direção: amanda borges e pj godoy
- SE FOSSE AS-
SIM, VOCÊ PROVAVELMENTE NÃO ESTARIA
colaboradores: bianca bruneto, gabriel campos, lucas veiga, ly l i a d a m a s c e n o, mariana anselmo
LENDO A 2ª EDIÇÃO DA PARALELA NESTE MOMENTO. A QUESTÃO É; NÃO HÁ NADA QUE COM FORÇA DE VONTADE
fotografia: andressa da mata e toca a fita
(UM A S DORE S D E C A BEÇ A ), DEDICAÇÃO, APOIO E PARCERIA, SEJA IMPOSSÍVEL ALCANÇAR. A PROVA ESTÁ AQUI. COMO SE
projeto gráfico & diagramação
NÃO BASTASSE UMA REVISTA, AGORA DUAS. O CORRE É GRANDE.
impressão: gráfica pontual
VIVEMOS ATRÁS DE PESSOAS QUE ACREDITAM NA PARALELA
parcerias: salt store, cena cerrado, jornal brasa, polidoro discos, feira orgânica
× × × × × ×
× × × × × ×
× × × × × ×
× × × × × ×
× × × × × ×
× × × × × ×
× × × × × ×
× × × × × ×
× × × × × ×
× × × × × ×
× × × × × ×
DA MESMA FORMA QUE NÓS, PARA FAZER A RODA GIRAR. SER LIVRE E TOTALMENTE
× × × × × ×
× × × × × ×
GRATUITA FAZ COM QUE CADA EDIÇÃO SEJA UM DESAFIO. EMBORA NÃO SEJA UM PROBLEMA E SIM O QUE NOS MOVE. Q UA N TO M A IOR O T R AMP O, M A IS ‘ VA LO R’ A RE V IS TA T EM.
É DE CORA-
ÇÃO, É COM MUITO AMOR E É CONSTRUÍDO POR CADA PESSOA QUE ACREDITA! ENQUANTO EXISTIR ARTE INDEPENDENTE LOCAL, EXISTE PARALELA. OLHA ‘NÓ IS’ AQUI DE NOVO!
AM ANDA B O RGE S & PJ GO DOY . ed.ii - uberlândia-mg - dez.2015
III por
gabriel campos
: : : : : : : : : :
: : : : : : : : : :
: : : : : : : : : :
: : : : : : : : : :
: : : : : : : : : :
: : : : : : : : : :
: : : : : : : : : :
: : : : : : : : : :
: : : : : : : : : :
: : : : : : : : : :
O SAUDOSO DADAGEO
É O LUGAR ONDE FOI MARCADO O PRIMEIRO ENSAIO DO OUTRORA CONHECIDO POR COLETIVO CACHORRO LOCO. FORAM CONVIDADOS PARA A REUNIÃO MÚSICOS, ESTUDANTES E OUTROS TIPOS DE MENTIROSOS, QUE JÁ DE ANTEMÃO ESTAVAM DEVIDAMENTE PREPARADOS, SEGUINDO A RISCA OS PRÉ-REQUISITOS DITADOS PELO ANFITRIÃO
Eram simples requisitos. Só foi exigido daqueles ali que levassem, cerveja, ideias e vontade.
: : : : : : : : : : : :
: : : : : : : : : : : :
: : : : : : : : : : : :
: : : : : : : : : : : :
: : : : : : : : : : : :
: : : : : : : : : : : :
: : : : : : : : : : : :
: : : : : : : : : : : :
: : : : : : : : : : : :
: : : : : : : : : : : :
COMO EM TODAS AS
REUNIÕES ATÉ HOJE, A CERVEJA FOI INSUFICIENTE, MAS AS IDEIAS E A VONTADE, ESSAS SIM ERAM FARTAS. GRANDE PARTE DAS IDEIAS ERAM MERAS PATIFARIAS E FORAM PARA O LIXO. ENTRETANTO, A VONTADE DE FAZER ALGO ACONTECER, A VONTADE DE DAR VOZ, SE NÃO A TODOS, AO MÁXIMO DE ARTISTAS SEM ESPAÇO DA CIDADE, ESSA SIM ERA FORTE. DEPOIS DE ALGUMAS HORAS DE CONVERSA, A MATÉRIA BRUTA
E SCERRADO T A V A ESTAVAFFEITA. EITA! CENA
: : : : : : : :
: : : : : : : :
: : : : : : : :
: : : : : : : :
: : : : : : : :
: : : : : : : :
: : : : : : : :
: : : : : : : :
: : : : : : : :
: : : : : : : :
AGORA EM AGOSTO CO-
MEMORAMOS UM ANO LAPIDANDO NOSSO COLETIVO. JÁ FORAM OITO FESTAS, MAIS DE 30 BANDAS, 15 ARTISTAS/ILUSTRADORES, MILHARES DE PESSOAS IMPACTADAS DAS REDES SOCIAIS, E ENTRE TODOS ESSES, TAMBÉM NASCEU ESSA QUE ESTÁ EM SUAS MÃOS.
COM A VONTADE DE
: : : : : : : : : : SOMAR COM A CENA ARTÍSTICA QUE : : : : : : : : : : ESTAVA E ESTÁ ECLODINDO, A PARALELA SURGE COMO UM REGISTRO PALPÁVEL, DE TODA A CORRERIA E PRAZER QUE É FAZER QUALQUER TIPO DE TRABALHO AUTORAL.
e é com um EXTREMO ORGULHO que eu lhes convido
c -
e
r
p e d e
s
s
r a
a p g
d a e
o z m
j a i r n a v e s HÁ QUASE DEZ ANOS, O MUNICÍPIO DE ARAGUARI ERA DESTAQUE NO CENÁRIO NACIONAL, COM SUA MAIOR INJUSTIÇA DA HISTÓRIA RESGATADA EM FORMA DE MÚSICA. NA VOZ DE JAIR NAVES, O CASO DOS IRMÃOS NAVES DITOU O RITMO DO EP QUE LEVAVA O NOME DE SUA TERRA NATAL. DESDE ENTÃO, O MÚSICO ARAGUARINO MOSTRA QUE SEUS CONTERRÂNEOS AINDA TÊM MUITO QUE SE ORGULHAR. “TROVÕES A ME ATINGIR”. GRAVADO COM FINANCIAMENTO COLETIVO, O DISCO REÚNE PARTICIPAÇÕES DE GRANDES NOMES DA MÚSICA NACIONAL, COMO BARBARA EUGÊNIA, BETO BEJIA (MÓVEIS COLONIAIS DE ACAJU) E CAMILA ZAMITH (SEXY FI), BEM COMO GUIZADO (TROMPETE), RAPHAEL EVANGELISTA (VIOLONCELO), CAIO E IGOR BOLOGNA (PERCUSSÃO), ALÉM DA BANDA QUE O ACOMPANHA NO PALCO, RENATO RIBEIRO (VIOLÃO E GUITARRA), FELIPE FARACO (TECLADO E SINTETIZADOR), RAFAEL FINDANS (BAIXO) E THIAGO BABALU (BATERIA). EX-LÍDER DO LUDOVIC, JAIR NAVES CULTUA SEU NOME NA CENA ALTERNATIVA NACIONAL, PAVIMENTANDO UM CAMINHO DE QUASE UMA DÉCADA DE ESTRADA.
