RTRO #24

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rtro magazine Nยบ 24


rtro

Escrever acerca da época de festas, especialmente do Natal, é uma tarefa ingrata. É quase impossível tentar uma abordagem original sem cair nos clichés de criticar o consumismo e de realçar a importância de estarmos juntos em família. Ao percorrer os editoriais das edições de Dezembro das principais revistas femininas portuguesas, concluí que falar de prendas e ternura no Natal é quase tão inevitável quanto falar dos Óscares em Fevereiro ou Março. E, por falar em Óscares, nesta edição preparámos um guia de compras subordinado aos nossos filmes favoritos. As longas-metragens e as suas inesquecíveis personagens inspiram vidas, atitudes e até obras posteriores; logo, por que não inspirarem os leitores a escolher as suas prendas de Natal? Tudo bem, não falemos mais dessa festa. Afinal, ela impõe-se com firmeza, com o seu vermelho forte, que nem um sinal de STOP, no nosso quotidiano – muito antes do seu real prazo. Talvez seja isso que desencadeie em nós anticorpos em relação ao Natal: o facto de chegar muito antes do tempo e de nos impor um espírito que ainda não tivemos tempo de assimilar. E não há nada mais anti-natural do que nos sentirmos obrigados a sermos felizes e generosos para com os outros. Já para não dizer gastar dinheiro. Afinal, a génese da solidariedade encontra-se na espontaneidade, certo? É por isso que preparámos um pequeno guia para desfrutarem das festas, no qual colocámos a tónica em actividades colectivas. Para quê encomendar quando podemos executar? E execução foi sem dúvida o que não faltou na mais recente edição do Portugal Fashion, a qual podem conhecer não só pelos olhos da RTRO, como pelos dos bloggers que por lá passaram. Há qualidade em Portugal que deve ser realçada, algo que procurámos fazer quando entrevistámos as bandas Linda Martini e Long Way to Alaska; ou quando falámos com novos talentos vindos da “fábrica” de design de Moda, a ESAD de Matosinhos. O que não devem realçar de mais nestas festas é a vossa maquilhagem, sob pena de vos confundirem com o palhaço de serviço. Inspirem-se nas nossas dicas de beleza para não começarem o ano com o pé esquerdo – nem com muito blush nas bochechas. Estes e outros conteúdos são a prenda que a RTRO vos dá. Se acharem pouco… Frankly, my dear, I don’t give a damn. Boas festas!

magazine

Editorial

Margarida Cunha Editora


rtro staff

editora Margarida Cunha redactores Ana Rodrigues Ana Cristina Silva Beatriz Subtil Catarina Oliveira

Margarida Cunha Mariana Sá Pedro Resende Tiago Amorim

Helena Martins

paginação Ana Dias Manuel Costa layout Ana Dias fotografia Catarina Oliveira Ricardo Costa foto de capa Sandra Pereira

A rtro está sempre à procura de modelos, fotógrafos,stylists, maquilhadores, designers, que queiram colaborar, expor os seus trabalhos, se achas que tens o que é preciso contactanos para o nosso email.

geral@rtromagazine.com


INDÍCE

6

13

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Blogger chat Miss Tangerine

Color me Mostarda

8 erros de maquilhagem

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52

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CFDA Red Carpet

Inauguração Eureka Flagship Store

Street style

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94

98

Festas sem stress Afinal é só mais um Dezembro

Meio Piso

Smells like… La vie est belle Lancôme


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24

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38

Portugal Fashion

Blogger talk Opini達o dos bloggers

ESAD O tecido criativo do futuro

Sunshine Hues

60

66

64 78

84

Long way to Alaska

Sess達o Dessert

Linda martini

It girl Kate Moss

100

102

104

Um livro: Uma vida a teu lado

Ler:Ver:Ouvir

Whishlist


Blogger Chat por Helena Martins

Mariana Soares Branco, mais conhecida por Miss Tangerine, é a blogger com quem fomos falar para mais um “Blogger Chat”.


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Blogger chat

1. O que faz uma estudante de medicina começar um blog de moda? É engraçado que façam esta pergunta porque o blog começou exactamente no meu primeiro semestre em Medicina, apesar de o interesse por moda ser mais antigo. Na verdade, desde o início da minha adolescência que ando neste mundo dos blogs e da moda virtual... mas apenas como leitora. Entretanto cresci, e tanto a minha personalidade como o meu estilo foram amadurecendo até que um dia achei que tinha algo a partilhar com este mundo - e nasceu o Miss Tangerine! 2. Sendo estudante de medicina, o tempo que tens de dedicar ao curso imagino que seja bastante. Gastas muito tempo com o blog? E como consegues conciliar as duas coisas? Não minto acerca de nenhuma dessas questões: dedico muito tempo ao blog e ainda mais ao curso! Acho que a conciliação dos dois passa muito por uma questão de organização e força de vontade. Cada post do blog pode levar até três horas a concluir (há muito trabalho entre fotografar, editar, escrever e partilhar!), por isso o que faço é planear de uma forma realista as minhas semanas... E assim já sei quando tenho que fazer as coisas e quanto tempo tenho para as fazer! Pode parecer um pouco controlador, mas assim tudo fica pronto, tanto do blog como dos estudos, e ainda me sobra tempo para todas as outras actividades da vida de uma rapariga de 20 anos! 3. E porquê o nome “Miss Tangerine”? Muitas vezes me fazem esta pergunta, mas não há razão nenhuma em especial! Quando decidi criar o blog precisava de um nome e considerei muitos... A maioria terríveis, tenho que admitir! Discuti umas ideias com o meu irmão e chegámos a "Miss Orange", já que laranja é a minha cor favorita. Mas convenhamos, "Miss Orange" soa muito estranho e foi daí que veio "Miss Tangerine"! Achei piada ao nome, é bem-disposto e fica no ouvido - e portanto pegou. 4. Em apenas três palavras, como definirias o teu blog? Hum, esta é difícil... Pessoal, natural e descontraído.


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Blogger chat

5. O teu blog vai fazer dois anos em Dezembro. O que mudou nestes últimos dois anos? Nada, mas tanta coisa! Por um lado, continuo a mesma miúda com uma paixão por moda que partilho diariamente. Por outro lado, o reconhecimento que o blog tem vindo a ganhar trouxe-me tantas boas oportunidades que não posso deixar de querer trabalhar com ainda mais força nele. 6. Qual foi das melhores experiências que o teu blog já te proporcionou? Sem dúvida que o melhor que o blog me trouxe foram as pessoas que conheci... Algumas das quais considero agora minhas amigas! Em termos de experiências, adorei ter a oportunidade de fazer sessões fotográficas, styling para marcas como a SuiteBlanco... e claro, não podia deixar de referir a primeira viagem pelo blog, a Barcelona a convite da Pepe Jeans para o S1ngular Festival. 7. As pessoas reconhecem-te na rua? Sim! Muitos dias recebo mensagens de leitoras a dizer que me viram aqui e ali, apesar de nem todas elas me abordarem pessoalmente na rua... Tenho umas leitoras tímidas. 8. No teu blog já tens mais de 1800 seguidores. O que queres dizer a essas pessoas que te seguem diariamente? Quero dizer que agradeço profundamente o apoio... E que me continuem a seguir por muito mais tempo!! 9. Como defines o teu estilo? O meu estilo assenta na simplicidade, muito girl next-door... Gosto de utilizar básicos e cores sólidas, penso que quando bem coordenados há um poder e uma sofisticação muito grandes nestes conjuntos visualmente mais limpos! 10. O que estás a vestir neste momento? Umas skinny jeans pretas com, uma camisa largueirona azul, conjugados com uns loafers de padrão leopardo e um blusão de cabedal para os ventos de fim de tarde. Ah, e acessórios minimalistas em dourado, entre os quais o meu querido colar "Tangerine". 11. Qual foi a última peça de roupa que compraste? As ditas skinny jeans pretas... São um básico imprescindível no armário, e o par que tinha estava a precisar de reforma de tanto uso!


12. Como vês as tendências no mundo da moda? Algo que aderes sempre, ou que nunca aderes? As tendências não passam disso mesmo: tendências. Não penso que sejam algo a aderir sempre... É preciso filtrar primeiro com o nosso gosto pessoal e pensar também no que nos ficará bem! Dito isto, há tendências que não gosto - como o caso dos ténis plataforma de há uns tempos - e outras que adoro - como o padrão tartan para este Inverno. 13. Onde encontras inspiração para criar os teus look’s? Como disse anteriormente, o meu estilo é muito simples... Peças básicas, de bom corte e que assentem bem. Daí que muita da minha inspiração venha da ideia de mulher francesa, que incorpora este ideal de elegância prática melhor que ninguém! 14. O que é, para ti, a moda? A moda, para mim, é uma forma de expressão pessoal. Tão válida como qualquer outra, ou mais válida até... Porque temos obrigatoriamente que vestir alguma coisa, e tudo o que vestimos tem influência no modo como o mundo nos percepciona. Ora se estamos a mandar uma mensagem de qualquer maneira, porque não havemos de pensar no que queremos dizer? 15. E o que é para ti ser blogger de moda? Este conceito dos blogs de moda é muito vasto... Para mim, ser blogger de moda é partilhar as minhas opções pessoais de modo a poder inspirar outras pessoas. Mostrar que não precisam de ter medo de básicos, assim como não precisam de ter medo de colares mais vistosos ou de chapéus. Gostava de inspirar quem lê o meu blog a experimentar coisas novas com os conjuntos que vestem, sejam eles mais casuais e confortáveis no dia-a-dia (todas sabemos que os saltos nos matam os pés!) ou mais aperaltados e elegantes! 16. Onde te vês daqui a 10 anos? Daqui a dez anos... Espero ser feliz (sempre importante!), ter uma família maior e já ser médica especialista numa área que goste. E claro, manter aqui o Miss Tangerine a crescer comigo! 17. A nossa revista chama-se RTRO. O que é, para ti, ser “retro”? Ser "retro" é aproveitar ideias do passado, renová-las e torná-las modernas!

