-se dizer que essa é uma espécie relativamente desconhecida.

ã

123


CP 4,7 cm

NOME

COMUM:

candiru.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe atómrã uré udzé.

Parastegophilus sp.

FAMÍLIA: Trichomycteridae.

TAMANHO: até 4,7 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: mucífaga e lepidófaga, i.e., comedora de muco e escamas; raspa a pele do hospedeiro. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: pequeno porte; corpo alongado, sem escamas ou placas; espinhos na região opercular (opérculo e interopérculo); cabeça achatada; boca inferior, em forma de ventosa; dentes delicados, dispostos em fileiras nas maxilas; dois barbilhões no canto da boca; sem barbilhões nasais; olhos superiores, grandes; nadadeira dorsal atrás da metade do corpo; nadadeira caudal emarginada. Coloração dos flancos do corpo levemente amarelada; dorso amarelo-ferruginoso. Hábitos noturnos. Espécie frequente e abundante nos riachos e córregos e lagoas do PESA, especialmente nos cursos inferiores. IMPORTÂNCIA: ainda que não se tenha maiores informações sobre essa espécie, ela seguramente desempenha papel importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde vive.

124


CP 8,8 cm

NOME

COMUM:

candiru.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe awawi uré.

Pseudostegophilus sp.

FAMÍLIA: Trichomycteridae.

TAMANHO: até 10,5 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: mucífaga e lepidófaga, i.e., comedora de muco e escamas; raspa a pele do hospedeiro. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo alongado, mais ou menos alto, sem escamas ou placas; pedúnculo caudal delgado; cabeça baixa; olhos superiores, pequenos, próximos um do outro; espinhos no opérculo e interopérculo; boca inferior, larga; numerosos dentes delicados em faixa ou fileiras; nadadeira dorsal atrás da metade do corpo; origem da anal atrás da dorsal; caudal levemente furcada; adiposa ausente. Coloração geral do corpo creme, sobressaindo cinco faixas transversais largas marrons no dorso e flanco; dorsal e caudal com máculas marrons. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia.

125


CP 4,2 cm

NOME

COMUM:

candiru.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe auré dzadzú.

Vandellia cirrhosa Valenciennes, 1846.

FAMÍLIA: Trichomycteridae.

TAMANHO: até 17,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: exclusivamente hematófaga, i.e., alimenta-se de sangue; penetra na câmara branquial do hospedeiro, dilacerando vasos sanguíneos com seus dentes especializados. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo alongado, delgado, sem escamas ou placas; espinhos no opérculo e interopérculo; boca inferior, pequena, em forma de ventosa; cabeça baixa, um pouco achatada; mandíbula desprovida de dentes; olhos superiores, pequenos, próximos um do outro; nadadeira dorsal atrás da metade do corpo; nadadeira caudal levemente emarginada ou truncada; origem da anal sob a dorsal; adiposa ausente. Coloração do corpo amarelada, com pequenas máculas amarelo-gema, mais acentuadas no dorso; raios medianos da caudal algo enegrecidos. Hábitos noturnos. Pode penetrar na uretra de banhistas. Espécie frequente e abundante nos córregos do PESA, especialmente nos cursos inferiores. IMPORTÂNCIA: perigo em potencial aos banhistas.

126


CP 3,1 cm

NOME

COMUM:

cascudinho.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: tsinhõ érédanhõhui wa.

Aspidoras pauciradiatus (Weitzman & Nijssen, 1970).

FAMÍLIA: Callichthyidae.

TAMANHO: até 3,3 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres, algas e detritos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; as fêmeas atingem porte maior que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo coberto por placas ósseas, dispostas em duas séries no flanco; focinho arredondado; largura interorbital menor que a altura da cabeça medida na margem anterior da órbita; olhos relativamente grandes; placas nucais encontrando-se ao longo da linha mediano-dorsal; fontanela dupla, pequenas, arredondadas; nadadeira caudal furcada. Máculas negras ao longo do corpo e nas nadadeiras dorsal, adiposa e caudal, isoladas ou conectadas originando linhas. Espécie abundante nos trechos rasos dos riachos e córregos do PESA, desprotegidos da mata ripária, com capins de folhas estreitas nas margens e dentro d água. IMPORTÂNCIA: interessante espécie para a aquariofilia; representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 127


NOME

COMUM:

cascudinho.

NOME XAVANTE: pe waprú. NOME

CIENTÍFICO:

Brochis splendens (Castelnau, 1855).

FAMÍLIA: Callichthyidae. TAMANHO: até 6,5 mm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos, algas e detritos. D IMORFISMO SEXUAL óbvios.

SECUNDÁRIO :

sem traços CP 5,8 cm

COMENTÁRIOS: corpo coberto por placas ósseas, dispostas em duas séries no flanco;corpo e cabeça altos e comprimidos; dois pares de barbilhões rictais e um par de mentonianos no lábio inferior; focinho arredondado; largura interorbital menor que a altura da cabeça medida na margem anterior da órbita; olhos grandes; placas nucais não se encontrando ao longo da linha mediano-dorsal; nadadeira caudal algo emarginada, com o lóbulo superior maior; nadadeira dorsal com um acúleo e dez a doze raios ramificados. Cor de fundo amarelo-claro uniforme, sem máculas. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

128


NOME

COMUM:

cascudinho.

N OME

CIENTÍFICO :

Corydoras araguaiaensis Sands, 1990.

FAMÍLIA: Callichthyidae. TAMANHO: até 3,5 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente formas jovens e pequenas de insetos aquáticos e terrestres, algas e detritos. D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : sem traços óbvios, no entanto as fêmeas atingem porte maior que os machos. CP 3,0 cm COMENTÁRIOS: corpo coberto por placas ósseas, dispostas em duas séries no flanco; focinho arredondado (o que a diferencia facilmente de C. maculifer); largura interorbital menor que a altura da cabeça medida na margem anterior da órbita; barbilhões rictais curtos, não se prolongando muito além da abertura branquial; lábio inferior revertido para formar um único par de barbilhões; placas nucais não se encontrando ao longo da linha mediano-dorsal; coracóide mais ou menos expandido; fontanela frontal alongada e única; nadadeira caudal furcada. Máculas negras distribuídas pela região da cabeça e região pré-dorsal (o que também a diferencia de C. maculifer, que possui manchas alongadas e não arredondadas nessas mesmas áreas); linhas negras conspícuas distribuídas longitudinalmente pelo corpo e transversalmente nas nadadeiras caudal e dorsal; nas demais nadadeiras essa pigmentação não é tão evidente. Espécie abundante nos trechos rasos dos córregos do PESA que drenam para o rio das Mortes, desprotegidos da mata ripária, com capins de folhas estreitas nas margens e fundo arenoso.

IMPORTÂNCIA: grande potencial para a aquariofilia; representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 129


NOME

COMUM:

cascudinho.

NOME

CIENTÍFICO:

Corydoras maculifer Nijssen & Isbrücker, 1971.

FAMÍLIA: Callichthyidae. TAMANHO: até 3,5 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente formas jovens e pequenas de insetos aquáticos e terrestres, algas e detritos. D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : sem traços óbvios, no entanto as fêmeas atingem porte maior que os machos.

CP 3,0 cm

COMENTÁRIOS: corpo coberto por placas ósseas, dispostas em duas séries no flanco; focinho arredondado e um pouco alongado (o que a diferencia facilmente de C. araguaiaensis, que possui o focinho relativamente curto em comparação a ela); largura interorbital menor que a altura da cabeça medida na margem anterior da órbita; barbilhões rictais curtos, não se prolongando além da abertura branquial; lábio inferior revertido para formar um único par de barbilhões; placas nucais não se encontrando ao longo da linha mediano-dorsal; coracóide mais ou menos expandido; fontanela frontal alongada e única; nadadeira caudal furcada. Máculas negras alongadas e irregulares distribuídas nas regiões da cabeça e pré-dorsal (o que também a diferencia de C. araguaiaensis); linhas negras conspícuas distribuídas longitudinalmente pelo corpo e transversalmente nas nadadeiras caudal e dorsal; nas demais nadadeiras essa pigmentação não é tão evidente. Espécie abundante nos trechos rasos dos córregos do PESA que drenam para o rio das Mortes, desprotegidos da mata ripária, com capins de folhas estreitas nas margens e fundo arenoso. IMPORTÂNCIA: espécie com grande potencial para a aquariofilia; representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

130


CP 5,6 cm

NOME

COMUM:

tamoatá, tamboatá, cascudo.

NOME

CIENTÍFICO:

Megalechis personata (Ranzani, 1841).

NOME XAVANTE: tsinhõ éré rã. FAMÍLIA: Callichthyidae.

TAMANHO: até 12,4 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos, algas e detritos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo coberto por placas ósseas, dispostas em duas séries no flanco; boca pequena, um par de barbilhões em cada canto dela; focinho arredondado, largura interorbital menor que a altura da cabeça medida na margem anterior da órbita; placas nucais não se encontrando ao longo da linha mediano-dorsal; nadadeira dorsal com um acúleo e dez a doze raios ramificados; nadadeira caudal arredondada. Coloração geral do corpo marrom-escura, na qual sobressaem máculas negras. Espécie frequente e abundante nas lagoas marginais dos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar nos ambientes onde se encontra.

131


NOME

COMUM:

cascudinho.

NOME

CIENTÍFICO:

Hisonotus sp.

FAMÍLIA: Loricariidae. TAMANHO: até cerca de 5,0 cm de comprimento total. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas, perifíton e detritos orgânicos sobre o substrato. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

C O M E N T Á R I O S : pequeno porte; corpo alongado, recoberto com placas ósseas dispostas em várias séries, inclusive no pedúnculo caudal; cabeça algo deprimida; posição inferior da boca; olhos súpero-laterais, relativamente grandes: diâmetro menor que o espaço que o separa da superfície inferior da cabeça; ponte escapular exposta na superfície ventral (não coberta por pele); pedúnculo caudal de secção elíptica; dorsal I+7; adiposa ausente; peitorais longas, ultrapassanCP 2,2 cm do pelo menos metade das pélvicas. Nadadeiras com máculas negras tendendo a faixas, entremeadas por manchas/faixas brancas. Permanece aderida em ramos caídos na água ou plantas subaquáticas, em locais de águas limpas e correntes. Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia.

132


NOME

COMUM:

cascudinho.

NOME XAVANTE: pehöi re uptiira. NOME CIENTÍFICO: Parotocinclus britskii Boeseman, 1974. FAMÍLIA: Loricariidae. TAMANHO: até 3,5 cm de comprimento total. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas, perifiton e detritos orgânicos. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos. COMENTÁRIOS: pequeno porte; corpo recoberto com placas ósseas dispostas em várias séries, inclusive no pedúnculo caudal e região ventral; cabeça e corpo relativamente altos; ponte escapular exposta na superfície ventral; boca em posição inferior; pedúnculo caudal de secção elíptica; caudal i+14+i; trava da dorsal presente; adiposa presente. Corpo marrom, com várias faixas transversais negras; nadadeiras esbranquiçadas, com faixas negras. Espécie frequente e numerosa nos riachos e córregos do PESA.

CP 2,2 cm

IMPORTÂNCIA: pelo seu pequeno porte e beleza, essa espécie também se apresenta com bom potencial para aquariofilia. Importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

133


CP 10,7 cm

NOME

COMUM:

peixe-galho, cascudinho.

NOME

CIENTÍFICO:

Farlowella aff. oxyrryncha (Kner, 1853).

NOME XAVANTE: höiwidzaóné. FAMÍLIA: Loricariidae.

TAMANHO: até 23,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas, perifíton e detritos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo estreito e delgado, coberto com placas ósseas dispostas em várias séries; posição inferior da boca; focinho prolongado num rostro sem espinhos na ponta; seis a oito placas entre o supraoccipital e a nadadeira dorsal; placas ventrais grandes, apenas duas ou três séries longitudinais cobrindo o abdômen; comprimento da nadadeira peitoral pouco mais de uma vez o comprimento do focinho. Coloração do corpo marrom-escura, com dorso apenas marrom. Espécie frequente e numerosa nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: interessante para a aquariofilia; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde se encontra.

134


CP 12,3 cm

NOME

COMUM:

cascudo, cari.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pehöi réwawi.

Loricaria sp.1.

FAMÍLIA: Loricariidae.

TAMANHO: até 15,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas, frutos e sementes. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: cabeça e corpo achatados com placas ósseas dispostas em várias séries; pedúnculo caudal achatado, formando quilha nos lados, limitada por série única de placas; nadadeira adiposa ausente; lobos dos dentes espatulados; duas a cinco placas entre o supraoccipital e a dorsal; caudal com dez raios ramificados; estruturas filamentosas presentes na porção mediana do lábio inferior; dentes presentes em ambas as maxilas, com os do pré-maxilar longos, pelo menos duas vezes maiores que os do dentário. Coloração geral do corpo marrom-clara, na qual se destacam cinco faixas negras transversais conspícuas, largas (o que facilmente a diferencia de Loricaria sp.2, cujas faixas são menos conspícuas e estreitas, e de Loricaria sp.3, que não apresenta faixas). Espécie abundante nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 135


NOME

COMUM:

cascudo, cari, acari.

NOME XAVANTE: pehö réböpa. NOME

CIENTÍFICO:

Loricaria sp.2.