ELAS TÊM DIFERENTES PERSONALIDADES, TIMBRES VOCAIS, CABELOS E ALTURAS, DE FORMA QUE FICAM AINDA MELHORES JUNTAS. O DUO ANAVITÓRIA UNIU DOIS NOMES, ENERGIAS E TALENTOS PARA ENCANTAR O BRASIL E O MUNDO COM SEU POP AUTORAL DE RAÍZES MÚLTIPLAS E BELEZA SINGULAR. ANA, A PRINCIPAL COMPOSITORA, TEM OLHAR INTROSPECTIVO E CURIOSO DE QUEM NASCEU PRA SER ARTISTA. JÁ VITÓRIA PARECE RESPIRAR O PALCO, COM ATITUDE ESPETACULAR E VOZ EXPANSIVA.
O VIRAL QUE TEM G A N H A D O O S PA L C O S
espaço
destinado
para
aqueles
que surgiram do cerrado para pedir sos
passagem em palcos
cantos
do
país
de divere
do
mundo.
TARSO MILLER Quando se trata de trash/death metal, a banda uberlandense KroW é destaque, mostrando o quanto a cena local tem ganhado voz pelo mundo. O grupo formado por Guilherme Miranda (guitarra e vocal), Jhoka Ribeiro (bateria), W. Johann (guitarra) e Cauê De Marinis (baixo), foi uma das atrações do festival Rock in Rio em 2015, realizado em setembro, no Rio de Janeiro. Os músicos uberlandenses subiram no palco da Rock Street, uma das áreas do festival, que visa divulgar o amplo cenário musical de qualidade produzido país afora. Eles dividiram palco com as bandas Motorocker, de Curitiba (PR), e República, de São Paulo (SP). A lista de artistas com quem o KroW já dividiu palcos é extensa, Ratos de Porão, Possessed, Krisiun, Dimmu Borgir, Undercroft, Sepultura, Arch Enemy, Dying Fetus, Job for a Cowboy, Haemorrage, Onslaught, Sinister entre muitas outras bandas.
FORAM MAIS DE 30 SHOWS PELA EUROPA, SEIS PAÍSES DIFERENTES. //////////// COM A EXPERIÊNCIA DE MAIS DE 140 APRESENTAÇÕES PELO BRASIL AO LADO DE ALLIS BIG BULL (BAIXO-ACÚSTICO) E TIGER JR. (GUITARRA), TARSO MILLER JÁ PEDIU PASSAGEM EM DIFERENTES IDIOMAS. PASSOU POR ESTADOS UNIDOS, HOLANDA, ESLOVÁQUIA, REPÚBLICA TCHECA, BÉLGICA E HUNGRIA. ////////// ATUALMENTE O MÚSICO DE ARAGUARI, SEGUE NA PRODUÇÃO DE UM NOVO ÁLBUM, INTITULADO “THE DRIFTING DRIVE”, PREVISTO PARA JANEIRO DE 2016. ////////// ENQUANTO ISSO, TARSO FIGURA EM UM PROJETO DE NATAL, COM PARTICIPAÇÃO NO EP DA BANDA HOLANDESA THE HILLBILLY MOONSHINERS BLUEGRASS BAND. ////////// O DISCO FOI MASTERIZADO EM NOVA YORK POR FRED KEVORKIAN, ENGENHEIRO DE SOM VÁRIAS VEZES VENCEDOR DO GRAMMY POR TRABALHOS COM MAROON 5, THE WHITE STRIPES, IGGY POP, WILLIE NELSON E RYAN ADAMS.
é ilustrador, muralista e desde os 12 anos faz intervenções urbanas em goiânia e região. focado na preservação da natureza e na valorizaçãodo povo simples que vive nas roças e vilarejos do brasil, suas ilustrações refletem os valores adquiridos durante o período em que morou no interior do estado.
“GUARÁ” É UMA SEÇÃO DO BRASA EM HOMENAGEM AO LOBOGUARÁ, UMA ESPÉCIE EM EXTINÇÃO DO CERRADO. O TERMO TAMBÉM NOMEIA UM PROJETO DE INTERVENÇÃO URBANA QUE SE REALIZARÁ NO TRIÂNGULO MINEIRO NOS PRÓXIMOS MESES. NESTE MOVIMENTO CONOSCO ENTRA WES GAMA, QUE TRAZ EM SUAS OBRAS AS RAÍZES DO CAIPIRA. ENTRE OS OBJETIVOS DO PROJETO ESTÁ OCUPAR OS ESPAÇOS URBANOS COM ARTE. PARA TANTO, É PREVISTO A DISTRIBUIÇÃO DO JORNAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS A FIM DE QUE OS ALUNOS POSSAM, PRIMEIRAMENTE, INFORMARSE SOBRE A CONTEMPORANEIDADE E, ENTÃO, INTERAGIR COM O IMPRESSO POR MEIO DE FIGURAS PARA COLORIR.