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MOSTA Color me

por Catarina Oliveira

Ninguém vai falar de condimentos. Dedicamo-nos apenas à cor que torna o Inverno mais alegre. Aquela cor que, estranhamente, apela ao Outono, ao cheiro a abóbora e a canela. Chamamos mostarda a este amarelo porque assim como a Dijon, a Inglesa e a Francesa, pode ter varias tonalidades. Na RTRO não deixamos nenhuma de fora. O amarelo mostarda é a cor ideal para o casaco quente. Tecidos grossos abraçam a cor como mais nenhuma. A combinação com preto atinge valores pertos da perfeição. Designers mostram-nos a sua interpretação da cor para o Inverno. Michael Kors aposta num forte amarelo mostarda, chamativo e ao mesmo tempo confortável para tornar os pretos mais arrojados. As linhas pretas delineiam a forma do casaco e dão um ar estruturado e agressivo. A cor mantém a delicadeza, associada à saia rodada e aos

sapatos. Outra opção para casaco vem da parte de Jil Sander, com uma tonalidade mais alaranjada e cintada, que atribui ao look uma forte componente feminina. Mais uma vez, a conjugação é com a cor preta, o que prova que o par funciona. Rochas aposta num mostarda com um acento mais esverdeado, que complementa a palete clara do conjunto. Por fim, Jonathan Saunders volta ao tradicional casamento da cor com o preto, que não desilude ao acrescentar um cinto que atribui geometria e classe ao mesmo tempo. A conclusão é que o mostarda ama o preto, mas pode ser conjugado com bege e branco. A RTRO aconselha ainda arriscar num burgundy bem escuro ou verde quase negro. Não custa nada experimentar e aqui ficam as sugestões para um Inverno bem aconchegante.


ARDA

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Color me

johnlewis.com 226€

modelwalk.com 360€

Capa Iphone jades24.com 45€


karmaloop.com 28€

Bimba&Lola 115€€

Topshop.com 88€

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ERROS DE MAQUILHAGEM por Beatriz Subtil


A maquilhagem é sem dúvida uma boa ferramenta para o nosso dia-a-dia. Contudo é muito comum vermos erros crassos na aplicação da mesma, levando o que se poderia chamar de bonito a ridículo.

Pó translúcido O pó translúcido foi uma grande revolução no mundo da maquilhagem, permitindo fixar o que foi posto na cara anteriormente e matizar a pele. No entanto o pó translúcido não é para ser usado em excesso apenas porque é translúcido. Lembrem-se que tudo relacionado com a make up que for em excesso “dá bronca”. A dica aqui é usar pouco e apenas onde for necessário (zonas mais oleosas) e de preferência num tom claro.

Base/ found de teint/ BBcream/CC cream Hoje em dia, todas nós temos acesso aos tão falados BB Creams. São óptimos, pois substituem as bases que secam a pele, e não a hidratam. No entanto, é muito importante a escolha correcta do tom do produto. Um dos maiores erros na apliação de maquilhagem está na má escolha da tonalidade da base, ficando a pele do rosto muito mais escura relativamente ao resto do corpo. É imperativa a aplicação de uma base ou BB Cream do tom correcto. 16 – 17 | rtro


8 erros de maquilhagem

Bronzeador O bronzeador é uma óptima ferramenta para não só conferir um tom mais queimado à pele, como até para dar certas ilusões na forma do rosto, como por exemplo, emagrecer. No entanto, é muito comum uma má aplicação do bronzer: não só muitas o utilizam como se de pó compacto se tratasse, como às vezes a pele fica literalmente às manchas, notando-se onde se aplicou a mais. O bronzer deve ser mais escuro que o nosso tom de pele, mas deve conseguir-se fundir os tons, conferindo um aspecto natural e não excessivamente escuro. Para evitar este erro, há que colocar apenas um pouco próximo das orelhas e na linha do queixo. Ainda menos deverá ser colocado nas partes laterais do nariz e do queixo também.

Sombras O maior erro relacionado com sombras está na combinação de cores. As misturas servem de opção para quem anseia chamar a atenção para os olhos e alegrar o look. Contudo, é preciso saber misturar as cores. Quando se combinam cores de sombras é preciso ter em atenção as divisões entre elas. O ideal é que a divisão seja esfumaçada ou degradé. No caso de usar tons coloridos, opta-se sempre por tonalidades mais próximas e que se misturem com o resto do .

Batom Usar batom fora do contorno deve ser das técnicas mais antigas, para aumentar os lábios e para prolongar a duração do mesmo, que existem. Contudo deverão ser uns centésimos de milímetros, senão o efeito será o de uma boca desenhada que evidentemente não é a vossa. É preciso muita cautela para aplicar o batom desta forma. Poderá também utilizar um contorno de lábios nude, obviamente, com bastante cautela também para que não se obtenha o efeito de botox e lábios artificiais.


Rímel É normal ver os fios das pestanas a juntar-se ao passar o rímel ou a ficarem colados nalguma parte. Isto habitualmente ocorre em duas situações: quando o produto é novo ou, então, quando o produto é velho demais. Quando o passar, tire o excesso de rímel que vem no pincel e se mesmo assim houver locais onde fiquem grudados separe-os com um pincel de pente. Porém, também devemos ter cuidado com o efeito “tipo aranha”, quando se deixa os fios muito separados e grossos. Esse efeito é usado principalmente nos cílios inferiores e é bom para olhos pequenos porque abre o olhar, contudo é preciso bastante cautela se não irá ficar com um olhar exagerado.

Blush O blush é um produto óptimo para destacar as maçãs do rosto e conferir um ar jovem e saudável mas pode-se cair no erro de o deixar terrivelmente marcado, o que vai dar um aspecto de máscara. Neste caso, o segredo é controlar a quantidade e espalhar bem com uma esponja ou pincel.

Pestanas postiças As pestanas postiças são óptimas aliadas para tornar um olhar comum, num olhar mais rico, sensual e forte. Contudo, o maior erro que se tem observado são as pestanas exageradas. Quando é a hora de escolher umas pestanas postiças, devemos escolher pestanas o mais natural possível, para conferir ao olhar uma simples alteração. As pestanas postiças não se devem destacar mais que os olhos, uma vez que devem parecer nossas. Deve-se optar sempre pelo mais natural, para sobressair sem ridicularizar. Já diria o ditado, less is more. 18 – 19 | rtro



Portugal Fashion Abstract as it was por Pedro Resende

Diz a organização Portugal Fashion que a sua missão passa por alterar “o paradigma de desenvolvimento de um sector tão estratégico como o Têxtil, sustentando-o em factores dinâmicos de competitividade, que contribuíram para alterar a imagem do Têxtil português.” Teórico demais? Talvez! Mas a aplicação prática faz perceber tudo quando a teoria por si só não explica. Afinal, na moda é assim… a imagem vale mais do que mil palavras, e uma série de desfiles em quatro dias consecutivos espalhados por três localizações em duas cidades é do mais imagético que pode haver.

Estação de Metro Cais do Sodré e Estufa-fria em Lisboa e, como habitual, o edifício da Alfândega no Porto serviram de palco à mostra dos criadores nacionais para a próxima Primavera-Verão (até se torna estranho escrever sobre isto com o frio que se sente lá fora) numa selecção que envolveu nomes como StoryTailors, TM Collection by Teresa Martins, Carlos Gil, o calçado de Luís Onofre, a irreverência do internacional Felipe Oliveira Batista ou marcas como a Fly London ou a DKode by Aleksandar Protic. No meio da miscelânea, lembramo-nos da frase que iniciou este texto e que vem da parte do próprio Portugal Fashion: “Alterar a imagem do têxtil português”. E avançamos pelo meio da moda para ver a tal imagem… Storytailors, os que já foram supra-sumos de uma quase alta costura portuguesa, voltaram a formas conhecidas, austeras, com recortes a laser em tecidos fortes e cores da realeza, salientadas com imagens da Virgem na cabeça das modelos.