FAMÍLIA: Loricariidae. TAMANHO: até 15,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas, frutos e sementes. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: cabeça e corpo achatados com placas ósseas dispostas em várias séries; pedúnculo caudal achatado, formando quilha nos lados, limitada por série única de placas; nadadeira adiposa ausente; lobos dos dentes espatulados; duas a cinco placas entre o supraoccipital e a dorsal; caudal CP 11,8 cm com dez raios ramificados; estruturas filamentosas presentes na porção mediana do lábio inferior; dentes presentes em ambas as maxilas, com os do pré-maxilar longos, pelo menos duas vezes maiores que os do dentário; placas ausentes na superfície ventral. Coloração do corpo marrom-clara, com quatro faixas negras transversais estreitas (o que facilmente a diferencia de Loricaria sp.1, que possui faixas largas, e de Loricaria sp.3, que não apresenta faixas). Esta espécie, como as demais Loricariinae apresentadas neste manual, retém seus ovos (cor de ouro) junto à superfície ventral do corpo até o momento da eclosão (figura acima, inferior direita). Espécie abundante nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

136


CP 13,3 cm

NOME

COMUM:

cascudo, cari.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pehöi réurã.

Loricaria sp.3.

FAMÍLIA: Loricariidae.

TAMANHO: até 16,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas, frutos e sementes. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: cabeça e corpo achatados com placas ósseas dispostas em várias séries; pedúnculo caudal achatado, formando quilha nos lados, limitada por série única de placas; nadadeira adiposa ausente; lobos dos dentes espatulados; duas a cinco placas entre o supraoccipital e a dorsal; caudal com dez raios ramificados; estruturas filamentosas presentes na porção mediana do lábio inferior; dentes presentes em ambas as maxilas, com os do pré-maxilar longos, pelo menos duas vezes maiores que os do dentário. Coloração do corpo uniformemente amarelada, sobressaindo pequenas e numerosas máculas (pontos) marrons. Difere facilmente de Loricaria sp.1 e de Loricaria sp.2 por não apresentar faixas negras transversais no corpo. Espécie abundante nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra. 137


CP 6,0 cm

NOME

COMUM:

cascudo, cari, acari.

NOME

CIENTÍFICO:

Rineloricaria hasemani Isbrücker & Nijssen, 1979.

NOME XAVANTE: pehöi réwahi. FAMÍLIA: Loricariidae.

TAMANHO: até 13,7 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: iliófaga, principalmente algas e detritos orgânicos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo achatado, coberto com placas ósseas dispostas em várias séries; pedúnculo caudal achatado, formando uma quilha de cada lado; abdômen coberto de placas; lobos dos dentes espatulados; duas a cinco placas entre o supraoccipital e a dorsal; nadadeira adiposa ausente; caudal com filamentos compridos, especialmente no lobo superior. Coloração geral do corpo marrom-clara, com pequenas áreas esbranquiçadas; áreas escuras e esbranquiçadas nas nadadeiras, o que resulta em visual chamativo. Espécie bastante frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: espécie interessante para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra. 138


NOME

COMUM:

cascudo, cari, acari.

NOME XAVANTE: pehöi re dzarébéhi. NOME

CIENTÍFICO:

Spatuloricaria sp.

FAMÍLIA: Loricariidae. TAMANHO: até 18,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos, frutos, sementes e detritos. D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : no período reprodutivo os machos apresentam CP 15,4 cm cerdas na porção lateral da cabeça (figura c); é caráter transitório e não muito comum. Em vários anos de coletas realizadas pelo GEPEMA, um único exemplar macho foi amostrado com tal característica desenvolvida. COMENTÁRIOS: corpo achatado, coberto com placas ósseas dispostas em várias séries; pedúnculo caudal achatado, formando uma quilha de cada lado; duas a cinco placas entre o supraoccipital e a dorsal; nadadeira caudal com dez raios ramificados; boca inferior, dentes bilobados, com o lobo mediano muito maior que o lateral, ambos em forma de colher; área inferior do lábio posterior lisa ou com papilas, mas sem estruturas filamentosas, que podem ocorrer na borda do lábio; abdômen parcialmente nu; nadadeira adiposa ausente. Coloração do corpo uniformemente amarelada, com quatro a seis faixas transversais negras. Espécie frequente, mas não numerosa, nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

139


CP 15,1 cm

NOME

COMUM:

cascudo, cari, acari.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pehöi re watapa.

Sturisoma aff. nigrirostrum Fowler, 1940.

FAMÍLIA: Loricariidae.

TAMANHO: até 22,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: detritívora, detritos e matéria orgânica particulada. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

em período reprodutivo os machos apresentam cerdas nos lados da cabeça; é caráter transitório.

COMENTÁRIOS: corpo estreito e delgado, coberto com placas ósseas dispostas em várias séries; posição inferior da boca; focinho prolongado num rostro sem espinhos na ponta; seis a oito placas entre o supraoccipital e a nadadeira dorsal; placas ventrais grandes, apenas duas ou três séries longitudinais cobrindo o abdômen; nadadeira caudal com 12 raios ramificados; entalhe orbital ausente. Faixa negra larga na lateral do corpo; dorso marrom. Espécie frequente, mas pouco numerosa, nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde vive. 140


NOME

COMUM:

cascudo, cari, acari.

NOME XAVANTE: pehöi réatö. NOME

CIENTÍFICO: Hypostomus faveolus Zawadzki, Birindelli & Lima, 2008.

FAMÍLIA: Loricariidae. TAMANHO: até 20,6 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora: algas, perifíton e detritos orgânicos. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos. COMENTÁRIOS: corpo coberto com placas ósseas dispostas em várias séries; boca inferior; dentes em forma de Y; focinho revestido de placas pequenas; interopérculo pouco móvel, desprovido de cerdas; pedúnculo caudal alto; nadadeira dorsal com um acúleo e sete raios ramificados (I,7); adiposa presente. Várias CP 7,0 cm máculas amareladas, limitadas por linhas negras anastomosadas pelo corpo e nadadeiras,originando aspecto de retículos (o que a diferencia facilmente de Hypostomus sp.1 e Hypostomus sp.2). Espécie abundante nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

141


CP 10,5 cm

NOME

COMUM:

cascudo, cari.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pehöi re nhõihitö.

Hypostomus aff. cochliodon Kner, 1854.

FAMÍLIA: Loricariidae.

TAMANHO: até 13 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora: algas, perifíton e detritos orgânicos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo coberto com placas ósseas dispostas em várias séries; cabeça e corpo relativamente altos; pedúnculo caudal alto; focinho revestido de placas pequenas; interopérculo pouco móvel, desprovido de cerdas; posição inferior da boca; dentes com a coroa mediana muito larga, em forma de colher ou concha, a coroa lateral rudimentar ou ausente (o que a diferencia facilmente das demais espécies do gênero); nadadeira dorsal com um acúleo e sete raios ramificados (I,7); adiposa presente, precedida por um acúleo. Algumas máculas negras pelo corpo e nadadeiras; pedúnculo caudal cinza-amarelado. Espécie pouco frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar de peixes maiores. 142


NOME

COMUM:

cascudo, cari.

NOME XAVANTE: pehöi rédzarébépö. NOME

CIENTÍFICO:

Hypostomus sp.1.

FAMÍLIA: Loricariidae. TAMANHO: até 17,5 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora: algas, perifíton e detritos orgânicos. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos. COMENTÁRIOS: corpo coberto com placas ósseas dispostas em várias séries; posição inferior da boca; dentes na forma de Y; focinho revestido de placas pequenas; interopérculo pouco móvel, desprovido de cerdas; pedúnculo caudal alto; nadadeira dorsal com um acúleo e sete CP 14,1 cm raios ramificados (I,7); adiposa presente. Três barras negras oblíquas sobre o dorso e flanco (o que a diferencia facilmente de H. faveolus e Hypostomus sp.2); várias máculas negras pequenas distribuídas pelo corpo e nadadeiras. Espécie abundante nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

143


NOME

COMUM:

cascudo, cari, acari.

NOME XAVANTE: dawawi. NOME

CIENTÍFICO:

Hypostomus sp.2.

FAMÍLIA: Loricariidae. TAMANHO: até 15,4 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora: algas, perifíton e detritos orgânicos. D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos. COMENTÁRIOS: corpo coberto com placas ósseas dispostas em várias séries; boca em posição inferior; dentes na forma de Y; focinho revestido de placas pequenas; interopérculo pouco móvel, desprovido de cerdas; pedúnculo cauCP 10,2 cm dal alto; nadadeira dorsal com um acúleo e sete raios ramificados (I,7); adiposa presente, precedida por um acúleo. Várias máculas negras pelo corpo e nadadeiras limitadas por linhas claras (o que a diferencia facilmente de H. faveolus e Hypostomus sp.1). Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: pode ser consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

144


CP 7,3 cm

NOME

COMUM:

cascudo.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pehöi rétepêbö.

Pterygoplichthys cf. gibbiceps (Kner, 1854).

FAMÍLIA: Loricariidae.

TAMANHO: até 50,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora: algas, detritos e invertebrados a eles associados. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo coberto com placas ósseas dispostas em várias séries; posição inferior da boca; focinho revestido de placas pequenas; interopérculo pouco móvel, desprovido de cerdas; pedúnculo caudal alto; nadadeira dorsal com um acúleo e 11 a 14 raios ramificados (I,11-14); adiposa presente. Numerosas pequenas pintas amareladas (claras) pelo corpo e nadadeiras de coloração marrom-escura. Espécie pouco frequente nos córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; exemplares pequenos com ótimo potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 145


CP 25,0 cm

NOME

COMUM:

cascudo, cari.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pehöi rénhãmr .

Pterygoplichthys joselimaianus (Weber, 1991).

FAMÍLIA: Loricariidae.

TAMANHO: até 30,5 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora: algas, detritos e invertebrados a eles associados. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo coberto com placas ósseas dispostas em várias séries; posição inferior da boca; focinho revestido de placas pequenas; interopérculo pouco móvel, desprovido de cerdas; pedúnculo caudal alto; nadadeira dorsal com um acúleo e 11 a 14 raios ramificados (I,11-14); adiposa presente, precedida por um espinho. Coloração de fundo marrom, com numerosas linhas/ pintas claras pequenas disformes pelo corpo e nadadeiras. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; exemplares pequenos com ótimo potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 146


CP 10,0 cm

NOME

COMUM:

cascudo, cari, acari.

NOME

CIENTÍFICO:

Squaliforma emarginata (Valenciennes, 1840).

NOME XAVANTE: pehöi rénh rada. FAMÍLIA: Loricariidae.

TAMANHO: até 15,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora: algas, perifíton e detritos orgânicos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo coberto com placas ósseas dispostas em várias séries; posição inferior da boca (no detalhe da figura, boca em vista ventral); focinho revestido de placas pequenas; interopérculo pouco móvel, desprovido de cerdas; pedúnculo caudal alto; nadadeira dorsal com um acúleo e sete raios ramificados (I,7); adiposa presente, precedida por um acúleo. Numerosas máculas negras pequenas pelo corpo e nadadeiras de coloração creme; lobos da caudal de cor ferruginosa, especialmente o inferior. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra. 147


NOME

COMUM:

cascudo.

NOME XAVANTE: pehöi rédzatsu. NOME

CIENTÍFICO:

Hemiancistrus spilomma Cardoso & Lucinda, 2003.

FAMÍLIA: Loricariidae. TAMANHO: até 13,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: costumam se alimentar de algas que se encontram presas sobre rochas. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: machos com espinho da nadadeira peitoral e odontodes maiores que os das fêmeas. COMENTÁRIOS: corpo coberto com placas ósseas dispostas em várias séries; posição inferior da boca; focinho revestido de placas pequenas; região interopercular provida de ganchos fortes que podem se eriçar graças a um mecanismo especial de movimenCP 10,3 cm tação do interopérculo; pedúnculo caudal alto; nadadeira dorsal com um acúleo e sete raios ramificados (I+7); adiposa presente, precedida por acúleo. Máculas negras difusas pelo corpo. Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde é encontrada.

148


CP 2,8 cm

NOME

COMUM:

bagrinho.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: tsadahinhãmr .

Microglanis sp.

FAMÍLIA: Pseudopimelodidae.

TAMANHO: até 5,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente pequenos invertebrados, larvas e adultos de insetos aquáticos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo curto, sem escamas ou placas, algo roliço; cabeça aproximadamente tão larga quanto comprida, de topo liso; boca relativamente larga, terminal, com placas dentígeras no dentário e pré-maxilar; placa do pré-maxilar arredondada posteriormente; palato sem dentes; olhos pequenos, sem margem orbital livre; três pares de barbilhões curtos; membranas branquiais livres entre si e do istmo; acúleo da dorsal forte, desenvolvido; adiposa bem desenvolvida, de borda distal com máculas e manchas brancas. Coloração do corpo marrom uniforme, com alguns pontos negros espalhados; dorsal e caudal com faixas negras e claras mais ou menos definidas. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde é encontrada. 149


CP 8,1 cm

NOME

COMUM:

jauzinho.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: tsadahi uwa.

Pseudopimelodus cf. pulcher (Boulenger, 1887).

FAMÍLIA: Pseudopimelodidae.

TAMANHO: até 8,7 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente pequenos invertebrados e peixes. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo curto, sem escamas ou placas, algo roliço; cabeça aproximadamente tão larga quanto comprida, de topo liso; boca relativamente larga, terminal, com placas dentígeras no dentário e pré-maxilar; placa do pré-maxilar com projeção para trás; palato sem dentes; olhos pequenos, sem margem orbital livre; três pares de barbilhões curtos; membranas branquiais livres entre si e do istmo; acúleo da dorsal forte, desenvolvido; adiposa bem desenvolvida. Coloração do corpo algo ferruginosa, sobressaindo-se quatro barras negras transversais; nadadeiras dorsal, adiposa, caudal, anal, peitorais e pélvicas com faixas negras e claras. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA; comum no inferior, principalmente em períodos de águas altas. IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 150


CP 6,3 cm

NOME

COMUM:

bagrinho.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: tsadahire.

