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Estratégias de ensino
from Ponto Zero da Fotografia, Caderno com 101 atividades para o ensino da fotografia
by Marcelo Reis
A maneira pela qual aceitamos as coisas no mundo e o mundo mesmo é um
modo de crença. Quando experienciamos outras pessoas, árvores, edifícios,
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gatos, pedras, o sol e as estrelas, nós as experienciamos como sendo aí, como verdadeiros, como reais.
Robert Sokolowski
Os anos de 1980 foi em especial marcado por críticas da educação imposta pela ditatura militar, segundo Barbosa (2014), paralelo a essa realidade a existiu uma busca em pesquisas por soluções aos problemas exististes, contudo foram necessários mais oito anos, para que em 1988, com a publicação da Nova Constituição, (art. 206, p. ii) na seção sobre a educação determinasse: “O ensino tomará lugar sobre os seguintes princípios... ii – Liberdade para aprender, ensinar, pesquisar e disseminar pensamentos, arte e conhecimento.” O artigo constitucional foi resultado do pressionamento e persuasão de arte/educadores a alguns dos deputados constituintes.
Segundo Barbosa (2014, p. 15) como resultado:
“[...] nós chegamos a 1989 tendo a arte/educadores com uma atuação bastante ativa e consciente, mas com uma formação fraca e superficial no que diz respeito ao conhecimento de arte/educação e de arte. Algumas universidades federais e estaduais, preocupadas com a fraca preparação de professores de arte, começaram a partir de 1983 progressivamente a organizar cursos de especialização para professores de arte universitários. Os cursos são curtos e intensivos (algumas vezes com aulas de dez horas diárias) e são em geral conduzidos por professores e artistas de outros estados [...]”.
Não obstante o ensino da fotografia no campo da arte-educação começa a dar seus primeiros passos, ainda em São Paulo, como apontado por Cardoso (1986), o iº Seminário do Ensino Universitário de Fotografia, organizado pela Unicamp, em seu Instituto de Artes Multimeios, discutiu de maneira sistematizada as principais problemáticas presentes no campo escolar no contexto do ensino da fotografia, mesmo que, naquele momento, o seminário privilegiou o ensino universitário muito em função da realidade da fotografia no campo educativo, contudo existiu preposições que relacionou atividades didáticas pedagogia para as escolas de níveis anterior ao universitário, propostas que levaram a fotografia para além do campo acadêmico para as escolas de nível médio, como proposta, Cardoso (1986), enfatizou a necessidade de uma:
“[...] pedagogia da imagem nos currículos das escolas primarias e secundárias; realização de cursos rápidos, de três ou quatros semanas, tais como: oficinas, workshops etc., dando uma rápida especialização para fotógrafos profissionais e amadores. Esses cursos deveriam também ser direcionados para os professores primários e secundários [...]”. (venturelli in cardoso1984, p. 56).
Atualmente a utilização da fotografia como prática pedagógica já é uma realidade, mas ainda muito distante de um uso com maior eficiência, principalmente ao tocante das disciplina de artes, deste modo, essa pesquisa não se pretendeu oferecer uma formação em fotografia as professoras, o que sobrecarregaria em demasia os já densos cronogramas de atividades a serem desenvolvidas, mas propor colaboração com suas considerações sobre a forma e o conteúdo de como a fotografia veio sendo utilizada em sala de aula, esta possibilidade teve como referência pensamento de Kossoy (2002), onde diz que:
“[...] Quaisquer que sejam os conteúdos das imagens devemos considerá-las sempre como fontes históricas de abrangência multidisciplinar. Fonte de informação decisiva para seus respectivos empregos nas diferentes vertentes de investigação. As imagens