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PortugalFashion Fashion Portugal

Estranho? Ou adequado a uma dupla de contadores de histórias? Já Katty Xiomara marcou cinturas em coordenados de decotes variados e tons pastel. Entre o styling quase Rtro (trocadilho intencional) e as formas femininas, a criadora aposta mais uma vez em peças como vestidos, saias e blusas que fazem perceber um público divertido e cheio de espírito de veraneio. Ao contrário, Luís Buchinho apresenta uma colecção Resort baseada em linhas rectas, que sem perder a clarividência ganha forma em pretos e azuis complementados com toques de cinza e bordô. Calculista, estilizada e mais conceptual, a colecção é tanto usável quanto criativa. Clean, depurado e sporty-chic, Felipe Oliveira Batista aposta numa paleta entre o branco, o azul e o caqui, num colecção que trabalhou tons lisos em peças compostas e estampados diversos em peças simples. Um cálculo bem pensado para uma indústria que, recordando, quer alterar a sua própria imagem. Entre estes e outros, as marcas não faltaram, quer no calçado quer no vestuário. Propostas de uma indústria crescente que marcaram o último dia do evento de forma positiva. Mostrando que nem tudo o que é industrial tem que deixar de ser moda. É possível criar indústria! Por último, e como não podia deixar de ser… o Bloom! Um desfile de novos criadores que complementam criativamente o evento Portugal Fashion. Parecem despreocupados com o que se pensa do seu trabalho. Criam, por isso mesmo, por criar! Mas o que é facto é que quer o público quer os profissionais do sector lhes prestam atenção para ver o pulsar de um sangue novo que começa a dar frutos. Mudar a imagem do sector? Sim, consegue-se!


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BLOGG BLOGGER TALK OPINIÃO DOS BLOGGERS por Helena Martins

Os bloggers de moda já nos habituaram à sua presença nos grandes eventos e a verdade é que cada vez influenciam mais a moda que se vê fora da passerelle. O Portugal Fashion não foi excepção e por isso fomos falar com alguns que estiverem presentes no evento e fomos saber a sua opinião sobre o mesmo.


GER TALK Tiago de Oliveira Blog: Oli-Worlds Highlights: Este ano o grande destaque vai para a colecção de Hugo Costa, onde o mesmo através do seu lifestyle e do streetbasketball cria uma colecção sublime sobre um espectro cool de azuis e de um branco clínico. Onde o oversize toma conta e se funde com os prints em contraste com os blocos sólidos de cores. "Broken" é o nome desta colecção que me deixou "broken heart" por desejar todas as peças desta colecção. Outro inevitável destaque desta edição são os sapatos ARTE de Fátima Lopes. Criação em estado solido perpetuados na linhagem de história nacional de Moda. E para terminar há que salientar a evolução e impacto que o espaço Bloom marca no Portugal Fashion. Opinião: Tenho o maior orgulho e felicidade de fazer parte do Portugal Fashion, de acompanhar a sua evolução notória edição trás edição. São numerosos os aspectos evolutivos tanto na organização do Portugal Fashion como nos próprios designers que apresentam a suas propostas. Uma vez mais estão todos de parabéns por conseguirem com sucesso realizar um evento desta dimensão face a realidade do pais e por nos brindarem com o melhor que se faz em Portugal em termos de indústria e moda. Mal posso esperar pela próxima edição! 24 – 25 | rtro


Focus Blogger ontalk designers

Cátia Barge Blog: Dress M! (consultora de moda)e A Super Fashion Girl (blog moda) Highlights: Para mim, o desfile mais marcante de todo o Portugal Fashion foi sem dúvida o de Diogo Miranda, com a sua coleção Oscar. Linhas curvas, ondas e folhos que marcavam de forma elegante a silhueta feminina, tecidos nobres e brilhantes, ideais para qualquer mulher arrojada! Segue-se o Carlos Gil, que começa já a ser uma presença bastante agradável nestes dias de moda no Porto. Figuras marcadas na cintura por cintos requintados com pedraria e cores fortes, como o vermelho e dourado! Uma coleção, sem dúvida apaixonante. Felipe Oliveira Batista e Katty Xiomara foram também dois desfiles que gostei de ver, boas propostas para este Verão. Não posso deixar de falar no espaço Bloom que cada vez mais se está a tornar um ponto obrigatório no Portugal Fashion. Temos de estar atentos e dispostos a ver o que se faz de novo: novos cortes, novas visões... no fundo, temos de apoiar aquilo que certamente, irá ser a nossa moda no futuro! Opinião: Um ano que o Porto recebeu muito bons estilistas, logo, muitos convidados. Confesso que o 2º dia foi o mais complicado, não gosto muito desta sala (superior) para os desfiles principais, as áreas de passagem são muito poucas e facilmente se criam filas que tapam completamente as passagens, fazendo com que as pessoas fiquem de forma desconfortável a aguardar pelos desfiles. Pouco imprensa, poucos fotógrafos e muito pouco streetstyle, infelizmente! Helena Marques Blog: Studio HM Highlights: Neste Portugal Fashion atribuo especial destaque à colecção Diogo Miranda que, do meu ponto de vista, vincou o seu incrível talento e capacidade criativa. Uma colecção ultra feminina, elegante e sofisticada aliada à sensualidade que o estilista bebeu das obras de Oscar Niemeyer. Champanhe, rosa, branco e verde água foram as cores de destaque. Os cortes geométricos são o relevo da colecção, mas o designer quebrou a rigidez dessas formas alcançando o equilíbrio perfeito. Os tecidos termocolados ajudaram no relevo aos ombros largos. O estilista deixou uma mensagem clara nesta colecção sobre um estilista de alta-costura. Luís Onofre deslumbrou com stilletos,


saltos plexi super finos que dão destaque à altura da mulher. Encontramos apontamentos metálicos e sandálias repletas de glamour e sensualidade com as malas a conduzir! Felipe Oliveira Baptista foi um dos meus favoritos e dos que mais gozo me deu assistir. Gosto da sensação imediata de uma vontade de querer comprar algo diferente, e isso acreditem foi uma constante. A música brasileira deu o moto para a abertura da colecção. Um guarda-roupa militar, desprovido de pré-conceitos para a mulher e com uma nuance de sofisticação e sensualidade. Opinião: É com grande agrado que presenciei neste Portugal Fashion um contínuo investimento no “Espaço Bloom”, na visibilidade e relevância aos novos criadores e, na recepção, com qualidade e eficiência, à imprensa internacional. Como aspectos a melhorar realço, em conformidade com o ano transacto, a necessidade de gestão do tempo de espera para o público em geral e os critérios de selecção concernente à distribuição de convites para a press. Não obstante, este ano, em particular, destaco algum desagrada no modo de atendimento à assistência por parte dos seguranças. Todavia, como súmula o evento Portugal Fashion parece estar em crescente ascensão e a performance dos nossos criadores nacionais é, cada vez mais, digna de notoriedade internacional dada a elevada qualidade e criatividade, logo o resultado é de clara “missão comprida”. Bruno Silva Blog: Doll House Highlights: Os desfiles do espaço Bloom, onde os jovens criadores apresentam as suas propostas, são geralmente aqueles que mais me agradam e nesta edição isso manteve-se. Destaco os desfiles de Teresa Abrunhosa, Mafalda Fonseca e Rita Afonso pela Modatex. No que diz respeito aos desfiles principais, Estelita Mendonça, Elisabeth Teixeira e Felipe Oliveira Baptista. Opinião: A mais-valia do Portugal Fashion é, na minha opinião, proporcionar aos visitantes assistirem a desfiles de grandes nomes da moda nacional e descobrir também jovens talentos que vão surgindo, edição após edição.

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ESAD

O Tecido Criativo do Futuro por Margarida Cunha


Portugal é um país muitas vezes conotado com a pequenez de horizontes e a insuficiência de veículos de expressão criativa. Contrariando essa tendência pessimista, e numa altura em que muito do nosso melhor potencial não encontra outra solução que não emigrar, a RTRO recolheu quatro testemunhos de jovens designers de moda – talentos que a ESAD (Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos) soube estimular. São quatro mentes promissoras que o FABPRINT - Concurso de Moda e Impressão Têxtil Primavera/Verão 2014 (enquadrado na S, M, L, XL Fashion and Design Week, que decorreu em Setembro) deu a conhecer ao mundo. Trata-se de uma iniciativa promovida pela incubadora de Moda e Design Fábrica Santo Thyrso, situada bem no coração do Norte, em Matosinhos. Conheçam, na primeira pessoa, quatro colecções e quatro visões diferentes da Moda, da sociedade e do mundo. Uma delas pertence ao vencedor do FABPRINT - Talent, Luís Serenoz.

Questionário 1. Como surge a paixão pela Moda? 2. O que inspirou as vossas colecções? 3. Quais os principais obstáculos que se levantaram na sua produção? 4. Como é citado no site do Fábrica Santo Thyrso, “O campo da moda é um território, por excelência, de diálogos, confrontos e ligações entre o processo criativo de design e inúmeras outras áreas que o enquadram: a indústria, o mercado, a cultura, a sociedade”. Como interpretam o diálogo que a Moda fomenta actualmente com os quadrantes que a rodeiam? 5. Depois da colecção, o que traçaram ou ambicionam para o futuro?