Imparfinis mirini Haseman, 1911.

FAMÍLIA: Heptapteridae.

TAMANHO: até 8,5 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: larvófaga, principalmente larvas de insetos aquáticos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo sem escamas ou placas; cabeça algo deprimida; fontanela longa e estreita, estendida até o supraoccipital; três pares de barbilhões; boca terminal, placas dentígeras no dentário e pré-maxilar; palato sem dentes; olhos pequenos, superiores, com margem livre; acúleo da peitoral fraco; caudal bifurcada, com lobos pontudos; ventral não alcançando a anal; anal curta, 11 a 15 raios. Corpo castanho-acinzentado, com barras transversais mais escuras no dorso. Espécie frequente, mas não abundante, nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: elo importante na cadeia alimentar dos ambientes em que se encontra e é potencialmente interessante para a aquariofilia.

151


CP 2,8 cm

NOME

COMUM:

bagrinho.

NOME

CIENTÍFICO:

Mastiglanis asopos Bockmann, 1994.

FAMÍLIA: Heptapteridae. TAMANHO: até 6,6 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: larvófaga, principalmente larvas de insetos aquáticos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo pequeno, sem escamas; três pares de barbilhões, o maxilar alcançando a adiposa; boca ventral, maxila mais longa que mandíbula; placas dentígeras no dentário e pré-maxilar; cabeça deprimida, coberta por pele; fontanela alcançando a base do processo supraoccipital, que é bem desenvolvido e largo; olhos grandes; primeiros espinhos da dorsal e peitorais extremamente alongados; dorsal i,6; anal 9-10 raios; adiposa triangular, bem desenvolvida; nadadeira caudal bifurcada, com lobos algo arredondados. Corpo praticamente sem pigmentação, exceto sobre a cabeça; cromatóforos em pequeno número e dispersos sobre a linha lateral e acima dela. Espécie frequente e sazonalmente abundante (final de cheias), nos riachos e córregos do PESA drenados para o rio das Mortes. IMPORTÂNCIA: da mesma forma que as demais espécies aqui relacionadas, desempenha papel importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde se encontra. 152


CP 5,3 cm

NOME

COMUM:

bagrinho.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe a uhui rã.

Phenacorhamdia somnians (Mees, 1974).

FAMÍLIA: Heptapteridae.

TAMANHO: até 6,3 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente larvas e adultos de insetos aquáticos, pedaços de folhas e frutos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo alongado, sem escamas ou placas; cabeça algo deprimida; mandíbula prognata; fontanela longa e estreita, prolongando-se sobre o supraoccipital; três pares de barbilhões, o maxilar curto; boca terminal, placas dentígeras no dentário e pré-maxilar; acúleos da dorsal e das peitorais frágeis, não pungentes; olho pequeno, dorsal, sem margem livre; base da adiposa aproximadamente igual à da anal; caudal bifurcada, com lobos pontudos; nadadeira anal curta, cerca de 11 raios. Coloração castanho-escuro no dorso e flancos, homogênea; lobo inferior da caudal enegrecido. Espécie frequente, mas não numerosa, nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: elo importante na cadeia alimentar dos ambientes em que se encontra e potencialmente interessante para a aquariofilia.

153


NOME

COMUM:

mandi, mandi-chorão, mandizinho.

NOME XAVANTE: tsadahiwawi. NOME

CIENTÍFICO:

Pimelodella sp.1.

FAMÍLIA: Heptapteridae. TAMANHO: até 10,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente larvas de insetos e insetos adultos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

CP 7,2 cm

sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo alongado, sem escamas ou placas; cabeça relativamente alta; fontanela longa e estreita, estendida até o supraoccipital; olhos grandes, superiores, com margem livre; processo occipital longo e estreito, atingindo a placa pré-dorsal; três pares de barbilhões, dos quais o maxilar é maior que o comprimento do corpo; boca larga; placas de dentes no pré-maxilar e dentário; palato sem dentes; primeiro raio da dorsal e das peitorais transformados em acúleos; nadadeira caudal bifurcada, com lobo inferior arredondado, estreito (o que a diferencia facilmente de Pimelodella sp.2 e Pimelodella sp.3); base da adiposa mais longa que a da anal, cerca de 2 a 4 vezes no comprimento do corpo (o que também a distingue de Pimelodella sp.3). Coloração do corpo creme-claro, com estreita faixa negra longitudinal no flanco, desde o focinho (o que a distingue prontamente de Pimelodella sp.2). Espécie frequente e numerosa nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

154


CP 12,5 cm

NOME

COMUM:

mandi, mandi-chorão, mandi-mole.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: tsadahiwatatsupapê.

Pimelodella sp.2.

FAMÍLIA: Heptapteridae.

TAMANHO: até 15,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente larvas de insetos e insetos adultos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo alongado, sem escamas ou placas; cabeça relativamente alta; fontanela longa e estreita, estendida até o supraoccipital; olhos grandes, superiores, com margem livre; processo occipital longo e estreito, atingindo a placa pré-dorsal; três pares de barbilhões, dos quais o maxilar é bem maior; boca larga; placas de dentes no pré-maxilar e dentário; palato sem dentes; base da adiposa mais longa que a da anal, cerca de 2 a 4 vezes no comprimento do corpo (o que a diferencia facilmente de Pimelodella sp.3); primeiro raio da dorsal e das peitorais transformados em acúleos; nadadeira caudal bifurcada, com lobo superior bem mais desenvolvido que o inferior (o que a distingue prontamente de Pimelodella sp.1 e Pimelodella sp.3). Coloração geral cinza-amarelado. Espécie frequente nos cursos inferiores dos córregos do PESA, onde adentra principalmente em período de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra. 155


CP 12,6 cm

NOME

COMUM:

mandi-chorão, mandi-mole.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: tsadahi watahöbö.

Pimelodella sp.3.

FAMÍLIA: Heptapteridae.

TAMANHO: até 16,7 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente larvas de insetos e insetos adultos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo alongado, sem escamas ou placas; cabeça relativamente alta; fontanela longa e estreita, estendida até o supraoccipital; olhos grandes, superiores, com margem livre; processo occipital longo e estreito, atingindo a placa pré-dorsal; três pares de barbilhões, dos quais o maxilar é maior que o comprimento do corpo; boca larga; placas de dentes no pré-maxilar e dentário; palato sem dentes; primeiro raio da dorsal e das peitorais transformados em acúleos; base da adiposa cerca de duas vezes mais longa que a base da anal e cerca de 2,3 vezes o comprimento do corpo (o que a diferencia facilmente de Pimelodella sp.1 e Pimelodella sp.2); nadadeira caudal bifurcada, com lobo inferior largo e arredondado (o que também a distingue prontamente de Pimelodella sp.1 e Pimelodella sp.2), superior pontudo. Corpo acinzentado, com estreita faixa longitudinal negra nos flancos. Espécie pouco frequente em córrego do PESA, integrante da bacia do rio das Mortes. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra. 156


CP 8,0 cm

NOME

COMUM:

bagre.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: tsadahi uwahöirã.

Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard, 1824).

FAMÍLIA: Heptapteridae. TAMANHO: até 38,7 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente larvas e adultos de insetos aquáticos, vermes e peixes. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto, sem escamas; cabeça algo deprimida; processo occipital estreito e curto, não atingindo a placa pré-dorsal; fontanela interrompida no nível da borda posterior do olho; olhos grandes, superiores, com margem livre; boca terminal; placas dentígeras no dentário e no pré-maxilar; palato sem dentes; três pares de barbilhões; primeiro raio da dorsal e das peitorais transformados em acúleos, porém não pungentes; nadadeira caudal com lóbulos largos. Coloração do corpo marrom, com numerosas manchas mais escuras difusas. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra. 157


CP 19,5 cm

NOME

COMUM:

jiripoca, jurupoca.

NOME

CIENTÍFICO:

Hemisorubim platyrhynchos (Valenciennes in Cuvier & Valenciennes, 1840).

NOME XAVANTE: tsadahirã. FAMÍLIA: Pimelodidae.

TAMANHO: até 60,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente peixes e camarões. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo sem escamas ou placas, alongado; cabeça achatada; crânio coberto com pele; olhos relativamente grandes e dorsais; mandíbula mais longa que a maxila; faixa de dentes pré-maxilares muito estreita no meio; dentes vomerianos formando uma área única, muito mais larga que a do pré-maxilar; área de dentes do pterigóide contígua à do vômer; três pares de barbilhões; abertura branquial ampla; caudal bifurcada, com o lobo inferior mais largo; origem da dorsal equidistante da ponta do focinho à porção posterior da adiposa. Numerosas máculas negras, rodeadas por áreas esbranquiçadas estreitas ou largas, pelo corpo; ventre completamente esbranquiçado. Espécie encontrada em baixa frequência nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, onde adentra principalmente em período de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 158


CP 9,9 cm

NOME

COMUM:

mandi-prata, mandi-do-canal.

NOME

CIENTÍFICO:

Megalonema platycephalum Eigenmann, 1912.

NOME XAVANTE: tsadahi uptede. FAMÍLIA: Pimelodidae.

TAMANHO: até 30,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente peixes e larvas e insetos adultos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; a fêmea atinge maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo alongado, sem escamas ou placas; topo da cabeça coberta de pele fina; processo occipital longo e estreito, quase atingindo a placa pré-dorsal; maxila superior ultrapassando a mandíbula; dentes pré-maxilares parcialmente fora da boca; palato sem dentes; olhos grandes, superiores, com margem livre; três pares de barbilhões algo achatados; primeiro raio da dorsal e das peitorais mole, não pungente, tão longo ou mais longo que os raios posteriores; base da adiposa longa, cerca de duas vezes a base da anal; distância entre as nadadeiras dorsal e adiposa maior que a base da dorsal; caudal bilobada, lobos pontudos. Corpo uniformemente amarelo-prateado. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA; ocorre nos cursos inferiores, principalmente na época das águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra. 159


NOME

COMUM:

mandi.

NOME XAVANTE: tsadahi. NOME

CIENTÍFICO:

Pimelodus cf. blochii (Valenciennes in Cuvier & Valenciennes, 1840).

FAMÍLIA: Pimelodidae. TAMANHO: até 35,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente peixes, insetos aquáticos e terrestres e detritos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

CP 20,0 cm

sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo alto, sem escamas; cabeça relativamente alta; processo occipital forte, largo na base, em contato com a placa pré-dorsal; fontanela larga, estendida até o nível posterior da órbita; olhos grandes, em posição súpero-lateral, com margem livre; boca larga, lábio superior sem margem livre dorso-lateral; placas de dentes no pré-maxilar e dentário; palato sem dentes; três pares de barbilhões, dos quais o maxilar é maior que o comprimento padrão; acúleo da dorsal e das peitorais forte e pungente; base da adiposa mais longa que a da anal; anal com 11 a 13 raios; caudal bifurcada, lobo superior mais desenvolvido. Coloração amarelo-prateada homogênea; mácula na placa pré-dorsal. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas comum no inferior, principalmente em período de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

160


CP 12,8 cm

NOME

COMUM:

mandi.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: tsadahinhõi iuptó.

Propimelodus araguayae Rocha, Oliveira & Py-Daniel, 2007.

FAMÍLIA: Pimelodidae.

TAMANHO: até 15,3 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente peixes, insetos e detritos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo alto, sem escamas ou placas; cabeça relativamente alta; processo occipital forte, largo na base, em contato com a placa pré-dorsal; fontanela larga, estendida até o nível posterior da órbita; olhos grandes, superiores, com margem livre; boca subinferior; placas de dentes no pré-maxilar e dentário; palato sem dentes; três pares de barbilhões, dos quais o par maxilar é tão comprido quanto o comprimento do corpo; acúleo da dorsal e das peitorais forte e pungente; base da adiposa mais longa que a da anal; nadadeira caudal bifurcada, com lobo superior mais alongado. Coloração do corpo creme; mácula negra na placa pré-dorsal e na dorsal. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas comum no inferior, principalmente em período de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 161


CP 27,6 cm

NOME

COMUM:

bico-de-pato.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pedzadaba are.

Sorubim lima (Bloch & Schneider, 1801).

FAMÍLIA: Pimelodidae.

TAMANHO: até 50,5 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: piscívora, i.e., comedora de peixes. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo alongado, sem escamas ou placas; cabeça longa e extremamente deprimida; boca inferior, maxila superior muito mais longa que a mandíbula; área de dentes pré-maxilares em forma de meia lua; palato com dentes; olho em posição lateral; três pares de barbilhões, curtos; acúleos da dorsal e das peitorais fraco, não pungentes; nadadeira caudal bifurcada, com lobo inferior arredondado. Dorso castanho-escuro a negro, abaixo da linha lateral uniformemente esbranquiçado; listra clara da altura do olho até o lobo superior da caudal; faixa lateral negra no flanco. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas adentra o inferior em período de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde vive. 162


NOME

COMUM:

mandi-serra, armal.

NOME XAVANTE: tsadahi watséde. NOME

CIENTÍFICO:

Anadoras regani (Steindachner, 1908).

FAMÍLIA: Doradidae. TAMANHO: até 11,0 cm de comprimento padrão. A LIMENTAÇÃO : omnívora, principalmente moluscos, insetos aquáticos e terrestres e frutos. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.

CP 4,2 cm

COMENTÁRIOS: corpo curto, alto, sem escamas, com uma fileira de placas ósseas em cada lado; cada placa provida de um espinho voltado para trás; cabeça pouco achatada, mais comprida que larga; olhos relativamente grandes, superiores, com margem livre; processo occipital forte, largo na base, em contato com a placa pré-dorsal; processo do coracóide mais curto que o processo umeral; lacrimal sem espinhos; três pares de barbilhões; base da nadadeira adiposa mais curta que a da anal; acúleos da dorsal e das peitorais fortes e pungentes; caudal entalhada. Manchas marrons no corpo amarelado; máculas negras nas nadadeiras dorsal, caudal e anal. Espécie pouco frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, onde aparece em período de águas altas. IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde se encontra.

