Primeiro Dia.
Painel de Discussão sobre Finanças O que a cadeia de valor precisa e espera das organizações financeiras? Como atender a essas necessidades mais adequadamente?
Bas Rüter, Diretor de Sustentabilidade do Rabobank, também participou do painel e enfatizou a motivação da instituição em encontrar abordagens inovadoras em prol da sustentabilidade, além de garantir o retorno sobre o investimento.
Upstream, que impacto as instituições financeiras podem ter sobre o uso da terra?
Com esse intuito, o Banco firmou parcerias com a ONU para lançar seu Fundo AGRI3, com o objetivo de liberar pelo menos US$ 1 bilhão em financiamento para a agricultura e o uso da terra com sustentabilidade e sem desmatamento. O objetivo primordial é reduzir o risco de investimentos em modelos de produção responsável. Com isso, o fundo também pode contribuir para a resolução da crise climática, com foco na redução das emissões de GEE.
De quais soluções práticas dispõem para influenciar o mercado? Downstream, o que as instituições financeiras podem fazer para fomentar a demanda por compras responsáveis? O que os investidores podem fazer para incentivar os bancos a desenvolverem novos produtos com responsabilidade social e ambiental? A sessão da tarde do primeiro dia da RT14 incluiu um painel com representantes de diversos bancos, investidores e instituições financeiras mistas. Lucian Peppelenbos, da APG Asset Management, atuou como moderador e iniciou o painel de discussão falando das enormes expectativas que muitos tinham sobre como o financiamento pode ser um divisor de águas na soja, em termos de criar as condições de mercado certas para uma demanda maior e também aumentar os lucros dos produtores responsáveis. Como gestor global de fundos e responsável por um fundo de pensão que cobre 4,5 milhões de pessoas, ele afirmou que o objetivo específico da empresa é evitar o risco da carteira, reconhecendo, ao mesmo tempo, a necessidade de investir com sustentabilidade.
Em vigor pelos próximos 5 a 10 anos, o Fundo buscará apoiar esquemas inovadores que prometam desmatamento zero, práticas agrícolas sustentáveis e que também melhorem os meios de subsistência rurais Para Johnny Brom, da Sail Ventures, tudo isso tem que se tornar corriqueiro (“business as usual”). Sua empresa de investimentos é consultora da &Green. O Fundo foi lançado em 2017 com capital de US$ 100 milhões e a missão de provar que financiar a produção de commodities com inclusão e sustentabilidade e sem desmatamento pode ser uma opção comercialmente viável e replicável. Uma colocação importante feita por Johnny à conferência foi que, em um setor grande e complexo, grande parte do custo envolvido em práticas mais sustentáveis pode acabar recaindo sobre os participantes de menor porte da cadeia de valor. Para incentivar uma mudança nessa prática, são necessárias parcerias de longo prazo com os produtores para apoiar seus investimentos em práticas sustentáveis.
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