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O Tecido Criativo do Futuro O tecido criativo do futuro

Aurora Monteiro 1 – A primeira área a despertar a minha curiosidade não foi o Design, mas sim a imprensa de Moda. A dinâmica de revista, a escrita, a omnipresença da fotografia e a selecção criteriosa de conteúdos, com vista à criação de um único artigo foi sempre algo que me fascinou. O Design de Moda nunca me pareceu uma escolha óbvia; surgiu – após me ter afeiçoado à Arte nas suas mais diversas variantes – como uma vontade de procurar o novo e de expressar o que me é próprio nalgo tão pessoal como uma peça de roupa. 2 - T.i.m.e. (Trembly Insight’s Motion Echo) parte de uma reflexão sobre a passagem do tempo e a sua influência no meio envolvente. Em alegoria à fotografia (particularmente à imagem com arrasto vs. imagem estática), articula referências antagónicas (no que diz respeito ao modo como encaram as noções de tempo e movimento) como Drumming Song, de Florence + the Machine, e a obra do pintor Andy Denzler; e, em contraponto, Overgrown, de James Blake. É o oscilar e o ponderar entre os extremos criados que fazem de T.i.m.e. uma tentativa de capturar cada movimento, cada frame da existência, sem agir frenética e impulsivamente, mas de forma serena, reflectida, compassada. 3 – Sendo uma coleção de apenas quatro coordenados, tive de abdicar da utilização de algumas matérias-primas graças aos mínimos de venda impostos por algumas empresas. Tal restringiu, de certa forma, as minhas escolhas e implicou a transformação de alguns tecidos (nomeadamente, através de processos de tingimento). 4 – A Moda, ao não se limitar apenas ao Design, é parte integrante de tudo o que nos envolve. Não só de imagens-campanha de peças de Design de Moda se alimentam as publicações da área – existe todo um conjunto de objectos, obras, eventos, em que é explorada a influência que recebem e que produzem na Moda. Actualmente – em parte, graças à criação e expansão dos novos media – o consumidor tem uma voz muito mais activa; a partilha de opiniões/vivências/referências é mais fluída e intuitiva, o que leva a que se assista a uma certa democratização da informação em si. A Moda é algo global e quase singular, no sentido em que proporciona aproximações a realidades tão distintas e, ao mesmo tempo, consegue difundir-se por toda a população (independentemente da diversidade social e cultural inerente a cada país). 5 – Pretendo ingressar no mercado de trabalho, de modo a colocar em prática o aprendizado adquirido durante a licenciatura, e evoluir enquanto designer.


“T.i.m.e.” é uma tentativa de capturar cada movimento, cada frame da existência sem agir impulsivamente

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O tecido criativo do futuro

Eduardo Amorim 1 - A paixão pela Moda surgiu durante o ensino secundário, através de uma proposta de trabalho onde teria que explorar um pouco mais este mundo. 2 - A coleção “Anonymous” expressa o confronto entre o grupo mundial de hackers Anonymous (que lutam pela liberdade de informação) e os países muçulmanos conhecidos pela restrição que impõem ao povo. O símbolo do grupo de hackers (um fato clássico, utilizado por homens e mulheres emancipadas, enaltecendo os seus corpos e a sua posição social e profissional) contrasta com a Burka muçulmana (peça que esconde os corpos das mulheres). A silhueta, de carácter feminino, remete para o fato dos Anonymous ao incluir detalhes do vestuário clássico masculino; e apresenta volumes localizados. A paleta de cores (em tons de verde) e materiais (maioritariamente sarjas) traduz a influência militar da coleção. 3 - Os maiores contratempos na criação desta coleção foram a modelação (por ser um pouco complexa) e a prototipagem das peças, principalmente para acertar na cor correta, no tingimento dos tecidos. 5 - Para o futuro gostaria de prosseguir a minha formação nomeadamente no mestrado de moda na ESAD. créditos das fotografias: 1, 2 – Ismael Prata; 3, 4, 5 – Sal Nunkachov Provisório; 6, 7 – Telma Russo Nota: os sapatos da coleção do Eduardo Amorim são Nuno Baltazar

“Anonymous” expressa o confronto entre o grupo mundial de hackers e os países muçulmanos


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O tecido criativo do futuro

Luís Sereno 1- O Design de Moda surgiu como o caminho mais espontâneo e completo para expressar tanto a minha criatividade como o interesse pelos ramos artísticos, aliando a minha visão estética à vivência do quotidiano. 2- A coleção Liens tem como ponto de partida o mito da Torre de Babel, justaposto à realidade humano-afetiva dos nossos dias. É uma coleção que reflete sobre quem somos todos os dias, e o nosso papel num mundo tão grande regido por emoções tão simples, tão próprias. 3- A nível da índústria é dificil obter apoios, graças ao corpo docente da ESAD alguns obstáculos foram vencidos. Uma pequena produção exige meios que não estão ao nível de quem não se auto-sustenta, poderia haver mais e melhor design se todas as partes integrantes do processo caminhassem num só sentido. 4- A Moda poderia ser definida como uma súmula de reflexos. Se antes de tudo está a identidade do designer, o seu contexto e percurso, há outros componentes que irão intervir no processo criativo. A Moda, além das óbvias interligações com a arquitectura, design gráfico,tendências de consumo e etc, espelha culturas, problemáticas, reações, e molda-se consuante o contexto que se vive. A Moda é ritmada pelo pulsar dos dias de que todos fazemos parte, daí existirem tantas visões para tão diferentes públicos. 5- Pretendo crescer dentro da indústria têxtil, desenvolver as minhas aptidões a nível de fast-fashion e ao mesmo tempo ir apostando em coleções em nome individual. créditos das fotografias: 1, 2, 3 - Sal Nunkachov Provisório

“Liens” reflete sobre quem somos todos os dias, num mundo regido por emoções tão simples, tão próprias


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O tecido criativo do futuro

Sara Santos 1- Vem do gosto pelo desenho. Desde que me lembro gosto de desenhar – roupa em particular. Quando ingressei no ensino superior, sabia que queria estudar Design; então escolhi Design de Moda. 2- Para a minha coleção final de curso, Dissolving Self, parti da tendência humana para a autodestruição, comportamentos corrosivos como a distorção da realidade, a queda em ciclos viciosos que nos desgastam e a inércia que nos aprisiona e nos torna incapazes de quebrar este acumulado de barreiras imaginárias que impomos a nos próprios. Estabeleci associações entre estes comportamentos e certos metais, também eles por vezes danificados pela ferrugem. 3- Entre as principais dificuldades posso incluir as quantidades mínimas estabelecidas pelas empresas de tecidos para adquirir um determinado produto. Para além disso, também a descoberta dessas empresas ou entidades que forneçam os serviços que necessitamos para confecionar as nossas coleções. 4- Na minha opinião, podemos falar de moda como dois sectores individuais: as grandes cadeias de vestuário e a moda de autor. A primeira está em sintonia com o mercado e a sociedade consumidora em geral, visto que se trata de uma indústria que vive de e para isso. É uma indústria de consumo rápido num mercado que necessita de estar sempre atualizado de forma a dar resposta as exigências dos consumidores, numa sociedade que vive de forma acelerada, num mundo marcado pela globalização, graças à qual perdemos a moda como espelho de uma cultura em particular. A moda de autor, por outro lado, não pode deixar de transmitir muito da personalidade e universo pessoal do seu criador, assim como da cultura e sociedade em que ele vive. Mesmo fazendo parte de uma época global, é sempre possível ver o que tem de mais próximo. Para a moda de autor em Portugal, a ligação com o mercado e em especial com a indústria nem sempre é fácil. É necessário pensar em estratégias empresariais que permitam satisfazer a necessidades dos vários intervenientes e dar resposta a um mercado partindo apenas das criações de um único individuo. 5- Para já, pretendo completar a minha formação académica e continuar a desenhar. créditos das fotografias: 1 – Ismael Prata; 2, 3 e 4 – Sal Nunkachov Provisório Nota: Ilustrações da coleção Dissolving Self


“Dissolving Self” parte da tendência humana para a autodestruição, como distorção da realidade, a queda em ciclos viciosos 36 – 37 | rtro



Sunshine Hues Fotografia: Catarina Oliveira Modelo: Rita Lwanga

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The Council of Fashion Designers of America por Catarina Oliveira


A festa que celebra os dez estilistas mais promissores da temporada teve lugar no passado dia 11 de Novembro, e foi mais uma oportunidade para celebridades aparecerem em todo o seu glamour. Não só Public School levou o prémio final para casa, mas a RTRO teve também os seus vencedores (e perdedores) do tapete vermelho da cerimónia.

Os melhores: Julianne Moore/Tom Ford: A actriz prova que um vestido de gola alta que brilha e parece ser o show stopper da noite. As sandálias são o pormenor que torna todo o look mais bem conseguido. Cody Horn/Richard Chai: O preto total, o batom vamp. Todo o mistério que envolve o visual torna Cody mais sensual que nunca, mesmo com um enorme casaco e calças. O evidência de pele nem sempre é necessária para se chamar a atenção. Subtilmente é possível ser-se ainda mais sexy. Allison Williams: A actriz veste Misha Nonoo e mostra ser mais uma prova do sexy subtil, com um look que lhe pode atribuir um ar envelhecido e é imediatamente contradito pela transparência da saia. Um claro vencedor. 48 – 49 | rtro


Red Carpet

Os piores: Christina Ricci: É inegável que Christina parece não envelhecer e continua a aparecer com um ar fantástico, mas a escolha de visual não acompanha a jovialidade da cara da atriz. O vestido assenta numa forma estranha, quase como se não fosse o tamanho certo. Para acrescentar à estrutura deselegante, a própria peça parece não mais do que um conjunto de tiras, coladas sem grande perfeccionismo, num resultado que não funciona de todo. Evan Rachel Wood: Evan apresenta-se numa cor estonteante, mas é o seu rosto que a põe nos piores da noite. O cabelo atribui-lhe uma idade muito avançada e o corte do vestido não ajuda neste sentido. Pode ser que a ideia original fosse ir para um look mais maduro, mas há uma diferença entre adulto e envelhecido. Ciara: A cantora mostra-nos um penteado sensacional, e na RTRO não negamos que adoramos o branco total e o minimalismo. Mas, numa época em que as formas são desafiadas, não se quer deixar de mostrar elegância e as 3 peças que Ciara usa não fogem a um certo dese-


