Trabalho sobre a França no Brasil 2009 a sua relação Educacional, Política e Econômica

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Governo do Estado do Rio de Janeiro Colégio Estadual de Magé

França no Brasil 2009 ( A França: A sua Relação Educacional, Política e Econômica com o Brasil )

Professor (a): Geany Santana da Silva Alunos (as):

Claudia M. Marques da Silva e Rosane Vilela Merat

Curso: Técnico em Contabilidade Série: 2º ano

Módulo: II

Turma: 4010

Disciplina: Organização e Técnicas Comerciais

Magé, 13 de novembro de 2009

Turno: Noite


Índice Introdução........................................................................................................................................................03 França no Brasil 2009......................................................................................................................................04 

A França: A sua Relação Educacional, Política e Econômica com o Brasil...............................................04

A Influência Educacional da França no Brasil.............................................................................................04

A Economia e Política entre a França e o Brasil.........................................................................................05

Conclusão.........................................................................................................................................................07 Bibliografia.......................................................................................................................................................08

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Introdução Em retribuição ao ano do Brasil, comemorado na França em 2005, governo brasileiro lançou no ano de 2009, um conjunto de eventos culturais franceses em nosso país. O Ano da França no Brasil teve inicio marcado em 21 de abril (em referência à Inconfidência Mineira ) e encerramento em 15 de novembro de 2009 (Proclamação da República no Brasil). O evento visa consolidar a presença francesa no Brasil, e reforçar a capacidade e conhecimento da França moderna e atual, no desenvolvimento de parcerias já implementadas entre os dois países. O evento se estrutura na França de hoje, na França diversa, e na França aberta. A França de hoje é expressada através de criação artística, inovação tecnológica, debate de idéias e questões econômicas. A França diversa trata da regionalidade e diversidade social francesa. A França aberta implementa o contato para parcerias de projetos entre os dois países. O evento se manifesta nas principais cidades do país, atinge todos os públicos e segmentos culturais. A organização é responsabilidade do Ministério dos Assuntos Exteriores e Europeus, e do Ministério da Cultura e Comunicação de ambos os países. Entre as atividades estão fóruns de debates sociais, apresentações teatrais, exposições, cinema, dança, gastronomia, entre outros.

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França no Brasil 2009 A França: A sua Relação Educacional, Política e Econômica com o Brasil A influência da França com o Brasil, começou pela época do descobrimento, quando em 1504, um navegador Francês, Paulmier de Gonneville – fundador da cidade catarinense de São Francisco do Sul – desembarcou em terras brasileiras, e segundo o historiador e professor Voltaire Schilling, a nossa relação com os franceses não nasceu de regras comuns, uma vez que não fomos colonizados por eles, mas até mesmo para os portugueses, a França servia de inspiração. Fosse pela sua arquitetura, pelas artes, pelo modelo educacional. Já no século XX, dadas nossas condições sanitárias precárias, começou um processo de urbanização e higienização. O urbanismo com “jeito francês” trouxe o modelo das grandes avenidas como conhecemos hoje. No campo da saúde pública, vale lembrar a obra sanitarista de Oswaldo Cruz, que resultou de seus estudos sobre o desenvolvimento da bacteriologia no Instituto Pasteur, de Paris. Segundo Voltaire Schilling, a França foi, por muito tempo, a inspiração de transformação de um pais selvagem e primitivo em uma civilização organizada. E hoje esse ainda parece ser o nosso desafio, pois a barbárie e a bestialidade são cotidianas, citando a constante depredação do patrimônio público das cidades. O historiador afirma que continuamos em busca da civilização. Esse evento teve o seu inicio no dia 21 de abril até novembro, brasileiros de 15 cidades poderão ver o que os franceses têm de melhor. Contarão com exposições de artes, concertos musicais, espetáculos de dança, teatro e cinema, debates e celebrações. É parte de um projeto ambicioso de intercâmbio, que começou em 2005, comemorando como o ano do Brasil na França, com o objetivo de mostrar as novidades da cultura dos dois países.