163


CP 13,0 cm

NOME

COMUM:

mandi-boca-de-flor.

NOME

CIENTÍFICO:

Hassar orestis (Steindachner, 1875).

NOME XAVANTE: tsadahiböpa. FAMÍLIA: Doradidae.

TAMANHO: até 20,6 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos, frutos e detritos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo alongado, com uma fileira de placas ósseas em cada lado; cada placa provida de um espinho voltado para trás; região mediana do dorso sem placas; focinho subcônico; boca relativamente pequena, lábios franjados (detalhe na figura); olhos grandes, superiores, com margem livre, cabendo cerca de duas vezes no focinho (o que a diferencia facilmente de H. wilderi); diâmetro horizontal da órbita maior que o vertical; processo occipital forte, largo na base, em contato com a placa prédorsal; acúleos da dorsal e das peitorais fortes e pungentes. Corpo acinzentado; mácula no terço proximal do acúleo da dorsal (o que também a distingue facilmente de H. wilderi); nadadeira caudal bifurcada, com faixas enegrecidas. Espécie comum no curso inferior dos riachos e córregos do PESA, principalmente em período de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia. 164


CP 13,4 cm

NOME

COMUM:

mandi-boca-de-flor.

NOME

CIENTÍFICO:

Hassar wilderi Kindle, 1895.

NOME XAVANTE: tsadahi atö. FAMÍLIA: Doradidae.

TAMANHO: até 25,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos, frutos e detritos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto, com uma fileira de placas ósseas em cada lado; cada placa provida de um espinho voltado para trás; região mediana do dorso sem placas; cabeça cônica, boca subinferior, pequena, barbilhões franjados (detalhe na figura); olhos grandes, em posição súpero-lateral, com margem livre, cabendo mais de três vezes no focinho (o que a diferencia facilmente de H. orestis); processo occipital forte, largo na base, em contato com a placa pré-dorsal; acúleos da dorsal e das peitorais fortes e pungentes; nadadeira caudal bifurcada. Corpo creme-esbranquiçado; mácula negra grande na porção superior dos primeiros raios moles da dorsal (o que também a distingue facilmente de H. orestis). Espécie comum no curso inferior dos riachos e córregos do PESA, principalmente em período de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia. 165


CP 15,2 cm

NOME

COMUM:

mandi-boca-de-flor.

NOME

CIENTÍFICO:

Leptodoras cf. cataniai Sabaj, 2005.

NOME XAVANTE: tsadahi udzé. FAMÍLIA: Doradidae.

TAMANHO: até 19,4 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos, frutos e detritos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo alongado, estreito, fusiforme, com uma fileira de placas ósseas largas em cada lado; cada placa provém de um espinho voltado para trás; região mediana do dorso sem placas; cabeça subcônica; boca pequena, barbilhões conectados por membrana ampla, formando lábios franjados (detalhe da porção ventral da cabeça na figura acima); olhos grandes, em posição súpero-lateral, com margem livre; processo occipital forte, largo na base, em contato com a placa pré-dorsal; acúleos da dorsal e das peitorais fortes e pungentes; origem da ventral mais próxima do focinho que da caudal; nadadeira caudal bifurcada. Coloração do corpo creme-esbranquiçado; mácula negra no terço distal dos primeiros raios moles da dorsal. Espécie comum no curso inferior dos riachos e córregos do PESA, principalmente em período de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia. 166


CP 27,3 cm

NOME

COMUM:

mandubé, fidalgo, boca-larga.

NOME

CIENTÍFICO:

Ageneiosus inermis (Linnaeus, 1766).

NOME XAVANTE: tsadahirã. FAMÍLIA: Auchenipteridae.

TAMANHO: até 47,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: piscívora, i.e., alimenta-se de peixes. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

os machos apresentam o barbilhão maxilar em forma de espinhos curvos.

COMENTÁRIOS: corpo recoberto por couro, sem placas ou escamas; um par de barbilhões maxilares; cabeça achatada; nadadeira dorsal inserida logo atrás da cabeça; olhos em posição lateral, sem margem orbital livre; boca inferior; membranas branquiais unidas ao istmo. Coloração do dorso cinza; flancos e ventre esbranquiçados; nadadeira caudal emarginada, com margem distal negra. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas adentra o inferior em período de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde vive.

167


CP 14,7 cm

NOME

COMUM:

mandi, mandubé, fidalguinho.

NOME

CIENTÍFICO:

Auchenipterus nuchalis (Spix & Agassiz, 1829).

NOME XAVANTE: tsadahihöirã. FAMÍLIA: Auchenipteridae.

TAMANHO: até 27,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente insetos aquáticos e pequenos crustáceos. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos adultos, no período de reprodução, com barbilhão maxilar ossificado e com o acúleo da dorsal e os primeiros raios da anal alongados e modificados (foto: exemplar macho). COMENTÁRIOS: corpo sem escamas ou placas, alongado e comprimido; olhos grandes e laterais; cabeça alta; crânio coberto com pele; posição anterior da dorsal, logo atrás da cabeça; escudo pré-dorsal fortemente unido ao crânio; abertura branquial pequena; anal longa, 32 a 48 raios; caudal bifurcada; adiposa pequena, muito distante da dorsal. Coloração esbranquiçada nos flancos e ventre; dorso cinza-amarelado; caudal com margem negra. Espécie encontrada em baixa frequência nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, onde adentra principalmente em período de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 168


NOME

COMUM:

cachorro-do-padre, jauzinho.

NOME XAVANTE: tsadahidzarébé. NOME

CIENTÍFICO:

Parauchenipterus galeatus (Linnaeus, 1758).

FAMÍLIA: Auchenipteridae. TAMANHO: até 25,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente peixes e insetos. D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : os machos adultos, no período de reprodução, apresentam espessamento no primeiro raio da nadadeira anal.

CP 14,7 cm

COMENTÁRIOS: corpo sem escamas ou placas, denso, ligeiramente comprimido na porção superior; cabeça tão larga quanto comprida; escudo pré-dorsal fortemente unido ao crânio; olhos pequenos, em posição súpero-lateral; mandíbula longa, ultrapassando um pouco a maxila; abertura branquial pequena; posição anterior da dorsal, logo atrás da cabeça; adiposa pequena, muito distante da dorsal; anal 24 a 27 raios; caudal obliquamente truncada. Corpo marrom; nadadeiras marrons com faixas escuras e áreas esbranquiçadas. Espécie encontrada em baixa frequência nas lagoas marginais e nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, onde adentra principalmente em período de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

169


Fotos: Genito Santos

NOME

COMUM:

poraquê, treme-treme, peixe-elétrico.

NOME

CIENTÍFICO:

Electrophorus electricus (Linnaeus, 1766).

CT 150,0 cm

NOME XAVANTE: upi. FAMÍLIA: Gymnotidae.

TAMANHO: até 250,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente peixes e insetos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: Integra o grupo dos peixes elétricos. Espécie mais fortemente elétrica da família, capaz de provocar choques de 500600 volts. É predadora, de hábitos noturnos. Possui órgão oral vascularizado, importante na respiração. Respiração aérea obrigatória, necessitando vir à tona para abocanhar ar a intervalos curtos (conforme mostrado na figura acima à direita). O poraquê tem o corpo mais ou menos cilíndrico, cabeça deprimida e boca terminal; olhos diminutos; não possui escamas. Espécie freqüente no PESA, mas pouco numerosa, ocorrendo especialmente em ambientes lênticos e com muita vegetação aquática. IMPORTÂNCIA: pouco consumida como alimento; aquariofilia.

170


CT 6,4 cm

NOME

COMUM:

languira, tuvira, sarapó, carapó.

NOME

CIENTÍFICO:

Gymnotus cf. carapo Linnaeus, 1758.

NOME XAVANTE: paipé. FAMÍLIA: Gymnotidae.

TAMANHO: até 50,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente larvas de insetos aquáticos e de peixes e pequenos peixes. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: integra o grupo de peixes elétricos, i.e., possui órgãos elétricos e eletrorreceptores: produz um campo elétrico ao redor do corpo e detecta qualquer objeto que penetre nesse campo; emite descargas elétricas de baixa intensidade. Corpo muito alongado, recoberto por escamas ciclóides; abertura branquial muito estreita; nadadeira anal longa estendida até a extremidade do corpo; nadadeiras caudal e pélvicas ausentes; boca voltada para cima (prognata). Coloração do corpo marrom-escuro com numerosas faixas oblíquas claras. Espécie frequente nas lagoas dos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; representa uma importante espécie no comércio de iscas vivas para pesca amadora; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde está presente.

171


CT 14,5 cm

NOME

COMUM:

tuvira, peixe-folha.

NOME

CIENTÍFICO:

Eigenmannia cf. trilineata López & Castello, 1966.

NOME XAVANTE: paipé uwa. FAMÍLIA: Sternopygidae.

TAMANHO: até 25,0 cm de comprimento total. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente insetos aquáticos e protozoários. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: integra o grupo de peixes elétricos, i.e., possui órgãos elétricos, portanto, produz um campo elétrico e descargas elétricas; as descargas são de baixa intensidade. Corpo lateralmente comprimido, recoberto por escamas ciclóides e translúcido em vida, destacando-se três listras longitudinais escuras; nadadeira anal muito longa e pedúnculo caudal terminando em ponta fina (pedúnculo caudal como cauda de rato); focinho curto, boca terminal ou subinferior com dentes; olho sem margem orbital livre (o que a diferencia facilmente de Sternopygus macrurus); narinas anteriores, localizadas na região dorsal do focinho. Espécie abundante nos riachos e córregos do PESA, vivendo entre capins de folhas finas e raízes submersas. IMPORTÂNCIA: espécie com potencial para aquariofilia; elo importante nos ambientes onde vive.

172


CT 12,4 cm

NOME

COMUM:

tuvira, peixe-folha.

NOME

CIENTÍFICO:

Sternopygus macrurus (Bloch & Schneider, 1801).

NOME XAVANTE: pe úbún . FAMÍLIA: Sternopygidae.

TAMANHO: até 140,5 cm de comprimento total. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente larvas e insetos aquáticos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: integra o grupo de peixes elétricos, i.e., possuem órgãos elétricos, portanto, produzem um campo elétrico e descargas elétricas; as descargas são de baixa intensidade. Corpo lateralmente comprimido e recoberto por escamas ciclóides; nadadeira anal muito longa e pedúnculo caudal terminando em ponta fina (pedúnculo caudal como cauda de rato); olho com margem orbital livre, i.e., a pele da cabeça invagina-se em redor do olho, formando um sulco em torno dele (o que a diferencia facilmente de Eigenmannia cf. trilineata); focinho curto e boca subinferior. Coloração marrom-escuro, homogênea. Espécie frequente e relativamente abundante nos riachos e córregos do PESA; vive junto às raízes submersas e plantas aquáticas, do tipo capins de folhas finas. IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde vive.

173


CT 14,6 cm

NOME

COMUM:

peixe-da-areia, languira, tuvira, ituí.

NOME

CIENTÍFICO:

Gymnorhamphichthys petiti Géry & Vu-Tân-Tuê, 1964.

NOME XAVANTE: paipedzarébé. FAMÍLIA: Rhamphichthyidae.

TAMANHO: até 30,0 cm de comprimento total. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente larvas de insetos aquáticos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: integra o grupo de peixes elétricos, i.e., possui órgãos elétricos, portanto, produz um campo elétrico e descargas elétricas; as descargas são de baixa intensidade. Corpo lateralmente comprimido, recoberto por escamas ciclóides apenas na porção posterior; focinho relativamente longo, reto; boca pequena, terminal, sem dentes; olho sem margem orbital livre; nadadeira anal longa e pedúnculo caudal terminando em ponta fina (pedúnculo caudal como cauda de rato). Coloração cremeclaro no flanco; dorso amarelado, com numerosas manchas negras; pedúnculo caudal negro; corpo translúcido em vida. Ocupa microambiente especializado: vive enterrada na areia durante o dia. Espécie comum nos riachos e córregos do PESA, integrantes da bacia do rio das Mortes. IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde é encontrada.

174


CT 15,6 cm

NOME

COMUM:

ituí-cavalo.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe úbún rã.

Apteronotus albifrons (Linnaeus, 1766).

FAMÍLIA: Apteronotidae.

TAMANHO: até 50,0 cm de comprimento total. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos, pedaços de folhas e flores. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: Juntamente com outras espécies de Gymnotiformes, possui a capacidade de produzir campo elétrico ao redor de seu corpo, cuja função é auxiliar o animal na localização no ambiente, do alimento e na fuga do ataque de predadores. Corpo comprimido, recoberto por escamas ciclóides, pequenas; focinho curto, boca terminal, fenda bucal longa, ângulo da boca alcançando a vertical da margem anterior do olho; pedúnculo caudal curto, com uma pequena nadadeira caudal; anal longa, 150 a 170 raios. Coloração do corpo marrom-escuro, com três faixas/máculas brancas transversais características situadas na parte posterior, a primeira bem mais larga que as demais. Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA, sendo facilmente capturada entre touceiras de plantas aquáticas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; explorada na aquariofilia; representa espécie importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 175


NOME

COMUM:

trairinha, rívulo.

