a pa l av r a d o p r e s i d e n t e / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /
Plano Diretor da
Unimed Uberlândia 20 17 / 203 0
“As questões ali colocadas foram discutidas de modo aberto e transparente. De certo modo, estávamos ali pra ‘lavar a roupa suja’, ‘tocar em feridas’ ”.
COLEGAS COOPERADAS E COOPERADOS
No dia 20 de maio de 2017, um sábado, nossa
o encontro foi preparado com o máximo de dados concretos
cooperativa promoveu um encontro para o qual foram con-
da nossa cooperativa e o mercado em que a mesma está
vidados todos os cooperados. São merecedores de nosso
inserida.
reconhecimento e gratidão todos os que aceitaram nosso
convite para abrir mão de um dia de seu descanso e vida
cas de nossa cooperativa, mas não menos essenciais. Para
familiar, ou com amigos, para oferecê-lo à sua cooperativa.
muitos, num olhar mais desatento, poderia parecer que tais
Atitude nobre e responsável, pois essa cooperativa tem im-
discussões ou temas soassem até como desnecessários
portância inquestionável em nossa vida, pessoal e profissio-
e de respostas óbvias. Mas durante as discussões vimos
nal. Agradecimento e reconhecimento que não se limitam
que muitos desses temas básicos, mas fundamentais, são
aos cooperados, mas também ao nosso time de gestores,
o alicerce do nosso presente e, portanto, determinantes do
colaboradores da Unimed Uberlândia que não só se fizeram
nosso futuro. Vimos também que muitos desses temas não
presentes, mas organizaram e prepararam com muito cuida-
eram claros para muitos cooperados, que em suas palavras
do e dedicação esse encontro, um dia de trabalho e discus-
ou atitudes cotidianas colocam em dúvida, para a diretoria,
sões muito enriquecedoras.
parceiros, e até clientes, os fundamentos do nosso negócio.
Em consonância com evento anterior, “Um olhar
Era preciso que a diretoria, conselho consultivo e fiscal, que
para o futuro”, estivemos ali para dar continuidade a esse
mais diretamente fazem a gestão do nosso negócio, tives-
“bate-papo”, não mais com o olhar somente para o que nos
sem a certeza que os conceitos e expectativas que têm da
espera, mas com um olhar para nosso presente, para nossas
cooperativa, sejam de fato reflexo e consonância do que
atitudes, para nossas decisões de agora que terão efeito di-
pensam e veem os cooperados.
reto sobre esse futuro.
04
Falamos sobre questões muito primárias, bási-
As questões ali colocadas foram discutidas de
Muito embora tivéssemos, a diretoria executiva
modo aberto e transparente. De certo modo, estávamos ali
e corpo gestor da Unimed Uberlândia, uma clara visão de
“pra lavar a roupa suja”, “tocar em feridas”. Lembramos, no
que os caminhos hoje tomados são os melhores dentro da
entanto, antes do início dos trabalhos, que isso não signi-
sua visão e perspectiva atuais, precisávamos dialogar com
ficava discutir questões individuais, próprias dessa ou da-
todos os cooperados para conhecer sua visão, objetivos e
quela especialidade, desse ou daquele prestador... questões
anseios em relação ao nosso negócio. Mas queríamos um
como estas poderiam ser tratadas na medida em que atin-
diálogo não embasado em impressões, interesses indivi-
gissem ou influenciassem o todo da cooperativa ou a colo-
duais, informações distorcidas, superficiais ou incompletas,
cassem em risco no tocante à sua imagem, sua reputação,
mas sustentado por dados, fatos, projeções e defesa do in-
sua sustentabilidade, sua longevidade, seu crescimento, sua
teresse coletivo do universo de todos cooperados. Por isso
perpetuação etc. Não podíamos nos perder em discussões
infrutíferas ou que não visassem um propósito claro, que levassem a um benefício da cooperativa e, consequentemente, coletivo. Nosso tempo é sempre precioso e por isso, deve ser bem utilizado.
Iniciamos pela discussão da vocação da cooperativa. Pode parecer absurda para
alguns essa discussão, pois muitos entendem de forma clara que a vocação, a identidade e atividade da cooperativa como operadora de planos de saúde. No entanto com frequência somos confrontados com essa dúvida. Quando colocamos em discussão a sobrevivência e sustentabilidade da nossa cooperativa, por atitudes contrárias ao negócio por parte de cooperados ou prestadores, nos deparamos com o argumento, mesmo de cooperados, que entendem que permanecer como operadora não é necessário e que findar as operações, deixando para outras empresas a operação com planos de saúde, pode ser uma solução. Dizem: “Como médico quero me preocupar só com a medicina. A gestão do plano é problema seu”. Ademais, muitos, mas muitos cooperados não usam desse argumento explicitamente, mas agem no seu dia-a-dia sem se preocupar com a operadora, como se essa responsabilidade fosse apenas dos diretores. Ora, se esse é o desejo do cooperado (trabalhar só como médico), existe um caminho, é preciso decidir e aceitar seu ônus e bônus; tal decisão pode ser pessoal ou coletiva. Essa decisão, a coletiva, é a primeira que foi colocada em pauta para o conjunto dos participantes – cooperados e colaboradores. No entanto isso foi discutido embasado em dados, fatos e perspectivas, como já dissemos. Após essa discussão, a qual concluiu por nos mantermos como operadora de planos de saúde, seguimos as discussões sobre outros temas, agora em grupos menores:
Nossa participação no sistema Unimed União com outras cooperativas da região por meio de fusão ou incorporação O modelo assistencial ~ PERSPECTIVAS E SUSTENTABILIDADE A verticalização das operações Remuneração diferenciada de cooperados e prestadores (Pagamento por performance)
Saibamos que tais temas não esgotam os problemas e dúvidas que
permeiam as decisões cotidianas da cooperativa, mas certamente nos dão diretrizes importantes que confirmam ou mudam os rumos por nós hoje trilhados.
O caminho futuro, após as discussões, deve ser assumido pelo conjun-
to de cooperados e colaboradores, com seus benefícios e consequências. Não será uma imposição, mas uma escolha. Para aqueles que, a despeito da decisão maior aqui tomada, pelo coletivo e para o coletivo, ainda entenderem que essa decisão não contempla seus anseios, expectativas ou vocação pessoal, existe um caminho individual a ser seguido, mas a decisão nesse caso passa a ser pessoal.
Dr. Sávio de Moraes PRESIDENTE UNIMED
UBERLÃNDIA
Mais uma vez, agradecemos a todos que participaram desse dia de trabalho.
Saudações cooperativistas.
05
/////////
Índice
Expediente CONSELHO ADMINISTRATIVO UNIMED UBERLÂNDIA
× Palavra do Presidente Plano Diretor 2017/2030 pág. 04
G E S TÃO 2 0 16 / 2 0 1 9
Dr. Dr. Dr. Dr. Dr.
Sávio de Moraes - Diretor Presidente Luiz de Freitas Costa Neto - Diretor Vice-Presidente Narciso Volpe Júnior - Diretor Administrativo Paulo Gustavo Pimenta - Diretor Financeiro Edelweiss Teixeira Júnior - Diretor Comercial
CONSELHO CONSULTIVO Dr. Adael Sansoni Soares Dr. Alberto Batista de Faria Dr. João Lucas O’Connel Dr. Marcelo Sinicio Peixoto Dr. Melicégenes Ribeiro Ambrósio Dra. Suzete Rodrigues Gomes Dr. Vivaldo Sebastião Amorim Barbosa
pág.
07
ENTREVISTA
Dr. José Ribeiro, primeiro presidente da Unimed Uberlândia
pág.
21
A SAÚDE
no contexto atual especialista fala sobre a transformação da sociedade
pág.
10
CAPA
Plano Diretor, define os rumos da Unimed Uberlândia
pág.
34
CENTRAL
Unidade própria visa oferecer agilidade e mais comodidade
CONSELHO FISCAL Conselheiros Efetivos: Dr. Cláudio Ceccon Dra. Eliane de Cássia Faria Espíndola Dr. Flávio Malagoni Buiati CONSELHEIROS SUPLENTES Dr. João Batista Alexandre Ferreira Dr. Luiz Antônio de Oliveira Dr. Marcio Antônio Dumont CONSELHO EDITORIAL Dr. Sávio de Moraes Dr. Edelweiss Teixeira Júnior Dr. Luciano Silva Dr. Eduardo Braga Kellem Ramos Alan Barbosa Ana Claudia Frontarolli Mariana Santos Matheus Danilo Rodrigues Gustavo Lazzarini Rogério Fonseca Gustavo Patrício Fonseca JORNALISTA RESPONSÁVEL Gustavo Lazzarini – M T B M G 0 5 4 0 7 J P REPORTAGEM Walace Torres - M G 0 6 3 4 3 J P
pág.
17
GESTÃO DO CUIDADO
Novo modelo pode garantir a sustentabilidade da Cooperativa .................................................................................
pág.
24
DOR PERSISTENTE
Unimed Uberlândia é pioneira no País a implantar o programa educacional .................................................................................
pág.
pág.
26
27
FALA DO CLIENTE
33
COLABORAÇÃO Celso Machado Adriana Sousa Revisão Graciana Oliveira FOTOS Mauro Marques Celso Ribeiro Thiago Mesquita
Ouvimos nossos clientes para saber expectativas quanto ao atendimento médico
DIAGRAMAÇÃO Yellow Monkey
.................................................................................
IMPRESSÃO Gráfica Côrtes
ARTIGO
Visão clínica da gestão do cuidado .................................................................................
pág.
EDIÇÃO Evaldo Pighini - M G 0 6 3 2 0 J P
SEGURANÇA DO PACIENTE
Workshop abordou a importância de relatar os eventos adversos
FALE CONOSCO
Relacionamento com o cooperado: (34) 3239 6916 3239 6966
(34) 3210 9474
OS ARTIGOS ASSINADOS SÃO DE RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES. ESTA É UMA PUBLICAÇÃOBIMESTRAL DA UNIMED UBERLÂNDIA COM DISTRIBUIÇÃO GRATUITA E DIRIGIDA.
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E N T R E V I S T A
José Ribeiro O PRIMEIRO PRESIDE NTE.
O médico Dr. José Ribeiro foi um dos fundadores e o primeiro
presidente da Unimed Uberlândia, cargo ocupado de 1971 a 1974.
SE Reny Curi, COOPERADO NÚMERO 1, FOI O PRIMEIRO MÉDICO DE UBERLÂNDIA A ACREDITAR NA UNIMED ENQUANTO COOPERATIVA MÉDICA, COUBE A OUTRO MÉDICO, O DOUTOR JOSÉ RIBEIRO, A TAREFA DE COLOCAR O “TREM NOS TRILHOS”. JOSÉ RIBEIRO FOI O PRIMEIRO PRESIDENTE DA UNIMED UBERLÂNDIA, CARGO QUE ASSUMIU EM 1971 – FOI FUNDADA EM 15 DE MAIO - E PERMANECEU ATÉ 1974. É ELE QUEM ESTEVE NO COMANDO COM A RESPONSABILIDADE DE CONVOCAR OS PRIMEIROS “PASSAGEIROS” E NORTEAR O RUMO INICIAL DA COOPERATIVA ATÉ ELA SE TORNAR NO QUE É HOJE, UMA DAS MAIS SÓLIDAS COOPERATIVAS DE ASSISTÊNCIA MÉDICA DO PAÍS.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Natural de Patrocínio, José Alves Ribeiro
e Sempre”, e editadas pela Revista UNIMED, José
Júnior se mudou para Uberlândia no fim dos anos
Ribeiro conta como foi partir do zero com uma co-
50, antes mesmo de terminar a faculdade. Foi, por-
operativa que, há 46 anos, ainda era um ponto de
tanto, na que é hoje a mais importante cidade do
interrogação para a maioria dos profissionais da
interior de Minas Gerais, que ele fez carreira mé-
Medicina em Uberlândia.
dica. Quando ajudou fundar a Unimed na cidade e
se eleger como primeiro mandatário, José Ribeiro
fala de dificuldades, mas sim da satisfação em ter
ocupava a presidência da Sociedade Médica local.
sido o primeiro presidente, dos primeiros convê-
nios e da sua crença na solidez e confiança no futu-
Nesta edição, dando seguimento à sé-
rie de entrevistas com personalidades notórias
No bate-papo a seguir, José Ribeiro não
ro da cooperativa.