A Influência Educacional da França no Brasil Enquanto o Brasil foi colonizado pelos portugueses, São Paulo recebeu, direta ou indiretamente, forte influência dos franceses. Não se esquecendo da importância de muitos outros povos, como os italianos, os espanhóis e os japoneses, a cidade que acaba de completar 450 anos guarda em seus costumes e em seu patrimônio muitos dos traços aqui aplicados pelos franceses ou trazidos pela elite paulistana que, desde o final do século XIX, ia a Paris em busca de cultura, classe e requinte. A cidade-luz foi referência constante e direta para o desenvolvimento das artes plásticas, da arquitetura, da literatura, da gastronomia, da educação e também do setor industrial. Apesar de a presença ou influência francesa ter chegado ao Brasil graças à corte portuguesa – ela própria se baseava em muitos dos hábitos e costumes dos franceses – foi realmente no final do século XIX e início do XX que essa presença se fez mais marcante em São Paulo. A importância dos franceses no desenvolvimento da cidade foi tanta que virou até tema de pesquisa. Em parceria com a Prefeitura de São Paulo, duas professoras do Departamento de Francês da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), Berenice Wanderley Pompilio e Maria Suzana Moreira do Carmo, criaram um projeto cujo objetivo final é transformar os resultados do estudo em um CD-ROM e um vídeo com distribuição para as escolas municipais da cidade. Segundo as professoras, os jesuítas chegaram à cidade na época do descobrimento com uma formação francesa, o que resultou nas primeiras escolas da cidade. “Além de religiosos, eles eram humanistas e achavam que os índios não deveriam ser escravizados”, comenta Maria Suzana. A professora explica que os jesuítas catequizavam os índios e faziam comunidades e cooperativas. “Muitos chegavam até a falar francês”, comenta. Forte no campo da educação, a França virou referência na cidade de São Paulo nos anos 20, quando a maioria das escolas tinha o idioma francês como matéria obrigatória no currículo. O cenário mudou quando, em 1967, o latim, o francês e a filosofia foram abolidos da grade escolar, dando espaço ao inglês como língua estrangeira. “Nessa época, só as escolas particulares ainda ensinavam o idioma”, lembra Berenice. De qualquer forma, ela afirma que a grade disciplinar das escolas do país se baseou nas francesas, assim como as gramáticas brasileiras, que seguiram o modelo da França. Ainda na área de educação, é importante dizer que, não fossem os franceses, certamente a Universidade de São Paulo (USP) não seria o que é hoje. Com seus 70 anos recém-completados no dia 25 Organização e Técnicas Comerciais – A França no Brasil 2009

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de janeiro, a USP é um marco da cidade de São Paulo que teve início a partir da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, considerada a célula mater da universidade. Como a São Paulo daquele tempo era uma cidade educacionalmente autodidata, a inovação acabou apostando em missões estrangeiras de professores que vieram principalmente da França para trabalhar no campo da humanidade. Outra instituição francesa que fez parte da educação paulistana é o Colégio Sion. Além de ser um presente arquitetônico para a cidade de São Paulo, o prédio, desenhado por Ramos de Azevedo, foi tombado e hoje encanta quem passa pela Avenida Higienópolis. A arquitetura paulistana, aliás, é a prova viva da influência ou intervenção francesa. Graças a ela, hoje temos lugares belíssimos e históricos como a Estação Júlio Prestes, a Catedral da Sé, o Palácio Campos Elíseos, o Viaduto do Chá, entre muitos outros pontos. A influência francesa na arquitetura brasileira teve início a partir de 1816 e perdurou até a Segunda Guerra Mundial, manifestando-se sob a forma de quatro estilos distintos: Neoclássico, Eclético, Art Déco ou Art Nouveau e Moderno. O brasileiro Ramos de Azevedo, que estudou na Bélgica e teve professores franceses, e o francês Jules Martin foram os responsáveis por boa parte dos traços franceses hoje vistos pela cidade de São Paulo. A cidade de São Paulo, pode ser considerada como uma colônia de Paris, e isso não é por acaso, pois está refletido na construção do Campos Elíseos (Champs Elysée) e o Campo de Marte (Champs de Mars), onde nasceram numa tentativa de reproduzir essa proximidade de Paris com a cidade de São Paulo. A elite paulistana se via como colônia de Paris. Tamanha paixão pela França e pelas obras de artistas do país resultou na idéia de realizar, em plena São Paulo da década de 20, uma semana de arte. Sugestão que partiu de dona Marinette Prado, esposa de Paulo Prado, inspirada na Semana de Deauville, realizada na França. Outro grande disseminador da França em São Paulo era o senador José de Freitas Valle, o dono da Villa Kyrial, cenário que, segundo o livro Villa Kyrial – Crônica da Belle Époque Paulistana (Editora Senac), de Marcia Camargos, transformou-se no núcleo irradiador de cultura durante as primeiras décadas do século XX. A França passou a influência constantemente o Brasil com os seus costumes, desde a época do Descobrimento do Brasil até os dias atuais. E essa influência é refletida não só na cidade de São Paulo, mas também em algumas cidades brasileiras.