#PROJE TO GUAR A
> > > > PALCO INDEPENDENTE INSTRUMENTAL SICK, composto pelo www.sickinstrumental.com OtrioGRUPO uberlandense Pedro Negreto (Guitarra), Guilherme Levi (Bateria) e Raphael Tx (Baixo) produz composições autorais com influência predominante no rock alternativo, post-rock e também em outros estilos. O projeto da banda existe desde 2014, mas é fruto da parceria que existe há mais de 6 anos entre os componentes. A Sick conta com o repertório significativo de músicas e disponibiliza music videos nas redes sociais. O trio ganhou voz com o primeiro EP “Light Switch”, gravado no Caverna Estúdio e Revolutionair Records. Lançado em outubro de 2015, através do selo Polidoro Discos. O EP traz quatro faixas e está disponível para download grátis. A identidade visual ficou por conta do folia dos reis. Na intenção de ampliar possibilidades artísticas, o projeto traz uma performance .
compacta, virtuosa e emocionante
A K L E I T S O P P O S T I E L K A
Irreverencia, possibilidades & improvisações
A BANDA POSTIELKA , que começou em 2010, como grupo de estudo de Jazz, leva consigo o fardo de infinitas possibilidades. Eles se apresentam em várias casas de show da cidade, não como ‘Postielka’ , mas com diferentes nomes e formações. ‘Choras Jazz, Quinteto Mateus Leão, GordonTheRasta, Estralando Planetas, Schardong Boys e os garotos da Farinha,’ são algumas das subdivisões que o grupo já realizou. Em 2014, lançaram o primeiro EP, ‘O Sonho de Avenir’ , com distribuição de 50 cópias e canções de longa duração (acima de 13 minutos) . Atualmente trabalham no EP, , que trará composições mais densas. O repertório de composições próprias do grupo está disponível na internet.
‘GordontheRasta’
IX
Do tropicalismo de ao noilândia por Vinicius Coutinho (guitarra e voz), M u t a n t e s Guilherme Vasconcellos (guitarra), Fabio Masson (baixo) e Arthur Rodrigues (bateria), s e do Sonic Youth. a banda Cachalote Fuzz começou em 2014 e já conquistou a cena paralela. Eles ganhaC a c h a l o t e F u z z ram espaço nas casas de shows da região, BANDA MINEIRA FAZ SOM QUE GANHA VIDA QUANDO MISTURA AO CLIMA DO CERRADO E À ORIGINALIDADE DO GRUPO. Formada em Uber-
apostando na sonoridade do Cerrado misturada à influências do Rock Psicodélico e de clássicos como Stooges, Sonic Youth e Velvet Underground, Noise, Mutantes. ////////// Logo surgiram as composições próprias, lançando em julho de 2015, o primeiro single, 'Temporada de Caça', produzido por Tiago Garcia, do Laboratório Estúdio. O single integrou entre as revelações da cena mineira. ////////// O grupo passou a participar dos principais festivais da região, como Psicose, Cena Cerrado Fest e Compacto. Segundo Arthur Rodrigues, baterista da banda, o próximo destino é o festival Psicodália, que acontece desde 2001, a fim de criar espaço para bandas autorais independentes. “ESTAMOS COM PLANOS DE DESCER
PARA O SUL, EM FEVEREIRO, PARA TOCAR NO PSICODÁLIA 2016 E PARA UMA POSSÍVEL TURNÊ DE DIVULGAÇÃO DO EP.” ////////// A banda também participou do lançamento do novo projeto audiovisual Cena Cerrado Sessions, com a interpretação acústica da faixa "Como Pode?" que estará presente no EP, previsto para ser lançado no começo de 2016.
A S
n a
d l
r o
é m
ã
o
um poço de arte traduzido em música
ATOR, MÚSICO E EDUCADOR. NUMA RELAÇÃO DE SETE ANOS DE ESTRADA COM
A ARTE, CAMINHOS NÃO FALTAM PARA ANDRÉ SALOMÃO. EM MAIO DE 2015, O ARTISTA LANÇOU SEU PRIMEIRO DISCO DE COMPOSIÇÕES PRÓPRIAS, INTITULADO “PLANOS E MUROS”. A CONCRETIZAÇÃO DO TRABALHO ACONTECEU GRAÇAS A UM FINANCIAMENTO COLETIVO, REUNINDO APOIO DE DIFERENTES REGIÕES DO PAÍS. ////////// NASCIDO EM SÃO PAULO, MAS CRIADO EM ARAGUARI, ANDRÉ MORA ATUALMENTE EM BARBACENA-MG, ONDE CURSA MÚSICA NA BITUCA NA UNIVERSIDADE DE MÚSICA POPULAR. DURANTE A SUA CARREIRA, PRODUZIU O DVD “LANÇADO AO MAR” E PARTICIPOU DE OUTRAS GRAVAÇÕES E MONTAGENS DE ESPETÁCULOS EM GRUPOS COMO TODO-UM (UBERABA) E EMCANTAR (ARAGUARI). COM O ÁLBUM “PLANOS E MUROS”, O MÚSICO RELACIONA A DESCOBERTA DE NOVOS CAMINHOS, O ABANDONO DOS MEDOS DO MUNDO E OS RISCOS A SEREM ASSUMIDOS. ////////// O DISCO, COMPOSTO POR 14 FAIXAS, FOI PRODUZIDO POR LUCAS ROZA, E CONTOU COM PARTICIPAÇÕES DE ARTISTAS COMO LUIZ SALGADO, LIDO LOSCHI (PONTO DE PARTIDA), TITO RIOS, DOUGLAS ALESSI, JACK WILL, DOUGLAS OLIVEIRA (RED DOGS – UBERABA) E SUA MÃE, SANDRA SALOMÃO. CIDADES DE MINAS, GOIÁS, SANTA CATARINA, RIO GRANDE DO SUL E SÃO PAULO, ALÉM DO DISTRITO FEDERAL, JÁ CONHECERAM DE PERTO O TRABALHO.
W W W.ANDRESALOMAO.COM.BR
Empreendimento que chega com o objetivo de trazer um novo astral em pleno centro de Uberlândia. Um ambiente que abraça diferentes ideias e acredita em todas. Venha conhecer este espaço que é muito mais que uma galeria, e sim uma intervenção cultural no meio da cidade.
“O povo que jazia nas trevas viu uma grande luz, e aos que estavam detidos na região e sombra da morte, a luz raiou” frase que inspira
Conna Della Vega, criador da salt store.
De um pedaço de
chão conquistado há dois anos, hoje a SALT STORE já abrange uma barbearia, dois estúdios de tatuagem, um estúdio fotográfico e uma empresa de confecção e acessórios masculinos. Em breve, terá uma praça de uma alimentação com direito a Food Truck.
Na ideia de abrir espaços e abrigar parceiros.