da Unimed Uberlândia, feitas pelo jornalista Celso Machado para o programa “Uberlândia de Ontem
Com a palavra, José Ribeiro... 07
DOUTOR JOSÉ RIBEIRO, O SENHOR PODERIA CONTAR COMO FOI O INÍCIO DA UNIMED. COMO FOI CONVENCER OS MÉDICOS A FORMAREM UMA COOPERATIVA? Foi quase uma coisa natural. Já era anseio de todos melhorarem a condição de trabalho, a própria condição de vida. E com uma cooperativa, facilitava o serviço. Por isso, a adesão foi maciça. Todo mundo achou que a cooperativa era uma boa coisa. Daí surgiu
“O primeiro convênio que nós fizemos foi com o 36º Batalhão de Infantaria Motorizado”
a Unimed, que seria a entidade capaz de congregar o pessoal, juntando todos na mesma intenção. A intenção de melhorar o
E QUANTO ÀS EMPRESAS, QUAIS FORAM AS PRIMEIRAS A
serviço, de prestar uma assistência médica melhor, sem onerar
APOIAR A IDEIA? O primeiro convênio que nós fizemos foi com
o trabalhador, com a cooperação das empresas para custear as
o 36º Batalhão de Infantaria Motorizado. Depois veio o convê-
despesas. As empresas faziam o seguro dos associados, para
nio da União dos Viajantes, que hoje nem sei se ainda existe.
dar assistência médica melhor que a prestada pelo INPS (antigo
E outros mais que apareceram logo depois. Mas, não era uma
INSS), que era uma assistência falha. Assim, para ficar a coisa
assistência grande, porque as empresas também não gosta-
mais na mão dos médicos, evitar que grupos de pré-pagamen-
vam de financiar serviço médico, achavam que o INPS ia fazer o
tos entrassem na frente, como de fato muitos entraram, fize-
serviço todo que precisava ser feito. Mas, no fim, acabou todo
mos a Cooperativa. E aí, é médico administrando o serviço mé-
mundo aderindo, a maior parte aderiu. Então, aí funcionou e
dico. Era uma garantia de sucesso. E de fato foi, deu muito certo.
está funcionando até hoje.
08
O SENHOR LEMBRA QUAIS OS MÉDICOS FORAM OS MAIS
E OS HOSPITAIS, ADERIRAM? Os hospitais todos concorda-
ENTUSIASMADOS COM A INICIATIVA? Pode dizer que era
ram, mas com abatimento do preço para chamar o pessoal para
unânime. Todo mundo queria a cooperativa, ninguém foi con-
prestar assistência médica aos associados dos IAPs, IAPI, IAP-
tra. Teve o doutor Abdala, o doutor Branly, o doutor Antenor,
TEC, IAPB, dos bancários. Os hospitais fizeram tabela própria,
a turma principal, teve o Hermilon... Quer dizer, o pessoal de
tabela mais barata para ficar em conta. Isso foi feito e deu certo.
Uberlândia foi a favor, não houve uma voz discordante, nenhu-
ma oposição. Foi até muito fácil fazer a Unimed.
E COMO ACONTECEU DE O SENHOR SER O PRIMEIRO PRE-
SIDENTE? Eu era muito amigo do pessoal da Associação
O QUE SIGNIFICA A UNIMED NA SUA VIDA? Eu acho
Médica Brasileira, da Associação Médica de Minas Gerais
que foi uma grande conquista que tive em minha vida, a
e eles confiaram a mim a tarefa de estruturar a Unimed em
fundação dessa Unimed. Foi uma coisa que correspon-
Uberlândia. E a turma daqui que me apoiava sempre. O dou-
deu à expectativa. Eu sempre pensei em fazer alguma
tor Macedo, o doutor Abdala, o doutor Hermilon, essa turma
coisa socialmente. E conseguimos fazer. Acho que foi
toda que hoje está toda afastada, a maior parte já faleceu.
uma coisa bem feita.
Mas, todos eles ajudaram muito a criar a Unimed. DR. JOSÉ RIBEIRO, HOJE SE TIVESSE QUE FAZER UMA RECOMENDAÇÃO A UM PRESIDENTE DA UNIMED,
“A colaboração era de todo mundo, quer dizer, todo mundo queria a Unimed”
PARA QUE TENHA UMA BOA ATUAÇÃO, O QUE O SENHOR DIRIA? Eu acho que os presidentes que passaram por lá, todos tiveram boa intenção de melhorar o serviço, de prestar uma assistência médica séria. Então, não tenho nada específico para falar. Acho que todos fizeram o que devia ter sido feito. E continuam fazendo. E SOBRE O FUTURO, O QUE O SENHOR DESEJA PARA
QUAIS FORAM OS DESAFIOS? NO QUE O SENHOR TEVE
A UNIMED? Que continue prestando o serviço à popu-
MAIS TRABALHO QUANDO COMEÇOU? Praticamente eu
lação do jeito que está programado. Que não seja como
não tive trabalho, porque a colaboração era de todo mundo,
a Unimed de São Paulo, que faliu, e outras por aí que es-
quer dizer, todo mundo queria a Unimed.
tão também na iminência de falir. A de Uberlândia (Uni-
med) é muito sólida, a diretoria sempre tem funcionado
E HOJE, O QUE O SENHOR SENTE QUANDO VÊ A UNIMED
muito bem, então eu tenho a impressão que aqui (em
COMO ELA ESTÁ? Bom, ela cresceu, desenvolveu e cumpriu
Uberlândia) não vamos ter dificuldade com relação à
a finalidade dela. E continua cumprindo, continua trabalhan-
Unimed. Eles têm tido a sorte de sempre ‘botar’ pessoal
do, do mesmo modo, e a adesão do pessoal é constante e
competente, responsável, na diretoria, por isso ela está
sempre boa, não tem nenhum problema sério, não.
se sobressaindo e continua funcionando bem.
“A de Uberlândia (Unimed) é muito sólida, a diretoria sempre tem funcionado muito bem”
O médico
dr.
josé
ribeiro
foi um dos fundadores e o primeiro presidente da Unimed Uberlândia, cargo ocupado de 1971 a 1974.
09
capa: p l a n o d i r e t o r / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /
Cooperados debatem rumos da Unimed Uberlândia “Com o Plano Diretor em pauta, evento realizado em Maio contribuiu para o entendimento das propostas e tomada de decisões sobre o destino da operadora”.
Plano Diretor Foco nas ações de curto e médio prazo que irão refletir no futuro da empresa.
10
Num futuro não muito distante a grande maioria das operadoras de pla-
nos de saúde deixará de existir, e quem até então administrava toda uma carteira de clientes e tomava as decisões sobre os rumos do negócio, vai se tornar um mero prestador de serviços. É um caminho sem volta, fruto da ação regulatória da Agência Nacional de Saúde (ANS) em um mercado extremamente complexo e competitivo. É dentro desse contexto que a Unimed Uberlândia promoveu em maio um evento entre seus cooperados para aprofundar a discussão sobre seu Plano Diretor 2017/2030, e saber deles quais os rumos que esperam que a cooperativa tome nos próximos anos, se segue como operadora de saúde ou vira uma prestadora de serviços. A primeira opção foi considerada a mais viável pelos cooperados presentes.
Segundo dados do Ministério da Saúde, em quase duas décadas o número
de operadoras em atividade no país caiu pela metade. Se no ano 2000, havia cerca de duas mil operadoras, em 2016 esse número foi reduzido a pouco mais de 950. Para os próximos três anos, a perspectiva é que sobrem em todo o país cerca de 300 operadoras de planos de saúde. Tal cenário fez com que o sistema Unimed sofresse uma reconfiguração, criando o conceito de Unimed Prestadora de Serviço. Nesta reconfiguração, a nova Unimed não comercializa e nem administra planos de saúde e ainda aliena a sua carteira de clientes à outra operadora, tendo, portanto, expressiva redução de suas despesas administrativas. Por outro lado, deixa de ter o registro na ANS, perde o controle sobre as decisões e se torna mera fornecedora de serviços de saúde aos beneficiários que agora são de outra operadora.
O evento organizado pela Unimed Uberlândia, que reuniu, além de coope-
rados, também membros da diretoria e do setor administrativo, colocou em discussão o Plano Diretor da cooperativa e foi uma continuidade do seminário “Um olhar para o futuro”, realizado em março e que trouxe uma reflexão da saúde sob o ponto de vista de novas tendências, como sustentabilidade, inovação, transparência e atenção ao indivíduo.
Desta vez, a abordagem foi um pouco diferente, focada nas ações de curto e
médio prazo que irão refletir no futuro da empresa. Temas como incorporação de outras operadoras, sustentação do modelo assistencial, intercâmbios, verticalização das operações e remuneração diferenciada foram debatidos pelos cooperados, técnicos,
“Temas como incorporação de outras operadoras, sustentação do modelo assistencial, intercâmbios, verticalização das operações e remuneração diferenciada foram debatidos”
diretores e gestores, divididos em grupos de forma a se chegar a um consenso sobre a necessidade de novos posicionamentos. Ao final dos debates, cada grupo elaborou um resumo com as principais deliberações e apresentou aos demais participantes.
11
Manutenção da operadora
A primeira abordagem foi decisiva para a se-
“Precisávamos desse evento para ouvir o cooperado, mas embasados em fatos, análises e perspectivas”
quência do evento uma vez que o assunto a ser tratado implicava no futuro da cooperativa enquanto operadora de plano de saúde. Como foi citado acima, se a Unimed Uberlândia optasse por se transformar numa prestadora de serviços, sua carteira de clientes seria aliada a outra operadora, que assumiria os riscos do negócio, mas também passaria a ter controle sobre todas as decisões. Enquanto donos do próprio negócio, os médicos cooperados presentes no evento entenderam que o melhor caminho para a Unimed Uberlândia é manter-se como operadora de plano de saúde. Uma situação que proporcionará à
Sávio de Moraes
empresa o seu fortalecimento a partir de incorporações que, consequentemente, irão acontecer em pouco tempo.
Dr. Eduardo Braga, presidente da Sociedade Médica e Coordenador Médico da Atenção Focal do CIAS, avaliou o evento como uma discussão madura e que vai propiciar à diretoria definir estratégias para fortalecimento da Unimed “Precisávamos desse evento para ouvir o cooperado, mas embasados em fatos, análises e perspectivas para avaliarmos se o que estamos fazendo e como estamos, está correto. É esse o modelo que queremos assumir? As conclusões não vão trazer nenhuma deliberação que demande uma assembleia, mas certamente faremos uma assembleia para levar um projeto em que se pretende concentrar num único espaço todos os serviços próprios, ou seja, construir uma sede operacional e assistencial que dará sustentação ao negócio”, disse o presidente da Unimed Uberlândia, Dr. Sávio de Moraes.
Os médicos e prestadores de serviço que partici-
param dos debates e contribuíram com suas observações e posicionamentos, aprovaram a iniciativa.
Incorporação de outras operadoras
Está em curso hoje no sistema de saúde suplementar
“Foi um momento importante de aproximação
uma convergência para concentrar a operação de planos de saúde
do cooperado com a Unimed e discutir o negócio de ma-
em grandes operadoras que tenham condições de dar sustenta-
neira mais ampla. Isso ajuda a própria diretoria a tomar
bilidade a esse mercado. Com isso, a tendência é que as pequenas
decisões, embora populares ou não, mas que visam a me-
operadoras se transformem em prestadoras de serviços, alienan-
lhoria da cooperativa”, avaliou o oftalmologista Dr. Mário
do sua carteira de clientes para a operadora que a incorporou.
Carvalho, diretor do ISO Olhos.
12
Atualmente, o sistema Unimed conta com 361 em-
“Tivemos a oportunidade de construir opiniões,
presas ativas em todo o país, das quais a grande maioria ainda é
compartilhar responsabilidades e entender melhor as
composta por operadoras de planos de saúde (293). Esse cenário,
ações que serão trabalhadas e implementadas na coope-
no entanto, já tem sofrido mudanças com a reconfiguração de
rativa, e que certamente visam melhorar o atendimento
algumas empresas. O caso mais recente e próximo é o de Mon-
aos clientes e dar mais segurança aos médicos”, observou
te Carmelo, onde a operadora Unimed local foi incorporada pela
o médico ortopedista e diretor clínico do Hospital Santa
Singular de Uberaba. Além de ser um exemplo típico do que está
Genoveva, Dr. Geraldo Carneiro Júnior. “Foi uma discussão
acontecendo no mercado de saúde suplementar, é também mo-
madura e que buscou a participação dos cooperados. Isso
tivo de preocupação para os cooperados em Uberlândia. Se a co-
vai propiciar à diretoria definir estratégias e tomar deci-
operativa não direcionar seus esforços para fazer a convergência
sões necessárias para o fortalecimento da Unimed”, disse
de pequenas operadoras na região, certamente outra operadora
o presidente da Sociedade Médica, Dr. Eduardo Braga.
com potencial semelhante o fará.