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Inauguraçã da primeira Eureka Flagship Store por Helena Martins

No dia 2 de Novembro, o número 237 da Rua Santa Catarina na cidade do Porto ganhou uma nova vida. Este dia marcou a abertura da primeira flagship store da marca Eureka, conhecida pela nova dimensão que trouxe quer ao calçado feminino quer ao masculino. Bem no coração da cidade, a loja está divida em três pisos distintos, com colecção de senhora e de homem nos dois primeiros pisos e no último piso encontra-se o The LAB, onde podem encontrar peças das colecções de Nuno Gama, Marque’s Almeida, Os Burgueses e Luís Carvalho. Durante a inauguração, os convidados puderam assistir a uma apresentação da colecção Eureka Shoes, com a colaboração dos designers Nuno Gama, Diana Matias, Daniela Barros, Os Burgueses, Estelita Mendonça, João Melo Costa e Stefano Ficetola. Estiveram também presentes as bloggers mais emblemáticas da cidade do Porto, Diana e Marlene Vinha do Pretty Exquisite, Marta Fragateiro do My Closet, Silvia Pereira do My Fashion Script, Raquel Fernandes do Teenie Weenie Blog e ainda Joana Leite do Style Traces. Esta flagship store é um marco na história da Eureka Shoes, que desde há quatro anos está presente em todas as principais cidades de Portugal. Um local a visitar, nem que seja apenas para conhecer o maravilhoso espaço repleto de obras de arte.

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Inauguraçãoloja lojaEureka Eureka Inauguração


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str sty por Ana Dias & Ana Rodrigues


reet yle 56 – 57 | rtro


StreetStyle

Helena Barroso

Marília Moledo

Camisa Zara Man Calças Zara Casaco Zara Colares Stradivarius Bolsa Zara

Casaco Uterque Calças H&M Botas Levi's Bolsa Loja local


Pedro Resende Camisola e sapatos H&M Casaco Zara Camisa Vintage Mochila Pull & Bear

Martim Ribeiro

Ivone Soares

Lenço H&M Casaco Paul & Shark Sapatos Zara

Camisola H&M Calças Zara Casaco Zara Bolsa Loja local

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Long Way to Alaska por Ana Rodrigues

Chamam-se Long Way to Alaska mas o caminho até eles não é assim tão longo. O quarteto de Braga, composto por Gil Amado, Gonçalo Alvarez, Lucas Carneiro e Nuno Abreu nasceu em 2009 e desde aí contam já com dois EP’s e um álbum lançados. Definem-se pelo seu som acústico e intimista e são uma das bandas emergentes em Portugal. Rapidamente se começaram a fazer ouvir, passando por algumas rádios nacionais com os seus primeiros temas. Em 2010, voltam a surgir com o seu primeiro álbum “Eastriver”, editado pela Lovers & Lollypops. Depois de um percurso de três anos repleto de concertos ao vivo por vários palcos nacionais, voltam em 2013 com um novo EP. Estivemos à conversa com dois dos seus membros, o Gonçalo e o Gil que nos contaram alguns dos segredos da banda.


Long way to Alaska

Contem-nos o que levou à forma Vocês já se conheciam?

Gonçalo Alvarez: Os Long Way to A (Janeiro? Ou até mesmo Dezembro d que andavam a fazer umas músicas, nada tinha a ver com o que andavam rasgo, o Nuno fez uma letra para a m Light and Love”) deu o nome à banda par de semanas mais tarde, eu e o Gil e gravar aquela e umas outras música E assim nasceram os LWTA.

A verdade é que já todos no desde a infância, ao Gil conhecemojá tido bandas em comum. Quanto ao conheci-o apenas no primeiro ensaio ciam há algum tempo.


ação dos Long Way to Alaska.

Alaska nasceram no início de 2009 de 2008) quando o Nuno e o Lucas, arranjaram um instrumental que m a fazer. Nessa mesma noite, num música (que hoje se chama “Laugh, a e criou a página do MySpace. Um l, juntámo-nos a eles para ensaiar as que entretanto foram surgindo.

os conhecíamos. Eu e o Nuno já -lo no secundário e tínhamos até o Lucas, o benjamim da banda, eu o mas o Nuno e o Gil já o conhe-

Depois de terem lançado o álbum “Eastriver”, em 2010, estão de volta com um novo EP. Sentiram que o “Life Aquatic” EP foi elaborado de forma mais cuidada relativamente ao anterior? Conseguiram atingir o que ambicionavam? Gil Amado: O processo de gravação e produção em estúdio do “Life Aquatic” foi elaborado com mais cuidado em relação ao “Eastriver”, agora em relação ao processo de composição não diria o mesmo. Este processo em si foi diferente. Até então o processo de criação habitual era aquele em que cada elemento da banda contribui com ideias musicais vindas de casa, a partir daí trabalhávamos essas ideias de forma a construir uma música. Os quatro temas que integram o “Life Aquatic” mais a “Yonder Year”, que editamos na colectânea “À Sombra de Deus”, surgem precisamente duma interação conjunta entre os quatro no próprio ensaio. Achamos piada à forma como vocês descrevem a música que fazem: “doces imaginários instrumentais a cordas vocais em estado de rebentação de uma flora fresca despida”. Ainda mantêm este registo entre o pop e o folk ou o vosso novo trabalho não dá continuidade sonora relativamente ao álbum? Gil Amado: O álbum “Eastriver” acaba por ser um disco de transição em termos de sonoridade da banda, onde temos ainda temas bastante acústicos e despidos como os do primeiro EP, e temas mais eléctricos, mais tropicais. O Life Aquatic é precisamente a consolidação dessa nova sonoridade, talvez mais madura também. No fundo o registo e efeito das músicas acaba por ser o mesmo, a roupagem é que se tornou diferente. O “feedback” do “Life Aquatic” EP foi bastante positivo. Tinham ambições maiores ou estão satisfeitos com o resultado? Gonçalo Alvarez: A ambição nunca tem limites, ou pelo menos aquela vontade escondida que nem sempre extravasamos, e por isso desejamos sempre mais e melhor. Mas eu estou bastante satisfeito com a aceitação deste EP e acima de tudo com os resultados que ele trouxe. Era uma edição algo sensível uma vez que a banda estava parada há um ano e queríamos perceber como seria colocar algo no panorama musical tendo passado esse tempo. Para nós foi também importante uma vez que nos motivou imenso e trouxe a oportunidade de retomar aquilo que tanto gostamos de fazer. 62 – 63 | rtro


Long way to Alaska

Falem-nos da “Air”. Porque é que escolheram este tema como primeiro single?

Que desafios sentem com a exp sempre surpresas preparadas?

Gil Amado: Escolhemos a “Air” por ser um tema que marca precisamente esta nova estética dos LWTA, além disso tem um mood alegre, fresco e contagiante. Achámos ideal para uma primeira amostra deste novo trabalho.

Gil: Os desafios são quase sempre di ou porque é um espaço novo onde nun tem um público específico ou até po determinado público. Gostamos e te música nova que ainda está em fase e concerto, uma versão exclusiva e dife conhecida, enfim... As surpresas que volta disto. Ainda não pensámos em que não tenha propriamente a ver entremos em palco de bigode e cuec

Ouvimos dizer que estão a preparar um novo vídeo. Querem desvendar qual foi o tema escolhido ou ainda é segredo? Gonçalo Alvarez: Vamos manter isso no segredo dos deuses, para já! Mas falta muito pouco para ele estar cá fora por isso os mais curiosos não vão ter que esperar muito! Sentem que têm vindo a apurar o vosso “som” ou surge tudo com espontaneidade e já encontraram a fórmula certa? Gonçalo Alvarez: Como o Gil referiu há pouco, o nosso processo de criação surge de uma interação entre os quatro exclusivamente em sala de ensaio, ao contrário do que acontecia (em maior escala) anteriormente. Não acredito que tenhamos encontrado uma fórmula para o nosso som, até porque nem é essa a nossa vontade. Desde que começamos que a nossa sonoridade tem vindo a mudar e a nossa vontade é que continue a mudar, a evoluir e a levar-nos a outros sítios. Sabemos que alguns de vocês têm projectos musicais paralelos relativamente aos Long Way to Alaska. De que forma esses outros trabalhos poderão ter influenciado as vossas composições? Gil Amado: Honestamente não acho que tenha qualquer influência na nossa composição. Eu toco como músico convidado noutro projecto onde não sou criador, o Lucas tem outra banda num registo musical completamente oposto ao dos LWTA e o Gonçalo vai agora lançar um trabalho pessoal que de certa forma até revela alguma da influência que a música dos LWTA teve sobre ele.

FOTOGRAFIAS: Raquel Caldevilla e André Tentugal

Há alguma banda que vos inspire

Gil Amado: Para os LWTA não há ne comum entre os quatro, até porque


periência de tocar ao vivo? Têm

iferentes de concerto para concerto, nca tocámos, ou porque sabemos que orque somos surpreendidos com um entamos sempre ter algo novo, uma embrionária, uma intro nova para o erente duma determinada música já e normalmente preparamos andam à surpreender o público doutra forma com a nossa música, talvez um dia cas, quem sabe!

tem surgido entre os quatro fechados pelas quatro paredes da sala de ensaio. Poderá haver aquela referencia, aquele disco especifico para o processo de produção em estúdio, mas esta referencia varia sempre de trabalho para trabalho e normalmente surge só quando entramos nesse mesmo processo. Em termos pessoais, e para compor nos LWTA, não tenho nenhuma especial referencia neste momento, o que tenho ouvido ultimamente nada tem a ver com a nossa sonoridade e na verdade nada têm a ver umas com as outras. Ainda assim posso dizer que ando deslumbrado com o novo projecto de Nicolas Jaar com David Harrington, Darkside. Gonçalo Alvarez: Tenho ouvido imenso Earthless. Mas a banda que mais me inspira continua a ser Long Way to Alaska ahah

e especialmente neste momento?

