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Ensino da arte

A maneira pela qual aceitamos as coisas no mundo e o mundo mesmo é um

modo de crença. Quando experienciamos outras pessoas, árvores, edifícios,

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gatos, pedras, o sol e as estrelas, nós as experienciamos como sendo aí, como

verdadeiros, como reais.

Robert Sokolowski

Uma das mais importantes teses de Platão, (read 2020) da qual os intelectuais, ocuparam-se de reconhecer sua beleza, sua lógica e por fim sua perfeição, mas muito pouco foi considerado da possibilidade de sua exequibilidade. A tese versa sobre um dos mais importantes dos pilares da sociedade, não só a moderna: a arte deve ser a base da educação. Para que se possa pensar a educação em nossa época o educador deverá escolher entre que tipo de sociedade ele deverá trabalhar para constituir, baseado no objetivo da educação que se dá pela necessidade de promover o desenvolvimento, juntamente com a singularidade, a consciência social ou reciprocidade do indivíduo. Neste contexto (read 2020) a escolha será entre o conceito de sociedade como uma comunidade de pessoa que procuram o bom senso por meio da ajuda mútua; e uma concepção de sociedade como um grupo de pessoas necessárias para se orientarem, tanto quanto possível, em direção a um ideal.

Diante de um possível impasse complementa Read (2020, p.4) ao definir que: “[...] no primeiro caso, a educação é direcionada para o incentivo do crescimento de uma célula especializada em um corpo multiforme; no segundo caso, a educação é direcionada para a eliminação de todas as excentricidades e para a produção de uma massa uniforme [...]”, é possível notar ainda que dente do pensamento do autor, a segunda possibilidade de modelo de educação, envolve uma maior necessidade de concepção particular do Estado e dos

direitos de seus cidadãos, o que é possível perceber de alguma maneira no primeiro modelo, no qual a educação visa o fortalecimento de uma célula a qual irá orientar o percurso dos demais ao ideal de sociedade.

Uma das mais acertadas lições das recentes experiências históricas (read 2020) dão conta que a educação deve ser entendida e praticada não apenas como um processo de individualização do sujeito, tornando assim, e cada um dele, um representante de uma moderna sociedade bem como de que essa mesma educação deve ter condição de constitui rum projeto de integração entre ao demais membros desta sociedade. Acerca desta persuasão Read complementa que:

“[...] o indivíduo será ‘bom’ na medida em que sua individualidade for percebida dentro do todo orgânico da comunidade. Seu toque de cor contribui, por mais imperceptível que seja, para a beleza da paisagem – sua nota é um elemento necessário, embora despercebido, da harmonia universal [...]”. (2020, p. 6)

A fenomenologia se esforçou em explicar a existência de um movimento que conecta a percepção do indivíduo a natureza, que conecta a consciência a realidade, neste sentido, reitera Aumont (2018, p.11) que: “[...] a percepção visual é, de todos os modos de relação entre homens e o mundo que o cerca, um dos mais bem conhecidos. Há um vasto corpus de observações empíricas, de experimentos, de teorias, que começou a constituir-se desde a Antiguidade [...]”, neste sentindo a existência de um mundo interno, formado de uma antologia de sentidos produz experiências com o mundo externo, o mundo dos objetos da natureza, é importante ressaltar que de acordo a Read (2020, p.18) ao delinear a natureza, ‘[...] queremos nos referir a todo o processo orgânico da vida e do movimento que ocorre no universo, um processo que inclui o homem, que se mostra indiferente às suas idiossincrasias genéricas, suas reações subjetivas e variações de temperamento [...]”, neste contexto, parte do que experienciamos, é motivada pela percepção que conecta o homem à sua natureza, para Sokolowski (2000, p.75), “[...] a percepção representa um objeto diretamente para nós, e esse objeto é sempre dado numa mistura de presença e ausências. Quando um lado está dado, outros estão ausentes. Algumas par-

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