NOME

CIENTÍFICO:

Rivulus zigonectes Myers,

1927. FAMÍLIA: Rivulidae. TAMANHO: até 4,0 cm de comprimento total. ALIMENTAÇÃO: insetívora, principalmente insetos terrestres. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : nas fêmeas, a ponta da nadadeira ventral atinge apenas o ânus, ficando distante da origem da anal; nos machos, a ponta da ventral atinge a origem da nadadeira anal; além disso, as fêmeas apresentam um padrão CT de colorido ligeiramente distinto, com listras negras transversais e uma mancha ocelar na base do lobo superior da nadadeira caudal. As fêmeas atingem maior porte que os machos.

4,0 cm;

3,0 cm

COMENTÁRIOS: porte pequeno; corpo recoberto por escamas ciclóides, inclusive na cabeça; boca voltada para cima (prognata); prémaxilar protráctil; nadadeiras pélvicas pequenas e em posição abdominal (ventrais); dorsal em posição bem posterior, além da origem da anal; caudal arredondada; não possui nadadeira adiposa. Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA e especialmente abundante nos cursos superiores. Também é bastante comum nas veredas, ambientes característicos do Cerrado do Brasil Central. IMPORTÂNCIA: representa um importante elo na cadeia alimentar dos ambientes onde vive; pelo seu belo padrão de colorido, é muito apreciada na aquariofilia.

176


NOME

COMUM:

barrigudinho.

NOME XAVANTE: pe aduptöire. NOME CIENTÍFICO: Pamphorichthys araguaiensis Costa, 1991. FAMÍLIA: Poeciliidae. TAMANHO: até 3,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: insetívora, principalmente larvas e adultos de insetos. D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : os machos apresentam gonopódio, órgão copulador que é uma modificação permanente da nadadeira anal; além disso, são menores e mais coloridos (vide fotos). COMENTÁRIOS: porte pequeno; corpo recoberto por escamas ciclóides, presentes inclusive na cabeça; pré-maxilar protráctil; base da nadadeira pélvica do macho deslocada para frente, situando-se sob a abertura opercular; sua ponta ultrapassando a origem da anal; segundo raio da anal expandido na sua porção distal em forma de lança de ponta assimétrica; base da nadadeira anal do macho (gonopódio) deslocada para frente, sua ponta alcançando além da base da dorsal. Manchas negra e amarelada na nadadeira dorsal dos machos. Espécie frequente e abundante nas lagoas marginais dos córregos e nas veredas do PESA. IMPORTÂNCIA: aquariofilia; controle de larvas aquáticas de insetos; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde vive.

177


CP 32,5 cm

NOME

COMUM:

agulha.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pêpawata wamhi.

Pseudotylosurus microps (Günther, 1866).

FAMÍLIA: Belonidae.

TAMANHO: até 60,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente peixes e invertebrados aquáticos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo muito longo, maxilas prolongadas num rostro e munidas de dentes cônicos agudos; escamas ciclóides, pequenas; mancha negra losangular no pedúnculo caudal, não estendida até a extremidade dos raios caudais medianos; faixa prateada ao longo do flanco (em material recém-conservado, a metade posterior é negra). Em vida apresenta o corpo translúcido, que se torna rapidamente opaco ao ser colocado no formol. Espécie pouco frequente nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA; mais frequente nos cursos inferiores, em época de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial aquariofilia.

178


CT 12,8 cm

NOME

COMUM:

mussum.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe ubún wareúptabi.

Synbranchus marmoratus Bloch, 1795.

FAMÍLIA: Synbranchidae.

TAMANHO: até 150,0 cm de comprimento total. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente peixes e larvas de insetos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: peixes serpentiformes, de corpo muito alongado, com apenas uma abertura branquial localizada sob a cabeça; não possuem nadadeiras peitorais e ventrais, as demais são atrofiadas; corpo sem escamas; coloração cinza-escuro a castanho, frequentemente com pequeninas manchas mais escuras esparsas, inclusive na cabeça; olhos pequenos, situados bem à frente da cabeça. Espécie frequente, mas não abundante, nos riachos e córregos do PESA. Sobrevive em charcos que secam completamente, permanecendo enterrada na lama. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; representa uma importante espécie no comércio de iscas vivas para pesca amadora.

179


CP 12,2 cm

NOME

COMUM:

corvina, curvina.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe waprúdzarébé waré.

Pachypops fourcroi (La Cepède, 1802).

FAMÍLIA: Sciaenidae.

TAMANHO: até 25,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente crustáceos, insetos e peixes. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.

COMENTÁRIOS: corpo relativamente forte, recoberto por escamas ctenóides; boca pequena, inferior; duas porções na nadadeira dorsal separadas por um entalhe pronunciado entre elas: a primeira com espinhos, a segunda com raios moles; 23 a 26 raios na dorsal; pré-opérculo com espinhos na borda posterior e inferior; nadadeira anal com apenas dois espinhos; nadadeira ventral em posição torácica, i.e., abaixo das peitorais; nadadeira caudal com bordo posterior afilado; linha lateral completa. Corpo algo acinzentado; nadadeira dorsal com faixas negras. Adentra os cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA no período de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

180


NOME

COMUM:

cará, acará.

NOME XAVANTE: hötörãbréwatóire. NOME

CIENTÍFICO:

Aequidens tetramerus (Heckel, 1840).

FAMÍLIA: Cichlidae. TAMANHO: até 16,2 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e de peixes. D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : quando em CP 4,6 cm período reprodutivo os ciclídeos apresentam um padrão de colorido bastante vistoso. Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior que comumente é chamada de cupim pelos ribeirinhos. É caráter transitório. COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto, forte e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ctenóides; focinho do tamanho do olho; nadadeira anal com três (III) espinhos; boca terminal; linha lateral em dois ramos, um superior anterior e um inferior posterior; primeiro arco branquial sem lóbulo; borda posterior do pré-opérculo lisa; porção dos raios moles da dorsal e da anal nua, i.e., sem pequenas escamas nas membranas interradiais; faixa longitudinal do olho ao pedúnculo caudal, formada por barras transversais negras, destacando-se uma mancha maior no meio do corpo e uma na porção superior da base da caudal. Espécie frequente nas lagoas marginais e nos remansos dos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

181


NOME

COMUM:

cará, acará.

NOME XAVANTE: hötörãbrê. NOME

CIENTÍFICO:

Biotodoma aff. cupido (Heckel, 1840).

FAMÍLIA: Cichlidae. TAMANHO: até 12,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e de peixes.

CP 5,9 cm

DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: quando em período reprodutivo, os ciclídeos apresentam um padrão de colorido bastante vistoso. Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior que comumente é chamada de cupim pelos ribeirinhos. É caráter transitório. COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto, forte e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ctenóides; focinho maior que o diâmetro do olho; nadadeira anal com três (III) espinhos; boca terminal; linha lateral em dois ramos, um superior anterior e um inferior posterior; primeiro arco branquial sem lóbulo; borda posterior do pré-opérculo lisa; porção dos raios moles da dorsal e da anal nua, i.e., sem pequenas escamas nas membranas interradiais; barra negra vertical cruzando olho; mancha negra atrás da metade do corpo, com pintas claras antes e após a negra. Espécie frequente nas lagoas marginais dos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

182


CP 15,0 cm

NOME

COMUM:

jacundá, joana, joaninha.

NOME

CIENTÍFICO:

Crenicichla aff. johanna Heckel, 1840.

NOME XAVANTE: tepeipetsere. FAMÍLIA: Cichlidae.

TAMANHO: até 20 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente insetos aquáticos, crustáceos e peixes. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: quando em período reprodutivo, os ciclídeos apresentam um padrão de colorido bastante vistoso. Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior que comumente é chamada de cupim pelos ribeirinhos. É caráter transitório. COMENTÁRIOS: corpo alongado e recoberto por escamas mais lisas que as das demais espécies de Crenicichla; boca grande, prémaxilar protráctil e mandíbula pouco mais longa que a maxila superior; borda posterior do pré-operculo denticulada; linha lateral em dois ramos, um superior anterior e outro inferior posterior; nadadeira anal com três (III) espinhos; ramo superior do primeiro arco branquial sem lóbulo. Nadadeira dorsal com faixa longitudinal avermelhada conspícua, mais proximal que distal; porção distal do lobo superior da caudal também com faixa avermelhada. Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde é encontrada. 183


NOME

COMUM:

jacundá, joana, joaninha.

NOME XAVANTE: tepeipetsere. NOME

CIENTÍFICO:

Crenicichla labrina (Spix & Agassiz, 1831).

FAMÍLIA: Cichlidae. TAMANHO: até 20,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente peixes, insetos aquáticos e crustáceos.

CP 10,3 cm

DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: quando em período reprodutivo, os ciclídeos apresentam um padrão de colorido bastante vistoso. Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior que comumente é chamada de cupim pelos ribeirinhos. É caráter transitório. COMENTÁRIOS: corpo alongado e recoberto por escamas ctenóides; boca grande, pré-maxilar protráctil e mandíbula mais longa que a maxila superior; borda posterior do pré-operculo denticulada; escamas da linha lateral maiores que as demais; linha lateral em dois ramos, um superior anterior e outro inferior posterior; nadadeira anal com três (III) espinhos; ramo superior do primeiro arco branquial sem lóbulo. Faixa negra do focinho até o opérculo; conspícua mancha negra arredondada disposta após o opérculo e acima da nadadeira peitoral, igual ou maior que o diâmetro da órbita; mancha negra pequena na base da caudal; numerosas manchas negras, quase em linha, na nadadeira dorsal; manchas negras disformes no dorso da cabeça. Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

184


CP 10,3 cm

NOME

COMUM:

jacundá, joana, joaninha.

NOME

CIENTÍFICO:

Crenicichla reticulata (Heckel, 1840).

NOME XAVANTE: tepeipetsere. FAMÍLIA: Cichlidae.

TAMANHO: até 20,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente peixes, insetos aquáticos e pequenos crustáceos. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: quando em período reprodutivo, os ciclídeos apresentam um padrão de colorido bastante vistoso. Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior que comumente é chamada de cupim pelos ribeirinhos. É caráter transitório. COMENTÁRIOS: corpo alongado e recoberto por escamas ctenóides; boca grande, pré-maxilar protráctil e mandíbula mais longa que a maxila superior; borda posterior do pré-operculo denticulada; escamas da linha lateral maiores que as demais; linha lateral em dois ramos, um superior anterior e outro inferior posterior; nadadeira anal com três (III) espinhos; ramo superior do primeiro arco branquial sem lóbulo. Várias faixas escuras com disposição oblíqua em relação ao plano horizontal do corpo, intercaladas por áreas claras; mancha negra pequena na porção mediana dos raios da cauda; escamas com pontos negros no centro, dando ao animal uma aparência reticulada. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra. 185


CP 10,3 cm

NOME

COMUM:

jacundá, joana, joaninha.

NOME

CIENTÍFICO:

Crenicichla sp.1.

NOME XAVANTE: tepeipetsere. FAMÍLIA: Cichlidae.

TAMANHO: até 14,6 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente insetos aquáticos, crustáceos e peixes. DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: quando em período reprodutivo, os ciclídeos apresentam um padrão de colorido bastante vistoso. Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior que comumente é chamada de cupim pelos ribeirinhos. É caráter transitório. COMENTÁRIOS: corpo alongado e recoberto por escamas ctenóides; boca grande, pré-maxilar protráctil e mandíbula mais longa que a maxila superior; borda posterior do pré-operculo denticulada; escamas da linha lateral maiores que as demais; linha lateral em dois ramos, um superior anterior e outro inferior posterior; nadadeira anal com três (III) espinhos; ramo superior do primeiro arco branquial sem lóbulo. Conspícua mancha vermelha, de forma mais ou menos retangular, disposta obliquamente após o opérculo e acima da nadadeira peitoral; mancha negra ovalada diagonalmente após a mancha vermelha; pequena mancha negra na base da caudal. Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive. 186


NOME

COMUM:

cará, acará-preto.

NOME XAVANTE: hötörãbrêdzapódó. NOME

CIENTÍFICO:

Heros aff. efasciatus Heckel,

1840. FAMÍLIA: Cichlidae. TAMANHO: até 20,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e de peixes, vermes aquáticos e material vegetal. CP 9,2 cm D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : quando em período reprodutivo, os ciclídeos apresentam um padrão de colorido bastante vistoso. Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior que comumente é chamada de cupim pelos ribeirinhos. É caráter transitório.

COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto, forte e comprimido lateralmente; comprimento do focinho aproximadamente igual ao diâmetro do olho; nadadeira anal com três a quatro (III-IV) espinhos; boca terminal; sem lóbulo no primeiro arco branquial; linha lateral em dois ramos, um superior anterior e um inferior posterior. Cinco a sete faixas transversais escuras difusas no corpo. Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive; peixe bastante vistoso, representando uma importante espécie para a aquariofilia.

187


NOME

COMUM:

cará, acará, acará-açaí.

NOME

CIENTÍFICO:

Hypselecara temporalis (Günther, 1862).

FAMÍLIA: Cichlidae. TAMANHO: até 15,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, ingerindo desde insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e de peixes, pequenos peixes até algas. CP 10,0 cm D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : os machos maduros apresentam a parte superior da cabeça aumentada, formando uma espécie de calombo ou cupim na época de reprodução. É caráter transitório.

COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto, altura contida duas vezes no comprimento padrão; linha lateral em dois ramos, um superior anterior e um inferior posterior; uma fileira de dentes na porção mais externa da boca, destacadamente maiores que os demais; diâmetro do olho contido cerca de duas vezes na distância interorbital e pouco menor que o focinho; sem lóbulo no primeiro arco branquial; porção distal da nadadeira caudal algo arredondada. Os exemplares recém-coletados apresentam uma coloração ligeiramente avermelhada, tornando-se escura após fixação e armazenamento em álcool 70%. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; pelo seu padrão de colorido, esta espécie, como vários outros ciclídeos, apresenta importante potencial para a aquariofilia.