Querem revelar alguns dos vossos projectos futuros?

enhuma banda em especifico que seja e a composição, mais do que nunca,

Gonçalo Alvarez: Lançar mais um single, continuar a promover o “Life Aquatic” na estrada e começar a preparar o próximo álbum!

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Fotografia: Ricardo Costa (ricardocosta.org) Makeup: PatrĂŒcia Jesus (makeuphooked.pt) Modelo: Sandra Pereira Roupa: Newlook Multimarcas (Oliveira do Bairro) Agradecimentos: Pastelaria Maria Bonita (Oliveira do Bairro)


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Linda Martini mantêm identidade com “Turbo por Mariana Sá


ma urbo Lento” “É mais fácil sustentar um fracasso comercial de algo de que te orgulhas, do que viver com a frustração de subverteres a tua integridade artística para vender e sair-te furado”.

Passaram 10 anos desde que a banda de André Henriques, Cláudia Guerreiro, Hélio Morais e Pedro Geraldes nasceu. Linda Martini foi durante muito tempo um segredo bem guardado pela malta indie. Mas, agora, não há mais nada a fazer. O segredo escapou-se! Já conquistaram os palcos principais dos festivais de Verão, assinaram com uma grande editora (Universal) e ameaçam angariar cada vez mais fãs. Turbo Lento saiu esta segunda feira (30 de Setembro). Não percam a oportunidade de confirmar o talento desta banda lisboeta nos concertos de apresentação. Apontem: 5 de Outubro no Hard Club (Porto), e no dia 12, na Sala Tejo da MEO Arena (Lisboa). 78 – 79 | rtro


Linda Martini

Passaram-se 10 anos. Vão lançar o terceiro álbum de originais, agora, pela editora Universal. Estão a crescer como banda. Sentiram uma maior pressão com "Turbo Lento"? Foram mais perfeccionistas? A única pressão que sentimos, foi interna. Queríamos fazer um disco de que nos orgulhássemos. A Universal entrou na equação já com o disco praticamente acabado. Quiseram, claramente, apostar numa banda que construiu a sua carreira de uma forma sustentada e graças ao facto de ter um público incrível a apoiá-la desde o início. Porquê esta mudança de editora? O que procuraram e que expectativas têm? Temos mudado constantemente de editora. Já editámos pela Naked – “Linda Martini” e “Olhos de Mongol”, pela Rastilho – “Marsupial”, pela Optimus discos – “Intervalo” e por nós mesmos – “Casa Ocupada”. A mudança faz parte da vida e na música não é diferente. Houve uma vontade mútua de se trabalhar este disco de uma forma que faz sentido para ambas as partes e houve um entendimento muito bom do que é a banda e de para onde pode e deve ir. Tão simples quanto isto. As expectativas estão postas na forma como as pessoas vão receber este disco. Costumam dizer que têm um processo lento de criação. Aconteceu o mesmo com este álbum? É muito difícil chegar a um consenso criativo? Aconteceu. Demorámos 3 anos a gravar este disco. Não há líderes nesta banda e, por isso, quando assim é, as coisas levam mais tempo a encontrar um consenso. Mas tem resultado bem desta forma. Sempre que lançam algo novo, a aceitação costuma ser muito positiva. Isso influencia o vosso processo criativo? Procuram responder a certas expectativas ou já estão imunes? Não. A única premissa que temos para gravar um disco, é estarmos os quatro orgulhosos com o que fizemos. Depois de estar gravado, sim, preocupamo-nos com o que as pessoas


vão achar. Se fizeres as coisas desta forma, nunca te desiludes. É mais fácil sustentar um fracasso comercial de algo de que te orgulhas, do que viver com a frustração de subverteres a tua integridade artística para vender e sair-te furado. Ouvi numa entrevista que, com este álbum, não queriam seguir o caminho óbvio. Procuravam algo mais complexo, mais riffs, rock, mas menos directo. Conseguiram atingir o que ambicionavam? Conseguimos. Queríamos voltar a ter momentos de viagem e mais improvisos. O Casa Ocupada era todo muito directo e em cima. Fizemos coisas neste disco que ainda não havíamos feito. "Ratos" é um single poderoso, mas não foi a primeira escolha...Qual era? Já agora, como escolhem os singles? São vocês, a editora ou pedem a amigos uma mãozinha? Quem escolhe os nossos singles, são as quatro pessoas que fazem parte da banda. Claro que ouvimos os argumentos e opiniões da nossa editora, bem como das pessoas que nos acompanham na estrada. Estávamos a limar detalhes do “Aparato” para o gravar como primeiro single e de repente apareceu o “Ratos”. Soou tão fresco que decidimos avançar com essa escolha. Por terem projectos alternativos, isso ajuda a simplificar (ou definir) o "som" dos Linda Martini ou permite uma maior experimentação à banda? Não pensamos muito nisso. Fazemos música de uma forma bastante intuitiva. São adeptos de um som mais orgânico. Aliás, têm optado por uma gravação em "take directo". Porquê a preferência deste método? O que gostam mais e menos? É ao vivo que nos sentimos mais confortáveis. Quando vamos para estúdio, gostamos de tentar recriar esse senti-

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LindaMartini Martini Linda


mento. O take directo acaba por ser a forma mais fiel de o fazer. Mas a verdade é que neste disco não nos restringimos a isso. Aproveitámos o baixo e a bateria dessas captações, mas fizemos bastantes overdubs de guitarras. Não estávamos totalmente satisfeitos com o som de algumas e por vezes chocavam entre si. Tivemos que as reinterpretar. Há alguma coisa que gostassem de experimentar, em termos de estúdio, processo de gravação? Engenheiros de som com quem gostassem de trabalhar ou já tenham trabalhado? Letristas, músicos... Partilhem as vossas ambições. Temos falado algumas vezes em produzir um disco com o Guy Picciotto, de Fugazzi. Nunca trabalhámos com um produtor externo à banda e julgamos que ele compreenderia bem de onde viemos e para onde queremos ir. Para já, pretendem masterizar o álbum em Nova Iorque com Andy VanDette. Porquê esta escolha? É a pessoa que costuma masterizar os discos do Nelson Carvalho, que foi quem misturou o disco, por isso, fazia todo o sentido.

Vocês conseguem ser músicos a tempo inteiro? Exclusivamente de Linda Martini, não. Há três membros da banda cujo foco é Linda Martini, mas são igualmente trabalhadores por conta própria noutras áreas. O outro membro tem um full-time. Acham que momentos de crise estimulam a criatividade dos artistas? Sentiram mais vontade de produzir algo? Não. Momentos de crise geram outro tipo de criatividade, quanto muito. E ninguém deveria passar fome, ou viver na miséria, para produzir. Em Outubro, vão fazer concertos de apresentação no Porto e em Lisboa. Têm pensada uma digressão pelo país, ou quem sabe, tentar furar o mercado internacional? Já que há cada vez mais portugueses espalhados pelo mundo... Já temos mais alguns concertos de auditórios a partir de Novembro. Mas como ainda estamos a fechar outros, anunciamos tudo junto em breve. Quanto a uma internacionalização, pode ser mais complicado. Mas nunca se sabe...

Para isso, vão concorrer ao apoio da GDA para a masterização de Turbo Lento. É a primeira vez que procuram o apoio à Edição Fonográfica de Intérprete? O que pensam deste programa?

Quais os planos para o futuro dos Linda Martini?

Não. Curiosamente concorremos, mas para o incentivo à edição. Mas não ganhámos o apoio. É um apoio que pode ser uma óptima ajuda para alguns projectos com mais debilidades financeiras. Talvez pudesse ser um pouco mais abrangente.

Querem dizer mais alguma coisa aos leitores da Rtro?

Tocar bastante com o novo disco e começar a trabalhar em músicas novas.

Obrigado pela oportunidade!

