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FORRAGENS | FERTILIZANTES FAZER MAIS COM MENOS

NO ÂMBITO DE UMA AGRICULTURA QUE RESPEITA O MEIO AMBIENTE, A TIMAC AGRO DESENVOLVE SOLUÇÕES DE FERTILIZAÇÃO INOVADORAS QUE MELHORAM A FERTILIDADE FÍSICA, BIOLÓGICA E QUÍMICA DOS SOLOS, FORNECENDO AS DOSES JUSTAS PARA AS NECESSIDADES DO SOLO, E ATUAM SOBRE A EFICIÊNCIA DAS UNIDADES FERTILIZANTES FORNECIDAS PARA GARANTIR A PRODUTIVIDADE E QUALIDADE DAS COLHEITAS.

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Por Equipa Técnica Timac Agro | Foto 123RTF

A2ª década do século XXI está a ser marcada, não por um, mas por dois fenómenos impactantes: desde 2020 que o mundo parou com a pandemia provocada pelo vírus da Covid-19. Passados 2 anos, a hipótese de uma guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que se veio a efetivar, provocou alterações profundas nos mercados, cujas dimensões ainda nem temos bem noção. Para já, a única certeza é a continuidade da tendência de subida de preços, em toda a cadeia e em todas as atividades económicas.

Sabemos também que a nova abordagem ao setor agrícola, seguindo o modelo da Intensificação Sustentável pressupõe a redução racional do uso dos fatores de produção e da terra por via do aumento da eficiência da sua utilização. Procurando, “em duas palavras”, fazer mais com menos.

Por isto, as dificuldades provocadas pelo aumento dos custos devem ser encaradas como uma oportunidade única para efetivar algumas das práticas que vêm sendo apontadas como determinantes para adotarmos este modelo. Por outro lado, uma agricultura mais eficiente que permita fazer face às alterações climáticas e proteção dos ecossistemas implica gerir melhor todos os inputs na atividade agrícola. Não podemos abdicar da proteção das culturas, da nutrição ou da energia para semear ou colher. Não podemos deixar de regar, mas podemos reduzir as perdas de água ou usar adubos tecnológicos que nos permitam ser mais eficientes na utilização dos nutrientes. Isso já está hoje ao nosso alcance.

Na Timac Agro, há décadas que defendemos e praticamos o uso racional dos fertilizantes, com soluções eficientes que nos permitem simultaneamente trabalhar qualidade e quantidade da produção, reduzindo as unidades aplicadas através da valorização de cada uma delas.

Então, como ajudar os produtores a fazer mais, com menos?

Physiostart, a importância de um bom arranque…

Diz o povo, na sua imensa sabedoria que “pau que nasce torto tarde ou nunca se endireita”. A verdade por trás destas palavras é que sabemos desde há muito que garantir um bom arranque das nossas culturas é meio caminho andado para o sucesso da produção final. Um bom arranque permite que a cultura resista melhor a pragas e doenças, que cubra mais depressa o terreno e abafe infestantes, com naturais reduções ao nível da utilização de produtos fitofarmacêuticos.

Um bom arranque permite também um maior e mais rápido desenvolvimento do

sistema radicular da cultura, fundamental para uma correta absorção de nutrientes, e para reforçar a tolerância ao stress, permitindo no limite a aplicação de menos água e maior racionalidade na utilização de fertilizantes.

A utilização de um starter como o Physiostart permite fornecer os nutrientes em doses ideais para o arranque da cultura, estimulando o desenvolvimento radicular e vegetativo através de extratos naturais de aminopurinas, obtidos a partir das algas mais tolerantes ao stress do mundo.

Physiolith

Os benefícios da correção do solo têm sido devidamente validados ao longo dos anos. O aumento da disponibilidade de nutrientes e a redução de bloqueios permitem aumentar a fração de nutrientes assimiláveis para a cultura. Solos com pH próximos da neutralidade estão mais disponíveis para disponibilizar nutrientes para as plantas. Veja-se o caso do fósforo cuja disponibilidade decresce cerca de 50% se o pH descer de 7 para 6! Assim manter o pH do solo neutro é muito importante para aumentar a disponibilidade dos nutrientes para as plantas, e assim garantir a melhor nutrição, com um solo saudável, e mesmo reduzindo os nutrientes aplicados.