A Salt apoia também marcas de Uberlândia e região. Entre elas Amber, Old School, Volkers.
facebook.com/saltdelivery
34 3238 7441
AVENIDA AFONSO PENA, 56, CENTRO, UBERLÂNDIA/MG.
XI
A história daquele que os abriga
Tudo começou em
ra inovadora. Foi a primeira ótica
meados da década de 20, quando
de Uberlândia, e chegou a ser
a família Neguettini começou a
considerado o prédio mais alto
construir o prédio na avenida
da cidade. O motivo, reza a lenda,
Afonso Pena. A obra terminaria
era a mania de perseguição de An-
no início da década de 30, e dei-
gelo Neguettini, que desejava ter
xaria sinais que permaneceriam
um mirante para ter controle de
vivos até os dias de hoje. Naquela
toda a região central, incluindo
época, muitos materiais tiveram
as três praças existentes até en-
que ser importados, acompa-
tão, Clarimundo Carneiro, Tubal
nhando a ideia de uma arquitetu-
Vilela e Bicota.
Após décadas abandonado, o prédio ganha uma nova vida com a SALT STORE, que continua escrevendo a história do lugar, desta vez, a partir de um sonho que é sonhado junto!
"E já era, tua rainha tá ciscando, já era. O país tá no abandono, já era. O planeta tá morrendo, já era. Vai cair o rei." criolo doido ~ lion man
13 por
mariana anselmo
O meu amigo secreto não é secreto
ele é toda pessoa, todo transeunte. não o
quero secreto porque anunciarei toda vez que seja machista, sexista, desumano, ou desrespeitoso.
meu amigo secreto é nosso inimigo em co-
mum. deve ser combatido; contra ele travar guerra, batalhar e lutar, até eliminá-lo. transcender.
meu amigo é essa parcela machista que
existe em mim, que me foi imposta pela organização social, na escola - do maternal ao colegial - no catecismo, na faculdade, e claro, no trabalho. toda a ideia incutida do que é considerado "certo": a divisão de tarefas, a maternidade, o casamento, as obrigações de mulher. essa ideologia está aqui, e a enfrento, porque ela é meu amigo secreto primeiro. o conservadorismo vive em todos porque é construção social; e como tomate podre, apodrece os arredores. há quem lute contra o mau cheiro resultante de ideias apodrecidas. viva meus companheiros! persistamos.
há quem se cale e a estes eu clamo: não
se intimidem! mas há aqueles acostumados ao chorume, às ideias apodrecidas, aos frutos contaminados. a esses eu aponto o dedo, publicamente, e digo: por cima de mim, não! denunciarei suas opiniões, desnudarei suas vergonhosas posições! chega do anonimato, do conforto. chega dessa bolha! a paralela apoia toda e qualquer luta pela igualdade de direitos da mulher na sociedade. seja da casa ao trabalho. dos parques aos estádios. do luxo dos edifícios à simplicidade das periferias. das vielas às avenidas. das meias palavras aprendidas na escola ao papo reto de um decreto. das urnas ao plenário. saia do confessionário, pois aqui, meu amigo não é secreto.
UMA ESCOLA DE CIRCO, ‘CIRCO DA VIDA’, PROJETO COM APOIO DA PREFEITURA QUE OFERECIA AULAS GRATUITAS. UMA SEMANA. ESTAVA EU LÁ. PENDURADA NUM TECIDO DE CERCA DE NOVE METROS DE ALTURA. MEU CORPO GANHOU FLEXIBILIDADE, CONHECI PESSOAS MARAVILHOSAS E PRINCIPALMENTE, APRENDI QUE “O CIRCO É O ÚNICO LUGAR ONDE A GENTE SONHA DE OLHOS ABERTOS”. ¶ DO ALTO, SENSAÇÃO DE MEDO. MAS DE SUPERAÇÃO, QUE SÓ AUMENTAVA A VONTADE DE IR ALÉM. NÃO CHEGUEI A FUGIR COM O CIRCO. FOI O CIRCO QUE FUGIU COMIGO.
por
amanda borges de castro
O Circo Fugiu
comigo.
& me L E V O
U
!
PASSEI A AMAR AQUELE MUNDO. QUEM SÃO ESSAS PESSOAS TÃO LEGAIS QUE TOMAM CONTA DE UMA LONA DE CIRCO? COMO ELAS VIVEM? POR QUE SÃO TÃO AUTENTICAMENTE DIFERENTES DO RESTO DO MUNDO? ¶
perguntas que ao longo do tempo foram respondidas sozinhas. ¶ TODAS
AS PESSOAS TÊM EM SI UM POUCO DE ARTISTA, A PARTIR DO MOMENTO QUE SE LIBERTA E PASSA A FAZER O QUE GOSTA. CADA SER É ELEMENTO QUE REMODELA O ESPAÇO URBANO. A CIDADE É UM PALCO DE MANIFESTAÇÕES. É O ESPAÇO PRODUZIDO PELO SER HUMANO, FRUTO DA COMPLEXA REDE DE RELAÇÕES SOCIAIS, POLÍTICAS E ECONÔMICAS. ¶ TODOS OS DIAS NOS DEPARAMOS COM INÚMERAS FORMAS DE ARTE PELAS RUAS, SEM PRECISAR GASTAR DINHEIRO, NEM LOCOMOVER DO LOCAL DE TRABALHO, OU QUE SE COSTUMA PASSAR. SÃO GRAFITES, STENCILS, APRESENTAÇÕES DE CIRCO, TEATRO DE RUA, MALABARISTAS EM FARÓIS, ARTESANATO, MÚSICOS DE DIVERSOS RITMOS, CONCERTOS, ESTÁTUAS VIVAS, PERFORMANCES, INTERVENÇÕES, EXPOSIÇÕES E MANIFESTAÇÕES FOLCLÓRICAS. +
UBERLÂNDIA NÃO É DIFERENTE, AQUI A ARTE BRINCA DESDE AS CURVAS DA ARQUITETURA EXCEPCIONAL DO TEATRO MUNICIPAL, ATÉ AS CORES DA LONA DE UM CIRCO ESCONDIDO. ENTRE ESCOLAS LIVRES DE TEATRO, DANÇA, ARTE, MUSEUS, PRAÇAS, ALÉM DE DIVERSOS CENTROS CULTURAIS QUE NÃO SE CONCENTRAM EXCLUSIVAMENTE NA REGIÃO CENTRAL, MAS QUE FICAM NA PERIFERIA, DANDO PARA A POPULAÇÃO INÚMERAS OPÇÕES CULTURAIS GRATUITAS.