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I’ll tell you who’s the boss: Kate Moss por Helena Martins

Além de ser uma das modelos mais reconhecidas internacionalmente, Kate Moss conseguiu, ao longo dos anos, tornar-se numa verdadeira it girl. Com apenas 14 anos foi descoberta no Aeroporto Internacional John F. Kennedy em Nova Iorque, depois de uma viagem às Bahamas. Mas foi quando a fotógrafa Corinne Day tirou umas fotos a preto e branco a Kate com então 16 anos para a revista britânica “The Face”, que a sua carreira verdadeiramente começou. Moss, de certa forma, veio revolucionar o mundo da moda. Quando começou a sua carreira triunfavam modelos como Cindy Crawford e Naomi Campbell, conhecidas por serem altas e pelos seus corpos curvilíneos. Kate Moss veio contrariar este tipo de corpos e de imagem, e criou o “movimento” anti-modelo dos anos 90. E a prova de que Kate Moss é uma verdadeira it girl é que além das fotografias icónicas que tem feito ao longo da sua carreira, a modelo já ganhou por diversas vezes prémios pelo seu estilo, entre eles estão o prémio de influenciadora de moda pelo Council of Fashion Designers of America e um lugar na lista internacional de melhores vestidas pela revista Vanity Fair. No início do século 21, a modelo britânica, foi juntamente com a actriz Sienna Miller, uma das grandes impulsionadoras do estilo boho-chic. Kate Moss é uma das modelos que consegue criar tendências, calções cut-off, as botas Ugg, bailarinas e skinny jeans foram algu-

mas das peças que Kate Moss popularizou e que continuam vivas até aos dias de hoje. No entanto, Moss foi considerada pela PETA como a pior vestida no ano de 2008, pelo uso frequente de pêlo nas suas peças de roupa. As t-shirts com imagens de Kate Moss, frases de Kate Moss ou qualquer outro assunto relacionado com Kate Moss, são um sucesso instantâneo. E claro, Henry Holland, conhecido pelas míticas frases nas t-shirts da sua marca, House of Holland tinha de dedicar uma t-shirt à modelo, criando uma t-shirt com a frase: “I’ll tell you who’s the boss, Kate Moss”. Também toda a gente conhece a t-shirt com a foto da modelo, simpaticamente, a mostrar o seu dedo do meio. Em 2007, Kate Moss criou uma colecção de roupa exclusiva para a marca britânica Topshop, que teve bastante sucesso. Foi revelado há pouco tempo, que Kate Moss irá voltar a unir-se à Topshop para criar outra linha de roupa que promete seguir os passos da colecção então lançada em 2007. Esta colecção chegará às lojas em Abril do próximo ano. Agora com 39 anos, Kate Moss continua a trabalhar como modelo, algo bastante raro no mundo da moda e tornou-se um ícone. O seu sotaque, o seu cabelo loiro invejável, a sua intemporalidade e o grunge que transporta consigo a cada passo que dá, provam que afinal a frase na t-shirt de Henry Holland é pura realidade, Kate Moss really is the boss!



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Festas Sem Stress - Afinal, é só mais um Dezembro por Margarida Cunha

Vocês conhecem a sensação: os amigos perguntam, já desde Novembro, onde é que vai ser o Réveillon; os altifalantes da cidade bombardeiam-vos com ideias para prendas e festas; as mascotes dos hipermercados saltam da TV para assombrar os vossos sonhos. Bem-vindos a um dos novos problemas dos países ricos: a pressão para gastarmos dinheiro e nos divertirmos nas festas. Mas porque stressar nestas ocasiões – Natal e Ano Novo – é uma completa perversão do conceito – afinal, a ideia é descontrair – a RTRO deixa-vos sugestões para relaxarem e aproveitarem a época das festividades no interior das vossas casas/garagens/ caves/quintas. Sem pretensões, sem tentativas de impressionar.

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FAÇAM UM BOLO Não importa qual, desde que tenha algum grau de complexidade – o suficiente para envolver umas 4 ou 5 pessoas, mas não a ponto de poder explodir a cozinha. Alguns de vocês vão lembrar-se de receitas que viram na Fátima Lopes: outros da baba de camelo que a avó sabe fazer tão bem. Em qualquer dos casos, a conversa vai fluir naturalmente, à medida que alguns ovos colaterais se estatelam no chão. E não abanem a cabeça perante a ideia de fazer um bolo: encomendar não tem piada e fica caro. E ser a vossa mãe/tia/avó a fazer é injusto, pois ela já cuida de vocês o ano todo. Mexam-se.

ESCOLHAM A MÚSICA Isso inclui o Bangerz da Miley Cyrus. Deixem de ser puristas e tenham o ARTPOP, de Lady Gaga, à mão para quando os silêncios desconfortáveis se instalarem – porque vão instalar-se. Talvez queiram dar uma segunda (ou oitava) oportunidade a Britney e pôr o seu Britney Jean, que ela diz ser o seu álbum mais pessoal de sempre, a tocar. Já vejo olhos a revirar? OK, então passemos para Muse. Os vossos amigos hipsters vão dizer-vos que Muse já foram bons mas agora “venderam-se”. Não liguem e peguem no 2nd Law. Terminem o ano (ou comecem, dependendo da hora) de forma retro-tecnológica. Já têm o Random Access Memories, dos Daft Punk, na mão? Então façam favor. Os vossos horizontes e gosto musicais agradecem.

CHAMEM AS MENINAS PARA EXPERIMENTAR ROUPA E MAQUILHAGEM Também podem chamar os meninos, mas eles por essa altura já estarão arranjados e a jogar GTA V, enquanto esperam por vocês. Esta dica dispensa grandes descrições: agarrem nos trapinhos que andam a visualizar mentalmente há 3 meses e submetam-nos aos juízos imparciais das vossas amigas. Elas que tragam a maquilhagem. É desta que usam batom vermelho.

VISTAM-SE DE PAI NATAL Poupem-me o “Mas ele não existe”. No universo de muitas crianças existe. Isso inclui os vossos irmãos mais novos e primos – se, como eu, não têm irmãos mais novos ou primos bebés, é


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porque estão a começar a ter sobrinhos e, lamento dizer-vos, estão a envelhecer. Se nunca pegaram num gorro vermelho, numa barba branca nem acrescentaram duas almofadas à vossa barriga, não conhecem a sensação de olhar para uma criança e ver no olhar dela surpresa e deleite. Experimentem só por uma vez. A doçura do momento vai purgar-vos de todo o sarcasmo e cinismo que disseminaram durante o ano.

TIREM O PÓ AOS JOGOS DE TABULEIRO Se há época do ano em que a nostalgia volta é esta. E nada como juntar o pessoal para uma partida de um jogo de tabuleiro. Não pensem só em Monopólio. Peguem no vosso amigo geek (ou no/a vosso/a pretendente) e desafiem-no/a para uma partida de Master Mind. Se pretendem uma atmosfera mais misteriosa e com mais jogadores, apostem em Cluedo. Alguém vai dizer que não quer jogar “isso de tabuleiro”, para depois se agarrar à 3DS. Deixem-nos chegar ao check-point mais próximo e desliguem-lhes a consola.

PARTILHEM AS VOSSAS RESOLUÇÕES PARA 2014 Aquelas que nunca na vida vão pôr em prática. Deixar de fumar/beber, ir ao Japão, emagrecer, raptar o Ryan Gosling… vale tudo. A ideia é ser realista mas também disparatar, por isso libertem-se. Lembrem-se que ninguém deve rir-se dos sonhos dos outros – o que para vocês é um projecto de vida pode ser para outros pode ser absurdo. Mas se isso vos ajuda a levantar de manhã, quem pode censurar-vos?

Quando tudo o resto falhar… Liguem a TV, a caixinha democrática. No Natal, decerto encontrarão um filme acolhedor e para toda a família – sem ser o Sozinho em Casa. Não dá nada de jeito? Façam como aqui em casa e peguem em gravações antigas de família. Preparem-se para as gargalhadas e, sim, para alguns momentos de humilhação – aproveitam e ensinam aos vossos primos o que é uma cassete. Na passagem de ano, passem rapidamente para os canais por cabo. Vão encontrar compilações com os principais acontecimentos do ano. Pela vossa saúde, não comecem o ano a ver reality shows.


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MEIO PISO por Ana Dias

O Meio Piso é um novo espaço em Braga que, tal como o nome indica, fica situado no meio piso do café/bar Juno. Um espaço muito simpático e acolhedor que funciona como loja/atelier da designer de comunicação Sara Viana, que, sendo ela uma apreciadora de arte e design, foi esta a forma que encontrou de trazer para a cidade a crescente cultura criativa nacional. Com esse objectivo convidou artistas e marcas portuguesas a exporem o seu trabalho e a tornar este projecto num projecto no plural. Poderá descobrir marcas como: Poise Shaped, We the knot, Mel, Bauh, Castles in the clouds, Freakum, entre outras. Para os mais interessados em ilustração, encontram obras como as Pedro Fernandes e para os que preferem retornar aos velhos tempos encontram peças de roupa vintage e antiguidades. Esta época festiva é perfeita para conhecerem este cantinho e comprarem presentes de Natal únicos e originais.


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Meio Piso

Joaquim Gromicho


Meio Piso Rua do Anjo, 49 Seg e Qua-Sex 14.00-19.00 e 22.00-01.00 Ter 22.00-01.00; Sáb 22.00-02.00 facebook.com/MeioPiso 96 – 97 | rtro


Smells like…

La Vie est Belle

Lancôme por Margarida Cunha

La Vie est Belle não é apenas o nome de um perfume: é uma filosofia, uma declaração universal da beleza da vida. É o que nos diz o cartão perfumado em relevo que a Lancôme distribuiu para promover a fragrância lançada no ano passado. E quem melhor do que Julia Roberts para incarnar uma mulher apaixonada pela vida? A actriz protagoniza a campanha promocional do perfume, num vídeo em que surge de branco num evento em que o dress code é o preto, e os convidados se apresentam literalmente presos, numa alegoria às convenções e códigos de que La Vie est Belle nos quer libertar. E qual a combinação para criar um perfume que celebra a vida? Uma que agregue, segundo a Lancôme, os mais nobres ingredientes naturais: concreto de Íris Pallida, absoluto de Jasmim de Sambac, absoluto de Flor de Laranjeira e essência de Patchouli, sobre uma cama de finas iguarias. La Vie est Belle é sem dúvida uma fragrância madura e feminina, com uma durabilidade satisfatória, que representa fielmente alguém seguro e confortável na sua pele. Disponível nos seguintes formatos: Eau de Parfum (30, 50 e 75ml), Gel de Duche (200ml), Leite Corporal (200ml) e Huile (100ml). Pode ainda ser adquirido em coffret, que inclui Eau de Parfum + Leite Corpo + Gel Duche.