Se há um produto que permite verdadeiramente fazer mais com menos é o Physiolith o nosso calcário marinho de excelência, conhecido pelo seu enorme poder corretivo, de tal forma que as doses de aplicação recomendadas são ¼ das de calcário terrestre. O Physiolith, por ter uma estrutura mais porosa derivada de conchas, corais e outras estruturas marinhas, é muito mais eficaz e duradouro a corrigir o pH dos solos. Além disto possui ainda o complexo natural Physio +, que é um forte estimulante do crescimento e do enraizamento.

ADN Performance

O recurso a substâncias bioestimulantes, como extratos de algas e plantas ou ácidos orgânicos tem sido uma ferramenta de confiança para os agricultores enfrentarem um mundo em mudança.

Na Timac Agro, para além de várias gamas como o Vitalfit, Fertiactyl ou Maxifruit, com provas dadas no terreno juntaram-se, a partir de 1 de janeiro de 2022, 5 novas gamas de bioestimulantes que compõem o conceito ADN Performance, fazendo face às novas exigências da agricultura moderna. Estas novas gamas (Genaktis, Kaoris, Seactiv, Irys e Astelis) são fruto de 10 anos de desenvolvimento e ensaios de campo, e focam-se em 3 grandes pilares: A - melhorar a expressão do potencial genético das culturas, D - reduzir o impacto do stress e N - facilitar o transporte e absorção de nutrientes. Todos estes aspetos permitem reforçar (aumentar a Performance) das plantas, equiparando-as a atletas de alta competição.

Este reforço permite valorizar todos os nutrientes aplicadas, otimizando processos fisiológicos e aumentando a tolerância das culturas ao stress. Tudo isto permite aumentar produções e ao mesmo tempo reduzir a necessidade de mais fatores de produção, orientando a agricultura para o já referido modelo da Intensificação Sustentável.

Estes são apenas algumas das nossas soluções que contribuem para uma agricultura moderna, que valoriza o papel do agricultor e que assegura a qualidade sem pôr em causa a sustentabilidade.

SÉRIE DE ARTIGOS SOBRE AS '3 GRANDES' CAUSAS DA CLAUDICAÇÃO'

1 Úlceras da sola 2 Lesões de linha branca 3 Dermatite Digital 4 Claudicação como doença de transição 5 Implicações para a longevidade da vaca

SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL | BOVINOS DE LEITE AS 3 GRANDES CAUSAS DA CLAUDICAÇÃO

EXISTEM TRÊS LESÕES PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS PELA MAIORIA DAS CLAUDICAÇÕES NAS EXPLORAÇÕES LEITEIRAS. ESTAS INCLUEM AS LESÕES NÃO INFECCIOSAS - ÚLCERAS DA SOLA E LESÕES DE LINHA BRANCA, E A LESÃO INFECCIOSA - DERMATITE DIGITAL. ESTAS SÃO GERALMENTE REFERIDAS COMO AS "3 GRANDES".

MARIE-LAURE OCAÑA

Dairy Technical Services Manager Zinpro Corporation mlocana@zinpro.com Aúlcera da sola está associada a um custo económico significativo, como resultado da quebra de produção de leite, menor desempenho reprodutivo, perda de peso, aumento do risco de retirada do rebanho como refugo sem valor económico, e custo de reposição da vaca.

As úlceras da sola são caracterizadas pela ulceração da sola na zona 4 (figuras 1 e 2), geralmente na unha lateral das patas traseiras. As úlceras da sola raramente são vistas noutras unhas. O início de uma úlcera da sola muitas vezes pode ser percebido como um hematoma na região da zona 4. Essa contusão inicial é causada pela pressão do osso do pé ou falange distal contra o cório, de onde o novo tecido do corno é gerado.

Historicamente, acreditava-se que as úlceras da sola estavam associadas ao comportamento, especialmente ao tempo excessivo em pé e ao tempo insuficiente deitado (<12 horas), principalmente durante o período de transição, quando a unha é mais vulnerável. Essa vulnerabilidade está associada ao

relaxamento de músculos e tendões, bem como à remodelação do tecido conjuntivo na altura do parto. Essas estruturas são responsáveis por manter a falange distal no lugar dentro da cápsula da unha. O movimento excessivo da falange distal dentro da cápsula da unha leva ao aumento da pressão no cório e a um risco aumentado de hematomas. Também se pensou que esta situação fosse exacerbada em vacas magras ou vacas com perda excessiva de condição corporal no início da lactação, devido ao afinamento da almofada digital. A almofada digital atua como um amortecedor entre a falange distal e o cório.