MUITA GENTE NEM SE DÁ CONTA QUE FAZ PARTE DISSO
¶ O QUE FALTA É ACESSO, PARA QUE
ASSIM COMO EU, cada pessoa possa ser tocada por aquilo que é feito pelo coração e transforma o mundo.
XV
" FAZ UM TEMPO, ouvi FALAR SOBRE UMA
tenda de circo
VERMELHA E AZUL, NO BAIRRO roosevelt. PARA MINHA FELICIDADE, ERA O QUE EU QUERIA QUE FOSSE."
Efígie Entre olhares paralelos sucumbo dias imito a felicidade, omito. Entretanto, e entre tantos busco o que posso coloco nas mangas e as arregaço. Num exato momento cores e almas se mesclam, eternamente registradas por um mover de dedos.
bianca bruneto
este retrato e a capa por
Frida Kahlo tinha o grande sonho de expor na sua terra, e é por isso, por me espelhar na grande pintora mexicana, que faço de Araguari-MG o lar do Sarau Pó e Sol. ///// Sempre tive olhos tarados para a arte, tesão por esse sentimento que “fazer arte” representa pra mim, coisa que nenhuma palavra, nenhuma, pode definir. ///// Com suor no rosto e soar no coração dou vida para o sonho que antes vivia só dentro de mim, e o materializo nos artistas mais vida que pude conhecer. Porque, nada nesse mundo me toca mais que o exercício do verbo viver. ///// Relembro a infância infinita nas vozes do Trem das Gerais. O amor como água-em-concha-de-mão na melodia com cheiro de lar de André Salomão. Os sorrisos diários, o batucar do coração, as vivências compartilhadas, ouço nas vozes dos meninos com cheiro cheio de presente do Goma. Toda a minha dor que se eleva em amor, entrego pro menino de Ventania, que tem a alma infinita como o mar, apesar de se chamar Tito Rios. E por fim, abro as portas da minha casa-arte para Anavitória, as meninas que dividiram pela primeira vez um sonho comigo, meninas pássaras, que ficam, que me encantam e cantam com afinar todo o desafinar que carrego no peito, fazendo do amor que transborda das minhas palavras, o amor delas que dedilham vozes, violões e corações. ///// Toda o peso de um texto entrego na leveza das mãos e das almas, de Fredy Abreu & Waquilla Correa, para que eles reencarnem nas expressões do corpo toda a alma que mora na palavra. ///// Por fim, devo deixar claro, que tudo que faço é como um abraço. Uma emaranhado de nós, de laços de nós. A realidade começa quando ela termina em palavra para ganhar vida no palco. O Sarau Pó e Sol é como uma memória boa, que existia, existe e existirá. Agora, pra encerrar ou encerradar, parodio o poeta com gosto de café, pão de queijo e Minas Gerais, o inenarrável Drummond. Não nos afastemos muito, vamos de corações dados!
Secas Folhas Nem sempre quero criar Deixar escapulir de mim as palavras Prefiro por vezes sufocar Todo o grito Silenciar Mas estrofes e versos Não obedecem vontades Do ser que se torce Contorce E as morde Amordaça e prende Verbos não se detém. Escorrem, escorregam Pelos dedos e olhos Fora das grades De carnes e ossos Em lentes telas se formam Figuras em fuga
Mariana Anselmo XVII
18
lava demetrius braga
divers
entre vista ELES SÃO DE ARAGUARI E UBERLÂNDIA. SE JUNTARAM PELA FOME EM COMUM DE PRODUZIR O SOM PRÓPRIO NO ESTILO QUE TODOS GOSTAVAM. FORMADA POR JOÃO PAULO (VOZ E GUITARRA), EDDIE SHUMWAY (GUITARRA), GLAUCO RIBEIRO (BAIXO) E ANA ZUMPANO (VOZ E BATERIA), A LAVA DIVERS PEDE PASSAGEM EM DIFERENTES CANTOS DO PAÍS. EM POUCO MAIS DE UM ANO, A BANDA JÁ FIGURA ENTRE OS PRINCIPAIS FESTIVAIS DE ROCK ALTERNATIVO, SOMANDO UM EP E TRÊS VIDEOCLIPES, ALÉM DE PARTICIPAÇÕES MEMORÁVEIS NA MÍDIA NACIONAL, COMO NO CANAL SHOWLIVRE. ANTES DE EMBARCAR PARA A TERCEIRA TURNÊ DO ANO NO ESTADO DE SÃO PAULO, O GRUPO FALOU COM EXCLUSIVIDADE À REVISTA. EM PAUTA, OS DESAFIOS, AS NOVIDADES E OS PLANOS PARA O FUTURO. COMO SURGIU A BANDA? ENCONTRAMOS O GLAUCO E EU (JOÃO) NO FESTIVAL PLANETA TERRA E DURANTE A EMPOLGAÇÃO DE UMA MÚSICA DECIDIMOS MONTAR UMA BANDA. A IDEIA FOI GANHANDO MAIORES PROPORÇÕES E COM O TEMPO CHAMAMOS A ANA E O EDDIE. A PREOCUPAÇÃO INICIAL ERA FAZER MÚSICA PRÓPRIA MESMO. AOS POUCOS COMEÇAMOS A PRODUZIR. ENSAIÁVAMOS DUAS VEZES POR SEMANA. LEVAMOS TUDO PARA O ESTÚDIO E TOCAMOS PARA VER O RESULTADO, QUE VIROU A LAVA DIVERS. LOGO NO PRIMEIRO EP, A BANDA CONSEGUIU UM GRANDE ESPAÇO NO CENÁRIO ALTERNATIVO. COMO FOI LIDAR COM ISSO EM TÃO POUCO TEMPO? CONFESSO QUE ASSUSTAMOS UM POUCO, NÃO ESPERÁVAMOS POR ISSO. ERA MAIS UM SONHO NOSSO, UMA CORRERIA QUE ESTÁVAMOS FAZENDO PARA TER UM SOM. ACHO QUE LANÇAMOS O EP EM UM MOMENTO EM QUE AS BANDAS