“A ação regulatória tem trabalhado para reduzir a quantidade de ope-
radoras no mercado nacional. Se a Unimed Uberlândia não sair na frente, pode perder o momento e correr o risco de outras operadoras iniciarem o processo de forma a comprometer a continuidade da Unimed Uberlândia como operadora”, diz Ronaldo Fernandes, gestor administrativo-financeiro da Unimed Uberlândia.
Segundo explica, a discussão sobre incorporação não se limita ao sistema
Unimed, apesar de que, nesse momento, a intenção é trabalhar na convergência de Singulares da região.
A operadora de Uberlândia é a maior das 13 Unimeds da Intrafederativa do
Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, tanto em número de funcionários, como de co-
manter o controle do negócio por perto, evitando que operadoras de outras regiões
“Se a Unimed Uberlândia não sair na frente, pode acontecer o que aconteceu com outras operadoras no mercado que passaram a ser prestadora deixando de ser operadora”
do Estado iniciem o mesmo processo e levem consigo a base das operações.
Ronaldo Fernandes
operados e de beneficiários. A tendência é que num breve espaço de tempo a região seja atendida por apenas uma Unimed. A partir dessa constatação, a cooperativa de Uberlândia já vislumbra a perspectiva de uma aproximação com Uberaba, a segunda maior da região, no sentido de promover uma fusão das empresas. Dessa união, sairia a Unimed Regional do Triângulo Mineiro. “É uma realidade que não pode ser deixada de lado, porque são as duas únicas que tem condições de dar sustentabilidade regional à operação plano de saúde”, avalia Ronaldo Fernandes.
Essa projeção de uma Unimed regional ainda daria sustentação para se
Remuneração diferenciada
A Agência Nacional de Saúde (ANS) tem priorizado cada vez mais que
as operadoras de plano de saúde melhorem os seus indicadores de saúde (assistenciais). Para isso, tem promovido debates para que todos os Stakeholders estejam atentos para a necessidade de mudanças principalmente no que diz respeito ao modelo de remuneração e de atenção à saúde.
O mundo hoje vive uma transição demográfica acelerada, uma tripla
carga de doenças (infecções, saúde reprodutiva, doenças crônicas, violência/ causas externas) e predominância das condições crônicas, que exige um novo modelo de configuração dos sistemas de saúde. Por isso mesmo, a ANS prioriza como os principais desafios para a Saúde Suplementar: a transição demográfica
“Nosso principal objetivo é focar no melhor resultado para o nosso cliente e melhorar as condições de remuneração para os nossos cooperados.“
de rápida evolução, transição epidemiológica e transição tecnológica.
Desatento a isso, os sistemas de saúde ainda permanecem organiza-
dos para as condições agudas, o que entre outras coisas aumenta os desperdícios, onde podemos citar como exemplos que em aproximadamente 90% dos exames solicitados em algumas especialidades, os resultados são normais, e em outros 30% os beneficiários nem sequer vão buscar os resultados.
E o que é mais grave, todo esse recurso desperdiçado poderia ser des-
tinado para melhorar a remuneração dos nossos cooperados, tornando os nossos indicadores de saúde melhores, o sistema mais eficiente e com melhor qualidade.
Cristiane Moreira 13
A partir dessa discussão, a Unimed Uberlândia
novos modelos de pagamento dos prestadores, que tenham
propôs a construção de um modelo de remuneração ela-
o usuário como centro das ações de saúde (patient centered),
borado em conjunto com o cooperado onde pudesse ser
em vez de focar no pagamento por volume de procedimentos
contemplada a meritocracia. A tendência é trabalhar com
ou serviços (fee-for-service).
indicadores de qualidade, indicadores assistenciais, o paga-
mento por performance (P4P) para os cooperados e o Grupo
to, no tempo certo e pelo profissional melhor preparado e
de Diagnósticos Relacionados (DRG) para os hospitais.
remunerado, com a qualidade que os nossos clientes pre-
cisam”, aponta Cristiane Moreira da Silva, Gestora de Provi-
O direcionamento da ANS é para o desencadea-
mento de uma nova etapa, onde a atividade de regulação do setor privado de planos de saúde passe para o reconheci-
“Nossa intenção é tratar o paciente no lugar cer-
mento em Saúde da Unimed Uberlândia.
Sustentação do modelo assistencial
de todos os atores envolvidos: as operadoras de planos em
As faculdades de Medicina têm promovido mu-
gestoras de saúde; os prestadores de serviços em produto-
danças em suas grades curriculares buscando a formação de
res de cuidado de saúde; os beneficiários em usuários com
um novo perfil de profissional médico, que não esteja focado
consciência sanitária e o próprio órgão regulador qualifican-
somente na doença, mas, principalmente na prevenção. Essa
do-se para corresponder à tarefa de regular um setor com
transformação visa atender a uma necessidade do mercado
objetivo de produzir saúde.
diante da carência do médico generalista e da preocupação
Felizmente, parece haver um consenso entre os
em mudar o modelo assistencial, que é do século passado.
diferentes players da saúde suplementar de que é urgente a
Além de não atender as necessidades do paciente, o chama-
adoção de um novo modelo de remuneração, mais racional,
do modelo biomédico gera um alto custo para as empresas
que premie a eficiência no cuidado à saúde. Isso permitirá às
de planos de saúde, pois se concentra no diagnóstico e trata-
operadoras planejarem melhor suas finanças e investirem
mento da doença.
mais no controle de qualidade dos serviços, com reflexos
positivos para a saúde dos pacientes.
na ordem de R$ 106 bilhões, e o prognóstico para o ano de
O modelo que temos hoje estimula a produtivida-
2030 é que essa conta alcance R$ 283 bilhões, com aumen-
de, o consumo de recursos, em detrimento da qualidade as-
to de 6% do custo com internações e aumento de 12% das
sistencial, que deveria ser o foco. No Brasil, ainda predomina
despesas com terapia. Ainda segundo dados da ANS, 10% da
o fee for service, ou pagamento por serviço, um sistema
população com maior carga de doença pode consumir próxi-
ultrapassado e já superado em grande parte do mundo de-
mo de 60% ou mais dos recursos assistenciais. É uma conta
senvolvido. São medidas imprescindíveis e urgentes a reor-
que não para de crescer e que, se nada for mudado, inviabiliza
ganização da prestação dos serviços de saúde e a adoção de
a sustentabilidade das operadoras.
mento do setor da saúde suplementar como local de produção de saúde e uma indução a uma transformação profunda
Em 2014, os gastos assistenciais no país chegaram
“O intercâmbio também é um grande diferencial competitivo para a Unimed Uberlândia no momento de comercializar seus produtos” Alan Barbosa
Um dos principais fatores que contribuem para esse fortalecimento é
o intercâmbio, que representa hoje 40% da movimentação da cooperativa. Esses atendimentos tem o mesmo peso para os cooperados, uma vez que eles também representam 40% do montante pago em consultas e honorários. “O intercâmbio também é um grande diferencial competitivo para a Unimed Uberlândia no momento de comercializar seus produtos, uma vez que o beneficiário tem o suporte de uma rede de abrangência nacional”, aponta o gestor de mercado da Unimed Uberlândia, Alan Guimarães Barbosa.
14
Ano passado, a cooperativa faturou R$ 178 mi-
lhões em atendimentos de intercâmbio, enquanto que os serviços prestados por outras Unimeds aos beneficiários de Uberlândia geraram uma despesa de R$ 30 milhões. “Embora a tabela do Intercâmbio Nacional Unimed tenha alguns procedimentos com valores inferiores ao da Unimed Uberlândia, ainda é uma tabela bastante competitiva, se comparada às tabelas de outras operadoras”, diz Alan.
Verticalização das operações
“A complexidade da saúde hoje faz com que tenhamos a necessidade de debater o momento atual (...). Temos que mudar esse processo e prevenir para conseguir manter a sustentabilidade”
A necessidade de ampliar a oferta de serviços e
produtos é uma realidade inerente a qualquer segmento. As empresas na área da saúde suplementar também precisam diversificar sua atuação para sobreviver no mercado. Com o propósito de reduzir custos e assegurar atendimento de qualidade, as Operadoras de Planos de Saúde passaram a investir em redes próprias. E mais do que isso: estudos demonstram que as operadoras que se verticalizarem vão sobreviver com mais facilidade, porque há outra fonte de renda com seu parque diversificado. Hoje, a lucratividade das operadoras de plano de saúde não chega a 3% em nível
Ana Cláudia
nacional, portanto se não houver mudança, haverá bastante dificuldade.
Para que a Operadora identifique a necessidade de
investir em recursos próprios, é preciso saber se o local está bem servido, se tem o serviço no local e se atende à demanda. Além disso, quando se tem os serviços, mas são dispendiosos, montar seu serviço próprio pode custar menos.
Alguns pontos abordados demonstram a impor-
tância de acompanhamento dos rumos da Operadora e da necessidade de estudos para manter a sustentabilidade do serviço no mercado de saúde. Em análise das informações locais foi demonstrado que a relação leito/clientes de plano de saúde suplementar é um ponto de observação e que precisa ser acompanhado pela Operadora, para que os clientes não sejam penalizados com falta de atendimento quando necessitarem de cuidados. Um estudo comparativo dos anos 2015 e 2016 sobre os exames de tomografia e os de ressonância realizados pelos beneficiários da Unimed Uberlândia aumentaram 13%. “Isso demonstra que um exame não tem excluído a solicitação do outro”, observa a coordenadora do Núcleo de Recursos Próprios da Unimed Uberlândia, Ana Cláudia Frontarolli.
O custo médio por atendimento – consultas e
exames – foi na mesma direção e apresentou um crescimento de 12,5% em 2016 em relação ao ano anterior. Em contrapartida, o número de beneficiários ativos da operadora caiu 6,28% no mesmo período, provocado, principalmente, pela crise econômica e o desemprego.
Já os serviços de radiologia, diagnóstico por
imagem, cancerologia, laboratórios e home care, representaram um total de 16% de todo o custo assistencial da operadora.
Diante desse cenário, os cooperados enten-
deram que o processo de verticalização é inevitável para garantia da sustentabilidade da operadora, uma vez que o mercado atual não atende aos interesses e necessidades da cooperativa. Dentro desse panorama, a aquisição de um terreno pela Unimed para concentrar todos os recursos próprios num único espaço dará viabilidade na implantação de novos serviços. “A complexidade da saúde hoje faz com que tenhamos a necessidade de debater o momento atual, não dá mais para ficar aguardando e ser um expectador. Temos que mudar esse processo e prevenir para conseguir
Se não houver mudança, haverá bastante dificuldade.
manter a sustentabilidade”, diz Ana Cláudia.
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Operadora × Prestadora de serviços Operadora
Prestadora
V A N TA G E N S :
V A N TA G E N S :
× Detém a certeira de clientes
× Sem vínculo com a ANS
× Cooperado determina os rumos do negócio
× Sem exigência garantias financeiras
× Participa diretamente dos resultados
× Transfere maior parte do risco para operadora
× Gerencia a assistência
× Menor despesa administrativa
× Responsável pela rede prestadora
× O médico exerce medicina
D E S V A N TA G E N S :
D E S V A N TA G E N S :
× Sujeita a regulação da ANS
× Não detém a carteira de clientes
× Deve constituir as garantias financeiras
× A operadora sem vínculo com o cooperado
× Aumentos das despesas administrativas
× Sujeita às negociações da Operadora
× Detém a maior parte do maior risco do negócio
× A operadora não tem vínculo com a rede prestadora hoje existente
× O médico deve se preocupar com o negócio plano de saúde (Médico e Empreendedor)
Comparativos :
Situação da Unimed Uberlândia
E M T E R M O S D E AT I V O S :
56ª entre todas as Unimeds do País 114ª entre todas as operadoras do País 9ª entre todas as operadoras do Estado 5ª entre todas as Unimeds do Estado E M R E L A Ç Ã O A R E C E I TA S :
38ª entre todas as Unimeds do País 78ª entre todas as Operadoras do País 5ª ente todas as operadoras do Estado 3ª entre todas as Unimeds do Estado EM NÚMERO DE BENEFICIÁRIOS:
4ª entre as Unimeds do Estado 34ª entre as Unimeds do País
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/ / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / s u s t e n t a b i l i d a d e : Gestão do Cuidado
Sustentabilidade depende de novo modelo assistencial
A Atenção Integral à Saúde é o caminho para as operadoras garantirem o atendimento diante do aumento de custos e do envelhecimento da população.