188


NOME

COMUM:

cará, carazinho.

NOME XAVANTE: pe waprurê. NOME

CIENTÍFICO:

Laetacara araguaiae Ottoni & Costa, 2009.

FAMÍLIA: Cichlidae. TAMANHO: até 5,1 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e de peixes.

CP 3,3 cm

D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : quando em período reprodutivo, os ciclídeos apresentam um padrão de colorido bastante vistoso. Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior que comumente é chamada de cupim pelos ribeirinhos. É caráter transitório. COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ctenóides; boca terminal; focinho menor que o diâmetro do olho; pré-operculo com escamas; porção dos raios moles da dorsal e da anal nua, i.e., sem pequenas escamas nas membranas interradiais; anal com três (III) espinhos; dorsal com 7-8 raios moles; linha lateral em dois ramos, um superior anterior (12-14 escamas) e um inferior posterior; cinco a sete faixas escuras transversais irregulares pouco conspícuas sobre o flanco; caudal arredondada. Nadadeiras ventrais, anal e caudal avermelhadas. Espécie comum nas lagoas marginais dos córregos do PESA e abundante nas veredas. Salta quando um observador se aproxima da água. IMPORTÂNCIA: pelo seu pequeno porte e colorido, representa uma importante espécie para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

189


NOME

COMUM:

cará, acará.

NOME XAVANTE: pe waprútó. NOME

CIENTÍFICO:

Mesonauta festivus (Heckel,

1840). FAMÍLIA: Cichlidae. TAMANHO: até 15,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas, insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e de peixes, vermes aquáticos, moluscos e crustáceos. CP 9,5 cm

D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : quando em período reprodutivo, os ciclídeos apresentam um padrão de colorido bastante vistoso. Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior que comumente é chamada de cupim pelos ribeirinhos. É caráter transitório. COMENTÁRIOS: corpo moderadamente alto e comprimido lateralmente; focinho menor que o diâmetro do olho; nadadeiras ventrais, dorsal e anal prolongadas em filamento; nadadeira anal com oito a nove (VIII-IX) espinhos; boca terminal; linha lateral em dois ramos, um superior anterior e um inferior posterior. Faixa negra oblíqua da ponta do focinho até os raios prolongados da dorsal; mancha negra ovalada verticalmente na parte superior da base da caudal; cinco a seis faixas escuras transversais irregulares sobre o flanco. Espécie abundante nas lagoas marginais dos riachos e córregos do PESA. IMPORTÂNCIA: importante na aquariofilia; consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

190


NOME

COMUM:

rola-pedra, cará.

NOME XAVANTE: pe waprú uptó a. NOME

CIENTÍFICO:

Retroculus lapidifer (Castelnau, 1855).

FAMÍLIA: Cichlidae. TAMANHO: até 25,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente insetos aquáticos, larvas e adultos, e camarões.

CP 16,6 cm (exemplar macho)

DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: quando em período reprodutivo, os ciclídeos apresentam um padrão de colorido bastante vistoso. Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior que comumente é chamada de cupim pelos ribeirinhos. É caráter transitório. COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto e alongado, recoberto por escamas ctenóides; focinho alongado, muito maior que o diâmetro do olho; boca terminal, lábio espesso; nadadeira anal com três (III) espinhos; ramo superior do primeiro arco branquial com lóbulo bem desenvolvido; rastros situados na base do lóbulo; caudal espessamente coberta de escamas quase até a ponta. Numerosas pintas brancas no flanco do corpo e na cabeça, às vezes formando linhas, entremeadas por áreas vermelhas/avermelhadas; dorsal e lóbulo superior da caudal com faixa vermelha. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA, sendo geralmente encontrada em ambientes com rochas e seixos rolados, onde captura suas presas (daí o nome rola-pedra ). IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

191


NOME

COMUM:

cará, acará.

NOME XAVANTE: hötörãbrêdzútsére wa. NOME

CIENTÍFICO:

Satanoperca jurupari (Heckel, 1840).

FAMÍLIA: Cichlidae. TAMANHO: até 18,5 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e de peixes, pequenos peixes e material vegetal.

CP 8,6 cm

DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: quando em período reprodutivo, os ciclídeos apresentam um padrão de colorido bastante vistoso. Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior que comumente é chamada de cupim pelos ribeirinhos. É caráter transitório. COMENTÁRIOS: corpo alto e comprimido, recoberto por escamas ctenóides; focinho alongado, cerca de duas vezes maior que o diâmetro do olho; área escamosa da face projetando-se para frente, além da metade da distância que separa a vertical que passa pela borda posterior do olho e do canto da boca; boca terminal; nadadeira anal com três (III) espinhos; linha lateral em dois ramos, um superior anterior e um inferior posterior; ramo superior do primeiro arco branquial com lóbulo; borda posterior do pré-opérculo lisa; porção dos raios moles da dorsal e da anal nuas, i.e., sem pequenas escamas nas membranas interradiais. Algumas barras negras transversais difusas no flanco do corpo; base da nadadeira caudal com ocelo. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA, mas comum e numerosa nas lagoas marginais. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

192


CP 11,8 cm

NOME

COMUM:

soia, solha, linguado.

NOME

CIENTÍFICO:

NOME XAVANTE: pe ahöbö.

Hypoclinemus mentalis (Günther, 1862).

FAMÍLIA: Achiridae.

TAMANHO: até 18,0 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente pequenos peixes, crustáceos e insetos que vivem no fundo do rio. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo comprimido e de contorno ovalado, revestido por escamas ctenóides; olhos situados no lado direito; nadadeiras dorsal e anal muito longas, iniciando-se logo atrás da cabeça e estendendo-se até junto da caudal, que tem a borda posterior arredondada; peitorais e ventrais presentes. Lado direito do corpo fortemente pigmentado, cinza-amarronzado com manchas negras difusas; lado esquerdo sem pigmentação nenhuma. Vive apoiado no substrato pelo lado esquerdo ou, geralmente, enterrado na lama. Espécie pouco frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, onde adentra em épocas de águas altas. IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia. 193


CP 5,5 cm

NOME

COMUM:

piau-balão, baiacu.

NOME

CIENTÍFICO:

Colomesus asellus (Müller & Troschel, 1849).

NOME XAVANTE: pe aduptôire uptó. FAMÍLIA: Tetraodontidae.

TAMANHO: até 12,8 cm de comprimento padrão. ALIMENTAÇÃO: carnívora, alimentando-se principalmente de esponjas, moluscos, crustáceos e vermes aquáticos. DIMORFISMO

SEXUAL SECUNDÁRIO:

sem traços óbvios.

COMENTÁRIOS: corpo ovóide, sem escamas e sem espinhos (como seus parentes marinhos); nadadeiras peitorais, dorsal, anal e caudal presentes; caudal de borda truncada; abertura opercular pequena, situada bem próximo à base das peitorais; boca pequena, com dois dentes coalescidos no pré-maxilar e dois no dentário. Dorso do corpo amarelo-alaranjado, com faixas negras transversais conspícuas; ventre esbranquiçado. Espécie pouco frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, onde adentra em início das épocas de águas altas. IMPORTÂNCIA: aquariofilia. As espécies marinhas dessa família vêm sendo alvo de muitos estudos farmacológicos porque produzem a tetrodotoxina, um potente veneno que pode ser mortal quando ingerido. 194


Ă?NDICE A Abramites hypselonotus, 46 Acestrocephalus acutus, 70 Acestrorhynchus falcatus, 113 Acestrorhynchus microlepis, 114 Aequidens tetramerus, 181 Ageneiosus inermis, 167 Anadoras regani, 163 Anchoviella cf. carrikeri , 34 Anodus orinocensis, 57 Apareiodon argenteus, 36 Aphyocharax alburnus, 68 Aphyocharax sp.1, 69 Apteronotus albifrons, 175 Aspidoras pauciradiatus, 127 Astyanax argyrimarginatus, 83 Astyanax asuncionensis, 84 Astyanax elachylepis, 85 Astyanax sp.1, 86 Astyanax sp.2, 87 Astyanax xavante, 88 Auchenipterus nuchalis, 168 B Biotodoma aff. cupido, 182 Bivibranchia velox, 58 Boulengerella cuvieri, 118 Brochis splendens, 128 Brycon falcatus, 64 Bryconops alburnoides, 89

POR

NOMES CIENTĂ?FICOS

Bryconops cf. giacopinii, 90 Bryconops cf. melanurus, 91 Bunocephalus sp., 120 C Caenotropus labyrinthicus, 54 Cetopsis coecutiens, 119 Characidium aff. zebra, 56 Charax leticiae, 71 Chilodus punctatus, 55 Colomesus asellus, 194 Corydoras araguaiaensis, 129 Corydoras maculifer, 130 Creagrutus figueiredoi, 92 Creagrutus menezesi, 93 Creagrutus seductus, 94 Crenicichla aff. johanna, 183 Crenicichla labrina, 184 Crenicichla reticulata, 185 Crenicichla sp.1, 186 Curimata inornata, 38 Curimatella immaculata, 39 Cynopotamus tocantinensis, 72 Cyphocharax gouldingi , 40 Cyphocharax notatus, 41 E Eigenmannia cf. trilineata, 172 Electrophorus electricus, 170 Exodon paradoxus, 95

F Farlowella aff. oxyrryncha, 134 G Galeocharax gulo, 73 Gymnorhamphichthys petiti, 174 Gymnotus cf. carapo, 171 H Hassar orestis, 164 Hassar wilderi, 165 Hemiancistrus spilomma, 148 Hemigrammus aff. levis, 96 Hemigrammus cf. rodwayi, 97 Hemigrammus levis, 98 Hemiodus gracilis, 59 Hemiodus microlepis, 60 Hemiodus unimaculatus, 61 Hemisorubim platyrhynchos, 158 Henonemus intermedius, 122 Heros aff. efasciatus, 187 Hisonotus sp., 132 Hoplerythrinus unitaeniatus, 115 Hoplias cf. malabaricus, 116 Hyphessobrycon aff. maculicauda, 99 Hyphessobrycon aff. tenuis, 100 Hyphessobrycon eques, 101 Hypoclinemus mentalis, 193 Hypostomus aff. cochliodon, 142 Hypostomus faveolus, 141

195


I Iguanodectes spilurus, 63 Imparfinis mirini, 151 Ituglanis macunaima, 121

Myleus torquatus, 66 Moenkhausia cf. comma, 104 Moenkhausia collettii, 105 Moenkhausia dichroura, 106 Moenkhausia lepidura, 107 Moenkhausia oligolepis, 108 Moenkhausia pyrophthalma, 109 Moenkhausia sp., 110

J Jupiaba polylepis, 102

O Ochmacanthus sp., 123

K Knodus sp., 103

P Pachypops fourcroi, 180 Pamphorichthys araguaiensis, 177 Parastegophilus sp., 124 Parauchenipterus galeatus, 169 Parodon pongoensis, 37 Parotocinclus britskii, 133 Phenacogaster sp., 74 Phenacorhamdia somnians, 153 Pimelodella sp.1, 154 Pimelodella sp.2, 155 Pimelodella sp.3, 156 Pimelodus cf. blochii, 160 Poptella compressa, 76 Potamotrygon aff. motoro, 32 Pristigaster cayana, 35 Prochilodus nigricans, 45 Propimelodus araguayae, 161 Psectrogaster amazonica, 42 Pseudopimelodus cf. pulcher, 150 Pseudostegophilus sp., 125 Pseudotylosurus microps, 178 Pterygoplichthys cf. gibbiceps, 145

Hypostomus sp.1, 143 Hypostomus sp.2, 144 Hypselacara temporalis, 188

L Laemolyta fernandezi, 47 Laetacara araguaiae, 189 Leporellus vittatus, 48 Leporinus cf. klausewitzi , 49 Leporinus friderici, 50 Leporinus geminis, 52 Leporinus sp.1, 50 Leptodoras cf. cataniai, 166 Loricaria sp.1, 135 Loricaria sp.2, 136 Loricaria sp.3, 137 M Mastiglanis asopos, 152 Megalechis personata, 131 Megalonema platycephalum, 159 Mesonauta festivus, 190 Metynnis argenteus, 65 Microglanis sp., 149 196

Pterygoplichthys joselimaianus, 146 Pyrrhulina australis, 117 R Retroculus lapidifer, 191 Rhamdia quelen, 157 Rineloricaria hasemani, 138 Rivulus zigonectes, 176 Roeboides myersii, 75 S Salminus hilarii, 111 Satanoperca jurupari, 192 Schizodon vittatus, 53 Serrapinnus micropterus, 79 Serrasalmus spilopleura, 67 Sorubim lima, 162 Spatuloricaria sp., 139 Squaliforma emarginata, 147 Steindachnerina amazonica, 43 Steindachnerina gracilis, 44 Sternopygus macrurus, 173 Sturisoma aff. nigrirostrum, 140 Synbranchus marmoratus, 179 T Tetragonopterus aff. argenteus, 77 Tetragonopterus chalceus, 78 Thayeria boehlkei, 112 Thoracocharax cf. stellatus, 62 Triportheus albus, 80 Triportheus auritus, 81 Triportheus trifurcatus, 82 V Vandellia cirrhosa, 126