QUE TINHAM A MESMA SONORIDADE QUE A GENTE TAMBÉM COMEÇARAM A CRESCER, COMO UMA ESPÉCIE DE REVIVAL DAS GUITARS BANDS DOS ANOS 90. O LEGAL É QUE COMEÇAMOS A FAZER SHOWS E FOMOS CRIANDO MAIS MUSICAS, ENTÃO SEMPRE TINHA ALGO INÉDITO. O SELO SAPÓLIO RADIO QUE LANÇOU O EP E A MIDSUMMER MADNESS TAMBÉM FORAM MUITO IMPORTANTES. FIZEMOS PARCERIAS COM VÁRIAS BANDAS DE FORA, QUE ACABAVAM NOS CONVIDANDO PARA TOCAR E VICE-VERSA. O QUE LEVARAM DA EXPERIÊNCIA EM OUTRAS REGIÕES E O QUE TIRARAM DE DIFERENCIAL COM O CENÁRIO ALTERNATIVO DO CERRADO? A GENTE SE ENCONTROU, POIS VIMOS QUE TINHA UMA CENA ESPECÍFICA QUE ESTAVA ALI PARA OUVIR AQUELE TIPO DE SOM. NÃO É QUE AQUI NA REGIÃO AS PESSOAS NÃO GOSTEM, MAS A CENA É MUITO MAIS ABRANGENTE, COM VÁRIOS RITMOS MOBILIZADOS PARA CONSEGUIR VIABILIZAR UM EVENTO NO MESMO LUGAR. MESMO ASSIM, ACREDITO QUE A UNIÃO QUE AS BANDAS TEM POR AQUI NÃO VIMOS EM LUGAR ALGUM. DE FORA TOCÁVAMOS EM LUGARES ESPECÍFICOS, COM UM MERCADO MAIS ESTABELECIDO, COM EMPRESAS, ARTISTAS E UM PÚBLICO MAIOR QUE VIVE PARA ISSO. RECENTEMENTE VOCÊS LANÇARAM O EP EM FORMATO DE VINIL. DE ONDE PARTIU ESSA IDEIA E COMO FOI O RESULTADO? ACREDITO QUE FOI MAIS QUE UMA REALIZAÇÃO DE UM SONHO, FOI SEU TRABALHO MOSTRADO EM FORMA DE ARTE. QUANDO GRAVAMOS O DISCO JÁ SABÍAMOS QUE VIVEMOS NA ERA DIGITAL E QUERÍAMOS LANÇAR TUDO GRATUITO. MAS TER O SEU TRABALHO NO VINIL SERVIU ATÉ COMO UMA AJUDA DE
CUSTO, POIS PENSO QUE PARA O MERCADO É ATÉ MELHOR QUE O CD HOJE EM DIA. É MÚSICA E ARTE. TIVEMOS A ARTE FEITA PELO DESIGNER JAIME SILVEIRA, QUE TEM VÁRIOS TRABALHOS COM BANDAS. ANTIGAMENTE AS PESSOAS GOSTAVAM DE GANHAR UM VINIL, HOJE A GENTE SE ORGULHA DE TER O NOSSO LANÇADO. COMO AVALIAM O ANO 2015 PARA A BANDA? PENSO QUE ESSE ANO FOI BEM PRODUTIVO. TIVEMOS O LANÇAMENTO DO VINIL. LANÇAMOS NOSSO TERCEIRO VIDEOCLIPE, DA FAIXA “ON A FLAG HILL”, DESSA VEZ GRAVADO PELO RENATO CABRAL. GRAVAMOS UM TRIBUTO AO SONIC YOUTH. E AINDA FOMOS HONRADOS DE PARTICIPAR DE UM DOCUMENTÁRIO QUE VAI SER LANÇADO EM MARÇO, COM PARTICIPAÇÃO DE VÁRIAS GUITARS BANDS INFLUENCIADAS POR BANDAS INGLESAS E NORTE-AMERICANAS NO BRASIL. FOI MUITO BOM, PORQUE DIVIDIMOS ESPAÇO COM AS MESMAS BANDAS QUE NOS INFLUENCIARAM. EM RELAÇÃO AOS PROJETOS, JÁ TEM ALGUM QUE PODEM ADIANTAR? VAMOS EM DEZEMBRO PARA A TERCEIRA TURNÊ DO ANO EM SÃO PAULO, DESSA VEZ COM CINCO SHOWS, QUATRO NA CAPITAL E OUTRO EM SOROCABA, COM PARTICIPAÇÃO DE VÁRIAS BANDAS, COMO TRAVELLING WAVE, THE CIGARETTES, EM LUGARES CLÁSSICOS ONDE ACONTECE O SOM AUTORAL. ESTAMOS PREPARANDO ALGUMAS MÚSICAS NOVAS NESSA TURNÊ E NA VERDADE, SÓ VAI OUVI-LAS QUEM FOR NOS SHOWS, POIS ELAS SERÃO LANÇADAS APENAS NO ANO QUE VEM. TAMBÉM TEMOS O PROJETO LAVA DIVERS CONVIDA, ONDE CHAMAMOS OUTRAS BANDAS PARA TOCAR.
A ideia é dar continuidade em 2016.
SOMOS TODOS ALDEÕES
É A MÁXIMA QUE CIRCU-
LOU À MARGEM DA POPULAÇÃO NO INÍCIO DE OUTUBRO EM UBERLÂNDIA. DURANTE DOIS DIAS, MAIS DE 200 ARTISTAS, ENTRE DJS, MÚSICOS, EXPOSITORES, FEIRAS GASTRONÔMICAS E ARTESANAIS PASSARAM PELO ALDEIA FESTIVAL DE CULTURA INDEPENDENTE. EM UMA PROPOSTA INOVADORA E INÉDITA NA CIDADE, OS ALDEÕES PUDERAM CONHECER DE PERTO A ARTE QUE AINDA PULSA NA REGIÃO, EM UM AMBIENTE DE PAZ E HARMONIA COM A NATUREZA. ////////// DE FATO, O EVENTO MOSTROU QUE AINDA HÁ ESPERANÇA NA CULTURA REGIONAL. SEJA DO REGGAE AO XAXADO. DO BAIÃO AO BLACK MUSIC. DO BLUES AO HIP-HOP. DO FORRÓ PÉ DE SERRA AO ROCK. DO TRANCE AO SAMBA DE RAIZ. DO RAP AO ROCKABILLY. DO JAZZ ÀS PSICODELIAS SONORAS. TODOS OS DIFERENTES TONS BATENDO EM UM SÓ RITMO: O DA ARTE INDEPENDENTE. ////////// PARA UM DOS ORGANIZADORES, PHILIPE ARRUDA TEIXEIRA, O FESTIVAL É APENAS MAIS UMA INTERVENÇÃO NECESSÁRIA EM PROL DA CULTURA DA REGIÃO.