O envelhecimento da carteira, a in-
corporação de novas tecnologias, a judicialização da saúde, além dos desperdícios e fraudes, são os principais motivos do crescimento desenfreado dos custos assistenciais. Nos últimos, anos o VCMH (Índice de Variação dos Custos Médico-Hospitalares), apurado pelo IESS (Instituto de Estudos da Saúde Suplementar), a chamada “inflação médica”, tem se distanciado cada vez mais dos índices de inflação geral e também dos índices de reajuste autorizados pela ANS (Agencia Nacional de Saúde Suplementar). A desaceleração da economia pela qual temos passado ocasionou a evasão de beneficiários dos planos. Consequentemente, as margens operacionais das operadoras vêm diminuindo. A conta não fecha e precisamos tomar medidas para conter os aumentos.
O superintendente entende que a
melhor maneira de combater os aumentos é atacar os fatores controláveis que influenciam o crescimento dos gastos. Uma vez que, o envelhecimento da população é inevitável o melhor investimento é a gestão preventiva, controlando os fatores de risco para que a população envelheça com mais saúde e menos despesas. Envelhecer tem que ser visto como um privilégio, e não como um fardo. A Unimed
O SUPERINTENDENTE DA UNIMED UBERLÂNDIA, UBIRATAN DE OLIVEIRA, ALERTA PARA ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO QUE IMPACTARÁ DIRETAMENTE OS CUSTOS ASSISTENCIAIS DAS OPERADORAS.
Uberlândia vem, nos últimos anos, se modernizando para se adequar a essas necessidades e melhorar a qualidade dos serviços prestados sem colocar em risco a sustentabilidade da cooperativa.
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“Custo assistencial dos beneficiários acima de 59 anos deve subir até 2030
273% ”
A tendência é que até 2030 o custo assistencial cresça
assustadoramente 273% por uma razão simples: no ano de 2030 a previsão é que 20% da população esteja acima dos 60 anos de idade. “Isso trará uma pressão muito grande para os custos assistenciais, pois não há recursos novos, pelo contrário, estão cada vez menores e temos que gerir isso”, diz Ubiratan.
Segundo o superintendente, a cooperativa poderá reduzir
seus custos de maneira significativa com o atendimento acontecendo em rede, o que dará ao médico a opção de ter o histórico do usuário para destiná-lo ao tratamento que julgar adequado. Isso exige uma mudança de comportamento e de foco, de forma que a operadora passe a fazer a gestão do cuidado do paciente. Isso já está acontecendo no mercado de Saúde Suplementar.
Pelo novo modelo de assistência baseado na Atenção Inte-
gral à Saúde o beneficiário tem à sua disposição uma equipe composta por diferentes profissionais, que consegue lhe atender na sua plenitude. Ao fazer a gestão do cuidado e monitorá-lo permanentemente, a operadora consegue reduzir custos decorrentes do desperdício, dar um atendimento de qualidade e remunerar melhor o seu cooperado.t
Unimed Mais A partir desse novo modelo assistencial, com foco na Atenção Integral, a
cooperativa criou o Unimed Mais. Os benefícios são os mesmos ofertados aos demais usuários, o que difere é a maneira de tratar. Os beneficiários do plano Unimed Mais são atendidos em rede referenciada, onde o paciente tem à sua disposição médico de família, psicólogo, nutricionista, assistente social, entre outros profissionais que conseguem acompanhar toda a sua trajetória.. É um modelo que, por dar atenção integral ao beneficiário, evita que ele procure o médico apenas quando sentir necessidade ou que faça o uso indiscriminado e sem controle de seu plano. “Tem gente que faz até oito ressonâncias por ano e não sabe o malefício que esta radiação pode trazer à sua saúde”, observa Ubiratan de Oliveira.
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Em 40 anos a população idosa triplicará
O envelhecimento demográfico é uma realidade que
está se desenhando em todo o mundo, por isso é importante que o sistema de Saúde Suplementar esteja atento a essa tendência. Quando a idade vem aliada a doenças crônicas e suas complicações, há certamente um grande impacto de custos assistenciais,
“a população idosa no Brasil triplicará num período de 40 anos”
o que pode desequilibrar toda a cadeia.
Uma projeção publicada em 2016, pelo IBGE, apontou
que a população idosa no Brasil triplicará num período de 40 anos, passando de 19,6 milhões (10% da população brasileira), em 2010, para 66,5 milhões, em 2050 (29,3%). Na Saúde Suplementar, este cenário não é diferente. Segundo dados da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), mesmo com a crise econômica que tirou 1,4 milhão de pessoas das carteiras dos planos de saúde no ano passado, a última faixa etária, de 59 anos ou mais, teve a entrada de 101 mil beneficiários. “Tal cenário naturalmente interfere no chamado ‘pacto intergeracional’, onde a massa de jovens contribui para o custeio das despesas assistenciais dos mais velhos. Com este desequilíbrio na diluição do risco, os reajustes nas mensalidades serão mais agudos e, em última análise, prejudiciais aos beneficiários e à sustentabilidade de todo o sistema de saúde”, avalia Pedro Ramos, diretor da Abramge.
(Entre 2010 e 2050)
PEDRO RAMOS, DIRETOR DA ABRAMGE, CHAMA A ATENÇÃO PARA AS DESPESAS ASSISTENCIAIS DA SAÚDE SUPLEMENTAR QUE NESTE ANO, SÓ ATÉ MAIO, JÁ ATINGIRAM OS R$ 50 BILHÕES
Ele lembra que as despesas assistenciais da Saúde
“Para reverter o quadro atual é importante a
Suplementar no Brasil atingiram nos primeiros dias de maio,
Saúde Suplementar, como um todo, focar na sustenta-
de 2017, a marca de R$ 50 bilhões, segundo aponta o Custô-
bilidade do setor e no serviço prestado ao consumidor.
metro dos Planos de Saúde da Abramge, que mensura o total
Dentre as ações necessárias, destacamos a implemen-
de recursos despendidos pelas operadoras de planos de saúde
tação de novos modelos de gestão, o aumento da efici-
médico-hospitalares no cuidado à saúde de seus beneficiários.
ência e a redução do desperdício/fraudes, programas de
Trata-se da maior cifra já gasta em tão curto espaço de tempo.
prevenção de doenças e promoção de saúde”, cita Pedro.
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Outro ponto que o dirigente reforça é a necessidade de o setor de Saú-
de Suplementar discutir a adoção de um novo modelo de remuneração, como por exemplo, o DRG – Diagnosis Related Group (Grupo de Diagnósticos Relacionados), com foco na qualidade do atendimento.
A Unimed do Brasil tem estimulado que as Singulares apostem na
Atenção Integral à Saúde como caminho para melhorar a qualidade de vida da população e desafogar o sistema de saúde. “Entendemos que o modelo de assistência à saúde atual precisa ser reformulado, a partir do investimento na medicina preventiva e em ações que incentivem a adoção de hábitos saudáveis e a consequente prevenção de doenças para que as pessoas vivam mais, mas com qualidade”, diz Orlando Fittipaldi Junior, diretor de Gestão de Saúde da Unimed do Brasil.
O excesso de custos assistenciais é prejudicial para a sustentabilidade
do negócio e também para os beneficiários que tem de lidar com reajustes. Em 2011, a cooperativa instituiu o Comitê de Atenção Integral à Saúde (CAS) com o objetivo de incentivar e auxiliar as operadoras de saúde Unimed na implantação de um modelo que tem como base a Atenção Primária, integrando prevenção, vigilância, prestação de assistência e reabilitação. Com esta iniciativa, já foi possível identificar melhora no acompanhamento da rotina de saúde de mais de 200 mil pacientes participantes de programas de Atenção Primária à Saúde, adotados em mais de 45 Unimeds nos últimos anos.
“...o modelo de assistência à saúde atual precisa ser reformulado, a partir do investimento na medicina preventiva e em ações que incentivem a adoção de hábitos saudáveis”
O DIRETOR DE GESTÃO DE SAÚDE DA UNIMED BRASIL, ORLANDO FITTIPALDI JUNIOR, DIZ QUE A UNIMED UBERLÂNDIA ESTÁ NO CAMINHO CERTO COM O CIAS
Segundo Orlando Fittipaldi Junior, a Unimed Uberlândia está no ca-
minho certo ao implementar o novo modelo através do CIAS. “Esperamos que iniciativas como essa se multipliquem por todo o Brasil para juntos conquistarmos a sustentabilidade e equilíbrio do Sistema Unimed e da saúde suplementar como um todo”, disse.
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entrevista:
Ricardo Guimarães
E N T R E V I S T A
A saúde no contexto atual Ricardo Guimarães Fundador e presidente da Thymus Branding, é o entrevistado desta edição; ele fala sobre transformação da sociedade, saúde e perfil do novo médico
“Na sociedade do conhecimento o individuo sabe mais sobre si mesmo, seu corpo, sua saúde, suas carências, seus desequilíbrios. Ele se cuida melhor”
Essa afirmação é do ex-publicitário, fundador e
transformação no modelo assistencial. Um novo modelo
presidente da Thymus Branding, Ricardo Guimarães. Se-
centrado no cliente e que seja sustentável, eficiente e
gundo ele, no atual contexto de mundo, as pessoas estão
equilibrado diante do aumento da demanda e da oferta de
mais autônomas na gestão de sua saúde. A velocidade e o
novos serviços.
volume de conhecimento produzido colocam todos como
estudantes e curiosos diante da vida.
Uberlândia, o presidente da Thymus, que tem no seu por-
Em entrevista concedida à Revista Unimed
A Thymus é uma consultoria estratégica de
tfólio clientes como Natura, TAM, Santander, Grupo Algar
apoio a líderes na condução de planejamento e gestão
e Organizações Globo, é provocado a contextualizar a as-
de aspectos intangíveis do negócio, como competências,
sistência à saúde, a atenção médica ao perfil do paciente
relações, inovação, cultura e marca. Durante apresentação
atual. Ricardo se posiciona a favor de medicina preventiva
no HSM ExpoManagement 2016, Ricardo Guimarães afir-
sempre que possível e diz que o médico, especificamente
mou que “A sobrevivência de uma empresa não está mais
o cooperado, tem um mundo pela frente se realmente en-
na manutenção, mas na capacidade de se adaptar”. Essa
tender o espírito da época. Para ele, o médico cooperado
afirmação vem ao encontro do trabalho que a Unimed
em particular será muito valorizado se capturar o espírito
Uberlândia vem realizando junto aos seus cooperados que
do mútuo e souber operar o seu modelo de negócio.
é o de disseminar entre eles a necessidade de a coopera-
tiva se adaptar aos novos tempos, de analisar o contexto
rães, que recentemente esteve em Uberlândia, para parti-
de saúde como um todo e se planejar diante das tendên-
cipar como palestrante do seminário “Um Olhar Para o
cias de mercado e das projeções futuras, para propor uma
Futuro” organizado pela Unimed.