Um livro: duas histórias lado a lado por Ana Cristina Silva

“Uma vida ao teu lado” é um romance à la Nicholas Sparks mas, ao mesmo tempo, contém nuances novas que ajudam a criar uma obra estruturalmente bem-conseguida. A história é contada desde três pontos de vista, equivalentes a personagens principais do romance. A obra centra-se, então, em dois casais de gerações completamente diferentes, Ira e a sua falecida esposa Ruth, que passaram toda uma vida juntos, e Luke e Sophia, cujo romance acompanhamos desde o primeiro momento. Para começar, Ira, de 91 anos, tem um acidente de carro e fica soterrado na neve. Enquanto tenta sobreviver, na esperança de ser resgatado, sente a presença de Ruth e tem visões da mulher. Através das memórias que partilham ficamos a conhecer o seu passado: como se conheceram e apaixonaram, mas, acima de tudo, como o seu amor sobreviveu aos altos e baixos (muito bem descritos) da longa viagem que viveram juntos. O romance segue também as vidas de Sophia e Luke. Ela, uma estudante universitária e Luke um cowboy de rodeos, muito diferente do tipo de homens a que está

habituada. Desde cedo se percebe que se encontram em diferentes fases da vida, contudo tal não impede que a amizade cresça e se apaixonem. Apesar de não haver opositores óbvios à sua relação ou intrigas alheias, foram talvez as suas diferenças, a inocência de Sophia e os demónios e segredos que Luke escondia, os únicos obstáculos que tiveram de superar ao longo da narrativa que nos é contada por eles próprios. Assistimos, ao longo de mais de quatrocentas páginas, ao crescimento da relação entre Sophia e Luke, ao mesmo tempo em que acompanhamos as memórias da vida de Ira com Ruth. Pessoalmente, a história de Ira foi a que mais me tocou, pois nada ficou por dizer: percebemos como se apaixonaram, assistimos a todos os obstáculos que tiveram de ultrapassar até ao casamento e as crises que depois, unidos, superaram; tudo isto inserido numa época marcada pela II Guerra Mundial e num pós-guerra em que a arte muda radicalmente de inspiração. E é a arte dessa época que ganha grande importância ao longo da obra/na vida dos dois; afinal Ruth e Ira tornam-se colecionadores de quadros de grandes artistas como Picasso,


Título: Uma vida ao teu lado Título Original: The Longest Ride Autora: Nicholas Sparks Editora: ASA Edição: Setembro de 2013 Páginas: 448 Género: Romance

Warhol ou Pollock. Não é uma típica história de amor que termina com o “e viveram felizes para sempre”, é, antes, um daqueles romances que nos marcam e permanecem como modelo de verdadeira devoção, algo que todos ansiamos um dia viver. O facto de ter duas histórias a ocorrer sensivelmente ao mesmo tempo é uma novidade na escrita “sparkiana” que, apesar de tudo, funcionou muito bem, em parte devido ao modo como o escritor as uniu no fim. Percebi desde cedo como seria que os dois casais, as duas histórias de amor/ romances se iriam encontrar. A surpresa residiu no modo como esse encontro foi construído e confesso que até ao fim do livro não tinha uma ideia definida de como o autor o iria conseguir. Só mesmo Sparks para conseguir que uma obra com duas histórias centrais, contadas sob diferentes pontos de vista, um dos quais baseado apenas em lembranças do passado, nos mantenha interessados até ao fim. O fluir das narrativas de Nicholas Sparks é uma das suas melhores características que aliada a uma escrita emocional faz com que as múltiplas perspetivas com que

somos brindados sirvam apenas para que nós, leitores, sintamos de forma ainda mais completa o desenrolar dos acontecimentos e o crescer das personagens. Quando era mais nova, Nicholas Sparks era o meu escritor de eleição; já não o é. O que não significa que não tenha lido todos os seus livros – todos os 17 publicados – e visto todas as suas adaptações ao grande ecrã (“Uma vida ao teu lado” tem adaptação cinematográfica prometida para 2015). Assim, posso afirmar, com bastante conhecimento de causa, que este romance em alguns aspectos é bem diferente das outras obras do escritor; no entanto, uma semelhança inevitável sobressai: o derramar de umas quantas lágrimas durante a sua leitura.

“Se nunca nos tivéssemos conhecido, acho que teria sabido que a minha vida não estava completa. E teria vagueado pelo mundo à tua procura, mesmo sem saber quem realmente procurava.” Nicholas Sparks in “Uma vida ao teu lado”

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Ler. Ver. Ouvir.

Ler Inferno Autor: Dan Brown Editora: Bertrand Editora Ano: Julho de 2013 Páginas: 551 Género: Romance Assim como em equipa vencedora não se mexe, também uma fórmula de sucesso deve permanecer intocável. Que o diga Dan Brown, o actual mestre do thriller internacional. Em Inferno, Brown parte da obra de Dante para criar um enredo que, ao seu estilo, envolve obras de arte e monumentos icónicos. O objectivo do professor Robert Langdon, protagonista pela 4ª vez, é desvendar um mistério epidémico que poderá pôr em perigo a Humanidade. Quem acompanha Dan Brown desde o seu maior sucesso – o best seller “O Código da Vinci” – sabe que o autor gosta de exibir os seus conhecimentos mitológicos e históricos, pelo que Inferno poderá pecar por alguns excessos nesse campo. No entanto, não deixa de ser uma leitura envolvente, ao conjugar cidades com um legado histórico de peso, como Florença e Veneza, com uma problemática futurista à escala global – e que levanta questões demográficas e de sustentabilidade num mundo sobre-populado. De resto, os capítulos curtos e o ritmo acelerado da acção irão certamente prender os leitores. Se há autores capazes de escrever filmes mentais, Dan Brown é sem dúvida um dos seus melhores representantes. por Margarida Cunha


Ver

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Rush - Duelo de Rivais

Turbo Lento

Realização: Ron Howard

Autor: Linda Martini

Elenco: Daniel Brühl, Chris Hemsworth

Editora: Universal

Ano: 2013

Ano: 2013

Género: Biografia/ Drama/Acção

Género: Rock Alternativo

É um filme sobre pilotos de fórmula 1. Até aqui, nada de especial. O que não falta são filmes sobre corridas, adrenalina, carros, mulheres, festas, etc... Mas, este é especial. Provavelmente já ouviste falar do nome Nikki Lauda. Eu ouvi um sem número de vezes lá em casa. Durante muitos anos, o barulho dos motores foram banda sonora dos almoços de domingo. Não sabia quem ele era, mas percebia que deveria ter sido um piloto fenomenal. Este filme, vem contar a história desse campeão. E oferece-nos também a perspectiva do seu rival, até agora esquecido, James Hunt.

"Turbo Lento" é um álbum poderoso. Arranca em crescendo com a música-introdução "Ninguém tropeça nos dias", preparando para a explosão punk que é Juaréz. No entanto, esta não é a típica música rápida do punk. Pelo contrário, os cerca de 4 minutos são uma mistura de explosão, gritos e uma celebração mais intimista do som dos alfacinhas. Seguemse uma série de músicas que representam bem o som Linda Martini. Não são apenas punk, são rock, são experimentais... há espaço para um pouco de tudo. E não se fazem de rogados: em média esperam-nos 4 minutos para viver e saborear cada uma das 11 músicas. Algumas com mais letras que outras (como já estávamos habituados), outras mais pesadas que as outras, mas sem dúvida, um alinhamento forte. Uma montanha russa sonora, que termina com "Volta" (o segundo single do álbum), mostrando uma faceta mais bucólica do álbum.

Ron Howard conseguiu contar, de forma emocionante, a história destes dois campeões. "Quanto mais perto da morte, mais vivo te sentes" é uma das justificações para o risco que estes dois corriam na década de 70. Nessa altura, os acidentes graves eram frequentes. Consequentemente, as mortes em pista também. As medidas e os protocolos de segurança eram bem diferentes dos que existem agora. No filme, para além da rivalidade e crescimento como pilotos, Howard mostra-nos o momento dramático do acidente de Nikki Lauda (Daniel Brühl) e assistimos à sua dolorosa recuperação. A história de Lauda e Hunt (Chris Hemsworth) é incrível. Os dois foram rivais altamente competitivos, mas que se respeitavam e se inspiravam mutuamente. Tinham estilos de vida diferentes, mas ambos queriam vencer. Pois "a vontade de vencer é mais forte que o medo"! Uma boa história e uma agradável surpresa.

Linda Martini têm-nos habituado a uma fasquia elevada. Novamente, não desiludem. André, Cláudia, Pedro e Hélio mostram que têm o sangue a ferver! Dez anos depois da criação dos Linda Martini, "Turbo Lento" é uma excelente forma para marcar posição na cena musical portuguesa. Cada vez menos são aquela banda de culto que poucos conheciam. Têm furado, furado e agora chegou a altura de colherem os louros. Venham mais 10 anos! por Mariana Sá

por Mariana Sá

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