A influência do comportamento na etiologia das úlceras da sola também é suportada pelo efeito das elevadas temperaturas no verão e do aumento do tempo em pé, resultando numa maior incidência de úlceras da sola no outono e no início do inverno.

Recentemente, no entanto, tornou-se evidente que a inflamação desempenha um papel importante no aparecimento de úlceras da sola. A inflamação pode interferir com o suprimento sanguíneo para o cório, além de ter um efeito negativo na integridade das fibras do tecido conjuntivo que mantêm a falange distal na posição. Também foi demonstrado que o efeito do balanço energético negativo vai além do afinamento da almofada digital; está associado a uma redução do fornecimento de glicose para o crescimento de queratinócitos no casco que produz o osso. A implicação da inflamação no desenvolvimento de úlceras da sola explica por que as vacas que enfrentam problemas como doenças, acidose ruminal e distúrbios metabólicos correm mais risco de desenvolver úlceras de sola.

A prevenção de úlceras da sola requer uma abordagem holística, devido à natureza multifatorial da condição. Descrevemos algumas formas de reduzir a incidência de úlceras da sola: - fornecer um espaço de descanso adequado (10 m2 por vaca em cama, ou no mínimo, 1 cubículo por vaca); - os cubículos devem ter as dimensões corretas para o peso vivo da vaca, sendo o ideal ter uma cama com material solto superior a 10 cm. Isto é especialmente importante durante o período de transição; - evitar pressões sobre a disponibilidade temporal da vaca, reduzindo os tempos de ordenha e de espera, o tempo gasto na realização de observações de vacas novas e fornecer espaço adequado para a alimentação e o fornecimento eficiente de ração; - implementar estratégias eficazes de redução de calor para que as vacas sejam encorajadas a deitarem-se no tempo quente; - evitar a inflamação. A inflamação pode vir de uma variedade de fontes, incluindo doenças, saúde intestinal comprometida e até de uma mobilização excessiva de gordura corporal; - garantir um período de transição suave; - proceder ao aparamento funcional regular dos cascos e ao aparamento terapêutico imediato de vacas identificadas como coxas; - prestar atenção à ingestão alimentar e à fonte de minerais para ajudar as vacas a gerir a sua resposta imunológica e a garantir uma ótima saúde intestinal.

O aparamento funcional regular do casco é importante, pois alivia a pressão na interface, entre a falange distal e o cório na zona 4 da unha lateral posterior. As vacas com mais idade beneficiam de um aparamento funcional duas vezes por ano, 1 mês antes da secagem e aos 90-110 dias em produção. As novilhas também podem beneficiar de um aparamento funcional de 8 a 10 semanas antes do parto, o que ajudará a reduzir a incidência de úlceras da sola em animais de primeira lactação.

Prestar atenção imediata às vacas que apresentam sinais de claudicação ajudará a melhorar o prognóstico de vacas com úlceras da sola declaradas ou em processo de desenvolvimento. Quanto mais tempo a condição persistir e se manifestar, maiores serão as possibilidades de danos irreversíveis na falange distal. A ação corretiva imediata baseia-se na modelação e remoção do tecido necrótico, aplicação dum bloco na unha saudável e administração de analgésico. Os cubículos confortáveis e espaçosos também contribuem para a recuperação das vacas.

Em resumo, as úlceras da sola são uma doença multifatorial e, portanto, requerem uma abordagem holística para a sua prevenção. A gestão do tempo, a disponibilização de cubículos confortáveis e bem projetados, a aplicação de protocolos robustos de aparamento de cascos e a identificação de claudicações são fundamentais.

Um fator importante que contribui para o sucesso da gestão da saúde do casco é o tratamento rápido e eficaz de todas as lesões, o mais cedo possível, juntamente com um programa preventivo que inclua o uso de Zinpro Performance Minerals®, como Availa® Dairy.

FIGURA 1 ZONAS DA UNHA

Vista de baixo Vista abaxial (de fora)

Vista axial (de dentro) FIGURA 2 ÚLCERA DA SOLA NA ZONA 4

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