Abaixo, integra da entrevista de Ricardo Guima-
21
RICARDO, COMO FICA A SAÚDE NO NOVO CONTEXTO
A INTUIÇÃO, ALIADA À RAZÃO, É O MELHOR CAMINHO
DO MUNDO? Minha especialidade é contexto de mundo
PARA SE DETECTAR UMA DOENÇA? Isso não sei dizer por
e não saúde especificamente. Mas é possível tirar algu-
estudo, mas minha intuição me diz que diz que sim. A intui-
mas conclusões. O contexto diz que estamos vivendo uma
ção acessa muito mais informação do que nossa razão que
transição épica. Isto é, não é passageiro, mas algo tão pro-
só registra o que é conhecido, dedutível e tem nome. A razão
fundo e diferente que define o fim de uma fase da histó-
precisa de palavra para pensar e só tem nome o que é conhe-
ria da humanidade, chamada de Sociedade Industrial, e o
cido. É uma pena que nossa cultura tenha dificuldade de usar
começo da Sociedade do Conhecimento. Esta nova socie-
a intuição como instrumento de conhecimento científico.
dade é marcada por dois fatores: a quantidade de pessoas no planeta e a conectividade entre essas pessoas. A quan-
EM SUA PALESTRA, FEITA EM UBERLÂNDIA A CONVITE
tidade de gente e a interação entre elas criam dinâmicas
DA UNIMED, VOCÊ DESTACOU A TRANSFORMAÇÃO DA
sociais totalmente diferentes das que estamos acostu-
SOCIEDADE INDUSTRIAL PARA A SOCIEDADE DO CONHE-
mados. Uma dessas novidades é o individuo conectado
CIMENTO NO ÚLTIMO SÉCULO. COMO TRADUZIR ESSA
em rede que hoje fica mais informado, tem mais opinião,
TRANSFORMAÇÃO NA ÁREA DA SAÚDE? Essa transforma-
forma e mobiliza grupos, produz conhecimento e empre-
ção se materializa na quantidade de conhecimento produzido
ende sem precisar das instituições. É uma sociedade mais
e disponibilizado tanto para os cientistas e estudiosos como
horizontal e menos piramidal, vertical. É nesse contexto
para nós que não estudamos o assunto. Mas precisamos nos
que podemos falar da relação das pessoas com a saúde.
cuidar. A velocidade e o volume de conhecimento produzido colocam todos como estudantes e curiosos diante da vida.
COM A EVOLUÇÃO DO INDIVÍDUO E DA SOCIEDADE, A TENDÊNCIA É QUE AS PESSOAS TAMBÉM ADOEÇAM
DIANTE DESSE CENÁRIO, A POPULAÇÃO TENDO MAIS
MENOS E SE PREOCUPEM MAIS COM A SAÚDE, EM-
ACESSO À INFORMAÇÃO E VIVENDO MAIS, QUAL O CA-
BORA, HOJE AINDA NÃO SE PERCEBA ESSA EVOLUÇÃO
MINHO MAIS LÓGICO A SER SEGUIDO PELAS OPERA-
DIANTE DA DIMENSÃO DOS PROBLEMAS NO SETOR,
DORAS DE SAÚDE? Aliar-se cada vez mais aos interesses
EM ESPECIAL NA REDE PÚBLICA NO BRASIL? Claro,
e necessidades dos indivíduos e ressignificar as instituições
como eu disse, na sociedade do conhecimento o indivi-
como instrumentos de viabilização de um serviço e não pro-
duo sabe mais sobre si mesmo, seu corpo, sua saúde, suas
vedoras de serviço. O espírito de mútuo deve predominar
carências, seus desequilíbrios. Ele se cuida melhor. E to-
numa sociedade em que as pessoas de mobilizam e se apro-
dos conhecem o Dr. Google, não é? Os médicos mesmos
ximam em função de interesses comuns sem precisar das
dizem que hoje o paciente chega muito bem informado, já
instituições. Portanto, as instituições deverão rezar nessa
consultou fontes acadêmicas e outras pessoas que visita-
cartilha para garantir perenidade no novo cenário.
ram tiveram o mesmo problema. As pessoas estão mais autônomas na gestão de sua saúde.
COMO VOCÊ VÊ O COOPERADO (MÉDICO) DIANTE DO CENÁRIO DE NOVAS TECNOLOGIAS? E DO NOVO PERFIL DO USUÁRIO DE PLANOS DE SAÚDE? Tanto o médico em geral, como o medico cooperado, tem um mundo pela frente se ele realmente entender o espírito da época. O médico cooperado
“As pessoas estão mais autônomas na gestão de sua saúde” 22
em particular será muito valorizado se ele capturar o espírito do mútuo e souber operar o seu modelo de negócio. Não vou nem falar do cooperativismo, mas da cooperação como imperativo de sobrevivência num cenário tão mutante e tão imperativo. A cooperação garante maior agilidade de aprendizado sobre o cenário porque proporciona melhor fluxo de informação entre os membros do grupo. Darwin tem bons estudos sobre tribos de bonobos que evoluíram porque cooperavam mais do que tribos que competiam mais entre si e por isso entraram em extinção.
“O médico cooperado em particular será muito valorizado se ele capturar o espírito do mútuo” CONTE UM POUCO DO PROJETO DESENVOLVIDO POR SUA EMPRESA DE CONSULTORIA PARA A UNIMED DO BRASIL, QUE PRETENDE DISSEMINAR POR TODAS AS SINGULARES DO SISTEMA O MESMO MODO DE ATENDER E DE SE RELACIONAR COM O CLIENTE. QUAL É O NOME DO PROJETO? Eu não diria que é o mesmo modo de atender porque pode parecer um manual e a ideia é exatamente o oposto. O Jeito de Cuidar propõe que o espírito Unimed, que está descrito no Manifesto, esteja presente em todos os relacionamentos, internos e externos, em todo o Brasil, preservando as peculiaridades da Singular que foram definidas por sua historia e as circunstâncias locais. A ideia não é padronizar, mas harmonizar, criar uma unidade na diversidade. Uma família pode ter vários membros todos diferentes, mas com um mesmo DNA. É mais ou menos assim. O Jeito de Cuidar propõe um permanente aprendizado que é colhido na Singular e compartilhado sistemicamente para evolução de todos. É fazer a Unimed funcionar de fato como um sistema que aprende e evolui permanentemente garantido sua perenidade. Mas o melhor de tudo é que o Jeito Unimed vai estimular que as pessoas usem seu discernimento e sensibilidade para cuidar do outro. Temos protocolos, temos processos, temos procedimentos, mas só
Ricardo Guimarães
isso não garante o Jeito de Cuidar Unimed. O Manifesto é
Fundador e presidente da Thymus Branding
claro: somos pessoas com vocação de cuidar, não somos um banco nem uma instituição. Somos antes de tudo, pessoas, médicos que se unem cooperativamente para cuidar da saúde das pessoas. Esse espírito é que deve estar presente em tudo que a Unimed faz, não importa se é com sotaque gaúcho, mineiro ou nordestino. PELO QUE CONHECEU DA UNIMED UBERLÂNDIA, QUANDO DE SUA VISITA À COOPERATIVA, VOCÊ ACREDITA QUE ELA ESTEJA NO CAMINHO CERTO? Sim, Uberlândia é uma das referências do Sistema. MEDICINA CURATIVA OU PREVENTIVA? Preventiva sempre. Curativa se necessária
“Uberlândia é uma das referências do Sistema.” 23
p r o j e t o p i l o t o : Dor Crônica / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /
“Unimed ajuda pacientes no controle da dor”
Programa educacional implantado em Uberlândia trabalha a parte biopsicossocial no tratamento de clientes que sofrem com dores persistentes.
PACIENTES DURANTE SESSÃO DO NOVO PROGRAMA DA UNIMED UBERLÂNDIA QUE ORIENTA O AUTOCONTROLE DA DOR PERSISTENTE
24
Aos 78 anos de idade, a aposentada Sirlene Souza
tentaram quase de tudo e receberam acompanhamento médico
Carvalho passou a ficar mais reclusa, se afastando de compro-
sem um resultado terapêutico satisfatório.
missos sociais e das pessoas. Dormir à noite era um tormento. O
motivo dessa mudança de comportamento são as dores persis-
to a parte biológica do paciente quanto o psicológico e o social.
tentes que lhe acompanham há alguns anos e que provocaram
Os três fatores têm o mesmo peso no tratamento. “A dor pode
duas cirurgias em sua coluna cervical. Uma hérnia de disco lhe
ser inicialmente provocada por um processo físico e agravar por
tirava a alegria e o sono. Tirava! Hoje, está voltando a ser a Sirle-
problemas sociais e psicológicos”, diz o médico reumatologista
ne de antes. “Com as terapias estou me sentindo mais solta, com
e consultor da implantação do programa Dr. Carlos Eugênio Ri-
mais vontade de sair de casa. O astral mudou completamente”,
beiro Parolini. O grupo de dores persistentes foi implantado pela
conta dona Sirlene. Não que as dores sumiram, ela diz que está
parceria entre o CIAS, Espaço Viver Bem e Reabilitação; unidades
aprendendo a dominar a dor. “É uma coisa que a gente consegue
próprias da Unimed Uberlândia. Inicialmente o trabalho surgiu
mesmo”, afirma. Sirlene é uma entre 25 pessoas que está sen-
com o nome de Grupo de Dor Crônica. Posteriormente, entretan-
do acompanhada por meio de um projeto piloto, implantado na
to, por consenso passou-se a usar o termo “persistente” no lugar
Unimed Uberlândia este ano, e que já mostra os resultados que
de “crônica”, ficando então Grupo de Dor Persistente.
dezenas de sessões de fisioterapia, consultas e exames isolados
não conseguiram.
de outros procedimentos é o envolvimento de vários ramos de
O projeto Grupo de Dores Persistentes, no qual Sirle-
conhecimento, ou seja, é interdisciplinar. Além do médico, o pa-
ne Souza está inserida, é um programa de educação em saúde
ciente é acompanhado por fisioterapeuta, educador físico, psi-
da Unimed Uberlândia voltado para pacientes que sofrem com
cólogo, nutricionista, enfermeiro e assistente social. “Com isso,
o incômodo e que vem sendo implementado há mais de três
a gente consegue abordar todos os aspectos envolvidos na dor
meses. E não são apenas os casos que envolvem dores na colu-
do paciente. Hoje não se pode mais tratar a dor exclusivamente
na que recebem atenção. O tratamento é indicado para pessoas
pensando no aspecto de dor e com um médico só”, diz Carlos
com osteoartrose, lombalgias crônicas, fibromialgia, cefaleias
Eugênio, que é membro da Comissão de Dor da Sociedade Brasi-
crônicas ou dores neuropáticas. Ou seja, atende pacientes que já
leira de Reumatologia.
O segredo desse novo programa é que ele trabalha tan-
Outro fator que distingue o programa educacional
Execução
Os pacientes são atendidos em grupo e passam pelo
Carlos Eugênio Parolini
acompanhamento de toda a equipe durante as aulas. São três
Consultor de Implantação
sessões por semana, com duas horas de duração cada, ao longo de 12 semanas. O paciente é encaminhado para o tratamento
O médico reumatologista Dr. Carlos é consultor da implantação do programa Grupo de Dores Persistentes
pelo seu médico de origem. As aulas são práticas e também teóricas. Entre os meios utilizados para o tratamento estão liberação miofascial, agulhamento, alongamento, atividades de fortalecimento muscular, exercício de equilíbrio, meditação, propriocepção, condicionamento físico e aeróbico e avaliação nutricional. As aulas teóricas ajudam o paciente a entender como funciona o seu corpo, o que motiva a dor e o que fazer para controlá-la em determinados momentos do dia. Foi o caso da dona Sirlene Souza, que restringiu o uso de medicamentos para a dor somente ao período da noite. “A gente tem medo de não dormir com a dor. Mas os exercícios estão sendo uma maravilha”, diz.
Um dos obstáculos que o tratamento tem superado
é justamente a cinesiofobia, ou seja, o medo de realizar movimentos diante do receio de que a dor piore. O educador físico e o fisioterapeuta ensinam como lidar com o movimento do corpo sem causar dano. Já o nutricionista irá indicar uma alimentação que o ajude a melhorar o sono, enquanto o psicólogo investiga o histórico do paciente avaliando seus conflitos pessoais e interpessoais. A assistente social também exerce um papel importante no tratamento ao fazer visitas domiciliares e até no local de trabalho, avaliando as relações familiares e profissionais e as condições de estrutura física existentes no ambiente. Cabe ao enfermeiro orientar sobre o uso de medicamentos, efeitos colaterais, acompanhar a adesão ao tratamento e fazer o controle da pressão, glicemia, entre outros comportamentos.
Cooperativa uberlandense é pioneira no País a implantar o programa
A Unimed Uberlândia é a primeira do Sistema no país a im-
plantar o programa educacional em pacientes com dor persistente. A iniciativa partiu da decisão da diretoria da Cooperativa que ofereceu as condições necessárias para criação do curso. De acordo com o diretor administrativo, Dr. Narciso Volpe Júnior, a intensão é criar vários grupos simultâneos. “Com isso pretendemos aumentar o número de pessoas beneficiadas”, afirmou.
O paciente é indicado à equipe interdisciplinar pelo seu
médico de origem. O programa atende pessoas de todas as idades, a restrição fica por conta de pacientes com distúrbios psiquiátricos graves.
