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O POEMA PROCESSO PAG

O POEMAPROCESSO

Foi um movimento artístico de vanguarda que aconteceu entre 1967 a 1972, em plena Ditadura Militar. Surgiu em duas capitais do país simultaneamente: Rio de Janeiro (RJ) e em Natal (RN), se espalhando depois pelo Brasil. Foi fundado por diversos poetas dos quais se destacam: Wlademir Dias Pino, Moacy Cir-

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ne, Neide de Sá, Álvaro de Sá, Dailor Varela.

O Poema/Processo foi um movimento vanguardista que priorizou principalmente o poema visual. Visava apresentar uma nova forma de fazer poesia. Poemas gráficos, poemas objetos, poemas interativos, filmepoemas, envelopoemas e performancepoemas, são algumas das contribuições que merecem destaque.

Foi poeta, artista visual e artista gráfico. Em decorrência de perseguição política, seu pai transfere-se com a família em 1936 para Cuiabá, onde passa a juventude. Em 1939, com 12 anos de idade, edita na gráfica de seu pai que era tipógrafo, seu primeiro livro: Os Corcundas. Em 1948, em Cuiabá, funda o movimento literário de vanguarda Intensivismo, que já traz em seu ideário fortes inovações formais que antecipam as tendências mais radicais da poesia visual e das artes plásticas dos anos 50 e 60. Volta para o Rio de Janeiro em 1952, onde passa a participar dos movimentos de vanguarda política e cultural da época. Um dos seis fundadores do movimento da poesia concreta no Brasil (são eles: Décio Pignatari, Ferreira Gullar, Haroldo de Campos, Augusto de Campos, Ronaldo Azeredo e Wlademir Dias Pino). Participa da I Exposição Nacional de Arte Concreta, em 1956, tendo sido, ainda, um dos fundadores do poema/ processo em 1967

Poeta, teórico da poesia, artista visual e professor do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense, é considerado o maior estudioso brasileiro das histórias em quadrinhos, tendo escrito inúmeros livros sobre o assunto. Foi um dos fundadores, em 1967, de uma das vanguardas brasileiras importantes do pós-guerra: o Poema-Processo. Sua obra poética está formada por livros como Objetos verbais (1979), Cinema Pax (1983), Docemente experimental (1988), Qualquer tudo (1993), Continua na próxima (1994), Rio Vermelho (1998), A invenção de Caicó (2004), Almanaque do Balaio (2006), Poemas inaugurais (2007) e Seridó Seridós (2013). DADÁ PRA CÁ, DADÁ PARA LÁ leia JOYCE como se estivesse lendo KAFKA veja FELLINI como se estivesse vendo MIZOGUCHI ouça MOZART como se estivesse ouvindo COLTRANE use REMBRANDT como se estivesse usando DUCHAMP leia JOYCE como se estivesse ouvindo COLTRANE ouça MOZART como se estivesse vendo MIZOGUCHI veja ZILA MAMEDE como se estivesse usando KAFKA use REMBRANDT como se estivesse sonhando com BACHELARD ouça JOYCE como se estivesse ouvindo ANTONIONI

assuma JOSÉ BEZERRA GOMES como se estivesse

como se estivesse metaplagiando FALVES SILVA e JOTA MEDEIROS e AVELINO DE ARAÚJO e ANCHIETA FERNANDES e DAILOR VARELA e JORGE FERNANDES ao som de PEDRO OSMAR e HERMETO PASCOAL e CLÁUDIO MONTEVERDI

POEMV 321 três poemas de josé bezerra gomes incomodam muita gente dois poemas concretos incomodam muito mais dois poemas concretos incomodam incomodam muita gente um poema/processo incomoda muito mais muito mais muito mais

Poeta carioca, critico, filólogo, professor e engenheiro químico. dos fundadores do movimento de vanguarda Poema/Processo, que teve seu início em 1967. Produzindo inicialmente poesia verbal, Álvaro passa a experimentar com outras linguagens a partir de 1962. A frente do movimento Poema/ Processo, foi co-editor das revistas Ponto 1 e Ponto 2. Em 1972, juntamente com Neide Sá, produziu filmes-poemas experimentais. Em 1977, participa da 14ª Bienal Internacional de São Paulo. Produziu também livros de ensaios sobre vanguarda, comunicação e poesia. Publicou os livros: “Poemics”, “Vanguarda Produto de Comunicação”, foi co-autor de “Poesia de Vanguarda no Brasil. Participou de todas as exposições da movimento.

Poeta visual, pintora e gravadora, foi uma das fundadoras do movimento experimental de vanguarda Poema/Processo, na década de 60, sendo uma das responsáveis pela publicação das revistas Ponto 1, Ponto 2, Processo e Vírgula, ligadas ao movimento. Em 1976, ingressa na PUC/RJ, onde estuda programação visual, formando-se em 1980. Três anos depois faz pós-graduação em Arte Educação no Instituto Metodista Benett; cursa gravura e fotogravura, com Tereza Miranda; pintura, com Katie Van Sherpenberg e participa da Oficina de Gravura, desenvolvendo pesquisas com gravura em relevo, no MAM/RJ. Em paralelo aos estudos, dirige o Núcleo de Arte Heitor dos Prazeres, entre 1966 e 1983.

Poeta goiano de nascimento e potiguar por raízes e tradições familiares,foi um dos criadores do movimento Poema/Processo. Escreveu seus primeiros v os Campos. Na década de 90 escolheu a interiorana Monteiro Lobato para sua morada. Seu trabalho está entre os Cem Maiores Poetas Brasileiros do Século, antologia organizada por José Nêumane Pinto, ao lado de nomes como Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Cecília Meireles, Vinicius de Moraes, Mário Quintana e outros. PORNO-GRÁFICO À MARISE CASTRO A escrita é fala que se imprime no silencio do papel

À MAÍRA No labirinto de teu rosto indecifrável dialeto que não se revela

FOTO Estática memória a foto espalha poeira da família pela casa.

ÀS MULHERES Lamber o sexo Perfume de sabonete Ar de verão dentro da manhã de primavera Sol no meio das coxas território úmido que escorre líquida semente cheirando a marisco Maresia, mar, Penetrável ostra que pulsa Orgasmo de marés. Língua no falo. Silêncio e falas absurdas, toque noturno que se faz brincadeira Lúdico caminhar na fronteira do corpo sem fronteiras. O espaço infinito e metafórico do gozo

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