A Economia e Política entre a França e o Brasil No fim do ano passado, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, esteve no Brasil pela primeira vez acompanhado da esposa, Carla Bruni. Oficialmente, os dois vinham apenas passar o Natal ao lado do pai dela, o italiano Maurizio Remmert, que vive em São Paulo. Sarkozy, no entanto, cumpriu uma agenda política e empresarial. E voltou à França com um acordo bilionário na área militar, que previa a compra, pelo governo brasileiro, de cinco submarinos. Agora, o presidente francês retorna mais uma vez ao Brasil com bons motivos para estourar champanhe. Ele chega para o feriado de 7 de Setembro, quando aquele acordo, que era apenas um guarda-chuva, se desdobrará em vários contratos formais. Um dia depois, Sarkozy e o Presidente Lula receberão 400 empresários para o Fórum Sustentabilidade, que discutirá o papel das empresas francesas no Brasil. E, na quarta-feira 9, os franceses estarão também promovendo um seminário, em Brasília, sobre sua experiência com trens de alta velocidade. "Não há como discutir uma nova ordem mundial sem a presença do Brasil", tem dito Sarkozy. Ainda que este seja o Ano da França no Brasil, nunca houve uma aproximação tão forte entre os dois países como agora. E se isso, para a França, pode significar grandes contratos na área militar, em que eles administram o terceiro maior orçamento do mundo, com gastos anuais de US$ 65,7 bilhões, para o Brasil pode trazer benefícios tecnológicos e geopolíticos. "O Brasil hoje enxerga na França um parceiro estratégico em suas ambições", disse o embaixador Sérgio Amaral, que já serviu em Paris. Os franceses, por exemplo, têm apoiado todas as iniciativas brasileiras na área internacional - entre elas a de substituir o G-8 pelo G-20 como organismo central nas discussões econômicas globais. "O Brasil terá nosso apoio num sistema renovado de governança mundial, o que inclui o Conselho de Segurança da ONU", disse à ministra das Finanças da França, Christine Lagarde, numa entrevista recente. O Brasil é visto hoje como um país cada vez mais relevante - e com a grande vantagem de não estar alinhado a outras potências na área militar, como Estados Unidos, Rússia e China. Além disso, o mercado interno brasileiro é crucial para as multinacionais francesas - em 2008, o Brasil ultrapassou a França e se tornou o quinto maior produtor de automóveis do mundo. "O mercado brasileiro já tem 100 milhões de Organização e Técnicas Comerciais – A França no Brasil 2009

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pessoas com bom poder de compra", avalia Christophe Lecourtier, diretor-geral da Ubifrance, a agência francesa de exportações. Atualmente, o comércio entre os dois países é relativamente equilibrado e movimentou US$ 3,5 bilhões no primeiro semestre deste ano. Entre as novas prioridades da França estão a venda de helicópteros e aviões para a Força Aérea Brasileira, além da disputa para a construção do trem de altíssima velocidade entre Rio de Janeiro e São Paulo. Outro foco de interesse é a integração entre Brasil e a Guiana. Em fevereiro do ano passado, Sarkozy e Lula lançaram as obras da ponte que ligará o Amapá à cidade de Saint George, na Guiana, um pedido que o francês fez pessoalmente a Lula. E uma nova visita à obra já está marcada para fevereiro de 2010

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Conclusão A relação entre a França e o Brasil sempre esteve presente desde o início do Descobrimento do Brasil pelos portugueses, essa influência é refletida pelas artes, pelo modo de vida, por sua educação que muito influenciou o Brasil, principalmente a cidade de São Paulo. Porém, na área econômica, a presença dos investimentos franceses no Brasil se traduz em contribuição ao crescimento e desenvolvimento do país, ao mesmo tempo em que gera novas perspectivas de relações comerciais entre as duas economias, viabilizando a inserção de empresas brasileiras também na França. Esse intercâmbio entre a França e o Brasil é de extrema importância tanto na área cultural, como no setor econômico, onde pode proporcionar mais recursos financeiros para o Brasil e consequentemente para a França, através das suas negociações.

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Bibliografia 1. http://www.jornalboavista.com.br 2. http://historia.abril.com.br/cultura 3. http://educacaobrasileira.blogspot.com 4. http://odia.terra.com.br/portal/educacao

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