“O INTUITO É PLANTAR
UMA SEMENTE. IR PARA UM LUGAR ONDE NÃO INCOMODAMOS NINGUÉM, APROVEITAR A CULTURA QUE TEMOS E PROMOVER A INTERAÇÃO. O FESTIVAL CHEGA PARA AGREGAR. O ALDEIA NÃO É ÚNICO, QUEREMOS QUE ACONTEÇAM MAIS MOVIMENTOS CULTURAIS. PRECISAMOS DAR ESPAÇO PARA NOSSOS ARTISTAS E ACREDITO QUE ESTAMOS NUM CAMINHO BOM”, COMENTA.
23
xxiv
A v o z da a l d e i a
Jessé Augusto (artesão): “A arte é isenta do imposto, são materiais fei-
tos todo à mão e por isso não existe
concorrência, pois é tudo reciclado. Aí chega um fiscal e nos trata como
criminosos, como se fosse pirataria.
Outro dia, foram 14 policiais e três fiscais para tomar meu pano de um metro que estava no chão. São 17
funcionários públicos contra um trabalhador. É um enorme desafio viver da arte independente e tem
que ter muito amor pelo que faz. É uma verdadeira ditadura militar.
Quem está pedindo isso por aí dentro de casa, pouco sabe que ela ainda
está na rua”. / / / / / / / / / / Juliana
Felício da Fonseca (psicóloga): “Particularmente hoje prefiro ouvir muito mais as bandas que são consideradas alternativas da região do que aquelas comerciais. Sempre
tento conhecer suas histórias e entender o potencial dela no meio
em que estão inseridas”. / / / / / / / / / / José Guilherme Rangel (guitarris-
ta Maria Augusta/Senomar): “Nun-
ca vi em lugar algum onde morei e trabalhei com música algo parecido.
Muito porque além de todo mundo buscar se ajudar, todos acabam sen-
do amigos. Para mim isso já é tudo. Acredito que o movimento só tem a
se fortificar e crescer, pois quando é algo de boa fé as pessoas agregam
cada vez. Acho que estamos no
caminho certo”. / / / / / / / / / / Maria Fernanda Zumpano (arquiteta): “Acho que tem muita coisa para ser melhorada. Precisamos aproveitar os espaços de convívio da cidade
para divulgar os trabalhos e mos-
trar o potencial, como era no Arte na Praça em Uberlândia. Temos que
aproveitar o que a cidade oferece, para que todos conheçam os novos trabalhos que estão surgindo”. / / / / / / / / / / Felipe Genaro (gui-
tarrista Pulmão Negro): “Acredito que estamos vivendo um momento muito distinto, com muitos produ-
zindo alguma coisa, cada um com sua característica. No entanto, há muito pouco incentivo e pouco espaço para os artistas. Penso que temos muito a crescer a partir do momento em que as próprias casas de shows
se abrirem para esse movimento”. / / / / / / / / / / Fábio Masson (baixista Cachalote Fuzz/ Blue Bottles):
“Antes tínhamos muitos movimentos, como o Goma, que acabaram morrendo. Agora to sento que eles
estão voltando e mostrando que a toda vez que a cena independente se une por um movimento, ele acontece. Depende da gente e de toda a região, mas não podemos parar de mover a cena cultural” / / / / / / / / / / Bruna Dourado (Cena Cerrado/ Hey Take
a Listen): “Acho que já crescemos
bastante, mas falta muito incentivo por parte das empresas e da universidade. Não adianta falar de todas as cores como na última Calourada, e deixar de fora as bandas independentes, que são muitas. Temos que
conseguir mais espaços e a população tem que apoiar um pouco mais a cultura local, porque é isso que vai
fazer o movimento crescer”.
Cozinha Afinada é um projeto culinário que teve início em 2015, em Uberlândia, e chegou para juntar duas coisas que todo
mundo gosta: co-
mida e música. Eles oferecem
rangos em festas independentes que acontecem nas repúblicas e quintais pela cidade, tendo sempre muita criatividade e uma trilha sonora como influência. Tem gente que harmoniza comida com cerveja, o projeto harmoniza com música. (e cerveja também)
Após 19 anos de estrada, o amor pela música e o orgulho da sua terra ainda ditam o caminho trilhado pelo grupo ×××××××××××××××××××××××××
Diferentemente do curso natural seguido por qualquer outro conjunto musical, os artistas são a família que se tornou banda. Desde a infância, os acordes e os diferentes tons já circulavam pela sala de casa, em Araguari. ¶ Formada por Adolfo Figueiredo, (voz e violão), Vânia Figueiredo (voz e percussão), João Paulo Figueiredo (bateria e percussão), Pedro Figueiredo (violão de aço e guitarra), e Márcio Bonesso (contrabaixo), o grupo já gravou dois discos independentes, incluindo canções próprias e de artistas como Paulinho Pedra Azul, Geraldo Espíndola e Nilson Chaves. ¶ Durante toda a carreira, a banda ainda realizou diversas iniciativas, como os encontros de Trens, os encontros de Cantadores do Cerrado e o projeto “Nos Trilhos de Minas”. Hoje, a Trem das Gerais ainda pavimenta seu caminho em prol da cultura do cerrado. Em 2015, o grupo preparou o espetáculo “CANTO DO CERRADO”, com produções autorais do terceiro disco, em processo de gravação.
grupo de artistas araguarinos formado por uma família, l e v a n d o u m pouco da cultura popular pelos trilhos de onde anda.
“SOMOS UM GRUPO QUE NASCEU A PARTIR DA CONVIVÊNCIA NATURAL. TRAZEMOS EM NOSSA HISTÓRIA DE RESISTÊNCIA, SIMPLICIDADE E MUITA POESIA COM UMA PROPOSTA DE RESGATAR SENTIMENTOS ESQUECIDOS PELA “MODERNIDADE”. COM NATURALIDADE, DESLIZAMOS PELOS TRILHOS DO TEMPO, SEMPRE REVERENCIANDO E RETRIBUINDO TODAS AS NOSSAS FONTES CULTURAIS. CRUZAMOS COM A TECNOLOGIA, SEM ESQUECER NOSSAS REFERÊNCIAS, E NÃO DESCARRILHAMOS”, Adolfo Figueiredo.