Em sua primeira turma, o programa tem demonstrado van-
tagens para todas as partes, especialmente ao paciente, que passa a ter mais conhecimento e controle sobre o próprio corpo. “O paciente pode não ficar curado em três meses, mas vai entender o processo de dor, quais os fatores agravantes. A maioria dos pacientes que sofrem de dor persistente, tem distúrbio do sono. Se não melhorar o sono, não tem como melhorar a dor”, ressalta Carlos Eugênio, apontando a
A APOSENTADA Sirlene Souza Carvalho É DAS 25 PESSOAS QUE ESTÁ APRENDENDO A LIDAR COM A DOR PERSISTENTE, POR MEIO DO NOVO PROGRAMA DA UNIMED UBERLÂNDIA.
meditação como uma das atividades que ajudam nesse processo.
O médico de origem também é beneficiado pelo programa
uma vez que o paciente retorna ao seu consultório ao final do tratamento com uma outra visão do que provoca as dores. O médico também recebe um relatório detalhado sobre as atividades executadas e um histórico sobre o comportamento biopsicossocial do paciente. Uma vez por semana, a equipe interdisciplinar se reúne para fazer uma avaliação do quadro dos pacientes, apontando evoluções e a necessidade de novas adaptações na rotina das aulas.
A operadora do plano de saúde também consegue reduzir
custos à medida que um paciente mais consciente sobre seus problemas começa a mudar seu comportamento, substituindo o excesso de exames, consultas e sessões por um tratamento que abrange desde a sua postura física e disciplinar até a autoestima.
Para encaminhamento das pessoas com dores persisten-
tes, o médico cooperado poderá encaminhá-lo para a Reabilitação da Unimed Uberlândia – Av. Cipriano Del Fávero, 397 – Centro, com relatório contendo nome do beneficiário, diagnóstico e solicitação para inclusão no Programa Grupo de Dores Persistentes – próximo grupo previsto para início em junho de 2017. 25
o p i n i ã o : Voz do Cliente / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /
A VOZ E A VEZ
do cliente
E para alcançar esses resultados a em-
presa precisa ter comprometimento, ética e saber valorizar seus cooperados, prestadores de serviço e especialmente os clientes, que dão sustentação ao negócio.
Nesse contexto, para a Unimed Uber-
lândia opiniões são bem vindas, por isso, nesta
Seja uma pessoa física ou uma empresa, o que se espera ao adquirir um plano de saúde é um atendimento eficiente e de qualidade.
edição, a cooperativa abre espaço para ouvir dos beneficiários o que eles esperam de uma operadora e sugestões para melhorar ainda mais o atendimento. Confira a seguir a voz do cliente Unimed:
“PODERIA MELHORAR A QUESTÃO DA RAPIDEZ NA LIBERAÇÃO DOS EXAMES E ATENDIMENTOS DE INTERCÂMBIO. MINHA UNIMED É DO RIO GRANDE DO SUL E MORO EM UBERLÂNDIA E TEM MUITA BUROCRACIA.”
“TODAS AS VEZES QUE PRECISEI, FUI BEM ORIENTADA PELOS PROFISSIONAIS. O QUE PODERIA MELHORAR É APENAS A QUESTÃO DO ATENDIMENTO TELEFÔNICO NA CENTRAL, POIS NEM SEMPRE TEMOS CONDIÇÕES DE VIR NO HORÁRIO DE TRABALHO.”
“SEMPRE TEM ACONTECIDO DE ATENDER COM QUALIDADE. TIVEMOS CASO GRAVE NA FAMÍLIA, TRATAMENTO DE VALOR ALTO E SEMPRE FOMOS BEM ATENDIDOS. NÃO TENHO NADA A RECLAMAR. MEU PLANO É DE MONTE CARMELO E TODA VEZ QUE PRECISAMOS FAZER OS PEDIDOS, TEMOS SIDO BEM ATENDIDOS.”
Juliana dos Santos R. Silva, operadora de Televendas
Maria Alcídia Vieira Borges, assistente admin-financeiro
Hélio Maia dos Santos, operador de turismo
QUANDO ADQUIRIMOS UM PLANO DE SAÚDE BUSCAMOS POR AQUELE QUE OFEREÇA AS CONDIÇÕES QUE ATENDAM ÀS NOSSAS EXPECTATIVAS. NO CASO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE UBERLÂNDIA (ACIUB), FOMOS EM BUSCA DO BOM ATENDIMENTO AOS COLABORADORES DAS EMPRESAS ASSOCIADAS, ASSIM COMO SEJA ADEQUADO A ESTRUTURA DESTAS EMPRESAS. FOI PESQUISANDO ASSIM QUE EM 1994 INICIAMOS UMA PARCERIA COM A UNIMED PARA ATENDER AOS NOSSOS ASSOCIADOS. DESDE ENTÃO ESTAMOS JUNTOS E CONFIAMOS QUE ESSA PARCERIA IRÁ SEGUIR CADA DIA COM MAIS FORÇA, PARA QUE JUNTOS, POSSAMOS CONTINUAR OFERECENDO BENEFÍCIOS NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS MÉDICOS, HOSPITALARES E DE DIAGNÓSTICOS PARA TODAS AS EMPRESAS ASSOCIADAS À ENTIDADE. ESPERAMOS QUE A UNIMED UBERLÂNDIA CONTINUE OFERECENDO SERVIÇOS COM EXCELÊNCIA PARA NOSSOS ASSOCIADOS.
Fábio Pergher, presidente da Ass. Comercial e Industrial de Uberlândia - Aciub
“CONTRATAR UM PLANO DE SAÚDE É UMA DECISÃO QUE VAI ALÉM DA PESQUISA DE PREÇOS. ANTES DE SE DECIDIR POR DETERMINADO PLANO, É IMPORTANTE TAMBÉM ATENTAR ÀS CONDIÇÕES DE PORTABILIDADE DE CARÊNCIAS, BEM COMO A ÁREA DE COBERTURA. ACIMA DE TUDO É BUSCAR UM ATENDIMENTO HUMANITÁRIO PARA OS CLIENTES, ATRAVÉS DA AGILIDADE NA LIBERAÇÃO DE GUIAS E REALIZAÇÃO DE PLANTÕES NOS FINAIS DE SEMANA. O QUE ESPERAMOS E QUEREMOS DA UNIMED UBERLÂNDIA É QUE SIGA AS NORMAS ESTABELECIDAS NA LEGISLAÇÃO BEM COMO QUE SE CUMPRA O OFERECIDO AO CONSUMIDOR QUANDO DA AQUISIÇÃO DO PLANO CONTRATADO. AGINDO DESTA FORMA, COM CERTEZA TEREMOS UMA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE ALTA QUALIDADE, COMO A QUE VEM SENDO PRESTADA PELA UNIMED UBERLÂNDIA À CÂMARA MUNICIPAL DE UBERLÂNDIA.”
Marcelo Mendes Cunha, diretor administrativo da Câm. Municipal de Uberlândia
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“O COMPROMETIMENTO EM ATENDER O PACIENTE NO HORÁRIO MARCADO PRECISA MELHORAR. COM A FALTA DE PONTUALIDADE, A GENTE ACABA SE PROGRAMANDO E ATRASA O NOSSO COTIDIANO COM ISSO.”
Elisa Marquês, estudante
“PELA EXPERIÊNCIA QUE TENHO TIDO, POR ENQUANTO, CONSIDERO SATISFATÓRIO O ATENDIMENTO. ESTÁ DE BOM TAMANHO, NÃO TIVE PROBLEMAS AINDA COM NENHUM ATENDIMENTO.”
Lúcio Eustáquio Alves, prof.
FALE CONOSCO: (34) (34)
3239 6916 3239 6966
/ / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / a s s i s t ê n c i a : Workshop de Segurança
“ É preciso falar sobre segurança do paciente.” Workshop realizado pela Unimed Uberlândia, envolvendo parceiros na prestação de serviços, abordou a importância de relatar os eventos adversos. UNIMED TROUXE A UBERLÂNDIA A ESPECIALISTA EM CLÍNICA MÉDICA E INFECÇÃO HOSPITALAR, Tânia Moreira Grillo Pedrosa, PARA FALAR SOBRE A SEGURANÇA DO PACIENTE.
Quem nunca cometeu algum erro na vida ou teve
sultam em danos à saúde. Essa resistência é mais evidente
uma falha no exercício de uma atividade, seja ela profissio-
quando se trata de notificar os eventos adversos ocorridos no
nal ou de caráter pessoal, que resultou ou poderia resultar
âmbito da assistência. “Nas últimas décadas houve um cres-
numa situação mais grave? Errar faz parte da natureza do
cimento vertiginoso de conhecimento e aprendizagem, mas
ser humano. Mas, dar as costas ao erro e não refletir sobre o
ainda estamos muito distantes do potencial de melhoria”,
que levou à falha e o que pode ser feito para que a situação
aponta Dra. Tânia Moreira Grillo Pedrosa, especialista em clí-
não volte a acontecer, pode ser considerado uma omissão.
nica médica e infecção hospitalar pela Universidade Federal
E quando se trata de ambientes e procedimentos que lidam
de Minas Gerais (UFMG).
diretamente com o cuidado à saúde das pessoas, essa dis-
cussão ganha dimensões que extrapolam o próprio local de
gestão de qualidade e segurança do paciente, a médica Tâ-
atuação e envolve todos os personagens ligados à cadeia
nia Moreira abriu o workshop da Unimed fazendo o alerta
de assistência. Foi com base nesse entendimento, que a
da falta de dados oficiais em nível nacional que mensurem
Unimed Uberlândia promoveu em maio o 1º Workshop em
o percentual de pacientes que complicam em hospitais e
Segurança do Paciente, que reuniu representantes de hos-
quais as principais complicações. Segundo esclarece, a falta
pitais, clínicas, laboratórios e integrantes de Comissões de
de conhecimento sobre o tamanho do problema dificulta na
Controle de Infecção Hospitalar e NSP – Núcleo de Segu-
identificação de diagnósticos e na elaboração de metas para
rança do Paciente de instituições parceiras na prestação de
aprimorar os serviços de saúde.
serviços na área da saúde.
O evento realizado no anfiteatro da cooperati-
uma quebra de paradigma, pois o medo é a principal barrei-
va, em Uberlândia, foi considerado um marco fundamental
ra da escuridão. Se eu não conheço o problema, se não exis-
por ter proporcionado um debate sobre a integralidade do
te a transparência, a comunicação, como saberemos que,
paciente e a corresponsabilidade de cada ator no contexto
de fato, existe um problema? A partir do não conhecimento,
geral da assistência à saúde do cidadão.
obviamente não haverá nenhuma ação de correção”, diz.
Com atuação nas três últimas décadas na área de
“Nós que trabalhamos nessa área temos que fazer
Apesar de a Agência Nacional de Vigilância Sani-
tária (Anvisa) ter editado uma resolução em 2013 que institui ações para a promoção da segurança do paciente e a melhoria da qualidade nos serviços de saúde, ainda há muita resistência em falar claramente sobre os incidentes que re-
“Não se erra porque quer, se erra porque não houve um ambiente favorável para um processo adequado.” 27
Resolução da Anvisa vale para serviços públicos e privados
A Resolução de número 36/2013 (RDC 36/2013), da
Ela ressalta que os erros são coletivos e, geralmen-
Anvisa, se aplica tanto aos serviços de saúde públicos quanto
te, decorrentes de processos assistenciais que não tiveram o
privados e filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles que
planejamento adequado envolvendo todos os setores. “Se
exercem ações de ensino e pesquisa. Cabe à direção de cada
continuarmos com essa cultura de punição, o medo impe-
serviço de saúde criar seu Núcleo de Segurança do Paciente
de, congela e bloqueia a evolução para a melhoria. E cada
(NSP), que tem entre suas atribuições promover e apoiar a im-
erro gera um custo econômico extraordinário. Sem falar o
plementação de ações voltadas à redução, a um mínimo aceitá-
custo intangível, que é o sofrimento das pessoas envolvidas,
vel, do risco de dano desnecessário associado à atenção à saúde.
do paciente, da família, do médico, da equipe assistencial,
Também é competência do NSP executar as ações do Plano de
todos sofrem muito”, diz a especialista. “Não se erra porque
Segurança do Paciente e notificar os eventos adversos, por meio
quer, se erra porque não houve um ambiente favorável para
das ferramentas eletrônicas disponibilizadas pela Anvisa.
um processo adequado”, ressalta Tânia Moreira.