ÍNDICE POR NOMES POPULARES A acará, 181, 182, 188, 190, 192 acará-açaí, 188 acará-preto, 187 acari, 136, 138, 139, 140, 141, 144, 147 agulha, 178 aracu, 51 aracu-pintado, 51 armal, 163 arraia, 32 arraia-de-fogo, 32 B bagre, 157 bagrinho, 149, 151, 152, 153 baiacu, 194 barrigudinho, 177 bico-de-pato, 162 bicuda, 118 boca-larga, 167 branquinha, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44 C cabeça-dura, 54 cabeça-gorda, 50 cachorra, 113, 114

cachorrinha, 70, 113, 114 cachorro-do-padre, 169 cacunda, 71, 72, 73 candiru, 121, 122, 123, 124, 125, 126 candiru-açu, 119 canivete, 36, 37 cará, 181, 182, 187, 188, 189, 190, 191, 192 carapó, 171 carazinho, 189 cari, 135 , 136, 137, 138, 139, 140, 141, 142, 143, 144, 146, 147 cascudinho, 127, 128, 129, 130, 132, 133, 134 cascudo, 131, 135, 136, 137, 138, 139, 140, 141, 142, 143, 144, 145, 146, 147, 148 cigarra, 70, 71, 72 corvina, 180 cruzeiro-do-sul, 59 curimatã, 45 curvina, 180 D dourado, 111 durinho, 54, 55, 56

E escama-grossa, 54, 55 F fidalgo, 167 fidalguinho, 168 I ituí, 174 ituí-cavalo, 175 iu-iu, 115 J jacundá, 183, 184, 185, 186 jauzinho, 150, 169 jeju, 115 jiripoca, 158 joana, 183, 184, 185, 186 joaninha, 183, 184, 185, 186 jurupoca, 158 jutuarana, 60 L lambari, 105 languira, 171, 174 lapixó, 58, 61

197


lapixó-banana, 57 linguado, 193 M mandi, 154, 155, 160, 161, 168 mandi-boca-de-flor, 164, 165, 166 mandi-chorão, 154, 155, 156 mandi-do-canal, 159 mandi-mole, 155, 156 mandi-prata, 159 mandi-serra, 163 mandizinho, 154 mandubé, 167, 168 manjuba, 34 miguelinho, 95 mussum, 179 P pacu, 65 pacu-branco, 66 pacu-marreca, 65 papa-terra, 45 papuda, 35 papudinha, 62 peixe-elétrico, 170 peixe-da-areia, 174 peixe-folha, 172, 173 peixe-galho, 134 peixe-pedra, 120

198

piaba, 68, 69, 74, 76, 77, 78, 79, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 96, 97, 98, 99, 103, 104, 105, 106, 107, 108, 109, 110 piaba-bocuda, 75 piaba-do-rabo-vermelho, 83 piaba-do-rabo-vermelho-amarelo, 85 piaba-espinhuda, 102 piaba-listrada, 84 piabinha, 63, 68, 69, 74, 79, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 96, 97, 98, 99, 100, 101, 112 piau, 49, 52 piau três-pintas, 49, 50 piau-balão, 194 piau-boca-fina, 47 piau-cagão, 53 piau-de-loca, 47 piau-loqueiro, 52 piau-vara, 53 piauzinho, 46, 49, 51 piranha, 67 poraquê, 170 R raia, 32

rívulo, 176 rola-pedra, 191 S saicanga, 71, 73, 111 sarapó, 171 sardinha, 80, 82 sardinha-comprida, 81 sardinha-de-gato, 34 sardinha-facão, 81 soia, 193 solha, 193 solteira, 32 T tamboatá, 131 tamoatá, 131 traíra, 116 trairinha, 176 treme-treme, 170 tuvira, 171, 172, 173, 174 V voadeira, 64 voador, 59, 60, 61 voador-escama-fina, 60


ÍNDICE POR NOMES XAVANTE A (pe a)ai útémãnhãr wa, 70 B buru õtõpaihi, 107 D da utsitsidzatómné, 108 da watsa, 38 danhôhuiwa, 48 dawa rãm , 112 dawawi, 144 dzu u é, 116 dzutsú, 115 H höiwidzaóné, 134 hötörãbrê, 182 hötörãbrêdzapódó, 187 hötörãbrêdzútsére wa, 192 hötörãbréwatóire, 181 P paipé, 171 paipé uwa, 172 paipedzarébé, 174 pe wanh pti a, 113, 114

pe a po redza õnõ, 74 pe a uhui rã, 153 pe a uptabirã, 96, 97, 98, 100 pe a wa rãmire, 46 pe a udzé, 99 pe a udzétó, 95 pe a wa õ, 60 pe aduptöire, 177 pe aduptôire uptó, 194 pe adza ratató, 83 pe adza ratató uwa, 84 pe adza ratatódzapódó, 104 pe adza ratatóuptabi, 86 pe adzada rã, 117 pe adzadzu, 105 pe adzapótó waipópê, 78 pe adzarébé watsa, 61 pe adzarébépré, 44 pe adzarébépré, 91 pe adzarébeprere, 58 pe adzarébétómrã, 41 pe adzarébétórã, 79 pe adzarébétsitsa ridi, 59 pe adzarébéw , 90 pe adzarébéwaprú, 69 pe adzarébewatsi, 89 pe adzarebéwawa, 110

pe ahöbö, 193 pe ahöihöi ré, 54 pe ahöirãre, 80, 82 pe ahöire, 81 pe anhõ utu ware, 102 pe anhõhi ware, 42 pe anh rãrã, 55 pe atetedzaréberã, 94 pe atetere, 76 pe atöire, 75 pe atõmõdzapré, 109 pe atõmõtsiwaptó, 68 pe atómrã uré udzé, 124 pe aumrãtãhi, 85, 87 pe auptabi, 88 pe auptabitóm udzé, 103 pe auré dzadzú, 126 pe aurenhõwa uwa, 121 pe awaipó, 39 pe awaipópare, 34 pe awaipóre, 101 pe awãpá, 63 pe awawi uré, 125 pe úbún , 173 pe úbún rã, 175 pe ubún wareúptabi, 179 pe wanh pti a, 72 199


pe wanh ptihöirã, 73 pe waprú, 128 pe waprú uptó a, 191 pe waprúdzarébé waré, 180 pe waprurê, 189 pe waprútó, 190 pedzadaba are, 162 pedzapódó, 66 pedzapótó a, 65 pedzapótó atö, 77 pedzapótówatsédé, 62 pedzarébérã, 71 pedzarébétó mrã, 35 pedzató wawi tópré, 53 pedzató, 51 pedzató uihö rã, 56 pedzató uwa, 47 pedzatódzarebepré, 49, 50 pedzatóre, 37 pedzatórewawi, 36 pedzatóware, 52 pehö réböpa, 136 pehöi re dzarébéhi, 139 pehöi re nhõihitö, 142 pehöi re uptiira, 133 pehöi re watapa, 140 pehöi réatö, 141 pehöi rédzarébépö, 143 pehöi rédzatsu, 148 pehöi rénh rada, 147

200

pehöi rénhãmr , 146 pehöi rétede, 120 pehöi rétepêbö, 145 pehöi réurã, 137 pehöi réwahi, 138 pehöi réwawi, 135 pehöire a, 64 pehöirewaw , 111 penhãnãre, 40 penhãnãrehöi re, 43 pêpa, 118 pêpawata wamhi, 178 petómrã, 45 pó rédza õnõ, 93 po redza õtõwaipó, 92 T têpêbö, 32 tepeipetsere, 183, 184, 185, 186 tsadahi uptede, 159 tsadahi watséde, 163 tsadahi, 160 tsadahi atö, 165 tsadahi udzé, 166 tsadahi uwa, 150 tsadahi uwahöirã, 157 tsadahi uwawatsédé, 119 tsadahi watahöbö, 156 tsadahiböpa, 164 tsadahidzarébé, 169

tsadahihöirã, 168 tsadahinhãmr , 149 tsadahinhõi iuptó, 161 tsadahirã, 158, 167 tsadahire, 151 tsadahiwatatsupapê, 155 tsadahiwawi, 154 tsinhõ éré rã, 131 tsinhõ érédanhõhui wa, 127 tsiwaptó, 106 U upi, 170 W wa watópré, 67 wató, 57


REFERÊNCIAS Armbruster, J. W. 2004. Phylogenetic relationships of loricariid catfishes. Zoological Journal of the Linnean Society, 141: 1-80. Axelrod, H. R. 1996. The most complete colored lexicon of cichlids. 2nd Edition. T.F.H. Publications. NJ, USA. 864p. Bertaco, V. A. & P. H. F. Lucinda. 2005. Astyanax elachylepis, a new characid fish from the rio Tocantins drainage, Brazil (Teleostei: Characidae). Neotropical Ichthyology, 3(3): 389-394. Böhlke, J. E., S. H. Weitzman & N. A. Menezes. 1978. Estado atual da sistemática dos peixes de água doce da América do Sul. Acta Amazônica, 8(4): 657-677. Borges, D. R. 1987. Rio Araguaia Corpo e Alma. IBRASA Editora da Universidade de São Paulo, 240p. Braga, F. M. de S. 1990. Aspectos da reprodução e alimentação de peixes comuns em um trecho do rio Tocantins entre Imperatriz e Estreito, Estados do Maranhão e Tocantins, Brasil. Revista Brasileira de Biologia, 50(3): 547-548. Britski, H. A. 1976. Sobre uma nova espécie de Leporinus da Amazônia. Acta Amazonica, 6(4, Supl.): 87-89. Britski, H. A. 1992. Conhecimento atual das relações filogenéticas de peixes neotropicais. In: Situação Atual e Perspectivas da Ictiologia no Brasil. UEM, NUPÉLIA, SBI. Maringá. 42-57. Britski, H. A. 1997. Descrição de duas espécies novas de Leporinus dos rios Araguaia e Tocantins, e comentários sobre as demais espécies do gênero assinaladas na bacia (Ostariophysi, Characiformes, Anostomidae). Comunicações do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS, série Zoologia, 10: 27-43. Britski, H. A., K. Z. S. Silimon & B. S. Lopes. 2007. Peixes do Pantanal. Brasília, EMBRAPA, 230p. Britto, M. R. 1998. Two new species of the genus Aspidoras (Siluriformes: Callichthyidae) from Central Brazil. Ichthyological Exploration Freshwaters, 8: 359 368. Britto, M. R., F. C. T. Lima & C. R. Moreira. 2002. Aspidoras velites, a new catfish from the upper Rio Araguaia basin, Brazil (Teleostei: Siluriformes: Callichthyidae). Proceedings of the Biological Society of Washington, 115(4): 727-736. Buckup, P. A. 1993. Review of the characidiin fishes (Teleostei: Characiformes), with descriptions of four new genera and ten new species. Ichthyological Exploration Freshwaters, 4(2): 97-154. 201


Burguess W. E. 1989. An atlas of freshwater and marine catfishes, a preliminary survey of the Siluriformes. T.F.H. Publications, 784p. Cardoso, A. R. & P. H. F. Lucinda. 2003. Three new species of Hemiancistrus (Teleostei: Siluriforms: Loricariidae) from the rio Tocantins basin with comments on the genus. Ichthyological Exploration of Freshwaters, 14(1): 73-84. Costa, W.J.E.M. 1991. Description d une nouvelle espèce du genre Pamphorichthys (Cyprinodontiformes: Poeciliidae) du bassin de l Araguai, Brèsil. Revue Française d Aquariologie, 18(2): 39-42. Costa, W. J E. M. 1994. Description of two new species of the genus Moenkhausia (Characiformes: Characidae) from the central Brazil. Zoologischer Anzeiger, 232: 21 29. Costa, C. G., C. C. B. Rodrigues, D. L. Paiva-Filho & J. B. R. Rodrigues. 1977. Estudo preliminar da ictiofauna do pólo AraguaiaTocantins. SUDEPE, Brasília. 171p. Datovo, A. & M. I. Landim. 2005. Ituglanis macunaima, a new catfish from the rio Araguaia basin, Brazil (Siluriformes: Trichomycteridae). Neotropical Ichthyology, 3(4): 455-464. Eigenmann, C. H. 1918. The American Characidae. Memoirs of the Museum of Comparative Zoology, 43(2): 103-208. Eigenmann, C. H. 1921. The American Characidae. Memoirs of the Museum of Comparative Zoology, 43(3): 209-310. FEMA Fundação Estadual do Meio Ambiente de Mato Grosso, 2000. Diagnóstico ambiental do Parque Estadual da Serra Azul. Barra do Garças, MT. Ferreira, E. J. G., J. A. S. Zuanon & G. M. Santos. 1998. Peixes comerciais do médio Amazonas: região de Santarém, Pará. Edições IBAMA. Brasília DF, 211p. Garavello, J. C. 1979. Revisão taxonômica do gênero Leporinus Spix, 1829 (Ostariophysi, Anostomidae). Unpublished Ph. D. Dissertation, Universidade de São Paulo, 451 pp. Garavello, J. C. & H. A. Britski. 2003. Family Anostomidae. Pp. 71-84. In: Reis, R. E, S. O. Kullander & C. F. Ferraris Jr. (Eds.). Check List of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre, Edipucrs, 729p. Garutti, V. 1995. Revisão taxonômica dos Astyanax (Pisces, Characidae), com mancha umeral ovalada e mancha no pedúnculo caudal, estendendo-se à extremidade dos raios caudais medianos, das bacias do Paraná, São Francisco e Amazônica. Tese de Livre Docência, IBILCE-UNESP, São José do Rio Preto, 286p.