“poder presenciar um trabalho de tamanha qualidade vindo de homens que não tiveram a qualidade de vida e as condições de acesso a cultura na mínima porcentagem que tive, me fez entender a profundidade e o poder de impacto, instrução e esclarecimento que a cultura hip hop propicia, principalmente há quem vive em situações de negligência perante o poder público. essa foi a faísca que despertou minha paixão pelo rap”.
AINDA CRIANÇA, TIAGO GARCIA JÁ VIA NA MÚSICA E NA LITERATURA SUAS COMPANHEIRAS PARA A VIDA TODA. NAS MANHÃS DE DOMINGO DENTRO DE CASA, SABOREAVA OS INÚMEROS DISCOS ESTAMPADOS NAS PRATELEIRAS, DESPERTANDO O GOSTO PELA ESCRITA. NOMES COMO MARISA MONTE, GILBERTO GIL, SIMONE, CHICO BUARQUE E PAULINHO DA VIOLA ABRIAM SUA VISÃO DE MUNDO E O SENSO CRÍTICO DA SOCIEDADE. ERA O INÍCIO DE UMA LONGA JORNADA EM PROL DA MÚSICA E DAS CAUSAS SOCIAIS. ¶ O MENINO TIAGO GARCIA CRESCEU, E SE APROXIMOU DO MOVIMENTO HIP HOP GRADUALMENTE, SEM PERDER SUAS RAÍZES “A CONVIVÊNCIA E ESTUDO DO GÊNERO FOI UM DOS PRINCIPAIS FATORES QUE POSSIBILITARAM COM QUE O RAP E A CULTURA HIP HOP SE APROXIMASSEM DA MINHA VIDA” , COMENTA. FEZ HISTÓRIA NO RAP REGIONAL
COM A BANDA BICHO URBANO, ATÉ SE APAIXONAR PELA PRODUÇÃO MUSICAL. ¶ HOJE, O MC, BEATMAKER E PRODUTOR TIAGO GARCIA, OU TIAGO BITS, COMO É CONHECIDO, É UM DOS MAIORES MILITANTES DA MÚSICA AUTORAL DA CULTURA HIP HOP. CONTINUA COMPONDO, DIVIDINDO-SE ENTRE GRAVAÇÃO E PRODUÇÃO DE OUTROS ARTISTAS. TEM PARTICIPAÇÃO EM PROJETOS NÃO APENAS DO TRIÂNGULO, COMO DE SÃO PAULO, BELO HORIZONTE E RIO DE JANEIRO, ASSIM COMO VÁRIAS CIDADES DO INTERIOR. SEU CANAL DE BEAT JÁ ACUMULA 12 MIL PLAYS, E COMO INTEGRANTE DA EQUIPE DO ESTUDIO O LABORATÓRIO, PASSOU A TRABALHAR COM OS MAIS DIFERENTES GÊNEROS, DESDE O ROCK N ROLL ATÉ A MÚSICA ERUDITA. ATUALMENTE, SE PREPARA PARA LANÇAR UMA MIXTAPE SOLO, QUE DEVE SER LANÇADA NO INÍCIO DE 2016.
O GRITO QUE ECOA PELAS RUAS DE ARAGUARI
VA I
NA
CAUTE-
L A, QUE A RUA A Q U I FA Z E S C O L A , POIS QUEM GANHA “ D I M ” C O M G U E RRA, QUER NÓS PEDINDO
ESMOLA.
Falcão MC
TIAGO BITS DO BAIRRO AMORIM, EM ARAGUARI, NASCIA PAULO CURCINO. CRIANÇA CALADA, FRANZINA QUE AOS POUCOS GANHARIA VOZ PELAS RUAS. SUA ÚNICA MISSÃO ERA MOSTRAR AQUILO QUE VIVENCIAVA, E FOI ASSIM QUE O GAROTO SE TORNOU FALCÃO MC. DEPOIS DE UM PERÍODO COM O GRUPO GREGOS E TROIANOS, O MÚSICO ENCONTROU NO RAP UMA NOVA ESPERANÇA PARA ALAVANCAR SEU PROJETO SOLO PARA ALÉM DOS LIMITES DO MUNICÍPIO. ¶ SOB INFLUÊNCIAS DO REGGAE, PSY TRANCE, TRAPE, HARD CORE, NEW METAL E GANGSTA RAP, O RAPPER BUSCA RETRATAR UM POUCO DE SUA HISTÓRIA E A REALIDADE DAS RUAS, POR MEIO DE UMA MISTURA DE MELODIAS E TRANSIÇÕES ACELERADAS. SE DESTACOU POR SER UM DOS PRIMEIROS TRABALHOS NO PAÍS COM CARACTERÍSTICA DE UMA VERTENTE DO RAP, DENOMINADA CHOPPER. ¶ HOJE, O NOME DE FALCÃO MC É UM DOS QUE MAIS CIRCULAM PELO MOVIMENTO HIP HOP DA REGIÃO. UM EXPOENTE DA MÚSICA, QUE SE TORNOU LENDA VIDA. ATUALMENTE, FALCÃO SEGUE NA GRAVAÇÃO DE SEU PRIMEIRO ÁLBUM SOLO, SOB PRODUÇÃO DO RAPPER KLINGER MARQUES. A PREVISÃO DE LANÇAMENTO É PARA DEZEMBRO DE 2015.
foliadosreis.com, design grรกfico, etc.
XXXI
ana zumpano, adolfo figueiredo, arthur rodrigues, bruna dourado, bruna rosa, carlos eduardo guimarães mota, conna della vega, cristiane diniz, cyntia castro, deny de castro, eddie shumway, frederico oliva, gabriel campos, gustavo lander, gabriel paganini, gisa castro, glauco ribeiro, guilherme hofke alamy, henrique nader, joão paulo, joão vitor sicari, lilian nader, luciana martins, márcio marques, marcos nader, maria eunice martins, nataly fagundes, paulo otávio godoy, rafael da nóbrega, renan castro, roberto paganini, ronaldo botelho, tiago garcia, valéria fernandes laroca garcia, vânia figueiredo, victória larocca garcia, vitor maldonado.
# G R AT I D Ã O
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
×
ANUNCIE ::: AQUI :::