Entretanto, quatro anos depois da Resolução da
A médica intensivista Dra. Cidamaiá Arantes tem
Anvisa ainda há um receio muito grande em notificar eventos
atuação tanto na área pública quanto privada e diz que os
adversos ocorridos dentro dos serviços de saúde. Boa parte do
avanços são perceptíveis nas duas esferas, mas ainda há
conhecimento dos problemas existentes hoje nas unidades
muita falta de ferramentas que deem suporte nas decisões
hospitalares é fruto de trabalhos individuais e de pesquisas
para colocar o paciente em segurança. “Isso hoje é um grande
realizadas por instituições de ensino. Segundo a médica Tânia
desafio. Por isso, a Comissão de Controle de Infecção Hospi-
Moreira, é fundamental que as direções de saúde façam um tra-
talar foi uma das primeiras a trilhar esse caminho”, aponta
balho de sensibilização para quebrar o mito da punição. “Ainda
Cidamaiá. “Os hospitais com gestão SUS em sua maioria já
há um temor das instituições em nosso país de que, se notifica,
conseguem trazer esse modelo de segurança para o pacien-
alguém virá fiscalizar, punir, entrar com processo, e não é assim
te, e isso demonstra a necessidade de melhorar ainda mais
que as coisas funcionam. As notificações devem ser investiga-
a área privada”, completa. “O paciente hoje procura onde
das para o conhecimento e aprendizado. Obviamente que não
vai ser bem atendido, e não porque o hospital é grande e
estamos falando de situações de responsabilidade, negligência,
bonito. E o primeiro passo para ter segurança é ter os Nú-
imperícia, omissão. Isso é a exceção. O que ocorre são ambien-
cleo de Segurança do Paciente”, diz o diretor comercial da
tes inseguros por falhas na estruturação de processos”, diz.
Unimed Uberlândia, Dr. Edelweiss Teixeira Junior.
Núcleo ajuda reduzir número de complicações
A partir da criação da Comissão de
Segurança do Paciente, a Unimed passou a compreender melhor o que acontece dentro das instituições parceiras e a propor mudanças no sentido de reduzir o número de complicações. “Percebemos que muitas dessas situações ocorrem por eventos adversos dentro dos hospitais, e a gente percebe que os hospitais nem sempre dão a atenção devida para essa situação”, diz o médico pneumologista Dr. Ricardo Luiz Dinis dos Santos, que faz parte da Comissão de Segurança do Paciente da Unimed Uberlândia. “Por isso as movimentações de compartilhamento de conhecimento, como a Unimed está fazendo junto à sua rede prestadora, são essenciais para que, com conhecimento, as pessoas e por sua vez as instituições onde essas pessoas estão, possam paulatinamente migrar de um medo irracional para um processo proativo de notificação e análise, proporcionando intervenções de melhoria”, conclui
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Movimentações de compartilhamento de conhecimento, como a Unimed está fazendo junto à sua rede prestadora, são essenciais Ricardo Luiz Dinis dos Santos
Hoje, o que se percebe é que a grande maioria das direções de saúde pos-
suem seus Núcleos de Segurança do Paciente, mas não atuam como deveriam, principalmente no que diz respeito às notificações dos eventos adversos. Essa situação fez com que a Anvisa lançasse um projeto piloto com a participação de operadoras e prestadoras de serviço na área de assistência à saúde. O projeto faz parte do Laboratório de Inovação da agência e visa melhorar a qualidade da assistência no cuidado aos pacientes, tendo como referência as boas práticas implantadas no país. A própria realização do Workshop com sua rede parceira é reflexo dessa nova realidade.
“Hoje trabalhamos com o incentivo a uma cultura justa dentro das institui-
ções para que os eventos adversos sejam notificados e adequadamente trabalhados, com plano de ação, com controle da situação em que levou a um determinado erro. Muitas vezes, a falha existe por necessidade de uma capacitação adequada. E quando essa falha é notificada adequadamente é possível que nossos prestadores possam melhorar a qualidade do atendimento e, consequentemente, teremos a melhoria dos processos de assistência à saúde dos nossos usuários Unimed e dos nossos cooperados”,
O paciente procura onde vai ser bem atendido, e não porque o hospital é grande e bonito.
diz a coordenadora do Núcleo de Recursos Próprios da Unimed, Ana Cláudia Frontarolli.
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v o c ê s a b i a : Viver Bem / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /
VOCÊ sabia Espaço Viver Bem Unimed agrega valor ao atendimento Programas oferecidos, como o ‘Quero mais Saúde’, promovem acompanhamento profissional e atividades saudáveis que auxiliam no tratamento médico.
“Novo programa oferecido sem custo adicional pelo Espaço Viver Bem Unimed com foco nas empresas clientes visa ampliar o trabalho de prevenção e promoção à saúde dos trabalhadores.”
As mudanças demográficas, epidemiológicas, sociais
prios da Operadora. Nesta revista vamos contar um pouco do
e culturais das últimas décadas têm levado diversos países a re-
que é realizado dentro do Espaço Viver Bem.
pensar o seu modelo de atenção e as modalidades de cuidados
oferecidas. Isso ocorre pela busca de viabilidade e sustentabili-
e ações que visam a prevenção de agravos e promoção à saúde
dade econômica dos sistemas de saúde, assim como pela busca
dos clientes Unimed Uberlândia através de equipe multidiscipli-
de soluções que promovam mais bem-estar aos indivíduos e às
nar? Os programas desenvolvidos no Espaço Viver Bem são pau-
suas famílias, visando reduzir as iniquidades em saúde.
tados nas diretrizes do Ministério da Saúde e ANS, bem como
no estudo do perfil de saúde dos clientes da Unimed Uberlândia.
De acordo com a remodelagem do Modelo de Aten-
ção à Saúde, a Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS
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Você sabia que o Espaço Viver Bem oferece programas
sugere a integralidade do cuidado articulado e contínuo das
Programa Quero Mais Saúde
ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos,
Imagine um grupo de hipertensos sendo acompanha-
exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do
do com orientações e atividades adequadas dentro do próprio
sistema. Para compor esse novo modelo, a ANS propõe a res-
ambiente de trabalho. Essa ação faz parte do mais novo progra-
ponsabilização das Operadoras pela saúde do beneficiário e não
ma oferecido pelo Espaço Viver Bem Unimed com foco nas em-
somente pela atenção à doença.
presas clientes, chamado “Quero Mais Saúde”. Este programa
A Unimed Uberlândia tem buscado a construção de
não tem nenhum custo adicional para a empresa cliente, visando
um novo formato de trabalho em saúde e em todos os níveis de
ampliar o trabalho de prevenção e promoção à saúde dos bene-
atenção, de forma integral, tendo o conceito do cuidado como
ficiários/colaboradores. A partir de um diagnóstico da saúde dos
eixo de reorientação do modelo. Para a realização dessa propos-
colaboradores alinhado com as informações gerenciais, como
ta, existe um processo integrado com os serviços realizados no
sinistralidade da Pessoa Jurídica é traçado um plano de ações
CIAS, Reabilitação e Espaço Viver Bem, que são Recursos Pró-
específicas. “Se 50% dos colaboradores da empresa são hiper-
tensos, por exemplo, então o Espaço Viver Bem desenvol-
e prevenindo o sofrimento no processo de terminalidade. Nesta
verá grupos específicos e atendimentos individuais dentro
modalidade o cliente e a família recebem a atenção do médico,
da empresa para minimizar o agravo voltado ao controle
enfermeiro, nutricionista, assistente social e psicólogo que fazem
da hipertensão e estímulo de hábitos saudáveis ”, explica a
um trabalho com a família de preparação para o óbito. Quando a
coordenadora administrativa do Espaço Viver Bem, Patrícia
pessoa entra na fase terminal, a equipe consegue ofertar toda a
de Cássia Silva. Em pouco tempo de programa, pelo menos
estrutura necessária incluindo a medicação, de forma que ele não
cinco empresas já estão sendo acompanhadas in loco por
precise ser internado, ou seja, que a despedida aconteça no acon-
nutricionista, educador físico, enfermeiro, entre outros pro-
chego familiar. A intenção é que esse momento de dor para os pa-
fissionais que integram o quadro de atendimento.
rentes aconteça de maneira mais serena, tendo o acolhimento de uma equipe devidamente preparada. “Tivemos um retorno muito
Prog. de Geren. de Casos Especiais
Além dos clientes corporativos, o Espaço Viver
a despedida não deve acontecer em casa, neste caso acompa-
Bem é um grande aliado dos médicos ao oferecer atendi-
nhamos até o momento que o cliente vai para o hospital”, diz Pa-
mentos assistenciais e multiprofissionais de acordo com o
trícia. Nesse cenário, o Espaço Viver Bem além de oferecer a assis-
perfil dos beneficiários e suas necessidades.
tência domiciliar através Programa de Gerenciamento de Casos
O Programa Gerenciamento de Casos Especiais
Espaciais também oferece ações de promoção à saúde, prevenção
é pautado na assistência domiciliar, um ramo da atenção à
de doenças e complicações, abrangendo a assistência e reabilita-
saúde que envolve ações de promoção da saúde, prevenção
ção do individuo no âmbito domiciliar. Tais ações se sistematizam
e tratamento de doenças no âmbito domiciliar aos benefi-
no Programa de Gerenciamento da Atenção Domiciliar que carac-
ciários que apresentam limitação funcional. O objetivo do
teriza-se pela oferta de assistência em saúde para clientes com
programa é facilitar o atendimento aos beneficiários que
impossibilidade/ limitação funcional, por um tempo determinado,
apresentem dificuldades de acesso à rede da operadora, via-
para conclusão terapêutica e/ou adaptação do cliente e de sua
bilizando o suporte técnico, via assistência domiciliar, pau-
família a novas situações de cuidado.
tando a atenção também ao cuidador. A inscrição do cliente
no programa se dará mediante avaliação do Serviço Social e
mente viabilizam a desospitalização de clientes que se encontram
de Enfermagem do Espaço Viver Bem em que será verificado
internados em leitos hospitalares, diminuindo as internações pro-
e confirmado sua impossibilidade de utilizar a rede de servi-
longadas; proporcionam uma assistência e tratamento humani-
ços ambulatoriais da operadora.
zados, contribuindo para a diminuição de internações de clientes
bom destas famílias. Há situações em que a família entende que
Os modelos de atenção domiciliar oferecidos atual-
Os atendimentos ofertados pelo Programa acon-
que se encontram em gerenciamento domiciliar; reduz o risco de
tecem por meio de visita domiciliar e capacitação do cui-
reinternações, devido à proximidade e ao conhecimento da equipe
dador pela equipe multidisciplinar, associado ao monito-
multidisciplinar sobre o estado clínico do cliente; acompanham
ramento telefônico realizado pela equipe de enfermagem.
clientes que possuem lesões cutâneas agudas ou crônicas que
As visitas domiciliares são organizadas de modo a garantir
necessitem cuidado especializado; apoiam o cliente e sua família
que ao longo do mês o cliente receba a assistência de todos
através de atividades de orientação, em especial aos cuidadores,
os profissionais da equipe. Atualmente a equipe multipro-
para a continuidade do cuidado no domicílio e proporcionam o
fissional é composta por: médicos, nutricionistas, fisiotera-
processo de reabilitação fisioterapêutica e fonoaudiológica, para
peutas, fonoaudióloga, enfermeiros, psicóloga e assistente
que o indivíduo tenha autonomia e consiga se reabilitar, de modo
social.
que, ao concluir o programa, encontre-se apto para deslocar-se,
O Programa de Gerenciamento de Casos Espe-
ou seja, terá condições de ter acesso à rede da operadora. O mé-
ciais está estruturado em modalidades de atendimento,
dico assistente do cliente poderá fazer o encaminhamento para
direcionadas ao gerenciamento de crônicos e cuidado palia-
o Programa de Gerenciamento da Atenção Domiciliar, seja para
tivo, norteando a assistência domiciliar a ser prestada.
Antibioticoterapia, Fonoaudiologia e/ou Fisioterapia em domicílio
- A modalidade de Gerenciamento de Casos
quando o cliente não tiver condições de deslocamento para os
Crônicos destina-se ao acompanhamento e monitoramen-
serviços ambulatoriais credenciados. “Esse cuidado é feito com-
to continuo de clientes que apresentam uma condição de
partilhado entre o médico que está atendendo no programa e
saúde controlada e/ou compensada e necessitam de auxilio
o médico de referência do cliente”, diz a coordenadora médica
para realizar as atividades de vida diária, devido à limitação
do programa, Dra. Yara Alves Maciel. Segundo relata, há casos de
funcional, não podendo se deslocar para utilizar os serviços
clientes crônicos que há dois anos não são submetidos a interna-
ambulatoriais.