202


Garutti, V. 1998. Descrição de uma espécie nova de Astyanax (Teleostei, Characidae) da bacia do Tocantins, Brasil. Iheringia, Série Zoologia, 85: 115-122. Garutti, V. 1999. Descrição de Astyanax argyrimarginatus sp. n. (Characiformes, Characidae) procedente da Bacia do Rio Araguaia. Revista Brasileira de Biologia, 59(4): 585-591. Garutti, V. & H. A. Britski. 1997. Descrição de uma nova espécie de Astyanax (Teleostei, Characidae), com mancha umeral ovalada horizontalmente, procedente da bacia do rio Guaporé, Amazônia. Papéis avulsos de Zoologia, 40(14): 217-229. Garutti, V. & H. A. Britski. 2000. Descrição de uma espécie nova de Astyanax (Teleostei: Characidae) da bacia do Alto rio Paraná e considerações sobre as demais espécies do gênero na bacia. Comunicações do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS, Série Zoologia, 13: 65-88. Garutti, V. & F. Langeani. 2009. Redescription of Astyanax goyacensis Eigenmann, 1908 (Ostariophysi: Characiformes: Characidae). Neotropical Ichthyology, 7(3): 371-376. Garutti, V. & P. C. Venere. 2009. Astyanax xavante, a new species of characid from middle rio Araguaia in the Cerrado region, Central Brazil (Characiformes: Characidae). Neotropical Ichthyology, 7(3): 377-383. Géry, J. 1977. Characoids of the World. Neptune City, T.F.H. Publications, 672p. Gosline, W. A. 1947. Contributions to the classification of the Loricariid catfishes. Arquivos do Museu Nacional, Rio de Janeiro, 41: 79134. Goulding, M. 1980. The fishes and the forest: Explorations in Amazonian Natural History. University of California Press, Berkeley, CA, USA. 280p. Isbrücker, I. J. H. 1980. Classification and catalogue of the mailed Loricariidae (Pisces, Siluriformes). Verslagen en Technische Gegevens, 22: 1-181. Kullander, S. O. 2003. Family Cichlidae, Pp. 605-654. In: Reis, R.E., S.O. Kullander & C. J. Ferraris (eds.). Check List of the Freshwater Fishes of South and Central America. Edipucrs, Porto Alegre, 729p. Langeani, F. 1999. New species of Hemiodus (Ostariophysi, Characiformes, Hemiodontidae) from the Rio Tocantins, Brazil, with comments on color patterns and tooth shapes within the species and genus. Copeia, 3: 718-722. Lauzane, L. & G. Lobens. 1985. Peces del rio Mamoré. Paris Orston Cordobeni UTB. 116p.

203


Lima, F. C. T. 2004. Brycon gouldingi, a new species from the rio Tocantins drainage, Brazil (Ostariophysi: Characiformes: Characidae), with a key to the species in the basin. Ichthyological Exploration of Freshwaters, 15(3): 279-287. Lima, F. C. T., L. R. Malabarba, P. A. Buckup, J. F. Pezzi da Silva, R. P. Vari, A. Harold, R. Benine, O. T. Oyakawa, C. S. Pavanelli, N. A. Menezes, C. A. S. Lucena, M. C. S. L. Malabarba, Z. M. S. Lucena, R. E. Reis, F. Langeani, L. Casatti, V. A. Bertaco, C. Moreira & P. H. F. Lucinda. 2003. Genera Incertae Sedis in Characidae. Pp. 106-169 in: Reis, R. E., S. O. Kullander & C. J. Ferraris (eds.). Check List of the Freshwater Fishes of South and Central America. Edipucrs, Porto Alegre, 729p. Lima, J. D. 2003. Diversidade, estrutura da ictiofauna e condições limnológicas em um lago de planície inundável do rio das Mortes, MT. Cuiabá, MT. Dissertação de Mestrado. UFMT. 110p. Lowe-McConnell, R. H. 1991. Natural history of fishes in Araguaia and Xingu Amazonian tributaries, Serra do Roncador, Mato Grosso, Brazil. Ichthyological Exploration of Freshwaters, 2(1): 63-82. Lowe-McConnell, R. H. 1999. Estudos ecológicos de comunidades de peixes tropicais. São Paulo: Edusp. 535p. Malabarba, L. R., R. E. Reis, R. P. Vari, Z. M. S. Lucena & C. A. S. Lucena. 1998. Phylogeny and classification of neotropical fishes. Porto Alegre, Edipucrs, 603 p. Melo, C. E. 1995. Hábitos alimentares, diversidade de peixes e condições limnológicas em um córrego de Cerrado, Barra do Garças, MT. Dissertação de Mestrado. PPG Ecol. e Cons. da Biodiversidade, UFMT. Cuiabá, 176p. Melo, C. E. 2000. Ecologia comparada da ictiofauna em córregos de cerrado do Brasil Central. Tese de Doutorado. São Carlos, UFSCAR, 84p. Melo, C. E., F. A. Machado & V. Pinto-Silva. 2004. Feeding habitats of fish from a stream in the savanna of Central Brazil, Araguaia Basin. Neotropical Ichthyology, 2(1): 37-44. Melo, C. E. & C.P. Röpke. 2004. Alimentação e Distribuição de Piaus (Pisces, Anostomidae) na Planície do Bananal, Mato Grosso, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, 21(1): 51-56. Melo, C. E., F. A. Lima, T. L. Melo & V. PINTO-SILVA. 2005. Peixes do Rio das Mortes: identificação e ecologia das espécies mais comuns. Cuiabá, Central de Textos, 145p. Melo, C. E.; F. A. Machado & V. Pinto-Silva. 2003. Diversidade de Peixes em um Córrego de Cerrado no Brasil Central. Brazilian Journal of Ecology 1/2: 17-23.

204


Melo, F. A. G. 2001. Revisão taxonômica das espécies do gênero Astyanax Baird e Girard, 1854 (Teleostei: Characiformes: Characidae), da região da Serra dos Órgãos. Arquivos do Museu Nacional, 59: 1-46. Menezes, N. A. 1992. Redefinição taxonômica das espécies de Acestrorhynchus do grupo lacustris com a descrição de uma espécie (Osteichthyes, Characiformes, Characidae). Comunicações do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS, Série Zoologia, 5: 39-54. Menezes, N. A. 2006. Description of five new species of Acestrocephalus Eigenmann and redescription of A. sardina and A. boehlkei (Characiformes: Characidae). Neotropical Ichthyology, 4(4): 385-400. Menezes, N. A. & J. Géry. 1983. Seven new acestrorhynchin characid species (Osteichthyes, Ostariophysi, Characiformes) with comments on the systematics of the group. Revue Suisse de Zoologie, 90(3): 563-592. Merona, B. 1987. Aspectos ecológicos da ictiofauna no baixo Tocantins. Acta Amazonica, 16/17: 109-124. Nelson, J. S. 2006. Fishes of the world. John Wiley and Sons, Inc. New York. 4th edition. 601p. Nijssen, H. & I. J. H. Isbrücker. 1976. The South American plated catfish genus Aspidoras R. von Ihering, 1907, with descriptions of nine new species from Brazil (Pisces, Siluriformes, Callichthyidae). Bijadragen tot de Dierkunde, 46(1): 107-131. Nijssen, H. & I. J. H. Isbrücker. 1980. A review of the genus Corydoras La Cepède, 1803 (Pisces, Siluriformes, Callichthyidae). Bijadragen tot de Dierkunde, 50(1): 190-220. Pavanelli, C. S. & H. A. Britski. 2003. Apareiodon Eigenmann, 1916 (Teleostei, Characiformes) from the Tocantins-Araguaia basin, with description of three new species. Copeia, 2: 337-348. Pirani, F .R., M. Sanchez & F. Pedroni. 2009. Fenologia de uma comunidade arbórea em Cerrado sentido restrito em Barra do Garças, MT. Acta Botânica Brasílica 23(4): 1096-1109. Ribeiro, J. F. & B. T. Walter. 2008. As principais fitofisionomias do bioma Cerrado. In: Sano, S. M.; S. P. Almeida & J. F. Ribeiro eds. Cerrado: Ecologia e Flora. EMBRAPA, DF, p.153-212. Rocha, M. S., R. R. de Oliveira & L. H. Rapp Py-Daniel A new species of Propimelodus Lundberg & Parisi, 2002 (Siluriformes: Pimelodidae) from rio Araguaia, Mato Grosso, Brazil. Neotropical Ichthyology, 5(3): 279-284. Sabaj, M. H. 2005. Taxonomic assessment of Leptodoras (Siluriformes: Doradidae) with descriptions of three new species. Neotropical Ichthyology, 3(4):637-678. Santos, G. M. & M. Jégu. 1989. Inventário taxonômico e redescrição das espécies de Anostomideos (Characiformes, Anostomidae) do baixo Rio Tocantins, PA, Brasil. Acta Amazonica, 19: 159-213.

205


Santos, G. M., M. Jegu & B. Merona. 1984. Catálogo de peixes comerciais do Baixo Tocantins. Tucuruí. Eletronorte/CNPq/INPA. 80p. Santos, G. M., B. Merona, A. A. Juras & M. Jégu. 2004. Peixes do Baixo Rio Tocantins: 20 anos depois da Usina Hidroelétrica Tucurui. Eletronorte, Brasilia, 216p. Silva, E. F. da S.; C. E. de Melo & P. C. Vênere. 2007. Fatores que influenciam a comunidade de peixes em dois ambientes no baixo Rio das Mortes, Planície do Bananal, Mato Grosso, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, 24(2): 482-492. Tejerina-Garro, F. L., R. Fortin, M. A. Rodriguez. 1998. Fish community structure in relation to environmental variation in floodplain lakes of the Araguaia River, Amazon Basin. Environmental Biology of Fishes. 51: 399-410. Toledo-Pizza, M., N. A. Menezes & G. M. Santos, 1999. Revision of the Neotropical fish genus Hydrolycus (Ostariophysi: Cynodontidae) with the description of two new species Ichthyological Exploration of Freshwaters, 10(3): 225-280. Vari, R. P. 1983. Phylogenetic relationships of the families Curimatidae, Prochilodontidae, Anostomidae and Chilodontidae (Pisces: Characiformes). Smithsonian Contributions to Zoology, 378: 1-60. Vari, R. P. 1984a. Two new fish species of the genus Curimata (Pisces: Curimatidae) from Venezuela. Acta Biologica Venezuelica, 11(4): 27-43. Vari, R. P. 1984b. Systematics of the Neotropical characiform genus Potamorhina (Pisces, Characiformes). Smithsonian Contributions to Zoology, 400: 1-36. Vari, R. P. 1988. The Curimatidae, a lowland Neotropical fish family (Pisces: Characiformes): distribution, endemism, and phylogenetic history. Proceedings of a Workshop on Neotropical Distribution Patterns. (ed. by W.R Heyer, and P. E. Vanzolini), pp. 343-377. Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, Brazil. Vari, R. P. 1989a. Systematics of the Neotropical characiform genus Curimata Bosc (Pisces: Characiformes). Smithsonian Contributions to Zoology, 474: 1-63. Vari, R. P. 1989b. Systematics of the Neotropical characiform genus Psectrogaster Eigenmann and Eigenmann (Pisces: Characiformes). Smithsonian Contributions to Zoology, 481: 1-43. Vari, R. P. 1991. Systematics of the Neotropical characiform genus Steindachnerina Fowler (Pisces, Ostariophysi). Smithsonian Contributions to Zoology, 507: 1-118. Vari, R. P. 1992a. Systematics of the Neotropical characiform genus Curimatella Eigenmann and Eigenmann (Pisces, Ostariophysi), with summary comments on the Curimatidae. Smithsonian Contributions to Zoology, 533: 1-48.

206


Vari, R. P. 1992b. Systematics of the Neotropical Characiform genus Cyphocharax Fowler (Pisces, Ostariophysi). Smithsonian Contributions to Zoology, 529: 1-137. Vari, R. P. 1995. The Neotropical fish family Ctenoluciidae (Teleostei: Ostariophysi: Characiformes): Supra and intrafamilial phylogenetic relationships, with a revisionary study. Smithsonian Contributions to Zoology, 564: 1-97. Vari, R. P. & A. S. Harold. 2001. Phylogenetic study of the Neotropical fish genera Creagrutus Günther and Piabina Reinhardt (Teleostei: Ostariophysi: Characiformes), with a revision of the Cis-Andean species. Smithsonian Contributions to Zoology, 613:1-239. Vari, R. P. & R. E. Reis. 1995. Curimata acutirostris, a new fish (Teleostei: Characiformes: Curimatidae) from the rio Araguaia, Brazil: Description and phylogenetic relationships. Ichthyological Exploration of Freshwaters, 6(4): 297-304. Vari, R. P., R. M. C. Castro & S. J. Raredon. 1995. The Neotropical fish family Chilodontidae (Teleostei: Characiformes): a phylogenetic study and a revision of Caenotropus Günther. Smithsonian Contributions to Zoology, 577: 1-32. Venere, P. C. & C. H. Melo. 1995. Levantamento ictiofaunístico e aspectos ecológicos dos peixes do médio Araguaia e de seus afluentes. Reunião Especial da SBPC. Cuiabá-MT. p. 299 Venere, P. C. 1998. Diversificação cariotípica em peixes do Médio Araguaia, com ênfase em Characiformes e Siluriformes (Ostariophysi). UFSCar. 129p. (Tese de Doutorado). Weber, C. 1991. Nouveaux taxa dans Pterygoplichthys sensu lato (Pisces, Siluriformes, Loricariidae). Revue Suisse de Zoologie, 98(3): 637-643. Weitzman, S. H. & W. Fink. 1983. Relationships of Neon Tetras, a group of South American freshwater fishes (Teleostei, Characidae) with comments on the phylogeny of new world Characiforms. Bulletin of the Museum of Comparative Zoology, 150(6): 339-395. Zawadzki, C. H., J. L. O. Birindelli & F. C. T. Lima. 2008. A new pale-spotted species of Hypostomus Lacépède (Siluriformes: Loricariidae) from the rio Tocantins and rio Xingu basins in central Brazil. Neotropical Ichthyology, 6(3): 395-402.

207



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.