ção em função do resultado obtido no programa.
- Cuidado Paliativo atende a clientes oncológi-
cos e não oncológicos, sem possibilidades terapêuticas. Essa modalidade tem como finalidade dar suporte técnico e cuidados que visam à qualidade de vida do cliente e de seus familiares, por meio de medidas de conforto aliviando
“Esse cuidado (gerenciamento da atenção domiciliar) é feito compartilhado entre o médico que está atendendo no programa e o médico de referência do cliente” 31
Unibaby acompanha gestantes
Um dos programas que também tem obtido bons
resultados aos beneficiários é o Unibaby, que é o acompanhamento de gestantes. O Programa de Gestante tem como objetivo auxiliar e oferecer as mães e seus companheiros, informações, treinamento e suporte para que tenham uma gravidez tranquila e bem orientada, orientações necessárias para os cuidados no puerpério e com o recém-nascido através de atendimento individual e em grupo. O atendimento acontece em dois momentos. O primeiro é a avaliação individual para identificar o acompanhamento médico, pré-natal, identificação de algum risco da gestante para que seja então encaminhada para o atendimento com nutricionista e psicóloga. Após receber as orientações adequadas, a gestante recebe um cronograma para participar do atendimento em grupo durante uma semana. Cada um dos profissionais da equipe – assistente social, psicólogo, obstetra, pediatra, enfermeiro, nutricionista – repassa instruções sobre os cuidados necessários em cada etapa da gestação. O ciclo se encerra com atividades práticas do educador físico sobre técnicas de relaxamento e da enfermeira sobre os primeiros cuidados com o bebê, aprendendo a lidar com situações que irá conviver após a chegada do bebê.
O programa acontece a cada dois meses e a clien-
te pode participar em qualquer idade gestacional. Após a atividade em grupo, a equipe faz o monitoramento telefônico das clientes para identificar se há alguma dificuldade no aleitamento materno; nos cuidados de higiene, com o banho e cuidados com o coto umbilical; além de verificar a condi-
Gestantes são acompanhadas
ção de saúde da parturiente.
individualmente e em grupo, além de serem monitoradas via telefone após o parto para saber se há alguma dificuldade com o recém-nascido
Programa Preparatório para Cirurgia Bariátrica
Os clientes com indicação para cirurgia bariátrica
noaudióloga, um com o Educador Físico, um com o Médico e
também podem ser acompanhados pela equipe do Espaço
quatro com a psicóloga. “O programa se norteia no estimulo
Viver Bem, a partir da indicação de seu médico.
a mudança dos hábitos de vida, consequentemente influen-
ciando a qualidade de vida e saúde dos participantes”, diz
O Programa preparatório para Cirurgia Bariátrica
tem como objetivo auxiliar os clientes sobre os cuidados no
Patrícia de Cássia.
pré-operatório e sobre as mudanças que ocorrem de forma “É importante destacar que para qualquer pro-
global e impactante na sua vida no pós-operatório. Orientar
sobre a importância da atividade física e da boa mastiga-
grama oferecido pelo Espaço Viver Bem, o médico assisten-
ção, auxiliar quanto aos aspectos psicológicos diminuindo,
te é fundamental. A equipe multidisciplinar poderá comple-
assim, as intercorrências e preparando o cliente para uma
mentar junto ao médico assistente o cuidado oferecido ao
mudança nos hábitos de vida, visando incluir novos compor-
cliente de forma integrada e complementar, oferecendo um
tamentos para um incremento da qualidade de vida. O pro-
acompanhamento bem próximo, com objetivo de promoção
grama é composto por atendimentos individuais e módulos
e prevenção à saúde”, reforça a coordenadora administrativa.
em grupo com a equipe multidisciplinar, nomeada pelo Espaço Viver Bem. Os atendimentos individuais serão: um com
Enfermeira, dois com Psicóloga, um com Nutricionista, um
ções ou desejar encaminhar seus pacientes para participa-
Caso o médico cooperado queira outras informa-
com o Psiquiatra e para os casos que se fizerem necessário
rem dos programas, podem entrar em contato:
haverá uma consulta individual com médico Clínico. Os mó-
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dulos serão realizados com todos os participantes durante
>> (34) 3239-6937
09 encontros, sendo: dois com a Nutricionista, um com a Fo-
>> saudeintegral@unimeduberlandia.coop.br
/ / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / a r t i g o : Heitor Tognoli
“A essência da Clínica se explica no cuidado ou na resposta ao sofrimento e às incertezas advindas de processos que limitam a capacidade de se caminhar nos projetos de vida.” CESAR AUGUSTO ORAZEM FAVORETO
Quais são as tarefas básicas de qualquer médi-
não é o único. A organização dos serviços de saúde é outro
co? Independente da especialidade médica, a resposta para
pilar fundamental.
essa pergunta está diretamente ligada ao nosso modelo de
formação, o qual nos leva a responder que são elucidação
siga realizar a gestão do cuidado? O desenho é simples de
diagnóstica e proposta terapêutica.
ser implementado, entretanto, muito longe de ser simplista.
Todavia, será que estas duas respostas são sufi-
Precisamos basicamente organizar equipes de saúde que
cientes para dar conta das necessidades de saúde das pes-
sejam “donas” de um determinado grupo de pessoas, inde-
soas? Parece que não, uma vez que o percebido no cenário
pendente de suas idades, sexo, condições sociais ou patolo-
atual dos sistemas de saúde é a tripla insatisfação (usuários,
gias de base.
profissionais de saúde e gestores).
Nesse contexto de insatisfação, o cuidado mos-
sa a se co-responsabilizar por todos os indicadores de saú-
tra-se como um caminho viável e possível para a reversão
de de um determinado grupo de pessoas. E a postura dos
da situação. Mas o que é cuidado na saúde? Bom, primeiro
profissionais cuidadores deixa de ser expectante e passiva.
vamos falar de cuidado. Para cuidarmos de alguém ou algo,
Isto é, aguardando as pessoas decidirem quando elas acham
partimos de dois pressupostos essenciais: o interesse genu-
que devam procurar os serviços de saúde, ou entendendo
íno e a continuidade.
que o papel termina ao se estabelecer um diagnóstico e um
Por exemplo, se você tem um animal de estima-
tratamento. E passa a ser proativa e estratégica, extrapolan-
ção em casa, e não gosta dele ou de animais, é impossível
do o papel assistencial apenas, e assumindo um papel de
você cuidar dele. Você pode dar comida, água, dar banho, etc.
gestor, o gestor do cuidado.
Porém, se você não tiver um interesse genuíno por ele, não
será possível estabelecer uma relação de cuidado. No cuida-
tivas e projetos desenvolvidos pelo Núcleo de Gestão do
do, nos importamos não apenas com as necessidades explí-
Cuidado em Saúde em parceria com a Reabilitação, Espaço
citas e básicas do outro, mas com as necessidades ocultas e
Viver Bem e Centro de Atenção Integral à Saúde (CIAS), tem
emocionais.
assumido de forma crescente esse papel de gestora do cui-
Portanto, ao falarmos de gestão do cuidado den-
dado. Dentre esses projetos é possível destacar o projeto
tro de um plano de saúde, incorporamos essas duas premis-
de Atenção Integral à Saúde, na qual um enfermeiro e um
sas. Primeiro o interesse genuíno pelo ser humano, ou seja,
médico assumem a responsabilidade por uma determinada
nos co-responsabilizarmos pelo outro, ultrapassando assim
carteira de clientes e começam a oferecer saúde de uma for-
as tarefas essenciais básicas de apenas diagnosticar e tratar.
ma longitudinal, integral, acessível e cuidadora...
E como organizamos os serviços para que se con-
Ao designarmos uma equipe cuidadora, essa pas-
A Unimed Uberlândia, por meio de várias inicia-
Essa co-reponsabilização implica em nos preocu-
parmos antes do diagnóstico, ou seja, focar as pessoas e não apenas quando estão doentes. Durante o diagnóstico, e o fazer de forma personalizada, pensando em todas as questões socais, emocionais de cada indivíduo e suas famílias. E de-
Dr. Heitor Tognoli é médico de Família e Comunidade e mestre em Saúde e Gestão do Tra-
pois do diagnóstico, não apenas ofertando um tratamento,
balho. É também autor do blog hei-
mas adequando cada tratamento de forma personalizada, e
tortognoli.com.br, especializado em
decidida de forma conjunta com o paciente, preocupando-
orientação de carreira médica.
se inclusive em como garantir que o tratamento tenha êxito.
Tudo isso parece utopia, e muitas vezes pensa-
mos que essa forma de atuar ao se oferecer serviços de saúde se baseia exclusivamente na competência do profissional que realiza os atendimentos. Sim, é um dos pilares, porém 33
c o m e r c i a l : Central de Vendas / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /
Central de vendas A recém-inaugurada Central de Vendas da Unimed Uberlândia fica na Av. João Pinheiro, 907, no Centro da cidade Visando proporcionar maior comodidade e mais agi-
nos de saúde, que representam mais ou menos 150 mil vidas
lidade no atendimento aos seus clientes, a Unimed Uberlândia
em nossa cidade. É preciso ir atrás dessas empresas, mostrar
decidiu implantar uma unidade própria para venda de planos de
que temos os melhores planos e as melhores coberturas, ofe-
saúde, serviço que estava terceirizado pela Cooperativa. A nova
recendo não um produto mais barato, mas de qualidade no
Central de Vendas foi inaugurada em maio, na Avenida João Pi-
atendimento sempre que for necessário”, observa.
nheiro, 907, no centro de Uberlândia, em imóvel de fácil locali-
zação, dotado de estacionamento próprio e salas amplas e con-
servida por três corretoras credenciadas que comercializavam
fortáveis, onde trabalham 10 atendentes sob a supervisão do
os seus planos de saúde, mas agora a cooperativa decidiu re-
coordenador comercial, Tiago Alves Rodrigues.
assumir a gestão dos seus produtos. “Chegou a hora de fazer
Além da comercialização de planos de saúde e pros-
diferente, é preciso agir diferente, melhorar nossa carteira e,
pecção de novos clientes, a Central de Vendas foi inaugurada,
com isso, obtermos subsídios para remunerar melhor os nos-
segundo Tiago Rodrigues, para também melhorar o atendimen-
sos cooperados”, afirma. O diretor adianta, que nesse proces-
to aos atuais clientes. “O nosso objetivo aqui nessa Central de
so, está previsto mais um posto de vendas, com inauguração
Vendas vai além da comercialização de novos planos de saúde.
prevista para 2019, no corredor da Avenida Segismundo Perei-
Queremos também facilitar a relação com os clientes já contra-
ra, visando atender moradores das regiões dos bairros Santa
tados, tanto Pessoas Físicas como Pessoas Jurídicas, proporcio-
Mônica, Santa Luzia e adjacentes.
nando a todos um canal mais rápido e ativo para solução de
problemas e esclarecimento de dúvidas”, observa Tiago.
mais cinco cidades da região do Triângulo Mineiro: Centrali-
De acordo com o diretor comercial da Unimed Uber-
na, Indianópolis, Monte Alegre de Minas, Prata e Tupaciguara,
lândia, o médico Dr. Edelweiss Teixeira Júnior, existe em Uber-
além de Uberlândia. A cooperativa conta com uma ampla rede
lândia um nicho enorme de mercado a ser explorado no que diz
credenciada com mais de 900 médicos cooperados, 16 hos-
respeito a prospecção e captação de novos potenciais clientes
pitais, 12 laboratórios, 120 clínicas e serviços credenciados.
para a cooperativa. “Temos 64% do comércio em geral, de em-
São quase 30 diferentes tipos de planos oferecidos, divididos
presas com cerca de 3 a 30 funcionários, sem cobertura de pla-
entre Pessoas Físicas e Jurídicas.
Central de Vendas Unimed Uberlândia 34
Edelweiss acrescenta que a Unimed Uberlândia era
A área de atuação da Unimed Uberlândia abrange
Av. João Pinheiro, 907, Centro.
segunda à sexta-feira, das 7h30 às 18h (34) 3293 3355 centraldevendas@unimeduberlandia.coop.br